Você está na página 1de 54

RITMOS

da INFLUÊNCIA
5 passos para ativar o fluxo de
presença, conexão e influência

Um guia prático para palestrantes, educadores, apresentadores,


facilitadores e pessoas que buscam ativar o fluxo de presença,
conexão e influência com seu público.

Ju Linares & Mary Tolena


1
Copyright © 2017 - Ju Linares & Mary Tolena

Todos os direitos reservados.

Ju Linares Mary Tolena


São Paulo, SP, Brasil San Diego, EUA

www.ritmoexpansao.com.br www.rhythmlift.com
julinares@ritmoexpansao.com.br mary@rhythmlift.com
+55 (11) 98458-1793 +1 (619) 307-1003

2
Este livro é para palestrantes, gestores, facilitadores,
professores, musicoterapeutas e pessoas que buscam
desenvolver uma forte presença, conexão e poder de
influência com seu público.

Nos Ritmos da Influência o convidamos a mergulhar em 5


princípios que lhe darão segurança interior para conduzir
programas de aprendizagem inovadores e trazer mais
diferencial para os contextos onde você atua.

— Ju Linares e Mary Tolena

3
Para Arthur Hull

Dedicamos esse e-book para o nosso professor, mentor e amigo, Arthur Hull,
cujo conhecimento e princípios rítmicos influenciaram milhares de pessoas ao
redor do mundo a descobrirem os benefícios que práticas musicais em grupo
podem trazer para o desenvolvimento do potencial humano.

Arthur nos deu a base de tudo o que ensinamos e por causa dele, temos o
mapa dos diferentes ritmos que nos influenciam o tempo todo.

Por décadas, Arthur tem viajado o


mundo ministrando cursos de
formação de facilitadores de práticas
musicais em grupo, criando um vasto
network de profissionais capacitados,
que utilizam técnicas e ferramentas
musicais para quebrar resistências,
criar conexões e potencializar os
talentos, virtudes e capacidades
humanas.

Obrigada Arthur, do fundo dos nossos corações.

4
> Introdução X

1 Autoconsciência X

2 Conexão X

3 Diálogo X

4 Criatividade X

5 Performance X

+ Sobre nós X
5
> INTRODUÇÃO
RITMOS da INFLUÊNCIA
5 passos para ativar o fluxo de
presença, conexão e influência
> Introdução

INTRODUÇÃO

Quando você pensa nos palestrantes, facilitadores e líderes que mais


admira, não são as palavras desses influenciadores que ficam na sua memória,
mas a forma como eles comunicam a sua mensagem e usam a sua influência para
o envolver.

Podemos chamar esse poder de influência de “carisma”, mas


reconhecemos que essa qualidade vai muito além. É algo bem mais amplo,
profundo e genuíno. As palavras que usamos para descrever essas qualidades
únicas são: presença, autenticidade e magnetismo.

7
> Introdução

Pessoas com essas qualidades são:


• Seguras de si;
• Presentes e conectadas;
• Capazes de ouvir diferentes opiniões e criar um diálogo;
• Propensas a sair da zona de conforto com facilidade;
• Abertas a novas perspectivas e ideias;
• Visionárias, têm um propósito maior naquilo que fazem.

Quando esses influenciadores falam para grandes platéias ou mesmo para


pequenos grupos, parece que tudo flui naturalmente.

Eles agem ou se expressam, de um modo que, fica fácil para você ouvi-
los, engajar-se e tornar-se um seguidor assíduo.

Esse material irá ajudá-lo a ativar o fluxo de presença, conexão e


influência com o seu público. Para desenvolver esses qualidades, você quer:

1. Externamente – Mostrar-se uma pessoa segura, confortável com


suas palavras, entusiástica e genuína.

2. Internamente – Sentir que uma energia maior o guia e o conecta


com as pessoas. Você sabe o que falar, o que fazer e consegue
envolver seu público com facilidade e desenvoltura.

3. Em relação ao grupo – Criar um ambiente democrático e


favorável, tomado pela sua presença envolvente. Mostrar curiosidade
sob a perspectiva dos outros. Os resultados não poderão ser mais
positivos, indo além do que você poderia prever!

8
> Introdução

Quando você consegue criar uma fácil conexão com as pessoas, não só
está influenciando o grupo positivamente, como poderá ser influenciado por ele
profundamente. Essa conexão e entendimento entre você e o seu público faz com
que o processo de aprendizagem flua facilmente. Ideias e soluções começam a
emergir. A confiança, empatia e harmonia entre as pessoas são estabelecidas
desde o início da sua sessão e, a cada momento, as relações se fortalecem.

A nossa intenção, com esse e-book, é guiá-lo por 5 estágios de


desenvolvimento pessoal, chamados Ritmos da Influência. Esse método irá
ajudá-lo a desenvolver programas de aprendizagem dinâmicos e memoráveis,
além de aumentar o nível de presença, conexão e influência positiva com as
pessoas para quem está falando.

Desenvolver essas qualidades inclui


conhecer-se em profundidade e viver
em alinhamento com seus valores,
desejos e propósitos, ou seja, “viver
aquilo que prega".

Se você é um palestrante, um
facilitador de grupos, um educador,
um treinador de equipes ou um agente
de mudança e transformação, desenvolver essas habilidades serão essenciais para
que possa:

• Ter clareza e segurança na sua mensagem.


• Criar uma maior conexão com o seu público.
• Fazer uma profunda leitura dos grupos que influencia.
• Desenvolver rapport (empatia) com os seus clientes.
• Tornar-se protagonista, criando um profundo impacto nas
organizações onde atua.

9
> Introdução

Como palestrante, educador ou influenciador, sua eficácia aumenta


quando você entra em sintonia com seu ritmo interior e está aberto para se
conhecer a fundo. Esses são fatores fundamentais para ajudá-lo a ativar o fluxo de
presença, conexão e influência nas suas apresentações. A boa notícia é que, essas
habilidades podem ser desenvolvidas e aprimoradas com o tempo, trazendo um
grande diferencial para o seu trabalho.

Antes de mergulharmos no conceito de autoconsciência, o primeiro


passo dos Ritmos da Influência, queremos dividir com você um pouco das nossas
paixões e o que nos motivou a desenvolver esse trabalho.

O PODER DO RITMO

Eu, Ju Linares, e a minha parceira co-criativa, a Americana Mary Tolena,


mentora de facilitadores, consultora de empresas e coautora desse e-book,
desenvolvemos o potencial humano de um modo peculiar.

