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© 2019 – Instituto Nacional do Seguro Social

Presidente

Renato Rodrigues Vieira

Diretora de Benefícios

Márcia Elisa de Souza

Coordenação Geral de Reconhecimento de Direitos

Moisés Oliveira Pereira

Divisão de Reconhecimento Inicial de Direitos

Arnaldo Prisco Silva de Deus

Coordenação-Geral de Administração de Informações de Segurados

Roberto Dal Col Filho

Divisão de Cadastro de Contribuinte Individual

Luis Cesar Borges Assumpção

Divisão de Vínculos e Remunerações

Silvia Aparecida Ziembra

Divisão de Cadastro de Segurado Especial

Daniel Oliveira de Freitas

2
Divisão de Integração dos Cadastros

Tatiana Silva Barbosa

Autoria, pesquisa, organização e texto

Nadir Taveira Serra - Superintendência-Regional Norte/Centro-Oeste - Brasília/DF;

Rosalina Demarchi - Serv. de Adm. de Informações de Segurados - Brasília/DF;

Maycon Rodrigues Costa - Sec. de Adm. De Informações de Segurados - Imperatriz/MA;

Vanessa Mazetto Ferreira - Serv. de Adm. De Informações de Segurados - São Paulo / SP;

Adriana de Souza Carmo – Superintendência Regional Sudeste II - Belo Horizonte/MG;

Renato Kazuo Misawa - Superintendência Regional Sudeste I - São Paulo/SP;

Simone Costa - Superintendência-Regional Sul - Florianópolis/SC;

Anderson Ferreira de Lima - Serv. de Adm. De Informações de Segurados – Curitiba/PR;

Patricia Linemann - Superintendência Regional Sul - Florianópolis/RS;

Leonardo Stein Costa - Seção de Reconhecimento de Direitos - Passo Fundo/RS;

Washington Jose Texeira Miranda - Superintendência Regional Sudeste I – São Paulo/SP;

3
Caue Goncalves Santana - Serviço de Reconhecimento de Direitos – São Paulo/SP;

Victor de Alcantara Cruz - Superintendência Regional Nordeste – Recife/PE;

Jeanine Freire de Almeida - Seção de Reconhecimento de Direitos - Petrolina/PE ;

Kyara de Castro Silva - Superintendência Regional Norte/Centro-Oeste – Brasília/DF ;

Gescelio Soares da Silva - Serviço de Benefícios - Goiânia/GO;

Maria Julia de Andrade Cavalher Costa Mazorche - Superintendência Regional Sudeste II – Belo
Horizonte.

4
SUMÁRIO
PREFÁCIO ........................................................................................................................ 10
ABREVIATURAS EMPREGADAS ....................................................................................... 11
INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 13
PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO ............................................................ 14
Formalização de Processos ......................................................................................... 15
Ordem da Documentação ...................................................................................... 17
Cartas de Exigências ............................................................................................... 17
Notificações e Prazos .............................................................................................. 19
Despacho Conclusivo .............................................................................................. 20
Sistemas Previdenciários ........................................................................................ 21
Requisitando uma Tarefa ....................................................................................... 23
Visão Geral do Get ...................................................................................................... 24
Menus ..................................................................................................................... 24
Ações em Lote ........................................................................................................ 24
Minhas Tarefas ....................................................................................................... 25
Pesquisar por CPF ou Protocolo ............................................................................ 25
Próxima Tarefa e Nova Tarefa ................................................................................ 25
Lista de Tarefas ....................................................................................................... 27
Requisitando uma Tarefa ....................................................................................... 28
Analisando uma Tarefa ........................................................................................... 28
Cabeçalho ............................................................................................................... 30
Interessados e Representante Legais ..................................................................... 30
Anexos Iniciais ........................................................................................................ 31
Comentários ........................................................................................................... 32
Anexando Um Documento ..................................................................................... 34
CNIS......................................................................................................................... 34
Subtarefas ............................................................................................................... 35
Histórico de Ações .................................................................................................. 36
Cadastro de Exigências ........................................................................................... 37
Concluindo uma Tarefa .......................................................................................... 38
5
CONCEITOS BÁSICOS ...................................................................................................... 39
Portal CNIS ............................................................................................................... 39
CNIS - Cadastro Nacional De Informações Sociais .................................................. 39
Principais Fontes de Alimentação do CNIS ............................................................. 40
Definições Importantes .......................................................................................... 40
Acesso ao portal cnis .................................................................................................. 40
Acerto de Dados Cadastrais........................................................................................ 41
FILIAÇÃO ......................................................................................................................... 41
QUALIDADE DE SEGURADO ............................................................................................ 45
Exemplos de Manutenção Da Qualidade De Segurado .......................................... 47
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO............................................................................................. 49
CARÊNCIA........................................................................................................................ 53
Resumo de Carência Mínima para Cada Benefício ................................................ 55
Perda da Qualidade de Segurado e Refiliação ....................................................... 56
DEPENDÊNCIA ................................................................................................................. 57
Comprovação de Dependência .............................................................................. 58
ATIVIDADE ESPECIAL....................................................................................................... 60
Enquadramento por categoria profissional (enquadramento administrativo) ......... 62
Empregado.............................................................................................................. 62
Trabalhador Avulso ................................................................................................. 63
Contribuinte Individual ...............................................Error! Bookmark not defined.
Peculiaridades relativas ao enquadramento por atividade profissional.................... 65
Vigia ou Vigilante ou Guarda: Código 2.5.7. .......................................................... 65
Atividade na Agropecuária (Urbana) Código 2.2.1 ................................................. 65
Motorista De Caminhão De Cargas (Contribuinte Individual): No Código 2.4.2. ... 66
Enquadramento por agente nocivo............................................................................ 66
Enquadramento por decisão judicial .......................................................................... 66
Despacho da Análise Administrativa .......................................................................... 67
COMPROVAÇÃO DE ATIVIDADE E ACERTO DE DADOS DO CNIS .................................... 70
Atividade de empregado ............................................................................................ 70
Trabalhador Intermitente ....................................................................................... 72

6
Marítimo ................................................................................................................. 72
Servidor Público ...................................................................................................... 73
Atividade de trabalhador avulso ................................................................................ 74
Atividade de empregado doméstico .......................................................................... 75
Atividade de contribuinte individual .......................................................................... 81
Facultativo .................................................................................................................. 93
Microfichas ................................................................................................................. 93
Atividade de segurado especial .................................................................................. 95
Declaração de Sindicato Rural ................................................................................ 96
Declaração do Trabalhador Rural ........................................................................... 97
MP 871/2019 .......................................................................................................... 98
Serviço Militar ............................................................................................................. 98
SALÁRIO MATERNIDADE ................................................................................................. 99
Da recuperação da carência ..................................................................................... 100
Do Afastamento da Atividade .................................................................................. 101
Do Fato Gerador ....................................................................................................... 104
Quem Recebe Diretamente No Inss: ........................................................................ 105
Da Ação Civil Pública nº 5027299-68.2017.4.04.7000. Salário maternidade para
desempregada .......................................................................................................... 106
Cargo em Comissão: declarado em lei de livre nomeação e exoneração ................ 106
Prazo para Requerimento......................................................................................... 107
Duração do Benefício ............................................................................................... 107
Adoção ou Guarda Para Fins De Adoção .................................................................. 108
Atividades Concomitantes ........................................................................................ 109
Pagamento ao Cônjuge/Companheiro Sobrevivente ............................................... 109
Da Renda Mensal do Benefício ................................................................................. 111
PENSÃO POR MORTE PREVIDENCIÁRIA........................................................................ 113
Requisitos do benefício ............................................................................................ 113
Da Renda Mensal do Benefício ................................................................................. 115
Da Duração do Benefício .......................................................................................... 116
Dependente Homicida .............................................................................................. 119

7
Simulação ou Fraude no Casamento ........................................................................ 119
Pensão por Morte Presumida................................................................................... 120
PENSÃO POR MORTE ACIDENTÁRIA ............................................................................. 120
Comunicação de Acidente de Trabalho .................................................................... 122
AUXÍLIO-RECLUSÃO ...................................................................................................... 123
REQUISITOS DO BENEFÍCIO ...................................................................................... 123
Comprovação do Recolhimento à Prisão ................................................................. 124
Situações Específicas ................................................................................................ 125
Fatos Geradores Anteriores a 18/01/2019 .............................................................. 125
Renda Máxima do Segurado Instituidor ................................................................... 125
APOSENTADORIAS ........................................................................................................ 127
Aposentadoria por Idade Urbana ............................................................................. 127
Aposentadoria Por Idade do Empregado Doméstico ........................................... 130
Aposentadoria por Idade Híbrida ............................................................................. 131
Aposentadoria por Idade Rural ................................................................................ 132
Aposentadoria Por Idade Com Carência Em Meses De Contribuição .................. 132
Aposentadoria Por Idade Com Carência Em Meses De Atividade Rural .............. 133
Empregado e Contribuinte Individual Rural ......................................................... 133
Aposentadoria por Idade da Pessoa com Deficiência .............................................. 134
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO ...................................................... 136
Da Utilização do Período como Segurado Especial .................................................. 138
Valoração da Prova ............................................................................................... 138
Critérios para Homologação da Declaração Sindical e Justificação Administrativa:
.............................................................................................................................. 138
Necessidade de Indenização a Partir De 11/1991:............................................... 140
Do Tempo de Contribuição ....................................................................................... 141
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA .... 141
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO DO PROFESSOR ........................... 144
APOSENTADORIA ESPECIAL .......................................................................................... 147
CÁLCULO DO BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA ............................................................ 149
Salário de Contribuição ........................................................................................ 149

8
Período Básico de Cálculo .................................................................................... 149
Salário de Benefício .............................................................................................. 152
Fator Previdenciário e Regra 85/95 Pontos ......................................................... 153
Renda Mensal Inicial ............................................................................................. 154
TÓPICOS AVANÇADOS .................................................................................................. 156
Facultativo de Baixa Renda....................................................................................... 156
Juiz Classista.............................................................................................................. 158
Mandato Eletivo ....................................................................................................... 159
Termo de Opção da Filiação de Facultativo ......................................................... 162
Aluno Aprendiz ......................................................................................................... 164
Reclamatória Trabalhista .......................................................................................... 166
Justificação Administrativa ....................................................................................... 173
Testemunhas ........................................................................................................ 173
Autorização ........................................................................................................... 174
Processamento ..................................................................................................... 174
Mérito ................................................................................................................... 174
Recolhimentos em Atraso ........................................................................................ 175
Parcelamento............................................................................................................ 183
Acerto de Contribuição............................................................................................. 184
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................... 187

9
PREFÁCIO

Caro participante,
“Eu sou parte de uma equipe. Então,
quando venço, não sou eu apenas
quem vence. De certa forma, termino o
trabalho de um grupo enorme de
pessoas.”

(Ayrton Senna)

Com enorme satisfação agradecemos sua presença no Treinamento em Serviço em


Reconhecimento Inicial de Direito e Cadastro para Concessores. Este Caderno do Participante
foi especialmente idealizado e formulado para apoiá-lo no decorrer deste Treinamento em
Serviço.

É chegada a hora de aproveitar, da melhor forma possível, este momento de


aprendizagem, planejamento e construção. A intenção é que todos possam compartilhar
nossas experiências e ampliar o conhecimento.

Esperamos que o aprendizado adquirido nestes dias favoreça o aprofundamento da


discussão sobre o Reconhecimento Inicial de Direito e Cadastro, nessa fase crucial de
Treinamento em Serviço, aprimorando e potencializando, por meio da construção coletiva, os
avanços que o projeto proporciona à nossa Autarquia.

Bons Estudos!

10
ABREVIATURAS EMPREGADAS
ACP Ação Civil Pública
ACT Acordo de Cooperação Técnica
ADCT Atos das Disposições Constitucionais Transitórias
AI Acordo Internacional
BI Benefício por Incapacidade
BPC Benefício de Prestação Continuada
CADUNICO Cadastro Único
CAJ Câmaras de Julgamento
CANSB Consolidação dos Atos Normativos
CAT Carta de Acidente de Trabalho
contrib. Contribuições
CI Contribuinte Individual
CNIS Cadastro Nacional de Informações Sociais
CNPJ Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
CP Carteira Profissional
CPF Cadastro de Pessoa Física
CTC Certidão de Tempo de Contribuição
CTPS Carteira de Trabalho e Previdência Social
DAT Data de Afastamento do Trabalho
DCB Data da Cessação do Benefício
DER Data da Entrada do Requerimento
DIB Data do Início do Benefício
DID Data do Início da Doença
DII Data do Início da Incapacidade
DIP Data do Início do Pagamento
DIRBEN Diretoria de Benefícios
DIRSAT Diretoria de Saúde do Trabalhador
DRD Data da Regularização da Documentação
FBR Facultativo de Baixa Renda
FGTS Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

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GET Gerenciador de Tarefas
GFIP Guia de Recolhimento de FGTS e de Informações a Previdência Social
GPS Guia da Previdência Social
IN Instrução Normativa
JR Junta de Recursos do Seguro Social
LC Lei Complementar
LTCAT Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho
MEI Microempreendedor Individual
memo. Memorando
memo. circ. Memorando circular
MP Medida Provisória
MPS Ministério da Previdência Social
NIT Número de Identificação do Trabalhador
PA Pensão Alimentícia
PAP Processo Administrativo Previdenciário
PPP Perfil Profissiográfico Profissional
PRISMA Projeto de Regionalização de Informações e Sistemas
RFB Receita Federal do Brasil
RGPS Regime Geral de Previdência Social
RT Reclamatória Trabalhista
RPPS Regime Próprio de Previdência Social
SABI Sistema de Administração de Benefícios por Incapacidade
SAG Sistema de Agendamento
SINE Sistema Nacional de Emprego
SUB Sistema Único de Benefícios

12
INTRODUÇÃO

Compete ao INSS – Instituto Nacional do Seguro Social – a concessão e manutenção de


benefícios abrangidos pelo Regime Geral de Previdência Social – RGPS.

Estes benefícios – denominados previdenciários – são divididos em 6 grandes


categorias:

APOSENTADORIAS

AUXÍLIO RECLUSÃO

BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE

PENSÃO POR MORTE

SALÁRIO FAMÍLIA

SALÁRIO MATERNIDADE

Esse caderno do participante irá tratar dos benefícios de aposentadoria, auxílio


reclusão, pensão por morte e salário maternidade.

DICA
Endereços para consulta e acompanhamento das mudanças na legislação
previdenciária:
Portal INSS – http://www-inss/
Índice Legislativo – http://10.138.104.10/legis/
Instrução Normativa de Benefícios – http://www-novain/ SISLEX –
http://sislex.previdencia.gov.br

13
PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO

O processo administrativo é o encadeamento lógico de atos que busca desvendar os


elementos da vida laboral e contributiva do segurado e seu enquadramento na
legislação. O processo administrativo é regulado pela Lei 9.784 de 29 de janeiro de
1999. A Instrução Normativa 77/2015, que estabelece as rotinas para agilizar e
uniformizar o reconhecimento de direito, dispõe sobre o processo administrativo
previdenciário no capítulo XIV.

No âmbito de reconhecimento de direitos, a análise de um pedido de benefício se inicia


com a manifestação expressa do cidadão ou do seu representante legal - ao que
chamamos Processo Administrativo Previdenciário (PAP). O PAP é composto por quatro
fases:

Fase Inicial – O gatilho para a existência do PAP é o requerimento inicial do cidadão. No


requerimento inicial ocorre à manifestação expressa, sua identificação, e são
apresentados os documentos comprobatórios que passam por uma análise quanto a
sua forma. O processo é, então, formalizado.

O requerimento é realizado por meio do SAG – Sistema de Agendamento, Meu INSS ou


pela Central de Teleatendimento 135. O INSS dispõe de Acordos de Cooperação Técnica
– ACT – que autorizam entidades a realizarem protocolos para o cidadão. Esses acordos
podem ser feitos com colônia de trabalhadores, sindicatos, OAB, prefeituras, órgãos
públicos e empresas.

Fase Instrutória – Na instrução do processo, os documentos apresentados são


analisados quanto à forma e mérito. No caso de documentação incompleta ou de dados
divergentes no CNIS - o cadastro geral dos segurados e dependentes da Previdência
Social - deverá ser emitida CARTA DE EXIGÊNCIAS com prazo mínimo de trinta dias para
cumprimento. Processos anteriores poderão ser solicitados, pesquisas externas
realizadas e justificações administrativas processadas. Profissionais da perícia médica,
serviço social, advocacia e reabilitação profissional podem emitir pareceres técnicos
para subsidiar a análise de direito. O CNIS deverá ser alimentado com as novas
informações apresentadas pelo requerente.

Fase Decisória – Uma vez instruído o processo, o INSS deve decidir sobre o direito
pleiteado, sempre escolhendo a opção mais vantajosa a que o requerente tiver direito.
A decisão deve ser explícita, contendo um despacho sucinto e fundamentado com a
análise das provas apresentadas nos autos e a conclusão pelo deferimento ou
indeferimento do pedido.

14
Fase Recursal – De todas as decisões administrativas do INSS cabe Recurso Ordinário. O
recurso é analisado preliminarmente pelo INSS e, mantida a decisão inicial, é
encaminhado a Junta de Recursos – JR para julgamento. Das decisões da JR também
cabe Recurso Especial, a ser julgado pelas Câmaras de Julgamento – CAJ.

Revisão – Quando um benefício ou uma Certidão de Tempo de Contribuição são analisados


pelo INSS, os atos praticados que resultaram desta decisão poderão ser reavaliados por
iniciativa do INSS, por solicitação dos órgãos de controle, por decisão recursal, por decisão
judicial ou a pedido do interessado. É de dez anos o prazo para solicitação de revisão pelo
interessado, contados a partir do dia primeiro do mês subsequente ao do recebimento da
primeira prestação, em decorrência do ato de concessão do benefício, ou do dia em que tomar
conhecimento da decisão indeferitória definitiva, e para o INSS a partir da data em que foram
praticados os atos, salvo comprovada má-fé.

Já está normatizado no INSS, através da Portaria Conjunta nº 1/2018 emitida pela DIRBEN,
DIRSAT e INSS, o processo eletrônico de benefício, formado eletronicamente pela digitalização
de documentos e pelo resultado do processamento de sistemas.
O PAP eletrônico é passível de reconhecimento automático, sendo a formalização constituída
com o resultado das consultas, despachos e comunicados gerados pelos sistemas que
automatizam a análise.

F ORMALIZAÇÃO DE P ROCESSOS
A nomenclatura dos documentos no PAP1 segue a mesma lógica sempre: Primeiro nome do
requerente do benefício + CPF do requerente + descrição do arquivo; separados pelo sinal
underline/ linha subscrita (_).

1
Memorando-Circular Conjunto nº 26 /DIRBEN/CGCAR-DIRAT/INSS de 20 de Junho de 2018
15
1. Documento Nato-Digitais ou Original digitalizado (PRIMEIRO NOME _CPF_ORIGINAIS):
Nato-digital é o documento que já nasceu digital – sua autenticidade vem de uma assinatura
eletrônica que é verificada no site indicado pela mesma, e quando confirmada o documento é
prova para todos os efeitos.

Documento original que é digitalizado na APS tem a autenticação firmada por servidor do INSS
– nesses casos, é prova para todos os efeitos.

2. Documentos Autenticados Administrativamente ou por Cartório (PRIMEIRO NOME


_CPF_TERCEIROS): No PAP podem ser também incluídas digitalizações de documentos que não
foram autenticados pelo INSS documentos microfilmados por empresas ou cartórios;
documentos autenticados por serviços notariais – judiciais ou não; por órgãos da justiça e seus
auxiliares, Ministério Público e seus auxiliares, Procuradorias, autoridades policiais, repartições
públicas em geral, advogados públicos e privados.

Esses documentos são válidos para todos os efeitos (pode ser solicitado o original em caso de
suspeita de falsificação, impugnação ou a critério da Administração).

3. Cópia simples sem Autenticação (PRIMEIRO NOME _CPF_SIMPLES): qualquer documento


apresentado que não tenha uma autenticação - não é válido para fazer prova ou constituir
direitos, mas pode ser usado como fonte de informação (v.g., no caso de uma petição ou
simulação de tempo de contribuição/ renda).

LEMBRETES

1º Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será


exigido quando houver dúvida de autenticidade.
2º Autenticação de documento por advogado somente se for o
procurador do processo e apresentar a OAB – o advogado
substabelecido ou sem procuração não pode autenticar
documentos em processo previdenciário de outrem.

Na Análise, a nomenclatura mantém a mesma lógica, com o nome, o CPF e a descrição sucinta
do documento também separado pelo sinal underline/ linha subscrita (_).

EXEMPLOS:

JOAO_98749819879__ORIGINAIS

JOAO_98749819879_CUMPRIMENTO DE EXIGENCIAS_ORIGINAIS

JOAO_98749819879_ENCAMINHAMENTO_SAIS

16
NOME DO ARQUIVO DESCRIÇÃO DE USO
Solicitação de documentos, declarações
PRIMEIRO NOME _CPF_EXIGENCIA
e exigências em geral.
Ciência da exigência
PRIMEIRO NOME _CPF_CIENCIA
Aviso de recebimento - AR
PRIMEIRO NOME _CPF_CUMPRIMENTO DE
EXIGENCIA_ORIGINAIS
PRIMEIRO NOME _CPF_CUMPRIMENTO DE Exigências cumpridas pelo
EXIGENCIA_TERCEIROS requerente
PRIMEIRO NOME _CPF_CUMPRIMENTO DE
EXIGENCIA_SIMPLES
Encaminhamento para o Serviço de
PRIMEIRO NOME _CPF_ENCAMINHAMENTO_SETOR Saúde do Trabalhador – SST ou Serviço
de Reconhecimento de Direitos – SRD
Consultas, extratos, resumos prisma,
PRIMEIRO NOME _CPF_ANALISE
etc.

O despacho fundamentado, previsto no § 1º do art. 691 da Instrução Normativa nº


77/PRES/INSS, de 21 de janeiro de 2015, deverá ser informado no comentário da tarefa no
GET.

Ordem da Documentação

Muito embora o processo administrativo previdenciário deva ser flexível o bastante para se
adaptar às inúmeras realidades dos segurados, deve ser também uno, de modo a que o Direito
se aplique uniformemente de norte a sul do país – por isso a instrução processual deve seguir
uma ordem geral, embora possa se adaptar também às peculiaridades de cada caso.

Há normas específicas quanto à instrução do processo, mas o mais importante é o bom-senso:


ele deve ser instruído de forma a contar uma história, a informar para outras pessoas qual o
encadeamento lógico de elementos que levou à conclusão do ato administrativo, seguindo o
fluxo abaixo:

 Requerimento assinado ou protocolo remoto;


 Comprovante de agendamento;
 Procuração ou termo de representação;
 Documento de identificação e CPF do procurador ou representante;
 Documento de identificação e CPF do requerente, instituidor e dependente(s);
 Documentos referentes às relações previdenciárias (CTPS, carnês, formulários; de atividade
especial, documentação rural, documentos para comprovação de união
estável/dependência econômica, etc);
 Outros documentos que o cidadão queira adicionar (simulação de tempo de contribuição,
petições, etc.);
17
 Consultas e Extratos, encaminhamentos e formulários de preenchimento do servidor;
 Carta de Exigências e demais consultas e extratos (se necessário);
 Despacho conclusivo;
 Ciência do requerente (se necessário).

Cartas de Exigências
A Carta de Exigências é usada quando há a necessidade de que o requerente providencie
documentos ou esclareça fatos necessários à instrução processual e análise do direito.
O prazo para cumprimento ou agendamento do cumprimento é de 30 dias – prorrogável por
igual período mediante pedido justificado passível de análise do servidor (não é todo pedido
de prorrogação que é deferido – importante analisar os motivos).
Embora o analisador deva instruir o processo de forma a melhor elucidar fatos, há limites e
vedações para a Carta de Exigências:
 Não se pode fazer exigência de fato já comprovada pela apresentação de documento
ou informação válida;
 As exigências necessárias para o requerimento serão feitas desde logo e de uma só vez
ao interessado, justificando-se exigência posterior apenas em caso de dúvida superveniente;
 É vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas
estritamente necessárias ao atendimento do interesse público;
 É proibido fazer exigência de documentos comprobatórios da regularidade da situação
de usuários dos serviços públicos, de atestados, de certidões ou de outros documentos
comprobatórios que constem em base de dados oficial da administração pública federal – esses
documentos e informações devem ser obtidos diretamente nos órgãos, por meio de ofício, e-mail
ou meio eletrônico oficial;
Quando não for possível a obtenção dos documentos diretamente do órgão ou da entidade
federal responsável pela base de dados oficial, a comprovação necessária poderá ser feita por
meio de declaração escrita e assinada pelo usuário dos serviços públicos, que, na hipótese de
declaração falsa, ficará sujeito às sanções administrativas, civis e penais aplicáveis.
Caso o segurado ou representante legal solicite o protocolo somente com apresentação do
documento de identificação, deverá ser protocolizado o requerimento e emitida exigência
imediatamente e de uma só vez ao interessado.

DICA PARA UMA BOA CARTA DE EXIGÊNCIAS


Use uma linguagem clara, de forma direta e vocabulário simples – evite o
uso de siglas ou palavras de uso interno do INSS que dificultem o
entendimento pelo interessado;
Informe sempre que possível o que a exigência visa comprovar – assim, se o
requerente não tiver um documento específico, poderá juntar outros que
cheguem à mesma comprovação;
Se a exigência envolver o preenchimento de formulários específicos do INSS, tente
anexá-los à exigência ou postar o link para que se possa obtê-los na página externa
18
www.inss.gov.br;
Exceto se a norma expressamente o exigir, nunca condicione a comprovação de um
fato a um único documento – apresente ou faça referência a todos os documentos
descritos na IN para aquela comprovação;
Se cabível, informe sobre a possibilidade de realização de justificação administrativa e
como requerê-la para reconhecimento do direito ou comprovação de fato;
Descreva como deve ser cumprida a exigência (se é agendável, se deve ser cumprido
em lugar específico, etc);
Informe claramente o prazo para cumprimento/ agendamento, a possibilidade de
prorrogação mediante pedido fundamentado e que o não cumprimento pode
restringir ou vedar o reconhecimento do direito.

Notificações e Prazos
Os prazos no processo administrativo começam a contar no primeiro dia útil seguinte à data da
ciência. A ciência no PAP pode se dar por 04 (quatro) formas:
a) Ciência no MeuINSS ou SAG Externo: o requerente se compromete expressamente no
requerimento a acompanhar os andamentos e exigências pelo acesso ao MeuINSS. Já para as
entidades conveniadas, é parte da obrigação ACT o acompanhamento constante no sistema
SAG Externo.
A ciência começa a ser contada do dia seguinte à data do acesso (que você pode ver na aba
“Histórico de Ações” no GET) ou a partir do 6º dia do cadastro da exigência.
b) Ciência por correio eletrônico (e-mail): O requerente, ao fornecer o e-mail, concorda com o
acompanhamento do processo pelo mesmo. Quando há alteração de status no GET (por
exemplo, de “pendente” para “exigência”, o requerente é notificado pelo e-mail para que possa
acessar o MeuINSS, SAG ou procurar a APS para saber a exigência.
A ciência começa a ser contada a partir do 6º dia do cadastro da exigência.

LEMBRETE

O GET somente notifica o requerente por e-mail se o e-mail estiver


cadastrado no campo “Interessado(s)” ou “Procurador (es) /
Representante(es) Legal(is)” ANTES da mudança de status.
Embora compita ao protocolo do benefício esse cadastro, pode haver
casos em que essa informação não foi incluída no campo próprio e só
está no requerimento.
Por isso, antes de começar a análise, verifique no campo próprio se há o
e-mail cadastrado – se não houver, procure o e-mail no requerimento e
cadastre-o.

c) Ciência por Carta/ AR: Nos casos em que o requerente não informou um e-mail e não
concordou com acompanhar o processo pelo MeuINSS, ele será notificado sobre a exigência

19
por Carta.
Nesses casos, a ciência começa a ser contada a partir do dia seguinte ao da ciência ou se a
correspondência retornou com os status “Mudou-se”, “Desconhecido” ou “Endereço
desatualizado”, “Recusado”, “Ausente” ou qualquer observação que corresponda a um
endereço existente e atendido pelos Correios, porém, em que não se logrou êxito em
encontrar o interessado naquele endereço.
d) Ciência em Mãos: O requerente pode tomar conhecimento da ciência ao procurar
diretamente uma APS. O servidor que efetuar o atendimento na APS deve colher a Carta de
Exigências com a assinatura do requerente/ procurador e informar nos comentários a ciência.
O prazo começará a contar do dia seguinte ao da ciência.

LEMBRETE
Desde o Memorando Circular Conjunto nº 11 DIRAT/DIRBEN/INSS de 23
de novembro de 2018, os cumprimentos de exigência são atendidos
somente mediante agendamento ou canal remoto (MeuINSS ou SAG
Externo). Por isso, sempre que vencer o prazo da exigência, verifique se
não há agendamento (a verificação pode ser feita em www-
agendamento, na aba “Consultas”.

Despacho Conclusivo
O despacho conclusivo visa encadear, descrever e esclarecer a análise do processo de modo
que o mesmo seja inteligível para o interlocutor. O Despacho deve ser sucinto e objetivo,
sempre voltado à análise do objeto do requerimento administrativo;
A fundamentação deve vir da análise das provas constantes nos autos - a motivação deve ser
clara e coerente, indicando quais os requisitos legais que foram ou não atendidos, podendo
fundamentar-se em decisões anteriores, bem como notas técnicas e pareceres do órgão
consultivo competente, os quais serão parte integrante do ato decisório;
É importante apreciar todos os requisitos legais necessários à análise do requerimento,
registrando-se no processo administrativo a avaliação individualizada de cada requisito legal;
Conclusão deferindo ou indeferindo o pedido formulado, sendo insuficiente a mera justificativa
do indeferimento constante no sistema corporativo do INSS;
Identificação do servidor responsável pela prática de cada ato e a respectiva data;
Orientação sobre a possibilidade de protocolar recurso administrativo, o prazo e a maneira de
fazê-lo.

DICA PARA UM BOM DESPACHO CONCLUSIVO

Ao fazer citações às normas, evite transcrever ou copiar


longos trechos - fazer referência à norma torna o texto
menos maçante.

20
Use linguagem clara, sem tecnicismos, juridiquês e siglas – mesmo se o requerimento foi solicitado
por profissional do direito ou servidor. Compete a você explicar ao leitor o que está acontecendo.
Se o requerente entende bem o que aconteceu, isso pode poupar uma ida desnecessária à APS
para maiores esclarecimentos ou um novo requerimento/ recurso. Por isso, seja o mais claro e
esclarecedor possível.
Procure responder aos questionamentos do encadeamento lógico de análise do benefício
previdenciário: Houve o Fato Gerador? É segurado/ dependente do RGPS? Está na qualidade de
segurado? Cumpriu a carência mínima? Está requerendo dentro do prazo? Há algum evento que
descaracterize o direito ao benefício?
Nunca coloque frases como “maiores informações ligar 135” ou “para maiores esclarecimentos,
procure a APS” – a ideia é que o processo baste por si mesmo e o requerente e demais leitores
entendam o que aconteceu e porque seu pleito foi atendido ou não.
Ao invés de usar expressões como “seu pedido foi negado”, prefira outras mais positivas, como
“não foi possível reconhecer o direito ao seu pleito”.
Se for uma aposentadoria, é sempre útil dizer quanto tempo a pessoa tem, quanto tempo falta
e/ou a data provável em que o benefício poderá ser concedido.

Sistemas Previdenciários

A análise e gestão dos benefícios previdenciários pelos servidores do INSS são realizadas nos
seguintes sistemas informacionais:

Cada sistema acima descrito atua numa parte do processo administrativo:

Meu INSS, SAG – Atuam no requerimento inicial. São neles que o cidadão registra o
21
requerimento de benefício. Esse requerimento pode gerar um agendamento para
apresentação da documentação necessária para comprovar o direito em uma Agência da
Previdência Social – APS.

GET – Atua na iniciação e instrução do processo. O GET é responsável por manter todos os
registros e documentos necessários para a tomada de decisão. Vamos falar sobre o GET no
próximo capítulo.

CNIS – Responsável por armazenar os dados cadastrais, de vínculos, remunerações e


contribuições dos segurados, é a principal fonte de consulta durante a instrução. Seus registros
têm valor de prova plena por lei.

PRISMA, SABI, SIBE – Auxiliam a tomada de decisão no processo. Após avaliação de toda a
documentação, consulta e alimentação dos sistemas, tem se a decisão final do direito ao
benefício pleiteado. O capítulo 11 é dedicado somente ao Prisma.

E-Recursos – É responsável pela gestão do processo de recursos que são analisados na APS, nas
Juntas de Recursos do Seguro Social – JR ou nas Câmaras de Julgamento - CAJ.

SUB – Tendo sido deferido o direito ao benefício, inicia-se a fase de sua manutenção. Os
registros de concessão, indeferimento, revisão, manutenção e pagamento dos benefícios estão
no SUB.

