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RESUMO
O presente artigo destaca o uso da gestão por competência em uma revenda de telefonia no
Estado da Paraíba, seus reflexos em termo de eficiência nos resultados e os retornos gerados
com o desenvolvimento do colaborador. Trata-se de uma pesquisa Exploratória descritiva, que
empregou como principal procedimento o Estudo de caso. Quanto aos instrumentos de
pesquisa, foi realizada uma Entrevista com a supervisora de vendas da revenda. A análise e
discussão dos resultados ocorreram através da avaliação dos itens relacionados aos processos
da Gestão de pessoas juntos à Gestão por competência, benefícios oriundos da utilização da
Gestão por competência e inovações no setor. Os resultados demonstram que a empresa faz
uso de alguns processos da Gestão de pessoas para o crescimento e desenvolvimento dos
colaboradores e utiliza alguns métodos por Gestão de competências, ficando como sugestão a
mesma implantar um sistema, onde possa avaliar e medir o grau de competências dos
colaboradores sendo de forma estruturada, para assim, poder ter melhor compreensão em qual
momento fazer a ascensão de um colaborador e qual competência ele poderá agregar valor
para sua nova função dentro da organização e assim, o mesmo contribuir para o atingimento
dos resultados esperados quanto à produtividade e qualidade.
ABSTRACT
The present article highlights the use of management by competence in a telephony resale in
the State of Paraíba, its effects in terms of efficiency in the results and the returns generated
with the development of the collaborator. It is an exploratory descriptive research that used as
main procedure the case study, regarding the research instruments, an interview was
conducted with the sales supervisor of the resale. The analysis and discussion of the results
were done through the evaluation of the items related to the processes of the management of
people together to the management by competence, benefits derived from the use of
management by competence and innovations in the sector. The results demonstrate that the
company makes use of some processes of people management for the growth and
development of employees and uses some methods by management of competences, being as
a suggestion the same to implant a system where it can evaluate and measure the degree of
competences of the collaborators being structured so as to be able to have a better
understanding in which moment to make the rise of a collaborator and what competence it can
add value to its new function within the organization and thus, contribute to the achievement
of the expected results regarding productivity and quality.
INTRODUÇÃO
esperados faz com que surja a preocupação em prestar um serviço ou produto de qualidade a
fim de oferecer acima de tudo segurança àqueles que o buscam. Sobretudo, “o ideal é ter a
pessoa certa, com as capacitações certas, no momento certo” (MAYO, 2003, p. 17).
Diante do exposto, surge o seguinte questionamento: Como pode ser aplicado os
métodos da Gestão por Competência, para a melhoria do desempenho de uma equipe de
maneira mais assertiva?
Essa pesquisa contribuirá para expor às diversas maneiras da utilização de
ferramentas que auxiliam uma empresa na gestão por competência e como a organização
consegue administrar algo que tem bastante impacto nos resultados, devido sua importância
no desempenho da equipe, avaliar como a revenda de telefonia age em relação à problemática
trará mais conhecimento sobre o nível atual em que a empresa se encontra.
O tema estudado foi escolhido, pois é relevante buscar por novos caminhos que
auxiliam o desenvolvimento dos colaboradores através da gestão por competência de acordo
com os objetivos da organização, onde as empresas que investem em treinamento e
capacitação têm vantagens competitivas diante dos seus concorrentes e para isso, é preciso ser
assertivo nas contratações, manter os colaboradores sempre motivados e fazendo com que,
eles entendam que fazem parte do negócio.
Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo geral identificar como é
realizada a Gestão por competência, por uma revenda de telefonia no Estado na Paraíba.
Especificamente, pretendemos verificar os métodos para desenvolvimento dos colaboradores
através da Gestão por competência; Conhecer as diversas formas de utilização do
desenvolvimento dos colaboradores nas revendas; Identificar possíveis reflexos em termos de
eficiência de uma gestão que pratica a Gestão por competência.
O desenvolvimento do trabalho foi da seguinte forma: introdução, em seguida, o
referencial teórico, onde são apresentados as teorias de gestão de pessoas e seus processos, na
terceira parte, os aspectos metodológicos, onde definimos o tipo de pesquisa estudada, na
quarta, a análise dos dados e resultados e por fim, na quinta, as considerações finais e
sugestões futuras, bem como as referências utilizadas nesse estudo.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
Gestão de Pessoas é um setor com função de gerenciar pessoas e fazer com que elas
alcancem os objetivos da organização e de cada indivíduo no âmbito pessoal. A nomenclatura
Gestão de Pessoas tem como objetivo substituir a Administração de Recursos Humanos, que
classifica as pessoas como recursos, assim como materiais e financeiros, já a GP busca definir
como cooperadores ou parceiros da organização (GIL, 2006).
