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INTRODUÇÃO

Secretários Municipais de Saúde

O Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Estado


de São Paulo - CREFITO 3, tem a honra de apresentar o Manual de
Elaboração de Projetos e Captação de Serviços para Inserção do Fisiote-
rapeuta e Terapeuta Ocupacional no Sistema Público de Saúde e Assis-
tência Social. Esse manual é composto pelas normatizações (leis, resolu-
ções, portarias, entre outros) que alicerçam e orientam a proposição de
projetos para a captação de recursos e a implantação de Estratégias,
conforme o regimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e Sistema
Único da Assistência Social (SUAS).

O Sistema Público de Saúde

Nesse manual, os programas, estratégias e serviços apontados são


subsidiados pelos princípios e diretrizes do SUS (Sistema Único de
Saúde) e SUAS (Sistema Único de Assistência Social), garantidos pela
Constituição Brasileira, pela Lei Orgânica da Saúde 8080/90, pela Lei
Federal 8142/ 90, pela Política Nacional de Humanização e Clínica
Ampliada (2003), Carta de Otawa (1986) e por outras legislações que
garantem não so a inserção destas categorias profissionais, como
também um atendimento de qualidade para toda a sociedade. A Lei
8080/90 dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recu-
peração da saúde; a organização e o funcionamento dos serviços e esta-
belece os papéis das três esferas do governo. A Lei 8142/90 dispõe
sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as trans-
ferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde,
e a Lei No 12.435/ 2011, que dispõe sobre a organização da Assistência
Social.

Entenda melhor quais são e como são caracterizados os três níveis de


atenção à saúde no Brasil no site
http://portal.saúde.gov.br/portal/sas/mac/default.cfm

02 Crefito-3 em Movimento
DEFINIÇÕES
FISIOTERAPIA
Uma ciência da saúde, com formação de nível superior, que estuda,
previne e trata as alterações funcionais em órgãos e sistemas do corpo
humano, devido a intercorrências genéticas, por traumas ou doenças
adquiridas.

TERAPIA OCUPACIONAL
Uma ciência da saúde que estuda, com formação de nível superior,
voltada aos estudos, a prevenção e ao tratamento de indivíduos porta-
dores de alterações cognitivas, afetivas, perceptivas e psico-motoras,
decorrentes ou não distúrbios genéticos, traumáticos e/ou de doenças
adquiridas, através da sistematização e utilização da atividade humana.

(Atividades de saúde, regulamentadas pelo Decreto-Lei 938/69, Lei 6.316/75,


Resoluções do COFFITO, Decreto 9.640/84, Lei 8.856/94)

Crefito-3 em Movimento 03
ESTRATÉGIAS PARA AMPLIAÇÃO E FORTALECIMENTO
DO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE E ASSISTÊNCIA
SOCIAL / INSERÇÃO PROFISSIONAL
Serviços e Programas do SUS/SUAS, com a presença de fisioterapeutas
e/ou terapeutas ocupacionais

1 Estratégia Saúde da Família (ESF)


Possibilitar acesso universal à saúde, efetivar a
integralidade das ações da Atenção Básica (AB),
promover o cuidado integral e contínuo ao usuário
(família e comunidade), estimular o controle social e
a participação popular, contribuir para a melhoria da
qualidade de vida da população brasileira, e ampliar
o acesso à Atenção Básica. Segundo fluxo para
implantação e credenciamento das equipes de AB,
definido pela Portaria GM/MS no 2.887/2012, as
diretrizes gerais da Política de Atenção Básica por
meio do Plano de Saúde deverão estar aprovados
pelo respectivo Conselho Municipal de Saúde.
Saiba mais em:
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/docum
entos/passo_a_passo_dab.pdf
A Estratégia Saúde da Família recebe o apoio de
estratégias da rede de serviços, e de equipes multi-
disciplinares como o NASF, onde o Terapeuta Ocu-
pacional e o Fisioterapeuta atuam com protago-
nismo.