Criamos processos de aprendizagem


por meio de experiências lúdicas, tais
como: a música, jogos cooperativos e
técnicas de comunicação, para ajudar
o ser humano desenvolver seus
potenciais criativos, colaborativos e
produtivos.

Guiamos grupos de adultos, a


participar de experiências com a
música, para criar competências que irão apoiá-los a trabalhar com colaboração,
criatividade, sincronia e compromisso em atingir melhores resultados. Alinhamos
as atividades e conteúdos relevantes aos objetivos do cliente para desenvolver as
seguintes habilidades:

10
> Introdução

• Percepção
• Conexão
• Criatividade
• Comunicação
• Liderança
• Performance de Equipe

O objetivo dessa metodologia é disseminar o conhecimento por meio de


experiências que façam o ser humano sentir, pensar e agir diferente.

Trazemos inovação na maneira como ensinamos, desenvolvendo


atividades que possibilitam às pessoas vivenciarem o aprendizado emergente.

Após cada atividade, extraímos dos participantes seus principais insights.


Utilizamos técnicas de coaching e métodos de debriefs, para ajudá-los a
descrever o que aconteceu, a interpretar os fatos, a gerar significado e a aplicar
os aprendizados no seu contexto pessoal e profissional.

Do ponto de vista do educador ou facilitador, essa metodologia de


trabalho pode ser desafiadora, pois desenvolvemos dinâmicas rítmicas e
interativas que possibilitam as pessoas trabalharem as suas questões pessoais, em
tempo real e sem ensaio prévio. Cada experiência é única e os aprendizados irão
revelar algo importante sobre as dinâmicas interpessoais, o nível de maturidade e
engajamento entre as pessoas.

Nossos programas são muito bem planejados e estamos sempre atentas


para fazer uma leitura acurada do grupo. Se sentirmos necessidade podemos
improvisar, mudar o plano, elevar o nível de energia grupo e servi-lo com uma
experiência apropriada para aquele momento.

11
> Introdução

Isto significa que, devemos permanecer presentes e conectados com as


pessoas o tempo todo, de forma que, elas possam se sentir confortáveis, seguras
e focadas nos objetivos do programa.

Felizmente para nós, utilizar métodos de aprendizagem lúdico-criativos,


nos capacita a criar engajamento do começo ao final dos nossos processos.
Aprendemos o poder dessas ferramentas rítmicas e interativas, em uma inusitada
formação de facilitadores do potencial humano através da música.

UMA EXPERIÊNCIA INCOMUM


Tudo começou em uma Ilha paradisíaca no Havaí…
Anualmente, no mês de Agosto, pessoas de diferentes países, culturas e
profissões se encontram na Ilha de Oahu, no Havaí, para aprender a facilitar o
potencial humano por meio da técnica de “Facilitação de Rodas de Tambores”.

Em um cenário de tirar o fôlego - onde a sala de aula é


substituída por uma natureza exuberante, cercada por
árvores, praias paradisíacas, tartarugas marinhas,
tambores e instrumentos percussivos, pessoas do
mundo todo se encontram motivadas por um mesmo
objetivo: aprender novas técnicas para expandir o
potencial criativo, colaborativo e produtivo de grupos e
equipes de trabalho.

Essa prática foi criada pelo americano Arthur Hull,


Fundador da Village Music Circles, empresa pioneira
em criar programas co-criativos com o ritmo.

Essa formação de facilitadores criou um novo campo


profissional ao redor do globo, pois, o capacita a criar

12
> Introdução

experiências de aprendizagem que trazem benefícios para a saúde e para o


desenvolvimento humano, podendo ser aplicadas em diferentes nichos de
trabalho: empresas, instituições de saúde e bem-estar e sistemas educacionais.

De fato, existe um fluxo crescente de estudos clínicos que documentam os


impactos positivos das práticas musicais em grupo, incluindo mudanças
mensuráveis em nossa autopercepção, interação social, função cerebral e biologia
celular.

Essa técnica é tão reveladora, que


participamos do treinamento por 5
anos consecutivos, completamos
todos os módulos que a formação
oferece e nos tornarmos parte de um
seletivo grupo de facilitadores
internacionais, graduados na única
formação no mundo que oferece esse
tipo de certificação.

Após concluirmos o processo de certificação no Havaí, uma parceria


edificante surgiu rapidamente entre nós, resultando na criação das empresas
RhythmLift nos EUA e anos depois, a Ritmo Expansão no Brasil.

Desde então, criamos uma metodologia de aprendizagem vivencial,


baseada em 5 princípios rítmicos que irão ativar o seu fluxo de presença, conexão
e influência, além de desenvolver o potencial criativo, colaborativo e produtivo de
indivíduos, grupos e equipes de trabalho. Os Ritmos de Influência podem ser
desenvolvidos em 5 etapas:

13
> Introdução

• AUTOCONSCIÊNCIA
• CONEXÃO
• DIÁLOGO
• CRIATIVIDADE
• PERFORMANCE

Como esses princípios irão ajudá-lo?


Esses 5 princípios irão ajudá-lo a customizar um modelo de ciclo de
aprendizagem e auxiliá-lo no desenvolvimento de qualquer apresentação,
palestra, curso ou reunião, em que as pessoas precisam assimilar conhecimento e
vivenciar na prática certos conceitos.

Além do mais, eles servem como guia


para mantê-lo centrado, consciente,
aberto, receptivo e conectado com o
seu público.

Os princípios e componentes
subjacentes do Ritmo vão capacitá-lo
a criar um repertório de metáforas e
analogias que apoiarão os
participantes do seu programa a compreenderem situações e padrões de
comportamento, que acontecem no dia a dia.

14
> Introdução

ENTRE EM FLOW

Embora esses 5 princípios sejam aplicáveis a nível pessoal e coletivo, o


tipo de presença e conexão que você irá desenvolver com esse protocolo, não
pode ser visto como uma simples receita.

Aquela ótima vibração que vivencia conversando com alguém ou quando


está envolvido em uma tarefa que o faz perder a noção do tempo, acontece
quando você entra em estado de flow
ou fluxo.

Na psicologia positiva, o estado de


flow (fluxo), é o estado mental em que
uma pessoa alcança quando consegue
exercer uma atividade totalmente
imersa em um sentimento de foco,
conexão, energia, envolvimento pleno
e prazer no processo de execução.

Em essência, o “flow” é caracterizado pela absorção e completa conexão


com o que se faz. O autor da teoria do “flow”, Mihaly Csikszentmihalyi, aplicou
esse conceito em diversas áreas do conhecimento, obtendo um grande
reconhecimento na área da psicologia positiva e da terapia ocupacional.

