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CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
Florianópolis
2022
André Luiz Vieira de Sousa
Florianópolis
2022
André Luiz Vieira de Sousa
Este Trabalho Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de
Engenheiro Civil e aprovado em sua forma final pelo Departamento de Engenharia Civil da
Universidade Federal de Santa Catarina
________________________
Prof.a Liane Ramos da Silva, Dr.a
Coordenadora do Curso
Banca Examinadora:
________________________
Prof. Lourenço Panosso Perlin, Dr.
Orientador
Universidade Federal de Santa Catarina
________________________
Daiane de Sena Brisotto
Universidade Federal de Santa Catarina
________________________
Roberto Caldas de Andrade Pinto
Universidade Federal de Santa Catarina
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais por sempre cuidarem de mim durante todos os momentos
da minha vida e me incentivarem desde sempre a estudar para alcançar meus objetivos, além
de me introduzirem na área de edificações e da engenharia civil.
A toda a minha família, amigos e colegas presentes durante minha vida, em especial
durante o período de graduação.
Por fim, agradeço a todos da empresa Beto Engenharia & Topografia pelas
oportunidades concedidas durante o período de estágio.
RESUMO
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 25
1.1 OBJETIVOS .............................................................................................................. 25
1 INTRODUÇÃO
A engenharia civil possui diversas áreas de estudo, pesquisa e atuação profissional,
tais como: transportes, geotecnia, ciências geodésicas, construção civil e estruturas. Cada
área de estudo possui sua importância e muitas vezes se interligam na elaboração de grandes
projetos de engenharia, como pontes, barragens, viadutos, rodovias e entre outros. Dentro da
área de estruturas existem divisões quanto aos seus tipos: de madeira, metálicas e de
concreto armado, bem como a mistura entre esses tipos de estruturas.
Estruturas de concreto armado são amplamente utilizadas em diversos tipos de
obras, sendo as principais e mais usuais os edifícios residenciais e edificações unifamiliares.
Portanto, saber dimensionar esse tipo de estrutura é algo importante na formação do
engenheiro civil. O projeto estrutural de uma residência deve ser desenvolvido para garantir
segurança aos moradores do local e também para evitar desperdício de materiais (concreto e
aço) com o superdimensionamento de elementos estruturais, ou seja, busca-se desenvolver
um projeto econômico, seguro e eficiente.
Sabendo dessa importância, será desenvolvido ao longo do trabalho o projeto
estrutural de uma edificação unifamiliar em concreto armado apresentando todas as suas
etapas: desenvolvimento da arquitetura, concepção estrutural, pré-dimensionamento,
dimensionamento, detalhamento, verificações, análise estrutural de estabilidade e plantas de
fôrmas e armaduras. A arquitetura desenvolvida buscou atender as necessidades de conforto,
espaços e ambientes indispensáveis para uma edificação unifamiliar.
Como todo projeto a ser desenvolvido, é importante seguir as normas brasileiras
estabelecidas, em especial a NBR 6118/2014 referente ao projeto de estruturas de concreto
armado. Além disso, é preciso respeitar as imposições do projeto arquitetônico para haver
conforto visual.
1.1 OBJETIVOS
1.1.3 Método
3 CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
de 45 mm (4,5 cm) para elementos estruturais em contato com o solo, como as vigas baldrame
e fundações (sapatas). O cobrimento superior da laje pode ser reduzido para 15 mm (1,5 cm),
conforme a nota b Tabela 4, visto que sobre as mesmas será aplicado uma camada de
contrapiso e revestimento cerâmico.
Como agregado graúdo granítico é selecionada a brita 1 que possui 19 mm (1,9 cm)
como maior dimensão. Também deve-se definir o tempo de escoramento dos elementos
estruturais, que será de 21 dias. O aço utilizado será o CA-50 para armaduras longitudinais e
CA-60 para armaduras transversais (estribos). Todas as imposições e limites estabelecidos de
acordo com a NBR 6118/2014 serão utilizados no dimensionamento e detalhamento da
estrutura e devem ser respeitados durante a execução, sendo conferidos com alto controle.
Com todas essas definições, é possível calcular parâmetros estruturais importantes em relação
ao concreto e ao aço, conforme apresentado a seguir.
Primeiro calcula-se a resistência de cálculo do concreto à compressão, fcd, a partir
do valor fck aplicando a Equação 1.
𝑓𝑐𝑘 25
𝑓𝑐𝑑 = = = 17,86 𝑀𝑃𝑎 1
1,4 1,4
2⁄ 2⁄ 2
𝑓𝑐𝑡, 𝑚 = 0,3 ∗ 𝑓𝑐𝑘 3 = 0,3 ∗ 25 3 = 2,56 𝑀𝑃𝑎
Calcula-se também a resistência à tração inferior e superior característica e de
cálculo, conforme apresentado a seguir.
3
𝑓𝑐𝑡, 𝑖𝑛𝑓 = 0,7 ∗ 𝑓𝑐𝑡, 𝑚 = 0,7 ∗ 2,56 = 1,80 𝑀𝑃𝑎
6
𝐸𝑐𝑖 = 𝛼𝐸 ∗ 5600 ∗ √𝑓𝑐𝑘 = 1 ∗ 5600 ∗ √25 = 28000 𝑀𝑃𝑎
𝑓𝑐𝑘 25 8
𝛼𝑖 = 0,8 + 0,2 ∗ = 0,8 + 0,2 ∗ = 0,86
80 80
fck 25
fcd 17,86
fct,m 2,56
fctk,inf 1,80
fctk,sup 3,33
fctd 1,28
Eci 28000
Ecs 24150
𝑓𝑦𝑘 500 9
𝑓𝑦𝑑 (𝐶𝐴 − 50) = = = 434,78 𝑀𝑃𝑎
1,15 1,15
𝑓𝑦𝑘 600
𝑓𝑦𝑑 (𝐶𝐴 − 60) = = = 521,74 𝑀𝑃𝑎 10
1,15 1,15
34
Es 210000
Todas as vigas da edificação vão possuir 17 cm como base, que é maior que o
mínimo admitido pela NBR 6118/2014 de 12 cm, com intuito de possuir a mesma dimensão
da alvenaria e dos pilares, ou seja, uma escolha visando à parte estética e também executiva
dos elementos. Para o pré-dimensionamento da altura da viga utilizou-se a seguinte relação:
𝐿
ℎ= 15
10
Onde:
h é a altura da viga;
L é o comprimento do vão efetivo da viga.
Para a viga contínua, ou seja, formada por vários trechos de vigas menores é adotado
um valor de altura constante que satisfaça todos os trechos. A Tabela 9 apresenta o pré-
dimensionamento das vigas do pavimento superior e a Tabela 10 do pavimento caixa d’água.
43
Todas as lajes são de piso não em balanço, portanto, possuem altura mínima de 8
cm. A Tabela 11 apresenta o pré-dimensionamento das lajes. Nota-se que a laje L401 foi
arredondada para 12 cm, pois se trata de uma laje que vai receber a carga de caixa d’água e
outros equipamentos. Além dessa, a laje 207 foi arredondado o valor de 10,8 cm para 12 cm,
com intuito de facilitar sua execução e também por ser uma laje de dimensões elevadas. As
demais utilizaram o valor mínimo ou inteiro imediatamente superior ao calculado pela
Equação 16.
Laje l0x (cm) l0y (cm) l0x/40 (cm) h mín. (cm) h adot. (cm)
Dimensionar uma laje isolada por métodos manuais (Método Elástico) consiste em
definir sua espessura, detalhar a armadura necessária calculada e realizar verificações do
Estado Limite de Serviço, referente à fissuração e deslocamentos. Nessa etapa é calculada a
flecha imediata e diferida no tempo devido ao fenômeno de fluência do concreto. Esses
valores devem ser inferiores aos limites de deslocamentos estabelecidos pela NBR 6118/2014,
como será visto mais adiante. Deve-se também verificar os momentos fletores no estado de
serviço com o momento de fissuração do elemento.
Realiza-se o cálculo da armadura positiva e negativa da laje no Estado Limite
Último (ELU) de Flexão para a elaboração das plantas de armação das lajes do pavimento e
quantificação do aço necessário para a execução do projeto. Nessa etapa as lajes deixam de
ser vistas como elementos independentes no pavimento, para que os momentos fletores
possam ser compatibilizados. Outra verificação a ser feita é referente ao Estado Limite Último
de Cisalhamento, onde se verifica os valores das reações das lajes nas vigas com o esforço de
cisalhamento máximo.
Antes de iniciar as verificações e cálculo de armadura, é necessário definir
parâmetros essenciais para cada laje a ser dimensionada, que são: os vãos efetivos; tipo de
armação; condições de apoio; e cargas atuantes. A seguir serão definidos esses parâmetros
para as 11 lajes a serem dimensionadas no projeto, seguindo todos os critérios estabelecidos
pela NBR6118/2014. A fim de evitar repetições o procedimento de cálculo será feito para
duas lajes distintas, contemplando lajes uni e bidirecionais.
Os vãos efetivos de uma laje são calculados de acordo com a Equação 17, a seguir:
𝑙 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑜 = 𝑎1 + 𝑙 𝑙𝑖𝑣𝑟𝑒 + 𝑎2 17
Onde:
l livre é o valor do vão livre da laje, l0x ou l0y;
a1 e a2 são distâncias calculadas pela Equação 18 e 19.
𝑡1/2
𝑎1 ≤ { } 18
0,3 × ℎ
50
𝑡2/2
𝑎2 ≤ { } 19
0,3 × ℎ
Onde:
h é a espessura da laje pré-dimensionada anteriormente (Tabela 11);
t1 e t2 são distâncias relacionadas às vigas definidas de acordo com a Figura 14.
A definição do tipo de armação da laje é feita a partir dos vãos efetivos e calculada
de acordo com a Equação 20.
𝑙𝑦
𝜆= 20
𝑙𝑥
Onde:
Se λ > 2, a laje é dita como unidirecional, ou seja, é armada apenas na menor direção
(x) e a maior direção (y) considera-se a armadura mínima. Quando λ ≤ 2 a laje é bidirecional e
calcula-se armadura para as duas direções do elemento. É importante definir isso, pois no
Método Elástico o processo de dimensionamento é diferente para lajes uni e bidirecionais.
𝑙𝑦 = 505 𝑐𝑚
𝑙𝑦 505
𝜆= = = 𝟐, 𝟒𝟎 > 2,00 → 𝑼𝒏𝒊𝒅𝒊𝒓𝒆𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍
𝑙𝑥 210
estrutural pode ser considerada para a análise global a seção bruta do concreto, o módulo de
elasticidade secante (Ecs) para os cálculos, coeficiente de Poisson igual a 0,2 e que deve-se
considerar a fissuração para o cálculo dos deslocamentos nas análises locais. A norma ainda
salienta que esse método pode ser empregado para as verificações do ELS e também para o
ELU, desde que sejam garantidas as condições de equilíbrio e ductilidade.
Como dito anteriormente, são feitas algumas simplificações que facilitam o cálculo
dos esforços e deslocamentos, que são: considerar que há apenas transmissão de cargas
verticais distribuídas uniformemente para as vigas no contorno das lajes, de acordo com o
Método das Linhas de Ruptura; que as vigas de contorno não se deslocam verticalmente; os
apoios das lajes podem ser considerados como apoios simples, engastes perfeitos (engastadas)
ou bordos livres. Dessa forma, a Equação de Lagrange (Equação 21), uma equação diferencial
resultante do equilíbrio dos deslocamentos verticais (w) das placas, pode ser resolvida por
meio de séries trigonométricas, utilizando a teoria da elasticidade para encontrar os esforços
(momentos fletores) como solução das equações diferenciais.
𝛿 4𝑤 𝛿 4𝑤 𝛿 4𝑤 𝑝
+ 2 × + = 21
𝛿𝑥 4 𝛿𝑥 4 𝛿𝑦 4 𝛿𝑦 4 𝐷
Onde:
w é o deslocamento vertical em qualquer ponto x, y da laje;
p é o carregamento vertical em qualquer ponto x, y da laje;
D é o coeficiente de rigidez à flexão da laje, que depende do coeficiente de Poisson,
módulo de elasticidade e espessura da laje.
Trata-se, portanto, de um procedimento complexo do cálculo, porém para lajes
retangulares, alguns autores, como Bares, desenvolveram tabelas para facilitar no processo de
cálculo, onde são desenvolvidas as Equações 22 e 23 apresentadas a seguir, referentes aos
cálculos dos momentos fletores (positivos e negativos) e flechas das lajes, respectivamente.
𝑀𝑥 𝜇𝑥
𝑀𝑥 − 𝜇𝑥 − 𝑝 × 𝑙𝑥 2
{ } = { 𝜇𝑦 } ×
𝑀𝑦 100 22
𝑀𝑦 − 𝜇𝑦 −
𝑝 × 𝑙𝑥 4 23
𝑓=𝛼×
100 × 𝐸𝑐𝑠 × ℎ3
55
Onde:
lx o comprimento do menor vão da laje;
p é o carregamento uniformemente distribuído da laje;
h é a espessura da laje;
Ecs é módulo de elasticidade secante;
μx, μy, μx-, μy- e α são coeficientes para lajes retangulares tabelados desenvolvidas
por BARES, que dependem da relação das dimensões da laje (λ) e das condições de apoio das
lajes, que podem ser de nove tipos, conforme apresentado na Figura 15.
Sendo assim, é preciso definir para cada laje isolada suas condições de apoio no
pavimento, a fim de se determinar o caso de vinculação (1 a 9) com intuito de calcular os
coeficientes citados anteriormente, como será visto mais adiante. Os critérios para determinar
o tipo de apoio das lajes são os seguintes (não há rebaixos entre lajes):
Critério 1: Uma laje de espessura h pode ser engastada à sua vizinha se esta possuir
espessura superior ou igual a h – 2;
Critério 2: Uma laje pode ser engastada a outra quando possuir mais de 2/3 do vão de
continuidade com uma vizinha (na mesma direção);
Critério 3: Uma laje pode ser engastada a outra quando 2/3 do seu vão for maior do
que o vão da laje vizinha analisada (na mesma direção).
Para cada laje é avaliada as três condições com suas vizinhas, engastando a laje que
atender aos três critérios, e define-se o caso de vinculação, conforme apresentado na Tabela
15 e ilustrado na Figura 16 (sem escala). É importante salientar que tais condições indicam a
possibilidade de engastamento não sendo, portanto, uma obrigatoriedade, ficando a cargo do
projetista a definição destes engastamentos. Para lajes pequenas, como a L203, L204, L205,
L208, L209 e L210, optou-se por considerá-las sem engastamentos com as lajes adjacentes.