2 Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)


A Estratégia Saúde da Família recebe o apoio de
estratégias da rede de serviços e de equipes multi-

04 Crefito-3 em Movimento
disciplinares como o NASF, onde existe a possibili-
dade da inserção do Terapeuta Ocupacional e o
Fisioterapeuta onde garantem um diferencial na
qualidade dos serviços prestados. Os Núcleos de
Apoio à Saúde da Família, são equipes compostas
por profissionais de diferentes áreas de conheci-
mento, atuam em parceria com os profissionais das
Equipes Saúde da Família - ESF com o objetivo de
ampliar a abrangência das ações da atenção básica,
bem como sua resolubilidade, apoiando a inserção
da Estratégia de Saúde da Família na rede de
serviços e o processo de territorialização e region-
alização a partir da atenção básica. Portaria-MS no
154, 2008 e Portaria-MS no 2.488, 2011.

Implantação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família


(NASF) As prefeituras devem criar esses núcleos
enviando uma solicitação à Secretaria Estadual de
Saúde. O município escolhe cinco diferentes profis-
sionais da área da saúde para auxiliar no atendi-
mento à população. O objetivo é ampliar a assistên-
cia e a qualificação do Sistema Único de Saúde
(SUS). Os fisioterapeutas e os terapeutas ocupacio-
nais são fundamentais nesse trabalho. Portaria-MS
no 2.887, de 20 de dezembro de 2012.

Crefito-3 em Movimento 05
Para efeito de repasse de recurso federal, poderão
compor os NASF: profissional/professor de
educação física, nutricionista, fisioterapeuta, tera-
peuta ocupacional, farmacêutico, assistente social,
psicólogo, fonoaudiólogo, médico psiquiatra,
médico ginecologista, médico pediatra, médico
acupunturista, médico homeopata, médico
ginecologista/obstetra, médico geriatra, médico
internista (clínica médica), médico do trabalho,
médico veterinário, profissional com formação em
arte e educação (arte educador) e profissional de
saúde sanitarista. São competências das Secretarias
de Saúde dos Estados e do Distrito Federal: identifi-
car a necessidade e promover a articulação entre os
Municípios, estimulando, quando necessário, a
criação de consórcios intermunicipais para implan-
tação de NASF 1 entre os Municípios que não
atinjam as proporções estipuladas. Saiba como
implantar em
dab.saude.gov.br/portaldab/nasf_perguntas_freque
ntes.php

3
Programa Academia da Saúde
Possibilita a inclusão de fisioterapeuta e terapeuta
ocupacional, que atuam com a promoção do
cuidado integral, fortalecimento de ações de
promoção da saúde e produção do cuidado por
meio da utilização de pólo. Conforme preconizado
na Portaria-MS no 1.707, de 23 de setembro de
2016, este programa será desenvolvido nas
seguintes modalidades de polos:

06 Crefito-3 em Movimento
I - Modalidade Básica;

II - Modalidade Intermediária; e

III - Modalidade Ampliada.


O polo do Programa Academia da Saúde deverá ser
identificado utilizando padrões visuais do Programa
Academia da Saúde, apresentados no Manual de
Identidade Visual (MIV) do Programa Academia da
Saúde, disponível no sítio eletrônico www.saud
e.gov.br/academiadasaude

As ações desenvolvidas em cada polo do Programa


Academia da Saúde deverão somar, no mínimo, 40
(quarenta) horas semanais, com garantia de
funcionamento do polo em, pelo menos, 2 (dois)
turnos diários, em horários definidos a partir da
necessidade da população e do território. O gestor
de saúde deverá estimular que as equipes da Aten-
ção Básica, especialmente as equipes do NASF,
quando houver, desenvolvam ações no polo de
forma compartilhada com o(s) profissional(is) do
Programa Academia da Saúde.
O incentivo financeiro de investimento para a
construção de polos do Programa Academia da
Saúde, nos seguintes valores:

I - Modalidade Básica: R$ 80.000,00 (oitenta mil


reais);

II - Modalidade Intermediária: R$ 100.000,00 (cem


mil reais); e

Crefito-3 em Movimento 07
III - Modalidade Ampliada: R$ 180.000,00 (cento e
oitenta mil reais).
Para a manutenção do programa o incentivo finan-
ceiro de custeio dos polos do Programa Academia
da Saúde, a ser repassado mensalmente, é realizado
por transferência regular e automática, por meio do
Piso de Atenção Básica Variável (PAB Variável), no
valor mensal de R$ 3.000,00 (três mil reais) por
polo.

4
Programa Consultório na Rua (eCR)
Esse programa possibilita a inclusão do terapeuta
ocupacional que nesse programa trabalha com
Atenção integral à saúde para população de rua em
condições de vulnerabilidade - Portaria MS no
1.029, 2014 e Portaria nº 122/GM/MS, de 25 de
janeiro de 2012, .