DICA
Os sistemas de benefício são acessados da seguinte forma:

Portal CNIS – Por meio do navegador de internet nos endereços:


http://www-portalcnis/ e http://portalcnis.inss.gov.br
SAG – Por meio do navegador de internet no endereço: http://www-
agendamento/
GET – Por meio do navegador de internet nos endereços: http://www-get/,
http://www-tarefas/ e
http://tarefas.inss.gov.br.
SIBE – Por meio do navegador de internet no endereço: http://www-sibe/E-
Recursos – Por meio do navegador de internet no endereço: http://www-
erecursos/
Prisma – Por meio do emulador de terminal Accuterm.
SUB – Por meio do emulador de terminal Plenus.
SABI – Por meio de aplicativo próprio instalável do site http://www-sabi/.

22
Requisitando uma Tarefa

No âmbito do INSS Digital, o PAP referente aos requerimentos de concessão de benefício é


eletrônico. Sua gestão é feita pelo Gerenciador de Tarefas – GET.

O O GET trabalha com o conceito de tarefa, aqui definido como uma atividade que precisa ser
realizada por um responsável
dentro de um prazo pré- LEMBRETE
estabelecido. Dentro de
Endereços de acesso ao GET:
algumas tarefas podem ser
criadas subtarefas, estas htttp://www-get/
direcionadas para outros htttp://www-tarefas/
responsáveis. A tarefa é http://tarefas.inss.gov.br
concluída após a decisão final
da análise de direito do requerimento solicitado.

O acesso ao GET é feito pela senha do domínio, a


mesma do correio eletrônico institucional. Após o
login no sistema, você pode ser solicitado a indicar
em qual unidade você deseja trabalhar.

23
V ISÃO G ERAL DO G ET

Menus

Para tal, você precisa marcar cada tarefa previamente usando a caixa de seleção disponível no
lado esquerdo do número de protocolo.

Ações em Lote

24
Minhas Tarefas

Pesquisar por CPF ou Protocolo

Para encontrar uma tarefa usando o CPF do procurador, é necessário que ele tenha sido
previamente cadastrado na tarefa.

O protocolo da tarefa pode ser diferente do protocolo do agendamento.

Próxima Tarefa e Nova Tarefa

Quando todas as suas tarefas estiverem pendentes de ações Pesquisa


de terceiros, de cumprimento de exigência, concluídas ou 1. Escolha o filtro da pesquisa;
25
canceladas, você deve clicar no botão Puxar Próxima Tarefa
2. Digite a informação a pesquisar;
para receber uma nova tarefa do repositório único.
3. Você pode filtrar a pesquisa por
Para inserir uma nova tarefa no GET durante o atendimento
categorias de tarefas;
de agendamento, por exemplo, clique no botão Nova Tarefa.
4. Clique para pesquisar.

26
Lista de Tarefas

O ícone indicador do status da tarefa varia conforme a imagem abaixo.

LEMBRETE
A DER exibida no GET pode não ser igual a DER gravada no agendamento.
Sempre consulte o agendamento para confirmar a data correta.

27
Após a execução de alguma ação no GET, será exibida uma tarja colorida acima do quadro de
ações em lote. No caso de sucesso, a tarja será verde, no caso de insucesso, a tarja será
vermelha ou amarela.

Requisitando uma Tarefa

As tarefas pendentes de análise estão em uma fila única ordenada pela DER na unidade que
você está trabalhando. Para começar a trabalhar em uma tarefa, clique no botão ‘Puxar
Próxima Tarefa’, disponível no painel ‘Minhas Tarefas’.

Assim, a tarefa mais antiga da fila de tarefas cujo tipo de serviço você está habilitado para
executar e que estiver sem responsável será atribuída a você.

LEMBRETE

Não é permitido alterar a DER de uma tarefa.

Analisando uma Tarefa

As tarefas atribuídas a você são listadas na lista de tarefas. Você pode usar o filtro ‘Tarefas
Pendentes’ para visualizar rapidamente aquelas que estão pendentes da sua análise.

28
Para abrir uma tarefa da lista, clique no ícone ‘Detalhar Tarefa ’ que está disponível na
coluna ‘Ações’.

A tarefa aberta tem a visão descrita na próxima figura.

29
Cabeçalho

Volta para a lista de tarefas


Baixa um arquivo PDF com todos os anexos
Gera uma cópia do PAP no formato PDF
Cadastra uma exigência na tarefa
Transfere a tarefa para outra unidade

Cancela a tarefa

Conclui a tarefa

Extratos do CNIS

Exibe o histórico de alterações

Exibe as subtarefas relacionadas

Exibe todos os arquivos PDF anexados a tarefa

Exibe dados e comentários da tarefa

Interessados e Representante Legais

É possível incluir mais de um interessado na tarefa, assim como mais de um procurador e

30
representante legal.

Os dados de contato estão disponíveis no atalho “Ver contatos(s)” do interessado e do


representante legal.

Se houver e-mail cadastrado, será gerada uma mensagem automática para o interessado no
momento da criação da tarefa e sempre que seu status for alterado, por exemplo, no registro
de uma exigência para o interessado ou na sua conclusão.

Anexos Iniciais

Neste quadro são exibidos os documentos anexados no momento da criação da tarefa.


Documentos anexados posteriormente não são exibidos nesse quadro.

Indicador de autenticidade

Indicador de sigilo

Autentica/Desautentica o documento tal qual o original

Baixa o arquivo anexado para visualização

Exclui o arquivo

*O indicador de sigilo ainda não está funcional no sistema.

31
Comentários

Os comentários na tarefa equivalem aos despachos no processo físico. Eles são visíveis para o
interessado quando a tarefa é acessada pelo Meu INSS.

Edita o comentário

Os registros de exigência são exibidos como comentários.

Você pode inserir comentários com anexos vinculados e editar aqueles que você incluiu, não
sendo permitido, no entanto, excluir um comentário.

32
Os comentários nas tarefas devem ser claros e objetivos. Deve-se evitar o uso de siglas e
códigos, sempre utilizando linguagem formal, uma vez que os comentários compõem o
processo administrativo e ficam visíveis para a Entidade Conveniada ou para o cidadão por
meio do Meu INSS. O passo inicial para análise da tarefa é baixar uma cópia do PAP. O arquivo
será baixado para o seu computador no formato PDF com toda a movimentação processual
devidamente numerada.

No final de cada página do arquivo PDF gerado é possível verificar a autenticação do


documento, caso exista.

33
Anexando Um Documento

Na guia Anexo é exibida a listagem de todos os anexos da tarefa. Aqui é possível anexar novos
documentos e autenticá-los.

Preferencialmente, toda a documentação da análise deve ser juntada em um único arquivo em


ordem lógica.

Antes de anexar, você deve converter o arquivo para o formato PDF. Ele deve ter um tamanho
máximo de 5 MB. Caso ultrapasse esse tamanho, você precisa dividi-lo. A soma de todos os
arquivos PDF anexados não pode ultrapassar 50 MB.

Os documentos anexados no momento da análise devem ter a nomenclatura conforme


definido no capítulo FORMALIZAÇÃO DE PROCESSOS.

CNIS

Na guia CNIS, são exibidos os dados cadastrais constantes no CNIS de todos os interessados da
tarefa. É possível visualizar os extratos e anexá-los diretamente na tarefa.

34
Subtarefas

Na guia Subtarefas, é possível criar e acompanhar subtarefas relacionadas à tarefa principal.


Você deve usar este recurso para solicitar uma atividade que será realizada por outra pessoa,
como, por exemplo, justificação administrativa, análise de atividade especial, cópia de processo
anterior, entre outras.

Para criar uma nova subtarefa, clique no botão ‘Nova Subtarefa’.

No campo ‘Serviço’, escolha o tipo de tarefa que você está criando e clique no botão ‘Criar’.

35
Após preencher os campos necessários, inclua um comentário com a justificativa da criação da
tarefa e clique no botão ‘Salvar’, disponível na parte inferior direita da tela.

DICA
As subtarefas também geram mensagens automáticas para cidadãos com
email cadastrado. Sugere-se que você remova essa informação no ato de
geração da subtarefa para evitar confusão do interessado.

Depois de criada, a subtarefa deve ser transferida pelo gestor da unidade para a unidade
competente. Quando estiver concluída, você será notificado pelo GET.

Histórico de Ações

Na guia Histórico de Ações são registrados todos os eventos da tarefa.

36
Cadastro de Exigências

Se durante a análise de uma tarefa for verificada a necessidade de apresentação de novos


documentos ou de manifestação expressa do interessado, deverá ser registrada uma exigência.

Com a tarefa aberta, no ‘detalhamento da tarefa’, clique no ícone ‘Atribuir status exigência’.

Em seguida, escolha um modelo de texto de exigência, preencha a solicitação e clique no


botão ‘Colocar em Exigência’.

LEMBRETE
Os anexos incluídos no ato do registro da exigência são enviados pelo email
como anexo da mensagem.

37
Quando a exigência for cumprida ou quando terceiros inserirem comentários em tarefas pelas
quais você é responsável, você será notificado pelo GET.

Concluindo uma Tarefa

Após a decisão de uma análise, sendo a resposta deferida ou indeferida, você deve concluir a
tarefa.

As tarefas de solicitação de benefício devem, obrigatoriamente, ter um número de benefício


gerado pelo Prisma, SABI ou SIBE.

Com a tarefa aberta, no ‘detalhamento da tarefa’, clique no ícone ‘Concluir Tarefa’.

É obrigatória a inclusão de um despacho conclusivo fundamentado antes da conclusão. Na


janela ‘Concluir Tarefa’, insira o despacho conclusivo e clique no botão ‘Concluir’.

DICA
Use o sistema PDR para ajudá-lo a gerar seu despacho conclusivo. Acesse
o PDR através do endereço:

http://www-pdr/

38
CONCEITOS BÁSICOS

P ORTAL CNIS

Antes de iniciar a análise de um processo, é importante você servidor conhecer alguns


conceitos que são a base para a atualização das informações cadastrais e laborais do filiado.

Nesse material constam conceitos e orientações de identificação e atualização de dados da


pessoa física, tratamento das informações de vínculos, remunerações, contribuições e período
de segurado especial.

CNIS - Cadastro Nacional De Informações Sociais

CNIS significa Cadastro Nacional de Informações Sociais. Nele encontramos informações


referentes aos dados cadastrais de pessoa física e jurídica, vínculos, remunerações e
contribuições, oriundas de diversas fontes de informação administradas pelo governo.

Com a publicação do Decreto no 6.722, de 30.12.2008, as informações constantes no CNIS -


Cadastro Nacional de Informações Sociais sobre vínculos e remunerações dos filiados vale
como prova de filiação à Previdência Social, podendo ser utilizadas para fins de cálculo do
salário de benefício, comprovação de filiação ao Regime Geral de Previdência Social - RGPS,
tempo de contribuição e relação de emprego.

Não constando do CNIS informações relativas à atividade, vínculos, remunerações e


contribuições, ou havendo dúvida sobre a regularidade desses dados, essas informações
somente serão incluídas, alteradas, ratificadas ou excluídas mediante a apresentação, pelo
filiado, da documentação comprobatória solicitada pelo INSS.

Vale ressaltar, portanto, que o segurado pode solicitar, a qualquer momento, a inclusão,
exclusão ou retificação dessas informações.

LEMBRE-SE! Solicite os documentos comprobatórios para realizar acerto no Portal CNIS.

A ferramenta para acertos, em regra, é o Portal CNIS, de modo que é efetuado tratamento
diretamente nos sistemas de benefícios em casos excepcionais, como parcelamento de
recolhimentos em atraso.

39
Principais Fontes de Alimentação do CNIS

INSS - realizando inclusões/alterações/exclusões, bem como tratamento de indicadores de


pendências tais como Extemporaneidade, guias pendentes, etc;

PASEP – fornecido pelo Banco do Brasil;

PIS – fornecido pela CAIXA (Caixa Econômica Federal);

RAIS - antigo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), atualmente Secretaria do Trabalho do


Ministério da Economia;

GFIP/CAFIR – RFB (Receita Federal do Brasil);

SEAP – base de dados da pesca;

FUNAI e INCRA – em fase de implementação;

eSocial - INSS, RFB, CAIXA, Secretaria de Previdência e Secretaria do Trabalho do Ministério da


Economia.

Definições Importantes

RAIS - Relação Anual de Informações Sociais

É um instrumento de coleta de dados que visa controlar e obter dados estatísticos das relações
de trabalho, disponibilizando informações do mercado de trabalho às entidades
governamentais com a finalidade de implementar políticas públicas. É declarada anualmente,
com informação das remunerações dos trabalhadores no ano civil.

FGTS

O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS constitui igualmente documento que serve
de base para o registro da informação do vínculo no CNIS em um determinado período.

GFIP

Toda empresa deve declarar à RFB e ao INSS os dados relativos ao FGTS e fatos geradores de
contribuição previdenciária de seus empregados, contribuintes individuais e trabalhadores
avulsos. Tudo isso é realizado por meio da Guia de Recolhimento do FGTS e Informação à
Previdência Social - GFIP. Fundamentação: §1º do artigo 225 do RPS.
40
GPS

É o documento que o contribuinte individual, empregado doméstico (até 09/2015), segurado


especial que contribui facultativamente e facultativo utiliza para contribuir com a Previdência
Social.

E-Social

O eSocial é um projeto do governo federal, desenvolvido pela Secretaria de Previdência e


Secretaria do Trabalho (atualmente ligadas ao Ministério da Economia), Receita Federal do
Brasil - RFB, Instituto Nacional de Seguro Social - INSS e Caixa Econômica Federal - CAIXA, que
visa unificar o envio dos dados sobre trabalhadores em um único sistema, facilitando para as
empresas e unificando informações para os Órgãos Governamentais.

A obrigatoriedade do eSocial e o cronograma de implantação são definidos em Resolução do


Comitê Gestor do eSocial.

* Instituído pelo Decreto nº 8373/2014.

A CESSO AO PORTAL CNIS

O acesso ao Cadastro Nacional de Informações Sociais é feito por meio do Portal CNIS,
utilizando o CPF e a senha do Expresso (e-mail):

www-portalcnis

Podemos acessar o Portal através da Intraprev pelo caminho: “Servidor de APS – Sistemas -
CNIS”.

A CERTO DE D ADOS C ADASTRAIS

Para iniciar as ações necessárias de consultas ou acertos de dados cadastrais ou das


informações da vida laborativa do filiado, a orientação é que seja utilizado o menu “Painel” do
Portal CNIS, considerando que essa opção, concentra em uma única tela as informações da vida
laborativa e previdenciária do cidadão, bem como permite iniciar requerimentos do CNIS.

Possibilita maior visibilidade e agilidade na execução dos processos de atualização das


informações.

Os dados cadastrais são vinculados a um NIS (Número de identificação Social).

41
Assim, nós, servidores do INSS, temos que conhecer os administradores desses identificadores,
pois em muitas situações essa informação irá interferir no cadastro do nosso segurado.

NIS e seus ADMINISTRADORES:

NIT Previdência – INSS

PIS/CADSUS – Caixa Econômica Federal (CEF)

PASEP – Banco do Brasil

Os dados cadastrais dos contribuintes cujos Números de Identificação são administrados pela
CAIXA ingressam no CNIS a partir da primeira informação declarada na GFIP.

O contribuinte individual, facultativo e empregado doméstico (até 09/2015) que efetuaram


recolhimentos por meio da utilização destes números de identificação sem, contudo,
constarem como declarados em GFIP, não terão seus dados cadastrais recepcionados
automaticamente pelo CNIS, devendo ser incluídos via Portal CNIS.

NIS Normal

Quando o cadastro da pessoa física possuir os dados obrigatórios preenchidos ou quando os


dados existentes estiverem de acordo com as regras de validação definidas. Nessa situação o
NIS está apto a ser utilizado no processo de habilitação de benefício, devendo apenas verificar
a necessidade de atualização dos respectivos dados.

NIS COM INCONSISTÊNCIA

Quando o cadastro da pessoa física não possuir os dados obrigatórios preenchidos ou, quando
os dados existentes estiverem fora das regras de validação definidas, o NIS será considerado
com inconsistência, sendo necessário ação por parte do servidor para corrigi-la.

Isso pode ocorrer em situações de NIT indeterminado e NIT faixa crítica.

NIT INDETERMINADO

Às vezes, você pode encontrar pessoas contribuindo para um determinado NIT que não possui
cadastro no CNIS. Este NIT pode está marcado como indeterminado.

Isto pode acontecer devido a algumas razões:

 O cidadão efetuou a inscrição na Previdência Social em um banco que não enviou para
a Dataprev o comprovante de inscrição.

 A Dataprev excluiu os dados do contribuinte do banco de dados. Nos anos 1980, a


empresa chegou a depurar a base de dados. Dados cadastrais de contribuintes que
paravam de contribuir eram excluídos. Às vezes, os dados cadastrais eliminados podem
ser encontrados nas primeiras microfichas.
42
Para determinar o NIT, é necessária a apresentação pelo interessado dos documentos
elencados no art. 61 da Instrução Normativa nº 77 /PRES/INSS, de 21/01/15.

NIT FAIXA CRÍTICA

Foi identificada pela Dataprev a existência de NITs que foram emitidos para duas pessoas
diferentes. Essas inscrições estão marcadas como faixa crítica e não permitem acerto de
cadastral nem são hábeis para requerimento de benefícios. Ao deparar com um NIT Faixa
Crítica, você deverá solicitar ao interessado todos os comprovantes de recolhimentos para
transferência a um novo NIT ou a outro já existente.

43
FILIAÇÃO

De acordo com o artigo 3º da Instrução Normativa Nº 77/2015, filiação é o vínculo que se


estabelece entre pessoas que contribuem para a Previdência Social e esta, do qual decorrem
direitos e obrigações. A filiação decorre automaticamente do exercício de atividade
remunerada para os segurados obrigatórios e da inscrição formalizada com o pagamento da
primeira contribuição em dia para o segurado facultativo. As atividades prestadas de forma
gratuita ou voluntária não geram filiação obrigatória no RGPS.

Atualmente, os filiados são divididos entre seis categorias:

Empregado: É aquele que presta serviço à empresa ou equiparado em caráter não eventual,
sob sua subordinação e mediante remuneração.

Empregado Doméstico: É aquele que presta serviço de natureza contínua, mediante


remuneração, a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins
lucrativos.

Trabalhador Avulso: É aquele, sindicalizado ou não, que presta serviço a várias empresas, sem
vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do órgão de gestão de mão de obra ou
do sindicato da categoria.

Contribuinte Individual: Todas as descrições da tabela abaixo são considerados segurados


obrigatórios da Previdência Social na filiação de contribuinte individual.

O titular de firma individual urbana ou rural.


O diretor não empregado.
O membro de conselho de administração de sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria, o
sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho em empresa urbana
ou rural.
O associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou
finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial,
desde que recebam remuneração.
Pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, em área superior a 4 módulos fiscais;
ou, quando em área igual ou inferior a 4 módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados
ou por intermédio de prepostos.
A pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo, diretamente ou
por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que
de forma não contínua.
O ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem
religiosa.
O brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro
efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência
social.
Quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem
relação de emprego.
44
A pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos
ou não.
O aposentado de qualquer regime previdenciário nomeado magistrado classista temporário da Justiça do
Trabalho ou nomeado magistrado da Justiça Eleitoral.
O cooperado de cooperativa de produção que, nesta condição, presta serviço à sociedade cooperativa
mediante remuneração ajustada ao trabalho executado.
O Microempreendedor Individual (MEI).

Segurado Especial: É a pessoa física que explore a atividade nas condições de: a) produtor (seja
o proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados,
comodatário ou arrendatário rurais) em áreas de até 4 módulos fiscais; b) pescador artesanal
ou a este assemelhado. Este conceito se estende aos respectivos cônjuges/companheiros,
filhos maiores de 16 anos ou a estes equiparados (menor tutelado e enteado) e os pais, desde
que exerçam a atividade rural ou de pesca individualmente ou em regime de economia
familiar, ainda que com auxílio eventual de terceiros e sem o concurso de empregados
permanentes.

Segurado Facultativo: Qualquer pessoa maior de dezesseis anos, mediante contribuição, desde
que não esteja exercendo atividade remunerada que o enquadre como filiado obrigatório ao
RGPS, ao RPPS ou a regime previdenciário de país com o qual o Brasil mantenha acordo
internacional.

45
QUALIDADE DE SEGURADO

Uma vez filiado ao RGPS, adquire-se a qualidade de segurado pela Previdência Social. A
qualidade é mantida enquanto houver contribuições, o exercício de atividade remunerada ou a
manutenção de benefícios previdenciários. Uma vez cessada, inicia-se a contagem do período
de graça, onde a qualidade de segurado é mantida independentemente de contribuições.

O prazo de manutenção de qualidade de segurado possui duração conforme descrito na tabela


seguinte:

SITUAÇÃO PRAZO DE MANUTENÇÃO


Empregado, Empregado Doméstico, Trabalhador 12 meses após o final da atividade remunerada
Avulso, Contribuinte Individual Prestador de
Serviço;
Demais Contribuintes Individuais após a cessação 12 meses após a última contribuição
das contribuições;
Qualquer filiado, após o recebimento de benefício 12 meses após o fim do benefício
previdenciário;
Segurado acometido de doença de segregação 12 meses após o fim da segregação
compulsória;
Segurado detido ou recluso; 12 meses após o livramento
Segurado em serviço militar; 3 meses após o licenciamento
Segurado facultativo. 6 meses após a última contribuição

O período de graça começa a ser contado a partir do mês seguinte ao final das ocorrências
descritas acima.

O prazo, para o segurado obrigatório, é prorrogado por mais 12 meses se já tiver pago 120
contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda qualidade de segurado.

Além disso, o prazo de manutenção de qualidade será prorrogado por mais 12 meses
cumulativamente, no caso de segurado obrigatório desempregado desde que comprovada a
inscrição desta condição no Ministério do Trabalho, seja através de inscrição no SINE dentro do
período de graça, seja através do recebimento do seguro desemprego.

As prorrogações acima descritas não se aplicam ao segurado facultativo, exceto na situação


prevista no art. 137, §8º da Instrução Normativa nº 77 /PRES/INSS, de 21/01/15.

Desde 12/12/2008, a perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término


do prazo fixado para o recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente
posterior aos prazos fixados na tabela acima.

46
Perda

No caso de fuga do recolhido a prisão, será descontado do prazo de manutenção da qualidade,


a partir da data da fuga, o período de graça já usufruído anteriormente ao recolhimento à
prisão.

LEMBRETE
O segurado obrigatório que, durante o período de manutenção da qualidade
de segurado, filiar-se ao RGPS na categoria de facultativo, terá direito a
usufruir do período de graça decorrente da sua condição anterior, se mais
vantajoso.

Exemplos de Manutenção Da Qualidade De Segurado

Filiação Períodos de atividade Nº de contrib. Situação

Empregado 01/03/2005 a 20/09/2010 67 ....


01/10/2012 a 31/08/2017 60 ....
12 meses de período de graça. Apesar de somar mais de 120 contribuições, houve a perda da qualidade de
segurado entre um período e o outro, não valendo então para prorrogação por mais 12 meses.
Perda da qualidade em: 16/10/2018.
Empregado 01/01/2010 a 01/02/2018 98 Teve seguro
desemprego.
Seguro desemprego implica 24 meses de período de graça.
Perda da qualidade em: 16/04/2020.
Empregado 01/01/2000 a 31/12/2008 108 ...
01/05/2009 a 20/08/2010 16 Teve seguro
desemprego.
Seguro desemprego e 120 contribuições sem perda da qualidade implicam 36 meses de período de graça.
Perda da qualidade em: 16/10/2013.
CI 01/09/2015 a 30/09/2016 13 ...
12 meses de período de graça. Competência 10/2016 vence em 15/11.
Perda da qualidade em: 16/11/2017.
Facultativo 01/01/2019 a 31/03/2019 3 ...
06 meses de período de graça. Competência 10/2019 vence em 15/11.
Perda da qualidade em: 16/11/2019.

47
Facultativo 01/01/2000 a 31/12/2010 144 Possui registro no SINE
em 03/2011.
06 meses de período de graça (não se aplicam ao segurado facultativo as prorrogações: + de 120
contribuições e Registro no SINE).
Perda da qualidade em: 16/08/2011.
Empregado 01/05/1989 a 30/09/2009 245 ....
Facultativo 01/11/2009 a 28/02/2010 4 ....
O período de graça da filiação de empregado é mais vantajoso que da filiação de facultativo.
Perda da qualidade em: 16/11/2011.
Facultativo 01/01/2010 a 31/12/2012 36 ....
Aux. Doença 01/07/2013 a 01/05/2014 .... ....
12 meses de período de graça após o final do benefício
Perda da qualidade em: 16/07/2015.
* Caso o 15º dia cair em dia não útil, prorroga o dia do vencimento para o próximo dia útil.

48
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

Considera-se como tempo de contribuição todo o disposto no art. 55 da Lei 8.213/91, dentre
os quais:

• O tempo de atividade abrangida pelo RGPS, contado da data de início a até a data do
desligamento ou até a data de entrada do requerimento de benefício, descontados:
• As interrupções do exercício da atividade.
• Suspensão ou licença do contrato de trabalho sem contribuição previdenciária.
• Para o contribuinte individual, o período compreendido entre a interrupção das
contribuições e seu reinício. Exceção: prestador de serviço.
• O tempo de contribuição efetuado como facultativo, após o pagamento da primeira
contribuição em dia, desde que não tenha transcorrido o prazo previsto para a perda
da qualidade de segurado.
• O tempo de serviço referente ao mandato eletivo federal, estadual ou municipal,
desde que não abrangido por RPPS. (ver Mandato Eletivo)
• O tempo de serviço militar, seja obrigatório, alternativo ou voluntário, desde que não
tenha sido contado para inatividade remunerada das Forças Armadas ou em RPPS.
• O tempo intercalado em que o segurado esteve em gozo de benefício por
incapacidade não decorrente de acidade de trabalho.
• O tempo em que o segurado esteve em gozo de benefício por incapacidade
acidentário.
• O tempo de exercício de mandato classista da Justiça do Trabalho e o magistrado da
Justiça Eleitoral junto a órgão de deliberação coletiva, desde que, vinculado ao RGPS
antes da investidura do mandato. (ver Juiz Classista)
• O tempo de serviço público federal exercido anteriormente à opção pelo regime da
CLT, exceto se aproveitado no RPPS ou certificado através de CTC pelo RGPS.
• O período em que o(a) segurado(a) esteve recebendo salário-maternidade.
• O tempo de serviço prestado à Justiça dos Estados, às serventias extrajudiciais e às
escrivaninhas judiciais, desde que não tenha havido remuneração pelos cofres
públicos e que a atividade não estivesse, à época, vinculada a RPPS, estando
abrangidos:
• Os servidores de Justiça dos Estados, não remunerados pelos cofres públicos,
que não estavam filiados a RPPS.
• Aquele contratado pelos titulares das Serventias de Justiça, sob o regime da
CLT, para funções de natureza técnica ou especializada.
• Qualquer pessoa que preste serviço sob a dependência dos titulares,
mediante salário e sem qualquer relação de emprego com o Estado.
• Servidores que na data da vigência da Lei nº 3.807, de 1960, já
estivessem filiados ao RGPS, por força da legislação anterior, tendo

49
assegurado o direito de continuarem filiados à Previdência Social
Urbana.
• O tempo de serviço dos titulares de serviços notariais e de registros, ou seja, a dos
tabeliães ou notários e oficiais de registros ou registradores sem vinculação ao RPPS,
desde que haja o recolhimento das contribuições ou indenizações.
• O tempo em que o servidor ou empregado de fundação, empresa pública, sociedade
de economia mista e suas respectivas subsidiárias, filiado ao RGPS, tenha sido
colocado à disposição da Presidência da República.
• O tempo de atividade como ministro de confissão religiosa, membro de instituto de
vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa, mediante os correspondentes
recolhimentos.
• O tempo de atividade como pescador autônomo, inscrito na Previdência Social Urbana
até 05/12/1972, ou inscrito, por opção, a contar de 02/09/1985.
• O tempo de atividade como garimpeiro autônomo, inscrito na Previdência Social
Urbana até 12/01/1975, bem como o período posterior a essa data em que o
garimpeiro continuou a recolher nessa condição.
• O tempo de atividade anterior à filiação obrigatória, desde que devidamente
comprovada e indenizada.
• O tempo de atividade do bolsista e o do estagiário que prestam serviços à empresa em
desacordo com a Lei nº 11.788/2008.
• O tempo de atividade do estagiário de advocacia ou o do solicitador, desde que
inscritos na OAB como tal e que comprovem recolhimento das contribuições como
facultativo em dia.
• O tempo de atividade do médico residente, nas seguintes condições:
• Anterior a 08/07/1981, desde que indenizado.
• Posterior a 09/07/1981, na categoria de contribuinte individual, ex autônomo,
desde que haja contribuição.
• O tempo de serviço público federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal,
inclusive o prestado à autarquia ou à sociedade de economia mista ou fundação
instituída pelo Poder Público, devidamente certificado na forma da Lei nº 3.841, de 15
de dezembro de 1960, desde que a respectiva certidão tenha sido requerida na
entidade para a qual o serviço foi prestado até 30/09/1975, sendo considerado
certificado o tempo de serviço quando a certidão tiver sido requerida:
• Até 15/12/1962, se a admissão no novo emprego, após a exoneração do
serviço público, for até 14/12/1960.
• Até dois anos a contar da admissão no novo emprego, se esta tiver ocorrido a
partir de 15/12/1960, não podendo o requerimento ultrapassar a data de
30/09/1975.
• O tempo de serviço do segurado trabalhador rural anterior à competência
11/1991.
• O tempo de contribuição ao RGPS que constar da CTC na forma da contagem
recíproca, mas que não tenha sido comprovadamente, utilizado/aproveitado
para aposentadoria ou vantagens no RPPS, mesmo que de forma concomitante
50
com o de contribuição para RPPS, independentemente de existir ou não aposentadoria
no RPPS.
• As contribuições vertidas na qualidade de segurado facultativo, por servidor público
civil ou militar da União, do Estado, do Distrito Federal ou do Município, bem como o
das respectivas Autarquias e Fundações, sujeito a RPPS, na forma do art. 165 da IN
77/2015.

Não são considerados como tempo de contribuição os períodos:

• Correspondente ao emprego ou à atividade não vinculada ao RGPS em que o segurado


era amparado por RPPS, exceto se certificado regularmente por CTC nos termos da
contagem recíproca.
• De Parcelamento de contribuições em atraso ou de retroação de DIC do contribuinte
individual até que haja liquidação declarada pela Receita Federal do Brasil.
• Que tenham sido considerados para a concessão de outra aposentadoria pelo RGPS ou
qualquer outro regime de previdência social, independente de emissão de CTC.
• De atividade exercida com idade inferior à prevista na Constituição Federal, salvo as
exceções previstas em lei.
• De contagem em dobro das licenças prêmio não gozadas do servidor público optante
pelo regime da CLT e os de servidor de instituição federal de ensino.
• De atividade como bolsista ou estagiário que prestam serviços à empresa, de acordo
com a Lei n° 11.788, de 2008, exceto se houver recolhimento à época na condição de
facultativo.
• De atividade exercida a título de colaboração por monitores ou alfabetizadores
recrutados pelas comissões municipais da Fundação Movimento Brasileiro de
Alfabetização – MOBRAL, para desempenho de atividade de caráter não econômico e
eventual, por não acarretar qualquer ônus de natureza trabalhista ou previdenciária,
ainda que objeto de CTC.
• Aprendizado profissional realizado a partir de 16/12/1998, na condição de aluno
aprendiz nas escolas técnicas.
• De aviso prévio indenizado.
• Em que o segurado esteve em gozo exclusivamente de auxílio-acidente ou auxílio
suplementar.
• Para o segurado contribuinte individual e o facultativo, aqueles meses onde a soma de
todas as contribuições na mesma competência seja inferior a um salário mínimo, salvo
se efetuar a complementação das contribuições.

Não são considerados como tempo de contribuição para efeito na aposentadoria por tempo
de contribuição e na CTC:

• O período em que o segurado contribuinte individual e facultativo houver


contribuído com base na alíquota reduzida de 5% ou 11%, salvo se efetuar a
complementação das contribuições para o percentual de 20%.

51
• O período de recebimento do salário-maternidade da contribuinte individual,
facultativa e as em prazo de manutenção da qualidade de segurado dessas categorias,
concedido em decorrência das contribuições efetuadas com base na alíquota reduzida
de 5% ou 11%, salvo se efetuar a complementação das contribuições para o percentual
de 20%.

LEMBRETE

Ainda que existam atividades concomitantes, o tempo de contribuição é


único e indivisível.

52
CARÊNCIA

Período de carência é o tempo correspondente ao número mínimo de contribuições


indispensáveis para que o segurado faça jus ao benefício. As contribuições são analisadas
conforme a filiação e estão resumidas na tabela abaixo.

Filiação Situação
Contribuinte Individual Contribuições devem ser comprovadas, observada a
Empregado Doméstico face concessão de benefício tabela presente no art. 146 da IN 77/2015.
superior a 1 salário mínimo
Facultativo
Empregado Contribuições são presumidas
Trabalhador Avulso Atividade deve ser comprovada
Contribuinte Individual Prestador de Serviços após
04/2003
Empregado Doméstico que comprove atividade na
DER ou na data de implementação das condições
tendo em vista a concessão de benefício de 1
salário mínimo.