2 2
𝐶𝑟𝑖𝑡é𝑟𝑖𝑜 2: 284 𝑐𝑚 > × 𝑙𝑥 (𝐿201) = × 284 = 189 𝑐𝑚 → 𝑬𝒏𝒈𝒂𝒔𝒕𝒆
3 3
2 2
× 𝑙𝑦 (𝐿201) = × 454 = 303 𝑐𝑚
3 3
𝐶𝑟𝑖𝑡é𝑟𝑖𝑜 3: 𝑙𝑦 (𝐿206) = 439 𝑐𝑚 > 303 𝑐𝑚 → 𝑬𝒏𝒈𝒂𝒔𝒕𝒆
Portanto, L201 pode ser engastada na L206.
Trata-se do Caso 4 de vinculação ao comparar a situação apresentada na Figura 16
com os casos da Figura 15, apresentada anteriormente.
Para a determinação das cargas acidentais (q) das lajes foi utilizada a Tabela 2 da
NBR6120/2019 com os valores relacionados a edifícios residenciais que contempla os
ambientes usuais de uma edificação. Para a laje do reservatório de caixa d’água é considerado
o valor de carga de um terraço com acesso ao público devido à presença de outros
equipamentos como um boiler. A Tabela 16 apresenta os valores de carga acidental para cada
laje.
As cargas permanentes estão relacionadas aos materiais utilizados nos elementos que
vão atuar durante a vida útil da estrutura, tais como a própria estrutura de concreto (laje, viga
61
𝑉𝑎
𝑔 𝑎𝑙𝑣𝑒𝑛𝑎𝑟𝑖𝑎 = 𝐾 × 28
𝑙𝑥 × 𝑙𝑦
Onde:
Va é o volume da alvenaria, considerando os blocos cerâmicos de 17 cm e reboco nas
duas faces da parede de espessura igual a 1,5 cm, bem como o comprimento C e altura H da
parede definidas anteriormente, ou seja:
𝑉𝑎 = (2 × 𝛾 𝑟𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 × 𝑒 𝑟𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 + 𝛾 𝑎𝑙𝑣𝑒𝑛𝑎𝑟𝑖𝑎 × 𝑒 𝑎𝑙𝑣𝑒𝑛𝑎𝑟𝑖𝑎 ) × 𝐶 × 𝐻 29
K é o coeficiente que depende da posição da alvenaria e varia de 1,0 a 1,5.
Foi considerado para a L201 um coeficiente K de 1,20, visto que a parede não está no
meio da laje. Já para a L401 foi considerado K igual a 1,50, ou seja, considerando uma
situação mais crítica com a caixa d’água exatamente sobre o meio do vão da laje.
Cálculo para a L201 (h = 8 cm):
𝑔 𝑙𝑎𝑗𝑒 = 𝛾 𝑙𝑎𝑗𝑒 × ℎ = 25 × 0,08 = 𝟐, 𝟎 𝒌𝑵/𝒎𝟐
𝑔 𝑝𝑖𝑠𝑜 = 𝛾 𝑝𝑖𝑠𝑜 × 𝑒 𝑝𝑖𝑠𝑜 = 18 × 0,01 = 𝟎, 𝟏𝟖 𝒌𝑵/𝒎𝟐
𝑔 𝑟𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 = 𝛾 𝑟𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 × 𝑒 𝑟𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑡𝑒𝑡𝑜 = 19 × 0,015 = 𝟎, 𝟐𝟖𝟓 𝒌𝑵/𝒎𝟐
𝑔 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑝𝑖𝑠𝑜 = 𝛾 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑝𝑖𝑠𝑜 × 𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑝𝑖𝑠𝑜 = 21 × 0,03 = 𝟎, 𝟔𝟑𝒌𝑵/𝒎𝟐
𝑉𝑎 = (2 × 19 × 0,015 + 13 × 0,17) × 2,75 × 2,90 = 22,17 𝑚3
22,17
𝑔 𝑎𝑙𝑣𝑒𝑛𝑎𝑟𝑖𝑎 = 1,20 × = 𝟐, 𝟎𝟖 𝒌𝑵/𝒎𝟐
2,83 × 4,53
𝑔 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 2,0 + 0,18 + 0,285 + 0,63 + 2,08 = 𝟓, 𝟏𝟕 𝒌𝑵/𝒎𝟐
Por fim, é elaborada a Tabela 21 com os valores da carga p para as três combinações
de carregamento explanadas.
68
p (kN/m2)
L
q g Combinação
γ ψ1 ψ2 Combinação Combinação
Laje (kN/m2) (kN/m2) Quase
Frequente no ELU
Permanente
L201 1,5 5,17 1,40 0,40 0,30 5,77 5,62 9,34
L202 1,5 3,60 1,40 0,40 0,30 4,20 4,05 7,13
L203 1,5 3,10 1,40 0,40 0,30 3,70 3,55 6,43
L204 1,5 3,10 1,40 0,40 0,30 3,70 3,55 6,43
L205 1,5 3,10 1,40 0,40 0,30 3,70 3,55 6,43
L206 1,5 3,60 1,40 0,40 0,30 4,20 4,05 7,13
L207 1,5 4,10 1,40 0,40 0,30 4,70 4,55 7,83
L208 1,5 3,10 1,40 0,40 0,30 3,70 3,55 6,43
L209 1,5 3,10 1,40 0,40 0,30 3,70 3,55 6,43
L210 1,5 3,10 1,40 0,40 0,30 3,70 3,55 6,43
L401 3,0 15,82 1,40 0,40 0,30 17,02 16,72 26,34
Fonte: Elaborado pelo autor
Com a definição dos vãos efetivos, tipo de armação, caso de vinculação de apoio e o
carregamento sobre a laje na combinação do ELU, inicia-se o processo de dimensionamento e
detalhamento das armaduras longitudinais da laje no Estado Limite Último de Flexão.
Os momentos fletores de cálculo (Md), que são gerados nas lajes devido ao
carregamento atuante, foram calculados, compatibilizados e corrigidos. O método de cálculo
dos momentos fletores depende do tipo de armação da laje. Uma laje bidirecional possui
momento fletor positivo nas duas direções e utilizam-se as relações já apresentadas do
Método Elástico (item 4.3), enquanto a unidirecional possui momento apenas no sentido do
seu menor vão e é determinado como se fosse uma viga com determinada condição de apoio.
Os momentos negativos são gerados nos engastamentos e, portanto, só serão determinados em
lajes que possuírem engastamento. Assim como os momentos positivos, os momentos
negativos também dependem do tipo de armação da laje para cálculo, possuindo fórmulas
distintas para lajes unidirecionais e bidirecionais.
69
Tabela 22 – Coeficientes μx, μy, μx-, μy- para lajes retangulares (Casos 1, 2 e 3)
Tabela 23 – Coeficientes μx, μy, μx-, μy- para lajes retangulares (Casos 4, 5 e 6)
Tabela 24 – Coeficientes μx, μy, μx-, μy- para lajes retangulares (Casos 7, 8 e 9)
Quando o valor de λ está entre dois valores fixados nas tabelas apresentadas, utiliza-
se a Equação 32 para a realização da interpolação linear com os limites superior e inferior do
respectivo μ e λ.
(𝜇 𝑠𝑢𝑝 − 𝜇 𝑖𝑛𝑓) × (𝜆 𝑐𝑎𝑙𝑐 − 𝜆 𝑖𝑛𝑓)
𝜇= + 𝜇 𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 32
(𝜆 𝑠𝑢𝑝 − 𝜆 𝑖𝑛𝑓)
A seguir é mostrado o cálculo para a laje L201. As demais lajes bidirecionais
seguiram o mesmo modelo de cálculo, onde em alguns casos foi necessário realizar a
interpolação linear para a determinação dos coeficientes. Os resultados obtidos estão
dispostos na Tabela 25 e ilustrados nas Figuras 20 e 21(sem escala).
Laje Mdx (kNm/m) Mdy (kNm/m) Mdx corrig. (kNm/m) Mdy corrig. (kNm/m)
0,85) da tensão de cálculo (fcd). Além disso, o diagrama pode ser substituído por um
retângulo de profundidade y = λx, onde λ = 0,80.
A linha neutra á determinada pela Equação 39, porém antes é necessário estimar o
valor da altura útil (d), que é à distância da face superior (ou inferior em caso de armadura
negativa) da laje até o centro geométrico da armadura, conforme ilustrado na Figura 26.
𝑑𝑥 = ℎ − 𝑐 − 0,5 × 𝜙𝑥 35
𝑑𝑦 = ℎ − 𝑐 − 𝜙𝑥 − 0,5 × 𝜙𝑦 36
anteriormente na Figura 25. Já para o aço CA-50 essa deformação é de 10‰ (0,01), conforme
a Figura 27 a seguir, e a deformação de escoamento é a. εyd, que vale 2,07‰ (0,00207).
Na flexão simples sempre vai existir uma região comprimida, ou seja, a seção sempre
vai estar no domínio 2, 3 ou 4. Em caso de momentos positivos, a região superior é a
comprimida e em momentos negativos ocorre o inverso. Para concretos de até classe C50 e
aços do tipo CA-50, que são os utilizados para as armaduras longitudinais das lajes, define-se
dois pontos de transição entre domínios, que são o x23 e o x34, calculados por semelhança de
triângulos, pelas equações a seguir.
𝑥23 𝜀𝑐𝑢
= 40
𝑑 10 ‰ + 𝜀𝑐𝑢
𝑥34 𝜀𝑐𝑢
= 41
𝑑 𝜀𝑦𝑑 + 𝜀𝑐𝑢
Substituindo os valores das deformações específicas citados anteriormente, calcula-se
que x23/d = 0,259 e x34/d = 0,628, ou seja, se a relação x/d calculada para as lajes for inferior
a 0,259 o concreto está no domínio 2. As lajes podem até estar no domínio 3, porém
respeitando o limite de ductilidade.
A definição dos limites de deformação é fundamental para determinar a tensão do
aço, visto que há domínios ode a deformação do aço é inferior à deformação de escoamento e,
conforme a Figura 27, nesses casos a tensão é calculada no regime elástico-linear do material.
No caso dos domínios 2 e 3, a deformação do aço é superior ao εyd e, portanto, utiliza-se a
tensão de escoamento do aço (fyd ver Tabela 6) para o cálculo da área de aço por metro
necessária para laje. Tal cálculo é feito conforme a Equação 42.
𝑀𝑑
𝐴𝑠 = 42
𝑓𝑦𝑑 × (𝑑 − 0,5 × 𝜆 × 𝑥)
84
ℎ = 8 𝑐𝑚
𝑐 𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑙𝑎𝑗𝑒 = 2,5 𝑐𝑚
𝑓𝑐𝑑 = 17,86 𝑀𝑃𝑎
𝑓𝑦𝑑 = 434,78 𝑀𝑝𝑎
𝐴𝑠 𝑚í𝑛
𝜌𝑠 = ≥ 0,67 × 𝜌𝑚í𝑛
𝑏𝑤 × ℎ
𝐴𝑠 𝑚í𝑛
𝜌𝑠 = ≥ 0,67 × 0,15%
100 × 8
𝐴𝑠 𝑚í𝑛 = 0,80 𝑐𝑚2/𝑚
Menor vão:
𝑀𝑑𝑥 = 3,78 𝑘𝑁𝑚/𝑚
8
𝜙𝑚á𝑥 = = 1,00 𝑐𝑚 → 10 𝑚𝑚
8
𝜙𝑥 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 = 6,3 𝑚𝑚
𝑑𝑥 = 8 − 2,5 − 0,5 × 0,63 = 5,19 𝑐𝑚
3,78
0,0519 − √0,05192 − 2 ×
1 × 0,85 × 17,86 × 103
𝑥= = 0,0063 𝑚 → 0,63 𝑐𝑚
0,8
𝑥 0,63
= = 0,12 < 0,45 → 𝐷𝑜𝑚í𝑛𝑖𝑜 2
𝑑 5,19
3,78
𝐴𝑠 = = 1,76 × 10−4 𝑚2/𝑚 → 1,76𝑐𝑚2/𝑚
434,78 × 103 × (0,0519 − 0,5 × 0,8 × 0,0063)
𝐴𝑠 = 1,76 𝑐𝑚2/𝑚
𝐴𝑠 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑎 ≥ { }
𝐴𝑠 𝑚í𝑛 = 0,80 𝑐𝑚2/𝑚
𝐴𝑠 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑎 = 1,76 𝑐𝑚2/𝑚
Maior vão:
𝑀𝑑𝑦 = 2,33 𝑘𝑁𝑚/𝑚
8
𝜙𝑚á𝑥 = = 1,00 𝑐𝑚 → 10 𝑚𝑚
8
𝜙𝑦 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 = 6,3 𝑚𝑚
𝑑𝑦 = 8 − 2,5 − 0,63 − 0,5 × 0,63 = 4,56 𝑐𝑚
87
2,33
0,0456 − √0,04562 − 2 ×
1 × 0,85 × 17,86 × 103
𝑥= = 0,0044 𝑚 → 0,44 𝑐𝑚
0,8
𝑥 0,44
= = 0,10 < 0,45 → 𝐷𝑜𝑚í𝑛𝑖𝑜 2
𝑑 4,56
2,33
𝐴𝑠 = = 1,22 × 10−4 𝑚2/𝑚 → 1,22𝑐𝑚2/𝑚
434,78 × 103 × (0,0456 − 0,5 × 0,8 × 0,0044)
𝐴𝑠 = 1,22 𝑐𝑚2/𝑚
𝐴𝑠 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑎 ≥ { }
𝐴𝑠 𝑚í𝑛 = 0,80 𝑐𝑚2/𝑚
𝐴𝑠 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑎 = 1,22 𝑐𝑚2/𝑚
𝐴𝑠 = 3,88 𝑐𝑚2/𝑚
𝐴𝑠 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑎 ≥ { }
𝐴𝑠 𝑚í𝑛 = 1,80 𝑐𝑚2/𝑚
𝐴𝑠 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑎 = 3,88 𝑐𝑚2/𝑚
Maior vão:
Como não há momento nessa direção ara a laje unidirecional, é adotada a área
mínima para armadura positiva secundária, conforme a Tabela 30.