As equipes dos Consultórios na Rua possuem as


seguintes modalidades:
I - Modalidade I: equipe formada, minimamente, por
4 (quatro) profissionais
II - Modalidade II: equipe formada, minimamente,
por 6 (seis) profissionais, dentre os
III -Modalidade III: equipe da Modalidade II
acrescida de um profissional médico." (NR)

O incentivo financeiro de custeio mensal para as


equipes de Consultório na Rua, nos seguintes
termos:
I - para a eCR da Modalidade I será repassado o
valor de R$ 9.500,00 (nove mil e quinhentos reais)

08 Crefito-3 em Movimento
por mês;
II - para eCR da Modalidade II será repassado o valor
de R$ 13.000,00 (treze mil reais) por mês; e
III - para a eCR da Modalidade III será repassado o
valor de R$ 18.000,00 (dezoito mil reais) por mês.
O funcionamento da eCR será avaliado e monito-
rado pelo DAB/SAS/MS, pelo Departamento
Nacional de Auditoria do SUS (DENASUS) e pela
Secretaria de Saúde estadual.

Programa Saúde na Escola (PSE)


Política intersetorial da Saúde e da Educação, foi
instituído em 2007. As políticas de saúde e
5
educação voltadas às crianças, adolescentes, jovens
e adultos da educação pública brasileira se unem
para promover saúde e educação integral e com a
importantíssima atuação das equipes de saúde da
Atenção Básica (ESF e NASF), contanto com a
atuação do Terapeuta Ocupacional e do Fisiotera-
peuta. A articulação entre Escola e Rede Básica de
Saúde é à base do Programa Saúde na Escola. O PSE
é uma estratégia de integração da saúde e educação
para o desenvolvimento da cidadania e da qualifi-
cação das políticas públicas brasileiras. Todas as
equipes de saúde da Atenção Básica poderão ser
vinculadas ao PSE, os secretários estaduais e
municipais de educação e de saúde definirão
conjuntamente as escolas a serem atendidas no
âmbito do PSE, observadas as prioridades e metas
de atendimento do Programa.

Crefito-3 em Movimento 09
O PSE será implementado mediante adesão dos
estados e dos municípios aos objetivos e diretrizes
do Programa, formalizada por meio do preenchi-
mento, pelo município, do Termo de Compromisso
do PSE, acessível por meio da ferramenta eletrônica
disponibilizada no sítio eletrônico
http://dabsistemas.saude.gov.br/sistemas/sgdab. O
incentivo financeiro de custeio às ações no âmbito
do PSE, que será repassado fundo a fundo, anual-
mente, em parcela única, por intermédio e as expen-
sas do MS, por meio do Piso Variável da Atenção
Básica - PAB Variável, em virtude da adesão do
Distrito Federal e dos municípios ao PSE, no valor
de R$ 5.676,00 (cinco mil seiscentos e setenta e
seis reais), para o Distrito Federal e municípios com
1 (um) a 600 (seiscentos) educandos inscritos. POR-
TARIA INTERMINISTERIAL No 1.055, DE 25 DE
ABRIL DE 2017.

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Política Nacional de Práticas Integrativas e Com-
plementares – PNPIC
Essas práticas envolvem a inserção do fisiotera-
peuta e terapia ocupacional. Os profissionais
utilizam recursos terapêuticos que estimulam
mecanismos naturais de prevenção e recuperação
da saúde. Medicina Tradicional Chinesa/
Acupuntura, Fitoterapia, Termalismo
Social/Crenoterapia, Biodança/Dança Circular,
entre outras, fazem parte dessas práticas. POR-
TARIA Nº 971, DE 03 DE MAIO DE 2006 e
Portaria-MS no 145, de 11 de janeiro de 2017.
Para a garantia do custeio do programa, serão leva-

10 Crefito-3 em Movimento
dos em consideração três critérios:
1. tamanho da população;
2. Cobertura de saúde da família; e
3. Vulnerabilidade social.
O cadastramento para a aferir o custeio de incen-
tivo ao municípios deveram ser através do site,
www.fns.saude.gov.br e pelo site
http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?i
d_aplicacao=7726 Deverá ser formulado um
projeto com proposta. As propostas devem prever
recursos no valor mínimo de R$100.000,00.
Existem três possibilidades de cadastro:

• Profissionais - para todos os profissionais


que atuam com alguma prática integrativa e com-
plementar esteja ela vinculada ou não ao sistema
único de saúde.