Se você conseguir ter congruência entre seus pensamentos, palavras e


ações, é possível fazer uma melhor leitura sobre o estado emocional do grupo,
podendo perceber o quanto as pessoas estão engajadas e envolvidas com o seu
processo. A partir dessa sensibilidade, o fluxo de presença e conexão com a sua
audiência, torna-se parte da sua realidade.

Porém, quando perdemos essa conexão e não conseguimos encontrar o


caminho de volta, temos vontade de estalar os dedos e desaparecer.

15
> Introdução

A boa notícia é que entrar em um fluxo de presença e conexão com as


pessoas ou com uma tarefa que se propõe a fazer, é algo que você pode praticar
e desenvolver, assim como qualquer habilidade ou bons hábitos. Isso é essencial
para expandir o seu potencial como facilitador e desenvolver certas habilidades
que irão capacitá-lo a conduzir seus programas com magnetismo e excelência.

RITMOS DA INFLUÊNCIA
Uma vasta gama de situações pode exigir que você assuma o papel de
influenciador, cujo objetivo é conduzir ou guiar as pessoas a um processo de
aprendizagem que as ajudem se desenvolver e alcançar resultados desejados.

A nível pessoal, esses 5 estágios vão ampliar a sua consciência, para que
possa estabelecer uma forte presença e conexão com o público que influencia.

A nível coletivo, esses princípios darão suporte para o desenvolvimento


de programas de aprendizado inspiradores que ensinam e estimulam os
participantes a absorverem conhecimento com interesse e facilidade. Em cada
passo do processo você define objetivos específicos a serem alcançados, ao
mesmo tempo que, alivia a tensão e quebra a resistência do grupo.

Relembrando os 5 passos dos Ritmos da Influência:

• CONSCIÊNCIA
• CONEXÃO
• DIÁLOGO
• CRIATIVIDADE
• PERFORMANCE


16
1 AUTOCONSCIÊNCIA
“Desenvolver a autoconsciência é o
primeiro passo para a mudança.”
— Eckhart Tolle
1 Autoconsciência

Passo 1: AUTOCONSCIÊNCIA
CONECTE-SE COM O MOMENTO PRESENTE

A alquimia da presença e conexão acontece quando você desenvolve a


autoconsciência e se conecta com “o aqui e o agora”. Essa conexão se refere ao
grupo de pessoas para quem está falando e ao estado emocional em que você se
encontra naquele exato momento.

18
1 Autoconsciência

Nessa fase de ampliação da consciência, o princípio rítmico PULSO tem


muito a lhe ensinar sobre Presença e Flow.

O Pulso é a unidade mais básica do Ritmo—a batida constante, a


oscilação entre opostos, uma nota e um espaço, um som e um descanso, o yin e o
yang.

Vamos exemplificar como normalmente começamos nossos programas,


sejam eles, uma palestra, um curso ou um treinamento.

Geralmente, iniciamos a experiência


conectando as pessoas com seu ritmo
interno. O objetivo é desenvolver a
atenção plena. Começamos tocando
um ritmo simples em um tambor
grave para criar um Pulso. Essa
atividade também pode ser feita com
uma música tocada no ipod ou
qualquer equipamento de áudio.
Porém, é necessário que ela possua
uma marcação forte e, ao mesmo tempo, conduza as pessoas a um processo de
relaxamento e conexão com o próprio ritmo.

Primeiro, convidamos todos a respirar profundamente. Em seguida,


pedimos para que identifiquem seus pensamentos, sentimentos e sensações
corporais. Depois, a sentir o pulso criado pelo som do tambor e a perceber como
esse som ressoa no corpo de cada pessoa.

Utilizamos o ritmo nessa primeira fase para conectar todos em torno de


um pulso comum. Criamos progressões de atividades utilizando palmas, passos e
certos movimentos para elevar a energia e criar um rápido senso de unidade
entre os participantes. Dessa forma, a distração desaparece e todos se tornam

19
1 Autoconsciência

parte de uma experiência única. Desde no início, trabalhamos a percepção visual,


auditiva, cinestésica e a capacidade de se manterem presentes.

Há muitas maneiras com as quais você pode criar conexões com grupos e
isto depende do número de pessoas, propósito, tópicos, diversidade, cultura,
maturidade do grupo e outros fatores. Na fase da autoconsciência o primeiro
passo é fazer com que as pessoas relaxem, se percebam e foquem a atenção no
momento presente. Em um segundo estágio, você poderá aumentar o nível de
conexão entre elas. Isso inclui tirá-las da zona de conforto e fazer com se abram
para trocar experiências umas com as outras.

Prepare-se antes de falar em público


Para elevar o nível de consciência de um grupo, é essencial que você se
prepare antes de começar o seu programa. Tenha um momento de concentração
e conexão consigo mesmo. Observe como se sente emocionalmente e como o
seu corpo reage fisicamente. Relaxe enquanto você inspira e expira
profundamente. Visualize-se entrando no recinto presente, centrado e consciente
do processo que deseja criar.

OS 2 LIMIARES

No início de seu programa, você os convida para mergulhar no seu mundo


de ideias, mensagens e atividades planejadas. Você quer que as pessoas estejam
sintonizadas e presentes de forma física e mental.

Física
Traga a consciência dos participantes para o estado físico em que eles se
encontram, convidando-os nesse primeiro momento a respirar profundamente e a
relaxar os músculos da face, do pescoço e dos ombros, descendo até os pés.

20
1 Autoconsciência

Isto pode ser feito em minutos e sem que você precise falar muito. Basta
sorrir, respirar, fazer contato visual e conduzi-los a esse processo, falando
apenas o necessário.

Isso não é uma aula de yoga, nem de meditação, mas é uma técnica que
propicia o relaxamento, a atenção plena e a conexão com o próprio ritmo.

Você vai sentir que uma energia mais equilibrada tomando conta da sala.
Vai perceber que as pessoas cruzaram o limiar entre o desconforto e o
desconhecido, alcançando um estado de relaxamento e foco, tornando-se mais
confortáveis, tranquilas e seguras de si.

É claro que se você achar apropriado,


pode ir um pouco mais além e fazer
um exercício de relaxamento guiado.
Convide-as a se desprender do que
trazem consigo (celulares e outras
distrações), deixar os julgamentos de
lado e se abrir para a experiência e os
aprendizados que poderão emergir.