𝜙𝑦 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 = 6,3 𝑚𝑚
𝐴𝑠 𝑚í𝑛
𝜌𝑠 = ≥ 0,5 × 𝜌𝑚í𝑛
𝑏𝑤 × ℎ
𝐴𝑠 𝑚í𝑛
𝜌𝑠 = ≥ 0,5 × 0,15%
100 × 12
𝐴𝑠 𝑚í𝑛 = 0,90 𝑐𝑚2/𝑚
𝐴𝑠 𝑚í𝑛 = 0,90 𝑐𝑚2/𝑚
𝐴𝑠 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑎 ≥ {20% × 3,88 = 0,78 𝑐𝑚2/𝑚 }
0,90 𝑐𝑚2/𝑚
𝐴𝑠 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑎 = 0,90 𝑐𝑚2/𝑚
89
𝐴𝑠
𝑛= 45
𝐴𝑠, 𝑢𝑛𝑖
Calcula-se em seguida o espaçamento entre barras (s) arredondo-o para o número
inteiro imediatamente inferior. Em seguida, deve-se verificar com os valores máximos de
espaçamentos definidos no item 20.1 da NBR6118/2014, que são diferentes para o tipo de
armação da laje. Para as lajes bidirecionais e para o menor vão das unidirecionais, o
espaçamento máximo é dado pelo menor valor entre 2h e 20 cm, onde h é a espessura da laje.
Já para o maior vão de uma laje unidirecional o máximo espaçamento é de 33 cm.
100
𝑠 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = 46
𝑛
Com o espaçamento verificado e definido, calcula-se a quantidade total de barras (Q)
arredondando para o inteiro imediatamente superior.
𝑙0
𝑄= −1 47
𝑠
94
Onde:
l0 é o comprimento que varia para o tipo de armadura, sendo o valor de l0y para a
armadura positiva do menor vão, l0x para a do maior vão e o comprimento comum entre as
lajes que vão receber a armadura negativa.
O comprimento das barras é calculado de forma distinta para armaduras positivas e
negativas. Para a positiva calcula-se a ancoragem máxima (lb, máx) nos apoios a qual será
utilizada para a ancoragem das barras em todas as lajes, facilitando o processo construtivo.
Mais adiante, no Estado Limite Último de Cisalhamento será feita uma verificação do
comprimento de ancoragem, calculando o comprimento necessário efetivo (lb nec efetivo).
𝑙𝑏, 𝑚á𝑥 = 𝑏𝑤 𝑣𝑖𝑔𝑎 − 𝑐 𝑣𝑖𝑔𝑎 48
100
𝑠 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = = 25,45 𝑐𝑚 → 25 𝑐𝑚
3,93
20 𝑐𝑚
𝑠 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 ≤ { 2 × 8 = 16 𝑐𝑚 }
𝑠 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = 25 𝑐𝑚
𝑠 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 = 16 𝑐𝑚
278
𝑄= − 1 = 16,38 → 17 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
16
𝑙𝑏, 𝑚á𝑥 = 17 − 3 = 14 𝑐𝑚 (𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎 𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎)
𝐶 = 448 + 14 + 14 = 476 𝑐𝑚
Detalhamento final:
17 𝜙6,3 𝑐16 − 476
c sup c inf
Entre as he hd l0 lx máx ϕ- As adot. As uni s Calc. s Adot. ge gd C
laje laje n Q
Lajes (cm) (cm) (cm) (cm) (mm) (cm2/m) (cm2/m) (cm) (cm) (cm) (cm) (cm)
(cm) (cm)
L201-
8 10 448 394 1,5 2,5 8 3,92 0,503 7,80 12,83 12 37 4 6 223
L202
L201-
8 10 278 283 1,5 2,5 6,3 1,89 0,312 6,05 16,52 16 17 4 6 165
L206
L206-
10 12 433 440 1,5 2,5 8 3,78 0,503 7,52 13,30 13 33 6 8 250
L207
Fonte: Elaborado pelo autor
102
100
𝑠 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = = 38,77 𝑐𝑚 → 38 𝑐𝑚
2,58
33 𝑐𝑚
𝑠 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 ≤ { }
𝑠 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = 38 𝑐𝑚
𝑠 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 = 33 𝑐𝑚
𝐶 = 25 × 0,63 + 17 − 3 + 0,15 × 283 + 8 − 1,5 − 2,5 = 76,2 → 77 𝑐𝑚
Menor Vão:
278
𝑄= − 1 = 7,42 → 8 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
33
Detalhamento final:
8 𝜙6,3 𝑐33 − 77
Maior Vão:
448
𝑄= − 1 = 12,58 → 13 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
33
Detalhamento final:
13 𝜙6,3 𝑐33 − 77
104
Comprimento
Tipo de Aço ϕx (mm) N Quantidade
Unitário (cm) Total (m)
1 27 306 82,62
2 49 416 203,84
3 40 301 120,40
4 30 186 55,80
5 63 461 290,43
6 51 331 168,81
7 106 231 244,86
8 36 476 171,36
9 17 551 93,67
10 33 526 173,58
11 17 165 28,05
12 21 77 16,17
13 37 95 35,15
14 23 76 17,48
15 4 59 2,36
6,3
16 13 80 10,40
CA-50
17 27 65 17,55
18 50 70 35,00
19 1 497 4,97
20 7 202 14,14
21 4 112 4,48
22 11 104 11,44
23 14 169 23,66
24 19 201 38,19
25 4 118 4,72
26 15 135 20,25
27 9 139 12,51
28 13 184 23,92
29 9 145 13,05
30 6 169 10,14
31 37 223 82,51
8
32 33 250 82,50
Fonte: Elaborado pelo autor
108
Tipo de
ϕx Comprimento Total Massa Nominal do Aço Massa Total + 10% de
Aço (mm) (m) (kg/m) perdas (kg)
O item 14.7.6.1 da norma dispõe sobre o cálculo das reações de apoio das lajes
maciças nas vigas. A norma indica algumas aproximações a serem feitas para esse cálculo
através do método das charneiras plásticas no regime de ruptura. O método consiste em traçar
linhas de ruptura dos vértices das lajes traçadas para cada apoio, com ângulos aproximados
para as seguintes condições, de acordo com a NBR6118/2014:
45º entre apoios do mesmo tipo;
60º a partir do apoio considerado engastado, se outro for considerado simplesmente
apoiado;
90º a partir do apoio, quando a borda vizinha for livre.
A Figura 35 ilustra as condições da norma para o cálculo das reações de apoio.
111
Onde:
p é o carregamento da laje na combinação do ELU;
kx, kx-, ky e ky-são coeficientes tabelados em função do caso de vinculação (similar
aos coeficientes μ da flexão), dados pelas tabelas a seguir, onde é feita interpolação linear
caso o λ esteja entre valores tabelados. A classificação de lajes unidirecionais é uma
simplificação feita no processo de cálculo à flexão, entretanto, para o cisalhamento, a fim de
evitar situações perigosas, essa simplificação não é feita. Logo, a laje é classificada
novamente, porém como bidirecional e, portanto, vai apresentar um caso de vinculação
considerando o coeficiente λ tendendo ao infinito, pois é um valor maior que 2.
112
Tabela 40 – Coeficientes kx, ky, kx-, ky- para lajes retangulares (Casos 1, 2 e 3)
Tabela 41 – Coeficientes kx, ky, kx-, ky- para lajes retangulares (Casos 4, 5 e 6)
Tabela 42 – Coeficientes kx, ky, kx-, ky- para lajes retangulares (Casos 7, 8 e 9)
Onde cada item é calculado por equações específicas apresentadas a seguir e σcp = 0,
visto que não há a protensão.
3
𝜏𝑟𝑑 = 37,5 × 10−3 × √𝑓𝑐𝑘 2 (𝑎𝑡é 𝑐𝑙𝑎𝑠𝑠𝑒 𝐶50) 57
𝑘 = (1,6 − 𝑑) ≥ 1 58
𝐴𝑠1
𝜌1 = ≤ 0,02 59
𝑏𝑤 × 𝑑
Onde:
d é a altura útil da armadura que chega até a viga de maior reação de apoio;
As1 é a área de armadura de tração que se estende no mínimo até d – lb,nec além da
seção considerada, quando a reação máxima está sobre o apoio. Quando a reação máxima está
sobre a região de engastamento, utiliza-se a armadura de tração da região, que no caso passa a
ser a armadura negativa calculada anteriormente.
100
𝐴𝑠1 = 𝐴𝑠, 𝑢𝑛𝑖 × 60
𝑠 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜
100
𝐴𝑠1 = 0,503 × = 3,87 𝑐𝑚2/𝑚
13
3,87
𝜌1 = = 0,00625 ≤ 0,02
100 × 6,19
3
𝜏𝑟𝑑 = 37,5 × 10−3 × √252 = 0,321 𝑀𝑃𝑎 → 321 𝑘𝑁/𝑚2
𝑉𝑟𝑑1 = (321 × 1,54 × (1,2 + 40 × 0,00625) + 0,15 × 0) × 1 × 0,0619 = 44,23 𝑘𝑁/𝑚
𝑉𝑠𝑑 ≤ 𝑉𝑟𝑑1
11,52 𝑘𝑁/𝑚 ≤ 44,23 𝑘𝑁/𝑚
No detalhamento das armaduras positivas realizado no item 4.5.5, utilizou -se todo o
comprimento disponível de ancoragem nos apoios de 14 cm retirando do bw da viga de 17 cm
o seu cobrimento de 3 cm. É necessário verificar se essa ancoragem é suficiente calculando o
comprimento de ancoragem necessário para cada laje nos apoios sem engastamento.
ancorar a força limite As × fyd, porém não necessariamente o aço escoa, visto que a armadura
efetiva detalhada é sempre superior à armadura calculada. Dessa forma, o comprimento de
ancoragem pode ser reduzido para o lb,nec.
𝜙 × 𝑓𝑦𝑑
𝑙𝑏 = 61
4 × 𝑓𝑏𝑑
𝐴𝑠 𝑐𝑎𝑙𝑐
𝑙𝑏, 𝑛𝑒𝑐 = 𝛼 × 𝑙𝑏 × ≥ 𝑙𝑏, 𝑚í𝑛 62
𝐴𝑠 𝑒𝑓
Onde:
Φ é o diâmetro da barra;
fyd é a tensão de escoamento do aço, apresentado na Tabela 6;
α é um coeficiente que depende do uso ou não de ganhos, valendo 0,7 para barras
tracionadas com gancho e cobrimento superior a 3Φ e 1,0 para barras sem gancho, que é o
caso utilizado;
As,calc é a área de aço calculada;
As,ef é a área de aço efetiva utilizada a partir do detalhamento;
lb,mín é o maior valor entre 0,3lb, 10Φ e 10 cm;
fbd é a resistência de aderência de cálculo entre a armadura e o concreto na ancoragem
definida no item 9.3.2.1 da norma.
𝑓𝑏𝑑 = 𝜂1 × 𝜂2 × 𝜂3 × 𝑓𝑐𝑡𝑑 63
Onde:
fctd é a resistência a tração de cálculo do concreto apresentada na Tabela 5;
η1 é igual a:
1,0 para barras lisas (CA-25);
1,4 para barras entalhadas (CA-60);
2,25 para barras de alta aderência (CA-50), que é caso utilizado.
η2 é igual a:
0,7 para regiões de má aderência;
1,0 para regiões de boa aderência que é definida, para barras horizontais e de
elementos com espessura inferior a 60 cm, como regiões de no máximo 30 cm acima
120
η3 é igual a:
1,0 para Φ ≤ 32 mm, sendo o caso utilizado;
(132 – Φ)/100 para Φ > 32 mm.
A ancoragem das lajes é feita nos apoios (vigas), portanto, deve-se calcular a força a ser
ancorada dada pela equação a seguir.
𝑎𝑙
𝑅𝑠𝑑 = × 𝑉𝑑 + 𝑁𝑑 64
𝑑
Onde:
d é altura útil da laje;
Vd é a reação de apoio máxima da laje sobre a viga;
Nd é a força normal, nula nesse caso;
al é o comprimento de decalagem do momento fletor, dado pela equação a seguir, de
acordo com ARAÚJO (2003).
𝑎𝑙 = 1,5 × 𝑑 65
Sabendo que a força limite é As × fyd, a área de aço necessária calculada para a
ancoragem é dada pela Equação 66.
𝑅𝑠𝑑
𝐴𝑠, 𝑐𝑎𝑙𝑐 = 66
𝑓𝑦𝑑
𝑏 × ℎ3
𝐼𝑐 = 68
12
Se o momento de serviço da laje for inferior ao momento de fissuração, o concreto está
em seu Estádio I e não ocorre a fissuração da laje e utiliza-se o momento de inércia da seção
bruta (Ic). Porém, quando o valor for superado a laje fissura e deve-se calcular um novo
momento de inércia reduzido pela Equação de Branson, a seguir, que realiza uma ponderação
entre o momento da seção bruta e do momento de inércia do Estádio II.
𝑀𝑟 3 𝑀𝑟 3
𝐼𝑒𝑞 = 𝐼𝑐 × ( ) + (1 − ( ) ) × 𝐼𝑖𝑖 ≤ 𝐼𝑐 69
𝑀𝑎 𝑀𝑎
Onde:
Ma é o momento fletor de serviço atuante;
Iii é momento de inércia do Estádio II dado pela Equação 70.
𝑏 × 𝑋𝑖𝑖 3
𝐼𝑖𝑖 = + 𝛼𝐸 × 𝐴𝑠 × (𝑋𝑖𝑖 − 𝑑)2 + (𝛼𝐸 − 1) × 𝐴′𝑠 × (𝑋𝑖𝑖 − 𝑑′)2 70
3
Onde:
b é a base de 1 metro;
As é a área de aço tracionada;
A’s é a área de aço comprimido, cujo valor para as lajes é nulo;
d é a altura útil da seção;
d’ é distância da borda comprimida até a armadura comprimida, cujo valor também é
nulo;
αE é dado pela relação entre o módulo de elasticidade do aço e do módulo de
elasticidade secante do concreto.
𝐸𝑠
𝛼𝐸 = 71
𝐸𝑐𝑠
Xii é a altura da linha neutra no Estádio II dada pela Equação 72, cujos coeficientes A e
B são calculados pelas Equações 73 e 74.
𝑋𝑖𝑖 = −𝐴 + √𝐴2 + 2 × 𝐵 72
(𝛼𝐸 − 1) × 𝐴′ 𝑠 + 𝛼𝐸 × 𝐴𝑠
𝐴= 73
𝑏𝑤
125
𝑑′ × (𝛼𝐸 − 1) × 𝐴′ 𝑠 + 𝑑 × 𝛼𝐸 × 𝐴𝑠
𝐵= 74
𝑏𝑤
A seguir é demonstrado o cálculo para a laje L201 e apresentado a Tabelas 46, 47 e 48
com o cálculo dos momentos de serviço, do momento de fissuração e a verificação da
fissuração das lajes, respectivamente, onde nota-se que houve fissuração no momento
negativo da laje L201 e no momento positivo na laje L401.
