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OA1346 INO1

UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA


Faculdade de Engenharia e arquitectura
Curso arquitectura e urbanismo
Ano lectivo 2022/2023

GEOGRAFIA URBANA 4º Ano | Turma ( M, T, N )


GEOGRAFIA URBANA

O DOCENTE:
Arquitecto e urbanista
Israel Bernardo Neto
Mestrando em Economia, Ordenamento do território e Desenvolvimento Regional.
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UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA


Faculdade de Engenharia e arquitectura
Curso arquitectura e urbanismo
Ano lectivo 2022/2023
4º Ano | Turma ( M, T, N )
GEOGRAFIA URBANA

SUMÁRIO: APRESENTAÇÃO E INTRODUÇÃO A CADEIRA DE GEOGRAFIA URBANA

----------------------------------------------------------------------------------------------
CONCEITOS--------------------------01
DEFINIÇÃO---------------------------02
DIVISÃO-------------------------------02
ENQUADRAMENTO----------------03
OBJECTIVOS GERAL ---------------04
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS -------05
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO-------06
ESPAÇO URBANO---------------06 e 07
URBANIZAÇÃO ----------------08 até 10
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DEFINIÇÃO & DIVISÃO
Faculdade de Engenharia e arquitectura
Curso arquitectura e urbanismo A Geografia é a ciência que estuda o espaço
Ano lectivo 2022/2023
4º Ano | Turma ( M, T, N ) geográfico, aquele espaço o qual o ser humano
GEOGRAFIA URBANA
transforma e se relaciona. Ela se preocupa também em
estudar a relação entre as actividades humanas e o
meio natural.

Ao longo de sua história, a Geografia dividiu-se em


duas partes fundamentais, aquela que se preocupa
em estudar o espaço em sua totalidade (Geografia
Geral) e aquela interessada em estudar os eventos
particulares (Geografia Regional) .

Esquema das principais áreas e sb-áreas da geografia


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ENQUADRAMENTO

Aprender a cadeira de geografia urbana, apresenta como ultima


finalidade auxilia o estudante e futuro profissional no desenvolvimento da
sensibilidade de ler e analisar as cidades, vilas, aglomerados urbanos e em
particular os seus processos de produção do espaço. Vai ampliar a vossa
percepção espacial e a capacidade de articular fenómenos e processos que
ocorrem nas mais diferentes escalas onde a cidade será sempre a base.

A mesma é considerada uma ciência transversal multidisciplinar


porque abrange os aspecto sociais, antropológicos, económicos, físico e
históricos. Entretanto, Por meio da geografia urbana podemos conhecer o
comportamento da população, sua reprodução social e das comunidades em
geral. Isso quer dizer que a geografia urbana é responsável pelo crescimento
da população de forma organizada dentro do espaço urbano.
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Faculdade de Engenharia e arquitectura
Curso arquitectura e urbanismo
Ano lectivo 2022/2023
4º Ano | Turma ( M, T, N )
GEOGRAFIA URBANA

OBJECTIVO GERAL:

A geografia urbana tem como objecto de estudo principal, as


cidades e os seus processos de produção do espaço, ou seja ajuda-nos a
compreender como a cidade se reproduz, como as pessoas se aglomeram
sob determinadas lógicas sociais, produzindo assim tecidos urbanos.
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OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:

1. Entender a diversidade e o desenvolvimento dos espaços urbanos;


2. Saber o significado dos espaços urbanos em diferentes escalas;
3. Analisar as redes, sistemas urbanos e as cidades no seu todo;
4. Analisar a estrutura, forma e os processos no espaço urbano;
5. Compreender os processos e mecanismos de construção do espaço
urbano;
6. Conhecer os processos de urbanização;
7. Compreender a produção, estruturação e reestruturação do espaço
urbano;
8. Saber desenvolver o raciocínio crítico sobre os aspetos do espaço urbano
(população, vias, edifícios, tráfego, etc.). Todavia, enquadra-se este ponto em
particular total funcionamento da cidade (urbe), tendo em atenção como se
desenvolve todos os processos a ela inerentes.
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IMPORTÂNCIA DO ESTUDO

