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Teste 1

EQT11DP © Porto Editora

Nome da Escola: Ano letivo: Filosofia | 11.° ano


Nome do Aluno(a): Turma: N.°: Data: - -

Professor(a): Classificação:

Grupo I
Na resposta a cada um dos itens seguintes, selecione a única opção correta.

1. No ato de conhecimento,
A. o sujeito é apreendido pelo objeto.
B. o objeto adquire as características do sujeito.
C. o sujeito apreende o objeto.
D. o objeto representa o sujeito.

2. “No dia em que conheci a Joana, tive logo a sensação de amor à primeira vista.” Neste contexto,
a palavra “conheci” corresponde ao conhecimento
A. proposicional. C. prático.
B. por contacto. D. amoroso.

3. Saber esquiar, conhecer os Alpes franceses e saber que a neve é uma ocorrência meteorológica
que consiste na precipitação de flocos formados por cristais de gelo constituem exemplos,
respetivamente, de conhecimento
A. proposicional, prático e por contacto.
B. prático, por contacto e proposicional.
C. por contacto, prático e proposicional.
D. prático, proposicional e por contacto.

4. Considere os seguintes enunciados relativos aos tipos de conhecimentos:

1. O conhecimento prático é o conhecimento direto de algumas realidades.


2. O conhecimento por contacto decorre da capacidade para fazer algo ou realizar uma tarefa.
3. O conhecimento proposicional corresponde ao saber-que.

Deve afirmar-se que


A. 1 e 2 são verdadeiros; 3 é falso.
B. 1 e 3 são verdadeiros; 2 é falso.
C. 1 e 2 são falsos; 3 é verdadeiro.
D. 1 e 3 são falsos; 2 é verdadeiro.

5. De acordo com a definição tradicional de conhecimento,


A. a crença e a verdade são condições suficientes do conhecimento.
B. uma crença verdadeira é sempre conhecimento.
C. a justificação é condição necessária do conhecimento.
D. a justificação é condição suficiente do conhecimento.

José Ferreira Borges, Marta Paiva, Nuno Fadigas, Orlanda


Tavares
4 Testes e questões-aula
Dossiê do Professor, Em Questão, Filosofia 11.°
ano

6. Proposições a posteriori são proposições


A. que podem ser conhecidas independentemente da experiência.
B. que são justificadas pelo pensamento, antes da experiência.
C. que são justificadas pela razão.
D. que só podem ser conhecidas através da experiência sensível.

7. “Sabemos que os cravos são vermelhos.” Este conhecimento é


A. a posteriori. B. a priori. C. formal. D. inato.

8. “Sabemos que 2 + 2 = 4.” Este conhecimento é


A. a posteriori. B. a priori. C. empírico. D. experimental.

9. Em termos gerais, o ceticismo pode ser caracterizado como a perspetiva segundo a qual
A. não é possível ter certezas. C. a razão é a única fonte de conhecimento.
B. todas as nossas crenças são falsas. D. o conhecimento não precisa de justificação.

10. Os racionalistas defendem que


A. não existe conhecimento a priori.
B. os sentidos são a única fonte do conhecimento necessário.
C. só existe conhecimento a posteriori.
D. a razão é a fonte principal de conhecimento.

Grupo II
1. Explicite a crítica de Gettier à definição tradicional de conhecimento, apresentando um exemplo
ilustrativo.

2. Exponha os argumentos dos céticos radicais contra a possibilidade do conhecimento.

3. Os fundacionalistas usam uma metáfora arquitetural para descrever a estrutura dos nossos
sistemas de crenças. Explicite-a.

4. Caracterize as crenças básicas.

Grupo III
1. Considere o seguinte excerto:

«Em termos mais gerais, a disputa entre o racionalismo e o empirismo foi considerada como a que
coloca em questão até que ponto dependemos da experiência no nosso esforço para obter
conhecimento do mundo externo.»
Peter Markie, in Standford Encyclopedia of Philosophy. Disponível em https://plato.stanford.edu/entries/rationalism-
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empiricism/.

Explique, a partir desta afirmação, a disputa entre o


racionalismo e o empirismo.

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Dossiê do Professor, Em Questão, Filosofia 11.° ano 4
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Grupo I
1. .................................................................................................................................................................5 pontos
2. .................................................................................................................................................................5 pontos
3. .................................................................................................................................................................5 pontos
4. .................................................................................................................................................................5 pontos
5. .................................................................................................................................................................5 pontos
6. .................................................................................................................................................................5 pontos
7. .................................................................................................................................................................5 pontos
8. .................................................................................................................................................................5 pontos
9. .................................................................................................................................................................5 pontos
10. ...............................................................................................................................................................5 pontos

Grupo II
1. .................................................................................................................................................................25 pontos
2. .................................................................................................................................................................25 pontos
3. .................................................................................................................................................................25 pontos
4. .................................................................................................................................................................25 pontos

Grupo III
1. .................................................................................................................................................................50 pontos

TOTAL.........................................................................................................................................................200 pontos

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Sugestões de resposta do teste 1

Grupo I
1. C. 2. B. 3. B. 4. C. 5. C. 6. D. 7. A. 8. B. 9. A. 10. D.