Mental
Na dimensão mental do processo de autoconsciência, queremos ativar a
atenção para os tópicos, finalidades e principais objetivos da sessão. Você quer
que todos se sintam envolvidos e comprometidos a darem o seu melhor, a fim de
atingirem as suas expectativas pessoais.

21
1 Autoconsciência

Em seguida, adicione a sua introdução de boas-vindas e aos conceitos


básicos do curso, ingredientes que poderão criar um sentimento de acolhimento
e de bem-estar.

1. Mostre apreço por eles estarem aqui, pelo talento e o conhecimento


que cada pessoa oferece.

2. Apresente a finalidade e os objetivos da sessão, incluindo a sua


expectativa em relação ao grupo.

3. Demostre otimismo e entusiasmo com os resultados desejados - pinte


um quadro que mostre o quanto você acredita que eles podem ir
além.

Depois que os ajudou a quebrar algumas resistências em tempo real, eles


estão prontos para assumir o papel de integrantes de um grupo ou de um
organismo em evolução com potencial, talentos, virtudes e força própria.

22
2 CONEXÃO
“Conexão é a energia que existe entre as
pessoas quando elas se sentem
notadas, ouvidas e valorizadas.”  
— Brené Brown
2 Conexão

Passo 2: CONEXÃO

CONECTE O SEU GRUPO

Na primeira fase, as pessoas chegaram, relaxaram e se conectaram com o


“momento presente” e com seus propósitos individuais. O próximo passo é
ajudá-los a compreender os objetivos da sua sessão e a fortalecer a conexão entre
eles.

24
2 Conexão

Esse segundo estágio, CONEXÃO, é sobre como podemos criar uma


experiência que faça com que as pessoas se sintam parte de algo maior. Quando
indivíduos se sentem parte de uma inteligência coletiva, eles têm maior
capacidade de alcançar seus resultados, do que, aqueles que permanecem em
suas esferas e expectativas individuais.

Como orador ou facilitador, você pode sentir essa mudança de energia no


momento em que as pessoas começam a se conectar. A descontração do grupo
torna-se profundamente visível e todos se mostram prontos para serem
conduzidos sem resistências e de forma mais integrada.

Você irá perceber que essa troca de experiências permite aos


participantes criar um novo olhar sobre a perspectiva do outro. Isto os auxilia a
quebrar o gelo e a estabelecer uma maior conexão, a partir de um senso de
propósito comum e, sem perceber, a identidade do grupo está formada.

OS PRINCÍPIOS DA INFLUÊNCIA

Ciclo
Em nossos programas utilizamos os princípios do ritmo para conectar os
participantes e fazê-los vivenciar um ciclo de aprendizagem.

No capitulo “Autoconsciência”, falamos do Pulso—a unidade mais básica


do Ritmo: a batida constante, a oscilação entre opostos: uma nota e um espaço, o
som e o silêncio, o yin e o yang.
Agora trazemos o princípio CICLO, para criar experiências que fortalecem
a conexão entre as pessoas.

25
2 Conexão

O Ciclo diz respeito a uma série de fenômenos, fatos ou ações que se


repetem.

Gostamos de trabalhar o princípio Ciclo por meio de atividades com a


música pois, ele facilita a compreensão de conceitos complexos, demonstrados
de forma simples, prática e experiencial.

Enquanto o princípio Pulso é


composto por batidas iguais,
uniformemente espaçadas, o Ciclo é
estabelecido quando uma ênfase
comum emerge. Se contarmos até
quatro repetitivamente, o início de um
ciclo será o “um”. Este torna-se o
ponto de referência que o orienta a
entrar em sincronia com os outros,
caso você venha a perder o ritmo por
alguns segundos.

Em nossos programas, utilizamos esse conceito para criar um “ciclo de


aprendizado” que ajuda as pessoas a entrar em sintonia, estabelecer o foco e
perceber que todo processo tem começo, meio e fim.

CONEXÃO DO GRUPO

Há várias maneiras de conectar um grupo e isso depende da sua


configuração: número de pessoas, finalidade, tópico, nível de maturidade dos
participantes e muito mais. Nessa etapa, queremos compartilhar algumas ideias.

26
2 Conexão

Primeiro: Crie um momento de compartilhamento


Crie uma oportunidade para que todos se apresentem e falem sobre o
que os motivou a participar da sua sessão. Esta é uma maneira das pessoas
compartilharem algo único sobre si mesmas.

• Em grupos pequenos, as pessoas podem dividir ideias e aspirações,


de forma clara e objetiva com o grupo todo.

• Em grupos que contém um número maior de participantes, convide-os


a compartilhar suas reflexões em pares ou trios.

O segredo é sugerir perguntas que elevem o nível de curiosidade e


energia entre as pessoas, algo que as convide a revelar um aspecto interessante
ou divertido sobre si mesmas.

As possibilidades de perguntas são infinitas—mas vamos considerar 3


categorias:

Aspecto pessoal – Incentive-as a dividir algo sobre suas vidas pessoais,


hobbies ou interesses em comum. Exemplos: Como você entrou neste
campo de trabalho? Qual era sua atividade favorita, esporte ou hobby
quando você era adolescente? Se você pudesse viajar para algum lugar,
para onde iria e por quê?

Aspecto profissional – Convide-as a compartilhar uma experiência que


represente uma realização profissional. Exemplos: Divida com seu par uma
realização profissional que o fez se sentir orgulhoso e por quê? Quem foi
uma grande influência ou mentor na sua carreira profissional?

27
2 Conexão

Aspirações – Ative seus desejos e visões de futuro. Exemplos: Como você


espera que esse curso poderá ajudá-lo? Como você se vê daqui a 5 anos?
Compartilhe um sonho que gostaria de realizar.

Em todos os casos, esteja atento para formular perguntas que despertem


sentimentos positivos. Algumas pessoas são mais resistentes, gostam de reclamar
e você não quer desencadear isso. Se possível, escreva a pergunta em um flip
chart ou tela de apresentação, para ajudá-los a manter suas conversas no caminho
certo.

Em seguida: Retome a atenção do grupo


Depois que todos tiveram a chance de se expressar e trocar experiências,
traga a atenção das pessoas para você. Diga algo que represente a identidade do
grupo e reitere o propósito de todos estarem lá.

Dê-lhes uma razão para se orgulharem


do que compartilharam. Destaque
uma capacidade em particular que
percebeu no grupo e como essa
qualidade os irá ajudar a alcançar seus
objetivos pessoais.