Laje lx (m) λ Vinculação p (kN/m2) μx μx- μy μy- Mx (kNm/m) Mx- (kNm/m) My (kNm/m) My-(kNm/m)
L201 2,83 1,60 Caso 4 5,77 5,06 10,99 2,31 8,12 2,34 5,07 1,07 3,75
L202 3,94 1,15 Caso 3 4,20 4,64 9,63 2,68 - 3,02 6,27 1,75 -
L203 2,78 1,90 Caso 1 3,70 9,63 - 3,75 - 2,75 - 1,07 -
L204 1,63 1,28 Caso 1 3,70 6,47 - 4,43 - 0,63 - 0,43 -
L205 1,63 1,89 Caso 1 3,70 9,59 - 3,77 - 0,94 - 0,37 -
L206 3,94 1,11 Caso 3 4,20 4,47 9,37 2,74 - 2,91 6,10 1,78 -
L207 4,40 1,15 Caso 2 4,70 4,14 - 3,97 9,53 3,77 - 3,61 8,67
L208 3,08 1,42 Caso 1 3,70 7,37 - 4,32 - 2,58 - 1,51 -
L209 2,08 1,00 Caso 1 3,70 4,41 - 4,41 - 0,70 - 0,70 -
L210 2,08 1,48 Caso 1 3,70 7,74 - 4,27 - 1,23 - 0,68 -
L401 2,10 2,40 Apoio-Apoio 17,02 - - - - 9,40 - - -
Fonte: Elaborado pelo autor
127
𝑏 =1𝑚
𝑑 = 6,19 𝑐𝑚
𝐴𝑠 = 3,87 𝑐𝑚2/𝑚
100 × 83
𝐼𝑐 = = 4266,67 𝑐𝑚4
12
100 × 1,7313
𝐼𝑖𝑖 = + 8,70 × 3,87 × (1,731 − 6,19)2 + (8,70 − 1) × 0 × (1,731 − 0)2
3
𝐼𝑖𝑖 = 839,90𝑐𝑚4
4,10 3 4,10 3
𝐼𝑒𝑞 = 4266,67 × ( ) + (1 − ( ) ) × 839,90 = 2653,30 𝑐𝑚4 ≤ 4266,67 𝑐𝑚4
5,07 5,07
Utiliza-se a Equação 75 para o cálculo do momento de inércia final por meio de uma
ponderação. Para a laje L201(bidirecional) é considerado o momento da seção bruta no vão e
129
no apoio não engastado na ponderação. Já para a laje L401 (unidirecional e apoiada nas duas
extremidades) não é feita a ponderação. Com o momento de inércia final, calcula-se a
espessura equivalente com a Equação 76.
3 12 × 𝐼𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
ℎ 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = √ 76
𝑏
3 12 × 4024,66
ℎ 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = √ = 7,85 𝑐𝑚
100
130
São calculados dois tipos de flechas: as imediatas e as diferidas com o tempo. A flecha
imediata é a que ocorre imediatamente após a retirada do escoramento das lajes com a
finalização do processo de cura do concreto. Portanto, estão diretamente relacionadas ao
carregamento quase permanente de serviço que atua sobre as lajes. Já a flecha diferida com o
tempo do elemento está relacionada ao fenômeno de fluência do concreto, que aumenta as
deformações com o passar do tempo por conta dos carregamentos de longa duração que atuam
sobre as lajes.
4.7.2.1 Flecha Imediata
É calculada de forma distinta para lajes bidirecionais e unidirecionais. Para lajes
bidirecionais utiliza-se a Equação 23 apresentada anteriormente no item 4.3, onde é
necessário definir o coeficiente α tabelado que depende do caso de vinculação e do λ. A
Tabela 51 apresenta os valores de α para todos os casos e a interpolação linear é necessário,
quando λ for um valor intermediário.
132
𝛥𝜉
𝛼𝑓 = 78
1 + 50 × 𝜌′
Onde:
ρ’ é a taxa de armadura de compressão, cujo valor é nulo;
135
ξ é um coeficiente que depende do tempo em que se deseja o valor da flecha diferida (t)
e o tempo relativo à data de aplicação da carga de longa duração (t0), calculado através das
relações dispostas a seguir.
𝛥𝜉 = 𝜉 (𝑡) − 𝜉(𝑡0) 79
𝑞 = 1,5 𝑘𝑁/𝑚2
𝑓0 = 1,43 𝑚𝑚
𝑓 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 3,43 𝑚𝑚
2830
𝑉𝑖𝑠𝑢𝑎𝑙: = 11,32 𝑚𝑚 > 3,43 𝑚𝑚
250
2830 1,5
𝑉𝑖𝑏𝑟𝑎çã𝑜: = 8,08 𝑚𝑚 > × 1,43 = 0,38 𝑚𝑚
350 5,62
2830
𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒: = 5,66 𝑚𝑚 > 3,24 𝑚𝑚 𝑒 10 𝑚𝑚 > 3,24 𝑚𝑚
500
Flecha Limite
lx Limite de Flecha Limite devido
Laje Variável Visual Verificação
(m) Vibração (mm) Total (mm) alvenaria (mm)
(mm) (mm)
L201 2,83 0,38 8,08 3,43 11,31 5,66 e 10 OK
L202 3,94 0,57 11,26 3,69 15,76 - OK
L203 2,78 0,81 7,94 4,58 11,11 - OK
L204 1,63 0,06 4,65 0,35 6,51 - OK
L205 1,63 0,10 4,65 0,54 6,51 - OK
L206 3,94 0,55 11,26 3,55 15,76 - OK
L207 4,40 0,60 12,58 4,38 17,61 - OK
L208 3,08 0,90 8,79 5,11 12,31 - OK
L209 2,08 0,11 5,94 0,60 8,31 - OK
L210 2,08 0,20 5,94 1,12 8,31 - OK
L401 2,10 0,23 6,01 3,06 8,41 - OK
Fonte: Elaborado pelo autor
138
A análise de estabilidade global de uma edificação tem como principal objetivo garantir
que não ocorra a ruptura da estrutura considerando situações mais desfavoráveis de
carregamentos, observando os valores dos esforços internos e deslocamentos a partir de uma
análise estrutural dos pórticos da edificação. É nessa análise onde se verifica a necessidade ou
não de considerar os efeitos globais de segunda ordem, a partir do cálculo do coeficiente γz. A
seguir são apresentados os principais conceitos referentes aos efeitos globais de segunda
ordem, bem como a definição das combinações de ações e dos pórticos de análise. Ainda, são
calculados os carregamentos horizontais e verticais sobre os pórticos, seguido de uma análise
dos esforços gerados na estrutura e por fim o cálculo do coeficiente γz.
Segundo o item 15.4.2 da norma, uma estrutura de nós fixos é aquela cujos efeitos
globais de segunda ordem representam um acréscimo inferior a 10% nas reações e esforços de
primeira ordem, ou seja, ocorrem deslocamentos horizontais pequenos mesmo com a ação do
vento e tais efeitos podem ser desprezados. Por outro lado, uma estrutura de nós móveis os
efeitos globais de segunda ordem representam um acréscimo superior a 10% em relação aos
de primeira ordem e, portanto, não podem ser desprezados, visto que a estrutura passa a ter
deslocamentos horizontais maiores.
5.1.3 Coeficiente γz
É definido pela norma no seu item 15.5.3 sendo calculado pela equação a seguir:
1
𝛾𝑧 =
𝛥𝑀𝑡𝑜𝑡, 𝑑 83
1−
𝛥𝑀1, 𝑡𝑜𝑡, 𝑑
Onde:
ΔM1,tot,d é o momento de tombamento, resultado da soma dos momentos de todas as
forças horizontais, com seus valores de cálculo, em relação à base da estrutura;
ΔM,tot,d é o somatório dos produtos de todas as forças verticais atuantes na estrutura,
com seus valores de cálculo, pelos deslocamentos horizontais de seus respectivos pontos de
aplicação, obtidos da análise de primeira ordem.
A partir desse parâmetro é possível comparar os valores dos momentos gerados pelos
efeitos de primeira ordem e segunda ordem, verificando se o acréscimo dos efeitos globais de
segunda ordem nos esforços é superior a 10%. Dessa forma, é possível classificar a estrutura
como de nós fixos ou móveis, a partir da seguinte verificação:
141
Onde:
Fg é a carga permanente;
Fq1 é a carga acidental principal;
Fq2 é a carga acidental secundária;
Ψ0 é um fator de redução dado pela Tabela 20 apresentada anteriormente, que vale 0,5
para cargas acidentais em locais sem predominância de peso e baixa concentração de pessoas
e 0,6 para cargas devido ao vento.
Primeiro considera-se as cargas acidentais gerais como Fq1 e em seguida o vento como
Fq1. Dessa forma obtém-se duas combinações, porém o vento é considerado atuando primeiro
pela esquerda e depois pela direita da edificação, resultando em quatro combinações de
carregamento, apresentadas na tabela a seguir, aplicando todos os coeficientes.
topo da fundação e a viga baldrame possui 1,50 metros de comprimento. A altura entre
pavimentos é o pé direito estrutural determinado anteriormente para cada pavimento, valendo
3,00 metros. Já o comprimento das vigas é calculando a partir da distância entre eixos de cada
pilar do pórtico. O momento de inércia dos pilares é calculado definindo a seção transversal
com a base sendo a dimensão paralela ao sentido do momento fletor atuante no pórtico
considerado. Por exemplo, o pilar P1 possui base de 25 cm no pórtico horizontal e base de 17
cm no vertical. As vigas possuem o momento de inércia calculado a partir da seção e área
infinita, a fim de representar o comportamento da união vigas com lajes, efeito conhecido
como diafragma rígido. No térreo, é utilizada a seção pré-dimensionada para cálculo da
inércia e área.
Atuam cargas horizontais e verticais sobre os elementos nas combinações mais
desfavoráveis apresentadas anteriormente, de tal forma que vão gerar diagramas dos esforços
axiais, cortante e momento fletor, bem como as deformações a serem determinados pelo
software. O esforço de torção não é determinado pelo Ftool e é desconsiderado nessa análise
estrutural, visto que são gerados a partir da torção de compatibilidade no apoio de uma viga
sobre a outra. O item 17.5.1.2 da norma permite desprezar a torção caso esta seja de
compatibilidade. É considerada a Não Linearidade Física (NLF) dos elementos calculados
conforme item 5.1.2 deste trabalho, resultando nos valores apresentado a seguir.
5.4.2 Fator S1
O fator S1 é definido pela norma no seu item 5.2, sendo o fator topográfico que leva em
consideração o relevo e características do terreno da edificação. Para terrenos planos ou
148
fracamente acidentados, o fator S1 vale 1,0. Para vales profundos e protegidos de ventos S1
vale 0,90. Já para taludes e morros, a norma detalha o procedimento de cálculo para o fator
nos pontos A, B e C da figura apresentada a seguir.
𝑧
6𝑜 ≤ 𝜃 ≤ 17𝑜 → 𝑆1(𝑧 ) = 1,0 + (2,5 − ) × 𝑡𝑔(𝜃 − 3𝑜 ) ≥ 1 89
𝑑
𝑧
𝜃 ≥ 45𝑜 → 𝑆1(𝑧 ) = 1,0 + (2,5 − ) × 0,31 ≥ 1 90
𝑑
Onde:
d é a diferença de nível entre a base e o topo do talude ou morro;
Para ângulos intermediários, como entre 3º e 6º e entre 17º e 45º, deve-se fazer
interpolação linear.
Para este trabalho considera-se que a edificação é construída sobre um terreno plano e,
portanto, S1 vale 1,0.
5.4.3 Fator S2
O fator S2 é definido no item 5.3 como o fator que considera a rugosidade do terreno,
as dimensões da edificação e altura sobre o terreno, sendo assim leva em conta a variação da
velocidade do vento com o aumento da altura da edificação.
Em relação à rugosidade do terreno, a norma descreve cinco categorias:
Categoria I: superfícies lisas de grandes dimensões, com mais de 5 km de extensão,
medida na direção e sentido do vento incidente;
Categoria II: Terrenos abertos em nível ou aproximadamente em nível, com poucos
obstáculos isolados, tais como árvores e edificações baixas. A cota média do topo dos
obstáculos é inferior ou igual a 1,0 m;
Categoria III: Terrenos planos ou ondulados com obstáculos, tais como sebes e muros,
poucos quebra-ventos de árvores, edificações baixas e esparsas. A cota média do topo
dos obstáculos é igual a 3,0 m;
Categoria IV: Terrenos cobertos por obstáculos numerosos e pouco espaçados, em
zona florestal, industrial ou urbanizada. A cota média do topo dos obstáculos é igual a
10,0 m;
Categoria V: Terrenos cobertos por obstáculos numerosos, grandes, altos e pouco
espaçados. A cota média do topo dos obstáculos é igual ou superior a 25,0 m.
Para a altura sobre o terreno do ponto em que se deseja calcular a velocidade e, por
consequência, a força do vento, o fator S2 é dado pela Equação 91.
𝑧
𝑆2 = 𝑏 × 𝐹𝑟 × ( )𝑝 91
10
Onde:
B, p e Fr são parâmetros meteorológicos tabelados por norma que dependem do tipo de
categoria e classe da edificação. O fator de rajada (Fr) é sempre o valor correspondente à
categoria II, conforme disposto no item 5.3.3 da norma. A Tabela 57 apresenta os valores dos
parâmetros para cada situação.
como Classe A, visto que possui 9,30 m de altura e dimensões em planta de 12,60 m e 11,55
m, considerando apenas a parte que será em concreto armado, conforme ilustrado na Figura
43. Pela tabela anterior, conclui-se que: Fr = 1,00; b = 0,86; e p = 0,12.
Sendo assim, calcula-se para o pavimento térreo, superior, caixa d’água e cobertura da
caixa d’água, o fator S2 em função do pé direito estrutural de cada pavimento, conforme
apresentado a seguir.
152
5.4.4 Fator S3
O fator S3 é definido no item 5.4 da norma como o fator estatístico, considerando o
grau de segurança requerido no projeto e a vida útil da edificação. Segundo a norma, a
probabilidade de ocorrer um evento com a velocidade do vento, que possui período de retorno
de 50 anos, é de 63%. Pela norma, essa probabilidade é adequada para edificações normais
destinadas ao uso residencial, hotéis, escritórios e dentre outros usos. A tabela a seguir
apresenta os valores mínimos do fator S3 para cada uso da edificação, indicando que para este
trabalho utiliza-se S3 igual a 1,0, visto que trata-se de uma edificação residencial pertencente
ao Grupo 2.
Como dito anteriormente, a edificação possui 9,30 m de altura (h) e considera -se que a
mesma não ultrapassa o dobro da altura de edificações vizinhas num raio de até 500 m,
portanto, é determinado o coeficiente de arrasto considerando ventos de alta turbulência.
