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EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

Geremias da Silva
Prof. João Vitor Bridi
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Tecnologia em Processos Gerenciais (EMD 2841) – Empreendedorismo
14/09/09

RESUMO
Este artigo explica o perfil e significado do empreendedor, abordando o perfil do empreendedor
brasileiro que na maioria das vezes não vira empreendedor por oportunidade, mas sim pela
necessidade de se inserir novamente no mercado de trabalho por causas com o desemprego,
apresento também o SEBRAE que é um auxilio as micro e pequenas empresas, abordo também
algumas idéias que podem contribuir para o empreendedor brasileiro.

Palavras-chave: empreendedorismo; SEBRAE; perfil; prover.

1 INTRODUÇÃO

No Brasil, o empreendedorismo começou a ganhar força na década de 1990, durante a


abertura da economia. A entrada de produtos importados ajudou a controlar os preços, uma
condição importante para o país voltar a crescer, mas trouxe problemas para alguns setores que não
conseguiam competir com os importados, como foi o caso dos setores de brinquedos e de
confecções, por exemplo. Para ajustar o passo com o resto do mundo, o País precisou mudar.
Empresas de todos os tamanhos e setores tiveram que se modernizar para poder competir e voltar a
crescer. O governo deu início a uma série de reformas, controlando a inflação e ajustando a
economia, em poucos anos o País ganhou estabilidade, planejamento e respeito. A economia voltou
a crescer. Só no ano 2000, surgiu um milhão de novos postos de trabalho. Investidores de outros
países voltaram a aplicar seu dinheiro no Brasil e as exportações aumentaram. Ano a ano, as micro
e pequenas empresas ganham mais espaço e importância na economia. Hoje, de cada 100 empresas
brasileiras, 95 são micro ou pequenas empresas. Juntas elas empregam cerca de 40 milhões de
trabalhadores, mais da metade de toda mão-de-obra do País. Os números são grandes, mas o espaço
para crescimento é ainda maior. O futuro é promissor e cabe, a cada um de nós, fazer dele uma
realidade.
As habilidades requeridas de um empreendedor podem ser classificadas em 3 áreas:
• Técnicas: envolve saber escrever, ouvir as pessoas e captar informações, ser organizado, saber
liderar e trabalhar em equipe.
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• Gerenciais: incluem as áreas envolvidas na criação e gerenciamento da empresa (marketing,
administração, finanças, operacional, produção, tomada de decisão, planejamento e controle).
• Características pessoais: ser disciplinado, assumir riscos, ser inovador, ter ousadia, persistente,
visionário, ter iniciativa, coragem, humildade e principalmente ter paixão pelo que faz.

Segundo o estudo, o empreendedorismo por necessidade tende a ser maior entre os países
em desenvolvimento, onde as dificuldades de inserção no mercado de trabalho levam as pessoas a
buscar alternativas de ocupação. Segundo Prosdócimo (2009) "Este índice (do empreendedorismo
movido pela necessidade) deve servir de alerta para nossa sociedade", ressaltando que o Brasil
precisa mudar, "e rapidamente", suas políticas de apoio às micro e pequenas empresas.

2. PERFIL DO EMPREENDEDOR BRASILEIRO

O povo brasileiro é bastante empreendedor, às vezes motivado pelo desemprego, pela falta
de reconhecimento da empresa onde trabalha, ou pela baixa remuneração. Na maioria das vezes o
empreendedor abre uma empresa levado pela necessidade de se inserir no mercado de trabalho.

O uso adequado da informação conduz ao conhecimento e o conhecimento bem aplicado


leva ao sucesso (SILVA, 2009). Ao contrario do que se ouve, não é a carga tributária, tampouco a
necessidade de crédito os principais responsáveis pelo fechamento da empresa. A falta de
planejamento somado ao desconhecimento do negócio são fatores que, com mais freqüência, levam
ao empreendedor a encerrar a atividade. Assim, as informações se constituem num valioso
instrumento para o sucesso.

O sucesso parece óbvio, mas não é, para se obter sucesso empresarial se faz necessário
planejar bem, definir objetivos e metas, saber com clareza onde, quando e como chegar ao resultado
esperado. Estudos demonstram que se constitui erro grave focar diversas direções e esperar acertar
o alvo, sendo assim, conclui-se que o melhor a fazer é concentrar-se nas metas do planejamento
estratégico e organizacional. Isso porque potencializa a qualificação, significando uma ampliação
concreta das perspectivas, não só pela natureza dos eventos, mas pelas possibilidades sistemáticas
que favoreçam estratégias multisetoriais. O empreendedor visa crescer, atrair consumidores e
ganhar mercado. Mas crescer exige planejamento e uma boa base de sustentação. O crescimento
descontrolado pode ser fatal a sobrevivência de um empreendimento. Alguns empreendedores
misturam o dinheiro familiar com a receita da empresa e usa o mesmo dinheiro para investir,
custear despesas operacionais e administrativas.
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3. O SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPREAS

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) surgiu em 1972,


conforme seu site SEBRAE (2009). Ela é uma entidade privada sem fins lucrativos e promove o
desenvolvimento dos empreendedores pelo país. As pequenas empresas são responsáveis por grande
parte dos empregos oferecidos no Brasil e, portanto são essenciais para o desenvolvimento da
economia. Para isso elas precisam atuar num ambiente que estimule a criação de novas empresas
competitivas e sustentáveis e é exatamente esse o papel do SEBRAE.

O SEBRAE trabalha essencialmente a informação. Para repassar essa informação de


qualidade o SEBRAE utiliza cursos, consultoria, treinamento, palestras, seminários entre outros. O
atendimento é de forma individual ou coletiva e pode ser também a distancia, através de
treinamento via internet. O SEBRAE também atua em outras frentes como a articulação política
para a criação de projetos que ajudem as pequenas empresas, oferece também acesso para o
mercado externo e de novas tecnologias e também facilita e ampliam o acesso a serviços financeiros
como empréstimos.

4. COMO PROVER O EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

Para desenvolver o empreendedorismo no Brasil é necessária uma série de políticas sociais e


econômicas que facilitem o desenvolvimento de pequenas e grandes empresas, dentre elas é
importante destacar políticas e programas mais integrados e coerentes com a realidade do
empreendedorismo e do empreendedor, com especial atenção aos projetos de base tecnológica mais
complexa e de ponta, sendo citada a regulamentação dos Fundos Setoriais, sob a alçada do
Ministério da Ciência e Tecnologia. Segundo (Lummertz, 2009) "Se 97% dos empregos são gerados
na pequena empresa, porque não apoiar de fato esse setor?" indicando a necessidade radical de
mudar a cultura empreendedora do Brasil. Os grandes entraves estão no acesso e no custo do capital
necessário; na elevada carga de tributos e exigências fiscais e legais; na capacitação para a gestão
do negócio e no fato de que políticas e programas dedicados ao setor não são adequados à realidade
do empreendedor.

É importante também uma estrutura e mecanismos de disponibilidade de capital voltada ao


empreendedorismo e do empreendedor dadas às condições distintas envolvendo um novo
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empreendimento. Neste item se inclui o elevado custo do capital e a dificuldade de acesso por parte
do pequeno empreendedor, a viabilização urgente de um mercado de capital de risco mediante
instrumentos legais e fiscais eficazes.

O reforço e a disseminação de uma cultura de empreendedorismo, promovida por


instituições diversas, como por exemplo, as escolas de ensino fundamental e médio, as
universidades e institutos de tecnologia, o envolvimento dos meios de comunicação na divulgação
de histórias de sucesso, a valorização de empreendedores modelos, concursos nacionais
incentivando a criação de novos negócios, entre outras ações possíveis.

Uma ampla reforma tributária, fiscal e legal, que tenha atenção especial à condição e
particularidades do empreendedorismo. Inclui-se neste item a simplificação radical dos trâmites
burocráticos exigidos do empreendedor para a criação e administração de um novo
empreendimento.

A promoção de uma mudança de valores e normas sociais, valorizando de forma mais


incisiva  o empreendedorismo e a atividade empreendedora, o que também seria reforçado por uma
mudança de atitude e expectativas do próprio empreendedor, muitas vezes avesso a novos modelos
de gestão, a participação de terceiros - no empreendimento possibilitando novas formas de
capitalização, bem como a adoção de práticas gerenciais mais avançadas e produtivas.

5. CONCLUSÃO

Podemos concluir que, o povo brasileiro já tem o empreendedorismo no sangue, situação


muito importante, pois garante um espaço no mercado de trabalho para pessoas que não conseguem
oportunidades, infelizmente o pequeno empreendedor esbarra em uma enorme carga tributaria
reduzindo consideravelmente sua receita. Existe também o SEBRAE que promove cursos e
consultorias que auxiliam as micro e pequenas empresas, instruindo nossos pequenos
empreendedores brasileiros a fazerem o certo para nosso Brasil ir para frente.

6. REFERÊNCIAS
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Brasileiro tornasse empreendedor por “necessidade” aponta estudo. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/dimenstein/imprescindivel/dia/gd141102.htm#1>. Acesso em:
14 set, 2009.

SILVA, Geremias. Igrejinha, 2009. 04 f. Trabalho Integrado (disciplina de Empreendedorismo) –


Curso de Processos Gerenciais, Centro Universitário Leonardo da Vinci (UNIASSELVI).

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