A Geografia é uma ciência de fundamental importância no nosso


cotidiano tem como objectivo principal a análise do espaço, bem como de
toda a sua dinâmica e interação dos factos que nele ocorrem, esta ciência
dispõe de diversos recursos matemáticos e tecnológicos.
Por exemplo: A estatística é muito usada na área da pesquisa populacional

Quando nos referimos a espaço, estamos a nos referir a todos os


elementos que o integram e no espaço físico estão inseridos todos os
aspectos do quadro natural nomeadamente: relevo, solo, clima, vegetação,
hidrografia e também todos os aspectos relacionados com a sua ocupação
humana. Actualmente com o processo de globalização e novas tecnologias
de comunicação, fazem parte deste o espaço virtual.
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ESPAÇO URBANO

Espaço urbano é o conjunto de diferentes usos da terra justapostos


entre si. Este conjunto de usos da terra é a organização espacial da cidade ou
simplesmente o espaço urbano fragmentado em áreas, estas composições
são responsáveis na formação das cidades e as actividades a ela inerente,
bem como o seu sistema de organização socio-espacial.

É importante compreender que os termos urbanos e cidade, apesar


de serem utilizados como sinónimos podem designar elementos diferentes.
- Urbano se refere as práticas que diferenciam do rural no sentido de se
concentrar preferencialmente à actividade relacionadas ao sector secundários
(industrias) e terciários (comércios e serviços), enquanto o rural é composto
por áreas não ocupadas (reservas florestais e agrarias), que se especializam
em práticas do sector primário (agropecuária, mineração e extrativismo).
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ESPAÇO URBANO

A cidade por outro lado, é a materialização do urbano com


aglomeração populacional e suas expressões (conjuntos de casas, prédios,
áreas de lazer, etc.) no contexto da cidade pode haver práticas não urbanas
apesar de ser cada vez mais frequentes.
Ex: A existência de plantações e de produção de hortaliças que
eventualmente localizam-se em espaços de elevado adensamento
populacional. Por outro lado a transferência de uma indústria para o campo
pode designar-se a manifestação de uma prática urbana no meio rural.
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URBANIZAÇÃO

Urbanização é o processo de afastamento das características rurais


de um lugar ou região, para características urbanas. O termo também pode
designar a ação de dotar uma área com infraestrutura e equipamentos
urbanos, geralmente está associado ao desenvolvimento da civilização e da
tecnologia. Ou seja, concentração da população em espaços urbanos onde
existe oferta de infraestruturas que permite o desenvolvimento da actividade
económica e sociais.

Demograficamente, o termo significa a redistribuição das populações


das zonas rurais para assentamentos urbanos, mas também pode designar a
acção de dotar uma área com infraestrutura e equipamentos urbanos, como
água, esgoto, gás, electricidade e serviços urbanos como transporte,
educação e saúde.
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URBANIZAÇÃO

A urbanização é estudada por várias ciências, como a sociologia, a


geografia e a antropologia, e as disciplinas que procuram entender, regular,
desenhar e planear os processos de urbanização são o urbanismo, o
planeamento urbano, o planeamento da paisagem, o desenho urbano, a
geografia urbana, entre outras.

O processo de urbanização deu lugar à origem de grandes cidades,


que perderam os limites precisos entre elas. Urbanização pode ser também o
aumento proporcional da população urbana em relação à população rural, e
só ocorre urbanização quando o crescimento da população urbana é
superior ao crescimento da população rural. A maior parte da população
Angolana, por exemplo, está nas cidades.
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URBANIZAÇÃO

Num contexto mundial, a urbanização tinha como objectivo fazer


com que as zonas habitacionais fossem dotadas de espaços verdes, de
centros culturais, desportivos, áreas de lazer, etc.