Essa mudança faz com que o aspecto evolutivo da organização tenha outro fator
predominante àquele que traz o resultado esperado pela gestão: o colaborador. É notório que,
um colaborador motivado tende a trabalhar mais e obter mais lucros.
Chiavenato (2014, p. 8), conceitua a Gestão de pessoas (GP) moderna, como:
Sendo assim, a gestão de pessoas lida com os meios, as formas como as metas e
objetivos serão alcançados. Isto é, as pessoas são os meios através das práticas e dos
processos podendo assim, melhorar a gestão e o aumento à eficiência e a motivação de seus
colaboradores dentro da empresa.
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A história de gestão de pessoas, nem sempre foi como a encontramos hoje. Esse
termo passou por um longo processo de modificação ao longo de sua história. Segundo
Chiavenato (2016, p. 2-3):
O processo evolutivo, no Brasil, passou por várias fases peculiares de nossa história.
Segundo Marras (2000, apud TOSE, 2000, p. 25), eram 5 fases, na evolução do perfil
profissional de Recursos Humanos e possuíam as seguintes características:
1. Fase Contábil (antes de 1930): fase pré-histórica, preocupava-se com o custo, os
trabalhadores eram vistos exclusivamente sob o enfoque contábil: comprava-se a mão de
obra e, portanto, as entradas e saídas provenientes dessa conta deveriam ser registradas
contabilmente (MARRAS, 2000).
2. Fase Legal (1930 a 1950): o surgimento das leis trabalhistas e a função de chefe de
pessoal, nessa fase, onde o poder estava unicamente centrado nos chefes de produção sobre
os empregados, passou para as mãos do chefe de pessoal sobre as regras e normas jurídicas
impostas pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) da era getulista (op. cit.).
3. Fase Tecnicista (1950 a 1965): a fase que alavancou a função de chefe de pessoal
para o status de gerência, foi nessa fase que a área do RH passou a operacionalizar serviços
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é um processo que pode ser visto como uma série de etapas: 1. Fazer o planejamento
e a previsão da força de trabalho para determinar as vagas a serem preenchidas; 2.
Formar um conjunto de candidatos para esses cargos através de recrutamento interno
ou externo; 3. Fazer com que os candidatos preencham fichas de inscrição e talvez
realizar uma entrevista de seleção inicial; 4, Utilizar várias técnicas de seleção como
testes, informações sobre antecedentes e exames médicos para identificar os
candidatos viáveis; 5. Enviar um ou mais candidatos viáveis ao supervisor ou
responsável pelo cargo; 6. Submeter os candidatos a uma ou mais entrevistas de
seleção com o supervisor e outros interessados para determinar quais ou quais
candidatos receberão propostas.
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Dentre várias formas de recrutar, a que pode encaixar melhor com o presente
trabalho é o Recrutamento interno. O recrutamento interno acontece sobre os candidatos que
já fazem parte da empresa, isto é, aos colaboradores, são ofertados propostas de promoções,
cargos mais elevados ou para transferi-los para atividades mais complexas ou motivadoras. Já
o externo, atua fora da organização, esse, passa pelo processo de seleção. Enquanto o interno
busca a melhoria das competências já existente, o externo foca em trazer novas experiências e
competências não presentes na organização (CHIAVENATO, 2016).
Ter colaboradores competentes carrega consigo outras variáveis importantes como:
responsabilidades, compromisso e ser assíduo. A Gestão de pessoas que se preocupa em gerir
de forma transparente e coesa vai aderir à gestão por competência, pois sabe da obtenção
positiva dos resultados esperados.
responsabilidade de treinar suas equipes é responsabilidade do gestor de linha, cada gestor usa
seus meios e recursos para o treinamento (CHIAVENATO, 2016).
Não que seja assim tão fácil, mas encarar a comunicação organizacional como
estratégia do negócio e desenvolver competências comunicativas nos líderes pode representar
o começo de um longo caminho na direção dos resultados.