Conforme ilustrado na Figura 45, é necessário determinar as distâncias l1, l2, a e b, a fim de
calcular os parâmetros de entrada no gráfico l1/l2 e h/l1 e determinar o coeficiente de arrasto
para a direção horizontal e vertical do vento. As Tabelas 60 e 61 apresentam os valores
utilizados, considerando a geometria apresentada anteriormente (Figura 43), e o coeficiente de
arrasto para a direção horizontal e vertical, respectivamente.
155
5.4.7.4 Deslocamentos
Por fim, é gerada a deformação da subestrutura de contraventamento considerado
apenas a atuação do vento. Observa-se que os deslocamentos na estrutura aumentam com a
altura da edificação, além é claro que trata-se de deslocamentos pequenos para ambas as
direções nas combinações mais desfavoráveis de carregamento. Devido à associação dos
pórticos com elementos rígidos os deslocamentos não variam no pavimento de um pórtico.
17 X 25 1,06
17 X 30 1,28
17 X 35 1,49
Fonte: Elaborado pelo autor
17 X 30 1,28
17 X 35 1,49
17 X 40 1,70
17 X 45 1,91
17 X 50 2,13
Fonte: Elaborado pelo autor
O peso próprio da alvenaria que atua sobre as vigas é calculado considerando duas
camadas externas de reboco de 1,5 cm cada com um bloco cerâmico de 17 cm. O peso
específico do bloco e reboco também é encontrado na Tabela 17 deste trabalho. Por
simplificação e visando a segurança, utiliza-se o pé direito estrutural dos pavimentos como
altura das alvenarias sem retirar as áreas dos vãos (esquadrias).
𝑔 𝑎𝑙𝑣𝑒𝑛𝑎𝑟𝑖𝑎 = (2 × 19 × 0,015 + 13 × 0,17) × 𝑝é 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑣.
92
= 2,78 × 𝑝é 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑣.
164
3,00 8,34
1,80 5,00
1,40 3,89
Fonte: Elaborado pelo autor
As cargas pontuais aparecem nos pórticos devido ao apoio de vigas sobre outras vigas.
Estas são calculadas resolvendo essas vigas como simplesmente apoiadas, onde se calcula as
reações de apoio. Consideram-se, para isso, cargas permanentes e acidentais atuando
separadamente sobre as vigas, a fim de se obter cargas pontuais permanentes e acidentais.
167
5.5.2.4 Deslocamentos
Por fim, é analisada e estrutura deformada devido ao carregamento vertical nas
situações mais desfavoráveis. Nota-se que não a deslocamento horizontal significativo, como
o apresentado na análise dos carregamentos horizontais, e que os maiores deslocamentos
ocorrem nos pontos de elevado momento fletor citados anteriormente.
Percebe-se que para todas as situações analisadas a estrutura é classificada como de nós
fixos, portanto os efeitos globais de segunda ordem na estrutura podem ser desprezados.
V201 P1 26,30
V201 P2 95,40
V201 P3 84,20
V201 P4 11,30
Fonte: Elaborado pelo autor
Da mesma forma que acontece nas lajes, é necessário determinar a posição da linha
neutra (x) e para isso utiliza-se a Equação 39 apresentada no item 4.5.4 e reapresentada a
seguir.
𝑀𝑑
𝑑 − √𝑑2 − 2 ×
𝑏𝑤 × 𝛼𝑐 × 𝑓𝑐𝑑 93
𝑥=
𝜆
Onde:
d é a altura útil calculado pela Equação 94;
182
𝜙𝑙
𝑑 = ℎ − 𝑐 − 𝜙𝑡 − 𝑜𝑢 𝑑 = ℎ − 𝑑′ 94
2
Onde:
Φt é o diâmetro estimado da armadura transversal;
Φl é o diâmetro estimado da armadura longitudinal;
c é o cobrimento da viga, que vale 3 cm;
d’ é o centro de gravidade das barras de aço, quando dispostas em mais de uma camada,
sendo calculada pela Equação 95 para o caso específico de duas camadas.
𝜙𝑙 𝜙𝑙
𝑛1 × 𝐴𝜙𝑙 × (𝑐 + 𝜙𝑡 + ) + 𝑛2 × 𝐴𝜙𝑙 × (𝑐 + 𝜙𝑡 + 𝜙𝑙 + 𝑒𝑣 + )
𝑑′ = 2 2 95
(𝑛1 + 𝑛2) × 𝐴𝜙𝑙
Onde:
n é a quantidade de barras na camada;
Aϕl é área unitária da barra longitudinal;
ev é espaçamento vertical entre camadas.
2 𝑐𝑚 𝑏 − 2 × (𝑐 + 𝜙𝑡 ) − 𝑛 × 𝜙𝑙
𝑒ℎ ≥ { 𝜙𝑙 } , 𝑐𝑜𝑚 𝑒ℎ = 97
0,5 × 𝑑 𝑚á𝑥 𝑑𝑜 𝑎𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜 𝑛−1
Onde:
d máx do agregado vale 19 mm (1,9 cm), visto que trata-se de uma brita 1.
183
Deve-se, no caso das armaduras negativas ou nas positivas com mais de uma camada,
deixar um espaço de 2 cm mais o diâmetro do vibrador de concreto de 2,5 cm. Com a altura
útil estimada, é possível calcular a linha neutra e verificar o domínio de deformação por meio
da relação x/d. Se esta relação for inferior a 0,45, não é necessário dimensionar armadura de
compressão e a seção vai possuir armadura simples. A área de aço é calculada pela Equação
42 do item 4.5.4 reapresentada a seguir, onde se utiliza a tensão de escoamento (fyd) do aço
CA-50 para domínio 2 e 3 de deformação.
𝑀𝑑
𝐴𝑠 = 98
𝑓𝑦𝑑 × (𝑑 − 0,5 × 𝜆 × 𝑥)
𝟐 𝒄𝒎
𝑒𝑣 ≥ { 10 𝑚𝑚 (1 𝑐𝑚) }
0,5 × 1,9 = 0,95 𝑐𝑚
2 𝑐𝑚 17 − 2 × (3 + 0,5) − 3 × 1,25
𝑒ℎ ≥ { 10 𝑚𝑚 (1 𝑐𝑚 ) } 𝑐𝑜𝑚 𝑒ℎ = = 𝟑, 𝟏𝟑 𝒄𝒎 > 2,28 𝑐𝑚
1,2 × 1,9 = 𝟐, 𝟐𝟖 3 − 1
1,25 1,25
3 × 1,23 × (3 + 0,5 + ) + 2 × 1,23 × (3 + 0,5 + 1,25 + 2 + )
𝑑′ = 2 2 = 5,43 𝑐𝑚
(3 + 2) × 1,23
𝑑 = 40 − 5,43 = 34,58 𝑐𝑚
72,60
0,3458 − √0,34582 − 2 ×
0,17 × 0,85 × 17,86 × 103
𝑥= = 11,78 𝑐𝑚
0,8
𝑥 11781
= = 0,34 < 0,45 → 𝐴𝑟𝑚𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎 𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠 𝑒 𝐷𝑜𝑚í𝑛𝑖𝑜 3
𝑑 34,58
72,60
𝐴𝑠 = 3
= 5,59 × 10−4 𝑚2 → 𝟓, 𝟓𝟗 𝒄𝒎𝟐
434,78 × 10 × (0,3458 − 0,5 × 0,8 × 0,1178)
𝐴𝑠 𝑐𝑎𝑙𝑐 = 5,59 𝑐𝑚2
𝐴𝑠 𝑒𝑓 = 5 × 𝐴𝜙𝑙 = 6,14 𝑐𝑚2
{ } → 𝑂𝐾
𝐴𝑠 𝑚í𝑛 = 0,150% × 17 × 40 = 1,02 𝑐𝑚2
𝐴𝑠 𝑚á𝑥 = 4% × 17 × 40 = 27,2 𝑐𝑚2
185
Viga Trecho ϕl ϕt c viga d máx Aϕl n barras camada n barras camada ev eh d'
d (cm)
(mm) (mm) (cm) (cm) (cm2) 1 2 (cm) (cm) (cm)
Armadura
V201 P1-P2 36,30 35,875 5,20 0,15 2 2,47 0,15% 1,02 3,68 27,2 OK
Simples
Armadura
V201 P2-P3 72,60 34,575 11,78 0,34 3 5,59 0,15% 1,02 6,14 27,2 OK
Simples
Armadura
V201 P3-P4 9,80 35,875 1,34 0,04 2 0,64 0,15% 1,02 2,45 27,2 OK
Simples
Fonte: Elaborado pelo autor
186
1,6 1,6
3 × 2,01 × (3 + 0,5 + ) + 1 × 2,01 × (3 + 0,5 + 1,6 + 2 + )
𝑑′ = 2 2 = 5,20𝑐𝑚
(3 + 1) × 2,01
𝑑 = 40 − 5,20 = 34,80 𝑐𝑚
95,40
0,348 − √0,3482 − 2 ×
0,17 × 0,85 × 17,86 × 103
𝑥= = 16,35 𝑐𝑚
0,8
𝑥 16,35
= = 0,45 ≤ 0,45 → 𝐴𝑟𝑚𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎 𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠 𝑒 𝐷𝑜𝑚í𝑛𝑖𝑜 3
𝑑 34,8
95,40
𝐴𝑠 = = 7,76 × 10−4 𝑚2 → 𝟕, 𝟕𝟔 𝒄𝒎𝟐
434,78 × 103 × (0,348 − 0,5 × 0,8 × 0,1635)
𝐴𝑠 𝑐𝑎𝑙𝑐 = 7,76 𝑐𝑚2
𝐴𝑠 𝑒𝑓 = 4 × 𝐴𝜙𝑙 = 8,04 𝑐𝑚2
{ } → 𝑂𝐾
𝐴𝑠 𝑚í𝑛 = 0,150% × 17 × 40 = 1,02 𝑐𝑚2
𝐴𝑠 𝑚á𝑥 = 4% × 17 × 40 = 27,2 𝑐𝑚2
187
Viga Apoio ϕl ϕt c viga d máx Aϕl n barras camada n barras camada ev eh d'
d (cm)
(mm) (mm) (cm) (cm) (cm2) 1 2 (cm) (cm) (cm)
Armadura
V201 P1 26,3 35,875 3,70 0,10 2 1,76 0,15% 1,02 2,45 27,2 OK
Simples
Armadura
V201 P2 95,4 34,8 16,35 0,45 3 7,76 0,15% 1,02 8,04 27,2 OK
Simples
Armadura
V201 P3 84,2 34,8 13,96 0,40 3 6,63 0,15% 1,02 8,04 27,2 OK
Simples
Armadura
V201 P4 11,3 35,875 1,55 0,04 2 0,74 0,15% 1,02 2,45 27,2 OK
Simples
Fonte: Elaborado pelo autor
188
Viga Trecho bw (cm) d (cm) αv2 (MPa) Vrd2 (kN) Vsd (kN) Verificação
Vsd), utiliza-se a Equação 106 referente à armadura mínima para estribos. Porém, deve-se
sempre verificar se a área calculada é superior à mínima, adotando-se o maior valor entre as
duas.
𝐴𝑠𝑤 𝑉𝑠𝑑 − 𝑉𝑐
= 105
𝑠 0,9 × 𝑑 × 𝑓𝑦𝑑 × 𝑠𝑒𝑛 𝛼 × (𝑐𝑜𝑡𝑔 𝛼 + 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝜃)
Asw/s
Viga Trecho bw d Vsd Vrd2 Vc0 Vc
Verificação mín
Asw/s
(cm) (cm) (kN) (kN) (kN) (kN) (cm2/m)
(cm2/m)
Não resiste
V201 P1-P2 17 35,88 121,80 229,19 46,93 27,65 1,45 3,23
sozinho
Não resiste
V201 P2-P3 17 34,58 93,50 220,88 45,23 32,80 1,45 2,16
sozinho
Não resiste
V201 P3-P4 17 35,88 48,60 229,19 46,93 46,50 1,45 0,07
sozinho
Fonte: Elaborado pelo autor
191
L s s
Viga Trecho efetivo ϕt d (cm) Vsd 0,67*Vrd2 Asw/s calc s máx adot N de
(mm) (kN) (kN) (cm2/m) (cm) estribos
(cm) (cm) (cm)
V201 P1-P2 405 5 35,875 121,8 153,56 3,23 12 21,525 12 34
V201 P2-P3 514 5 34,575 93,5 147,99 2,16 18 20,745 18 29
V201 P3-P4 321 5 35,875 48,6 153,56 1,45 27 21,525 21 16
Fonte: Elaborado pelo autor
𝑉𝑑 × ℎ1
𝐴 𝑠𝑢𝑠𝑝 = 110
𝑓𝑦𝑑 × ℎ2
Onde:
Vd é a reação de apoio na viga;
fyd é a tensão de escoamento de cálculo do aço CA-60 para os estribos;
h1 é a altura da viga apoiada;
h2 é a altura da viga de apoio.
A área de aço calculada deve ser distribuída da seguinte forma: 70% na viga de apoio e
30% na viga apoiada, conforme apresentado na Figura 73 a seguir.
É necessário armadura de suspensão em dois locais da viga V201. No trecho entre P1-
P2 utiliza-se a Equação 109, já para o trecho P2-P3 utiliza-se a Equação 110, conforme
calculado a seguir.
Trecho P1-P2:
193
99,9
𝐴 𝑠𝑢𝑠𝑝 = = 1,91 𝑐𝑚2
52,174
𝐴 𝑠𝑢𝑠𝑝 𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 = 70% 𝑑𝑒 1,91 = 1,34 𝑐𝑚2
𝐴 𝑠𝑢𝑠𝑝 𝑎𝑝𝑜𝑖𝑎𝑑𝑎 = 30% 𝑑𝑒 1,91 = 0,57 𝑐𝑚2
Adota-se para a viga de apoio 4 estribos de 5 mm de diâmetro e para a viga apoiada 2
estribos de 5 mm, atendendo a área mínima calculada.
Trecho P2-P3:
76,7 × 30
𝐴 𝑠𝑢𝑠𝑝 = = 1,10 𝑐𝑚2
52,174 × 40
𝐴 𝑠𝑢𝑠𝑝 𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 = 70% 𝑑𝑒 1,10 = 0,77 𝑐𝑚2
𝐴 𝑠𝑢𝑠𝑝 𝑎𝑝𝑜𝑖𝑎𝑑𝑎 = 30% 𝑑𝑒 1,10 = 0,33 𝑐𝑚2
Adota-se para a viga de apoio 2 estribos de 5 mm de diâmetro e para a viga apoiada 1
estribo de 5 mm, atendendo a área mínima calculada.
É calculado para a armadura positiva do trecho entre P1-P2 e para a armadura negativa
do apoio P2, seguido da Tabela 95 com os resultados obtidos da decalagem e do comprimento
de ancoragem.