Para fins de carência, são consideradas as contribuições a partir do transcurso do primeiro dia
dos meses de suas competências, observado que um dia de trabalho, no mês, vale como
contribuição para aquele mês, para qualquer categoria de segurado.

LEMBRETE
Quando a contribuição é presumida, a contagem considera o número de meses
em que houve o exercício de atividade, ainda que por período inferior a 30 dias.
Assim, se houver apenas um dia de atividade num referido mês, deverá ser
considerada uma contribuição para fins de carência.
Ex: Atividade de 30/11/2007 a 01/12/2007.
Tempo de contribuição: 2 dias.
Nº de meses que ocorreu o exercício de atividade: 2 meses.
Carência: 2 meses.

O início do cálculo das contribuições para fins de carência deve seguir a tabela abaixo:

Filiação De Até Início do cálculo


Empregado Sem limite Sem limite Data da filiação
Avulso Sem limite Sem limite Data da filiação
Empresário Sem limite 24/07/1991 Data da filiação
25/07/1991 28/11/1999 Data da 1ª contrib. em dia

53
Doméstico 08/04/1973 24/07/1991 Data da filiação
25/07/1991 01/06/2015 Data da 1ª contrib. em dia
02/06/2015 Sem limite Data da filiação
Facultativo 25/07/1991 Sem limite Data da 1ª contrib. em dia
Equiparado a 05/09/1960 09/09/1973 Data da 1ª contribuição
autônomo
10/09/1973 01/02/1976 Data da inscrição
02/02/1976 23/01/1979 Data da 1ª contrib. em dia
24/01/1979 23/01/1984 Data da inscrição
24/01/1984 28/11/1999 Data da 1ª contrib. em dia
Empregador rural 01/01/1976 24/07/1991 Data da 1ª contrib. em dia
Contribuinte em 01/09/1960 24/07/1991 Data da filiação
dobro
Segurado Sem limite Sem limite Data da filiação
especial que não
contribui
facultativamente
Segurado 01/11/1991 Sem limite Data da 1ª contrib. em dia
especial que
contribui
facultativamente
Autônomo 05/09/1960 09/09/1973 Data do 1º pagamento
10/09/1973 01/02/1976 Data da inscrição
02/02/1976 23/01/1979 Data da 1ª contrib. em dia
24/01/1979 23/01/1984 Data da inscrição
24/01/1984 28/11/1999 Data da 1ª contrib. em dia
Contribuinte 29/11/1999 Sem limite Data da 1ª contrib. em dia
Individual
Contribuinte 01/04/2003 Sem limite Data da 1ª contrib. em dia
Individual prestador
de serviços

No caso do empregado doméstico, para a concessão de benefício com valor superior a 1 salário
mínimo, será exigido para fins de contagem do início da carência, a comprovação do efetivo
recolhimento da primeira contribuição em dia e, no caso de benefício de 1 salário mínimo, não
será exigida a comprovação de contribuições, devendo ser verificado o número de meses de
exercício de atividade para efeito de carência, assim como qualidade de doméstico na DER ou
na data de implementação de condições (art. 146 IN 77/2015).

Para os optantes pelo recolhimento trimestral, o período de carência é contado a partir do mês
da inscrição do segurado, desde que efetuado o recolhimento da primeira contribuição
trimestral dentro do prazo regulamentar. Neste caso, deverá ser observado o trimestre civil.

54
LEMBRETE
O sócio administrador da empresa, popularmente conhecido como
empresário, é filiado obrigatório na categoria contribuinte individual
prestador de serviços.
O microempreendedor individual (MEI) é considerado contribuinte
individual.

Não são considerados para fins de carência:

• O tempo de serviço militar, obrigatório ou voluntário.

• O tempo de serviço do segurado trabalhador rural anterior a competência 11/1991,


exceto para benefícios rurais.

• O período de retroação da DIC e o referente a indenização deste período.

• O período em que o segurado está ou esteve em gozo exclusivamente de auxílio


acidente ou auxílio suplementar.

• O período de aviso prévio indenizado.

• O período em que o segurado facultativo tiver contribuído com base na alíquota


reduzida de 5% com a inscrição no CADUNICO ausente ou irregular.

LEMBRETE
Qualquer contribuição previdenciária devida pelos contribuintes individuais,
contribuintes em dobro, facultativos, equiparados a autônomos,
empresários e empregados domésticos, relativas ao período compreendido
entre 04/1973 e 02/1994, quitadas até essa data serão consideradas
quitadas em tempo hábil.

Resumo de Carência Mínima para Cada Benefício

BENEFÍCIO CARÊNCIA
→ Sem carência para as empregadas, empregada doméstica e
trabalhadora avulsa.

Salário Maternidade → 10 contribuições mensais (contribuintes individuais e


facultativas).
→ 10 meses de efetivo exercício de atividade rural, mesmo de
forma descontínua, para a segurada especial.
Auxílio-doença → 12 contribuições mensais
Aposentadoria por Invalidez → 12 contribuições mensais

55
Aposentadoria por Idade → 180 contribuições
Aposentadoria Especial → 180 contribuições
Aposentadoria por Tempo de → 180 contribuições
Contribuição
Auxílio-Acidente → Sem carência
Salário-Família → Sem carência
Pensão por Morte → Sem carência
Auxílio-Reclusão → 24 contribuições mensais *
* As 24 contribuições mensais são exigidas apenas após a MP 871/19 (18.01.2019). Antes
disso, o Auxílio-Reclusão era isento de carência.

Perda da Qualidade de Segurado e Refiliação

Quando ocorre a perda da qualidade de segurado e, posteriormente o reingresso ao RGPS, o


segurado deverá contar novamente com uma quantidade mínima de contribuições para fins de
benefício após sua refiliação. Essa quantidade mínima sofreu variações devido a alterações
legislativas ao longo dos anos.

Data do fato gerador Carência mínima após a refiliação


25/07/1991 a 07/07/2016 Um terço
08/07/2016 a 03/11/2016 100%
04/11/2016 a 05/01/2017 Um terço
06/01/2017 a 26/06/2017 100%
27/06/2017 a 17/01/2019 50%
18/01/2019 até hoje 100%

As regras de cumprimento de “parte da carência”, para readquirir qualidade de segurado não


valem para o segurado especial que não contribui facultativamente, uma vez que não se aplica
a este, os dispositivos da Lei nº 10.666, de 2003 (Fundamentação: Art. 150, §2º, 151, §2º e
parágrafo único do art. 158 da IN 77/PRES/INSS/2015).

56
DEPENDÊNCIA

Uma pessoa é considerada dependente quando possui dependência econômica de outrem. As


relações de dependências de segurados pelo RGPS são aquelas definidas no art. 16 da Lei
8.213/91.

Os dependentes no RGPS são divididos em classes.

Classe Relação com segurado


Cônjuge; Companheiro; Ex-cônjuge; Filho não emancipado; Filho inválido; Filho com
I
deficiência intelectual ou mental; Filho com deficiência grave;
II Pais.
Irmão não emancipado; Irmão inválido; Irmão com deficiência mental ou intelectual; Irmão
III
com deficiência grave;

A dependência econômica das pessoas indicadas na classe I é presumida, já para as demais


classes deve ser comprovada. A comprovação é realizada no ato do requerimento do benefício
que tiver direito, não sendo admitida inscrição de dependente em data anterior a concessão.

A existência de um dependente de uma classe exclui do direito a benefícios os dependentes


das classes seguintes. Os dependentes da mesma classe concorrem entre si em igualdade de
condições.

LEMBRETE
O enteado e menor tutelado concorrem em igualdade de condições coms os
dependentes da classe I, entretanto sua dependência econômica não é
presumida.
A partir de 14 de outubro de 1996, data da publicação da MP nº1.523, de
1996, reeditada e convertida na Lei nº9.528 de 1997, o menor sob guarda
deixa de integrar a relação de dependentes para os fins previstos no RGPS,
inclusive aquele já inscrito, salvo se o óbito do segurado ocorreu em data
anterior.

A pessoa designada como dependente pelo segurado em vida deixou de pertencer ao rol de
dependentes do RGPS desde 29/04/1995, com exceção daqueles que pertencem a alguma das
classes de dependência acima descritas.

O filho ou irmão maior inválido somente integrará o rol de dependentes do segurado se:

 A invalidez para o trabalho for total e permanente, e;

 O início da invalidez for anterior aos 21 anos, e;

 O início da invalidez for anterior à perda da qualidade de dependente, e;


57
 A invalidez manteve-se de forma ininterrupta até o preenchimento de todos os
requisitos de elegibilidade ao benefício.

Ocorrerá a perda da qualidade de dependente:

 Para o cônjuge: pela separação de fato, judicial ou divórcio, exceto se receber PA; pela
anulação do casamento e por sentença judicial transitada em julgado.

 Para o companheiro: pela cessação da união estável, exceto se receber PA.

 Para o ex-cônjuge: pelo fim de pensão alimentícia temporária antes do óbito do


segurado.

 Para filho, enteado, tutelado ou irmão: aos 21 anos, pela emancipação ou adoção após
o trânsito em julgado.

 Para o filho, enteado, tutelado ou irmão inválido: pela cessação da invalidez.

De acordo com o art. 5º do Código Civil, a emancipação ocorrerá quando:

 Houver concessão dos pais, para filhos com pelo menos 16 anos.

 Houver sentença judicial, para filhos com pelo menos 16 anos.

 Houver casamento.

 Houver exercício de emprego público efetivo;

 Houver colação de grau em curso de ensino superior;

 Houver estabelecimento civil, comercial ou pela relação de emprego, desde que, em


função deles, o menor com 16 anos completos tenha economia própria.

Devido à inexistência de critérios nas normas previdenciárias para aferição de economia


própria, o estabelecimento civil, comercial e as relações de emprego não são óbice para análise
de emancipação e perda da qualidade de dependentes.

Não é admitida a união estável concomitante nem aquela constituída por pessoas casadas,
exceto no caso de separação de fato comprovada.

Comprovação de Dependência

Apesar de ter a dependência presumida, o companheiro deve comprovar esta condição


apresentando provas contemporâneas de união estável.

Considera-se união estável aquela configurada na convivência pública, contínua e duradoura,


estabelecida com a intenção de constituição de família.

58
Para comprovação de união estável ou dependência econômica são necessários, pelo menos,
três documentos, dentre os quais (art. 135 IN 77/2015):

 Certidão de nascimento de filho havido em comum;

 Certidão de casamento religioso;

 Declaração de imposto de renda, onde conste o interessado como seu dependente;

 Disposições testamentárias;

 Declaração especial feita perante tabelião;

 Provas de mesmo domicílio;

 Prova de encargos domésticos evidentes;

 Existência de sociedade ou comunhão nos atos da vida civil;

 Procuração ou fiança reciprocamente outorgada;

 Conta bancária conjunta;

 Registro em associação de qualquer natureza onde conste o interessado como


dependente;

 Anotação constante em ficha ou livro de registro de empregados;

 Apólice de seguro onde consta o segurado como instituidor do seguro e a pessoa


interessada como beneficiário;

 Ficha de tratamento em instituição de assistência médica, onde consta o interessado


como responsável;

 Escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome do dependente;

 Sentença judicial proferida em ação declaratória de união estável, ainda que a decisão
judicial seja posterior ao fato gerador.

 Quaisquer outros documentos que possam a levar à convicção do fato a comprovar.

Quando apresentados apenas um ou dois documentos para comprovação de união estável ou


dependência econômica deve ser oportunizada o processamento de Justificação
Administrativa. (ver Justificação Administrativa)

59
ATIVIDADE ESPECIAL

Considera-se atividade especial aquela exercida em condições especiais prejudiciais à saúde ou


à integridade física do trabalhador, conforme legislação vigente à época da prestação do
serviço.

O enquadramento de uma atividade como especial pode ser feito avaliando a categoria
profissional do segurado (até 28/04/1995) ou os agentes nocivos aos quais estava exposto em
sua jornada de trabalho. Apenas o empregado, o trabalhador avulso, o contribuinte individual
(até 28/04/1995), e o contribuinte individual cooperado (a partir de 13/12/2002) são
contemplados com o direito à conversão.

Os multiplicadores da conversão estão descritos no Art. 70 do Decreto nº 3.048/99, conforme


tabela abaixo:

Tempo a converter Mulher (para 30 anos) Homem (para 35 anos)


De 15 anos 2,00 2,33
De 20 anos 1,50 1,75
De 25 anos 1,20 1,40

FIQUE ATENTO!
Insalubridade x Agentes nocivos

Insalubridade

É conceito da legislação trabalhista e não é o mesmo que condições nocivas.

Nocividade/agentes nocivos

São conceitos de legislação previdenciária a qual é mais restritiva. Tem por


base a legislação trabalhista, mas tem conceitos herméticos de habitualidade
e permanência.

Por isso, um trabalhador pode ter direito a receber adicional de


insalubridade durante toda a vida laborativa e não ter direito a receber
aposentadoria especial.

Para o reconhecimento da atividade como especial é imprescindível que a exposição aos


agentes nocivos seja de forma habitual e permanente. A comprovação da habitualidade e
permanência deverá ser realizada através de formulário próprio, na forma descrita abaixo.

O único segurado dispensado da apresentação do formulário é o contribuinte individual que


pode ter períodos enquadrados por atividade apenas até 28/04/1995 (art. 259, IN 77/2015).
60
A partir da instituição do PPP, em 01/01/2004, este passou a ser o único documento válido
para análise de períodos de atividade especial. Para período anteriores, poderão ser aceitos
formulários antigos, com vigência (emissão) conforme as datas abaixo:

Período Nome do formulário


26/02/1971 a 05/12/1977 IS SSS-501.19
06/12/1977 a 12/08/1979 ISS 132
13/08/1979 a 15/09/1991 SB-40
16/09/1991 a 12/10/1995 DISES BE 5235
13/10/1995 a 25/10/2000 DSS 8030
26/10/2000 a 31/12/2003 DIRBEN 8030
a partir de 01/01/2004 PPP

No que tange à discussão relativa à vigência dos formulários, em situações específicas em que
o servidor identifique que a emissão do formulário não respeita o respectivo período de
vigência, mas, contudo, o formulário "incorreto" apresentado contém todas as informações
que o formulário "correto" teria que conter; e na impossibilidade absoluta de apresentação do
impresso que efetivamente vigia (por extinção da empresa ou por inexistência do próprio
documento), o servidor poderá aceitar o formulário, deixando consignado em despacho no
processo administrativo o procedimento adotado (SISCON 7067).

Para o empregado, o PPP ou o formulário antigo, deve ser preenchido e assinado pelo
representante legal da empresa ou de sua massa falida. Deverá constar no PPP o nome, cargo
e NIT do responsável pela assinatura do documento, bem como o carimbo da empresa, já para
o contribuinte individual cooperado a emissão deve se dar pela cooperativa de trabalho ou
produção. Ainda para o Trabalhador avulso Portuário essa emissão se dará pelo Órgão Gestor
de Mão de Obra ou Sindicato da categoria, e para o Trabalhador Avulso não Portuário, apenas
pelo Sindicato.

Deverá, ainda, ser verificada a obrigatoriedade de apresentação do LTCAT (Laudo Técnico de


Condições Ambientais), considerando os períodos discriminados conforme tabela abaixo:

Período trabalhado Enquadramento Fundamentação (IN n.°


77/2015)
Até 28/04/1995 LTCAT, obrigatoriamente para o agente Art. 258, I
físico ruído.
De 29/04/1995 a 13/10/1996 LTCAT ou demais Demonstrações Art. 258, II
ambientais, obrigatoriamente para o
agente físico ruído.
De 14/10/1996 a 31/12/2003 LTCAT ou demais Demonstrações Art. 258, III
ambientais, obrigatoriamente para todos
os agentes nocivos.
A partir de 01/01/2004 PPP – que deverá ser preenchido com Art. 258, IV e Art. 298
base no LTCAT que deve ser mantido na

61
empresa.

São também considerados períodos de trabalho sob condições especiais, os períodos de


descanso determinados pela legislação trabalhista, inclusive férias, os de afastamento
decorrentes de gozo de benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez
acidentários, bem como os de recebimento de salário-maternidade, desde que, à data do
afastamento, o segurado estivesse exercendo atividade considerada especial.

Os períodos de afastamento decorrentes de gozo de benefício por incapacidade de espécie não


acidentária (B31) não serão considerados como sendo de trabalho de condições especiais.

Não podem ser reconhecidos como atividade especial, o tempo de:

 Serviço militar

 Mandato eletivo

 Aprendizado profissional

 Atividade rural

 Contribuinte em dobro

 Facultativo

 Serviço público objeto de contagem recíproca (CTC)

 Benefício por incapacidade previdenciário

Os períodos de atividade especial reconhecidos em processos de benefícios anteriores assim


como em decisões recursais não deverão ser analisados novamente. O Prisma permite a
importação direta de tais períodos, sem necessidade de nova avaliação.

E NQUADRAMENTO POR CAT EGORIA PROFISSIONAL ( ENQUADRAMENTO ADMINI STRATIVO )

As atividades exercidas até 28 de abril de 1995, de maneira habitual e permanente, poderão


ser enquadradas como especiais desde que a profissão esteja listada em um dos documentos
abaixo:

 Decreto 53.831/64 (Ocupações)

 Decreto 83.080/69 (Anexo II)

 Decreto 89.312/84

 CANSB – Consolidação dos Atos Normativos

62
Também poderão ser aceitas as atividades arroladas em outros atos administrativos que
determinem o enquadramento por atividade (Consulta através do Índice Legislativo-Quadro
das atividades especiais enquadráveis administrativamente pela ocupação/atividade).

As funções de auxiliar e ajudante de quaisquer atividades enquadravam por categoria


profissional podem ser enquadradas como atividade especial desde que sejam exercidas nas
mesmas condições e no mesmo ambiente em que trabalha o profissional de atividade sujeita a
enquadramento.

A análise e enquadramento da função ou atividade profissional do segurado por categoria


profissional será realizada com base nos formulários apresentados desde que acompanhados
pelos seguintes documentos:

Empregado

a) CP ou CTPS

b) Ficha ou livro de registro de empregados, onde conste o referido registro do trabalhador e a


informação do cargo e suas alterações, conforme o caso.

Obs.: No caso de empresa legalmente extinta, a não apresentação do formulário de


reconhecimento de períodos laborados em condições especiais ou PPP não será óbice ao
enquadramento do período como atividade especial por categoria profissional para o segurado
empregado, desde que conste a função ou cargo, expresso e literal, nos documentos
apresentados, idêntica às atividades arroladas em um dos anexos legais de enquadramento,
devendo ser observada, nas anotações profissionais, as alterações de função ou cargo em todo
o período a ser enquadrado.

Não havendo a função ou cargo, descrita de forma expressa e literal, nos documentos
apresentados, será oportunizada ao requerente a possibilidade de processamento de J.A, nos
termos do art. 582 da IN 77/2015.

Trabalhador Avulso

 Certificado de sindicato ou órgão gestor de mão de obra que agrupa os


trabalhadores avulsos, acompanhado de documentos contemporâneos.

Contribuinte Individual

a) provas materiais (documentos) que comprovem, ano a ano, o exercício habitual em


atividade em condições especiais, não sendo necessária apresentação de PPP nem de outro
63
formulário antigo (art. 271, IN 77/2015).

Exemplo:

- Segurado apresenta o PPP* abaixo, para análise de tempo trabalhado como engenheiro para
fins de enquadramento ou não do período como especial.

*Apenas os campos relativos à análise do enquadramento fazem parte do fragmento que


compõem o exemplo.

- Deverá ser verificada a qualidade das informações:

Categoria -> Segurado Empregado

Período de Vínculo empregatício com a empresa -> 10/12/1987 a 15/05/2001 Emissor ->
Empresa

O formulário apresentado segue as regras de emissão definidas nos Arts. 258 a 261 e Art. 298,
da IN nº 77/2015.

- Análise do enquadramento

Período Função Enquadramento


10/12/1987 a 13/09/1990 Escriturário Não há embasamento para
enquadramento por categoria ou
atividade; Não foi descrito a
existência de agentes nocivos.
Não caberá encaminhamento
para análise médica nos termos
do Art. 296, V, da IN nº 77/2015,
posto que não haja descrição de
64
presença de agente nocivo.
14/09/1990 a 13/05/2000 Engenheiro Período: 14/09/1990 a
28/04/1995 (Categoria/Atividade
Administrativo) Código: 2.1.1
(Anexo ao Decreto 53.831/64 –
chamado de Anexo III)
A partir de 29/04/1995 Engenheiro Não caberá encaminhamento
para análise médica nos termos
do Art. 296, V da IN nº 77/2015
posto que não há descrição de
presença de agente nocivo.

P ECULIARIDADES RELATI VAS AO ENQUADRAMENTO POR ATIVIDADE PROFI SSIONAL

Vigia ou Vigilante ou Guarda: Código 2.5.7.


- Empregado:

Entende-se por guarda, vigia ou vigilante o empregado que tenha sido contratado para garantir
a segurança patrimonial, com uso de arma de fogo, impedindo ou inibindo a ação criminosa
em patrimônio das instituições financeiras e de outros estabelecimentos públicos ou privados,
comerciais, industriais ou entidades sem fins lucrativos, bem como pessoa contratada por
empresa especializada em prestação de serviços de segurança, vigilância e transporte de
valores, para prestar serviço relativo atividade de segurança privada de pessoa e residências
(art. 273, II, a), IN 77/2015).

- Contribuinte individual:

Na condição de contribuinte individual não será considerada como especial (art. 273, II, b), IN
77/2015).

Atividade na Agropecuária (Urbana) Código 2.2.1

O período de atividade rural do trabalhador rural exercido até 24/7/1991, não será computado
como especial, por inexistência de recolhimentos previdenciários.

Somente a atividade desempenhada na agropecuária (prática de agricultura e da pecuária nas


suas relações mútuas), exercida por trabalhadores amparados pela Previdência Social urbana,
permite o enquadramento no item 2.2.1 do Anexo ao Decreto nº 53.831, de 1964, não se
enquadrando como tal a exercida apenas na lavoura.

Dessa forma, para enquadramento devemos observar que (art. 273, IV, IN 77/2015):

65
a) até 31/10/1991: atividade sem conversão, salvo na hipótese de existência de recolhimento
para a Previdência Social urbana; e

b) de 1/11/1991 a 28/4/1995: atividade passível de conversão por categoria profissional.

Motorista De Caminhão De Cargas (Contribuinte Individual): No Código 2.4.2 .

Mediante carteira de habilitação, certificado de propriedade ou copropriedade do veículo,


certificado de promitente comprador, contrato de arrendamento ou cessão do automóvel,
para, no máximo, dois profissionais sem vínculo empregatício, certidão do Departamento de
Trânsito - DETRAN ou quaisquer documentos contemporâneos que comprovem o exercício da
atividade (art.32, II da IN 77/2015).

E NQUADRAMENTO POR AGE NTE NOCIVO

Poderão ser enquadradas por agente nocivo aquelas atividades exercidas em condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, conforme definido no anexo IV do
Decreto 3.048/99.

A análise do enquadramento por agente nocivo é exclusiva da perícia médica.

E NQUADRAMENTO POR DECISÃO JUDICIAL

Caso exista no processo administrativo cópia de decisão judicial determinando o INSS de


enquadrar atividade como especial ou cópia de averbação de tempo de contribuição realizada
por uma Agência de Demandas Judiciais, você deverá consultar:

 Se a averbação, por meio do comando CTCNOM no SUB, ainda está ativa.

 Se o processo judicial, por meio de consulta processual no site do Tribunal


Regional Federal, está transitado em julgado.

Se ambas as consultas retornarem positivas, o período averbado na ATC registrada no SUB


deverá ser enquadrado sem a necessidade de análise, indicando no Prisma o motivo judicial do
enquadramento.

Se o processo judicial não tiver com trânsito em julgado, você deverá consultar a Procuradoria
Federal Especializada, através do sistema e-tarefas (http://www-eintegracao/), sobre a
possibilidade de cumprimento da decisão judicial.

66
D ESPACHO DA A NÁLISE A DMINISTRATIVA

O servidor deverá preencher o despacho da análise administrativa instituído pelo anexo LI da


IN77/2015 com o resultado da sua análise. Os períodos não enquadrados administrativamente,
por via recursal ou judicial também deverão constar no documento para encaminhamento à
perícia médica, desde que exista citação de exposição a agente nocivo nos formulários
apresentados pelo interessado.

Cabe ao servidor administrativo a análise de toda a documentação apresentada (inclusive o


correto preenchimento dos formulários); o enquadramento por categoria profissional (até
28/05/1995) quando for o caso; e encaminhamento para a análise médica quanto aos períodos
com exposição a agentes nocivos.

O Servidor administrativo deve preencher corretamente o anexo LI, analisando os respectivos


itens, conforme ilustrado abaixo:

4 – deve-se informar se há ou não enquadramento administrativo por categoria profissional;

5.1 a 5.5 - devem-se registrar os períodos enquadrados administrativamente;

6.1 a 6.3 - devem-se registrar os períodos não enquadrados administrativamente;

6.4 – Justificativa da análise administrativa com fundamentação legal;


67
7 – selecionar os documentos apresentados;

8 – informar se faltou algum documento para análise técnica e quais;

9 - informar se inexiste algum elemento básico do LTCAT ou dos que o substitui;

10 – informar se há divergência entre o CNIS e o informado nos formulário;

11 -.informar se há alguma disfunção nos formulários;

12 – espaço para o servidor informar se precisou fazer alguma diligência para sanar divergência
e o resultado obtido.

68
13 – informar o período que indefere o enquadramento sem envio ao SST, devido à falta de
elementos. Informar também se está enviando algum formulário para análise;

14 a 16– registra quais os períodos que estão encaminhados para análise do SST;

17 e 18 – local, data e assinatura.

69
COMPROVAÇÃO DE ATIVIDADE E ACERTO DE DADOS DO
CNIS

As informações constantes no CNIS são consideradas prova plena para todos os fins do
reconhecimento de direito. Quando houver divergências fundamentadas ou ausência de
informações alegadas pelo requerente, o ônus da prova passa a ser do interessado.

A documentação comprobatória a ser apresentada deve ser contemporânea aos fatos


alegados.

A comprovação do tempo de contribuição varia de acordo com a filiação.

A TIVIDADE DE EMPREGAD O

Os seguintes documentos são necessários para comprovação da atividade de empregado:

Carteira Profissional (CP)


Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS)
Original ou cópia autenticada da Ficha de Registro de Empregados ou do Livro de Registro de
Empregados, onde conste o referido registro do trabalhador acompanhado de declaração fornecida
pela empresa ou de sua massa falida, devidamente assinada e identificada por seu responsável.
Original ou cópia autenticada do cartão, livro ou folha de ponto do trabalhador acompanhada de
declaração fornecida pela empresa, devidamente assinada e identificada por seu responsável.
Contrato individual de trabalho
Acordo coletivo de trabalho, desde que caracterize o trabalhador como signatário e comprove seu
registro na respectiva Delegacia Regional do Trabalho – DRT.
Termo de rescisão contratual
Comprovante de recebimento do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço – FGTS
Extrato analítico de conta vinculada do FGTS, carimbado e assinado por empregado da Caixa
Econômica Federal, desde que constem dados do empregador, data de admissão, data de rescisão,
datas dos depósitos e atualizações monetárias do saldo, ou seja, dados que remetam ao período a
comprovar
Recibos de pagamento contemporâneos ao fato alegado, com a necessária identificação do
empregador e do empregado.
A declaração do empregador, no caso de empregado trabalhador rural, deverá conter: a qualificação
do declarante, inclusive os respectivos números do Cadastro de Pessoa Física – CPF e do Cadastro
Específico do INSS – CEI, ou, quando for o caso, do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ,
identificação e endereço completo do imóvel rural onde os serviços foram prestados, bem como a
que título detinha a posse deste imóvel, identificação do trabalhador e indicação das parcelas
salariais pagas, com as datas de início e término da prestação de serviços, e informação sobre a
existência de registro em livros, folhas de salários ou qualquer outro documento que comprove o
vínculo.

70
O contrato do trabalhador rural de pequeno prazo deve conter expressa autorização em acordo
coletivo ou convenção, identificação do produtor rural e do imóvel rural onde o trabalho foi
realizado e identificação da respectiva matrícula, e identificação do trabalhador, com a indicação do
respectivo NIT.
Servidor público vinculado ao RGPS com contrato temporário: Declaração - prevista nos § 1º e 8º do
art. 10 da IN 77/2015 ou o próprio Anexo III da Portaria 154/2018 com todos os dados necessários,
desde que contenha informação expressa na Declaração de que os dados foram extraídos de
registros (Documentos dos quais constem os dados referentes ao vínculo, tais como ficha de
registro, livros, Atos de Nomeação, Atos de Exoneração, etc) efetivamente existentes e acessíveis à
confirmação pelo INSS.
Servidor público vinculado ao RGPS exercente de cargo em comissão de livre nomeação e
exoneração: Declaração de tempo de contribuição nos moldes do anexo III da Portaria MPS
154/2018 ou Anexo VIII da IN 77/2015. Para servidores de cargos em comissão, é obrigatória a
informação dos atos de nomeação e exoneração e suas datas de publicação na declaração de tempo
de contribuição.

DICA
Na análise da Carteira de Trabalho, verifique:

 Se a numeração de folhas está na sequência correta e os


contratos de trabalho estão em ordem cronológica;

 A existência de emendas ou rasuras;

 Contém-se sinais de montagem;

 A existência de anotações posteriores referente ao contrato de


trabalho;

 Se a data de demissão do contrato de trabalho registrado é


anterior a expedição da carteira;

 Se os contratos estão em ordem cronológica;

 Se as anotações internas são contemporâneas;

 Se os contratos estão assinados;

 Anotações sobre licença sem vencimento e aviso prévio


indenizado.

• Modelos de documentos comprobatórios do empregado,


consultar o Material sobre o tema na Escola da Previdência.

As anotações em Carteira de Trabalho relativa a férias, alterações de salários e outras que


demonstrem a sequência do exercício da atividade podem suprir possível falha de registro de

71
admissão ou dispensa.

O período correspondente ao recebimento de Aviso Prévio Indenizado não será considerado


para efeito de filiação, tempo de contribuição e/ou carência, uma vez que não há exercício de
atividade no período do Aviso Prévio Indenizado, devendo ser considerado o último dia
trabalhado para encerramento do vínculo, conforme Memorando-Circular no 16 DIRBEN/INSS
de 6 de maio de 2015. (Fundamentação: Parecer nº 23/2013/CONJUR-MPS/CGU/AGU e do
Parecer nº 518/2014/CONJUR-MPS/CGU/AGU).

NORMATIVOS
1 - Para fins de homologação de atividade rural, validação de
recolhimentos dos contribuintes na condição de facultativo de baixa
renda ou situações em que haja premente necessidade de atualização
do CNIS, para fins de fechamento de vínculo sem data de rescisão,
quando não for possível apresentar os documentos acima, proceder
conforme MEMORANDO-CIRCULAR Nº 14 DIRBEN/INSS Em, 20 de maio
de 2013.

Quando o interessado estiver impossibilitado de apresentar os documentos previstos acima


para comprovação da atividade de empregado ou da remuneração recebida, poderá ser aceita
a declaração do empregador ou seu preposto, atestado de empresa ainda existente, certificado
ou certidão de órgão público ou entidade representativa, devidamente assinada e identificada
por seu responsável, com afirmação expressa de que as informações foram prestadas com base
em documentação constante nos registros efetivamente existentes e acessíveis para
confirmação pelo INSS, devendo ser emitida pesquisa externa, conforme §3º do artigo 10 da IN
nº 77/2015.

A pesquisa externa é solicitada pelo sistema Hipnet (http://www-hipnet/). Após sua realização,
é necessário homologação pelo servidor que a solicitou.

LEMBRETE
No caso de servidor público de cargo efetivo e empregado público,
vinculados ao RGPS, nos casos de emissão de declaração pelo ente
federativo para comprovação, por serem estes dotados de fé pública,
não será necessária a realização de pesquisa externa.

Trabalhador Intermitente
O contrato de trabalho intermitente foi instituído pela Lei 13.467 de 13 de julho de 2017 e
entrou em vigor em 11/11/2017.

72
Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com
subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços
e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de
atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação
própria.

O contrato de trabalho intermitente permite que o trabalhador preste serviços de qualquer


natureza a outras empresas, que possuam ou não a mesma atividade econômica.

Esse contrato deve ser celebrado por escrito, devendo constar o valor da hora ou do dia de
trabalho, que não poderá ser inferior ao valor horário ou diário do salário mínimo ou ao valor
pago aos demais empregados que exerçam as mesmas atribuições, sejam eles contratados
como intermitente ou não.

No contrato de trabalho intermitente o empregador deve convocar o empregado com três dias
corridos de antecedência para o trabalho a ser realizado, devendo ser respondido pelo
empregado no prazo de um dia útil. Caso não confirme, será considerado como recusada a
convocação, no entanto, essa recusa não descaracteriza a subordinação para fins deste
contrato de trabalho.