Em seguida, foque novamente no


grupo e entre com uma atividade que
reforce esse potencial coletivo.
Ao longo de seu programa, destaque
o que você aprendeu sobre as capacidades e aspirações de cada um e reconheça
o processo de evolução e aprendizado do grupo, de forma que, os participantes
trabalhem juntos para alcançar seus objetivos.

28
2 Conexão

Ao longo de seu programa, escolha uma linguagem que os empodere e


reitere suas capacidades. Reconheça os comentários individuais e aponte uma
direção, na qual, todos sintam-se confortáveis para seguir em frente e expandir a
suas habilidades.

29
3 DIÁLOGO
“Um diálogo não existe sem que as partes
mostrem humildade e habilidade de ouvir.”
— Paulo Freire
3 Diálogo

Passo 3: DIÁLOGO

APRENDA A OUVIR E A SE EXPRESSAR

Com a conexão do grupo formada, você está pronto para começar a criar
um diálogo ainda mais profundo com as pessoas, sempre com foco no
intercâmbio de ideias e perspectivas sobre o tema em questão. Nesta fase, cada
participante traz à tona sua contribuição individual, tendo a chance de praticar a
escuta empática e compreender o impacto do seu estilo de comunicação, no
outro.

31
3 Diálogo

Princípio Básico
No seu princípio mais básico o diálogo implica na troca entre duas ou mais
pessoas, que se revezam entre “falar e ouvir”. A eficácia do diálogo está em
conduzir a conversa de forma construtiva, para que ambas as partes obtenham
resultados positivos e ganhem maior compreensão sobre o assunto em pauta.

Muitas vezes, em um diálogo, o que alguém precisa é ser ouvido de forma


empática, ou seja, ser compreendido profundamente. É como se você
conseguisse escutar o outro “com o coração”.

Quando pergunto aos grupos que influencio sobre qual é o principal


ingrediente para um diálogo eficaz, a resposta imediata e unânime é “escutar o
outro".

A importância da escuta não é segredo pra ninguém, a questão aqui é, o


quanto colocamos esse conceito em prática?

Componentes importantes para a escuta


Quando você acredita que alguém o está realmente ouvindo, duas partes
distintas dessa escuta são refletidas nas suas palavras.

A primeira parte é sobre dar e receber informações. A pessoa que o está


escutando procura entender o significado e a intenção do que foi dito. Essa é a
parte que chamamos de “escuta ativa”.

A segunda parte é quando a pessoa mostra empatia sobre o que lhe foi
relatado. Ela se abre para o ouvir profundamente e consegue mostrar em sua
linguagem corporal, que ela de fato o compreende. Essa empatia, chamamos de
“sensibilidade profunda”.

32
3 Diálogo

Essa pessoa não só o compreendeu, mas também mostrou respeito e


consideração pelo que foi dito, dando a devida importância ao assunto, sem
querer impor uma opinião pessoal sobre as suas questões.

Diálogo musical
O princípio DIÁLOGO também é mostrado por meio de experiências com
a música—pela interação entre células rítmicas ou quando duas ou mais notas
musicais conversam entre si.

A chave para o diálogo musical bem-


sucedido é a combinação entre notas
tocadas e o silêncio, assim como em
um diálogo falado, o vai e vem entre
“falar e ouvir” ou “sentir e se
expressar". Esse tipo de diálogo
ocorre quando você toca algumas
notas e deixa espaço para que a outra
pessoa encaixe a parte que irá tocar.

Em nossos programas, utilizamos ferramentas co-criativas, como:


tambores, instrumentos percussivos, metalofones, entre outros, para incentivar a
escuta, a criatividade e a colaboração entre as pessoas. Após cada experiência,
facilitamos conversas para extrair os aprendizados, com perguntas do tipo: Como
vocês conseguiram criar um diálogo musical tão harmônico, usando uma
ferramenta que vocês não dominam? ou Quais foram as competências
desenvolvidas para que pudessem alcançar esse resultado?

33
3 Diálogo

Abrindo a janela para a comunicação verbal


A maneira mais fácil e rápida para
facilitar um diálogo entre os
participantes da sua sessão é formar
pares ou trios. Dê-lhes alguns minutos
para revelarem algo que aprenderam
na atividade prévia. Essa é uma
técnica simples, versátil e poderosa
que pode ser usada em qualquer
situação!

Uma outra alternativa é fazer uma pergunta para todo o grupo, por
exemplo, “O que você pensa sobre _____?”

Porém, o que geralmente ocorre é, um momento de silêncio ou


aparentemente uma baixa de energia. Quando a primeira pessoa divide a sua
opinião, suas declarações inevitavelmente definem o escopo, o tom e a
perspectiva de tudo o que vem depois.

Em contraste, criar um diálogo dividindo as pessoas em pares, você irá


alcançar melhores resultados:

1. Indivíduos se colocam na posição de participantes de uma conversa


onde uma pessoa escuta e a outra fala. Depois há uma troca.

2. Eles não terão a chance de ficarem calados ou entediados.

3. Cada um sai da sua zona de conforto, reflete sobre a pergunta e divide


seus pensamentos com o outro. Esses momentos são preciosos para
gerar confiança e obter novos insights através da perspectiva do outro.

34
3 Diálogo

4. A sala é tomada pela diversidade das opiniões e por uma energia


contagiante, devido a troca de ideias e ao entendimento gerado entre
as pessoas. A inteligência coletiva emerge mesmo antes que qualquer
coisa seja compartilhada com o grupo todo.

Administre o tempo
Conversas produtivas e envolventes podem acontecer em apenas alguns
minutos. Estipule um espaço de 2 a 3 minutos para discutirem sobre algum
tópico. Um pouco antes de terminar o tempo, dê uns 30 segundos ou 1 minuto
de aviso final para que todos possam encerrar seus pensamentos.

Extraia os aprendizados
O próximo passo, é ajudar o grupo a aprender mais sobre os insights
gerados nas conversas. Em grupos maiores você não terá tempo para ouvir o que
todos tem a dizer. Extraia algo que foi destacado com apenas alguns voluntários.

Quando o grupo ouve alguém fazendo um comentário, ele aprende sobre


os principais pontos de conexão entre as discussões em pares ou trios. Se
possível, destaque os aprendizados em papel flip chart e provoque uma reflexão
com todos. Após essa fertilização inicial de ideias, você pode confiar que diálogos
proativos irão cada vez mais acontecer.

Com essa experiência básica de iniciar um diálogo entre integrantes do


grupo, você engaja os participantes em um processo único de comunicação.
Dessa forma fica mais fácil para as pessoas refletirem, compreenderem suas ideias
e encontrarem soluções para as questões apresentadas. A partir daí, você estará
pronto para expandir o potencial criativo do grupo.