Para o trecho P1-P2 não é considerado o uso de gancho (α =1) e para o cálculo da
resistência de aderência considera-se como região de boa aderência (η2 = 1).
1,25 × 434,78 2,47
1× × = 𝟑𝟏, 𝟔𝟎 𝒄𝒎
4 × 2,89 3,68
1,25 × 434,78
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑛𝑐𝑜𝑟𝑎𝑔𝑒𝑚 ≥ 0,3 × = 14,13 𝑐𝑚 → 32 𝑐𝑚
4 × 2,89
10 × 1,25 = 12,5 𝑐𝑚
{ 100 𝑚𝑚 }
𝑎𝑙 = 0,5 × 35,88 × (𝑐𝑜𝑡𝑔 30 − 𝑐𝑜𝑡𝑔 90) = 𝟑𝟏, 𝟎𝟕 𝒄𝒎 ≥ 0,5 × 35,88 = 17,94 𝑐𝑚
𝑎𝑙 = 32 𝑐𝑚
Para o trecho do apoio P1 considera-se como região de má aderência (η2 = 0,7).
1,25 × 434,78 1,76
1× × = 𝟒𝟖, 𝟐𝟎 𝒄𝒎
4 × 2,02 2,45
1,25 × 434,78
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑛𝑐𝑜𝑟𝑎𝑔𝑒𝑚 ≥ 0,3 × = 20,18 𝑐𝑚 → 49 𝑐𝑚
4 × 2,02
10 × 1,25 = 12,5 𝑐𝑚
{ 100 𝑚𝑚 }
196
6.5.3 Transpasse
As duas barras contínuas ao longo da viga possuem comprimento de 12,40 metros (sem
ancoragem nos apoios), porém as barras de aço CA-50 são fabricadas com comprimento
máximo de 12 metros. Sendo assim, é necessário realizar a emenda por transpasse nessas duas
barras, por meio do processo de cálculo apresentado a seguir, que se utiliza de muitos
conceitos e equações já apresentadas neste trabalho.
0,3 × 𝛼0𝑡 × 𝑙𝑏
𝑙0𝑡, 𝑚í𝑛 ≥ { 15𝜙 } 114
200 𝑚𝑚
Onde:
α0t é um coeficiente dado em função da porcentagem de barras tracionadas emendadas
na mesma seção.
Em uma barra a emenda é feita no trecho entre P1-P2, onde a porcentagem de barras
emendada é de 33%. Já a segunda barra é emendada no trecho P3-P4, onde a porcentagem é
de 50%. Para cada situação os valores de α0t são, respectivamente 1,6 e 1,8. É calculado a
seguir o transpasse para cada trecho.
Trecho P1-P2:
0,3 × 1,6 × 47,09 = 𝟐𝟐, 𝟔𝟎 𝒄𝒎
𝑙0𝑡, 𝑚í𝑛 ≥ { 15𝜙 = 18,75 𝑐𝑚 }
200 𝑚𝑚
𝑙0𝑡 = 1,6 × 32 = 51,2 𝑐𝑚 → 𝟓𝟐 𝒄𝒎 ≥ 22,6 𝑐𝑚
200
Trecho P3-P4:
0,3 × 1,8 × 47,09 = 𝟐𝟐, 𝟔𝟎 𝒄𝒎
𝑙0𝑡, 𝑚í𝑛 ≥ { 15𝜙 = 18,75 𝑐𝑚 }
200 𝑚𝑚
𝑙0𝑡 = 1,8 × 20 = 𝟑𝟔 𝒄𝒎 ≥ 22,6 𝑐𝑚
6.5.4 Ancoragem nos Apoios
A ancoragem dos apoios extremos ou intermediários das armaduras de tração é definida
pela norma no item 18.3.2.4, onde as barras levadas até os apoios devem resistir aos esforços
de tração. Deve-se verificar a área mínima necessária de barras para resistir aos esforços a
partir da Equação 115, onde é analisado se no apoio o momento é nulo ou se possui momento
negativo.
1
× 𝐴𝑠 𝑣ã𝑜 → 𝑆𝑒 𝑀𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 = 0 𝑜𝑢 |𝑀𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜| ≤ 0,5 × 𝑀𝑣ã𝑜
𝐴𝑠 𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 ≥ {3 } 115
1
× 𝐴𝑠 𝑣ã𝑜 → 𝑆𝑒 |𝑀𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 | > 0,5 × 𝑀𝑣ã𝑜
4
Calcula-se também a área de aço necessária para o apoio extremo, utilizando as
Equações 64 e 66 apresentadas no item 4.6.3. As duas equações (64 e 66) combinadas
resultam na Equação 116 apresentada a seguir.
𝑎𝑙
× 𝑉𝑑 + 𝑁𝑑
𝐴𝑠, 𝑐𝑎𝑙𝑐 = 𝑑 116
𝑓𝑦𝑑
Onde:
d é altura útil da laje;
Vd é a reação de apoio máxima da viga;
Nd é a força normal;
al é o comprimento de decalagem do momento fletor, dado pela Equação 112
apresentada anteriormente.
Compara-se a área necessária e mínima com a efetiva, que deve ser superior. Quanto à
ancoragem, novamente calcula-se o comprimento de ancoragem necessário e é feita a
verificação da Equação 117 conforme o item 18.3.2.4.1 da norma.
𝑙𝑏, 𝑛𝑒𝑐
𝑙𝑏 ≥ {𝑟 + 5,5 × 𝜙 }
60 𝑚𝑚 117
201
Onde:
r é o raio de curvatura dos ganchos, caso seja adotado, definido pela NBR6118. Para
aço CA-50 com bitola inferior a 20 mm vale 5ϕ e 8ϕ para bitolas superiores. Além disso, o
comprimento mínimo do gancho em ângulo reto é de 8ϕ mais o trecho curvo retificado do
ponto A até o B, conforme apresentado na Figura 82. Também deve respeitar o comprimento
disponível dado pela altura da viga subtraída do cobrimento superior e inferior, resultando em
34 cm. A Equação 118 apresenta o cálculo para o comprimento do gancho.
Figura 82 – Barra ancorada com gancho na extremidade
𝜋 × (5 × 𝜙 + 𝜙)
𝑙𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜 = + 8 × 𝜙 = 12,7 × 𝜙 ≤ ℎ − 𝑐 𝑠𝑢𝑝 − 𝑐 𝑖𝑛𝑓 118
4
𝜙𝑙 × 𝑓𝑦𝑑
𝑙𝑔𝑟𝑎𝑚𝑝𝑜 = + 𝑙𝑏 𝑑𝑖𝑠𝑝 120
4 × 𝑓𝑏𝑑
1
× 3,68 = 1,23𝑐𝑚2 → 𝑆𝑒 𝑀𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 = 0 𝑜𝑢 |26,30| > 0,5 × 36,3 = 18,15
𝐴𝑠 𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 ≥ {3 }
1
| |
× 3,68 = 𝟎, 𝟗𝟐𝒄𝒎𝟐 → 𝑆𝑒 26,30 > 0,5 × 36,3 = 18,15
4
32
× 47,90 + 0
35,88
𝐴𝑠, 𝑐𝑎𝑙𝑐 = = 0,98 𝑐𝑚2
43,478
A armadura positiva e a negativa que chega ao apoio P1 é de 2ϕ12,5 com área efetiva
de 2,45 cm2, logo é atendido a área mínima necessário. Calcula-se, então, a ancoragem
necessária no apoio, adotando-se gancho.
P1 (positiva):
1,25 × 434,78 0,98
0,7 × × = 13,2 𝑐𝑚
4 × 2,89 2,45
1,25 × 434,78
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑛𝑐𝑜𝑟𝑎𝑔𝑒𝑚 ≥ 0,3 × = 𝟏𝟒 𝒄𝒎 → 14 𝑐𝑚
4 × 2,89
10 × 1,25 = 12,5 𝑐𝑚
{ 100 𝑚𝑚 }
𝟏𝟒 𝒄𝒎
𝑙𝑏 ≥ {5 × 1,25 + 5,5 × 1,25 = 13,13 𝑐𝑚 } → 14 𝑐𝑚 = 14 𝑐𝑚
60 𝑚𝑚
P1 (negativa):
1,25 × 434,78 0,98
0,7 × × = 13,2 𝑐𝑚
4 × 2,02 2,45
1,25 × 434,78
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑛𝑐𝑜𝑟𝑎𝑔𝑒𝑚 ≥ 0,3 × = 𝟐𝟎, 𝟏𝟖 𝒄𝒎 → 21 𝑐𝑚
4 × 2,02
10 × 1,25 = 12,5 𝑐𝑚
{ 100 𝑚𝑚 }
𝟐𝟏 𝒄𝒎
𝑙𝑏 ≥ {5 × 1,25 + 5,5 × 1,25 = 13,13 𝑐𝑚 } → 21 𝑐𝑚 > 14 𝑐𝑚
60 𝑚𝑚
𝜋 × 5 × 1,25
𝑙𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜 = + 8 × 1,25 = 14,91 𝑐𝑚 → 𝟏𝟓 𝒄𝒎 ≤ 40 − 3 − 3 = 34 𝑐𝑚
4
203
Md As ef. As anc As
Viga Apoio Md vão Vd al d
apoio vão apoio diagonal
(kNm) (kN) (cm) (cm)
(kNm) (cm2) (cm2) (cm2)
V201 P1 26,30 36,30 47,90 32 35,88 3,68 0,92 0,98
V201 P2 95,40 72,60 121,80 31 34,80 6,14 1,53 2,40
V201 P3 84,20 72,60 93,50 31 34,80 6,14 1,53 1,92
V201 P4 11,30 9,80 48,60 32 35,88 2,45 0,61 1,00
Fonte: Elaborado pelo autor
Nos apoios intermediários utiliza-se armadura contínua, sendo assim calcula-se apenas
o comprimento de ancoragem e dos ganchos das armaduras (positivas e negativas) que
chegam aos apoios extremos, P1 e P4, conforme apresentado na Tabela 99 a seguir. A planta
de detalhamento da viga encontra-se no Apêndice E deste trabalho e é apresentada na Figura
83.
Assim como nas lajes, deve-se verificar o Estado Limite de Serviço das vigas,
considerando a fissuração do concreto e flechas, utilizando as combinações de serviço
estabelecidas pela NBR6118/2014. Utiliza-se a combinação frequente de serviço para o
cálculo dos momentos de serviço e abertura de fissuras, e a combinação quase permanente
para o cálculo das flechas, apresentados respectivamente nas Equações 122 e 123 com os
coeficientes Ψ1 e Ψ2 retirados da Tabela 20 deste trabalho, para cargas acidentais e vento. O
vento é considerado atuando nas duas direções (direita e esquerda) e possui Ψ1 igual a 0,3 e
Ψ2 igual a 0. Já as cargas acidentais em geral possui Ψ1 igual a 0,4 e Ψ2 igual a 0,3. O vento
e as cargas acidentais são alternados como Fq1 e Fq2, a fim de se obter uma envoltória na
combinação frequente e também na quase permanente.
𝐹𝑑 𝑓𝑟𝑒𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝐹𝑔 + 𝛹1 × 𝐹𝑞1 + 𝛹2 × 𝐹𝑞2 121
𝐴ℎ = 𝑏𝑤 × ℎ + 𝐴𝑠 × (𝛼𝑒 − 1) 124
208
ℎ2
𝑏𝑤 × + 𝐴𝑠 × 𝑑 × (𝛼𝑒 − 1)
𝑦ℎ = 2 125
𝐴ℎ
ℎ3 ℎ
𝐼ℎ = 𝑏𝑤 × + 𝑏𝑤 × ℎ × (𝑦ℎ − )2 + 𝐴𝑠 × (𝑦ℎ − 𝑑)2 × (𝛼𝑒 − 1) 126
12 2
A Tabela 101 apresenta o cálculo do momento de fissuração para cada trecho da viga e
verificação da fissuração a partir dos momentos de serviço atuantes obtidos da análise
estrutural apresentada na Figura 84. É utilizado o trecho P1-P2 para a demonstração dos
cálculos.
𝐴ℎ = 17 × 40 + 3,68 × (8,70 − 1) = 708,33𝑐𝑚2
402
17 × + 3,68 × 35,88 × (8,70 − 1)
𝑦ℎ = 2 = 20,63 𝑐𝑚
708,33
403 40 2
𝐼ℎ = 17 × + 17 × 40 × (20,63 − ) + 3,14 × (20,63 − 35,88)2 × (8,70 − 1)
12 2
= 97521,172 𝑐𝑚4
2,56 × 103 × 9,6643382 × 10−4
𝑀𝑟 = 1,5 × = 18,18 𝑘𝑁𝑚
0,2063
𝑀 𝑚á𝑥 𝑠𝑒𝑟 = 58,80 𝑘𝑁𝑚 > 18,18 𝑘𝑁𝑚 → 𝐹𝑖𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎
209
𝑀𝑟 3 𝑀𝑟 3
𝐼𝑒𝑞 = 𝐼𝑐 × ( ) + (1 − ( ) ) × 𝐼𝑖𝑖 ≤ 𝐼𝑐 127
𝑀𝑎 𝑀𝑎
210
𝑏 × 𝑋𝑖𝑖 3
𝐼𝑖𝑖 = + 𝛼𝐸 × 𝐴𝑠 × (𝑋𝑖𝑖 − 𝑑)2 128
3
−𝑎2 + √𝑎22 − 4 × 𝑎1 × 𝑎3
𝑋𝑖𝑖 = 129
2 × 𝑎1
Onde:
𝑏𝑤
𝑎1 = 130
2
𝑎2 = 𝛼𝑒 × 𝐴𝑠
131
𝑎3 = −𝑑 × 𝛼𝑒 × 𝐴𝑠
132
𝐸𝑠
𝛼𝐸 = 133
𝐸𝑐𝑠
Utiliza-se a Equação 75 apresentada no item 4.7.1 referente à ponderação do momento
de inércia da seção. Nota-se que no trecho entre P1-P2 a fissuração não ocorre no apoio P1 e
no trecho P3-P4 apenas fissura no apoio P3. Já entre P2-P3 a fissuração ocorre nos apoios e
vão. Dessa forma, é feita a ponderação entre os trechos P1-P2 e P3-P4, conforme demostrado
a seguir para o primeiro trecho. É feito o cálculo para os trechos que fissuram e a Tabela 102
apresenta os resultados.
17
𝑎1 = = 8,50 𝑐𝑚
2
17 × 9,8923
𝐼𝑖𝑖 = + 8,70 × 3,68 × (9,892 − 35,88)2 = 27097,89 𝑐𝑚4
3
18,18 3 18,18 3
𝐼𝑒𝑞 = 90666,67 × ( ) + (1 − ( ) ) × 27097,89 = 28977,70 𝑐𝑚4
58,80 58,80
≤ 90666,67 𝑐𝑚4
processo de cálculo para o trecho P2-P3 e a Tabela 105 apresenta as verificações para toda a
viga.