3 ASPECTOS METODOLÓGICOS
Com intenção de atingir aos objetivos desta pesquisa, a entrevista foi aplicada com
uma representante, com cargo de liderança (supervisora dos pontos de venda), mais apta para
falar sobre como é feita a Gestão por competência na organização.
A coleta de dados foi realizada por meio de uma visita a um dos pontos de vendada
Conectrio, e foi aplicada uma entrevista de roteiro estruturado composta por 6 (seis)
perguntas, elaboradas pelos autores, conforme Apêndice A, sequencialmente e respondida
pela supervisora de vendas da empresa, de forma pessoal. O objetivo da aplicação desta
entrevista está relacionado a identificar os métodos utilizados pela empresa quanto à Gestão
por competência e quais seus impactos positivos e negativos sobre os colaboradores.
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Isto reforça a ideia de que, é preciso estar em contínuo processo de evolução mútuo
sobre a prática de entender o que o colaborador está apto a entregar, e o que a gestão pode
estimular sempre para a obtenção positiva dos resultados esperados.
Segundo Dutra (2017, p. 33):
Considerar as pessoas por sua capacidade de entrega nos dá uma perspectiva mais
adequada para avaliá-las, orientar seu desenvolvimento e estabelecer recompensas.
Sob essa perspectiva é que vamos analisar os conceitos de competência individual.
Muitos autores procuraram discutir a questão tentando entender, como competência,
a capacidade das pessoas em agregar valor para a organização.
“Não usamos de sistema formal, porém quando os gestores de cada filial realiza os
feedback com os seus colaboradores é feito questionamentos sobre interesse em ser
desenvolvido e os que demostram esse interesse os gestores incluem esse
colaborador em atividades em que ele possa melhor desenvolver seus
conhecimentos, habilidades e atitudes. Hoje grande parte dos nossos gestores
passaram por esse processo e isso nos motiva a continuar”.
As pessoas emprestam seu capital humano para uma organização porque esperam
receber algum valor, sob diferentes formas, como retorno. Elas se tornam ambas as
coisas, um ativo – capaz de gerar para outros – e um interessado. E, supondo que as
selecionemos acertadamente, não vamos querer perdê-las.
teórico e também a avaliação de desempenho. Isso norteará ao gestor, gerir de forma que
apresente competências.
Desta feita, gerir pessoas pode ser contextualizado pela moeda de troca que a
empresa tem com seu colaborador através do estimulo e reconhecimento do trabalho
executado. Diante disto, quando foi indagada se as competências por cargos estão de fácil
acesso aos colaboradores, foi afirmado, pela supervisora de vendas, que:
COMPETÊNCIAS - GESTÃO
Dados Pessoais
Nome: José Mário Data de nascimento: 12/06/1996
Endereço: xxxxxx Estado Civil: xxxx Filhos: 0
Dados Profissionais
Cargo atual: Consultor de vendas Data admissão: xxxx
Nível de ensino: Ensino médio completo Área de interesse: Gestão
COMPETÊNCIAS GESTÃO
Conhecimentos Habilidades Atitudes
Conceito de planejamento Desenvolver técnicas Flexível
de gestão (macro e micro)
Noções dos processos organizacionais Desenvolver planos de ação Disponível
Para entrega de resultado
Técnicas de liderança Liderar e motivar Resiliente
A gestão de pessoas, nada mais é que “um conjunto de políticas e práticas que
permitem a conciliação de expectativas entre a organização e as pessoas para que ambas
possam realizá-las ao longo do tempo” (DUTRA, 2002, p. 17), ou seja, as políticas sendo as
regras, normas estabelecidas na organização para que seja assegurado o desempenho das
funções de acordo com os objetivos desejados, já as práticas, são técnicas e processos que são
utilizados para a implantação das decisões.
É importante que todos os colaboradores tenham ciência da visão, missão e valores
da empresa de forma clara para que, assim, o gestor possa elaborar metas e planos de acordo
com o objetivo central da organização.
A entrevistada também foi questionada se a empresa possui algum programa de
desenvolvimento de pessoas por competência, ou se existe algum método de ferramenta para
medir o crescimento, rendimento, qualidade do serviço dos colaboradores, a mesma
respondeu que:
Níveis de Maturidade
A pessoa é pouco competente e mal preparada. Ela esta pronta para assumir a
Baixa (M1)
responsabilidade e não se identifica com os objetivos.
Médio-Baixa A pessoa não é competente, mas muito útil e disposta a assumir novas
(M2) responsabilidades.