35
4 CRIATIVIDADE
“Criatividade é um processo onde a
inteligência decide se divertir.”
— Albert Einstein
4 Criatividade

Passo 4: CRIATIVIDADE

EXPLORE SEUS POTENCIAIS CRIATIVOS, 



SUPERE SEUS LIMITES

Agora que todos estão presentes, conectados e abertos para se ouvir e se


expressar, o seu grupo está pronto para entrar em um território desconhecido.

37
4 Criatividade

É hora de ser criativo, explorar outras possibilidades, assumir alguns riscos


e praticar novas ideias. O princípio rítmico IMPROVISAÇÃO irá ensiná-los a
desenvolver o potencial criativo, enquanto usam a inteligência para se divertir.

Nessa fase, siga a sua intuição e deixe que seu ritmo criativo o guie. Faça
com que as pessoas despertem a curiosidade de explorar algo novo, sem ter
medo de se arriscar.

Proponha uma atividade que estimule a criatividade, alinhada às


mensagens, temas e objetivos da sua sessão. Essa fase é geralmente o segmento
mais longo de seu programa. É quando novos significados, compreensões e
soluções emergem.

Oriente e em seguida explore, crie, invente!


Nessa fase de explorar o potencial criativo dê aos participantes um norte
para que sigam as suas orientações e tentem usar a criatividade para criar uma
solução para um problema ou tentar comunicar algo de um modo diferente.

Nesta etapa do processo, utilizamos a


música, jogos estratégicos e técnicas de
comunicação para desenvolver essas
competências. Apresentamos um vasto
repertório de atividades para trabalhar
liderança, inovação, criatividade e
performance da equipe.

38
4 Criatividade

Para ser criativo, é preciso ter a coragem de arriscar.


Na fase de criatividade você explora o desconhecido. É um território em
que podemos colocar em prática novas ideias, diferentes perspectivas e outras
formas de expressão. Você quer estimular a curiosidade, encorajar as pessoas a
abraçar novos desafios, quebrar crenças limitantes e explorar ideias sobre como
fazer as coisas de um modo diferente.

O cérebro humano tende sabotar ou resistir algo novo. Então, é


importante definir bem os objetivos dessa etapa do processo, para que possa,
escolher uma atividade apropriada e alinhada aos objetivos da sessão e ao nível
de maturidade do grupo.

Quando pedir aos participantes para fazer algo novo ou revelar algo mais
profundo e verdadeiro sobre si mesmos, você estará lhes convidando a sair da
zona de conforto.

A dica para facilitar essa fase de “explorar” a criatividade e “sair da zona


de conforto”, é propiciar um ambiente que inspire confiança, segurança e
descontração. Assim, fica mais fácil para a pessoa assumir pequenos riscos. Isso
traz um enorme benefício ao seu programa, pois expande os "músculos da
curiosidade”, que são fortalecidos pela experiência de aprender, improvisar,
arriscar e obter o sucesso fazendo algo de forma inusitada.

Torne o processo criativo, fácil e seguro.


O contexto emocional que será desenvolvido nesse estágio é um grande
fator para o fortalecimento do seu programa. Embora não esteja inteiramente sob
seu controle, existem diferentes maneiras de se criar condições favoráveis para
que as pessoas desenvolvam o potencial criativo, sem que haja tantas resistências.

39
4 Criatividade

1. Check-in
Grupos reunidos em sessões de aprendizagem geralmente se encontram
em um desses 4 estágios emocionais. Faça um check-in emocional
consigo mesmo e compreenda como as pessoas podem estar se sentindo.

Interessados – Estão lá por escolha, são abertos, curiosos e


acreditam nos resultados gerados por este tipo de processo.

Céticos – Talvez estejam lá por escolha ou não. Não se sentem


completamente envolvidos. São um pouco céticos, desconfiados e
demonstram mais resistência.

Esta qualidade se encontra, muitas vezes, presente em equipes


corporativas.

Desconectados – Algo está tenso, desconfortável e a resistência,


entre alguns participantes, é grande.

Esse desalinhamento acontece quando alguém se encontra em um


estado emocional focado nos problemas e não nas soluções. Ou
quando precisa tomar decisões assertivas ou resolver divergências
pessoais.

Se você estiver liderando um processo de desempenho para uma equipe


empresarial, por exemplo, verifique com o cliente sobre qual é o nível de
engajamento e maturidade dos participantes. Se o curso ou palestra for
aberto a um público de pessoas que não se conhecem, faça uma leitura
acurada sobre o nível de energia do grupo e esteja pronto para improvisar
e mudar parte do plano, caso haja necessidade.

40
4 Criatividade

2. Comece consigo mesmo


Como líder ou influenciador, seu próprio tom e comportamento tem um
enorme impacto sobre o humor e o estado emocional das pessoas . Na
verdade, a forma como você as cumprimenta ou as recebe no primeiro
momento, pode rapidamente mudar o tom de desconforto e nervosismo,
para um ambiente de descontração e inclusão.

Fique centrado na sua essência!

3. Comece com as pequenas vitórias


Quando apresentar uma atividade em
que irá trabalhar a criatividade e
despertar o interesse e a curiosidade
das pessoas, comece com uma
dinâmica mais simples. Isto é
especialmente importante, quando
estiver influenciando-as a fazer algo
que nunca tenham feito antes, tal
como participar de uma experiência
com a música ou com outra
linguagem.

Iniciar uma atividade em um nível relativamente fácil para todos, tem os


seguintes benefícios:
• Aumenta a autoestima e cria um senso de vitória
compartilhada;
• Melhora a habilidade pessoal, a competência do grupo e
identifica as sabotagens;
• Ajuda os participantes, que são um pouco resistentes, a
engajarem-se com maior facilidade.

41
4 Criatividade

4. Mantenha-se leve e bem humorado


O riso é definitivamente um ingrediente chave para criar um clima
saudável dentro de processos criativos. Depois de orientar os passos da
atividade, faça um check-in com os participantes, crie rapport e avalie o
contexto emocional do grupo.

5. Extraia os aprendizados e faça os links


O Debrief é uma técnica poderosa em um processo de aprendizagem,
pois, com ele, você tem a oportunidade de fazer perguntas específicas
que irão ajudar os participantes a encontrar suas próprias respostas.

• Como o líder da sessão, continue fazendo a leitura da situação.