514
𝐿𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑉𝑖𝑠𝑢𝑎𝑙: = 2,06 𝑐𝑚 > 1,171 𝑐𝑚 → 𝑂𝑘
250
514
𝐿𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝐴𝑙𝑣𝑒𝑛𝑎𝑟𝑖𝑎: = 1,03 𝑐𝑚 𝑜𝑢 1 𝑐𝑚
500
𝐷𝑒𝑓𝑙𝑒𝑥ã𝑜 = 1,657 − 0,692 = 0,965 𝑐𝑚 < 1 𝑐𝑚 → 𝑂𝑘
Deve-se considerar para cada barra da armadura passiva uma área de envolvimento de
concreto retangular, cujas dimensões não podem ser superiores a 7,5ϕ contando a partir do
eixo da barra, conforme apresentado na Figura 86 a seguir.
O valor característico da abertura de fissuras (wk) que deve ser inferior 0,3 mm é
definido no item 17.3.3.2 da norma e é o menor valor calculado pelas equações a seguir.
𝜙𝑖 × 𝜎𝑠𝑖 × 3 × 𝜎𝑠𝑖
𝑤𝑘1 = 134
12,5 × 𝜂1 × 𝐸𝑠𝑖 × 𝑓𝑐𝑡𝑚
𝜙𝑖 × 𝜎𝑠𝑖 4
𝑤𝑘2 = ×( + 45) 135
12,5 × 𝜂1 × 𝐸𝑠𝑖 𝜌𝑟𝑖
Onde:
Φi é o diâmetro da barra na área de envolvimento;
fctm é a resistência à tração do concreto (Tabela 5);
ρri é a razão entre a área de aço e a área da região de envolvimento;
Esi é o módulo de elasticidade da barra na área de envolvimento;
η1 vale 2,25 para barras de alta aderência;
σsi é a tensão de tração no centro de gravidade da armadura considerada no Estádio II
calculada pela Equação 136 a seguir que apresenta valores que foram previamente calculados
neste trabalho.
𝑀𝑠𝑑, 𝑓𝑟𝑒𝑞
𝜎𝑠𝑖 = 136
𝑥𝑖𝑖
𝐴𝑠 × (𝑑 − )
3
Foi calculado o valor da abertura de fissuras para a pior situação que ocorre nos locais
de maior tensão (σsi) e menor taxa de armadura (ρri). É demonstrado o cálculo para o trecho
P2-P3 e a Tabela 106 apresenta o valor para as demais.
61,10 × 103
𝜎𝑠𝑖 = = 325,41 𝑀𝑃𝑎
0,1192
6,14 × 10−4
× (0,34575 − )
3
12,5 × 325,41 × 3 × 325,41
𝑤𝑘1 = = 0,262 𝑚𝑚
12,5 × 2,25 × 210000 × 2,56
12,5 × 325,41 4
𝑤𝑘2 = ×( + 45) = 𝟎, 𝟏𝟖𝟕 𝒎𝒎 < 𝟎, 𝟑 𝒎𝒎 → 𝑶𝒌
12,5 × 2,25 × 210000 0,0177
Onde a área crítica das seções da para o cálculo da menor taxa de armadura é ilustrada a
seguir.
218
7.1 CARREGAMENTOS
Como mencionado no item 3.2.1 deste trabalho, para pilares com dimensão inferior ao
mínimo estabelecido por norma (19 cm) deve-se aplicar um coeficiente adicional de cálculo, a
fim de majorar os esforços obtidos da análise estrutural. O item 13.2.3 da NBR6118/2014
dispõe sobre esse tema, onde esse coeficiente é dado em função da menor dimensão,
conforme apresentado na Tabela 108 a seguir.
Pavimento Ndx máx Ndy máx Nd (kN) Mdx topo Mdy topo Mdx base Mdy base
(kN) (kN) (kNm) (kNm) (kNm) (kNm)
Baldrame 118,03 118,14 236,17 7,15 6,38 0,00 0,00
Térreo 86,24 78,98 165,22 15,51 4,62 12,10 1,98
Superior 31,13 25,52 56,65 11,00 3,30 13,42 6,71
Fonte: Elaborado pelo autor
226
𝑙𝑒 𝐼
𝜆= 𝑐𝑜𝑚 𝑖 = √ 139
𝑖 𝐴
Onde:
I é o momento de inércia da seção bruta (bh/12);
A é a área da seção bruta (bh).
Portanto:
𝑙𝑒
𝜆 = 3,464 × 140
ℎ
Onde:
h é a altura da seção transversal do pilar na direção analisada;
le é comprimento efetivo do pilar na direção analisada calculado pela Equação 141 a
seguir.
𝑙0 + ℎ
𝑙𝑒 ≤ { } 141
𝑙
Onde:
l0 é a distância livre entre faces dos elementos que se vinculam ao pilar;
l é a distância entre eixos dos elementos que se vinculam ao pilar.
Deve-se calcular a esbeltez para a direção X (λx) e para a direção Y (λy) utilizando os
valores de hx e hy na convenção apresentada na Figura 97.
228
Caso a esbeltez numa dada direção do pilar seja inferior à esbeltez limite não é
considerado os efeitos locais de segunda ordem. Porém, se em uma direção a esbeltez
ultrapassar o limite, deve-se considerar tais efeitos no pilar. A seguir é demonstrado o cálculo
para o trecho do pavimento térreo seguido da Tabela 111 e Tabela 112 com os demais
resultados.
Eixo X:
(3,00 − 0,40) + 0,17 = 𝟐, 𝟕𝟕 𝒎
𝑙𝑒𝑥 ≤ { }
3,00 𝑚
2,77
𝜆𝑥 = 3,464 × = 𝟓𝟔, 𝟒𝟒
0,17
𝑁𝑑 = −165,22 𝑘𝑁, 𝑀𝑎𝑥 = 15,51 𝑘𝑁𝑚 𝑒 𝑀𝑏𝑥 = −12,10 𝑘𝑁𝑚
−12,10
𝛼𝑏𝑥 = 0,60 + 0,40 × = 0,29 < 0,40 → 𝜶𝒃𝒙 = 𝟎, 𝟒𝟎
15,51
15,51
𝑒1𝑥 = = 0,09 𝑚
165,22
0,09
25 + 12,5 ×
0,17
𝜆1 = = 𝟕𝟗, 𝟕𝟔
0,40
𝜆1 > 𝜆𝑥 → 𝑆𝑒𝑚 𝑒𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑎 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚
Eixo Y:
(3,00 − 0,45) + 0,25 = 𝟐, 𝟖𝟎 𝒎
𝑙𝑒𝑦 ≤ { }
3,00 𝑚
2,80
𝜆𝑦 = 3,464 × = 𝟑𝟖, 𝟖𝟎
0,25
𝑁𝑑 = −165,22 𝑘𝑁, 𝑀𝑎𝑦 = 4,62 𝑘𝑁𝑚 𝑒 𝑀𝑏𝑦 = −1,98 𝑘𝑁𝑚 < 𝑀1𝑑, 𝑚í𝑛 𝑦
𝛼𝑏𝑦 = 𝟏, 𝟎𝟎
4,62
𝑒1𝑦 = = 0,03 𝑚
165,22
0,03
25 + 12,5 ×
0,25
𝜆1 = = 26,40 < 35 → 𝝀𝟏 = 𝟑𝟓
1,00
𝜆1 < 𝜆𝑦 → 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑖𝑑𝑒𝑟𝑎 𝑜𝑠 𝑒𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑎 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚
230
Onde:
Nd é o esforço axial;
232
𝑑𝑦 ′ 𝑑𝑥 ′
𝑒 148
ℎ𝑦 ℎ𝑥
Onde:
𝜙𝑙
𝑑′ = 𝑐 + 𝜙𝑡 + 149
2
5 𝑚𝑚
𝜙𝑡 ≥ { 𝜙𝑙 } 150
4
A Tabela 120 a seguir apresenta os resultados dos parâmetros para definição dos ábacos
que são apresentados em sequência. Nota-se que para o pavimento térreo e superior os valores
de d’/hx e d’/hy foram arredondados para 0,25 e 0,15, respectivamente, para a escolha dos
ábacos de dimensionamento considerando o Arranjo 3. Já para a região do baldrame, que está
em contato com o solo, o cobrimento é de 4,5 cm e apresenta relações maiores dos parâmetros
de entrada. Para esta situação em particular é utilizado o ábaco para d’/hx igual a 0,20 e 0,25
do Arranjo 3 e os valores obtidos nos dois casos serão interpolados. Os ábacos são divididos
em oito quadrantes que variam de acordo com o valor de ν a cada 0,2, ou seja, vai de 0,0 a
1,4. Como será visto mais adiante os valores de ν para os pavimentos ficaram entre 0,0 e 0,4,
logo se utiliza apenas a parte A dos ábacos com os quadrantes de interesse.
237
hx (cm) hy (cm) c (cm) ϕt (mm) Verificação ϕt ϕl ≥ 10 (mm) Verificação ϕl d' (cm) d'/hx d'/hy Arranjo Ábaco
Pavimento
Baldrame 17 25 4,5 5 Ok 10 Ok 5,50 0,32 0,22 3 9 e 19
Térreo 17 25 3 5 Ok 10 Ok 4,00 0,24 0,16 3 9
Superior 17 25 3 5 Ok 10 Ok 4,00 0,24 0,16 3 9
Fonte: Elaborado pelo autor
238
Com os ábacos definidos, calculam-se os parâmetros para sua utilização a fim de obter
a taxa de armadura (ω) graficamente. Os parâmetros são:
νd calculado pela Equação 147 apresentada no item 7.5.
𝑀𝑥𝑑
𝜇𝑥 = 152
𝐴𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 × 𝑓𝑐𝑑 × ℎ𝑥
𝑀𝑦𝑑
𝜇𝑦 = 153
𝐴𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 × 𝑓𝑐𝑑 × ℎ𝑦
Para cada uma das quatro situações de cálculo é feito esse procedimento e pelos ábacos
de cada caso é definida a taxa de armadura, porém são analisados os valores dos parâmetros
para cada pavimento e descartam-se os de menor valor. Utilizando a Equação 154 a seguir é
calculada a área de aço necessária.
𝐴𝑠 × 𝑓𝑦𝑑 𝜔 × 𝐴𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 × 𝑓𝑐𝑑
𝜔= → 𝐴𝑠 = 154
𝐴𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 × 𝑓𝑐𝑑 𝑓𝑦𝑑
Onde:
ω é a taxa de armadura definida pelo ábaco;
As é a área de aço necessária;
fyd é a tensão de escoamento do aço CA-50;
Aconcreto é a área da seção transversal;
fcd é a resistência de cálculo do concreto.
Tabela 121 – Cálculo parâmetros de entrada nos ábacos (Situação 1)
Situação 1
Pavimento Nd (kN) Mx (kNm) My (kNm) μx μy ν
Baldrame -236,17 7,15 6,38 0,06 0,03 0,311
Térreo -165,22 15,51 4,62 0,12 0,02 0,218
Superior -56,65 11,00 3,30 0,09 0,02 0,075
Fonte: Elaborado pelo autor
241
Situação 2 - Ábaco 9A
0,4 0,2 0,0
Pavimento ν ω
ω ω ω
Baldrame 0,311 0,00 0,05 - 0,02
Térreo 0,218 0,00 0,00 - 0,00
Superior 0,075 - 0,00 0,00 0,00
Fonte: Elaborado pelo autor
Com a área de alo calculada deve-se verificar esse valor com área mínima e máxima
estabelecidas por norma, bem como verificar os espaçamentos entre barras do arranjo
selecionado. Deve-se, por fim, calcular o comprimento de transpasse das barras do pilar de
um pavimento para o próximo. Todo esse procedimento de detalhamento da armadura
longitudinal deve estar em conformidade com os critérios estabelecidos pela NBR6118/2014.
4,71 cm2. Além disso, caso a área calculada seja inferior à mínima, deve-se utilizar a mínimo
para fins de verificações e detalhamento. A Tabela 131 apresenta a verificação da área de aço
do pilar.
𝜙𝑙
ℎ − 2 × 𝑐 − 2 × 𝜙𝑡 − 2 ×
𝑒 𝑒𝑖𝑥𝑜𝑠 = 2 160
𝑛−1
Onde:
245
𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑃𝑖𝑙𝑎𝑟
𝑛𝑡 = 164
𝑒𝑡 𝑎𝑑𝑜𝑡.
Onde:
ldobra é o comprimento de fechamento do estrido, sendo maior valor entre 7 cm e 10ϕt.
Tabela 136 – Detalhamento dos estribos ao longo do pilar P1
Conforme ilustrado na Figura 104 a seguir percebe-se que não há necessidade de estribo
suplementar, visto que as duas barras no meio da seção estão nas áreas, onde a flambagem é
protegida pelo estribo poligonal em todos os pavimentos da prumada do pilar P1.
resistente é utilizada a Equação 167 que engloba os esforços da seção no topo, intermediária e
base, conforme o disposto no item 15.8.3.3.5 da norma.
Os momentos resistentes são obtidos a partir do uso reverso dos ábacos utilizados para
o dimensionamento. Com a área de aço efetiva na seção do pilar calcula-se a taxa de aço
efetiva, resultando em 0,27. A partir dos ábacos e interpolação linear obtêm-se os valores de
μx igual 0,1487 quando μy é nulo e μy igual 0,15003 na situação inversa. Dessa forma,
utilizando as equações já apresentadas calcula-se os momentos resistentes, resultando em
28,47 kNm na direção X e 19,18 kNm na direção Y. A análise é feita para a seção mais
solicitada do pilar P1 no pavimento térreo, conforme apresentado com os desenhos das
envoltórias de primeira e segunda ordem, bem como a envoltória resistente. Além disso, é
plotado o momento calculado para a seção da base, intermediária e topo do P1 no térreo
calculada anteriormente. Nota-se que os momentos estão dentro da envoltória e, portanto, o
dimensionamento e detalhamento da seção são verificados.
251
20.00
10.00
My (kNm)
0.00
-10.00
-20.00
-30.00
-40.00
-40.00 -20.00 0.00 20.00 40.00
Mx (kNm)
8 CONCLUSÃO
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SILVA, Caio Henrique da. Projeto Estrutural de uma residência unifamiliar e estudo de
caso com lajes maciças e nervuradas. TCC (Graduação) – Curso de Engenharia Civil,
UFSC, Florianópolis, 2021.