Ainda, para evitar que o contrato intermitente seja confundido com outros tipos de contrato,
no intermitente o período de inatividade não é considerado tempo à disposição do
empregador e não é remunerado, permitindo que o empregado preste serviço para outras
empresas, no período que não estiver convocado.

Se decorrido o prazo de um ano sem convocação do empregado pelo empregador, contado a


partir da celebração do contrato, da última convocação ou do último dia de prestação de
serviços, o que for mais recente, o contrato será considerado rescindido, devendo ser pagos ao
trabalhador todas as verbas rescisórias.

O empregado, neste contrato, ao final de cada período de prestação de serviço, recebe o


pagamento da remuneração, das férias proporcionais com o terço constitucional, 13º salário
proporcional, repouso semanal e demais adicionais previstos em lei, devendo, o empregador
recolher as contribuições previdenciárias da totalidade da remuneração recebida pelo
empregado na competência bem como cumprir as obrigações acessórias.

Marítimo

Para comprovação da atividade de marítimo, a CTPS é o documento específico para


comprovação do tempo de contribuição. Além da CTPS, serve também como prova de tempo
de contribuição um dos seguintes documentos:

 Contrato de trabalho escrito;

 Carteira de Inscrição e Registro - CIR (carteira de marítimo) – (art. 62 do Decreto

73
3.048/99);

 Certidão da Capitania dos Portos - A Capitania do Porto é um órgão de autoridade


marítima junto de um determinado porto, sendo responsável por fazer cumprir as leis
e os regulamentos marítimo-portuários.

Os períodos comprovados são equiparados ao vínculo de empregado, devendo ser lançados no


CNIS.

Servidor Público

De acordo com o tipo de vínculo com a Administração Pública Direta e Indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o servidor público civil
será considerado:

I - Efetivo: o que tenha sido admitido na forma regulada no inciso II do art. 37 da Constituição
Federal;

II - Estável: o que estava em exercício na data da promulgação da Constituição, há pelo menos


cinco anos continuados, e que não tenha sido admitido na forma regulada no art. 37 da
Constituição Federal, conforme art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias -
ADCT;

III - Ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e


exoneração: conforme ressalva do inciso II do art. 37 da Constituição Federal;

IV - Contratado: o que tenha sido contratado por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público; ou

V - Empregado público: quando estiver subordinado ao regime jurídico da Consolidação das


Leis Trabalhistas - CLT e vinculado, consequentemente, ao RGPS.

Em linhas gerais, o servidor público ocupante de cargo efetivo vincula-se ao RPPS, caso o ente
possua Regime Próprio, senão será vinculado ao RGPS, conforme legislação do Órgão Público,
vigente à época.

Já o servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre


nomeação e exoneração, o contratado por tempo determinado (temporário) e o empregado
público, até 15/12/1998, poderiam ser vinculados ao RPPS ou ao RGPS, dependendo da lei do
respectivo Ente Público. A partir da publicação da Emenda Constitucional nº 20/1998, esse
servidor é vinculado obrigatoriamente ao RGPS.

Quanto a emissão ou recepção pelo INSS de Certidão de tempo de Contribuição-CTC:

 Caso o servidor tenha exercido atividade vinculada ao RGPS pode solicitar a emissão de
CTC junto ao INSS para contagem do tempo de contribuição em sua aposentadoria no

74
RPPS. As remunerações averbadas no RPPS que comprovadamente tiverem sido
utilizadas na obtenção de aposentadoria ou de vantagens no regime próprio, não
podem ser utilizadas em benefícios do RGPS. Caso contrário, a CTC original poderá ser
devolvida ao INSS com uma solicitação de cancelamento;

 A comprovação de atividade do servidor público que deseja utilizar o período


vinculado a RPPS em benefício do RGPS, dar-se-á por meio de CTC emitida pelo
responsável do RPPS. Quando emitida após 16/05/2008, a CTC deve estar nos moldes
da Portaria MPS 154/2008, conforme seu anexo I;

 Para períodos de atividade posteriores a 07/1994, a CTC (emitida ou recebida pelo


INSS) deve vir acompanhada da Relação das Remunerações, conforme o anexo II da
referida portaria;

 A averbação dos períodos de RPPS certificados ocorre se, e somente se, o interessado
tiver se filiado posteriormente ao RGPS. Uma vez averbada e utilizada na
aposentadoria, haverá compensação previdenciária entre os regimes de previdência;

 Somente é permitida a emissão de CTC pelo RPPS para ex-servidor.

A TIVIDADE DE TRABALHADOR AVULSO

Os seguintes documentos são necessários para comprovação da atividade de trabalhador


avulso:

Documento contemporâneo que comprove o exercício de atividade e a remuneração na condição de


trabalhador avulso com intermediação de órgão de gestão de mão de obra ou do sindicato da categoria
Certificado do órgão de gestão de mão de obra ou do sindicato da categoria, desde que o certificado
contenha no mínimo:
 Identificação do trabalhador avulso, com indicação do respectivo NIT e se portuário ou
não portuário;
 Identificação do intermediador de mão de obra;
 Identificação do(s) tomador (es) de serviços e as respectivas remunerações por
tomador de serviços;
 Duração do trabalho e a condição em que foi prestado, referentes ao período
certificado;
• No corpo da declaração, afirmação expressa de que as informações foram prestadas
com base em documentação constante nos registros daquela entidade, e que se
encontram à disposição do INSS para consulta.

A TIVIDADE DE EMPREGAD O DOMÉSTICO

75
Para o empregado doméstico, aquele que presta serviços de natureza contínua, mediante
remuneração, a pessoa ou à família, no âmbito residencial dessas, em atividades sem fins
lucrativos, a atividade foi regulamentada no Brasil em fevereiro de 1973.

A filiação do empregado doméstico é de natureza urbana, mesmo que a residência esteja no


meio rural. A título de exemplo, são caracterizados como empregados domésticos, dentre
outros:

a) o motorista particular;

b) a enfermeira particular;

c) o caseiro, inclusive o que trabalha em área rural;

d) o piloto ou comandante de aeronave particular;

e) o vigia particular;

f) o jardineiro;

g) a governanta, o mordomo;

h) o caseiro, etc.

O contrato de trabalho do empregado doméstico é registrado na CTPS. Em abril de 1973, foram


instituídos o cartão de inscrição e o carnê de contribuição específico para domésticos.

Veja um exemplo:

Comprovante de inscrição e carnê de doméstico adotados a partir de 1973

76
Folhas internas do carnê de doméstico adotado a partir de 1973

Registro de recolhimento efetuado, em carnê de doméstico adotado a partir de 1973

Esse modelo de carnê de contribuição específico para domésticos perdeu a validade em


02/1979 quando as contribuições passaram a ser realizadas em modelo de carnê único,
conhecido como “Carnê para Recolhimento de Contribuições Individuais”, válido também para
autônomos, empregadores e contribuintes em dobro. Na seção Atividade de Contribuinte
Individual, você verá imagens deste modelo de carnê e da Guia de Recolhimento do
Contribuinte Individual – GRCI, que entrou em vigor em julho de 1997e pôde ser utilizada até
15/10/1999.

Em março de 1999, foi instituída a GPS – Guia da Previdência Social. Neste caso, os
recolhimentos das contribuições previdenciárias dos empregados domésticos passaram a ser
feitos por meio desse documento de arrecadação. Para identificar o tipo de pagamento em
GPS era utilizado o código 1600.

Com relação aos recolhimentos das contribuições de empregados domésticos até 1984:

• As contribuições feitas em carnê entre 1973 e 1978 podem estar registradas no CNIS
em microfichas, mas sem a informação de competências pagas. (ver Microfichas)

• As contribuições feitas em carnê entre 1979 e 1984 podem estar registradas no CNIS
em microfichas, com a informação de competências pagas. A partir de 1985, as

77
contribuições já estão no CNIS na inscrição do contribuinte, mas é possível existir falhas
de registro.(ver Microfichas)

EMPREGADO DOMÉSTICO APÓS PUBLICAÇÃO DA LEI COMPLEMENTAR 150/2015

Em 02/06/2015, com a publicação da Lei Complementar 150/2015, os empregados domésticos,


em linhas gerais, passaram a ser equiparados aos empregados de empresa e, portanto, as
contribuições, por serem de responsabilidade exclusiva do empregador doméstico, passam a
ser consideradas presumidas. O empregador registra o vínculo na CTPS e, para novos vínculos
ou aqueles ativos, a partir da competência 10/2015, no eSocial.

O eSocial foi disponibilizado em outubro de 2015, em cumprimento à determinação da Lei


Complementar nº 150/2015, que previu um sistema eletrônico, onde o empregador doméstico
deve informar as obrigações trabalhistas, previdenciárias, fiscais, de apuração de tributos e do
FGTS. Trata-se do módulo específico para os empregadores domésticos – e pode ser acessado
pelo endereço eletrônico http://www.esocial.gov.br.

Portanto, além dos eventos referentes ao vínculo (eventos não periódicos), mensalmente, o
empregador doméstico deve efetuar os eventos da folha de pagamento e outros correlatos
(eventos periódicos) do(s) seu(s) empregado(s) doméstico(s) para o eSocial.

COMPROVAÇÃO DE ATIVIDADE DE EMPREGADO DOMÉSTICO

A comprovação do vínculo de empregado doméstico encerrado até 01/06/2015:

Carteira Profissional (CP)

Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS)

Contrato de trabalho registrado em época própria

Recibos de pagamentos emitidos em época própria

Informações de recolhimentos efetuados em época própria constantes no CNIS, quando for


possível identificar a categoria de doméstico através do código de recolhimento ou de categoria
nos casos de microfichas, desde que acompanhadas da declaração do empregador.

A comprovação do vínculo de empregado doméstico a partir de 02/06/2015:

Poderá ser feita, no que couber, por meio da documentação prevista para o empregado de
empresa, ou seja, comumente será a CTPS

Observação:

Para as competências de 06/2015 a 09/2015, tanto as remunerações incluídas no vínculo quanto


os recolhimentos em GPS no código empregado doméstico são válidos. Pela regra de prevalência,
caso existam os dois valores em uma mesma competência no CNIS, a remuneração do vínculo é
prevalente sobre o recolhimento, que será, portanto, desconsiderado.

78
A comprovação das remunerações para competências anteriores a 06/2015:

Continuará sendo feita por meio da guia ou comprovante de recolhimento

A comprovação das remunerações para as competências de 06/2015 a 09/2015, com a


instituição do SIMPLES DOMÉSTICO sem a implementação do eSocial:

Como o recolhimento das contribuições previdenciárias do empregado doméstico continuou


sendo por GPS, a comprovação das remunerações poderá ser feita tanto por meio da guia, quanto
por documentos comprobatórios de remunerações semelhantes aos dos empregados em geral
(comumente os recibos de pagamentos);

A comprovação das remunerações a partir da competência 10/2015, com a implantação do


eSocial:

Somente será feita por recibos de pagamentos de salários emitidos pelo eSocial.

Observação:

A partir da competência 10/2015, somente as remunerações que constarem no vínculo serão


válidas. Eventuais contribuições recolhidas por meio de GPS a partir desta competência não serão
consideradas e ficarão com indicador de pendência “PREC-PMIG-DOM”. Esta pendência é
normalmente atribuída às contribuições de empregado doméstico por falta do vínculo
correspondente, porém para as competências a partir de 10/2015, os recolhimentos
permanecerão com esse indicador, ainda que o vínculo exista, e não serão disponibilizados para os
sistemas de benefícios.

Exemplo do Recibo de Pagamento de salário emitido pelo eSocial:

79
Figura 1 – Modelo de recibo de pagamento do eSocial

Os seguintes documentos são necessários para comprovação da atividade de empregado


doméstico até 01/06/2015:

Carteira Profissional (CP)


Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS)
Contrato de trabalho registrado em época própria
80
Recibos de pagamento emitidos em época própria
Informações de recolhimentos efetuados em época própria constantes no CNIS, quando for possível
identificar a categoria de doméstico através do código de recolhimento ou de categoria nos casos de
microfichas, desde que acompanhadas da declaração do empregador.
Observação: Vínculos a partir de 02/06/2015 equiparam-se a empregado e deve apresentar os
documentos relacionados no Art. 10 da IN 77/2015.
A comprovação da remuneração, a partir de 02/06/2015, pode ser feita através dos contracheques
emitidos por meio do e-Social.

A TIVIDADE DE CONTRIBU INTE INDIVIDUAL


O contribuinte individual realiza suas contribuições previdenciárias por meio de carnê. No
modelo atual, cada folha de contribuição é denominada GPS – Guia da Previdência Social. Ao
longo dos anos, vários modelos foram instituídos.

O primeiro modelo de documento para contribuição era chamado Guia de Recolhimento – GR


– e foi criado em 1960, após a instituição da Lei 3.807/60. As GR eram grandes e relacionavam
os filiados conforme a categoria. Para ser considerada válida, ela deve conter a autenticação
bancária ou o recibo de pagamento que era emitido a parte pelo agente arrecadador.

Posteriormente, foi criado um modelo de guia pequena. Abaixo, um modelo usado por
empresas vinculadas ao ex-IAPI.

Figura 2 - Modelo de GR

Note que as informações dos empregadores não são individualizadas. Assim, é necessária a
apresentação de contrato social e suas alterações para identificá-los.

Em janeiro de 1972, a GR foi substituída pelas GR-1 e GR-2, mas foi admitida até março
daquele ano. O modelo GR-1 era utilizada por empresas para pagamento da contribuição do

81
empregado e empregador. Tal como o modelo GR, as informações do empregador eram
consolidadas.

A GR-2 era utilizada por empregadores de empresas sem empregados e que não eram
tomadoras de serviços de trabalhadores avulsos, além de autônomos, contribuintes em dobro
e facultativos.

82
Figura 3 - Modelo de GR-1

Os modelos GR-1 e GR-2 acima foram utilizados até fevereiro de 1975. Em março de 1975, eles
passaram por uma atualização. Agora, a GR-1 passa a ser utilizada por empregadores de
83
qualquer empresa. O modelo GR-2 passa a ser utilizada por autônomos, facultativos e
contribuintes em dobro. A GR-2 ficou em desuso a partir de janeiro de 1976.

Figura 5 - Modelo GR-1 atualizada

84
Figura 4 - Modelo de GR-2 atualizada
Em outubro de 1977, os débitos do contribuinte individual passaram a ser efetuados por meio
do modelo GR-4. O discriminativo do débito é descrito no verso do documento.

A partir de outubro de 1975, os autônomos, empregadores, contribuinte em dobro e


facultativo passam a utilizar o carnê para recolhimento de contribuinte individual – modelo GR-
5. É instituído o documento de inscrição, chamado de Comprovante de Inscrição do
Contribuinte Individual – CICI.

85
Figura 6 - Comprovante de inscrição do contribuinte individual

Figura 7 - Capa do carnê de recolhimento

86
Figura 8 - Identificação do carnê de recolhimento

Figura 9 - Guia do carnê de recolhimento. A autenticação bancária é registrada no verso de cada canhoto.

Este modelo perdeu a validade em fevereiro de 1979.

Em setembro de 1977, foi instituído o carnê para recolhimento de contribuições individuais –


modelo GR-6, válido para autônomos, empregadores, contribuintes em dobro, facultativos e
empregados domésticos. Este modelo perdeu a validade em março de 1998.

87
Figura 10 - Modelo de carnê para recolhimento

Figura 12 - Conteúdo de um carnê para recolhimento

Figura 11 - Guia de um carnê para recolhimento

Em abril de 1991, foi instituída a GRPS-3 – Guia de Recolhimento da Previdência Social,


destinado para o recolhimento feito por contribuintes individuais e devolução de pagamento

88
de benefícios e puderam ser utilizadas até 23/07/1999. Geralmente eram utilizadas para
cálculo de contribuições em atraso (mais de uma).

Figura 13 - Modelo de GRPS-3

Em julho de 1997, entrou em vigor a Guia de Recolhimento do Contribuinte Individual – GRCI.


Esse modelo pôde ser utilizado até 15/10/1999.

89
Figura 14 - Capa da Guia de Recolhimento do Contribuinte Individual

Figura 15 - Modelo de GRCI

A partir da competência março de 1999, foi instituído o modelo usado atualmente, a GPS –
Guia da Previdência Social. Na GPS, é necessário informar o código de pagamento que vai
identificar a filiação do contribuinte. (ver Anexo I – Códigos de Pagamento para GPS)

O contribuinte individual que presta serviço a empresa e o empregador, agora denominados


contribuinte individual prestador de serviço deixam de pagar a GPS em abril de 2003. A
responsabilidade da contribuição passa a ser da empresa e, por isso, é considerada presumida
quando ocorre a comprovação da atividade.

90
Em dezembro de 2008, é instituída pela Lei Complementar 128/2008 a figura do
Microempreendedor Individual (MEI). A contribuição é feita por meio de DAS-MEI (Documento
de Arrecadação do Simples Nacional) e é exibida no CNIS com o código 1058 para períodos até
dezembro de 2010 e com o código 1066 a partir de fevereiro de 2010. Note que, no período
concomitante, coexistiram dois códigos de recolhimentos.

Os seguintes documentos são necessários para comprovação da atividade de contribuinte


individual, autônomo e equiparados a autônomos:

Microfichas de recolhimentos
Guias de recolhimento modalidade GR, GR1 e GR2
Carnês de contribuição
Guia de recolhimento de contribuinte individual (GRCI)
Guia de recolhimento da Previdência Social (GRPS-3)
Guia da Previdência Social (GPS)
Parcelamento da RFB liquidado
Para prestador de serviço após 04/2003:
Comprovante contemporâneo de retirada de pró-labore, que demonstrem a remuneração
decorrente do seu trabalho.
Empresário: comprovante de pagamento do serviço prestado, onde conste a identificação completa
da empresa, inclusive com o número do CNPJ/CEI, o valor da remuneração paga, o desconto da
contribuição efetuado e o número de inscrição do segurado no RGPS.
Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física – IRPF relativa ao ano-base objeto da comprovação,
que possa formar convicção das remunerações auferidas.
Declaração fornecida pela empresa, devidamente assinada e identificada por seu responsável, onde
conste a identificação completa da mesma, inclusive com o número do CNPJ/CEI, o valor da
remuneração paga, o desconto da contribuição efetuado e o número de inscrição do segurado no
RGPS.

NORMATIVOS
Orientações sobre comprovação do Contribuinte Individual Prestador de
Serviços, a partir de 04/2003, consultar os Memorando-Circular nº
10/DIRBEN/INSS, de 08 de junho de 2011, MEMORANDO-CIRCULAR Nº
19 DIRBEN/INSS de 19 de julho de 2012 e Memorando-Circular nº 20
/DIRBEN/INSS de 29 de abril de 2016.

DICA
Na análise da GPS, verifique se:

 A competência é, no mínimo, 03/1999.

 Consta no CNIS. Não é permitido inclusão de GPS no Portal CNIS.

 O NIT usado foi inválido. Neste caso, consulte o ADA do Portal CNIS.
91
Caso encontre, transfira-a para o NIT correto.

 Consta a autenticação bancária. Para pagamentos em caixa


eletrônicos e internet banking não é aceitos comprovantes de
agendamento e, sim, comprovantes de pagamento.

Na análise da GRCI, verifique se:

 A competência está entre 07/1997 a 10/1999.

 Constam as datas de autenticação ou carimbo dos bancos nos


comprovantes de recolhimentos;

Na análise dos carnês de contribuição, verifique se:

 A competência está entre 10/1975 e 02/1998.

 Contém emendas ou rasuras;

 Constam as datas de autenticação ou carimbo dos bancos nos


comprovantes de recolhimentos;

Na análise da GR, verifique se:

 A competência é, no máximo, 12/1975.

 A quantidade de empregadores é igual ao nº de sócios no contrato


social.

• Constam as datas de autenticação ou carimbo dos bancos nos


comprovantes de recolhimentos;

Observação:

Os recolhimentos objeto do pedido de inclusão que não foram feitos por intermédio de GPS
deverão ser validados pelo seu aspecto formal, devendo ser adotadas as seguintes medidas:

a) verificar o estado dos documentos, no que se refere a possível violação e/ou adulteração
(remontagem ou rasuras);

b) verificar se as informações constantes na GR, GR1, GR2, contracapa do carnê ou GRCI são do
contribuinte, mediante confrontação com os documentos pessoais e com o comprovante de
inscrição do contribuinte individual ou empregado doméstico (CICI ou DCTCI);

c) verificar se o NIT constante na contracapa do carnê coincide com os números apostos nos
cupons, ressalvados os casos de erros de transcrição (troca ou deslocamento de um ou mais
dígitos que compõem o NIT), ausência de identificação (cupom sem identificação) ou
inexistência do NIT (número não pertencente ao sistema, como o CPF);
92
d) analisar os documentos, verificando se os mesmos estão por longo período autenticados por
uma única máquina e preenchidos com a mesma caligrafia, exceto quando tratar-se de
recolhimento feito em atraso;

e) com relação a autenticação bancária, verificar se o registro identifica o banco, a data do


recolhimento e o valor da contribuição, ressalvadas as supressões e cortes de parte da
autenticação por colocação indevida do documento na máquina registradora, sendo que a
aceitação ou não dos recolhimentos dependerá da análise do documento; e

f) reconhecida a autenticidade dos recolhimentos, presumir-se-ão, até prova em contrário,


verdadeiros, devendo ser exigido do contribuinte uma declaração, sob as penas da lei,
afirmando a autenticidade e a titularidade das contribuições em questão.

LEMBRETE

Não é permitido inserir uma GPS no Portal CNIS.

F ACULTATIVO

Os seguintes documentos são necessários para comprovação como facultativo ou contribuinte


em dobro.

Microfichas de recolhimentos
Carnês de contribuição
Guia de recolhimento de contribuinte individual (GRCI)
Guia de recolhimento da Previdência Social (GRPS-3)
Guia da Previdência Social (GPS)

Não serão validadas pelo CNIS as contribuições na filiação de facultativo se:

 Existirem vínculos empregatícios anteriores registrados no CNIS sem data de saída,


ainda que sem remunerações.

 Existir GFIP na mesma competência, ainda que sem contribuição previdenciária.

93
M ICROFICHAS

As contribuições do autônomo, empresário, empregado doméstico e contribuinte em dobro


anterior a 01/1985 estão gravadas apenas em microfilme e integradas no CNIS.

A consulta disponibiliza uma imagem relativa ao período de contribuição do segurado e possui


dois tipos:

 Entre 1973 e 1978: cada microficha contém a inscrição, dados de pagamento


acumulado (quantidade e valor), ano, competência pagas e valores.

 Entre 1979 e 1984: cada microficha contém a inscrição, UF, data de nascimento,
categoria, data de inscrição, nome, pagamento acumulado (quantidade e valor),
períodos, competências pagas e valores.

O carnê de domésticas foi implantado em 1973. As microfichas para domésticas não possuem
registro de competência nem de valor pago, apenas a quantidade de recolhimentos. A partir de
01/1979, com a implantação do carnê único, as contribuições de domésticas passaram a ter os
registros de competência e valor nas microfichas.

Durante a análise de microfichas:

 Para domésticas, entre 1973 e 1978, verifique se a quantidade de recolhimentos é


igual aos meses do contrato de trabalho na CTPS.

 Para todas as categorias, verifique a existência de valores deslocados de posição, por


exemplo, a duplicidade de recolhimentos numa competência e falta daquela que seria
a correta.

 Ex: Na competência 07/78 aparece o valor 464 e a competência 06/78 está em


branco. Assim, como 2 x 232 = 464, podemos dividir 464 em 2 e colocar 232 para cada
competência (06/78 e 07/78).

 Este procedimento só pode ser realizado se o valor da competência confere


com a tabela de contribuições daquela competência. Consulte as Tabelas Corporativas
do SDC (http://www-sdc) para checagem.

 A falha de deslocamento de contribuições também pode ocorrer em


contribuições registradas no CNIS entre 1985 e 1994.

 Quando um recolhimento era efetuado com a competência inválida, o valor do


recolhimento era desprezado e era somado um na quantidade de contribuições
efetuadas. Neste caso, é possível encontrarmos uma inscrição com informação de
“Quantidade de Contribuições” maior do que as contribuições discriminadas. Cada
caso deverá ser analisado.

94
 Sempre que houver competências com recolhimentos maiores do que as demais
competências no período devem ser verificadas se houve aumento da tabela de
contribuição ou se é pagamento em duplicidade referente a alguma competência que
estará em branco.

 Quantidade de pagamentos não significa quantidade de competências. O contribuinte


pode efetuar mais de um pagamento para uma mesma competência (pagamento
complementar).

Na imagem seguinte, um exemplo de microficha:

A TIVIDADE DE SEGURADO ESPECIAL

Os seguintes documentos são necessários para comprovação da atividade de segurado


especial para requerimentos realizados até 17/01/2019, data anterior a MP 871/2019:

Contrato de arrendamento, parceria, meação ou comodato rural, cujo período da atividade será
considerado somente a partir da data do registro ou do reconhecimento de firma do documento em

95
cartório.

Declaração fundamentada de sindicato que represente o trabalhador rural ou, quando for o caso, de
sindicato ou colônia de pescadores, desde que homologada pelo INSS.

Comprovante de cadastro do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, através do


Certificado de Cadastro de Imóvel Rural – CCIR ou qualquer outro documento emitido por esse órgão
que indique ser o beneficiário proprietário de imóvel rural.

Bloco de notas do produtor rural

Notas fiscais de entrada de mercadorias, emitidas pela empresa adquirente da produção, com indicação
do nome do segurado como vendedor e o valor da contribuição previdenciária.

Documentos fiscais relativos à entrega de produção rural à cooperativa agrícola, entreposto de pescado
ou outros, com indicação do segurado como vendedor ou consignante.

Comprovantes de recolhimento de contribuição à Previdência Social decorrentes da comercialização da


produção

Cópia da declaração de imposto de renda, com indicação de renda proveniente da comercialização de


produção rural.

Documento de Informação e Apuração do Imposto sobre a propriedade Territorial Rural – DIAT


entregue à Receita Federal

Documento de Informação e Atualização Cadastral do Imposto sobre a propriedade Territorial Rural –


DIAC

Comprovante de pagamento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR

Licença de ocupação ou permissão outorgada pelo INCRA ou qualquer outro documento emitido por
esse órgão que indique ser o beneficiário assentado do programa de reforma agrária

Certidão fornecida pela FUNAI, certificando a condição do índio como trabalhador rural.

Declaração de Aptidão do PRONAF (DAP), a partir de 07 de agosto de 2017.

Os períodos entre defesos ou os últimos doze meses imediatamente anteriores ao defeso (o que for
menor) que gerou a concessão de seguro defeso, para benefícios processados pelo INSS (defesos a
partir de 01/04/2015)

Períodos de recebimento de seguro defeso processado pelo INSS (defesos a partir de 01/04/2015)

Declaração de Sindicato Rural

Quando for apresentada declaração de atividade rural emitida por sindicato não homologada
pelo INSS, esta deverá ser acompanhada de documentos contemporâneos de início de prova
material, desde que conste a profissão ou outro dado que evidencie o exercício da atividade
rural.

A declaração de atividade rural emitida por sindicato não é válida para requerimentos com
DER a partir de 18/01/2019 (MP 871/2019).

96
Exemplos:

Certidão de casamento civil ou religioso


Certidão de união estável
Certidão de nascimento ou de batismo dos filhos
Certidão de tutela ou de curatela
Procuração
Título de eleitor ou ficha de cadastro eleitoral
Certificado de alistamento ou de quitação com o serviço militar
Comprovante de matrícula ou ficha de inscrição em escola
Ata ou boletim escolar do trabalhador ou dos filhos
Ficha de associado em cooperativa
Comprovante de participação como beneficiário em programas governamentais para a área rural nos
estados, no Distrito Federal ou nos Municípios.
Comprovante de recebimento de assistência ou de acompanhamento de empresa de assistência técnica
e extensão rural
Escritura pública de imóvel
Recibo de pagamento de contribuição federativa ou confederativa
Registro em processos administrativos ou judiciais, inclusive inquéritos, como testemunha, autor ou réu.
Ficha ou registro em livros de casas de saúde, hospitais, postos de saúde ou do programa dos agentes
comunitários de saúde.
Carteira de vacinação
Título de propriedade de imóvel rural
Recibo de compra de implementos ou de insumos agrícolas
Comprovante de empréstimo bancário para fins de atividade rural
Ficha de inscrição ou registro sindical ou associativo junto ao sindicato de trabalhadores rurais, colônia
ou associação de pescadores, produtores rurais ou outras entidades congêneres
Contribuição social ao sindicato de trabalhadores rurais, à colônia ou à associação de pescadores,
produtores rurais ou a outras entidades congêneres.
Publicação na imprensa ou em informativos de circulação pública
Registro em livros de entidades religiosas, quando da participação em batismo, crisma, casamento ou
em outros sacramentos.
Registro em documentos de associações de produtores rurais, comunitárias, recreativas, desportivas ou
religiosas.
Título de aforamento
Declaração de aptidão fornecida pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais para fins de obtenção de
financiamento junto ao PRONAF
Ficha de atendimento médico ou odontológico

Declaração do Trabalhador Rural

97
O segurado especial deverá ainda declarar as informações no requerimento de comprovação
de atividade mediante a assinatura dos anexos da Portaria Conjunta 1/2017
/DIRBEN/DIRAT/INSS. A apresentação deste documento é obrigatória para todos os
integrantes do grupo familiar, em qualquer hipótese de atividade de segurado especial,
independentemente do documento de comprovação apresentado.

Deve ser apresentado um formulário para cada período de atividade de segurado especial a
ser comprovado, podendo ser assinado pelo representante legal.

Caso seja apresentada a declaração sem nenhum documento comprobatório, deverá ser
emitida carta de exigência.

Os períodos de segurado especial já reconhecidos pelo INSS em processos anteriores devem


ser considerados sem a necessidade de verificação de sua consistência, exceto se existirem
novos elementos que desqualifiquem o segurado na condição de segurado especial ou na
ocorrência de erro administrativo.

NORMATIVOS
Os procedimentos para comprovação do segurado especial utilizando o
Portal do CNIS estão descritos no Memorando-Circular nº
45/DIRBEN/DIRAT/INSS, de 27/09/2018.

MP 871/2019

Para requerimentos realizados a partir de 18/01/2019, devem ser consideradas as alterações


previstas na Medida Provisória 871/2019. Essas alterações estão pendentes de análise pela
Procuradoria Federal. Posteriormente, serão emitidos ofícios circulares com novas orientações.

S ERVIÇO M ILITAR

Para comprovação do tempo de serviço militar poderão ser aceitos:

 Certificado de Reservista;

 Certidão de Tempo Serviço Militar;

Para períodos superiores há 18 meses será aceita apenas a Certidão de Tempo de Serviço
Militar, ainda que não emitida nos moldes da Portaria MPS 154/2008, pois haverá
compensação previdenciária.

98
SALÁRIO MATERNIDADE

É o benefício pago ao segurado que se afasta da sua atividade por causa do nascimento de
filho, inclusive de natimorto, aborto não criminoso, adoção de uma criança ou guarda judicial
para fins de adoção (Arts. 71 e ss. Lei nº 8.213/91 – alterada pela Lei 12.873/2013).

A data do início do salário maternidade será fixada na data do afastamento da atividade para
fins de licença maternidade, exceto para desempregada que será devida na data do parto ou
adoção.

Nos sistemas corporativos, o salário maternidade possui a espécie 80.

São requisitos mínimos do benefício:

FATO GERADOR: Parto, inclusive de natimorto, aborto não criminoso, guarda para fins de
adoção, adoção.

Fundamentação: Art. 343 da IN 77/2015.

CARÊNCIA (Art. 24 e ss. da Lei 8.213/91):


• 10 contribuições, para o contribuinte individual, facultativo e segurado especial que
contribua facultativamente.
• 10 meses de exercício da atividade, ainda que de forma descontínua para o segurado
especial (desde que não tenha havido perda da qualidade de segurado na data do fato
gerador). *Entendem-se como forma descontínua os períodos intercalados de
exercício de atividades rurais, ou urbana e rural, com ou sem a ocorrência da perda da
qualidade de segurado.
• Isento de carência: para empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso e o
desempregado.
QUALIDADE (Art. 15 da Lei 8.213/91): Possuir qualidade de segurado pelo RGPS no 28º dia anterior ao
parto ou no fato gerador (Art. 340, §2º da IN 77/2015).
SUPER DICA: passo-a-passo o no sistema PRISMA
O item III do anexo I do Memorando-Circular Conjunto nº 35, de 24 de
outubro de 2017, destaca PASSO-A-PASSO para habilitação do salário-
maternidade no sistema PRSIMA (Obs: a revogação do memorando em
comento, que tratava da ACP Ação Civil Pública n.º 5027299-
68.2017.4.04.7000/PR, não prejudica a utilização do passo-a-passo
referenciado).