• Instituições - para todas as instituições que


oferecem algum serviço em práticas integrativas e
complementares, serviços assistênciais, de ensino e
pesquisa, de gestão, etc.

• Outros, para os cadastros que não forem


contemplados nos itens anteriores.
Dúvidas, entrar em contato através do e-mail
pics@saude.gov.br ou pelo telefone 61-3315-9030.

Crefito-3 em Movimento 11
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A atenção domiciliar – Programa melhor em casa
Consiste numa modalidade de atenção à saúde
substitutiva ou complementar às já existentes, cara-
cterizada por um conjunto de ações de promoção à
saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabili-
tação prestadas em domicílio, com garantia de
continuidade de cuidados e integrada às redes de
atenção à saúde. O Fisioterapeuta e o Terapeuta
Ocupacional podem, dentro deste programa,
podem atuar nas Equipes Multiprofissionais de
Atenção Domiciliar (EMAD) e nas Equipes Multi-
profissionais de Apoio (EMAP). Estas equipes dão
cobertura domiciliar para pacientes provenientes da
Atenção Básica, Serviço de Atenção às Urgências e
Emergências e do Hospital.
I - Equipes Multiprofissionais pode ser constituída
como:
a) EMAD Tipo 1; ou
b) EMAD Tipo 2; e
II - Equipe Multiprofissional de Apoio (EMAP).
O incentivo financeiro de custeio para a manuten-
ção do SAD será distribuído da seguinte forma:
I - R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) por mês para
cada EMAD tipo 1;
II - R$ 34.000,00 (trinta e quatro mil reais) por mês
para cada EMAD tipo 2; e
III - R$ 6.000,00 (seis mil reais) por mês para cada
EMAP
Para maiores detalhamentos do programa acesso
através do link:
http://189.28.128.100/dab/docs/geral/cartilha_me
lhor_em_casa.pdf e pela Portaria MS no 825, de 25

12 Crefito-3 em Movimento
de Abril de 2016.

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Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de
Pessoa Privadas de Liberdade no Sistema Prisional
Nessa Política de Saúde temos o Serviço de aval-
iação e acompanhamento de medidas terapêuticas
aplicáveis à pessoa com transtorno mental. O
serviço, deve ser constituído por equipe interdisci-
plinar com cinco profissionais, sendo o terapeuta
ocupacional um deles, preferencialmente.
Cabe ao gestor responsável definir as condições de
ambiência e organizacionais para que a EAP realize
suas atividades.
Para habilitação do serviço, deve observar os
seguintes critérios básicos:
I - Apresentar Termo de Adesão, que está anexado
na Portaria-MS no 94, de 14 de janeiro de 2014.
II - Apresentar Plano de Ação para estratégia para
redirecionamento dos modelos de atenção à pessoa
com transtorno mental em conflito com a Lei,
conforme modelo constante no Anexo II na
Portaria-MS no 94, de 14 de janeiro de 2014. ; e
III - Cadastrar o serviço e a equipe no CNES.
§ 1º - O serviço poderá ser constituído em unidades
federativas qualificadas ao Plano Nacional de Saúde
no Sistema Penitenciário (PNSSP) ou à PNAISP. a
EAP deve se articular com os NASF quando
doacompanhamento da medida terapêutica, benefi
ciando particularmente de duas áreas estratégicas
desse núcleo: saúde mental e serviço social. Pauta-
dos pela intersetorialidade e com o objetivo de
formar redes sociais, os especialistas que formam as

Crefito-3 em Movimento 13
equipes de NASF nestas áreas estratégicas. Maiores
detalhamentos do programa acesse o link:
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publica
coes/eap.pdf e pela Portaria-MS no 94, de 14 de
janeiro de 2014.