A urbanização consiste em um processo de crescimento das cidades


na era industrial, com um deslocamento do centro da vida social do campo
para as cidades e penetração das reformas nas áreas rurais. Em Angola, a
urbanização ocorreu de uma forma rápida e desorganizada. A urbanização
de uma zona dependia muito dos recursos que poderiam ser encontrados no
local, por exemplo, Diamantes, algodão, ferro e ouro.
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URBANIZAÇÃO

Entretanto, é necessário cuidado na análise das estatísticas. Isso


porque a urbanização tem um conceito formal diferente para cada nação, em
função da sua normactiva jurídica, estabelece o que pode ser considerado
urbano ou não. Por exemplo, na Europa, só é considerado urbano um local
cuja população seja superior a 5 mil habitantes. No Brasil, a sede do
município (cidade) e seus distritos (vilas) são considerados urbanos, sem levar
em consideração sua população ou as funções econômicas desempenhadas
pela cidade ou vila.
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``A CIDADE É FEITA DE ESPAÇOS CONSTRUIDOS,


NÃO CONSTRUIDOS E FLUXOS...´´
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CONDIÇÕES ESPACIAIS DO DESENVOLVIMENTO DAS CIDADES

Nascimento das Cidades

O nascimento ou aparecimento das cidades corresponde a três motivos


fundamentais: Económico, Político e Defensivo. Podendo este ultimo ser considerado
um subaspecto dos políticos, assim a cada cidade encontra-se marcada, desde a sua
origem, - e por vezes de maneira indelével - pela escolha inicial.

Os motivos económicos são os mais numerosos, são muito diversos e


suscitam discussões. Para os marxistas, a aparição da cidade coincide com o
progresso da divisão do trabalho e este é, certamente, um elemento importante. Já
ao nível do estado agrícola de autoconsumo, verifica-se uma especialização de
artesão e de comerciantes que, progressivamente, tomam o controlo da produção;
o uso da moeda infiltra-se nos circuitos; desenvolvem-se os transportes; aumentam
as operações comerciais e multiplicam-se as funções.
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CONDIÇÕES ESPACIAIS DO DESENVOLVIMENTO DAS CIDADES

Os principais cruzamentos são os portos marítimos ou fluviais,


lugares de contacto privilegiado por natureza, reúne todos aqueles que se
aproveitam das trocas e, assim, nascem e se desenvolve as cidades a que
Pirenne chamou “filhas do Comercio”.

Uma outra geração das cidades foi originado ou transformada


por outra forma de actividade económica: o desenvolvimento industrial
iniciado em Inglaterra por volta de 1780, séc. XVIII, substituiu o trabalho
em casa pela manufactura, e o artesão pelo operário. O capitalismo
reforça-se, os meios técnicos melhoram, a urbanização modifica-se por
completo: as cidades antigas transbordam e transforma-se; nascem e
aumentam novas cidades, altamente especializadas – cidades minerais,
metalúrgicas, têxteis etc…
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CONDIÇÕES ESPACIAIS DO DESENVOLVIMENTO DAS CIDADES


Motivo político todo estado consciente da sua força, desejoso do bem-
estar das suas populações, cria lugares de concentração populacional
onde desenvolve diversos serviços administrativos, sociais, religiosos,
etc.

As cidades fundadas por motivos defensivos obedecem mais as


preocupações estratégicas, frequentemente sem relação com as
condições económicas. No entanto, o seu destino pode não estar só
ligado à única razão do seu estabelecimento e muitos portos
fronteiriços transformam-se em cidades com um desenvolvimento
económico normal: Besançon, Metz… Mas algumas cidades tiveram um
destino exclusivamente militar: foram fundadas e mantidas por uma
guarnição militar e uma vida artificial.
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SÍTIO E SITUAÇÃO
É importante diferenciar estas duas termologias a situação designa as
condições gerais do meio e o sítio representa o lugar preciso da implementação
da cidade.

- O sítio, frequentemente, não tem mais duque um valor histórico. O


desenvolvimento da cidade faz-se a partir dele; a cidade envolve-o,
ultrapassão, transforma-o e, vezes, mesmo, abandona-o.