• Preste atenção nos comentários ou no envolvimento das
pessoas com a atividade.
• Destaque e reflita essas observações com o grupo.
• Aprofunde o nível de discussão e extraia o máximo de
reflexões possível.

6. Foque nas pequenas vitórias.


A criatividade prospera quando
resultados esperados começam a ser
alcançados; algumas coisas
funcionam, outras não. No processo
criativo podemos aprender com tudo
isso. "Não há falhas”, apenas a
vontade de explorar o novo.

Embora essa maneira de pensar possa


ser verdadeira para você, lembre-se,

42
4 Criatividade

isto pode não ter o mesmo significado para os participantes. Devido a


pressão do dia a dia, aos julgamentos no ambiente de trabalho ou as
crenças que a família impôs durante a infância daquela pessoa, a
ansiedade pode tomar conta quando alguém acha que “não está fazendo
algo direito”. Esse é um problema comum. Apenas preste atenção para
encontrar formas de apreciar o esforço daquele indivíduo. Foque nas
pequenas vitórias e transforme qualquer sensação de fracasso em um
caminho para o sucesso!

Uma vez que seu grupo esteve explorando novas ideias e diferentes
abordagens, é hora de somar tudo o que foi internalizado para trazer a seguinte
reflexão:
• “Como podemos aplicar os aprendizados obtidos nessa etapa do
processo, para gerar melhores resultados na vida pessoal e profissional
de cada um?”

• “Como o processo criativo os irá ajudar a solucionar seus problemas


do dia a dia?”

Agora que você ajudou cada participante a se conectar com o seu


potencial criativo, é hora deles unirem seus talentos individuais para criar uma
performance memorável!

43
5 PERFORMANCE
“Performance não é sobre competição, mas sim,
sobre como as pessoas conseguem reconhecer e
unificar seus talentos, para alcançar resultados
através da consciência coletiva.”
— Max Dupree
5 Performance

Passo 5: PERFORMANCE

FAÇA AS COISAS ACONTECEREM!

No estágio Performance ou Desempenho, você usa os seus talentos para


expandir a inteligência coletiva do grupo e criar um resultado memorável. Isso
requer foco, confiança e habilidade das pessoas de contribuirem com o seu
melhor!

45
5 Performance

Nesta fase final, você, o grupo ou a equipe, atingem resultados nunca


antes alcançados. O desempenho pessoal atinge um nível mais alto de
consciência, pois cada indivíduo tem uma ideia clara sobre como aplicar os
aprendizados obtidos na sua sessão, na sua vida pessoal e profissional.

Orchestra e Groove
Aqui trabalhamos com dois princípios rítmicos: ORQUESTRA e GROOVE.
Em uma Orquestra, o maestro usa as suas habilidades de facilitador/orquestrador
para extrair o melhor dos seus músicos, de forma que, eles possam fazer uma
performance memorável.

O Groove remete a um senso de conexão. No conceito rítmico, se refere


a um momento da música onde todos os instrumentos e partes tocadas se
encaixam perfeitamente. É um estado de flow onde o que está acontecendo tem
seu próprio impulso positivo. As habilidades individuais são somadas a
inteligência coletiva e, a música ou o projeto apresentado, alcançam um alto nível
de complexidade. No contexto musical, os participantes da banda ouvem as
nuances da música e, sem esforços, conseguem improvisar como se algo maior
estivesse os guiando. Nesse estágio da performance, todos entram em flow.

Em sua apresentação de negócios ou programa de treinamento, o flow


acontece quando as habilidades dos participantes estão focadas em superar
desafios que estão no limiar da capacidade de controle da equipe. Quando isso
acontece você sente que algo extraordinário irá emergir. É como se estivesse indo
para um lugar desconhecido, mas, com a certeza de que este lugar será muito
melhor do que o ponto de partida.

46
5 Performance

Colocando em práctica
No estágio Performance, os participantes reúnem os conceitos que
aprenderam para criar um resultado prático que tornará suas vidas de alguma
forma melhor.

Se estiver trabalhando com uma equipe empresarial, seu foco será ajudá-
la a alcançar um resultado sustentável, por meio de um plano de ação, que irá
beneficiar a organização.

Se os participantes não têm nenhum


vínculo, o foco do aprendizado será
direcionado para a vida pessoal e
profissional dessas pessoas.

Se você for falar em uma conferência,


irá encontrar pessoas com interesses
em comum.

Se o seu programa tem como objetivo promover o engajamento e a


colaboração, você irá ajudá-los a melhorar a qualidade das relações interpessoais
e elevar o nível de energia e conexão entre as pessoas. Na maioria das vezes,
indivíduos terminam um curso e retornam às suas vidas guardando esses
conceitos e experiências na memória, podendo aplicar o que aprenderam em um
momento de necessidade, agregando valor e qualidade nos contextos onde
estão inseridos.

Foco + Habilidade + Confiança = Performance


Considerando que a fase de Exploração destacou um amplo leque de
possibilidades, a fase da Performance requer foco, habilidade e confiança para

47
5 Performance

aplicar esses novos conceitos, de forma que, você e os seus trainees possam
realmente sentir os resultados e os benefícios do programa.

No estágio Criatividade, utilizamos o conceito da Improvisação, para que


todos explorassem seus potenciais criativos e aprendessem a explorar o novo.

No estágio Performance, usamos os conceitos do Groove e da Orquestra,


para que todos pudessem compreender o seus papéis e aprender a contribuir
com seus talentos individuais para alcançar melhores resultados, de forma
coletiva.

A reflexão nessa fase é sobre, “Como podemos unificar e reconhecer os


nossos talentos individuais em prol da conquista de melhores resultados, através
do esforço coletivo?”

Na fase experiencial dessa etapa do programa, as pessoas aprendem a


ouvir antes de encaixar a sua parte. Entendem o significado de “trabalhar em
equipe”. Percebem que ninguém faz nada sozinho e que precisam unir seus
talentos para alcançar resultados que irão beneficiar a todos.

Em uma apresentação de negócios, as


pessoas podem aplicar esses
conceitos em situações do mundo
real, ou nas suas próprias vidas
pessoais. Ao fazer isso, elas vivenciam
na prática os benefícios do nosso
modelo e, ao mesmo tempo,
desenvolvem novas habilidades.

48
5 Performance

É hora do show!
Havendo uma clareza de propósito e a consciência entre os participantes,
sobre a melhor forma de contribuir com a performance coletiva da sua sessão,
você estará pronto para fazer um “showcase”, ou seja, uma excelente
apresentação. Este é o momento em que o líder e seus liderados podem mostrar
o que têm de melhor, apresentando algo especial, que vai além do esperado.