EXEMPLO: Perda da qualidade de segurado dentro de 28 dias antes do parto


Contribuinte Manutenção da qualidade de segurado até 15/8/2015
individual de
Atestado médico específico emitido em 1/8/2015
3/2009 a 6/2014
Data do nascimento da criança em 20/8/2015.
99
Período de até 28 dias anteriores ao parto (24/7/2015 até 20/8/2015)
Carência exigida de 10 contribuições
CONCLUSÃO
A perda da qualidade de segurado pela atividade exercida ocorreria em 16/8/2015.
Terá direito ao benefício, ainda que o nascimento da criança tenha ocorrido após a perda da qualidade
de segurada, visto que o fato gerador ocorreu dentro dos 28 dias que antecederam o parto
(Fundamentação: Art. 340, §2º da IN 77/15, e Parecer CONJUR/MPS nº 616/10).

LEMBRETE: SEGURADO ESPECIAL


1. As regras de cumprimento de “parte da carência”, para readquirir
qualidade de segurado não vale para o segurado especial que não
contribui facultativamente, uma vez que não se aplica a este, os
dispositivos da Lei nº 10.666, de 2003 (Fundamentação: Art. 150, §2º,
151, §2º e parág. único do art. 158 da IN 77/PRES/INSS/2015).

2. Se o segurado (a) na data do fato gerador estiver dentro do “período


de graça da atividade rural”, mesmo que esteja exercendo uma atividade
urbana (que não gere direito ao benefício) fará jus ao benefício como
segurado(a) especial (Fundamentação: Art. 159, §1º da IN
77/PRES/INSS/2015).

3. Atenção: Não é permitido somar, para fins de carência, o tempo de


efetivo exercício de atividade rural com as contribuições vertidas para o
RGPS na atividade urbana (Fundamentação: Art. 159 da IN
77/PRES/INSS/2015 e Consultas Técnicas SISCON 4477 e 4451).

LEMBRETE: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA


Será descontada, durante a percepção do salário-maternidade, a
contribuição sobre o valor do benefício conforme a alíquota de cada
categoria de segurado.

Para segurado em prazo de manutenção da qualidade de segurado a


contribuição devida será aquela correspondente a sua última categoria.

D A RECUPERAÇÃO DA CAR ÊNCIA

Quando ocorrer a perda da qualidade de segurado, qualquer que seja a época da inscrição ou
da filiação do segurado na Previdência Social, as contribuições anteriores só poderão ser

100
computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação ao
RGPS, com, no mínimo, as seguintes quantidades de contribuições exigidas para o benefício:

QUADRO RESUMO CARÊNCIA 01


(A ser observado após perda da qualidade de segurado, por ocasião da nova filiação)
Fato Gerador até 07.07.2016 (Lei nº 8.213/91) → 1/3 → 3 contribuições
Fato Gerador de 08.07.2016 a 04.11.2016 (MP 739/2016) → deverá cumprir carência mínima completa
→ 10 meses de contribuição
Fato Gerador de 05.11.2016 a 05.01.2017 (Lei nº 8.213/91) → 1/3 → 3 contribuições
Fato Gerador de 06.01. 2017 a 26.06.2017 - (MP 767/2017) → deverá cumprir carência mínima
completa → 10 meses de contribuição
Fato Gerador de 27/06/2017 a 17-01-2019 (Lei 13.457/2017) → 1/2 → 5 contribuições
Fato Gerador a partir de 18-01-2019 (MP 871-2019) deverá cumprir carência mínima completa → 10
meses de contribuição.
As orientações acima não se aplicam aos benefícios isentos de carência.

Carência–RegraAtual
Empregado Facultativo Segurado Especial (que não contribui Manutenção da
facultativamente) QualidadedeSegurado
EmpregadoDoméstico SeguradoEspecial
TrabalhadorAvulso ContribuinteIndividual
Nãoexigecarência 10contribuições 10 meses de exercício da atividade, ainda Conforme atividade
quedeformadescontínua anterior
PerdadaQualidadedeSegurado(FGapartirde18/01/2019–MP871/2019)
Bastaretornaràatividade Cumprir 10 meses de carência Bastaretornaràatividade Conforme atividade
(novafiliação) anterior
* Em caso de parto antecipado, o período de carência de 10 contribuições será reduzido em número de contribuições equivalente ao
númerodemesesemqueopartofoiantecipado(art.148,§1ºdaINnº77PRES/INSSde21dejaneirode2015eMP871/2019)

Nos casos de parto antecipado, a carência mínima será reduzida no número de meses que
ocorreu a antecipação (Art. 148, §1º da IN 77/2015).

D O A FASTAMENTO DA A TIVIDADE

Quando for identificada, durante o período devido de salário-maternidade, a permanência ou


o retorno à mesma ou a outra atividade sujeita à filiação obrigatória, não terá direito ao
recebimento concomitante do B80 com a remuneração percebida, na forma prevista pelo art.
71-C da Lei 8.213/91.

No caso do exercício de atividade durante parte do período de recebimento do salário


maternidade, a data da última remuneração deverá ser informada nas “opções especiais” do

101
PRISMA, conforme abaixo:

EXEMPLO: Atividade remunerada durante a percepção do benefício


DER EM 10/03/2015
DDB EM 01/04/2015
Segurada empregada a partir de 01/06/2014
Termo de guarda de adoção em nome da segurada deferido em 04/02/2015
Afastamento da atividade a partir de 01/03/2015
Benefício isento de carência
CONCLUSÃO
Benefício será devido no período de 01/03/2015 a 04/06/2015, pois houve exercício de atividade
remunerada até 28.02.2015.

102
A DIB será fixada na data do fato gerador em 04/02/2015, sendo que a DIP será fixada em 01/03/2015,
não sendo devido o pagamento no período de 04/02/2015 a 28/02/2015 (período de atividade
remunerada). A DCB será fixada em 04/06/2015 (Fundamentação: item 2.1. do Memorando Circular 25
DIRBEN/INSS).

A existência de contribuições da segurada obrigatória em competências posteriores ao parto


caracteriza exercício de atividade após o parto.

Para a contribuinte individual por conta própria e MEI deverá ser emitida carta de exigência
para esclarecimentos sobre o afastamento ou não da atividade. Em caso positivo, as
contribuições de competências posteriores devem ser transferidas para o ADA via Portal do
CNIS antes da concessão do benefício, observados os normativos vigentes.

NORMATIVOS
Os procedimentos para tratamento de recolhimentos indevidos (CI por
conta própria e MEI), nos casos em que houver recolhimento
concomitante ao período de afastamento para percepção do benefício
de salário-maternidade, estão descritos no Memorando Circular nº 13
DIRBEN/INSS de 13/04/2017.

EXEMPLO: Recolhimento de CI durante a percepção do benefício


DER EM 10/09/2015
DDB EM 10/09/2015
Segurada CI a partir de 01/06/2013 com primeiro recolhimento em dia em 06/2013
Termo de guarda de adoção em em nome da segurada 04/02/2015
Afastamento da atividade a partir de 04/02/2015
Benefício com carência completa
Recolhimento de contribuição de CI nas competências 03/2015 a 08/2015
Segurada alega ter contribuído equivocadamente como CI nas competências 03/2015 a 08/2015.
CONCLUSÃO
Benefício devido. A DIB e DIP serão fixadas na data do fato gerador em 04/02/2015. E a DCB será fixada
em 03/06/2015, ou seja, termo final dos 120 dias; devendo a segurada comprovar a interrupção da
atividade (recolhimento indevido) mediante declaração, nos termos do item “3” do Memorando Circular
nº 13 DIRBEN/INSS de 13/04/2017.
Fundamentação: Memorando Circular nº 13 DIRBEN/INSS de 13/04/2017

103
LEMBRETE
Quando ocorrer o exercício de atividade durante todo o período
compreendido entre a data do início (fato gerador) e a da cessação do
salário-maternidade (120 dias), o benefício será indeferido pelo motivo
172 - não afastamento do trabalho ou da atividade desempenhada.

EXEMPLO: Não afastamento da atividade


DER/DDB em 14/08/2014
Segurado contribuinte individual (empresário) a partir de 22/01/2012 até a DER
Fato Gerador em 30/01/2014
Segurado sem afastamento do trabalho
Carência exigida de 10 contribuições
CONCLUSÃO
Benefício Indeferido, utilizando o motivo 172, uma vez que não houve afastamento da atividade pelo
segurado em todo o período.

D O F ATO G ERADOR
Nos casos de nascimento, o fato gerador para o salário maternidade é o parto, que deverá ser
comprovado mediante apresentação da Certidão de Nascimento.

Na hipótese de afastamento da atividade para fins de licença maternidade, que terá início
fixado em até 28 dias antes do parto, deverá ser apresentado atestado médico original
específico, constando a semana da gestação.

Nos casos de aborto não criminoso, o fato gerador para o salário maternidade é o aborto. Para
comprovar-se o fato gerador do aborto não criminoso faz-se necessária a apresentação do
Atestado Médico contendo: nome da segurada, código Internacional de Doenças - CID
específico e data.

Nos casos de adoção, o fato gerador é a concessão da “guarda para fins de adoção” ou a
“adoção”:

 A comprovação do fato gerador “adoção”, dar-se-á através da apresentação da


“decisão judicial transitada em julgado”; ou do “Termo de guarda para fins de adoção”,
quando for o caso. Na hipótese de terem sido apresentados ambos seremos
considerados o documento mais antigo.

104
NORMATIVOS
Os procedimentos para comprovação do aborto não criminoso estão
descritos no Memorando-Circular Conjunto nº 52
DIRBEN/DIRSAT/DIRAT/INSS, de 26 de outubro de 2015.

EXEMPLO
Atividade/Período Situação
Contribuinte individual por conta própria Data do afastamento em 20/08/2015
de 10/2014 a 07/2015
Total de 10 contribuições recolhidas em época própria
Carência exigida de 10 contribuições
CONCLUSÃO
O fato gerador ocorreu em 20/08/2015, sem que tenha ocorrido recolhimento da competência agosto.
Será devido somente a partir da data do parto, pois não houve recolhimento da competência 08.2015.

Q UEM R ECEBE D IRETAMENTE N O I NSS :

•Contribuinte individual, empregada doméstica, e facultativa;

•Segurada desempregada;

•Segurada Especial;
• Empregada do Microempreendedor Individual - MEI - (§ 3º do artigo 72 da Lei nº
8.213/1991).

• Empregada somente nos casos de adoção, guarda judicial para fins de adoção, e em todas as
situações de direito ao titular substituto, serão pagos diretamente pelo INSS.

DICA
No caso de empregada de MEI, deverá ser utilizado o despacho 23
(salário maternidade para empregada MEI)

105
D A A ÇÃO C IVIL P ÚBLICA Nº 5027299-68.2017.4.04.7000. S ALÁRIO MATERNIDADE P ARA
DESEMPREGADA

Em que pese a Instrução Normativa nº 77/2015 estabelecer que, no caso do vínculo da


segurada desempregada houver sido encerrado sem justa causa, por iniciativa do empregador,
ou pelo mero decurso do prazo (contrato por prazo determinado) após o início da gravidez, o
pagamento do salário-maternidade ser de responsabilidade do empregador, há de se destacar
a vigência da ação civil pública nº 5027299-68.2017.4.04.7000, que imputa a responsabilidade
de pagamento ao INSS.

Em vigor desde 27/09/2017 e válida em todo o território nacional, a ação civil pública nº
5027299-68.2017.4.04.7000 determina ao INSS conceder o salário maternidade para
segurada desempregada, respeitados os demais requisitos, quando o motivo de demissão for
sem justa causa ou em razão do encerramento da vigência de contrato por tempo
determinado. É válida para requerimentos com DER dentro do seu período de vigência, ainda
que para fato gerador anterior.

Essa ACP deverá ser aplicada aos casos de extinção de contrato de trabalho por prazo
determinado e indeterminado.

NORMATIVOS
Os procedimentos acima descritos estão detalhados no Memorando-
Circular Conjunto nº 44/DIRBEN/PFE/INSS de 30 de novembro de 2017.

EXEMPLO: Contrato por Prazo Indeterminado (rescisão sem justa causa) ou Contrato por Prazo
Determinado (rescisão por mero decurso do prazo)
Empregada de DER em 10/01/2019
01/02/2017 a 30/12/2018
Fato Gerador parto em 01/01/2019
Segurada em manutenção da qualidade de segurado na data do fato
gerador.
Contrato por Prazo (In) determinado.
CONCLUSÃO
Segurada firma declaração informando que a rescisão foi em decorrência de dispensa sem justa causa no
período compreendido entre o início da gravidez até cinco meses após o parto.
Benefício será deferido, com fundamento na ACP nº 5027299-68.2017.4.04.7000

C ARGO EM C OMISSÃO : DECLARADO EM LEI DE LIVRE NOMEAÇÃO E EX ONERAÇÃO

106
Para os ocupantes, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação
e exoneração, independente da causa da dispensa a responsabilidade pelo pagamento será do
INSS.

Fundamentação: Memorando-Circular nº 25 /DIRBEN/INSS de 20.07.2015.

EXEMPLO: Cargo em Comissão (Independente do motivo da rescisão)


Cargo em Comissão de DER em 20/08/2015
01/02/2014 a 30/12/2014
Fato Gerador parto em 05/08/2015
Segurada em manutenção da qualidade de segurado na data do fato
gerador.
CONCLUSÃO
Considerando que é cargo em comissão não precisa firmar declaração de extinção do contrato de trabalho.
Benefício será concedido e o pagamento será pelo INSS (Fundamentação: Art. 341 e 352 da IN nº 77/15 e
item 5 do Memo-Circular nº 25 de 20.07.2015).

P RAZO PARA R EQUERIMENTO

Para fatos geradores ocorridos até 17/01/2019, o prazo para requerimento do benefício é de 5
anos.

Com a vigência da MP 871/2019, para fatos geradores a partir de 18/01/2019, o prazo para
requerimento do benefício é de 180 dias.

D URAÇÃO DO B ENEFÍCIO

O tempo de duração do benefício varia conforme o fato gerador (Art. 343 da IN 77/2015):

1. Parto, adoção ou guarda para fins de adoção: 120 dias.


2. Aborto não criminoso: 14 dias.

O prazo de 120 dias poderá ser prorrogado por mais 14 dias caso comprovada a necessidade
de repouso anterior – para segurados em atividade – ou posterior ao parto, devido a existência
de algum risco para a vida do feto, da criança ou da mãe. A perícia médica é responsável por
avaliar essa condição.

107
DICA
A eventual prorrogação deverá ser efetuada via reativação utilizando
“motivo 21” no módulo atualização do PRISMA.

EXEMPLO: prorrogação de salário-maternidade


Atividade/Período Situação
Contribuinte Individual prestadora de serviço de: Salário Maternidade de 06/06/2011 a
03/10/2011
10/2009 a 01/2010
01/2011 a 06/2011 Requerimento de prorrogação em 03/10/2011
Mediante atesto médico a perícia médica conclui
pela prorrogação
CONCLUSÃO
O salário-maternidade será prorrogado por mais 14 dias, ou seja, de 04/10/2011 a 17/10/2011.

A DOÇÃO OU G UARDA P ARA F INS D E A DOÇÃO

Quando um dos cônjuges/companheiras (os) adotantes não for segurada(o) do RGPS, poderá o
outro cônjuge/ companheira(o) adotante, se segurada(o), requerer o B80, observados os
critérios de carência e a obrigatoriedade de afastamento do trabalho/atividade desempenhada
(Art. 71-A da Lei 8.213/91).

O Salário Maternidade será devido independentemente de a mãe biológica ter recebido o


mesmo benefício quando do nascimento da criança.

Não poderá ser concedido a mais de um segurado em decorrência do mesmo processo de


adoção ou guarda, inclusive na hipótese de um dos adotantes ser vinculado a Regime Próprio.

Quando houver parto, adoção ou guarda judicial para adoção simultânea de mais de uma
criança, é devido um único salário maternidade (Art. 344, §4º da IN 77/2015).

O salário maternidade será devido ao adotante do sexo masculino para adoção ocorrida a
partir de 25/10/2013.

EXEMPLO: adotante
DER em 11/12/2013
DDB em 12/12/2013
Termo de Adoção em nome dos cônjuges, em 10/11/2013.
Segurado empregado a partir de 22/01/2012
108
Cônjuge do segurado é contribuinte individual por conta própria com recolhimentos desde 01/2012 até
10/2013
Afastamento da atividade a partir da adoção por ambos os cônjuges
Criança com 11 anos de idade
Benefício com isenção de carência para segurado empregado e com exigência de 10 meses anteriores ao
fato gerador para a contribuinte individual
CONCLUSÃO
Um dos segurados, sem ordem de preferência, terá direito de receber o B80 por um prazo de 120 dias a
contar de 10/11/2013, uma vez que termo de adoção foi emitido em nome de ambos.
Qualquer um deles terá direito ao benefício pois ambos possuem a carência referente a categoria de
segurado e se afastaram da atividade. No entanto, o benefício somente poderá ser concedido para um
deles (Fundamentação: art. 71-A da Lei nº 8.213/91 e Memorando-Circular nº 41/2013 /DIRBEN/INSS).

A TIVIDADES C ONCOMITANTES

No caso de empregos concomitantes, o segurado ou a segurada fará jus ao salário


maternidade relativo a cada emprego. Nessas situações, a exigência da carência ou a isenção
deverá observar cada categoria de filiação de forma independente.

EXEMPLO: Atividades Concomitantes


Atividade/Período Situação
Empregada doméstica de Requerimento em 30/07/2015
1/5/2014 a 30/9/2014 Fato gerador em 30/9/2014
Recolhimentos nas duas atividades no valor mínimo
Contribuinte individual por Na categoria de doméstica possui 5 contribuições
conta própria recolhidas em dia
de
Na categoria de CI possui 21 contribuições recolhidas no prazo
01/2013 a 9/2014
CONCLUSÃO
Deverá ser feito dois requerimentos para cada uma das atividades
Benefício sem exigibilidade de carência na categoria de doméstica
Benefício com exigência de 10 contribuições na categoria de contribuinte individual.
Terá direito a dois B80, um relativo à atividade de doméstica e outro de contribuinte individual, haja
vista o cumprimento dos requisitos exigidos nas duas categorias (Fundamentação: Art. 348 da IN nº
77/15 e item 3 do Memorando nº 25 DIRBEN/INSS de 20/07/2015).

P AGAMENTO AO C ÔNJUGE /C OMPANHEIRO S OBREVIVENTE

109
A partir de 25/10/2013 é devido o pagamento do salário maternidade ao cônjuge sobrevivente
(titular substituto) quando o segurado que tinha direito ao benefício (titular originário) vier a
óbito antes do último dia do prazo previsto para o seu término (Fundamentação: Art.71-B da
Lei 8.213/91).

Nesses casos, será necessária a comprovação da qualidade de cônjuge ou companheiro do


titular originário, bem como a comprovação do vínculo com a criança nascida ou adotada. Será
paga a diferença, em dias, do que faltava para completar o fim do benefício.

O pagamento sempre é feito pelo INSS e deverá ser solicitado durante os 120 dias de prazo do
benefício original. Para ter direito, tanto o titular originário, quanto o cônjuge sobrevivente
precisarão preencher os requisitos mínimos do benefício.

Resumindo, são condições para gerar direito ao cônjuge sobrevivente:


A) Titular originário ter cumprido os requisitos para a concessão do B80, mesmo que não o
tenha requerido;

B) Titular substituto deverá comprovar o cumprimento dos requisitos para concessão, seja de
qualidade de segurado ou, se for o caso, de carência, com suas próprias contribuições e/ou
exercício da atividade na data do fato gerador;

C) Titular substituto deverá requerer o benefício até o término do prazo no qual seria fixada a
data da cessação do benefício originário.

D) Titular substituto deverá comprovar a qualidade de cônjuge ou companheiro do titular


originário, bem como, o vínculo com a criança nascida ou adotada.

NORMATIVOS
Os procedimentos acima descritos estão detalhados no Memorando-
Circular nº 32 DIRBEN/INSS, de 25/09/2014.

EXEMPLO: Concessão a titular substituto


DER EM 11/02/2014
DDB do benefício originário em 12/10/2014
Nascimento da criança em 08/02/2014
Segurada do sexo feminino
Segurada empregada doméstica desde 22/01/2012 com remuneração no valor de um salário mínimo.
Afastamento da atividade, pela segurada, a partir da data de nascimento.
Benefício com isenção de carência para a segurada
Óbito da segurada em 05/05/2014
Requerimento do titular substituto em 10/05/2014, com afastamento da atividade desde o óbito
Cônjuge da segurada na condição de contribuinte individual por conta própria desde 10/01/2012, com
110
contribuição no teto máximo até 04/2014
Benefício complementar para o cônjuge sobrevivente com exigibilidade de carência de 10 meses de
contribuição.
CONCLUSÃO
Benefício originário concedido no período de 08/02/2014 a 05/05/2014, com renda mensal inicial
fixada no valor do último salário de contribuição, na condição de empregada doméstica, ou seja, no
salário mínimo.
O benefício do titular substituto foi requerido até o último dia do prazo de 120 dias do salário
maternidade originário, contados da data do nascimento da criança
Será concedido o salário maternidade complementar ao titular substituto pelo restante dos 120 dias a
que teria direito a segurada pelo benefício originário.
O novo B80 terá DIB na data de nascimento da criança (08/02/2014), DIP em 05/05/2014 e DCB em
07/06/2014, visto que o titular substituto possui qualidade de segurado, carência e afastou-se da
atividade a partir da data do óbito da titular do benefício originário.
Renda do B80 do titular substituto calculada sobre os doze últimos salários de contribuição no teto na
condição de contribuinte individual.

D A R ENDA M ENSAL DO B ENEFÍCIO

A renda mensal do salário-maternidade será calculada da seguinte forma (Art. 206 da IN


77/2015):

Categoria de Segurado Tipo de Cálculo Sujeito ao Teto


Previdenciário
Empregado Última remuneração, ou quando NÃO
variável, a média aritmética
* Sujeito ao teto do Ministro
simples dos últimos 6 salários
do STF
Trabalhador Avulso Última remuneração integral NÃO
equivalente a um mês de trabalho
Empregado Doméstico Último salário de contribuição NÃO
* Sujeito ao teto do Ministro
do STF
Contribuinte Individual e Média aritmética dos 12 últimos SIM
Segurado em manutenção de salários de contribuição, apurados
qualidade em período não superior à 15
meses
Facultativo e Segurado Especial Média aritmética dos 12 últimos SIM
com contribuição salários de contribuição, apurados
em período não superior à 15
meses
Segurado Especial sem Salário Mínimo -
contribuição

111
EXEMPLO: Período Básico de Cálculo
Fato Gerador em 05.04.2015
Contribuições no período de 01.2010 a 09.2014 na condição de CI
Período completo de 15 meses - 01.2014 a 03.2015
Contribuições dentro do período de 15 meses – 01.2014 a 09.2014
CONCLUSÃO
O PBC será composto com os salários de contribuição referente ao período de 01.2014 a 09.2014,
totalizando 09 contribuições. Dessa forma a somatória dessas 09 contribuições será dividida por doze,
que é o PBC do B80.

LEMBRETE
O valor da Renda Mensal Inicial - RMI do salário-maternidade da
empregada do MEI será igual ao valor do salário mínimo ou piso salarial
da categoria profissional, na data do fato gerador (parto ou
afastamento).

DICA
Quando não existir certidão de nascimento anexada a uma tarefa do
GET, você pode procurá-la através do SIRC:

http://www-sircinss/

112
PENSÃO POR MORTE PREVIDENCIÁRIA

A pensão por morte previdenciária é devida aos dependentes do segurado durante a sua
ausência, e por motivo de óbito ou morte presumida, e está prevista nos arts. 74 a 79 da Lei
8.213/91. (ver Dependência).

DICA: Conceitos importantes

Ausência: a situação na qual o segurado desaparece de seu domicílio e


encontra-se em lugar incerto e não sabido sem deixar representante ou
procurador para administrar-lhe os bens, cabendo à autoridade judicial,
mediante requerimento de qualquer interessado declarar a ausência (Art.
22 do CCB/2002);

Morte Presumida: quando extremamente provável a morte de quem


estava em perigo de vida (Ex. Catástrofe em Brumadinho); ou quando
desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até
02 anos após o término da guerra (conforme Art. 7º do CCB/2002);

Filho póstumo: os nascidos depois da morte do pai dentro dos trezentos


dias subsequentes ao acontecimento (Art. 1.597 do CCB/2002);

Desdobramento: quando há mais de um requerimento para o mesmo


instituidor, ou seja, segurado (Art. 144, pu da IN 77/2015).

Nos sistemas corporativos, a pensão por morte previdenciária possui a espécie 21.

R EQUISITOS DO BENEFÍC IO

São requisitos mínimos do benefício:

QUALIDADE DO SEGURADO INSTITUIDOR:


Pessoa falecida ou desaparecida possuir qualidade de segurado pelo RGPS no fato gerador.
Ou possuir direito adquirido para aposentadoria no fato gerador.
Ou possuir direito adquirido para aposentadoria por invalidez dentro do período de graça, desde que a
incapacidade permanente se mantenha até a data do óbito.
QUALIDADE DO DEPENDENTE
Requerente possuir qualidade de dependente no fato gerador.
FATO GERADOR

113
O fato gerador para a pensão por morte é o óbito do segurado.

LEMBRETE
Não será considerada a inscrição realizada post mortem do instituidor
pelos dependentes, salvo no caso do segurado especial, obedecidas as
condições para a sua caracterização, na forma do art. 4º da IN 77/2015.

Também não são admitidas contribuições pagas após a data do óbito do


segurado.

Quando existir apenas uma contribuição na competência do óbito, ou na competência


imediatamente anterior, pode-se verificar o efetivo exercício de atividade, na forma do art. 18,
§6º do Decreto 3.048/1999.

DICA
Tal situação não abrange a categoria de Facultativo, por desnecessidade
de comprovação (inexistência de atividade).

Para óbitos ocorridos a partir de 18/01/2019, a data do início da pensão por morte será fixada
na data do óbito do segurado, quando requerida em até 180 dias para o requerente menor de
dezesseis anos ou em até 90 dias para os demais requerentes. Do contrário, será fixada na
DER.

Para óbitos ocorridos antes de 18/01/2019, deverá ser observada a data do fato gerador:

Fato Gerador Do óbito Da DER Observações


Até 10.11.1997 - Para todos os - No caso de morte
dependentes de acordo presumida a DIB será
com a prescrição da data da decisão
quinquenal; judicial.
- Aos dependentes - No caso de catástrofe,
menores de 16 anos e acidente ou desastre a
dependentes inválidos DIB será fixada na data
incapazes não se aplica a da ocorrência.
prescrição quinquenal.
De 11.11.1997 - Todos dependentes - Quando o requerimento - No caso de morte
Até quando requerido até 30 ocorrer após 30 dias do FG presumida a DIB será
dias do óbito; exceto para os menores de da data da decisão
04.11.2015 16 anos e 30 dias de idade e judicial.
- Aos menores de 16 anos e
demais incapazes, - No caso de catástrofe,
30 dias, devendo ser
verificado se houve a relativamente à cota parte. acidente ou desastre a
ocorrência da DIB será fixada na data
emancipação, e demais da ocorrência, se
incapazes, relativamente à requerida até 30 dias
114
cota parte. desta.
De - Todos dependentes - Quando o requerimento - No caso de morte
05.11.2015 (Lei quando requerido até 90 ocorrer após 90 dias do FG presumida a DIB será
13.183-2015) dias do óbito; exceto para os menores de da data da decisão
16 anos e 90 dias de idade e judicial.
Até - Aos menores de 16 anos e
demais incapazes, - No caso de catástrofe,
90 dias, devendo ser
02.01.2016 verificado se houve a relativamente à cota parte. acidente ou desastre a
ocorrência da emancipação DIB será fixada na data
e demais incapazes, da ocorrência, se
relativamente à cota parte. requerida até 90 dias
desta.
A partir - Todos dependentes - Quando o requerimento - No caso de morte
de quando requerido até 90 ocorrer após 90 dias do FG presumida a DIB será
dias do óbito; exceto para os menores de da data da decisão
03.01.2016 (Lei 16 anos, relativamente à judicial.
- Aos menores de 16 anos e
13.146-2015) cota parte.
90 dias, devendo ser - No caso de catástrofe,
até 17.01.2019
verificado se houve a acidente ou desastre a
(MP 871)
ocorrência da DIB será fixada na data
emancipação. da ocorrência, se
requerida até 90 dias
desta.

Quando houver habilitação posterior de dependente os efeitos financeiros (DIP) passam a


contar (art. 76 da Lei 8.213/91 e art. 365 da IN 77/2015):

- Do dia posterior a DCB da pensão precedente, se já cessada, observado o prazo legal para
requerimento;

- Da DER, se não cessada a pensão precedente; qualquer que seja o dependente.

EXEMPLO: HABILITAÇÃO POSTERIOR DE DEPENDENTE


1. DO em 5/4/1997;
1º benefício: pensão por morte concedida para a esposa e mantida desde 5/4/1997;
2º benefício: pensão por morte requerida pela companheira em 18/6/2007*.
Solução:
A Data do Início do Pagamento – DIP do 2º benefício será fixada em 18/6/2007.
2. DO em 11/5/1997;
1º benefício: pensão por morte para esposa com início em 11/5/1997 e cessada em 18/02/01;
2º benefício: pensão por morte para companheira requerida em 18/6/2007*.
Solução:
A DIP do 2º benefício será fixada em 19/6/2002 (prescrição quinquenal).

D A R ENDA M ENSAL DO B ENEFÍCIO

115
O valor mensal da Pensão por Morte será de 100 % do valor da aposentadoria que o segurado
recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu
falecimento, observados os limites mínimo e máximo estabelecidos em lei (no mínimo o
salário mínimo e no máximo o teto previdenciário), conforme art. 75 da Lei 8.213/91.

Não será incorporado ao valor da pensão por morte o acréscimo de 25% recebido pelo
aposentado por invalidez que necessita da assistência permanente de outra pessoa, nos
termos do art. 199, §1º da Instrução Normativa nº 77/2015.

Se na data do óbito o segurado estiver recebendo aposentadoria e auxílio-acidente, ao valor


mensal da pensão por morte não será incorporado o valor do auxílio-acidente, conforme
disposto no art. 39, §4º do Decreto 3.048/1999.

Para os casos em que o instituidor não esteja aposentado, o auxílio-acidente recebido em vida,
integrará o Período Básico de Cálculo – PBC, conforme regra geral aplicada aos demais
benefícios.

LEMBRETE
Destaca-se a exceção do segurado especial que não contribui
facultativamente, quando o valor da pensão por morte será calculado
somando-se ao valor da aposentadoria a renda mensal do auxílio-
acidente vigente na data de início da referida aposentadoria, não sendo,
neste caso, aplicada a limitação de um salário mínimo.

Fundamentação: art. 36, §6º, inciso I do Decreto 3.048/1999.

A pensão por morte não acumula com benefício assistencial. Também não é permitida a
acumulação de duas ou mais pensões de instituidor cônjuge ou companheiro, ressalvado o
direito ao mais vantajoso. Titulares de auxílio-reclusão de instituidor cônjuge ou companheiro
deverão optar pelo benefício mais vantajoso.

D A D URAÇÃO DO B ENEFÍCIO

O tempo de duração do benefício varia conforme o dependente e o tempo de contribuição do


segurado (Art. 77 da Lei 8.213/91, com alterações da Lei nº 13.183/2015):

Cônjuge, ex-cônjuge e companheiro: 4 meses quando o tempo de contribuição do segurado for inferior
a 18 meses.
Cônjuge, ex-cônjuge e companheiro: 4 meses quando o tempo de casamento ou união estável for
inferior a 2 anos.
Cônjuge, ex-cônjuge e companheiro com menos de 21 anos: 3 anos.
Cônjuge, ex-cônjuge e companheiro entre 21 e 26 anos: 6 anos.

116
Cônjuge, ex-cônjuge e companheiro entre 27 e 29 anos: 10 anos.
Cônjuge, ex-cônjuge e companheiro entre 30 e 40 anos: 15 anos.
Cônjuge, ex-cônjuge e companheiro entre 41 e 43 anos: 20 anos.
Cônjuge, ex-cônjuge e companheiro com pelo menos 44 anos: Sem cessação.
Ex-cônjuge com pensão alimentícia temporária: O tempo de duração da PA, respeitado os tempos
acima descritos (MP 871/2019).
Cônjuge e companheiro inválido ou deficiente: Enquanto durar a deficiência ou a invalidez, quando
esta for superior aos tempos acima descritos.
Filho e irmão: Até completar 21 anos.
Filho e irmão inválidos/deficientes: Enquanto durar a invalidez/deficiência.
Pai e mãe: óbito.

EXEMPLO: DURAÇÃO DO BENEFÍCIO


Data de nascimento da dependente “cônjuge”: 01/01/1995;
Data do casamento: 02/01/2013;
Data do óbito do instituidor: 20/12/2015;
TC do instituidor até a data do óbito: 3 anos e 8 meses.
DER da pensão: 08/01/2016.
A duração do casamento/união foi de 2 anos, 11 meses e 19 dias, portanto, superior a 2 anos. O
tempo de contribuição do instituidor é de 44 meses, portanto, superior a 18 meses. Nesse caso, o
cônjuge poderá receber a pensão por mais de 4 meses. A idade da requerente na DO é de 20 anos
(embora já tivesse completado 21 na DER), portanto, a duração da pensão será de 20/12/2015
(DIB/DO) até 20/12/2018 (três anos de duração), com motivo de extinção de cota 27 (prazo limite para
cônjuge ou assemelhado). Esse cálculo é feito pelo SUB.