- Pelo contrário, a situação tem, frequentemente, um valor mais permanente,


que os séculos contribuem para realçar de modo diferente. Isto resulta das
condições em que se faz a escolha, voluntaria ou espontânea, da implantação
urbana. A situação está quase sempre ligada à facilidade de comunicações,
seja para a explorar (cidade comercial, cidade administractiva…), seja para a
bloquear (cidade de defesa, fortaleza).

Nota: No passado o sítio era escolhido em função de um pequeno acidente


natural com o valor especial (relevo, água e micro clima).
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SÍTIO E SITUAÇÃO

As cidades situadas à beira-mar ou na margem de um rio são


numerosas, porque as vias de águas sempre atraíram os homens e,
frequentemente, mesmo sem trabalhos preliminares, têm ajudado a penetração
dos continentes. Além das facilidades de comunicação oferecidas pelos rios, lagos
e mares, as estradas exercem também grande atracção para os estabelecimentos
humanos.

De modo geral muita as vezes começaram a ser cidades fortificadas para


defender estas ou aquelas passagem mais recentes assistem-se o surgimento de
novos tipos de interesse as de um melhor serviço administrativo melhor condições
de habitabilidade quando do nascimento da cidade com uma situação diferente
da troca de circulação de mercadorias que outro hora predominava. Toda essa
urbanização recém nascida são cidades de circunstância que não representa a
mesma escolha do sítio.
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FUNÇÃO URBANA E CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS CIDADES

Todas as cidades são constituídas pelo trabalho do homem.


Dessa forma, é uma construção social que ocupa o espaço geográfico
transformando de forma significativa a paisagem. Diante das distinções
entre as cidades quanto à origem, história, importância econômica e
política (além de outras), é possível classificar os núcleos urbanos de
acordo com sua função e grau de influência.

Em um dos vários aspectos referentes à urbanização, podemos


destacar a forma com que algumas cidades tendem a se especializar
economicamente. Essa especialização pode ocorrer no sentido de
dinamizar uma economia local ou regional, podendo transformar um
espaço previamente existente, ou conceber e planear a criação de
cidades para atender a funções específicas.
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FUNÇÃO URBANA E CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS CIDADES


Dentre essas atividades sectoriais especificamente realizadas por
formações urbanas, podemos destacar alguns tipos de cidades, como as
político-administrativas, turísticas, portuárias, industriais e outras que podem
apresentar vários desses aspectos concomitantemente, estas funções
podem se distinguir em três grandes grupos de funções designadamente:
Enriquecimento, Responsabilidade, Criação e transmição.

FUNÇÕES DE ENRIQUECIMENTO:

As cidades que exercem funções de enriquecimento são as que


produzem essencialmente fluxos monetários orientados para o crescimento
da disponibilidade monetária e esta acumulação pode ser rentabilizado ao
mesmo lugar ou outro, aumentando o ritmo de crescimento. Este tipo de
função não só contribui para o enriquecimento urbano como também
integra-se no desenvolvimento nacional abarcando sectores como a
indústria comércio e turismo.
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FUNÇÃO URBANA E CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS CIDADES

Cidades Industriais: apesar de a maioria das cidades se formar


direta ou indiretamente em função do crescimento da produção industrial
em uma dada região, somente algumas delas podem ser classificadas
como cidades industriais. Essas se caracterizam por centrarem a maioria de
suas atividades quase que exclusivamente no setor industrial, apresentando
vastos e modernos parques empresariais produtivos. Citam-se como
exemplo as cidades de Camaçari. (Brasil), Córdoba (Argentina), Manchester
(Inglaterra), Dusseldorf (Alemanha).