Em nossos programas, há várias maneiras de elevar o nível de


performance com experiências lúdico-criativas. Após cada experiência, fazemos
perguntas poderosas que alinhadas a conceitos relevantes, conseguem extrair dos
participantes profundos aprendizados.
Segue alguns exemplos:
• Como vocês conseguiram fazer uma apresentação musical, sem
necessariamente ter experiência prévia com a música?
• O que os levou a ouvir o outro com tanta atenção e, em seguida,
conseguir encaixar diferentes partes para tocar em harmonia?
• Quais foram os principais fatores que contribuíram para uma
performance com esse nível de desempenho?
• Que competências vocês tiveram que desenvolver para alcançar esse
resultado?

Frequentemente as pessoas chegam à


conclusão que o todo é
verdadeiramente maior do que a
soma das partes e, é assim, que a
sinergia acontece.

Para que os participantes se tornem


protagonistas de uma performance
desse nível, em tempo real, eles

49
5 Performance

precisam estar focados, comprometidos, reconhecer suas habilidades, unificar


seus talentos, dar o melhor de si e confiar uns nos outros.

Cada performance é única


No seu programa de negócios, a fase “performance”, trará experiências
únicas para os seus trainees, mesmo que esteja ministrando o mesmo programa
para uma turma diferente.

Se você estiver falando para um público específico, liderando um


workshop aberto ou conduzindo uma reunião de negócios, eu apresento três
abordagens que o irão ajudar a fechar o seu trabalho com maestria.

1. Performance do grupo
Conduza o grupo ou subgrupo a fazer
uma apresentação em tempo real
sobre: estratégias, metas pessoais e
plano de desenvolvimento
profissional. Tudo isso, alinhado com
os conceitos e objetivos apresentados.

2. Reflexão e Inspiração
Divida com os participantes uma
história real e inspiradora que os
auxilie a refletir sobre seus aprendizados. Comunique a sua mensagem
com paixão, humildade e verdade.

3. Aplicação
Convide as pessoas a refletir com profundidade sobre seus aprendizados e
necessidades de mudança. Utilize o método de compartilhamento que

50
5 Performance

mais se adeque ao tamanho do grupo e aos objetivos do programa. Você


pode fazer isso de forma criativa. Por exemplo: um grupo demonstra seus
aprendizados e plano de ação, de forma teatral. O outro faz mímica,
compõe a letra de uma música ou escreve uma poesia.

Você pode orquestrar como achar melhor essa fase final do programa, de
forma que, os participantes saiam da sua sessão com as seguintes reflexões:

a) sabendo que se encontram em um lugar diferente de onde


começaram, com uma nova compreensão, perspectiva e
capacidade de melhoria;

b) apreciando mais a si mesmos e aos outros.

Qualquer que seja o assunto ou formato de programa, nessa fase final,


você conduziu os participantes a um processo de transformação. Eles entraram na
sua sessão com perspectivas individuais, sem saber o que sua mensagem poderia
fazer por eles. Ao trazê-los para o presente, tê-los conectado como um grupo,
facilitado o diálogo, incentivado a criatividade e elevado o nível de confiança,
foco e performance, eles deixam sua sessão com uma maior compreensão sobre
suas virtudes, talentos e capacidades.

Por fim, dê-lhes a oportunidade de avaliar o seu programa, o seu


desempenho como facilitador e o envolvimento deles no seu processo.
Avaliações são importantes, não as despreze. Elas o munem de informações
pontuais que irão aprimorar o trabalho e fazer com que você ative cada vez mais
o seu fluxo de presença, conexão e influencia com seu público!

Agradecemos o seu interesse em ler o nosso e-book!


Parabéns, você acaba de aprender os princípios dos
Ritmos da Influência e já pode colocá-los em prática!


51
+ Sobre Nós

SOBRE AS AUTORAS
Ju Linares e Mary Tolena criaram os Ritmos da Influência para
desenvolver processos de aprendizagem com os princípios da música e ajudar
pessoas em vários campos de atuação a se conectarem com suas virtudes,
talentos e capacidades.

Ju Linares viveu 13 anos nos EUA, onde se


desenvolveu como Educadora Corporativa,
Facilitadora do Potencial Humano, Percussionista e
Produtora Audio Visual. Pesquisou os benefícios da
música para desenvolver um trabalho que conecta as
pessoas com seus potenciais criativos, colaborativos e
produtivos.

No Brasil, concluiu formações em Coaching, Análise


Comportamental com a ferramenta Quantum e um
MBA sobre o Desenvolvimento do Potencial Humano.

Ju retornou a São Paulo, sua terra


natal, com a missão de fundar a Ritmo
Expansão, empresa especializada em
desenvolver programas de
aprendizagem inovadores que ajudam
a formar facilitadores, transformar
comportamentos e desenvolver
competências. Sua alma
empreendedora levou Ju a falar sobre
empreendedorismo no TEDx
Pelourinho, em 2013.

52
+ Sobre Nós

A experiência da Mary inclui 25 anos em gestão


executiva e 2 mestrados em gestão de negócios e
desenvolvimento humano e organizacional. Mary
mora em San Diego, California, onde oferece
programas rítmicos e interativos para equipes
empresariais com a sua empresa RhythmLift. Mary
também facilitadores a desenvolver programas de
aprendizagem com música, dentro do contexto
corporativo através de cursos de formação de
facilitadores do potencial humano, no Brasil e nos
EUA.

53
Engage o seu grupo, conecte a sua equipe
com programas de aprendizagem que 

inspiram, ensinam e constróem resultados!

Ajude a sua equipe a se tornar mais coesa, conectada, focada e


comprometida em alcançar suas metas e resultados. Aumente
o nível de energia, participação e colaboração entre os
participantes dos cursos que você ministra.

Mary e Ju combinam os princípios dos Ritmos da Influência com


elementos de desenvolvimento de liderança, educação experiencial e
facilitação musical para criar programas de aprendizagem vivenciais,
customizados para alcançar objetivos específicos. Para aprender mais
sobre o trabalho que elas desenvolvem, se inscreva nos sites Ritmo
Expansão e Rhythm Lift e receba conteúdos exclusivos.

Ju Linares Mary Tolena


São Paulo, SP, Brasil San Diego, EUA
www.ritmoexpansao.com.br www.rhythmlift.com
julinares@ritmoexpansao.com.br mary@rhythmlift.com
+55 (11) 98458-1793 +1 (619) 307-1003

Você também pode gostar