A pessoa é competente, mas pode não ter confiança para ir por conta própria ou
Médio-Alta (M3) a motivação para completar as tarefas de eficiente e eficaz. Não é totalmente
disposta a assumir responsabilidades. Executa bem as tarefas, mas não se
identifica com os objetivos globais da organização.
Alta (M4) A pessoa é capaz, competente, útil, assertiva, confiante e se identifica com os
objetivos da organização.
3 Sondagem
4 Conteúdo
6 Fechamento
Fonte: Autoria própria (2019).
Substituir pelos
meses do
plano-----> Jul. Ago. Set. Out. Nov Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun.
Datas
Reuniões de 11 -
planejamento jul.
11 -
1º Avaliação out.
11 -
2º Avaliação jan.
11 -
3º Avaliação abr.
Avaliação 11 -
anual jul.
Leitura de artigo
Objetivo 1 Meta 4 Meta 7 Meta 10
iniciação na liderança.
Processos
Organizacionais -
Objetivo 2 Meta 5 Meta 8 Meta 11
Acompanhamento
lançamento Data Sys.
Realizar matinais com
Objetivo 3 Meta 6 Meta 9 Meta 12
base no resultado loja.
Fonte: Autoria própria (2019).
Nesse modelo de acompanhamento (Quadro 3), são traçadas metas de acordo com as
competências nas quais o colaborador precisa obter, ou aprimorar. O acompanhamento é feito
no período de três meses e no final do terceiro mês, o gestor realiza um feedback para
identificar se os objetivos foram alcançados e quais precisam de melhorias.
Essa fala da entrevistada condiz com o que o autor Dessler (2003, p. 144) expõe, no
seu livro, quando diz que “Depois de determinar as necessidades de treinamento dos
funcionários, de gerar a percepção de necessidades e de estabelecer os objetivos do
treinamento, um programa de treinamento pode ser projetado e implementado”.
Analisando as respostas da supervisora, é possível perceber que o investimento feito
para o desenvolvimento dos colaboradores é significativamente relevante para os seus
colaboradores, pois apresentam retornos positivos para a organização, maior diversificação de
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas
organizações. 4. ed. Barueri-SP: Manole, 2014.
______. Gestão de pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 4. ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
DESSLER, Gary. Administração de Recursos Humanos. 2. ed. São Paulo: Prentice Hall,
2003.
DUTRA, Joel Souza. Gestão de Pessoas: modelo, processos, tendências e perspectivas. São
Paulo: Atlas, 2002.
______. Competências: conceitos, instrumentos e experiências. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
FERREIRA, Patrícia Itala. Gestão por competências. (Org.) Andrea Ramal. 1. ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2015. il.; 23 cm. (MBA/Gestão de pessoas).
GIL, Antonio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais. 1. ed. São Paulo:
Atlas, 2006.
GRAMIGNA, Maria Rita. Modelo de competências e gestão dos talentos. 2. ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2007.
MAYO, Andrew. O valor humano da empresa: valorização das pessoas como ativos. São
Paulo: Pretince Hall, 2003.
PARRY, Scott. B. The quest for competencies – Training. Julho 1996, p. 48-54. Disponível
em: <http://www.anpad.org.br/admin/pdf/enanpad1998-rh-28.pdf>. Acesso em: 31 mai. 2019.
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APÊNDICES
A presente pesquisa tem como objetivo identificar como é realizada a Gestão por
competência por uma revenda de telefonia no Estado na Paraíba. Especificamente,
pretendemos verificar os métodos para desenvolvimento dos colaboradores através da Gestão
por Competência; Conhecer as diversas formas de utilização do desenvolvimento dos
colaboradores na revenda; Identificar possíveis reflexos em termos de eficiência de uma
gestão que pratica a Gestão por competência.
Trata-se de um trabalho acadêmico (Artigo), destinado para fins científicos de
alunas da Instituição de Ensino UNIPÊ, Natiany Kerulene Rodrigues Lé, Thatiane Teles
de Oliveira Santos e Wanessa Alexandria de Sousa Pereira, para obtenção do título de
MBA em Gestão de Pessoas. As informações respondidas nessa pesquisa são de total sigilo e
anonimato das opiniões proferidas. O sucesso desse trabalho depende de sua cooperação.
Desse modo, solicito que responda com sinceridade as perguntas formuladas. Desejamos
desde já, muito obrigada, pela sua colaboração.
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