Cidades Comerciais: São cidades que representam os núcleos


urbanos que tem como ponto forte e econômico as transações comerciais
e a prestação de serviços, diante dessas características podem citar:
Manaus(Brasil), Nova York (Estados Unidos) Hamburgo(Alemanha), e
Marselha(França).
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FUNÇÃO URBANA E CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS CIDADES

Cidades Turísticas: são cidades que possuem algum significativo


atrativo turístico e de lazer, seja pelos seus recursos naturais, seja pelas
possibilidades oferecidas pelo seu espaço geográfico. Dentre esse tipo de
cidade, podemos citar Las Vegas (EUA), Porto Seguro (Brasil), Cancun
(México) etc.

Cidades Portuárias: são cidades que exercem uma importante


função na economia do país ao qual pertencem, pois são a partir delas que
a maior parte das exportações e importações acontecem, graças à
estrutura de seu porto, utilizado para carga e descarga de mercadorias.
Alguns exemplos de cidades desse tipo são: Santos (Brasil), Roterdã
(Holanda) e Hamburgo (Alemanha).
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FUNÇÃO URBANA E CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS CIDADES


Cidasdes Financeira : são cidades que tem como objectivo a
acumulação de massa monetária para transformação ou exploração de
bens materiais, mas sim centralizar e multiplicar os recursos. A cidade
pode ser o lugar de estabelecimentos bancários ou organismos
financeiros no qual se acumula a riqueza regional, ela engloba um ceto
número de actividades das quais os seguros e a banca são os mais
representativos.

FUNÇOES RESPONSABILIDADE
As cidades exercem funções de responsabilidade das quais
constam: Administração, ensino e saúde, assumindo assim um papel
essencial na vida dos seus habitantes. Para o caso da administração este
nem sempre implica maior tamanho, mais riqueza, actividades mais
desenvolvidas, mas conduz a presença de certos serviços, formas de
autoridade e certa capacidade de organização.
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FUNÇÃO URBANA E CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS CIDADES


Estas funções criam emprego na cidade e fazem-se acompanhar
de manifestações geradoras de lucro financeiro, estando esta presente de
forma secundária pois, não constituem aspeto primordial da função em
questão. Este tipo de função são decididas por autoridade que podem ser
exterior a cidade regionais ou nacionais. Elas podem também ser
realizadas por organismos provados da mesma natureza.

Cidades Político-Administrativas: são cidades onde se localizam


importantes sedes administrativas de governos e parlamentos. Costumam
ter como característica a elevada oferta de empregos no setor público e
estratégica função política. Geralmente, são cidades especificadamente
planeadas e construídas para esse fim, embora, em alguns casos, elas
passem a acumular outras funções. Podemos citar, como exemplo de
cidades político-administrativas, Brasília (Brasil), Pretória (África do Sul),
Washington (EUA), Ottawa (Canadá), entre outras.
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FUNÇÃO URBANA E CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS CIDADES


Cidades Religiosas: são formações urbanas que possuem suas
dinâmicas econômicas majoritariamente centradas em algum tipo de
atividade religiosa, que ocorre todo o ano ou durante alguns poucos
dias, mas que atrai um grande número de fiéis e movimenta um
significativo ornamento financeiro. Exemplos de cidades desse tipo são:
Jerusalém (Israel), Meca (Arábia Saudita), Aparecida do Norte (Brasil),
Santiago de Compostela (Espanha), Trindade (Brasil), entre outras.

Cidades Universitárias: são formados por uma comunidade


dominada por uma ou mais universidade que reúnem suas respectivas
faculdades em territórios proximos de forma a permitir uma
concentração de actividades académicas e uma vida social
compartilhada. Entre o públuco desta comunidade, inclui-se servidores
e estudantes. Exemplo: Campo da Universidade Federal de Goiás (Brasil)
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FUNÇÃO DE CRIAÇÃO E TRANSMISSÃO

Este tipo de função inclui tudo o que diz respeito a difusão da


civilização, o modo de vida, das conquistas urbanas destinadas as
populações urbanas e periféricas. A cidade por possuir uma massa de
habitantes possui uma certa acumulação de riqueza e atrai o homem,
exerce um certo poder de formação, informação e transformação. Para tal
a cidade deve dispor de meios de transporte internos e periféricos
assegurando assim as condições de acessibilidade.