10APÊNDICES
80
20 385 20 495 20 300 20
20
20
Projeção Térreo
ÁREA EXTERNA
37,80 m²
0,05 m
300
280
280
20 472 160 588 20
1260
20
20
20
P04
J04 J04 J03 J03
445
120
CLOSET
3,54 m²
ÁREA DE SERVIÇO
8,64 m² SUÍTE 3
20
14,04 m²
270
270
325
COZINHA
18,02 m² SALA DE JANTAR J02
J04 SUÍTE MASTER
445
22,03 m²
17,13 m²
320 P01
20
20
305
120 200
BWC SUÍTE P02
8,46 m² BWC
4,65 m²
CIRCULAÇÃO J02
155
155
1,86 m² CIRCULAÇÃO
LAVABO J02
P02 2,79 m² P02 P01 3,50 m²
1455
180
935
935
20
20
20
20
410
P02 P01 295
300
P01
1155
DESPENSA
5,20 m²
SALA ÍNTIMA
SUÍTE 1 SUÍTE 2
430
430
430
430
J07 J06 VARANDA COBERTA P05
21,29 m²
SALA DE ESTAR 12,90 m² 12,90 m²
260
16,56 m²
29,79 m² 3,10 m
220
J03 J03
370
0,10 m
J07 20 495 20
295
700
20
20
20
20
20
8 7 6 5 4 3 2 1 8 7 6 5 4 3 2 1
P02 Acesso P02 Acesso
60 x 60 60 x 60
BWC
J05 HALL 6,00 m²
7,70 m²
Projeção Cobertura
ESCADA
PISO = 28 cm BWC CIRCULAÇÃO TORRE CAIXA D'AGUA
J02
240
200
200
200
200
200
ESP = 18 cm
6,00 m² 4,40 m² J02 9,90 m²
220
220
LARGURA = 1,00 m ESCADA
GUARDA CORPO = 1,10 m PISO = 28 cm 7,50 m
A A A ESP = 18 cm A A A
LARGURA = 1,00 m
GUARDA CORPO = 1,10 m
J05
J01
9 10 11 12 13 14 15 16 200 P03 9 10 11 12 13 14 15 16
20
20
20
20
20
535
20 385 20 495 20 300 20
405 855
480
500
500
GARAGEM
25,00 m²
0,05 m 0,00 m
Projeção Térreo
20
80
QUADRO DE ESQUADRIAS
9,30 m
PORTAS
CAIXA D'AGUA 2500 L
CÓDIGO TIPO QUANTIDADE DIMENSÕES PEITORIL
P01 ABRIR 4 80 X 210 -
180
Projeção Edificação
P02 ABRIR 6 70 X 210 -
7,50 m
P03 ABRIR 1 100 X 210 -
P04 ABRIR 2 FOLHAS 1 160 X 210 -
145
140
6,10 m
JANELAS
90
90
150
90
60
18
300
QUADRO DE ÁREAS
18
210
0,10 m
0,00 m HALL BWC PAV. SUPERIOR 136,62 m2
CORTE AA
5 ESCALA 1 : 5 0
TERRENO 690 m2
RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR
PROJETO ARQUITETONICO
PROPRIETARIO RESPONSAVEL TECNICO
ANDRÉ LUIZ VIEIRA DE SOUSA
LOCAL FOLHA
ITACORUBI, FLORIANÓPOLIS, SC
ASSUNTO
PLANTA BAIXA, PLANTA DE COBERTURA E CORTE
DATA 1/1
DEZEMBRO 2022
257
17
17
17
17
25
25
25
25
P1 P2 P3 P4 P1 P2 P3 P4
(17X25) V101A (17X25) V101B (17X25) V101C (17X25) (17X25) V201A (17X25) V201B V201C (17X25) V201D (17X25)
(17X40)
L Laje
17 388 17 498 17 303 17
17 278 17 388 17 523 17
V212D
L203
V110D
V112D
V210B
273
273
265
265
h=8 Cotas em cm
V206B
V108C
L201
(17X45)
L202 Ambiente Urbano - Classe de Agressividade Ambiental II
V207
448
448
436
436
V107B
h=8 h = 10
V202A
V102 (17X35) V202B Resistência característica do concreto (fck) de 25 MPa
17
17
17
17
Mód. de Elasticidade Secante do Concreto (Ecs) de 24,15 GPa
L204
V212C
V210A
(17X30)
L205
V110C
V112C
V211C
V111
154
154
Relação a/c menor ou igual a 0,60
158
158
h=8 h=8
25
25
25
17
17
17
17
P5 P6 P7 P8 P5 P6 P7 P8
(17X25) (17X35) (17X35) (17X25) (17X25) V203A (17X35) V203B V203C (17X35) V203D (17X25) Aço CA-50 para armadura longitudinal
(17X40)
V208B
L206
V107A
V206A
V212B
V211B
L208
(17X45)
V108B
L207 c
433
433
433
433
V109B
V110B
V112B
Espaçamento entre barras de aço
429
429
429
429
h = 10 h = 12 h=8
V104
Dimensão dos comprimentos das barras em cm
3,10 Cobrimento dos inferior das lajes de 2,5 cm e superior de 1,5 cm
17 388 17 498 17 303 17
0,10 m
Cobrimento dos pilares 3 cm
P9 P9 V204A P10
(17X25) V105A V105B V105C V105D (17X25)
(17X40) (17X35) V204B V204C V204D Cobrimento das vigas de 3 cm
17
17
17
17
17
17
17
17
P10 P11 P12 P11 P12
(17X35) (17X30) (17X25) (17X30) (17X25) Cobrimento de elementos em contato com o solo de 4,5 cm
V208A
V211A
V212A
(17X45)
(17X45)
(17X45)
V108A
V109A
V110A
V112A
(17X30)
V209
195
195
203
203
203
203
h=8 h=8
Pé-direito estrutural de 3,00 m
P13 P14 P15 P14 P15
(17X25) V106A V106B (17X25) V106C (17X25) (17X25) (17X25)
25
25
17
17
17
17
P13
(17X25) V205A V205B V205C
25 380 17 278 17 203 17 295 25 (17X30)
25 380 17 278 17 203 17 295 25
532
17 683 17 523 17
17 498 17
30
35
17
17
25
25
P10
P1 P2 P3 P4 (17X35)
(17X25) V301A (17X25) V301B V301C (17X25) V301D (17X25)
L401
(17X30)
V404
(17X30)
V403
h = 12
237
182
177
7,50 m
P13
(17X25)
V402 P14
(17X25)
V307
(17X50)
V305B
25
25
L301 L302
V309C
448
448
436
436
17 498 17
h=7 h= 7
25
17
17
P5 P6 P7 P8
(17X25) (17X35) (17X35) (17X25)
532
17 498 17
V501
30
35
L305
V308B
V309B
433
V306B
429
429
h=7 h=7
h=7
L501
V504
V503
h=7
237
182
177
9,30 m
P13 P14
(17X25) V502 (17X25)
25
25
P9
(17X25) V303A V303B V303C 17 498 17
17
17
17
17
V309A
L307
V306A
195
203
203
h=7 h=7
6,10
17
17
PROJETO ESTRUTURAL
PROPRIETARIO RESPONSAVEL TECNICO
ANDRÉ LUIZ VIEIRA DE SOUSA
LOCAL FOLHA
ITACORUBI, FLORIANÓPOLIS, SC
ASSUNTO
PLANTA DE FORMAS
DATA 1/1
DEZEMBRO 2022
258
55 N7 Ø6.3 c8 - 231
L401
Relação a/c menor ou igual a 0,60
8
38
h = 12 4 N21 Ø6.3 - 112
16
16
4
4
4
4
16
h=8 h = 10
4
6
16
h=8 h=8
4
17 N11 Ø6.3 c16 - 165
4 4
8 L401
8
16
6 N18 Ø6.3 c25 - 70
h = 12
19 N18 Ø6.3 c25 - 70
8
16
8
h = 12 h=8
8
8
4
6
16
L210
4
h=8 4
16
6 N17 Ø6.3 c33 - 65
h=8
4
9 N17 Ø6.3 c33 - 65
6 N17 Ø6.3 c33 - 65
4
16
16
PROJETO ESTRUTURAL
PROPRIETARIO RESPONSAVEL TECNICO
ANDRÉ LUIZ VIEIRA DE SOUSA
LOCAL FOLHA
ITACORUBI, FLORIANÓPOLIS, SC
ASSUNTO
PLANTA DE ARMAÇÃO POSITIVA E NEGATIVA
DATA 1/1
DEZEMBRO 2022
259
PROJETO ESTRUTURAL
PROPRIETARIO RESPONSAVEL TECNICO
ANDRÉ LUIZ VIEIRA DE SOUSA
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ITACORUBI, FLORIANÓPOLIS, SC
ASSUNTO
PÓRTICOS DAS COMBINAÇÕES DE CARREGAMENTO (ELU)
DATA 1/3
DEZEMBRO 2022
PÓRTICO VERTICAL COMBINAÇÃO FREQUENTE COM FQ2 = VENTO
PÓRTICO HORIZONTAL COMBINAÇÃO FREQUENTE COM FQ2 = VENTO SEM ESCALA
SEM ESCALA
PÓRTICO VERTICAL COMBINAÇÃO FREQUENTE COM FQ2 = ACIDENTAL E VENTO PELA DIREITA
SEM ESCALA
PÓRTICO HORIZONTAL COMBINAÇÃO FREQUENTE COM FQ2 = ACIDENTAL E VENTO PELA DIREITA
SEM ESCALA
PÓRTICO HORIZONTAL COMBINAÇÃO FREQUENTE COM FQ2 = ACIDENTAL E VENTO PELA ESQUERDA PÓRTICO VERTICAL COMBINAÇÃO FREQUENTE COM FQ2 = ACIDENTAL E VENTO PELA ESQUERDA
SEM ESCALA
SEM ESCALA
PROJETO ESTRUTURAL
PROPRIETARIO RESPONSAVEL TECNICO
ANDRÉ LUIZ VIEIRA DE SOUSA
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ITACORUBI, FLORIANÓPOLIS, SC
ASSUNTO
PÓRTICOS DAS COMBINAÇÕES DE CARREGAMENTO (ELS FREQ.)
DATA 2/3
DEZEMBRO 2022
PÓRTICO HORIZONTAL COMBINAÇÃO QUASE PERMANENTE COM FQ1 = ACIDENTAL PÓRTICO VERTICAL COMBINAÇÃO QUASE PERMANENTE COM FQ1 = ACIDENTAL
SEM ESCALA
SEM ESCALA
PÓRTICO HORIZONTAL COMBINAÇÃO QUASE PERMANENTE COM FQ1 = VENTO PELA DIREITA PÓRTICO VERTICAL COMBINAÇÃO QUASE PERMANENTE COM FQ1 = VENTO PELA DIREITA
SEM ESCALA SEM ESCALA
PÓRTICO HORIZONTAL COMBINAÇÃO QUASE PERMANENTE COM FQ1 = VENTO PELA ESQUERDA
SEM ESCALA
PÓRTICO VERTICAL COMBINAÇÃO QUASE PERMANENTE COM FQ1 = VENTO PELA ESQUERDA
SEM ESCALA
PROJETO ESTRUTURAL
PROPRIETARIO RESPONSAVEL TECNICO
ANDRÉ LUIZ VIEIRA DE SOUSA
LOCAL FOLHA
ITACORUBI, FLORIANÓPOLIS, SC
ASSUNTO
PÓRTICOS DAS COMBINAÇÕES DE CARREGAMENTO (ELS QP)
DATA 3/3
DEZEMBRO 2022
260
40
34
N16
A B C 34 N16 Ø5.0c12 - C = 104
Cotas em cm
34 N16 Ø5.0c12 - C = 104 Pavimento Superior 3,00
29 N17 Ø5.0c18 - C = 104 16 N18 Ø5.0c21 - C = 104
Seção BB Ambiente Urbano - Classe de Agressividade Ambiental II
17
11
Resistência característica do concreto (fck) de 25 MPa
40
34
40
34
N18
30 30 16 N18 Ø5.0c21 - C = 104
N Família de Aço
1 N5 Ø12.5 - C = 269 1 N6 Ø12.5 - C = 290 Suspensão V207 Ø Diâmetro barra de aço
87 414
192 11 11
c Espaçamento entre barras de aço
36
16 1 N2 Ø12.5 - C = 1200 1184 102
16 34 39
Dimensão dos comprimentos das barras em cm
1 N4 Ø12.5 - C = 118 N19
N20
52 4 N19 Ø5.0 - C = 104 Cobrimento dos inferior das lajes de 2,5 cm e superior de 1,5 cm
16
118 1 N2 Ø12.5 - C = 1200 1184 16 2 N20 Ø5.0 - C = 114
V201
Cobrimento dos pilares 3 cm
1 N3 Ø12.5 - C = 134
V207
Cobrimento das vigas de 3 cm
Cobrimento de elementos em contato com o solo de 4,5 cm
Suspensão V210B
PLANTA DETALHAMENTO VIGA V201
1 ESCALA 1 : 2 5
11
34
11
24
Residência Unifamiliar com 2 pavimentos
V210B
PROJETO ESTRUTURAL
PROPRIETARIO RESPONSAVEL TECNICO
ANDRÉ LUIZ VIEIRA DE SOUSA
LOCAL FOLHA
ITACORUBI, FLORIANÓPOLIS, SC
ASSUNTO
PLANTA DETALHAMENTO VIGA V201
DATA 1/1
DEZEMBRO 2022
261
25
19 Pilar que morre
N3 N5 V Vigas
6 N3 Ø10.0 - C = 300
25 N5 Ø5.0c12 - C = 74 L Laje
6 N3 Ø10.0 -C = 300
Dimensão das vigas, pilares e lajes indicadas estão em cm
Cotas em cm
300
Ambiente Urbano - Classe de Agressividade Ambiental II
35
Pavimento Superior 3,00
N Família de Aço
Seção Transversal
17 Ø Diâmetro barra de aço
11
c Espaçamento entre barras de aço
25
19
N5
Dimensão dos comprimentos das barras em cm
N2
6 N2 Ø10.0 - C = 335 Cobrimento dos inferior das lajes de 2,5 cm e superior de 1,5 cm
25 N5 Ø5.0c12 - C = 74
6 N2 Ø10.0 -C = 335
0,35
35
Seção Transversal
6 N1 Ø10.0 -C = 185
17
8
25
16
N1 N4
150
6 N1 Ø10.0 - C = 185
12 N4 Ø5.0c12 - C = 62
PROJETO ESTRUTURAL
PROPRIETARIO RESPONSAVEL TECNICO
ANDRÉ LUIZ VIEIRA DE SOUSA
LOCAL FOLHA
ITACORUBI, FLORIANÓPOLIS, SC
ASSUNTO
PLANTA DETALHAMENTO PILAR P1
DATA 1/1
DEZEMBRO 2022