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SUAS (Sistema Único de Assistência Social) -
Centro de Referência de Assistência Social (CRAS)
Serviço destinado à articulação da rede socioassist-
encial no território de abrangência e à prestação de
serviços, programas e projetos socioassistenciais de
proteção social básica às famílias. Nesse serviço, o
terapeuta ocupacional atua preferencialmente na
Gestão do SUAS e/ou nas Equipes de Referência,
prevenção de ruptura de vínculo familiar, amplia a
rede de suporte social, constrói atividades de
participação comunitária. Lei no 12.435, 20 -
NOB-RH, 2009 e Resolução CNAS no 17, de 20 de
junho de 2011.
A capacidade de atendimento do CRAS varia de
acordo com o porte do município e com o número
de famílias em situação de vulnerabilidade social,
conforme estabelecido na NOB-SUAS. Estima-se a
seguinte capacidade de atendimento, por área de
abrangência do CRAS:

(1) CRAS em território referenciado por até 2.500


famílias - capacidade de atendimento: até 500
famílias/ano;

(2) CRAS em território referenciado por até 3.500


famílias - capacidade de atendimento: até 750

14 Crefito-3 em Movimento
famílias/ano;

(3) CRAS em território referenciado por até 5.000


famílias - capacidade de atendimento: até 1.000
famílias/ano.

Porte do município Nº. Habitantes Nº. mínimo


de CRAS Famílias referenciadas Capacidade
de Atendimento Anual
Pequeno Porte I Até 20 mil habitantes 1
CRAS 2.500 500 famílias
Pequeno Porte II De 20 a 50 mil habitantes
1 CRAS 3.500 750 famílias
Médio Porte De 50 a 100 mil habitantes 2
CRAS 5.000 1.000 famílias
Grande Porte De 100 a 900 mil habitantes 4
CRAS 5.000 1.000 famílias
Metrópole Mais de 900 mil habitantes 8
CRAS 5.000 1.000 famílias
Capacidade de
Famílias
Porte do município Nº. Habitantes Nº. mínimo de CRAS Atendimento
referenciadas
Anual
Pequeno Porte I Até 20 mil habitantes 1 CRAS 2.500 500 famílias
De 20 a 50 mil
Pequeno Porte II 1 CRAS 3.500 750 famílias
habitantes
De 50 a 100 mil
Médio Porte 2 CRAS 5.000 1.000 famílias
habitantes
De 100 a 900 mil
Grande Porte 4 CRAS 5.000 1.000 famílias
habitantes
Mais de 900 mil
Metrópole 8 CRAS 5.000 1.000 famílias
habitantes

Saiba como incluir uma entidade ou organização de


assistência social Através do Link:
www.desenvolvimentosocial.sp.gov.br/portal.php/a
ssistencia_entidades_sociais

Crefito-3 em Movimento 15
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Centro de Atenção Psicossocial CAPS I, CAPS II e
CAPS III
Prioritariamente o atendimento de pacientes com
transtornos mentais severos e persistentes. CAPS i
II - atendimentos a crianças e adolescentes e CAPS
ad II – pacientes com transtornos decorrentes do
uso e dependência de substâncias psicoativas.
Serão remunerados através do Sistema APAC/SIA,
sendo incluídos na relação de procedimentos estra-
tégicos do SUS e financiados com recursos do
Fundo de Ações Estratégicas e Compensação –
FAEC. Portaria no 835, de 25 de abril de 2012. No
CAPS, o terapeuta ocupacional promove acolhi-
mento, acompanhamento contínuo, atenção às
urgências - Portaria no 336/GM/MS, 2002.

Implantação do Centro de Atenção Psicossocial -


CAPS

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Oficina Ortopédica
Constitui-se em serviço de dispensação, de
confecção, de adaptação e de manutenção de órte-

16 Crefito-3 em Movimento
ses, próteses e meios auxiliares de locomoção
(OPM). Fisioterapeuta e terapeuta ocupacional
trabalham com tecnologia assistiva, acessibilidade,
inclusão social. Portaria MS no 835, 2012.
Através da MS nº 835/2012, é instituído incentivo
financeiro de investimento destinado à construção,
reforma ou ampliação das sedes físicas dos pontos
de atenção e do serviço de oficina ortopédica do
Componente Atenção Especializada em Reabili-
tação, bem como para aquisição de equipamentos e
outros materiais permanentes, da seguinte forma:
• construção de Oficina Ortopédica: R$
250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) para
edificação mínima de 260 m²;
• aquisição de equipamentos e outros mate-
riais permanentes:
o Oficina Ortopédica - até R$ 350.000,00
(trezentos e cinquenta mil reais).
• Incentivo de custeio mensal de:
o Oficina Ortopédica fixa - R$ 54.000,00
(Cinquenta e quatro mil reais) por mês;
o Oficina Ortopédica itinerante fluvial ou
terrestre - R$ 18.000,00 (dezoito mil reais) por mês;
e
O incentivo financeiro de investimento será repas-
sado pelo Fundo Nacional de Saúde em três parce-
las.
Possibilidade de inclusão. Média complexidade
SUAS - (Proteção Social Especial).