DICA
A perícia médica é responsável por avaliar a invalidez do filho, irmão,
cônjuge e do companheiro.

LEMBRETE
Quanto à avaliação da deficiência intelectual ou mental ou deficiência
grave dos dependentes, é necessário observar o disposto no
Memorando-Circular Conjunto nº 1/DIRBEN/DIRSAT/INSS, de
05/01/2016, que determina o sobrestamento dos processos.

Para fixação da data de início da comprovação do vínculo de união estável deverá ser
considerado o documento que tenha data mais pretérita ao óbito.
117
Poderá ser somado, para fins de apuração de dois anos de união, o período comprovado de
união estável e de casamento.

LEMBRETE: ACIDENTE
Se o óbito decorrer de acidente de qualquer natureza, a quantidade de
contribuições e tempo de casamento/união estável não será limitador
do tempo de duração do benefício.

Para identificar que o óbito decorreu de acidente é necessário apresentar:

 Declaração de óbito (IML ou equivalente);

 Boletim de ocorrência / termo circunstanciado;

 Declaração escrita do requerente;

Será necessário inserir no PRISMA a data do acidente e a confirmação da causa do óbito.

NORMATIVOS
Os procedimentos de reconhecimento do acidente de qualquer
natureza estão disciplinados no anexo do Memorando-Circular Conjunto
n° 2/DIRBEN/DIRSAT/PFE/DIRAT/INSS, de13/1/2015.

118
D EPENDENTE H OMICIDA

A partir de 30/12/2014 não tem mais direito à Pensão por Morte, após o trânsito em julgado,
o condenado pela prática de crime doloso que tenha resultado na morte do instituidor.

LEMBRETE
Se o dependente condenado for o único constante no processo
requerido, o benefício deverá ser indeferido no Sistema Prisma por
motivo específico criado para este fim “182 Dependente condenado pela
prática de crime doloso de que tenha resultado a morte do(a)
segurado(a) instituidor(a)”

S IMULAÇÃO OU F RAUDE NO C ASAMENTO

Conforme art. 74, § 2º da Lei 8.213/91, incluído pela Lei nº 13.135/2015, perde o direito à
pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a qualquer
tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização desses com
o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no qual
será assegurado direito ao contraditório e à ampla defesa.

Se vier a ser constatado, em processo judicial, que houve simulação ou fraude no casamento
ou união estável é necessário cessar o benefício com motivo 31.

119
P ENSÃO POR M ORTE P RESUMIDA

A pensão por morte pode ser concedida em caráter provisório nos casos de desaparecimento
do segurado, inclusive por motivo de catástrofe, acidente ou desastre.

A morte presumida é determinada por decisão judicial, sendo ela o fato gerador do benefício.

Nos casos de desaparecimento do segurado em função de catástrofe, acidente ou desastre, a


própria ocorrência é o fato gerador. A data do início do benefício será na data do fato gerador,
independentemente da DER. Podem ser utilizados como prova do desaparecimento (art. 379
da IN77/2015):

 Boletim de registro de ocorrência feito junto à autoridade policial.

 Prova documental de sua presença no local da ocorrência.

 Noticiário nos meios de comunicação.

Se existir relação entre o trabalho do segurado e a catástrofe, o acidente ou o desastre que


motivaram seu desaparecimento, além dos documentos relacionados neste artigo e dos
documentos dos dependentes, caberá também a apresentação da CAT, sendo indispensável o
parecer médico-pericial para caracterização do nexo técnico.

Quaisquer documentos acima devem conter informações que possibilitem a identificação do


segurado.

O recebedor da pensão por morte presumida deve apresentar documento de autoridade


competente a cada seis meses contendo informações acerca do processo relativo à declaração
de morte presumida até que seja apresentada certidão de óbito.

Havendo o reaparecimento do segurado, a pensão é cessada imediatamente, sendo


desnecessária a devolução dos valores pagos até então.

120
PENSÃO POR MORTE ACIDENTÁRIA

A pensão por morte acidentária é devida aos dependentes do segurado durante a sua ausência
por óbito decorrente de acidente de trabalho. (ver Dependência)

A data do início da pensão por morte será fixada na data do óbito do segurado, quando
requerida em até 180 dias para o requerente menor de dezesseis anos ou em até 90 dias para
os demais requerentes. Do contrário, será fixada na DER.

Nos sistemas corporativos, a pensão por morte acidentária possui a espécie 93.

São requisitos mínimos do benefício:

ÓBITO DECORRENTE DE ACIDENTE DE TRABALHO


Requerente possuir qualidade de dependente no fato gerador.

O fato gerador para a pensão por morte acidentária é o óbito do segurado.

A pensão por morte não acumula com benefício assistencial. Também não é permitida a
acumulação de duas ou mais pensões de instituidor cônjuge ou companheiro, ressalvado o
direito ao benefício mais vantajoso. Titulares de auxílio-reclusão de instituidor cônjuge ou
companheiro deverão optar pelo benefício mais vantajoso.

Quando a morte do segurado decorrer, de forma imediata, de um acidente de trabalho, deverá


ser exigido, conforme art. 324 da IN 77/2015:

I - O boletim de registro policial da ocorrência ou, se necessário, cópia do inquérito policial;

II - O laudo de exame cadavérico ou documento equivalente, se houver; e

III - A Certidão de Óbito.

O reconhecimento técnico do nexo entre a causa mortis e o acidente ou a doença, será


realizado pela perícia médica, mediante análise documental, nos casos de óbitos decorrentes
de acidente do trabalho ou de doença ocupacional, independente do segurado haver falecido
em gozo de benefício acidentário, devendo ser encaminhado àquele setor os seguintes
documentos:

I - Cópia da CAT;

II - Certidão de Óbito;

III - Laudo do Exame Cadavérico, se houver; e

IV - Boletim de Registro Policial, se houver.

As regras de pensão por morte descritas no item anterior também são válidas para pensão por
121
morte acidentária.

LEMBRETE: ACIDENTE DE TRABALHO


Se o óbito decorrer de acidente de trabalho, doença profissional ou do
trabalho, a quantidade de contribuições e tempo de casamento/união
estável não será limitador do tempo de duração do benefício (art. 77,V,
§2º-A, Lei 8.213/91).

C OMUNICAÇÃO DE A CIDENTE DE T RABALHO

A caracterização de acidente de trabalho é feita através da CAT – Comunicação de Acidente de


Trabalho. Este é documento hábil para o comunicado ao INSS das ocorrências de acidentes
relacionados ao trabalho do segurado.

A CAT pode ser emitida por:

Empresa empregadora
O próprio acidentado
O dependente do segurado
A entidade sindical
Médico
Autoridade pública

A CAT deve ser registrada em aplicativo próprio, disponibilizado no site do INSS, pelo seu
emissor ou na APS.

A perícia médica é a responsável por caracterizar a ocorrência de acidente de trabalho.

DICA
Você pode registrar ou consultar uma CAT registrada no aplicativo CAT
4.0. Para baixá-lo para o seu computador, utilize o site abaixo:

http://cat.inss.gov.br/servicos/cat/cat.shtm

122
AUXÍLIO-RECLUSÃO

O auxílio-reclusão é devido aos dependentes do segurado de baixa renda quando este se


encontra recluso ou detento em regime fechado, na forma do art. 80 da Lei 8.213/91 com as
alterações previstas pela MP 871/2019. (ver Dependência).

NORMATIVOS
Os procedimentos relativos às modificações previstas pela MP 871/2019
estão disciplinados no Memorando-Circular Conjunto nº
2/DIRBEN/PFE/DIRAT/INSS, de 29/01/2019.

Equipara-se à condição de recolhido à prisão, a situação do maior de dezesseis e menor de


dezoito anos de idade que se encontre internado em estabelecimento educacional ou
congênere, sob custódia do Juizado da Infância e da Juventude (art. 381, § 2º da IN 77/2015).

A data do início do benefício de auxílio-reclusão será fixada na data da reclusão ou detenção do


segurado, quando requerido em até 180 dias para o requerente menor de dezesseis anos ou
em até 90 dias para os demais requerentes. Do contrário, será fixada na DER.

Nos sistemas corporativos, o auxílio-reclusão possui a espécie 25.

REQUISITOS DO BENEFÍCIO

São requisitos mínimos do benefício, após a edição da MP 871/2019*:

CARÊNCIA: 24 contribuições
QUALIDADE: Possuir qualidade de segurado pelo RGPS no fato gerador e o requerente possui a
qualidade de dependente.
RECLUSÃO: Em regime fechado ou em prisão provisória (preventiva ou temporária).
RENDA: Média das contribuições nos 12 meses anteriores à competência da reclusão de valor inferior ao
estabelecido por meio de portaria interministerial.
*Para fatos geradores a partir de 18/01/2019, edição da MP 871/2019.

O auxílio-reclusão não acumula com auxílio-doença, aposentadoria, abono permanência ou


salário maternidade pagos ao segurado instituidor, bem como não poderá ser pago no caso de
o segurado instituidor estiver recebendo remuneração da empresa.

Também não é permitida a acumulação de dois ou mais auxílios-reclusão de instituidor cônjuge


ou companheiro, ressalvado o direito ao mais vantajoso. Titulares de benefício assistencial e
pensão por morte de instituidor cônjuge ou companheiro deverão optar pelo benefício mais
123
vantajoso.

O tempo de duração do benefício será igual ao tempo de duração da reclusão (ou detenção,
para recolhimento anterior a 18/01/2019), aplicando-se as regras de duração da pensão por
morte para o auxílio-reclusão quando o tempo de reclusão for superior aos tempos descritos
na tabela de duração, sendo vedada a concessão do auxílio-reclusão após a soltura do
segurado.

Caso seja requerido o benefício após o livramento do instituidor, deverá ser indeferido, mesmo
que o requerimento seja realizado para dependentes menores de 16 anos ou incapazes, na
forma do art. 119 do Decreto 3.018/1999.

EXEMPLO: AUXÍLIO-RECLUSÃO
O tempo de duração do benefício/cota do cônjuge/companheiro (a) deve observar se o segurado
permanece recluso em regime fechado (ou semi-aberto, para recolhimento anterior a 18/01/2019),
considerando para cessação do benefício/cota, a menor data.
Situação:
Data da reclusão do instituidor- 1º/05/2015
DER- 20/05/2015
DIP = 01/05/2015
Dependente companheira com data de nascimento = 15/03/1995 (20 anos)

Conclusão:
O cônjuge tem direito a receber sua cota/benefício por 03 anos a contar da data da reclusão, ou seja,
até 1º/05/2018
Data da soltura- 10/05/2017
O benefício/cota cessará em 10/05/2017

Fundamento: Memorando-Circular Conjunto nº 5, de 30 de janeiro de 2015

C OMPROVAÇÃO DO R ECOLHIMENTO À P RISÃO

Para fins de comprovação do efetivo recolhimento à prisão, deverá ser apresentada certidão
judicial que ateste o regime de reclusão, inclusive para os requerimentos realizados a partir de
18 de janeiro de 2019, cujo fato gerador tenha ocorrido antes da vigência da Medida Provisória
nº 871.

Para requerimentos anteriores a 18 de janeiro de 2019, prevalecem as regras vigentes à época


do fato gerador, devendo a comprovação da privação de liberdade se dar através da
apresentação de documento, emitido pela autoridade competente, comprovando o
recolhimento do segurado à prisão e o regime de reclusão, conforme Art. 382, §2º da IN
77/2015.
124
S ITUAÇÕES E SPECÍFICAS

O filho nascido durante o recolhimento do segurado à prisão terá direito ao benefício de


auxílio-reclusão a partir da data do seu nascimento (art. 387 da IN 77/2015).

Se a realização do casamento ou constituição de união estável ocorrer durante o recolhimento


do segurado à prisão, o auxílio-reclusão não será devido, considerando a dependência
superveniente ao fato gerador (art. 388 da IN 77/2015).

F ATOS G ERADORES A NTERIORES A 18/01/2019

CARÊNCIA: Não existe carência para o segurado instituidor.


RECLUSÃO: em regime fechado ou semiaberto; ou em caso de prisão provisória (preventiva ou
temporária).
RENDA: A verificação se o segurado instituidor é de baixa renda se dará de acordo com a última
remuneração recebida, que deverá ser inferior ao valor estabelecido por meio de portaria
interministerial.

LEMBRETE
O cumprimento de pena em prisão domiciliar, bem como a monitoração
eletrônica do instituidor, não impede o recebimento do benefício de
auxílio-reclusão pelo (s) dependente (s), se o regime previsto for o
fechado (ou semiaberto, para recolhimento à prisão anterior a
18/01/2019).

R ENDA M ÁXIMA DO S EGURADO I NSTITUIDOR

Para ser considerado como segurado de baixa renda para fins de auxílio-reclusão, deverá ser
observado o fato gerador.

Fato gerador até 17/01/2019 Fato gerador após 18/01/2019


A última remuneração, tomada em seu valor A média dos salários de contribuição apurados nos
mensal, não pode ultrapassar ao limite máximo últimos 12 meses anteriores ao recolhimento, não
definido em Portaria. pode ultrapassar o limite máximo definido em
125
Portaria.

Quando não houver salário-de-contribuição no período de 12 meses anteriores à prisão será


considerado segurado de baixa renda.

A data do fato gerador deve estar dentro do período de validade da portaria. Limites máximos
definidos em Portaria:

Início da Validade Limite Máximo


01/2019 R$1.364,43
01/2018 R$1.319,18
01/2017 R$1.292,43
01/2016 R$1.089,72
01/2015 R$1.025,81
01/2014 R$971,78
01/2013 R$ 915,05

126
APOSENTADORIAS

O Regime Geral de Previdência Social prevê os seguintes tipos de aposentadorias:

Aposentadoria por Idade Urbana

 item II do § 7º do art. 201º da Constituição Federal

 art. 48º da Lei 8.213/91

 art. 51º do Decreto 3.048/99

 art. 225º da Instrução Normativa 77/2015

Aposentadoria por Idade Rural

 item II do § 7º art. 201º da Constituição Federal

 § 1º do art. 48º da Lei 8.213/91

 §1º do art. 51º e art. 51º do Decreto 3.048/99

 art. 230º da Instrução Normativa 77/2015

Aposentadoria por Idade da Pessoa com Deficiência

 § 1º do art. 201º da Constituição Federal

 item IV do art. 3º da Lei Complementar 142/2013

 art. 70c do Decreto 3.048/99

 art. 415º da Instrução Normativa 77/2015

Aposentadoria por Tempo de Contribuição

 item I do § 7º do art. 201 da Constituição Federal

 art. 52º da Lei 8.213/91

 art. 56º do Decreto 3.048/99

 art. 234º da Instrução Normativa 77/2015

Aposentadoria por Tempo de Contribuição da Pessoa com Deficiência

 § 1º do art. 201º da Constituição Federal

127
 itens I, II e III do art. 3º da Lei Complementar 142/2013

 art. 70b do Decreto 3.048/99

 art. 419º da Instrução Normativa 77/2015

Aposentadoria por Tempo de Contribuição do Professor

 § 8º do art. 201º da Constituição Federal

 art. 56º da Lei 8.213/91

 § 1º do art. 56º do Decreto 3.048/99

 art. 239º da Instrução Normativa 77/2015

Aposentadoria Especial

 § 1º do art. 201º da Constituição Federal

 art. 57º da Lei 8.213/91

 art. 64º do Decreto 3.048/99

 art. 246º da Instrução Normativa 77/2015

Aposentadoria por Invalidez

 item I do art. 201º da Constituição Federal

 art. 42º da Lei 8.213/91

 art. 43º do Decreto 3.048/99

 art. 213º da Instrução Normativa 77/2015á

Este manual irá focar nas 7 primeiras aposentadorias listadas acima.

A data do início da aposentadoria será fixada na data de entrada do requerimento – DER,


exceto para segurados desempregados quando a data de desligamento da empresa ocorrer a
menos de 90 dias da DER. Nesse caso, o início da aposentadoria será no dia seguinte ao do
desligamento.

OS benefícios de aposentadorias não acumulam com auxílio-doença, auxílio-acidente (desde


11/11/1997), renda mensal vitalícia, benefício assistencial, abono permanência, auxílio-
suplementar, auxílio-reclusão pago aos dependentes ou outra aposentadoria do RGPS.

128
A POSENTADORIA POR I DADE U RBANA

A aposentadoria por idade pode-se apresentar de quatro formas: urbana, rural, híbrida e por
idade do deficiente físico. Neste primeiro tópico trataremos da aposentadoria por idade
urbana.

Nos sistemas corporativos, a aposentadoria por idade urbana possui a espécie 41.

São requisitos mínimos do benefício:

Para inscritos na Previdência até 24/07/1991 Para inscritos na Previdência após 24/07/1991
IDADE: 65 anos, se homem. 60 anos, se mulher. IDADE: 65 anos, se homem. 60 anos, se mulher.
CARÊNCIA: Variável, de acordo com o ano em que o CARÊNCIA: 180 contribuições.
requerente completa a idade mínima.
Até 1991 60

1992 60

1993 66

1994 72

1995 78

1996 90

1997 96

1998 102

1999 108

2000 114

2001 120

2002 126

2003 132

2004 138

2005 144

2006 150

2007 156

2008 162

2009 168

2010 174

129
2011 em diante 180

O fato gerador para a aposentadoria por idade urbana é cumprimento de ambos os requisitos
descritos na tabela acima.

Aposentadoria Por Idade do Empregado Doméstico

O empregado doméstico que não complementar os requisitos da aposentadoria por idade


descritos acima em razão da ausência de contribuições de vínculos de doméstico, poderá optar
pela concessão da aposentadoria por idade do empregado doméstico, no valor de um salário
mínimo, desde que cumpra os requisitos abaixo:

IDADE: 65 anos se homem, 60 anos se mulher.


CARÊNCIA:
180 meses de efetivo exercício de atividade como empregado doméstico ou contribuições válidas para
carência.
Ou pela tabela progressiva, para filiados até 24/07/1991.
QUALIDADE: Qualidade de segurado como empregado doméstico na DER ou na data da implementação
dos requisitos.

A carência é contada pelo número de meses de efetivo exercício de atividade de empregado


doméstico, ainda que de forma descontínua.

EXEMPLO PRÁTICO 01:


Situação: Maria, empregada doméstica contribuiu nesta categoria desde 01/01/1989,
ininterruptamente. Em 01/03/2000 ela completou 60 anos de idade, data em que a segurada deixou de
realizar suas contribuições. Em 02/01/2017 Maria realizou o requerimento de aposentadoria por idade
junto ao INSS.
Análise do direito: Maria implementou todos os requisitos para a aposentadoria por idade em
01/03/2000, dessa forma, mesmo com a perda da qualidade de segurada, Maria tem direito de requerer
o benefício de aposentadoria. Como sua filiação ocorreu antes de 25/07/1991, deve-se observar a tabela
progressiva conforme o ano em que a segurada implementou os requisitos. Dessa forma, a carência será
de 114 contribuições mensais. Assim, Maria terá o direito ao benefício de aposentadoria por idade uma
vez que possui 60 anos de idade e 135 contribuições mensais

EXEMPLO PRÁTICO 02:


Situação: João, motorista particular de uma família, começou a contribuir, sem interrupções, para o
Regime Geral de Previdência Social em 01/01/2000. Em 01/01/2014, data em que completou 65 anos de
idade, João deu entrada no requerimento de aposentadoria por idade no INSS.
Análise do direito: Apesar de João, enquadrado como empregado doméstico, possuir, na data em que
requereu o benefício, o requisito de idade (65 anos), a carência mínima de 180 contribuições não foi
atingida. Dessa forma, o benefício deverá ser indeferido.
130
A POSENTADORIA POR I DADE H ÍBRIDA

A Ação Civil Pública Nº 5038261.15.2015.4.04.7100, em vigor desde 05/01/2018 e válida para


todo o território nacional, determina a contagem para fins de carência de quaisquer períodos
de atividade rural sem contribuição na aposentadoria por idade urbana. É válida para
requerimentos com DER dentro do seu período de vigência.

DICA

Antes da Lei 11.718/2008 não existia a aposentadoria hibrida, não


havendo direito adquirido antes disso. O direito a aposentadoria híbrida é
a partir de 23/06/2008, com efeitos financeiros a partir de 05/01/2018 ou
na DER quando data de requerimento posterior.

Memorando-Circular Conjunto nº 01/DIRBEN/PFE/INSS de 04 de Janeiro


de 2018.

Prevista pelos §3º e 4º do art. 48 da Lei 8.213/91, possui o nome de híbrida, pois permite
somar as contribuições de atividade urbana e rural.

São requisitos mínimos do benefício:

IDADE: 65 anos se homem, 60 anos se mulher.


CARÊNCIA: 180 contribuições e/ou meses de atividade urbana ou rural (com ou sem contribuições).
QUALIDADE: Qualidade de segurado como trabalhador urbano (regra ACP) ou rural (regra 11.718/2008)
na DER ou na data da implementação dos requisitos.

Para ser enquadrado nesta ACP, o segurado precisa estar em atividade urbana ou dentro do
período de graça no dia que implementou as condições ou na DER.

Abaixo um exemplo prático quando a última contribuição refere-se a atividade urbana.

EXEMPLO PRÁTICO 01:


Situação: Marcos completou 65 anos de idade em 01/01/2019, data em que requereu sua aposentadoria
por idade. O requerente comprovou tempo de atividade rural de 01/01/1970 a 31/12/1985, e 01
contribuição em 12/2018, como segurado empregado urbano.
Análise do direito: Como a ACP não menciona lapso temporal e nem o mínimo de contribuição quando
retorna a atividade, Marcos terá direito a aposentadoria por idade híbrida. O segurado possui o requisito
de idade mínima, 65 anos; a carência mínima de 180 contribuições; e na Data de Entrada do
Requerimento, estava com qualidade de segurado. Dessa forma, a aposentadoria por idade híbrida
deverá ser concedida.

131
Caso a última atividade seja rural, a qualquer tempo, os períodos urbanos e rurais, serão
computados para carência. Abaixo um exemplo prático desta situação:

EXEMPLO PRÁTICO 02:


Situação: Pedro completou 65 anos de idade em 01/12/2018, data em que requereu o benefício de
aposentadoria por idade. O segurado possui os seguintes períodos contributivos:
• 01/01/1970 a 31/12/1978 (108 contribuições) – atividade rural
• 01/01/2012 a 30/09/2017 (69 contribuições) – atividade urbana
• 01/10/2017 a 31/12/2018 (15 contribuições) – atividade rural
Análise do direito: Pedro enquadra-se na condição de aposentadoria por idade híbrida, em que se soma
os tempos urbanos e rurais. Ele possui carência mínima de 180 contribuições mensais (192) e a idade
mínima de 65 anos de idade, além disso, possui a qualidade de segurado da DER. Conclui-se pela
concessão do benefício, com efeitos financeiros a partir.

A POSENTADORIA POR I DADE R URAL

Nos sistemas corporativos, a aposentadoria por idade rural possui a espécie 41.

O fato gerador para a aposentadoria por idade rural é o cumprimento de todos os requisitos do
benefício.

Existem três modalidades de aposentadoria por idade rural:

Aposentadoria Por Idade Com Carência Em Meses De Contribuição

Prevista no inciso II do art. 39 da Lei 8.213/91, possui os seguintes requisitos:

IDADE: 60 anos se homem, 55 anos se mulher.


CARÊNCIA:
180 contribuições exclusivamente de atividade rural.
Ou pela tabela progressiva, para filiados até 24/07/1991. (ver Aposentadoria por idade urbana)
QUALIDADE: Qualidade de segurado como trabalhador rural na DER ou na data da implementação dos
requisitos.

As contribuições são exclusivas na condição de trabalhador rural empregado, contribuinte


individual ou segurado especial que contribui facultativamente.

Será devido o benefício ainda que a atividade exercida na DER seja de natureza urbana, desde
que o segurado tenha preenchido todos os requisitos para a concessão do benefício rural até a
expiração do prazo para manutenção da qualidade na atividade rural.

132
EXEMPLO PRÁTICO 01:
Situação: Ana, segurada especial desde 01/01/2004, tendo contribuído facultativamente todo o período
sem interrupções. Completou 55 anos de idade em 02/01/2019, data em que requereu aposentadoria
por idade rural.
Análise do direito: Ana possui os requisitos mínimos para a aposentadoria por idade rural: 55 anos e 180
contribuições mensais. Dessa forma, o benefício deverá ser concedido.

Aposentadoria Por Idade Com Carência Em Meses De Atividade


Rural

Prevista no inciso I do art. 39 e §1º e 2º do art. 49, ambos da Lei 8.213/91, possui os seguintes
requisitos:

IDADE: 60 anos se homem, 55 anos se mulher.


CARÊNCIA: 180 meses de efetivo exercício de atividade rural.
QUALIDADE: Qualidade de segurado como trabalhador rural na DER ou na data da implementação dos
requisitos.

Para o segurado especial que não contribui facultativamente, a carência é contada pelo
número de meses de efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua.

Esta aposentadoria terá o valor fixo de um salário mínimo.

Será devido o benefício ainda que a atividade exercida na DER seja de natureza urbana, desde
que o segurado tenha preenchido todos os requisitos para a concessão do benefício rural até a
expiração do prazo para manutenção da qualidade na atividade rural.

EXEMPLO PRÁTICO 01:


Situação: Marta exerce atividade rural como segurada especial desde 31/01/2010, sem contribuições
facultativas neste período. Completou 55 anos de idade em 15/01/2019, data em que requereu
aposentadoria por idade rural.
Análise do direito: Apesar de Marta possuiu a idade mínima, de 55 anos, ela não possui a carência mínima
de 180 meses de exercício de atividade rural. Dessa forma, o benefício deverá ser indeferido.

Empregado e Contribuinte Individual Rural

A Lei 11.718/08 trouxe alterações para a contagem da carência para o segurado empregado e
o contribuinte individual rural que requer a aposentadoria nesta modalidade na seguinte
forma:

Empregado Rural

133
Para atividades exercidas até 31/12/2010, a carência é o tempo comprovado em atividade de
empregado, exclusivamente rural.
Para atividades exercidas de 01/01/2011 a 31/12/2015, a carência é o tempo de atividade de
empregado, exclusivamente rural, sendo que cada mês de trabalho será multiplicado por três, limitado a
doze meses, dentro do respectivo ano civil.
Para atividades exercidas de 01/01/2016 a 31/12/2020, a carência é o tempo de atividade de
empregado, exclusivamente rural, sendo que cada mês de trabalho será multiplicado por dois, limitado
a doze meses dentro do ano civil.
Após 31/12/2020, a carência voltará a ser contada como tempo comprovado em atividade de
empregado, exclusivamente rural.

Contribuinte Individual Rural


Para atividades exercidas até 31/12/2010, a carência é o tempo comprovado em atividade
exclusivamente rural, independentemente do recolhimento das contribuições.
Para atividades exercidas a partir de 01/01/2011:
• Para contribuinte individual por conta própria, a carência é o tempo rural
comprovado e o efetivo recolhimento das contribuições, observado o
pagamento da primeira contribuição em dia;
• Para contribuinte individual prestador de serviço, a carência é o tempo rural
correspondente ao informado em GFIP pelo tomador de serviço e, na falta
desta, a atividade rural devidamente comprovada por meio de documentos
comprobatórios, sendo considerada presumida os recolhimentos a partir da
competência 04/2003.

A POSENTADORIA POR I DADE DA P ESSOA COM D EFICIÊNCIA

Nos sistemas corporativos, a aposentadoria por idade da pessoa com deficiência possui a
espécie 41.

São requisitos mínimos do benefício:

IDADE: 60 anos se homem, 55 anos se mulher.


CARÊNCIA: 180 contribuições
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO: 15 anos de contribuição na condição de pessoa com deficiência.

A perícia médica e o serviço social são responsáveis por avaliar o grau de deficiência do
beneficiário.

O fato gerador para a aposentadoria por idade da pessoa com deficiência é cumprimento de
todos os requisitos descritos na tabela acima.

134
EXEMPLO PRÁTICO 01:
Situação: Jurema, empregada da empresa GX desde 01/01/2003, sofreu um acidente em 05/06/2009
que a deixou paraplégica. Em perícia média constatou-se a condição de deficiente físico de Jurema a
partir da data do acidente. Em 01/02/2019 Jurema completou 55 anos de idade, e protocolou o pedido
de aposentadoria por idade no INSS.
Análise do direito: Apesar de Jurema possuir a idade mínima, de 55 anos, ela não possui a carência
mínima na condição de deficiente físico de 180 meses. Dessa forma, o benefício deverá ser indeferido.

EXEMPLO PRÁTICO 02:


Situação: Sérgio, deficiente físico desde o seu nascimento, condição devidamente comprovada por
perícia médica, iniciou atividade laborativa em 03/02/2004, contribuindo para o Regime Geral de
Previdência Social desde então de forma ininterrupta. Em 01/03/2019, Sérgio completou 60 anos de
idade, data em que protocolou seu pedido de aposentadoria por idade.
Análise do direito: Como Sérgio possui a condição de deficiente durante toda sua vida laboral, os
requisitos de idade mínima, 60 anos, e contribuições como deficiente, 180, foram atendidos. Dessa
forma, o benefício deverá ser concedido.

135
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

Nos sistemas corporativos, a aposentadoria por tempo de contribuição possui a espécie 42.

Existem duas formas de aposentadoria por tempo de contribuição: proporcional e integral.

A aposentadoria proporcional possui um redutor de 30% no salário de benefício.

São requisitos mínimos do benefício proporcional (Art. 235, II da IN 77/2015):

IDADE: 53 anos se homem, 48 anos se mulher.


CARÊNCIA: 180 contribuições
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO: 30 anos se homem, 25 se mulher, mais adicional.
Adicional: Equivalente a 40% do tempo que, em 16/12/1998, faltava para completar o tempo de
contribuição descrito acima.
Exemplo:

Aposentadoria para mulher (idade mínima de 48 anos)

Tempo de contribuição alcançado Tempo de contribuição necessário Tempo de contribuição na DER


em 16/12/1998 - 20 anos em 16/12/1998 – 25 anos – 27 anos.

Faltam 5 anos para 25 anos de Deve cumprir + 2 anos de pedágio Implementou o direito à
contribuição = 5x40% aposentadoria proporcional

Aposentadoria para homem (idade mínima de 53 anos)

Tempo de contribuição alcançado Tempo de contribuição necessário Tempo de contribuição na DER


em 16/12/1998 - 25 anos em 16/12/1998 – 30 anos – 32 anos
Faltam 5 anos para 30 anos de Deve cumprir + 2 anos de pedágio Implementou o direito à
contribuição = 5x40% aposentadoria proporcional

São requisitos mínimos do benefício integral (Art. 235, I da IN 77/2015):

CARÊNCIA: 180 contribuições


TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO: 35 anos se homem, 30 anos se mulher.

O fato gerador para a aposentadoria por tempo de contribuição é o cumprimento de todos os


requisitos descritos nas tabelas acima.

Existem, ainda, situações que devem ser consideradas quando da análise do Tempo de
Contribuição:
136
- Quando o segurado não comprovar a condição de deficiência na DER ou na data de
implementação dos requisitos, o tempo de contribuição realizado na condição de deficiência
será convertido em tempo comum aplicando os parâmetros da aposentadoria da pessoa com
deficiência.

- Quando o segurado tiver exercido atividade em condições especiais em tempo insuficiente


para a concessão de uma aposentadoria especial, o tempo especial será convertido em tempo
comum aplicando a tabela de conversão abaixo.

Atividade Para 15 Para 20 Para 25 Para 30 Para 35


especial
15 anos 1,00 1,33 1,67 2,00 2,33
20 anos 0,7 1,00 1,25 1,50 1,75
25 anos 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40

Exemplo:

Trata-se de aposentadoria por tempo de contribuição requerida em 27/10/2018, com


conversão de períodos especiais, como motorista de caminhão autônomo. Para comprovar sua
atividade especial apresentou os seguintes documentos:

• Carnês de 01/1980 a 12/1997 (18 anos de contribuição) e de 01/2004 a 10/2018 (14 anos e
10 meses de contribuição);

• Carteira de motorista na categoria D, com habilitação desde 1978;

• Recibos de frete de 01/1980 a 08/1995;

• Documentos de propriedade do caminhão de 01/01/1989 a 1995 (Certidão DETRAN)


Observação: O DETRAN informa na certidão que não tem como comprovar propriedade de
veículo anterior a 1989 pois não era informatizado.

Período pleiteado como especial de 01/1980 a 28/04/1995.

Para a análise do tempo especial do contribuinte individual (autônomo), por categoria


profissional até 28/04/1995, conforme descrito no tópico “Atividade Especial” depende da
comprovação do previsto no Art. 271 da IN nº 77/2015, quais sejam:

a) Habitualidade e Permanência;

b) Documento ano a ano.

Neste caso conclui-se:

Período Função Enquadramento


01/01/1989 a 28/04/1995 contribuinte individual Período: 01/01/1989 a
(autônomo) 28/04/1995

137
(Categoria/Atividade -
Administrativo) Código: 2.4.4
(Anexo ao Decreto
53.831/64 – chamado de
Anexo III)

O período de 01/1980 a 12/1988 não pode ser objeto de enquadramento administrativo, pois
o segurado não comprovou o certificado de propriedade ou copropriedade do veículo,
certificado de promitente comprador, contrato de arrendamento ou cessão do automóvel.

