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Sumário

DIAGRAMAS LÓGICOS .......................................................................................................................................... 2


1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................... 2
2. DEFINIÇÕES DAS PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS .......................................................................................... 2
3. REPRESENTAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS ................................................................................ 3
4. RELAÇÕES ENTRE AS PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS .................................................................................. 3
5. PROPOSIÇÕES CONTRÁRIAS X PROPOSIÇÕES CONTRADITÓRIAS .......................................................... 3

LeidodoDireito
Lei DireitoAutoral
Autoralnºnº9.610,
9.610,dede1919dedeFevereiro
Fevereirodede1998:
1998:Proíbe
Proíbea areprodução
reproduçãototal
totalououparcial
parcialdesse
dessematerial
materialououdivulgação
divulgaçãocom
com
fins
fins comerciais
comerciais ouou não,
não, emem qualquer
qualquer meio
meio dede comunicação,
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inclusive nana Internet,
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DIAGRAMAS LÓGICOS
1. INTRODUÇÃO
Consideramos que uma questão é de Diagramas Lógicos, quando ela traz diagramas ou
quando temos que usar diagramas para chegarmos a solução da questão. Os diagramas geralmente
são círculos, mas também podem ser outras figuras: quadrado, triângulo...
Os diagramas lógicos são usados na solução das questões que envolvem os termos: todo,
algum e nenhum.
As proposições formadas com os termos descritos acima são chamadas de proposições
categóricas, e são elas:
 Todo A é B
 Nenhum A é B
 Algum A é B
 Algum A não é B

2. DEFINIÇÕES DAS PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS


2.1. “Todo A é B”
Proposições do tipo Todo A é B afirmam que todo elemento de A também é elemento de
B, ou seja, A está contido em B.
Atenção: dizer que Todo A é B não significa o mesmo que Todo B é A. Por exemplo:
Todo gaúcho é brasileiro  Todo brasileiro é gaúcho

2.2. “Nenhum A é B”
Enunciados da forma Nenhum A é B afirmam que os conjuntos A e B são disjuntos, isto é, A
e B não têm elementos em comum.
Dizer que Nenhum A é B é logicamente equivalente a dizer que Nenhum B é A. Por
exemplo:
Nenhum diplomata é analfabeto = Nenhum analfabeto é diplomata

2.3. “Algum A é B”
Por convenção universal em Lógica, proposições da forma Algum A é B estabelecem que o
conjunto A tem pelo menos um elemento em comum com o conjunto B.
Contudo, quando dizemos que Algum A é B, pressupomos que nem todo A é B. Entretanto,
no sentido lógico de algum, está perfeitamente correto afirmar que “alguns alunos são ricos”, mesmo
sabendo que “todos eles são ricos”.
Dizer que Algum A é B é logicamente equivalente a dizer que Algum B é A. Por exemplo:
Algum médico é poeta = Algum poeta é médico

LeidodoDireito
Lei DireitoAutoral
Autoralnºnº9.610,
9.610,dede1919dedeFevereiro
Fevereirodede1998:
1998:Proíbe
Proíbea areprodução
reproduçãototal
totalououparcial
parcialdesse
dessematerial
materialououdivulgação
divulgaçãocom
com
fins
fins comerciais
comerciais ouou não,
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Também, são equivalentes as expressões seguintes:


Algum A é B = Pelo menos um A é B = Existe um A que é B
Exemplo:
Algum poeta é médico = Pelo menos um poeta é médico = Existe um poeta que é médico

2.4. “Algum A não é B”


Proposições da forma Algum A não é B estabelecem que o conjunto A tem pelo menos um
elemento que não pertence ao conjunto B.
Dizer que Algum A não é B é logicamente equivalente a dizer que Algum A é não B, e
também é logicamente equivalente a dizer que Algum não B é A. Por exemplo:
Algum fiscal não é honesto = Algum fiscal é não honesto = Algum não honesto é fiscal
Atenção: dizer que Algum A não é B não significa o mesmo que Algum B não é A. Por
exemplo:
Algum animal não é mamífero  Algum mamífero não é animal
IMPORTANTE: Nas proposições categóricas, usam-se também as variações gramaticais dos verbos
ser e estar, tais como: é, são, está, estão, foi, eram, ..., como elo de ligação entre A e B. Por
exemplo: Todas as pessoas estão alegres; Nenhum homem foi a Lua; Algumas plantas eram
carnívoras.

3. REPRESENTAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS


As proposições categóricas serão representadas por diagramas de conjuntos para a solução de
diversas questões.
Cada proposição categórica tem um significado em termos de conjunto, e isso é quem
definirá o desenho do diagrama; e veremos adiante que uma proposição categórica pode possuir mais
de um desenho.
Junto com as representações das proposições categóricas, analisaremos a partir da verdade de
uma das proposições categóricas, a verdade ou a falsidade das outras.
1) Representação gráfica de “Todo A é B”
Lembremos que Todo A é B significa em termos de conjunto que todo elemento de A
também é elemento de B, ou seja, A está contido em B. Portanto, teremos duas representações
possíveis:

a O conjunto A dentro do conjunto B b O conjunto A é igual ao conjunto B

B
A=B
A

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fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPCON Concursos Públicos.

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Em ambas as representações acima, observe que A está contido em B; daí, as duas


representações são válidas para a proposição “Todo A é B”.
 Quando “Todo A é B” é verdadeira, os valores lógicos das outras proposições categóricas
serão os seguintes:
Nenhum A é B é necessariamente falsa (pois é falsa nas duas representações).
Algum A é B é necessariamente verdadeira (pois é verdadeira nas duas
representações).
Algum A não é B é necessariamente falsa (pois é falsa nas duas representações).

2) Representação gráfica de “Nenhum A é B”


Lembremos que Nenhum A é B significa em termos de conjunto que A e B não têm
elementos em comum. Portanto, haverá somente uma representação:

a Não há intersecção entre A e B

A B

 Quando “Nenhum A é B” é verdadeira, os valores lógicos das outras proposições categóricas


serão os seguintes:
Todo A é B é necessariamente falsa (pois é falsa no desenho acima).
Algum A é B é necessariamente falsa (pois é falsa no desenho acima).
Algum A não é B é necessariamente verdadeira (pois é verdadeira no desenho acima).

3) Representação gráfica de “Algum A é B”


Lembremos que Algum A é B significa em termos de conjunto que o conjunto A tem pelo
menos um elemento em comum com o conjunto B, ou seja, há intersecção entre os círculos A e
B. Portanto, teremos quatro representações possíveis:

Os dois conjuntos possuem uma


a b Todos os elementos de A estão em B.
parte dos elementos em comum.

B
A
A B

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c Todos os elementos de B estão em A. d O conjunto A é igual ao conjunto B

A A=B
B

Em todas as quatro representações acima, observe que os círculos A e B possuem intersecção;


daí, todas as quatro representações são válidas para a proposição “Algum A é B”.
 Quando “Algum A é B” é verdadeira, os valores lógicos das outras proposições categóricas
serão os seguintes:
Nenhum A é B é necessariamente falsa (pois é falsa nas quatro representações).
Todo A é B é indeterminada, pois pode ser verdadeira (em b e d) e pode ser falsa
(em a e c).
Algum A não é B é indeterminada, pois pode ser verdadeira (em a e c) e pode ser falsa
(em b e d).

4) Representação gráfica de “Algum A não é B“


Lembremos que Algum A não é B significa em termos de conjunto que o conjunto A tem
pelo menos um elemento que não pertence ao conjunto B. Isso pode ser obtido em até três
representações possíveis:

Os dois conjuntos possuem uma Todos os elementos de B estão em A.


a b
parte dos elementos em comum.

A
A B B

c Não há elementos em comum entre os dois conjuntos.

A B

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Em todas as três representações acima observe que o conjunto A tem pelo menos um
elemento que não pertence ao conjunto B; daí, todas as três representações são válidas para a
proposição “Algum A não é B”.
 Quando “Algum A não é B” é verdadeira, os valores lógicos das outras proposições
categóricas serão os seguintes:
Todo A é B é necessariamente falsa (pois é falsa nas três representações).
Nenhum A é B é indeterminada, pois pode ser verdadeira (em c) e pode ser falsa (em a e
b).
Algum A é B é indeterminada, pois pode ser verdadeira (em a e b) e pode ser falsa (em
c).

Alguém vai perguntar: preciso decorar tudo isso? Na realidade, o melhor é buscar entender
tudo isso!