Crefito-3 em Movimento 17
12
Centro de Referência Especializado de Assistência
Social (CREAS)
Prestação de serviços em risco pessoal ou social,
quando há violação de direitos ou contingência.
NOB-RH, 2009 e Resolução CNAS no 17, de 20 de
junho de 2011. Os terapeutas ocupacionais atuam
na gestão do SUAS e/ou equipe de referência,
organização do cotidiano, particularizar promoção
de direitos, prevenir a ruptura de vínculos, favorecer
o acesso a oportunidades, fortalecer a função prote-
tiva. Lei no 12.435, 2011.
O Órgão Gestor Municipal deve coordenar o
processo de planejamento que conduzirá à implan-
tação do CREAS, definindo etapas, metas, respon-
sáveis e prazos, com a devida
previsão no Plano Municipal de Assistência Social, a
ser submetido à aprovação do Conselho.

18 Crefito-3 em Movimento
SERVIÇOS QUE SÃO OFERTADOS DO CRAS

Crefito-3 em Movimento 19
Saiba mais detalhes sobre a implantação através do
link:
http://www.cogemas.pr.gov.br/arquivos/File/Docu
mento/CREAS_1_Vers%C3%A3o.pdf

13 Unidade de Terapia Intensiva Adulto e Pediátrico


O fisioterapeuta é responsável técnico, plantonista,
membro da equipe multiprofissional. O terapeuta
ocupacional pode ser inserido. De acordo com a
Resolução-RDC no 7, de 24 de fevereiro de 2010
(UTI) - Fisioterapeuta: 1 para cada 10 leitos, nos três
períodos (18 horas), 1 plantonista em tempo
integral. Estabelecer padrões mínimos para o
funcionamento das Unidades de Terapia Intensiva,
visando à redução de riscos aos pacientes,
visitantes, profissionais e meio ambiente, é um dos
principais objetivos desta resolução da Agencia
Nacional de Vigilância Snanitária. Segundo o Art. 18:
o terapeuta ocupacional deve ser garantido à beira
do leito e no Art. 21: Todo paciente internado em
UTI deve receber assistência integral e interdiscipli-
nar.

14
Centro Especializado em Reabilitação (CER)
Nesse serviço, a habilitação e reabilitação visam
garantir o desenvolvimento de habilidades funcion-
ais das pessoas com deficiência para promover sua
autonomia independência. O Plano Viver sem
Limite iniciou a implantação de Centros Especializa-
dos em Reabilitação - CER para ampliar o acesso e a
qualidade desses serviços no âmbito do SUS. A
implantação desses centros pode se dar por meio de

20 Crefito-3 em Movimento
novas construções ou por qualificação mediante
reforma, ampliação aquisição de equipamentos e
reforço de pessoal. O serviço compõe o Plano Viver
sem Limite - Plano Nacional dos Direitos da Pessoa
com Deficiência, instituído pelo Decreto
7.612/2011 que ressalta o compromisso do Brasil
com a Convenção da ONU para os Direitos das
Pessoas com Deficiência. Implantação do Centro
Especializado em Reabilitação - CER O Ministério da
Saúde disponibiliza uma série de recursos de inves-
timento para a construção dos CER, bem como
recursos de custeio mensais para a manutenção dos
serviços de reabilitação habilitados pelo Ministério
da Saúde e contratação dos profissionais que com-
põem a equipe multiprofissional de reabilitação.

As propostas de Estados e Municípios, referentes à


implementação de Centros Especializados em
Reabilitação, deverão constar nos Planos de Ação
Regional e Estadual da Rede de Cuidados à Pessoa
com Deficiência, que são elaborados e pactuados
pelos gestores de saúde estaduais e municipais. Os
Planos de Ação serão encaminhados à Coordenação
Geral de Saúde da Pessoa com Deficiência, do
Ministério da Saúde, para análise e devidas
providências para implementação, financiamento,
monitoramento e avaliação da Rede nos territórios.