Grupo II
1. De acordo com a definição tradicional, o conhecimento é crença verdadeira justificada. Edmund Gettier
contestou esta definição, apresentando contraexemplos que pretendem mostrar a possibilidade de termos
uma crença verdadeira justificada sem que tal crença seja conhecimento, ou seja, ainda que se verifiquem as
três condições que na definição tradicional eram consideradas necessárias (e conjuntamente suficientes)
para o conhecimento – crença, verdade e justificação –, o sujeito pode não possuir conhecimento. Um
contraexemplo poderia ser o de eu ter a crença verdadeira justificada acerca dos números do Euromilhões
premiados esta semana por ter acabado de ver na televisão a realização do sorteio. No entanto, embora
os números desta semana sejam realmente os que estou a ver, houve um erro na transmissão televisiva, que
afinal está a apresentar o sorteio ocorrido há três anos, no qual, por coincidência, os números foram
exatamente os mesmos.
2. Os céticos radicais rejeitam haver justificações suficientes para mostrar a verdade das nossas crenças,
negando, assim, a possibilidade do conhecimento e defendendo a suspensão do juízo. Eles baseiam-se,
sobretudo, nos seguintes argumentos: a) os erros e as ilusões dos sentidos: relativamente ao mesmo objeto,
há sensações e perceções diferentes, e até incompatíveis; também os objetos, muitas vezes, desencadeiam
ilusões (os sentidos são frequentemente enganadores); b) a discordância e a divergência de opiniões a
respeito dos mais variados assuntos, o que mostra que nenhuma se encontra adequada e suficientemente
justificada, tornando impossível que nos decidamos por uma ou outra; c) a regressão infinita da justificação:
as nossas crenças são justificadas com base noutras crenças, numa cadeia de justificação até ao infinito, não
havendo nenhuma crença que se possa justificar a si mesma.
3. A metáfora arquitetural que os fundacionalistas usam para descrever a estrutura dos nossos sistemas de
crenças consiste em considerar que a superestrutura de um sistema de crenças recebe a sua justificação de
um dado subconjunto de crenças, tal como um edifício é suportado pelas suas fundações. Essas crenças
fundacionais são chamadas “crenças básicas”, sendo que nelas assentam todas as outras crenças.
4. As crenças básicas, ou crenças fundacionais, são caracterizadas como infalíveis, ou seja, não podem estar
erradas, como incorrigíveis, ou seja, não podem ser refutadas, e como indubitáveis, ou seja, não podem ser
postas em dúvida. Elas suportam o sistema do saber, não necessitando de uma justificação fornecida por
outras crenças, porque se justificam a si mesmas, sendo autoevidentes. Tais crenças permitem evitar a
regressão infinita da justificação.

Grupo III
1. De acordo com o racionalismo, a razão é a origem ou a fonte principal de conhecimento. Só através da
razão é que se pode encontrar um conhecimento seguro, apoiado em princípios evidentes e totalmente
independente da experiência sensível (ou seja, a priori). Por exemplo, o conhecimento de que 2 x 4 = 8 possui
essas características. Por conseguinte, para vários filósofos racionalistas, o modelo do conhecimento ou do
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verdades substanciais, ou seja, verdades que dizem algo acerca do mundo. Este conhecimento é obtido
por intuição e pelo raciocínio, e a justificação que ele envolve não depende da nossa experiência do mundo.
Partindo dos princípios evidentes da razão, e seguindo um determinado método, será possível construir o
conhecimento relevante da realidade. Para alguns racionalistas há conhecimento inato.
Opondo-se ao racionalismo, o empirismo é uma teoria que considera que a experiência é a fonte principal
de conhecimento, negando a existência de ideias, conhecimentos e princípios inatos. Assim, todo o nosso

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conhecimento do mundo tem de ser adquirido através da experiência e, previamente a ela, o entendimento
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ou mente assemelha-se a uma página em branco. É, portanto, na experiência que o conhecimento tem o
seu fundamento e os seus limites. A negação, por parte dos empiristas, da existência de conhecimentos
inatos não implica, porém, a negação do conhecimento a priori; todavia, consideram que essas verdades
são desinteressantes e nada nos dizem acerca do mundo. Elas podem ser adquiridas através da mera
compreensão dos conceitos relevantes, não exigindo outro tipo de investigação do mundo. Assim, segundo
os empiristas, qualquer conhecimento substancial, ou acerca do mundo, tem de ser adquirido através da
experiência: só através da experiência podemos «obter conhecimento do mundo externo».

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