A complexidade das funções urbanas deve-se ao facto delas


serem muito difíceis de medir porque as estatísticas são concebidas com
esta preocupação de diversificação (Ex.: como medir sem ser
aproximadamente ou por estimactiva do plano turístico a importância e a
complexidade das operações financeiras, o impacto espacial e os meios de
informação).
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FUNÇÃO DE CRIAÇÃO E TRANSMISSÃO

Este tipo de função inclui tudo o que diz respeito a difusão da


civilização, o modo de vida, das conquistas urbanas destinadas as
populações urbanas e periféricas. A cidade por possuir uma massa de
habitantes possui uma certa acumulação de riqueza e atrai o homem,
exerce um certo poder de formação, informação e transformação. Para tal
a cidade deve dispor de meios de transporte internos e periféricos
assegurando assim as condições de acessibilidade.

A complexidade das funções urbanas deve-se ao facto delas


serem muito difíceis de medir porque as estatísticas são concebidas com
esta preocupação de diversificação (Ex.: como medir sem ser
aproximadamente ou por estimactiva do plano turístico a importância e a
complexidade das operações financeiras, o impacto espacial e os meios de
informação).
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HIERARQUIA DOS CENTROS E REDES URBANAS

HIERARQUIA URBANA: é a estruturação hierárquica dos centros


urbanos, reflectindo o grau de subordinação e intensidade dos variados fluxos
existentes entre as cidades, ou seja é a escala de subordinação entre as cidades,
geralmente da seguinte forma: as pequenas cidades que existem aos milhares,
que se subordinam as cidades médias, que existem em número menor que as
pequenas cidades, estas, as cidades médias, que se subordinam às cidades
grandes. As grandes cidades ou metrópoles são poucas.

Por outro lado, A Hierarquia Urbana é um modelo hierárquico entre as


cidades e está dividido em diferentes níveis. Em outras palavras, a hierarquia
urbana determina a estrutura econômica em diversas escalas de organização (e
posições), o que cria uma rede de ligações e influências entre os centros
urbanos do mundo (pequenas, médias e grandes cidades).
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HIERARQUIA DOS CENTROS E REDES URBANAS

Exemplo: Uma cidade média poderá ser Caxito, que se caracteriza por ter
um equilíbrio populacional, por ter algumas vivendas dentro do perímetro
urbano, fruto do crescimento da mesma, e alguma parte da população
ainda pratica uma agricultura de complemento em terrenos não
urbanizados.

Uma cidade intermédia pode ser Lobito. Esta cidade está num patamar
acima de Caxito e numa hierarquia superior. Caracteriza-se por ter um tipo
de urbanização mais intensa e tem modos de vida totalmente urbanos,
com serviços centrais (que as outras cidades de média dimensão não têm)
e claro, com maior população.
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HIERARQUIA DOS CENTROS E REDES URBANAS

Lembre-se que o conceito de hierarquia designa uma


estrutura vertical de subordinações e poderes. Portanto, a grande cidade
exerce grande influência econômica sobre as médias e pequenas. E, as
cidades médias, influenciam as pequenas. Essas relações criam uma cadeia
que consequentemente resultam na rede urbana (infraestrutura,
transportes, comunicação, etc.)

Observe que esse conceito pode não estar relacionado com o tamanho
dos centros urbanos sendo que as cidades podem alterar sua posição.
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HIERARQUIA DOS CENTROS E REDES URBANAS


CLASSIFICAÇÃO E EXEMPLOS DE HIERARQUIA URBANA

Segundo a classificação apresentada por alguns Institutos de Geografia e


Estatística na publicação “Região de Influência das Cidades (2007)”, a
hierarquia urbana Mundial está dividida basicamente em 5 grupos sendo
que cada um deles apresentam subdivisões:

Metrópoles: são as maiores cidades do país e que apresentam


melhores infraestruturas e condições econômicas, sendo classificadas em:
Grande Metrópole Nacional, Metrópole Nacional e Metrópole.