Entretanto, o período enquadrado (01/01/1989 a 28/04/1995), correspondente a 06 anos e 04


meses, quando convertido em tempo comum, aplicando-se o fator 1,4, totaliza 08 anos e 10
meses de contribuição.

Assim, somando-se todos os períodos de contribuição do segurado (comum e especial) o


mesmo completa 35 anos e 04 meses de contribuição, suficientes à concessão da
aposentadoria por tempo de contribuição.

D A U TILIZAÇÃO DO P ERÍODO COMO S EGURADO E SPECIAL

O tempo de contribuição do segurado especial (rural) até 31/10/1991 pode ser utilizado na
aposentadoria por tempo de contribuição sem a necessidade de contribuições. A partir desta
data, deverá ser verificado se houve recolhimentos facultativos e em época própria ou na
forma de indenização.

Basicamente, o que diferencia a comprovação da atividade rural para benefícios URBANOS/CTC


da comprovação para benefícios exclusivamente rurais são os seguintes pontos:

Valoração da Prova

As provas plenas (art. 47 I e III a X) devem obrigatoriamente estar no nome do próprio


requerente para serem assim consideradas sem o processamento da justificação administrativa
ou apresentação de Declaração Sindical.

Caso algum documento (art. 47 ou 54 da IN 77/2015) esteja em nome dos membros do grupo
familiar, tal documento será hábil apenas para a homologação da declaração sindical ou
processamento de Justificação Administrativa, pois se trata de INÍCIO DE PROVA MATERIAL
para os demais membros.

Critérios para Homologação da Declaração Sindical e Justificação Administrativa:

138
O servidor deve observar o período de atividade rural declarada pela entidade e se a
documentação apresentada está DENTRO deste lapso temporal, sendo que a homologação
pelo servidor será delimitada em função do período em que apresentou tais documentos.

Poderá ser homologado no todo ou em parte, o período constante na declaração, mediante


apresentação de início de prova material, devendo ser demonstrado um ou mais indícios como
marco inicial e outro como marco final, bem como, se for o caso, outro para o período
intermediário, a fim de comprovar a continuidade do exercício da atividade.

FIQUE ATENTO!

A IN 77/2015 traz essa diferenciação na análise do período rural:

PARA BENEFÍCIO URBANO E CTC PARA BENEFÍCIOS RURAIS


Art. 116. A declaração referida no inciso II do art. Art. 111. As declarações fornecidas por
47 e nos arts. 49 e 110, será homologada entidades ou autoridades referidas no inciso II
mediante a apresentação de início de prova do art. 47 e arts. 49 e 110, serão submetidas à
material, contemporânea ao fato que se quer homologação do INSS, conforme Termo de
provar, por elementos de convicção em que Homologação constante do Anexo XIV,
conste a profissão ou qualquer outro dado que condicionada à apresentação de documento
evidencie o exercício da atividade rurícola. de início de prova material, dos mencionados
no art. 54, contemporâneo ou anterior ao fato
nele declarado, observado o disposto no
art.106.

Exemplo:

139
Na hipótese de períodos intercalados de exercício de atividade rural e urbana o requerente
deverá apresentar um documento, em nome próprio, de início de prova material do exercício
de atividade rural após cada período de atividade urbana.

Para o reconhecimento dos períodos rurais após o regular processamento da Justificação


Administrativa, a análise e valoração das provas deve seguir os mesmos parâmetros da
homologação da Declaração de Exercício de Atividade Rural.

Necessidade de Indenização a Partir De 11/1991:

Quando se tratar de comprovação do exercício da atividade rural de Segurado Especial exercida


a partir de novembro de 1991, o cômputo do período fica condicionado à indenização do
período comprovado, caso não tenha havido o recolhimento das respectivas contribuições em
época própria.
140
D O T EMPO DE C ONTRIBUIÇÃO

Tempo de contribuição é o período data a data, sendo excluídos os períodos de interrupção das
atividades nas formas previstas nos incisos do Art. 162 da IN nº77/2015.

Ademais, até que lei discipline, além do tempo “regular” de vínculo e de contribuição, outros
períodos de atividade ou recebimento de benefícios também poderão ser considerados como
tempo de contribuição. Tal matéria está normatizada na IN nº 77/2015 do Art. 164 ao Art. 166.

141
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO DA
PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Nos sistemas corporativos, a aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com


deficiência possui a espécie 42.

A Lei Complementar n.° 142/2013 regulamenta a concessão de aposentadoria da pessoa com


deficiência segurada do Regime Geral de Previdência Social - RGPS de que trata o § 1° do art.
201 da Constituição Federal.

Para o reconhecimento do direito a esta espécie de aposentadoria, considera-se pessoa com


deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

Os requisitos mínimos do benefício variam conforme o grau de deficiência da pessoa na DER


ou na data que completou os requisitos:

CARÊNCIA: 180 contribuições


TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO: Variável, conforme deficiência do requerente.
DEFICIÊNCIA LEVE 33 anos se homem, 28 anos se mulher.
DEFICIÊNCIA MÉDIA 29 anos se homem, 24 anos se mulher.
DEFICIÊNCIA GRAVE 25 anos se homem, 20 anos se mulher.

A perícia médica e o serviço social são responsáveis por avaliar o grau de deficiência do
beneficiário.

O fato gerador para a aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência é o
cumprimento de todos os requisitos descritos na tabela acima.

Para o segurado que se tornar deficiente após a filiação ao RGPS ou tiver alteração de grau de
deficiência durante a vida contributiva, os parâmetros de tempo de contribuição serão
ajustados proporcionalmente e somados após a conversão, considerando o grau de deficiência
preponderante, aquele no qual o segurado cumpriu o maior tempo de contribuição, como
parâmetro para definir o tempo mínimo necessário e a conversão.

Exemplo:

Ivan, 55 anos, requereu em 2018 benefício de aposentadoria por tempo de contribuição da


pessoa com deficiência contando com 25 anos de contribuição ao INSS. Após a análise inicial
pelo servidor administrativo, o segurado foi submetido à perícia médica e à avaliação do
serviço social que determinaram a deficiência do segurado em grau MÉDIO por todo o período
contributivo.
142
Dessa forma, o benefício deverá ser indeferido, pois o interessado não conta com o tempo
mínimo de 29 anos de contribuição exigidos para o seu grau de deficiência.

DICA!

Quando o segurado tiver exercido atividade em condições especiais,


será utilizada a alíquota de conversão mais vantajosa para o
interessado. (ver Comprovação da Atividade Especial)

Fundamentação: Art. 422, §1° da IN 77/PRES/INSS/2015

143
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO DO
PROFESSOR

Nos sistemas corporativos, a aposentadoria por tempo de contribuição do professor possui a


espécie 57.

O interessado deverá comprovar atividade exclusivamente em funções de magistério quando


requerer aposentadoria por tempo de contribuição do professor.

Consideram-se funções de magistério aquelas atividades exercidas por professores em


estabelecimentos de educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e
ensino médio nas modalidades presencial e à distância.

A comprovação da função de magistério é feita com a carteira de trabalho complementada,


quando necessário, com declaração do estabelecimento de ensino onde foi exercida a
atividade. As informações no CNIS e na CTC, quando for o caso, também são válidas para a
comprovação da atividade.

São consideradas funções de magistério Não são consideradas funções de magistério

Docentes, a qualquer título Especialistas em educação

Direção de unidade escolar

Coordenação e assessoramento pedagógico

Atividades de administração, planejamento,


supervisão, inspeção e orientação educacional

Professor auxiliar

Exemplo:

Marcelino, 59 anos de idade, ao requerer o benefício de aposentadoria apresentou CTPS


constando 27 anos de desempenho das atividades como professor do ensino fundamental, no
período de 1988 a 2015, quando lecionou em uma escola no município de Richão/BA. Além
deste vínculo consta período em que foi professor prestador de serviço (contribuinte
individual), de janeiro de 2016 a dezembro de 2018, ou seja, mais 3 anos de contribuição. Em 2
de março de 2019 requer aposentadoria por tempo de contribuição do professor.

Neste caso, apesar de totalizar 30 anos de contribuição, Marcelino não terá direito a
aposentadoria por tempo de contribuição do professor, pois o período como professor com
exercício como contribuinte individual não pode ser considerado como atividade magistério.

144
Assim, ele totaliza 27 anos em funções de magistério e 30 anos de tempo total de contribuição
total, insuficientes à concessão do benefício de professor (B57) e também à aposentadoria por
tempo de contribuição (B42).

Será considerado, também, como tempo de serviço para aposentadoria por tempo de
contribuição de professor, na forma do art. 242 da IN 77/2015:

I - de Serviço Público Federal, Estadual, do Distrito Federal ou Municipal;

II - de afastamento em decorrência de percepção de benefício por incapacidade, entre


períodos de atividade de magistério, desde que à data do afastamento o segurado estivesse
exercendo atividade de docente;

III - de afastamento em decorrência de percepção de benefício por incapacidade decorrente de


acidente de trabalho, intercalado ou não, desde que, à data do afastamento, o segurado
estivesse exercendo atividade de docente;

IV - os períodos de descanso determinados pela legislação trabalhista, inclusive férias e salário-


maternidade;

V - de licença prêmio no vínculo de professor;

VI - de professor auxiliar que exerce atividade docente, nas mesmas condições do titular.

FIQUE ATENTO!

O professor, inclusive o universitário, que não implementou as condições


para aposentadoria por tempo de serviço de professor até 16 de
dezembro de 1998, vigência da Emenda Constitucional nº 20, de 1998,
poderá ter contado o tempo de atividade de magistério exercido até esta
data, com acréscimo de 17% (dezessete por cento), se homem, e de 20%
(vinte por cento), se mulher, se optar por aposentadoria por tempo de
contribuição, independentemente de idade e do período adicional
referido na alínea "c" do inciso II do art.235 desta IN, desde que
cumpridos 35 (trinta e cinco) anos de contribuição, se homem, e trinta
anos, se mulher, exclusivamente em funções de magistério.

Para estes casos, deverá ser habilitado o requerimento com a espécie 42.

Fundamentação: Art. 245 da IN 77/PRES/INSS/2015.

São requisitos mínimos do benefício:

CARÊNCIA: 180 contribuições.


TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO: 30 anos se homem, 25 se mulher, exclusivamente em funções de
magistério.
145
O fato gerador para a aposentadoria por tempo de contribuição do professor é o cumprimento
de ambos os requisitos descritos na tabela acima.

Caso o professor receba auxílio-acidente, o valor mensal deste benefício será somado ao
salário-de-contribuição antes da aplicação da correção, não podendo o total apurado ser
superior ao limite máximo do salário-de-contribuição, porém, entrará no cálculo somente se
houver remunerações concomitantes, mês a mês, devendo obrigatoriamente ser cessado o
auxílio-acidente quando da concessão da aposentadoria, se esta tiver DIB posterior a
10.11.1997.

O recebimento de auxílio-acidente, sem o exercício concomitante da atividade de magistério,


não gera acréscimo no tempo para a aposentadoria do professor.

DICAS!
As atividades exercidas em outras funções que não a de magistério não
integra o cálculo do tempo de contribuição, mas compõem o cálculo do
salário de benefício.

Não é permitido o enquadramento do contribuinte individual, inclusive o


prestador de serviços, em função de magistério.

Fundamentação: Art. 243 da IN 77/PRES/INSS/2015


Art.239 da IN 77/PRES/INSS/2015 e SISCON 7079

146
APOSENTADORIA ESPECIAL

A concessão da aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência exigida, dependerá de


caracterização da atividade exercida em condições especiais durante o período de 15, 20 ou 25
anos.

Este benefício é devido apenas aos segurados das seguintes categorias:

Empregado
Trabalhador avulso
Contribuinte individual até 28/11/1995.
Contribuinte individual cooperado para DER a partir de 13/12/2002.

Considera-se atividade especial aquela cujo trabalhador exerce exposto a agentes nocivos à
saúde de forma contínua e ininterrupta em níveis acima dos limites legais (Ver tópico relativo à
Atividade Especial para análise do enquadramento).

Nos sistemas corporativos, a aposentadoria especial possui a espécie 46.

São requisitos mínimos do benefício:

CARÊNCIA: 180 contribuições


TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO: 15, 20 ou 25 anos de atividade exclusivamente especial, dependendo dos
agentes nocivos especificados em lei.

O fato gerador para a aposentadoria especial é o cumprimento de ambos os requisitos


descritos na tabela acima.

É vedada a conversão de tempo de contribuição comum ou do segurado com deficiência em


atividade especial.

Para esta espécie de aposentadoria não há aplicação do fator previdenciário.

Destaca-se, por fim, que a aposentadoria especial será cessada quando o segurado
permanecer ou retornar à atividade, na mesma ou em outra empresa, nas mesmas condições
que ensejaram a concessão do benefício, independentemente da forma de filiação.

O fato gerador para a aposentadoria especial é o cumprimento de ambos os requisitos


descritos na tabela acima.

É vedada a conversão de tempo de contribuição comum ou do segurado com deficiência em


atividade especial.

Para esta espécie de aposentadoria não há aplicação do fator previdenciário.

147
Destaca-se, por fim, que a aposentadoria especial será cessada quando o segurado
permanecer ou retornar à atividade, na mesma ou em outra empresa, nas mesmas condições
que ensejaram a concessão do benefício, independentemente da forma de filiação.

Exemplo:

Ângela, 53 anos de idade, requer, em 2018, benefício de aposentadoria especial e, para isso,
apresentou CTPS e PPP comprovando atividade como enfermeira. Na CTPS constam dois
vínculos com hospitais: 01/01/1990 a 31/12/2000 e 01/01/2004 até a DER (2018).

Com base na CTPS e nos PPPs apresentados, o servidor administrativo deverá efetuar o
enquadramento administrativo do período de 01/01/1990 a 28/04/1995 (código 2.1.3), pela
atividade profissional como enfermeira.

O período posterior foi enviado à análise médica para verificação da exposição aos agentes
nocivos. Após análise pelo setor competente, os períodos de 29/04/1995 a 31/12/2000 e de
01/01/2004 até a DER (2018) foram enquadrados como atividade especial.

Assim, ela comprova período superior a 25 anos de atividade especial e faz jus à concessão da
aposentadoria pleiteada (B46).

148
CÁLCULO DO BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA

O Cálculo do Benefício de aposentadoria, denominado de Renda Mensal Inicial, é o produto de


toda a vida laborativa do trabalhador, ou seja, é o valor do benefício que o segurado terá ao ser
reconhecido o direito ao benefício de aposentadoria. Abaixo um diagrama que representa as
etapas para o cálculo da Renda Mensal Inicial dos benefícios:

Salário de Contribuição

O salário-de-contribuição é a base de cálculo da contribuição dos segurados. É o valor a partir


do qual, mediante a aplicação da alíquota fixada em lei, obtém-se o valor da contribuição de
cada um deles.

 Para o empregado ou trabalhador avulso, o salário de contribuição é a remuneração


auferida em uma ou mais empresas, excluindo-se dessa base de cálculo as parcelas as
quais a legislação determinou não serem consideradas como salário de contribuição,
apesar de estarem inseridas no conceito de remuneração (art.214, §9º Decreto
3048/99 e Art.28, §9º Lei 8212/91).

 Para o empregado doméstico, é o valor da remuneração registrada em CTPS.

 Para o contribuinte individual é o valor recebido durante o mês, em razão da atividade


exercida por conta própria.

 E para o facultativo, é o valor por ele declarado.

Período Básico de Cálculo

O Período Básico de Cálculo é o espaço temporal em que são apurados os salários de


contribuição que serão utilizados no cálculo do salário de benefício.

149
FIQUE ATENTO!
O PBC sofreu grande alteração em 28.11.1999, quando foi editada a Lei n.
9.876, criando três situações bem definidas, que seguem abaixo:

 Para quem poderia se aposentar até 28.11.1999:


O cálculo do valor dos benefícios será feito com base nas últimas 36
contribuições anteriores ao afastamento da atividade ou da data em
que o benefício for requerido, observando que havendo falhas de
contribuição, o recuo desse período será de no máximo 12 meses, ou
seja, até no máximo de 48 meses.

 Para quem contribuía antes 28.11.1999 mas implementa as


condições após esta data:

Para o segurado filiado ao RGPS até o dia 28/11/1999, inclusive o


oriundo de Regime Próprio de Previdência Social-RPPS, para benefício
com direito a partir de 29/11/1999, o PBC será fixado com base nas
remunerações ou contribuições efetuadas, a partir de 01/7/1994.

 Para quem começou a contribuir após 28.11.1999:

O cálculo do valor dos benefícios será feito com base em todas as


contribuições efetuadas pelo segurado desde a filiação ao INSS até o
mês anterior à data em que o benefício for requerido

Nas duas últimas hipóteses o segurado poderá excluir da média de


cálculo 20% dos menores salários de contribuição de qualquer mês.

Fundamentação Legal: Art. 169 e 178 da IN 77/PRES/INSS/2015, Lei


8.213/91, Lei 9.876/1999, Resolução nº 214/PRES/INSS de 28/06/2012.

O término do PBC será fixado no mês imediatamente anterior ao da ocorrência de uma das
situações:

I – DAT - data do afastamento da atividade ou do trabalho;

II – DER - data de entrada do requerimento;

III – DII - data do início da incapacidade, quando anterior à DAT;

IV – DPE - data da publicação da Emenda Constitucional nº 20/98;

V – DPL - data da publicação da Lei nº 9.876/99;

VI - DICB - Data de implementação das condições necessárias à concessão do benefício.

150
DICA!
Quando não constar no CNIS Salário de Contribuição, será considerado
para efeitos de PBC o valor do Salário Mínimo vigente. Essa regra aplica-
se aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e domésticos.

Mas cuidado! Se o vínculo for de Regime Próprio (RPPS), serão


considerados os salários de remuneração que estiverem relacionados na
Certidão de Tempo de Contribuição. Caso não conste, não deverá ser
informado salário mínimo.

Para os segurados contribuintes individuais e facultativos será


considerado os salários de contribuição efetivamente recolhidos.

EXEMPLO PRÁTICO 01:


Situação: Matheus começou a trabalhar aos 25 anos de idade. Ao completar 60 anos de idade em 01-01-
2019 manifestou desejo de se aposentar por tempo de contribuição. Em todo o período ele nunca
deixou de contribuir com a previdência (35 anos de contribuição).
Período contributivo (anos) Salário de contribuição

Do 1º ao 7º R$ 1.000,00

Do 8º ao 14º R$ 1.500,00

Do 15º ao 21º R$ 2.000,00

Do 22º ao 28º R$ 2.500,00

Do 29º ao 35º R$ 3.000,00

Análise do direito: O período contributivo no caso do Matheus é de 35 anos pois ele contribui por todo
o período.
No entanto, o Período Básico de Cálculo – PBC é fixado conforme a data em que o segurado
implementou as condições necessárias para concessão do benefício requerido. Como o segurado
ingressou no Regime Geral antes de 28/11/1999, não serão utilizadas no PBC os 35 anos de salários de
contribuição, mas sim apenas aqueles que foram efetuados após julho/1994.

NÃO ESQUEÇA!

 Período concomitante de RGPS com RPPS não serão consideradas


no PBC as contribuições vertidas durante a concomitância para o RPPS,
devendo permanecer somente as contribuições ao RGPS.

 Benefício por incapacidade será utilizado o valor do Salário de


Benefício e não a Renda Mensal recebida.

151
 Vínculos concomitantes: observar se não é caso de múltipla
Atividade, situação em que o sistema prisma executa o cálculo
automaticamente.

 Auxílio-Acidente – B94/36: entrará no cálculo somente se houver


remunerações concomitantes, mês a mês, e a DIB da aposentadoria for
posterior à 10.11.1997, devendo obrigatoriamente ser cessado o auxílio-
acidente.

Fundamento Legal: Art. 170, § 1º, 3º e 171, § 1º da IN 77/PRES/INSS/2015


e Art. 339 da IN 77/PRES/INSS/2015.

Salário de Benefício

O salário de benefício é o valor básico utilizado para cálculo da Renda Mensal Inicial das
aposentadorias e corresponde à média dos salários de contribuição do segurado de acordo
com as regras do PBC.

O Salário de Benefício não será inferior a um salário mínimo, nem superior ao limite máximo
de Salário de Contribuição na data de início do benefício.

FIQUE ATENTO!
Para o cálculo do Salário de Benefício – SB também levamos em
consideração essas três situações conforme segue:
• Para quem poderia se aposentar até 28.11.1999:
Para o segurado com direito adquirido de 25/7/1991 até 28/11/1999, o
SB será apurado com base na média dos 36 últimos SC anteriores à EC nº
20/1998 ou à Lei 9.876/99, conforme o caso, apurados em período não
superior a 48 meses.

Esta regra vale tanto para aposentadoria proporcional como integral. O


que diferencia uma da outra é a fórmula da Renda Mensal Inicial.

• Para quem contribuía antes 28.11.1999 mas implementa as


condições após esta data:
Para o segurado filiado à Previdência Social até 28/11/1999, inclusive o
oriundo de RPPS, que vier a cumprir os requisitos necessários para direito
ao benefício, a partir de 29/11/1999, o SB consistirá na média aritmética
simples dos 80% maiores SC, corrigidos mês a mês, do período
contributivo decorrido desde 7/1994, multiplicado pelo fator
previdenciário.

• Para quem começou a contribuir após 28.11.1999:


Para os segurados inscritos na Previdência Social a partir de 29/11/1999,

152
o SB dos benefícios de aposentadorias por idade e tempo de
contribuição, inclusive o professor, consiste na média aritmética simples
dos maiores SC correspondentes a 80% de todo o período contributivo,
multiplicado pelo fator previdenciário.

EXEMPLO PRÁTICO:
Situação: Mario, com 50 anos de idade, requereu um benefício de aposentadoria por tempo de
contribuição em 20-12-2018. Analisada a documentação verificou-se que ele possui 31 anos, 11 meses e
17 dias de contribuição até 16-12-1998. A soma dos 36 últimos Salários de Contribuição foi de R$
25.508,05.
Análise do direito: Como houve o direito adquirido no período de 25 de julho de 1991 a 28 de
novembro de 1999, calcula-se o Salário de Benefício com base nas últimas 36 contribuições até 11/1998.
Dessa forma, resultou-se um salário de benefício de R$ 708,55.

Fator Previdenciário e Regra 85/95 Pontos

Para desestimular o requerimento de aposentadorias precoces, foi definido através da Lei


9.876 um fator redutor do valor do benefício. Nele, são considerados o tempo de contribuição,
a idade e a expectativa de sobrevida do segurado.

O fator previdenciário é utilizado nas aposentadorias por tempo de contribuição, inclusive a de


professor. Na aposentadoria por idade e da pessoa com deficiência, o fator é considerado
apenas se for vantajoso para o beneficiário. Na aposentadoria especial, ele não é considerado.

Desde 18/06/2015, está em vigor a regra 85/95, uma forma de cálculo criada para eliminar o
fator previdenciário da aposentadoria por tempo de contribuição. De acordo com esta regra, o
fator previdenciário não será considerado como redutor da aposentadoria se a soma da idade
e o tempo de contribuição alcançar os valores descritos abaixo.

DER Mulher Homem


Até 30/12/2018 85 95
Até 30/12/2020 86 96
Até 30/12/2022 87 97
Até 30/12/2024 88 98
Até 30/12/2026 89 99
A partir de 31/12/2026 90 100

ATENÇÃO! Para a aposentadoria de tempo de contribuição de professor, deverão ser


acrescentados 5 pontos extras na soma da contribuição com a idade.

O fator previdenciário e a regra 85/95 não interferem nos requisitos mínimos para a concessão

153
de uma aposentadoria. São cálculos que influenciam apenas no valor do benefício.

EXEMPLO PRÁTICO 01:


Situação: José protocolou o pedido de aposentadoria por tempo de contribuição em 24/10/2018. Na
Data do Início do Benefício (DIB), em 01/08/2018, José possuía 56 anos 02 meses e 01 dia de idade; e 35
anos 08 meses e 14 dias de tempo de contribuição.
Análise do direito: O total de pontos do José foi de 91anos, 10 meses e 15 dias (idade +
tempo de contribuição). Sendo que para o segurado homem o mínimo para afastar o
fator previdenciário seria de 95 pontos. Dessa forma, aplica-se o fator previdenciário
no cálculo da aposentadoria por tempo de contribuição de José.

Renda Mensal Inicial

A RMI do benefício será calculada aplicando-se sobre o salário de benefício os seguintes


percentuais:

1. Auxílio-doença: 91% do salário de benefício;


2. Aposentadoria por invalidez: 100% do salário de benefício;
3. Aposentadoria por idade: 70% do salário de benefício, mais 1% deste, por grupo de
doze contribuições, não podendo ultrapassar 100% do salário de benefício;
4. Aposentadoria por tempo de contribuição:

a) para a mulher: 100% do salário de benefício aos trinta anos de contribuição;

b) para o homem: 100% do salário de benefício aos 35 anos de contribuição; e

c) para o professor e para a professora: 100% do salário de benefício aos trinta


anos de contribuição, se do sexo masculino, e aos 25 anos de contribuição, se do sexo
feminino, de efetivo exercício em função de magistério na educação infantil, no ensino
fundamental ou no ensino médio;

5. Aposentadoria especial: 100% do salário de benefício; e


6. Auxílio-acidente: 50% do salário de benefício.

FIQUE ATENTO!
A RMI do benefício de prestação continuada que substituir o salário de
contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado não terá valor
inferior ao do salário mínimo nem superior ao limite máximo do salário
de contribuição.

Na hipótese de o segurado exercer mais de uma atividade abrangida pelo


RGPS, o auxílio-doença será concedido em relação à atividade para a qual
ele estiver incapacitado, podendo o valor do benefício ser inferior ao
salário mínimo, desde que, somado às demais remunerações resultar em

154
valor superior a este.

155
TÓPICOS AVANÇADOS

F ACULTATIVO DE B AIXA R ENDA

O segurado facultativo que se dedica exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua


residência poderá fazer seu recolhimento na alíquota de 5% do salário mínimo, desde que:

 Não possua renda própria;

 Pertença a família com renda máxima de dois salários mínimos;

 Tenha inscrição regular no CADUNICO na competência da contribuição.

A inscrição no CADUNICO é considerada regular quando atualizada pelo contribuinte em


intervalos inferiores a dois anos.

A contribuição do facultativo de baixa renda é feita através do código 1929 em GPS. Ela está
identificada no CNIS com o código PREC-FBR.

A verificação da regularidade do facultativo de baixa renda é feita no sistema SISFBR, através


do endereço http://www-fbr/. Você poderá acessá-lo usando a senha do domínio, que é a
mesma do correio eletrônico institucional.

O relatório gerado no SISFBR deve compor o processo administrativo previdenciário.

Na próxima imagem, um exemplo de consulta utilizando o sistema:

156
Os períodos regulares deverão ser validados no Portal do CNIS através do requerimento Guias
Pendentes – ação Tratar – que se encontra no menu Atualizações VRCE -> Requerimento ->
Contribuições -> Filiado.

A validação de competência é feita apenas uma única vez, ficando registrada no CNIS para
consultas posteriores.

Os períodos não regulares só podem ser considerados para fins de benefício quando
complementados para a alíquota de 11% ou 20%, respeitado as outras regras vigentes.

157
SE LIGA!
O contrato de trabalho intermitente é admitido a partir de 11/11/2017.
Por essa razão já recebemos essa informação no CNIS pela fonte eSocial.
No entanto, por ser um contrato de emprego com características bem
peculiares,
onde o exercício de atividade não é contínuo, devemos aguardar
orientações a
respeito do seu reconhecimento para fins de cômputo de tempo de
contribuição
nos benefícios pretendidos.
NORMATIVOS
Os procedimentos para validação do facultativo de baixa renda usando o
SISFBR estão descritos no Memorando-Circular nº
41/DIRBEN/DIRAT/CGTI/INSS, de 19/09/2018.

J UIZ C LASSISTA

A partir de 14/10/1996, data da publicação da MP 1.523/96, os magistrados classistas da


Justiça do Trabalho e da Justiça Eleitoral, respeitado o direito adquirido, deixaram de ter
aposentadoria da previdência específica dos juízes, passando a se aposentar no regime
previdenciário a que estavam submetidos antes da investidura, mantida a vinculação
previdenciário durante o exercício da atividade.

A partir de 09/12/1999, a figura do magistrado classista da Justiça do Trabalho deixa de existir


com a revogação, pela Emenda Constitucional 24/99, do inciso II do §1º do art. 111 e do inciso
III do art. 115 da Constituição Federal, assegurado o cumprimento apenas dos mandatos dos
juízes nomeados até o momento da publicação da referida emenda.

Atualmente, mantêm-se, na forma do inciso II do art. 119 e inciso III do § 1ª do art. 120 da
Constituição Federal, somente a figura do Juiz Classista Eleitoral.

Assim, na análise do tempo de contribuição deve ser observado:

A atividade exercida até 13/10/1996 será comprovada por meio de CTC nos moldes da Portaria MPS
154/2008.
Para atividades exercidas a partir de 14/10/1996, deverá ser observado o regime previdenciário e sua
filiação antes da nomeação para o mandato.
• Para filiados ao RPPS, a atividade será comprovada por meio de CTC nos moldes da
158
Portaria MPS 154/2008.
• Para filiados ao RGPS como empregados, a atividade será comprovada por meio do
Ato de Nomeação ou de declaração específica do órgão. O período de atividade será o
período do mandato.
• Para filiados ao RGPS como contribuintes individuais, os períodos de atividade a serem
considerados serão apenas os períodos de atuação que estarão discriminados em
declaração específica do órgão competente. Serão necessários os recolhimentos, ainda
que indenizados, para períodos até 03/2003. A partir de 04/2003, as contribuições são
de responsabilidade do órgão da Justiça Federal por se tratar de prestador de serviço.

Às atividades de mandato do magistrado da Justiça do Trabalho, cujo triênio do mandato


tenha início a partir de 14/10/1996, mas antes de 10/12/1999, e término posterior, aplicam-se
os mesmos procedimentos citados no item acima até o término do contrato, considerando a
extinção desta classe.

M ANDATO E LETIVO

A Lei 9.506 de 1997 alterou a alínea h do inciso I do artigo 11 da Lei nº 8.213/91, e tornaram
filiados obrigatórios da Previdência Social os exercentes de mandato eletivo:

Prefeito, Vice Prefeito e Vereador


Governador, Vice-Governador, Deputados Estaduais e Distritais

Desde que não vinculado a regime próprio de previdência social.

Em 2004 a referida lei foi julgada inconstitucional, pois somente por lei complementar poderia
ter sido instituída a obrigatoriedade de contribuição. Assim, foi indevida a contribuição ao INSS
dos titulares de cargos eletivos no período de 02/98 a 18/09/2004.

Fundamento Legal: Art. 11 da Lei 8.2213/91 e ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO n.º 60, de 17 de
outubro de 2005, expedido pelo Secretário-Geral da Receita Federal do Brasil.

Assim, a análise do período que o requerente exerceu atividade de mandato eletivo diferencia
conforme o período da atividade exercida e se houve ou não atividade paralela.

Para o período de 1º de fevereiro de 1998 a 18 de setembro de 2004, é necessário que o


servidor faça ajustes de forma a desconsiderar a parte da contribuição “patronal”.

Vejamos a seguir um resumo, disponibilizado no Índice Legislativo, para facilitar o


entendimento.
159
160
161
Até futura adequação dos sistemas, os acertos devem ser realizados diretamente nos sistemas
de benefício (PRISMA/SABI).

A opção não pode ser feita pelo dependente do exercente de mandato eletivo, salvo na
condição de procurador do segurado, com base no Parecer nº
505/2012/CONJUR/MPS/CGU/AGU, de 22 de setembro de 2012.

ATENÇÃO!

A IN nº 77/15, inovou nos artigos 79 a 89, alterando os procedimentos de validação dos


recolhimentos de mandato eletivo no período de 01/02/1998 a 18/09/2004.

Entretanto, fica suspensa sua aplicabilidade devendo aguardar deliberação entre os órgãos
competentes.

Enquanto não houver definição desta questão, somente poderá ser validado para a categoria
de segurado facultativo, vedado à outras categorias.

O Memorando Circular nº 10 / PRES/INSS, de 30 de abril de 2015 suspendeu o Art. 79 a 89 da


IN 77/PRES/INSS/2015.

Termo de Opção da Filiação de Facultativo

Aquele que exerceu mandato eletivo no período de 01/02/98 a 18/09/04, filiado ao RGPS, teve
contribuições previdências recolhidas como segurado empregado por força da lei 9.506/97.
162
O inciso que determinava tal fato foi declarado inconstitucional pelo STF, tornando nulas todas
as contribuições realizadas até então.

Assim, o exercente de mandato eletivo no período de 01/02/98 a 18/09/04, que não tenha
restituído às contribuições, poderá optar pela manutenção da filiação na qualidade de
segurado facultativo, desde que não tenha exercido, no mesmo período, outra atividade que o
filiasse ao RGPS ou a RPPS.

