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ROPOSTA PEDAGÓGICA DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO (PPP) –

ANÁLISE DOCUMENTAL

O plano de ação da EM Rosevir Ribeiro de Paiva consiste em elevar o nível de


desempenho dos alunos, nos âmbitos da aprendizagem e das relações (professor-aluno-
família). De modo geral, o PPP propõe a superação das turmas em níveis para alcançar
um melhor desempenho acadêmico, com critérios de aprendizagem, gênero e
necessidade especial, melhorar a interação entre aluno e professor, e a relação escola e
família, atender de forma afetiva e significativa os estudantes da Educação Inclusiva,
formação continuada dos professores e assegurar o direito de todos os alunos um estudo
de qualidade.

Para a realização das ações do PPP a escola consiste em uma proposta flexível a
ser concretizada mediante as especificidades de cada aluno, buscando uma educação
significativa, amparada em pressupostos lúdicos, recursos e materiais pedagógicos e
contando com a participação coletiva de toda comunidade escolar.

O Plano de Ação reflete a realidade e os objetivos da escola, diante de um


contexto que visa potencializar processo de ensino/aprendizagem, aproximar as relações
escolares e suprir as dificuldades e consequências do ensino remoto, em decorrência do
isolamento social causado pela pandemia do COVID-19. 

Para a autonomia da escola no projeto político pedagógico, é necessário


considerar três setores, que estão interligados, são eles: o setor administrativo, que cuida
da administração da escola, o setor financeiro, que trata dos assuntos e recursos
financeiros, e o setor pedagógico, que abrange toda a área do ensino. São esses três
eixos juntos que delineiam a identidade da escola. Que no PPP da escola abrange os três
setores na execução do plano de ação. Segundo Veiga (2004, p. 14): 

A principal possibilidade de construção do projeto político pedagógico passa


pela relativa autonomia da escola, de sua capacidade de delinear sua própria
identidade. Isto significa resgatar a escola como espaço público, lugar de
debate, do diálogo, fundado na reflexão coletiva. 

O PPP da instituição escolar tem currículo orientado pela Secretaria Municipal


de Educação, baseado nas DCNs-Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica
e pressupostos teóricos fundamentados nas perspectivas da Teoria Histórico-Cultural -
por Lev Semenovich Vygotsky (1896-1934), “[...] A escola trabalha os conteúdos de
acordo com a realidade Histórico Cultural do aluno” (p.14).

Diante dessa perspectiva, a escola tem papel importante no desenvolvimento das


funções psíquicas superiores e na articulação de novos e velhos conhecimentos dos
alunos, ou seja, articula os conceitos do cotidiano e científicos, por meio da mediação
do professor e a aprendizagem do aluno se dá pela interação social. Essa teoria
considera que o conhecimento de mundo é resultado de nossas interações e experiências
de vida, o construtivismo enfatiza o papel ativo do sujeito/aluno na construção de sua
aprendizagem.

O currículo então, “deve ser flexível e dinâmico, por isso exige atualização
permanente” (p. 14). De acordo com Veiga (1998, p. 26), 

O currículo é uma construção social do conhecimento, pressupondo a


sistematização dos meios para que esta construção se efetive; a transmissão
dos conhecimentos historicamente produzidos e as formas de assimilá-los,
portanto, produção, transmissão e assimilação são processos que compõem
uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar, ou seja, o
currículo propriamente dito. Neste sentido, o currículo refere-se à
organização do conhecimento escolar.

O desenvolvimento do trabalho escolar tem a intenção de desenvolver os


conhecimentos adquiridos para a sala de aula e interagir com as diferentes experiências.
Realizando e considerando a construção do conhecimento como um processo coletivo
que envolve o aluno-professor-conteúdo. Por isso, os educadores da escola constroem
algumas práticas importantes:
 Mediar o conhecimento.
 Estimular a aprendizagem e buscar pontos de vistas diferentes para uma
mesma situação.
  Respeitar as diferenças e aprender a administrar conflitos;
 Formar sujeitos pensantes, críticos e argumentativos;
 Incorporar novas tecnologias de comunicação e informação.
 Desenvolver no educando comportamentos éticos.
  Fortalecer os vínculos entre a escola e a comunidade.
 Incentivar pesquisas e trabalho em grupo.
 Basear-se na BNCC que sugerem a utilização de materiais de uso sociais
como: jornais, revistas, folhetos, filmes, e outros.
 Buscar a participação dos pais no processo de aprendizagem dos
educandos.
 Auxiliar os educandos, conscientes de que cada um tem o seu tempo de
aprendizagem.
 Estimular atitudes práticas que potencializem a aprendizagem de crianças
com necessidades especiais (p. 15).
O PPP ainda conta com a fundamentação teórica de Emilia Ferreiro para conceituar
alfabetização “a alfabetização também é uma forma de se apropriar das funções sociais
da escrita” (p. 16). E a teoria da psicogênese da língua escrita, fundamentadas por
Emilia Ferreiro e Ana Teberosky, que:

mostraram que as crianças constroem diferentes idéias sobre a escrita,


resolvem problemas e elaboram conceituações. Aí entra o que pode ser
considerado uma palavra, com quantas letras ela é escrita e em qual ordem as
letras devem ser colocadas. "Essas hipóteses se desenvolvem quando a
criança interage com o material escrito e com leitores e escritores que dão
informações e interpreta esse material", por isso as relações que ela
estabelece com os textos inteiros devem ser enriquecedores desde o início (p.
16-17)

Contudo, as teorias e fundamentações estão ligadas a concepção de considerar o


aluno, como sujeitos ativos e participativos, dando importância também para as
interações e relações humanas. É por meio dessa intermediação que se alcança um
caráter valorativo e significados sociais e históricos.

             Percebe-se que as teorias marcam que o sujeito efetiva seu conhecimento por
meio da internalização, valorizando a troca de experiências entre as pessoas e, nessa
perspectiva busca garantir o sucesso no processo de ensino e aprendizagem. Tendo a
perspectiva de educar partindo da realidade, da busca em modificar, adaptar,
transformar e revolucionar o ensino, para sua melhoria e qualidade para todos.
Tornando o ensino ativo e comprometido com a democratização das oportunidades e a
formação de valores para a educação para a cidadania, solidariedade e inclusão social, e
buscando o envolvimento da família.

REFERÊNCIAS 

VEIGA, Ilma. Passos da. Projeto político-pedagógico da escola: uma construção


coletiva. In: VEIGA, Ilma Passos da (org.). Projeto político-pedagógico da escola: uma
construção possível. Campinas: Papirus,1998. P.11-35. 
VEIGA, Ilma Passos A. (Org). Projeto político-pedagógico: uma construção possível.
17. ed. Campinas: Papirus, 2004.

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