4. RELAÇÕES ENTRE AS PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS


Como teremos várias questões envolvendo as palavras todo, algum e nenhum, resolvemos
listar algumas regras que já foram vistas anteriormente.
 “Todo A não é B” é equivalente a “Nenhum A é B”.
 “Nenhum A não é B” é equivalente a “Todo A é B”.
 A negação de “Todo A é B” é “Algum A não é B” (e vice-versa).
 A negação de “Nenhum A é B” é “Algum A é B” (e vice-versa).

5. PROPOSIÇÕES CONTRÁRIAS X PROPOSIÇÕES CONTRADITÓRIAS


1. As proposições contrárias não podem ser ambas verdadeiras, mas podem ser ambas falsas.
Exemplo: “Nenhum disco da urna é preto” e “Todo disco da urna é preto” são
proposições contrárias.
Essas duas proposições não podem ser ambas verdadeiras, mas podem ser ambas falsas. Por
exemplo, caso haja dentro de uma urna discos pretos e também discos brancos, então as duas
proposições acima serão falsas.

2. Duas proposições contraditórias não podem ser ambas verdadeiras nem ambas falsas. Ou
seja, quando uma proposição for verdadeira a outra será falsa, e vice-versa. Assim, podemos
afirmar que uma proposição será negação da outra.
Exemplo: “Nenhum disco é preto” e “Algum disco é preto” são proposições contraditórias.
A negação de “nenhum” é “algum”, e vice-versa.

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Exemplo 01. (FCC) Considerando “todo livro é instrutivo” como uma proposição verdadeira,
é correto inferir que:
a) “Nenhum livro é instrutivo” é uma proposição necessariamente verdadeira.
b) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição necessariamente verdadeira.
c) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição verdadeira ou falsa.
d) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição verdadeira ou falsa.
e) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição necessariamente verdadeira.
Sol.:
Temos que a proposição “todo livro é instrutivo” é verdadeira. Baseando-se nesta proposição,
construiremos as representações dos conjuntos dos livros e das coisas instrutivas. Como vimos
anteriormente há duas representações possíveis:

a b
instrutivo
instrutivo = livro

livro

A opção A é descartada de pronto: “nenhum livro é instrutivo” implica a total dissociação


entre os diagramas. E estamos com a situação inversa!
A opção B é perfeitamente escorreita! Percebam que nos dois desenhos acima os conjuntos
em vermelho e em azul possuem elementos em comum. Resta necessariamente perfeito que “algum
livro é instrutivo” é uma proposição necessariamente verdadeira.
Resposta: opção B.
Já achamos a resposta correta, mas continuaremos a análise das outras opções.
A opção C é incorreta! Pois a proposição “algum livro não é instrutivo” é necessariamente
falsa. Isso pode ser constatado nos dois desenhos acima, vejam que não há um livro sequer que não
seja instrutivo.
A opção D é incorreta! Pois na análise da opção B já havíamos concluído que “algum livro é
instrutivo” é uma proposição necessariamente verdadeira.
A opção E é incorreta! Pois na análise da opção C já havíamos concluído que “algum livro
não é instrutivo” é uma proposição necessariamente falsa.

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Exemplo 02. (FCC) Denota-se respectivamente por A e B os conjuntos de todos atletas da


delegação olímpica argentina e brasileira em Atenas, e por M o conjunto de todos os atletas
que irão ganhar medalhas nessas Olimpíadas. O diagrama mais adequado para representar
possibilidades de intersecção entre os três conjuntos é

A B
B A

M
M

(A) (B)

A B
A B

M M

(C) (D)

A B

(E)
Sol.:
Temos que:
 A representa o conjunto dos atletas da delegação olímpica brasileira em Atenas.
 B representa o conjunto dos atletas da delegação olímpica argentina em Atenas.
 M representa o conjunto de todos os atletas que ganharão medalhas nessas Olimpíadas.
Os diagramas de A e B não podem tem intersecção, pois não pode haver atletas olímpicos
representando simultaneamente os dois países: Brasil e Argentina. Desta forma, já podemos descartar
as alternativas (A), (B) e (D) que apresentam intersecção entre os diagramas de A e B.
Segundo o diagrama da alternativa (C), todos os atletas brasileiros e argentinos ganharão
medalhas nas olimpíadas de Atenas. Com certeza essa situação é impossível, e, assim, devemos
descartar a alternativa em questão.
Só nos resta a alternativa (E). De acordo com o diagrama apresentado nesta alternativa,
alguns atletas brasileiros e argentinos ganharão medalhas nas olimpíadas. Essa situação é a mais
plausível! Resposta: Alternativa E.

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