Capitais Regionais: são cidades que exercem influências numa


região, nas pequenas e médias cidades do país, sendo divididas em:
Capitais Regionais A (11 cidades), Capitais Regionais B (20 cidades) e
Capitais Regionais C (39 cidades), donde a primeira (A) é a mais influente.
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HIERARQUIA DOS CENTROS E REDES URBANAS


CLASSIFICAÇÃO E EXEMPLOS DE HIERARQUIA URBANA

Assim, na classe A, as cidades apresentam cerca de 955 mil habitantes, na


categoria B, cerca de 435 mil habitantes, e, por fim, na classe C, o número
de habitantes se aproxima de 250 mil.

Centros Sub-regionais: Exercem menor influência que as capitais regionais,


as quais apresentam mais complexidade na gestão e maior número de
habitantes. Nessa categoria, 169 centros estão incluídos que sofrem grande
influência de 3 metrópoles nacionais.

Elas também apresentam subdivisões: Centro sub-regional A (85 cidades) e


Centro sub-regional B (79 cidades).
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HIERARQUIA DOS CENTROS E REDES URBANAS

CLASSIFICAÇÃO E EXEMPLOS DE HIERARQUIA URBANA

Centros de Zona: Reúne 556 médias cidades as quais apresentam


influência local. Subdivide-se em: Centros de Zona A (192 cidades, com
aproximadamente 45 mil habitantes), e, Centros de Zona B (364 cidades,
cerca de 23 mil habitantes).

Centros Locais: Incluem 4.473 pequenas cidades que apresentam menos


de 10 mil habitantes (média de 8 mil) e exercem somente influência local.
Referências Bibliográficas OA1346 INO1
BAILLY, A., et al. – Les Concepts de la Géographie Humaine, 3ª Ed., Masson, Paris, 1995.

BRIGGS, K., Field Work in Urban Geography, Oliver & Boyd, 3th Ed., Edinburgh, 1971.

BLUMENFELD, Hans - The Modern Metropolis, Its Origins, Growth, Characteristics and
Planning, 1ªed., Paul D. Spreiregouthe M.I. T., Press Cambrige, Massachusetts and London,
UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA
1972. Faculdade de Engenharia e arquitectura
Curso arquitectura e urbanismo
Ano lectivo 2022/2023
CARTER, Harold – El Estudio de la Geografia Urbana, Instituto de Estudios de Administracion 4º Ano | Turma ( M, T, N )
Local, Madrid, 1983. GEOGRAFIA URBANA

CHABOT, Georges - Les Villes, Armand Colin, Paris, 1948.

CLAVAL, Paul - La logic des Villes, LITEC, Paris, 1981.

CHUECA GOITIA, Fernando – Breve História del Urbanismo, 5ª Ed., Alianza Editorial, Madrid,
1978.

DAVEAU, Suzanne - Portugal Geográfico, Ed. João Sá da Costa, Lisboa, 1995.

DERRUAU, Max – Geografia Humana, Vol. 1 e 2, Editorial Presença, Lisboa, 1973.


Referências Bibliográficas OA1346 INO1
FERREIRA, C., SIMÕES, N.- A Evolução do Pensamento Geográfico, Gradiva, Lisboa, 1986.

FERRO, Gaetano, Sociedade Humana e Ambiente no Tempo, Fundação Caulouste Gulbenkian, Lisboa,
1979.

GARNIER, Jacqueline Beaujeu, Geografia Urbana, Fundação Calouste Gulbenkian, 2ª Ed., Lisboa, 1997.

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GASPAR, Jorge, Portugal os próximos 20 anos. Ocupação e organização do espaço. Retrospectivas e Faculdade de Engenharia e arquitectura
Curso arquitectura e urbanismo
tendências, F.C.G., Lisboa 1987.
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GEOGRAFIA URBANA

MUITO OBRIGADO

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