Crefito-3 em Movimento 21
15
Redes Estaduais – Cardiovascular
O profissional fisioterapeuta e terapeuta ocupa-
cional atuam na prestação de assistência em
procedimento mais complexos nas Unidades de
Assistência e nos Centros de Referência. Portaria-
MS no 210, 2004 - (Política Nacional de Atenção
Cardiovascular de Alta Complexidade). Esta portaria
tem como principal objetivo: Definir Unidades de
Assistência em Alta Complexidade Cardiovascular e
os Centros de Referência em Alta Complexidade
Cardiovascular e suas aptidões e qualidades. as
Unidades de Assistência em Alta Complexidade
Cardiovascular poderão prestar os seguintes atendi-
mentos nos serviços:
• Serviço de Assistência de Alta Complexidade em

22 Crefito-3 em Movimento
Cirurgia Cardiovascular;
• Serviço de Assistência de Alta Complexidade em
Cirurgia Cardiovascular Pediátrica;
• Serviço de Assistência de Alta Complexidade em
Cirurgia Vascular;
• Serviço de Assistência de Alta Complexidade em
Procedimentos da Cardiologia Intervencionista;
• Serviço de Assistência de Alta Complexidade em
Procedimentos Endovasculares Extracardíacos;
• Serviço de Assistência de Alta Complexidade em
Laboratório de Eletrofisiologia.

Os gestores do Sistema Único de Saúde utilizem os


critérios abaixo e os parâmetros definidos pela
Secretaria de Atenção à Saúde:
• população a ser atendida;
• necessidade de cobertura assistencial;
• mecanismos de acesso com os fluxos de referên-
cia e contra-referência;
• capacidade técnica e operacional dos serviços;
• série histórica de atendimentos realizados,
levando em conta a demanda reprimida;
• integração com a rede de referência hospitalar em
atendimento de urgência e emergência, com os
serviços
• de atendimento pré-hospitalar, com a Central de
Regulação (quando houver) e com os demais
serviços assistenciais -
• ambulatoriais e hospitalares - disponíveis no
estado.

Crefito-3 em Movimento 23
16
Atenção à Pessoa com Doença Neurológica
O profissional fisioterapeuta esta inserido na equipe
básica nas Unidades de Assistência em Neurocirur-
gia e nos Centros de Referência em Neurologia. O
fisioterapeuta deverá compor a equipe multidiscipli-
nar e contar com um fisioterapeuta por turno. Para
a habilitação do serviço, o gestor municipal deverá
elaborar um planejamento onde conste:
• População a ser atendida
• Necessidade de Cobertura Assistencial
• Mecanismo de acesso de fluxos de referência e
contra referência
• Capacidade técnica operacional dos serviços
• Série histórica dos atendimento realizados,
levando em consideração a demanda reprimida
Anexado ao planejamento, deverá constar os anexo
preenchidos contidos na Portaria SAS/MS no 756,
de 27 de dezembro de 2005 (Política Nacional de
Atenção ao Portador de Doença Neurológica), e
apresentados junto as secretarias estaduais para
solicitação dos incentivos federais. .

17
Traumato-Ortopedia Unidades de Assistência em
Neurocirurgia
Fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais atuam no
Apoio Multiprofissional dos Centros de Referência
em Neurologia. Portaria-MS no 90, 2009 (Política
Nacional de Atenção de Alta Complexidade em
Traumato-Ortopedia). O processo de
credenciamento/habilitação de Unidade de
Assistência ou de Centro de Referência em Trauma-
tologia e Ortopedia inicia-se com a solicitação por

24 Crefito-3 em Movimento
parte do estabelecimento de saúde ao respectivo
Gestor do SUS, da esfera municipal ou estadual, ou
por proposta desse Gestor ao estabelecimento.