O segurado deverá escolher:

• Manter como contribuição somente o valor retido. O salário de contribuição será igual
ao valor descontado do empregado multiplicado por 5.
• Manter como salário de contribuição o valor do contracheque. Nesse caso, deverá
complementar os valores até a alíquota de 20%.
o Se o SC do mês no contracheque for abaixo do piso, deverá complementar
também a diferença até o piso da competência.

O processo de opção do exercente de mandato eletivo deverá conter:

• Termo de Opção de Filiação como Facultativo - Agente Político (TOF - EME), conforme
Anexo XX da IN77, em duas vias, assinadas pelo requerente e protocolizado na APS;
• Procuração por instrumento particular, ou público, com poderes específicos para
representar o requerente, se for o caso;
• Original e cópia do documento de identidade e do comprovante de inscrição no CPF do
requerente e do procurador, se for o caso;
• Original e cópia do ato de diplomação do exercente de mandato eletivo, referente ao
período objeto da opção;
• Declaração do requerente, de que não requereu a restituição dos valores descontados
pelo ente federativo e de que não exerceu outra atividade determinante de filiação
obrigatória ao RGPS nem ao RPPS, conforme Anexo XXI da IN77; e
• Discriminativo das Remunerações e dos Valores Recolhidos Relativos ao exercente de
Mandato Eletivo, conforme formulário constante do Anexo XXII da IN77, relacionando
as remunerações e os valores descontados nas competências a que se refere a opção.

Compete ao INSS decidir sobre o requerimento de opção pela filiação na qualidade de


segurado facultativo.

O processo deverá ser enviado para a RFB solicitando informações relativas:

• À existência ou não de compensação ou de restituição da parte retida;


• Ao recolhimento ou parcelamento dos valores descontados pelo ente federativo;
• Ao valor do salário-de-contribuição convertido com base no valor retido;
• Ao valor do salário-de-contribuição a complementar e ao respectivo valor da
contribuição, se for o caso; e

163
• À retificação de GFIP, conforme orientação constante na Instrução Normativa
MPS/SRP nº 15, de 12 de setembro de 2006, alterada pela Instrução Normativa RFB nº
909, de 14 de janeiro de 2009.

Após retorno do processo da RFB, em caso de deferimento total ou parcial do requerimento de


opção, a APS providenciará a alteração na categoria do filiado no CNIS.

A APS deverá cientificar o requerente sobre o deferimento ou indeferimento do pedido e dos


valores das contribuições a serem complementadas, se for o caso.

Deverá ser indeferida a opção pela filiação quando:

• Não restar comprovado o recolhimento ou o parcelamento dos valores retidos por


parte do ente federativo;
• O ente federativo já tiver compensado ou solicitado a restituição da parte descontada
e;
• O exercente de mandato eletivo exercer atividade de filiação obrigatória ao RGPS ou
RPPS.

O exercente de mandato eletivo que obtiver a restituição dos valores referidos junto à RFB ou
que os tiver restituído pelo ente federativo, somente poderá ter incluído o respectivo período
no seu tempo de contribuição mediante indenização das contribuições.

A LUNO A PRENDIZ

O período de aprendizado profissional realizado nas escolas técnicas na condição de aluno


aprendiz pode ser considerado como tempo de contribuição, desde que haja remuneração,
ainda que indireta, à conta do orçamento público e o vínculo empregatício.

Períodos que podem ser considerados:

• Períodos de frequência às aulas dos aprendizes matriculados em escolas profissionais


mantidas por empresas ferroviárias.
• Tempo de aprendizado profissional realizado como aluno aprendiz em escolas
industriais ou técnicas com base no Decreto-Lei 4073 de 30/01/1942.
o Período de frequência em escolas técnicas ou industriais mantidas por
empresas de iniciativa privada, desde que reconhecidas e dirigidas a seus
empregados aprendizes.
o Período de frequência em escolas técnicas ou industriais realizados com base
no Decreto 31.546 de 06/10/1952.

164
o Períodos de frequência em curso do SENAI ou SENAC ou em instituições por
eles reconhecidas para formação profissional metódica de ofício ou ocupação
do trabalhador menor.
o Período de frequência em cursos de aprendizagem ministrados pelos
empregadores a seus empregados em escolas próprias para essa finalidade ou
em qualquer estabelecimento industrial.
• Períodos de frequência em rede de ensino federal, escolas equiparadas ou
reconhecidas, desde que tenha havido retribuição pecuniária à conta do orçamento
respectivo do Ente Federativo, de maneira direta ou indireta ao aluno, dentre elas:
o Escolas industriais ou técnicas; Escolas e colégios agrícolas.
▪ Os estabelecimentos devem ser mantidos pela União ou terem sido
reconhecidos ou a eles equiparados.
▪ Escolas equiparadas são as mantidas pelos Estados ou DF com
autorização do Governo Federal.

Para comprovação pode ser utilizado um dos seguintes documentos:

• Certidão de tempo de Aluno Aprendiz, emitida por empresa quando se tratar de


aprendizes matriculados em escolas profissionais mantidas por empresas ferroviárias;
• Certidão Escolar, nos casos de frequência em escolas industriais ou técnicas mantidas
por empresas de iniciativa privada, desde que reconhecidas e dirigidas a seus
empregados aprendizes, bem como o realizado com base no Decreto nº 31.546, de 6
de outubro de 1952, em curso do Serviço Nacional da Indústria – SENAI, ou Serviço
Nacional do Comércio – SENAC, devendo constar na certidão: o estabelecimento era
reconhecido e mantido por empresa de iniciativa privada, o curso foi efetivado sob seu
patrocínio, ou o curso de aprendizagem nos estabelecimentos oficiais ou congêneres
foi ministrado mediante entendimentos com as entidades interessadas;
• Certidão de Tempo de Contribuição, nos moldes da Portaria MPS 154/2008, quando se
tratar de frequência em escolas industriais ou técnicas da rede federal, bem como em
escolas equiparadas ou reconhecidas nos casos de entes federativos estaduais,
distritais e municipais, desde que à época, o ente Federativo mantivesse RPPS;
• Certidão escolar emitida pela instituição onde o ensino foi ministrado, nos casos de
frequência em escolas industriais ou técnicas da rede federal bem como em escolas
equiparadas ou reconhecidas nos casos de entes federativos estaduais, distritais e
municipais, desde que, à época, o ente federativo não mantivesse RPPS, devendo
constar as seguintes informações: a norma que autorizou o funcionamento da
instituição para que reste comprovado que o funcionamento da instituição foi
autorizado pelo Governo Federal, conforme art. 60 do Decreto-Lei nº 4.073, de 1942, o
curso frequentado, o dia, o mês e o ano do início e do fim do vínculo de aluno aprendiz
e a forma de remuneração, ainda que indireta.

165
R ECLAMATÓRIA T RABALHISTA

A reclamatória trabalhista transitada em julgado restringe-se à garantia dos direitos


trabalhistas e, por si só, não produz efeitos para fins previdenciários. Para a contagem do
tempo de contribuição e o reconhecimento de direitos para os fins previstos no RGPS, a
análise do processo pela Unidade de Atendimento deverá observar certos requisitos.

Fundamentação: Art. 71 da IN 77/PRES/INSS/2015.

O que é trânsito em julgado?

A expressão é usada para uma decisão (sentença ou acórdão) da qual não se pode mais
recorrer, seja porque já passou por todos os recursos possíveis, seja porque o prazo para
recorrer terminou ou por acordo homologado por sentença entre as partes.

O acordo entre as partes homologado pelo juiz ou tribunal ganha status de coisa julgada,
extinguindo o conflito, sendo o acordo revestido de validade e eficácia. Assim, mesmo que a
ação não contenha a expressão “trânsito em julgado”, o servidor poderá considerá-la quando
houver acordo homologado pelo juiz.

Quando o requerente manifestar interesse em alterar os dados do CNIS em decorrência de


reclamatória trabalhista, ele deverá apresentar cópia autenticada pela Vara do Trabalho da:

✔ decisão judicial em inteiro teor e respectiva certidão de trânsito em julgado; ou

✔ certidão de inteiro teor emitida pela Vara do Trabalho;

✔ planilha dos salários de contribuição que foi homologada pelo juízo, quando for o caso.

A certidão emitida pela Vara do Trabalho é denominada Certidão de Inteiro Teor ou Certidão
Narratória:

A Certidão de Inteiro Teor é um documento oficial sobre o objeto do processo e em que fase
do trâmite ele está. É emitido pelo cartório judicial da vara em que tramita a ação, contendo
um breve resumo do processo: natureza da ação, partes, principais atos praticados,
movimentação, intimações das partes e a fase processual (situação atual do processo).

A apresentação de início de prova material que possibilite a comprovação do fato alegado é


necessária quando se tratar de RT para inclusão de vínculos.

O início de prova material não será necessário:

✔ se a RT for para inclusão/ alteração de remunerações;

✔ se a RT for para alteração de rescisão (reintegração).

Vínculo contemporâneo no CNIS com indicador de RT:

166
O segurado deve ser orientado quanto à possibilidade de apresentação da documentação
necessária para comprovação da documentação necessária para comprovação dos dados
eventualmente alterados pela RT;

Se apresentar a documentação, deverá ser analisada conforme veremos a seguir;

Se não apresentar, o vínculo pode ser considerado conforme consta no CNIS, com
reconhecimento automático do período e das remunerações já constantes no CNIS.

O indicador IRT não prejudica o reconhecimento automático de vínculo contemporâneo.

Fundamentação: Art. 58 da IN 77/PRES/INSS/2015.

O início de prova material deve ser contemporâneo aos fatos alegados, observadas as
seguintes disposições:

Documento com a identificação da empresa ou equiparada, referente ao exercício do trabalho


que pretende provar, na condição de segurado empregado;

Documento como marco inicial e outro como marco final e intermediário, se necessário;

A aceitação de um único documento está restrita à prova do(s) ano(s) a que ele se referir.

O que o INSS entende como início de prova material? Conjunto probatório com marco inicial e
final dentro do período. Mesmo critério utilizado para JA.

Exemplificando:

167
168
Lembre-se:

Sempre que a RT tratar de reconhecimento de vínculo, há exigência de início de prova


material, admitindo-se documentos juntados ao processo judicial e também documentos que
venham a ser apresentados no requerimento administrativo.

169
A Nota nº 236 da CGMBEN/PFE-INSS concluiu também que a Justiça do Trabalho é competente
para definir se a natureza da prestação de serviços foi de vínculo trabalhista e, portanto,
mesmo que o início de prova material indique a contratação como CI, não discutiremos se é CI
ou empregado.

170
Remunerações reconhecidas em RT: uma vez comprovado anteriormente o vínculo, a inclusão,
alteração ou complementação de remunerações com base em ação trabalhista não dependerá
de prova material, mas unicamente da planilha que acompanha o processo judicial, desde que
a RT tenha sido transitada em julgado ou homologada por acordo.

As remunerações constantes da RT transitada em julgado serão computadas mesmo que não


tenha havido o recolhimento das contribuições previdenciárias.

Após análise pelo servidor, em caso de dúvida fundada, o processo deverá ser enviado à
Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS – PFE local, após o servidor emitir relatório
fundamentado com ciência da chefia imediata e trânsito pelo Serviço/Seção de Administração
de Informações do Segurado, ficando pendente a decisão em relação ao cômputo do período.

Quando se tratar de ofício da Justiça do Trabalho determinando a inclusão, exclusão, alteração


ou ratificação de vínculos e remunerações e a averbação de tempo de contribuição ou outra
171
determinação decorrente de reclamatória trabalhista, o documento deverá ser encaminhado à
PFE-INSS local para conhecimento e adoção das medidas cabíveis.

Exemplificando:

172
J USTIFICAÇÃO A DMINISTRATIVA

A Justificação Administrativa – JA é um procedimento que dever ser oportunizado ao


interessado para suprir a falta ou insuficiência de documento perante o INSS quando ficar
evidenciada a inexistência de outro meio capaz de configurar a verdade do fato alegado.

O processamento da JA só produz efeitos quando baseadas em início de prova material


contemporâneo, não sendo admitida prova exclusivamente testemunhal.

A JA pode ser utilizada para comprovar tempo de serviço, dependência econômica, união
estável, atividade especial e atividade rural.

Para comprovação de tempo de serviço, deverão ser apresentados como início de prova
material, documentos com a identificação da empresa referente ao exercício de trabalho,
sendo o mais antigo o marco inicial do fato e o mais recente, o marco final. A apresentação de
um único documento está restrita à prova do ano a que ele se refere.

Será dispensado o início de prova material quando houver impossibilidade de apresentação


por motivo de força maior ou caso fortuito, tais como incêndio, inundação ou
desmoronamento, que tenha atingido a empresa na qual o segurado alegue ter trabalhado,
devendo ser observada a correlação entre a atividade da empresa e a profissão do segurado.

Deverá ser anexado prova da existência da empresa no período da atividade que se quer
comprovar.

Para comprovação de atividade rural, serão considerados início de prova material quaisquer
documentos listados nos art. 47 e 54 da IN77/2015. Os documentos em nome de um dos
componentes do grupo familiar servem para quaisquer integrantes deste grupo.

Na comprovação de atividade especial, a Carteira de Trabalho poderá ser considerada início de


prova material para enquadramento por categoria profissional. Somente será admitida JA no
caso de empresa legalmente extinta. Quando se tratar de exposição de agente nocivo, deverá
ser apresentado laudo técnico de avaliação ambiental coletivo ou individual.

Para comprovação de união estável e dependência econômica, será considerada início de


prova a apresentação de um ou dois documentos como prova material. Será anexada uma
declaração do interessado sobre a impossibilidade de apresentação de mais provas.

Testemunhas

O interessado, no ato de requerimento da JA, deverá indicar, no mínimo três, no máximo, seis
testemunhas cujos depoimentos possam firmar convicção dos fatos alegados.

173
Caso algumas das testemunhas residam em localidade distante do processamento da JA, a
oitiva poderá ser realizada na APS mais próxima da sua residência, desde que todas as
testemunhas sejam ouvidas no mesmo dia.

Não podem ser testemunhas: as partes interessadas, o menor de dezesseis anos, quem
intervém em nome de uma parte; o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente
em qualquer grau; o irmão, tio, sobrinho, cunhado; a nora, genro ou qualquer outro colateral
até terceiro grau.

Autorização

Após a apresentação dos documentos, caberá ao servidor a análise dos requisitos ao


processamento da JA. Uma vez autorizada, o interessado será notificado do local, data e
horário para a oitiva das testemunhas.

Processamento

No dia e hora marcados, as testemunhas serão indagadas, sob as penas da lei, pelo
processante designado a respeito dos pontos que forem objeto de justificação. Será lavrado o
Termo de Assentada e Autorização do Uso de Imagem e Depoimento por testemunha.
Posteriormente, a inquirição da testemunha será realizada e registrada mediante gravação em
áudio e vídeo, ou na impossibilidade, registrando a termo o depoimento.

Concluído o depoimento das testemunhas, o processante deverá realizar a análise quanto à


forma, emitindo parecer quanto à prova testemunhal.

Mérito

Por fim, o processo será encaminhado, preferencialmente, para o servidor que determinou o
processamento da JA para a análise quanto ao mérito.

Não cabe novo processamento de JA para o mesmo objeto quando a anterior já tiver recebido
análise de mérito.

174
NORMATIVOS
A Justificação Administrativa está normatizada pela IN77/2015 nos art. de
574 a 600.

LEMBRETE
As justificações administrativas a termo são realizadas no sistema Hipnet
(http://www-hipnet/).

R ECOLHIMENTOS EM A TRASO

O cálculo do recolhimento em atraso é feito por meio do Salweb e é utilizado basicamente


para as seguintes situações:

- Cálculos de diferenças oriundas de pagamentos a menor ou de alteração de categoria;

- Cálculos de períodos decadentes;

- Cálculos de períodos decadentes sujeitos a legislação de regência;

A opção para cálculos de períodos não decadentes está disponível no Salweb e também do site
do INSS, assim o segurado deverá ser orientado a emitir sua própria GPS.

Cálculo de diferenças

Antes de qualquer ação, o servidor deverá analisar cuidadosamente os detalhes do


recolhimento que está sendo acusado abaixo do mínimo. Nessa hora, o extrato do PRISMA é a
melhor ferramenta. Não sendo em situação de concessão, fazer uma simulação de
APURAÇÕES no SALWEB é outra saída para se obter os valores de salário de contribuição e as
competências que estão abaixo do Salário Mínimo.

Devemos observar o código e a categoria de recolhimento.

A complementação do valor de contribuição até o limite mínimo previsto no art 214 do


decreto 3.048/99 não é considerado recolhimento em atraso podendo ser realizado a qualquer
tempo pelo segurado e de forma obrigatória para utilização da competência para fins de
benefício ou CTC.

175
O segurado a qualquer tempo poderá optar pela alteração de seu plano de previdência,
devendo ser observado o código de complementação correspondente.

Facultativo Baixa Renda x Facultativo Plano Simplificado 11%/Facultativo 20%

O segurado não enquadrado na condição de facultativo “baixa renda” ou se optar pela


utilização de sua contribuição para a concessão de aposentadoria por tempo de
contribuição/emissão de CTC poderá efetuar a complementação.

Salweb – Módulo cálculo de diferenças de valor devido - PF

Atenção!

A alteração de categoria ou convalidação de recolhimento deverá ser feita com manifestação e


concordância do segurado, sendo vedada a manifestação por dependentes. Fundamentação:
Parecer 45/2011/DIVCONS/CGMBEN/PFE-INSS

O segurado que optar pela utilização de suas contribuições para a concessão de aposentadoria
por tempo de contribuição ou para emissão de Certidão de Tempo de Contribuição deverá
efetuar a devida complementação.

176
Salweb – Módulo cálculo de diferenças de valor devido - PF

A análise inicial deve ser feita da seguinte forma:

- sobre qual a categoria que se pretende o recolhimento;

- qual o período objeto da solicitação se decadente ou não;

- em qual regime de previdência será utilizado.

Devemos lembrar dois conceitos referentes a períodos decadentes:

- Legislação de regência: o salário de contribuição a ser utilizado deve ser conforme a classe ou
o valor comprovado pelo segurado;

- Cálculos por apurações: período a ser indenizado já decadente para utilização em RGPS ou
RPPS.

Legislação de Regência

- os períodos de atividade remunerada não alcançados pela decadência, para fins de contagem
recíproca, de acordo com o § 3º do art. 45-A da Lei n° 8.212, de 1991.

- as diferenças apuradas do contribuinte individual quando provenientes de recolhimentos a


menor.

Salweb – Módulo Contribuintes Filiados antes de 29/11/1999

Tela SALWEB para cálculo por legislação de regência.

177
Empregado doméstico:

Comprovação por anotação em CTPS e recibos de pagamento. O cálculo está sujeito à


legislação de regência prevista no art 27 da IN 77/2015 independente do período a ser
recolhido e o regime de utilização (RGPS/RPPS).

Obs : Devemos lembrar que o período após 10/2015 a contribuição do empregado doméstico
passou a ser realizado exclusivamente pelo eSocial não sendo permitida a emissão de GPS.

O segurado poderá apresentar recibos contemporâneos ou anotações na CTPS para comprovar


o valor a ser utilizado como salário de contribuição.

Facultativo:

É permitido o recolhimento de intervalos na condição de facultativo desde que não tenha


ocorrido a perda da qualidade de segurado.

Mesmo que o período seja decadente se enquadra na situação do art 27 da IN 77/2015 de


cálculo pela legislação de regência, independente do regime de utilização (RGPS/RPPS).

Contribuinte individual

Para o contribuinte individual, “trabalhador autônomo” e “equiparado a trabalhador


autônomo”, será presumido o débito e assim permitido o recolhimento nos casos de:

- Possuir NIT previdência na condição de CI;

- Possuir atividade cadastrada em aberto nesta condição;

- Possuir uma contribuição paga em dia nesta categoria;

- Comprovar de forma retroativa ao exercício de atividade (retroação de DIC – data de início de


contribuição);

Enquanto não ocorrer o encerramento de atividade obrigatória cadastrada presumir-se-á a


continuidade do exercício da atividade sem necessidade de comprovação e, em consequência,
o contribuinte será considerado em débito no período sem contribuição.

178
Quanto à forma de cálculo devemos observar se o período é decadente ou não e em qual
regime será utilizado:

179
Empresário:

A partir da primeira contribuição em dia/inscrição, não necessita comprovar atividade. Para


períodos anteriores à primeira em dia/inscrição:

- Caso queira comprovar exercício de atividade para períodos até 28/11/1999, deverá
apresentar: contrato social/alteração em que figure como sócio-gerente OU comprovante de
retirada pró-labore.

- Caso queira comprovar exercício de atividade para períodos a partir de 29/11/1999, deverá
apresentar documentos que comprovem a retirada pró-labore.

ATENÇÃO!!!!

Para o período a partir de 01/04/2003, deve ser informado em GFIP com retenção da
parcela previdenciária não cabendo análise do INSS ou emissão de guia para este período.

180
Segurado especial:

Deverá sempre comprovar o exercício de atividade, sendo que para utilização no RGPS o
período até 31/10/1991 não necessita de indenização.

O período após 31/10/1991 desde que decadente, seja para utilização no RGPS ou RPPS
deverá ser calculado no Módulo “Cálculo de Apurações”, de acordo com os §§ 7º e 9º do art.
216 do Decreto nº 3.048/99 e art. 45-A da Lei nº 8.212/1991.

Para as contribuições não alcançadas pela decadência deverá ser utilizado o módulo
“Contribuintes Filiados antes de 29/11/1999” ou “Contribuintes Filiados após 29/11/1999”
com a informação do salário de contribuição declarado pelo segurado.

Resumo de recolhimento em atraso para CI/Empresário/Segurado Especial

O cálculo das contribuições em atraso alcançadas pela decadência quinquenal será efetuado
mediante cálculo de indenização, por meio do SALWEB, Módulo “Cálculo de Apurações”, de
acordo com os §§ 7º e 9º do art. 216 do Decreto nº 3.048/99 e art. 45-A da Lei nº 8.212/1991:

181
O valor do salário-de-contribuição corresponderá à média aritmética simples dos maiores
salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo
decorrido desde a competência julho de 1994, ainda que não recolhidas as contribuições
correspondentes, nos casos de empregados domésticos e para prestadores de serviço a partir
da competência abril de 2003, corrigidos mês a mês pelos mesmos índices utilizados para a
obtenção do salário de benefício, respeitados os limites mínimo e máximo do salário-de-
contribuição;

Para fins de cálculo do salário de contribuição serão considerados:

- Os salários-de-contribuição apropriados em todos os NIT de titularidade do filiado;

- Quando inexistir no CNIS salário-de-contribuição em alguma competência, referente ao PBC e


o filiado apresentar documento comprobatório, deverá ser promovida a atualização da
informação antes da efetivação do cálculo. Na impossibilidade de comprovação do salário-de-
contribuição de alguma competência, deverá ser considerado o valor do salário-mínimo
vigente à época;

- Não existindo, efetivamente, nenhum salário-de-contribuição em todo o PBC, deverá ser


informado o valor do salário mínimo na competência imediatamente anterior ao
requerimento;

- Não será considerado como salário-de-contribuição o salário-de-benefício, exceto o salário


maternidade;

- como o cálculo das contribuições é somente para fins de contagem no RGPS, o período
contributivo será constituído somente do salário-de-contribuição perante o RGPS, mesmo que
tenha havido ou haja vínculo com RPPS.

182
Caso o segurado manifeste interesse em parcelar seu débito devemos efetuar o cálculo e
orientá-lo a comparecer junto à Receita Federal para a operacionalização do débito.

Lembramos que as contribuições objeto de parcelamento não migram para o CNIS sendo
necessária sua inclusão diretamente nos sistemas de benefício.

Lembretes

- O valor mínimo para emissão de GPS é de R$ 10,00, caso o cálculo resulte em valor inferior
podemos acumular com outra competência ou o Salweb emitirá uma mensagem de emissão
de guia no valor de R$10,00.

O período decadente é calculado com base na data da constituição do débito e leva em


consideração o ano civil.

Assim em 2019 devemos considerar como não decadente as competências vencidas em


2018, 2017, 2016, 2015, 2014 e também a competência 12/2013 considerando que a
constituição do débito ocorreu em 15/01/2014.

Portanto consideramos decadente o período em débito até a competência 11/2013.

Após 2007 com a saída da arrecadação do INSS o responsável pela cobrança e constituição de
débito é a Receita Federal, não cabendo a nós efetuarmos cobranças mesmo após solicitação
por parte do segurado de cálculos.

Mesmo com a emissão da GPS esse débito não gera qualquer responsabilidade fiscal por
parte do segurado e não obriga o servidor da APS, enviar informativo de não pagamento para
a RFB.

P ARCELAMENTO

Acordo celebrado entre a RFB e o devedor, que tem por finalidade o pagamento parcelado das
contribuições e demais importâncias devidas a Seguridade Social e não recolhidas em própria,
incluídas ou não em notificação.

Para utilização das informações de contribuições objeto de parcelamento, será necessário,


observar os procedimentos constantes do MEMORANDO-CIRCULAR Nº 21 INSS/DIRBEN, de 15
de maio de 2009, itém 5.
183
Caso o segurado apresente guias ou outros documentos relativos ao Lançamento de Débito
Confessado ou a parcelamento que não sejam localizados no sistema SICOB, deverá ser
expedido ofício à Receita Federal do Brasil solicitando a confirmação ou esclarecimentos
necessários, relativos ao período do parcelamento, valores do salário-de-contribuição devidos
por competência e data de quitação do mesmo

Os períodos de contribuições, objeto de parcelamento, somente serão computados para fins


de benefícios no RGPS e CTC, após a liquidação total, conforme previsto na IN 77 de 25 de
Janeiro de 2015, artigo 166, inciso II, 168 e 435, parágrafo 2º.

LEMBRETE
As contribuções objeto de parcelamento na Receita Federal do Brasil são
consideradas para fins de benefício apenas após a liquidação total do
parcelamento que deve ser declarada pelo órgão responsável.

NORMATIVOS
As orientações sobre parcelamento de débito do contribuinte individual
estão nos art. 28, 166 (inciso III), 168 e 435 (§ 2º) da IN 77/2015 e
MEMORANDO-CIRCULAR Nº 21 INSS/DIRBEN de 15 de maio de 2009.
Os procedimentos para cálculo de contribuição em atraso na
modalidade de indenização estão no Memorando-Circular Conjunto nº
50/DIRBEN/DIRAT/INSS, de 28/09/2015.

A CERTO DE C ONTRIBUIÇÃO

São permitidas para o período de 01/01/1952 a 31/12/1999, inclusão das Guias de


Recolhimento (GR, GR1 e GR2), Carnês de Contribuição, Guias de Recolhimento de
Contribuinte Individual (GRCI) e Guias de Recolhimento da Previdência Social - GRPS-3. A
inclusão do período e de microfichas não foi desenvolvida ainda.

Para as contribuições a partir de 04/94 o sistema deverá exigir o valor de contribuição, valor
autenticado e data de autenticação, ficando opcional a informação destes dados para
contribuições até 03/94.

A inclusão de GPS - Guia da Previdência Social é uma ação exclusiva da RFB.


184
O reprocessamento de GPS é o ato de comandar novo processamento de contribuição, paga
através de GPS, quando ocorrer as seguintes situações:

Quando for verificado que o recolhimento consta no Sistema de Controle Financeiro do INSS,
porém por falha de processamento não foi apropriado integralmente no CNIS, motivo pelo
qual não consta na conta corrente do filiado;

Quando for verificado que o recolhimento foi integralmente apropriado no CNIS, porém por
falha de processamento, foi apropriada com informações inconsistentes, como por exemplo,
data de pagamento ou competência sem a devida formatação;

Quando for verificado que se trata de recolhimento de competências referentes ao período de


04/1999 a 12/1999, pago através de GPS que, por falha de processamento foi apropriado sem
a informação de código de pagamento.

A solicitação de reprocessamento é realizada pelo Portal CNIS, no requerimento de


“Contribuições”, onde o servidor após constatar que a competência solicitada, não consta no
DICF-N, ou está com dado inconsistente ou sem código de pagamento, aciona a opção “Gerar
Exigência Interna Reprocessamento”. O reprocessamento pode ocorrer nas ações de inclusão,
alteração, desmembramento e transferência de contribuições.

Na solicitação é necessário informar a competência, a data de autenticação, o código de


pagamento, o número da remessa, o banco e número do processamento. Deve ser informado
também o e-mail do setor responsável pelo reprocessamento, sendo gpsci@inss.gov.br,
podendo incluir o e-mail da chefia, se necessário, na sequencia informar matricula e CPF do
servidor. A solicitação é direcionada automaticamente para a Dataprev.

O requerimento fica com a situação de “Pendente”, até que a Datraprev conclua o


reprocessamento. Após o reprocessamento o servidor deverá retornar no requerimento,
cumprir a exigência e concluir a solicitação.

DICA
De posse de uma GPS comprovadamente paga e não registrada no CNIS,
você pode efetuar as seguintes consultas:

• Esta contribuição pode ter sido transferida para outro


identificador. Consulte os históricos de acertos do CNIS através
dos passos Consulta -> Contribuições -> Histórico de Acerto (e
Histórico de Acerto SARCI).
• Consulte a conta corrente do NIT no CNIS através dos passos
Consulta -> Contribuições -> Recolhimentos.
• Consulte o ADA – Área Disponível para Acertos – no CNIS através
dos passos Consulta -> Contribuições -> ADA.
• Consulte a página da DICF.N no endereço http://www-dicfn/.
Clique no menu Consultas e escolha o tipo de consulta.
• Não obtendo sucesso em nenhuma das alternativas acima,

185
comunique o Serviço de Orçamento, Finanças e Contabilidade da
sua Gerência Executiva.

186
BIBLIOGRAFIA

CONGRESSO NACIONAL. Lei 8.213/91. Congresso Nacional. Brasília. 1991.

CONGRESSO NACIONAL. Lei 9.528/97. Congresso Nacional. Brasília. 1997.

CONGRESSO NACIONAL. Lei 11.718/2008. Congresso Nacional. Brasília. 2008.

CONTRIBUTORS, W. Tarefas. Wikipedia, The Free Encyclopedia, 2019. Disponivel em:


<https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Tarefa_(gerenciamento_de_projetos)&ol
did=54050614>. Acesso em: 27 Fevereiro 2019.

DATAPREV. Manual de Interpretação das Microfichas. Dataprev. Rio de Janeiro. 1981.

DIRETORIA DE ATENDIMENTO. Guia Prático do GET. Instituto Nacional do Seguro


Social. Brasília. 2018.

DIRETORIA DE BENEFÍCIOS. Memorando Circular 17/2012. Instituto Nacional do


Seguro Social. Brasília. 2012.

DIRETORIA DE BENEFÍCIOS. Memorando Circular 30/2017. Instituto Nacional do


Seguro Social. Brasília. 2017.

DIRETORIA DO SEGURO SOCIAL. Consolidação dos Atos Normativos sobre Benefícios.


Instituto Nacional do Seguro Social. Brasília. 1997.

DIVISÃO DE BENEFÍCIOS DA SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL II. Memorando Circular


26/2018. Instituto Nacional do Seguro Social. Belo Horizonte. 2018.

INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL. Orientação Interna Conjunta nº58/2002


DIRAR/DIRBEN/DIROFL. Instituto Nacional do Seguro Social. Brasília. 2002.

INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL. Resolução 135/2010. Instituto Nacional do


Seguro Social. Brasília. 2010.

INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL. Manual de Reconhecimento Inicial de


Direitos Volume I. Instituto Nacional do Seguro Social. Brasília. 2011.

INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL. Instrução Normativa 77/2015. Instituto


Nacional do Seguro Social. Brasília. 2015.

INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL. Memorando Circular Conjunto 41/2018


DIRBEN/CGTI/INSS. Instituto Nacional do Seguro Social. Brasília. 2018.

187
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL. Portaria Conjunta nº1
/DIRBEN/DIRAT/INSS. Instituto Nacional do Seguro Social. Brasília. 2018.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Decreto 3.048/99. Presidência da República. Brasília.


1999.

PROCURADORIA FEDERAL ESPECIALIZADA. Manual de Atividade Especial. Advocacia


Geral da União. Brasília. 2012.

SERVIÇO DE ADMINISTRAÇÃO DE INFORMAÇÕES DE SEGURADOS DA GERÊNCIA


EXECUTIVA DE BELO HORIZONTE. Comunicado 05/2012. Instituto Nacional do Seguro
Social. Belo Horizonte. 2012.

SERVIÇO DE RECONHECIMENTO DE DIREITOS DA GERÊNCIA DE BELO HORIZONTE.


Apresentação sobre Aposentadoria Híbrida. Intituto Nacional do Seguro Social. Belo
Horizonte. 2009.

SERVIÇO DE RECONHECIMENTO DE DIREITOS DA GERÊNCIA DE BELO HORIZONTE.


Manual de Justificação Administrativa. Instituto Nacional do Seguro Social. Belo
Horizonte. 2011.

SOBRAL, I. C. Orientações sobre Aposentadoria por Idade do Trabalhador Rural.


Instituto Nacional do Seguro Social. Brasília. 2016.

188

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