18
Linha de Cuidado ao Trauma Atenção Hospitalar
Estratégia onde o fisioterapeuta atua nas Unidades
de Atenção Especializada, Serviços de Reabilitação
Ambulatorial e Hospitalar e pelos Hospitais com
habilitação em Centro de Trauma (CT) Tipo I, Tipo II
e Tipo III. Portaria-MS no 2.395, 2011 Manual
Instrutivo da Atenção ao Trauma. Para Custeio de
implatanção, reforma ou adequação em propostas
acima de R$ 1.000.000,00 o respectivo repasse
será realizado ao Fundo de Saúde do ente federa-
tivo beneficiário em 2 (duas) parcelas, sendo a
primeira equivalente a 20% (vinte por cento) do
valor total aprovado, após a habilitação do projeto; e
a segunda parcela, equivalente a 80% (oitenta por
cento) do valor total aprovado, mediante apresen-
tação da respectiva ordem de início de serviço,
assinada por profissional habilitado pelo Conselho
Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
(CREA), e posteriormente autorizada pela Secretaria
de Atenção à Saúde (SAS/MS).

Alta Complexidade SUAS (Proteção Social


Especial)
Atuação nos Serviços de acolhimento institucional,
19
Abrigo, Casa Lar, Casa de Passagem, Residência
Inclusiva, acolhimento em república, acolhimento
em Família Acolhedora, proteção em situações de
calamidade pública e de emergência. Lei no 12.435,

Crefito-3 em Movimento 25
2011. A terapia ocupacional trabalha na gestão do
SUAS e/ ou equipe de referência, escuta ativa,
significação do cotidiano, empodera, promove o
respeito e exercício de direitos e deveres, favorece
condições de inclusão no social, promove a auto-
valorização, apoia e provê projetos de vida.
NOB-RH, 2009 e Resolução-CNAS no 17, de 20 de
junho de 2011.
O SUAS engloba também a oferta de Benefícios
Assistenciais, prestados a públicos específicos de
forma articulada aos serviços, contribuindo para a
superação de situações de vulnerabilidade. Também
gerencia a vinculação de entidades e organizações
de assistência social ao Sistema, mantendo atual-
izado o Cadastro Nacional de Entidades e Organi-
zações de Assistência Social e concedendo certifi-
cação a entidades beneficentes, quando é o caso.
A gestão das ações e a aplicação de recursos do
Suas são negociadas e pactuadas nas Comissões
Intergestores Bipartite (CIBs) e na Comissão Interg-
estores Tripartite (CIT). Esses procedimentos são
acompanhados e aprovados pelo Conselho
Nacional de Assistência Social (CNAS) e seus pares
locais (Conselhos Estaduais e Municipais), que
desempenham o controle social. O Governo do
Estado, por meio da Secretaria de Estado Desen-
volvimento Social – Seds, tem o papel estratégico
na coordenação da política de desenvolvimento
social do Estado: estabelecer rumos, diretrizes e
fornecer mecanismos de apoio às instâncias munici-
pais, ao terceiro setor e à iniciativa privada.

26 Crefito-3 em Movimento
ORGANIZAÇÕES SOCIAIS DE SAÚDE
A gestão de Saúde Pública pode ser realizada de forma direta pela
prefeitura do município, ou direcionar que parte da gestão seja realizada
e construída em conjunto com organizações. Uma das alternativas que
agregam na construção da gestão de Saúde Pública e implantação de
programas ou politicas como as citadas aqui nesta cartilha, são as
Organizações Sociais de Saúde. As OSS são instituições do setor
privado, sem fins lucrativos, que atuam em parceria formal com o Estado
e colaboram de forma complementar, para a consolidação do Sistema
Único de Saúde, conforme previsto em sua lei orgânica - Lei nº 8080/90.
A OSS realizará a administração, organização e acompanhamento da
rede de saúde pública do seu município. O vínculo público privado pode
ser estabelecido através das seguintes formas:
• Contrato de Gestão
• Termo de Convênio
• Contrato de Emergência
Nesta cartilha detalharemos os dois tipos de vínculos que são mais
utilizados, Contrato de Gestão e Convênio:
• Ambos são instrumentos para a formação de parceria com o Poder
Público, em que os objetivos das partes são coincidentes ou convergen-
tes;
• São celebrados com dispensa de licitação, impondo-se, contudo, um
procedimento público para a escolha da entidade parceira, em atendi-
mento aos princípios que regem a Administração Pública;
Acesse: http://www.transparencia.sp.gov.br/organizacoes.html e em
http://www.portaldatransparencia.saude.sp.gov.br/ veja a relação de
OSS qualificadas pelo governo do estado de São Paulo.

Crefito-3 em Movimento 27
ctss2017@gmail.com

crefito3.org.br /crefito3 @crefito3 /crefitosp

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