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CEPMG-MOA

DISCENTE: VINICIUS E ESTEVAN


DOSCENTE: MARCUS PAULO
DATA: 30/08/2022
TRILHA: MOVIMENTO PRÁTICA DOS SENTIDOS

INTRODUÇÃO

Na medida em que o Renascimento resgata a cultura clássica, greco-romana, as


construções foram influenciadas por características antigas, adaptadas à nova realidade
moderna, ou seja, a construção de igrejas cristãs adotando-se os padrões clássicos e a
construção de palácios e mosteiros seguindo as mesmas bases.

A Reinvenção das Formas Artísticas


O Renascimento assistiu ainda a uma grande revolução no campo da arte. Tal como o
Humanismo, a nova estética apresentou-se imbuída de profundo classicismo. No
entanto, os artistas renascentistas demonstraram uma grande capacidade técnica ao
conceberem espaços perspectivados e pinturas a óleo. A representação de seres
humanos, animais e paisagens marcou-se pelo seu naturalismo.

Pintura
É durante o Renasci mento que a pintura europeia se desenvolve e adquire uma maior
importância e imponência. Alguns pintores importantes desta época foram:
 Giotto, um pintor florentino que insere nas suas figuras inseridas em paisagens
muita autenticidade e solidez;
 Masaccio, que seguiu e desenvolveu o trabalho de Giotto e fez composições
tridimensionais com personagens convincentes;
 Van  der Weyden, van der Goes e Jan van Eyck, que ficaram célebres pela
perícia e minúcia do desenho, pela luminosidade da cor e pelo naturalismo das
composições;
 Leonardo da Vinci, que elevava a pintura ao cume das artes, pois o seu génio
deixou-nos algumas das maiores obras-primas da pintura de todos os tempos.
As características gerais da pintura renascentista eram, essencialmente:
 A paixão pelos clássicos;
 O gosto pela representação da figura humana, que se verificava tanto nos
temas profanos como nos assuntos religiosos;
 A reflexão da redescoberta do Homem e do indivíduo;
 A originalidade e a criatividade.
Algumas invenções técnicas influenciaram muito a existência de um novo espaço
pictórico. A pintura a óleo, inventada por Jan van Eick no século XV, conheceu uma
grande aceitação pela durabilidade e possibilidade de retoque que conferia às obras de
arte e pela variedade de matizes e gradações de cor, que garantiam representações
pormenorizadas e efeitos de luz e sombra.
A descoberta da terceira dimensão deveu-se aos estudos sobre a perspectiva dos
arquitetos Brunelleschi e L.B. Alberti. Os artistas renascentistas exploraram um novo
campo de visão, também chamado de pirâmide visual. A perspectiva representou uma
autêntica desmontagem e dessacralização do conceito medieval de espaço. Na
composição de cenas, os pintores renascentistas adoptaram formas geométricas e
procuraram a proporção entre as dimensões (usando o módulo como referência). O
naturalismo fazia-se verificar através da expressividade dos rostos, a espontaneidade
dos gestos e a verosimilhança das vestes e dos cenários. O corpo era pintado com um
grande rigor anatómico e a paisagem tornou-se um elemento essencial na composição
pictórica.

Escultura
As grandes características da escultura renascentista são o Humanismo e o
Naturalismo. Os escultores interessavam-se pela figura humana, eram excelentes no
rigor anatómico e na expressão fisionómica e davam lugar à espontaneidade e
ondulação das linhas. O equilíbrio, a racionalidade e o aperfeiçoamento técnico
marcaram também a escultura do Renascimento.

Arquitetura
Foi na Itália, primeiro em Florença, depois em Roma e Veneza, entre outras cidades,
que a arquitetura renascentista se afirmou e definiu as suas principais características.
Antes de mais, a arquitetura procedeu a uma simplificação e racionalização da
estrutura dos edifícios. Isto é:
 Matematizarão rigorosa do espaço arquitetônico, baseando-se numa unidade-
padrão; relações proporcionais entre as várias partes do edifício e as suas
medidas principais; utilização de estruturas com formas de cubo e
paralelepípedos. Segundo o florentino Filippo Brunelleschi, a proporção era o
segredo da beleza harmoniosa; Mais tarde, Leon Battista Alberti confirmaria
que a arquitetura se devia reger por relações aritméticas.
 Procura da simetria absoluta, pois acreditava-se que o edifício ideal era aquele
que tinha todos os eixos simétricos. Dava-se por isso preferência à planta
centrada. A planta das igrejas devia ser circular ou de uma forma derivada do
círculo (quadrado, hexágono, octógono), pois entendia-se que o círculo era o
símbolo da perfeição divina. Quanto às fachadas, a simetria nota-se no
enquadramento rigoroso das portas e janelas.
 Aplicação da técnica linear – os edifícios e os espaços assemelham-se a uma
pirâmide visual, em cuja base corresponde ao observador e em cujo vértice
corresponde ao ponto para onde se deve olhar (ponto de fuga) e para o qual
convergem as linhas de fuga. Um exemplo é a Igreja de S. Lourenço. Tal como
na pintura, o espaço é concebido em função do observador, que ocupa um
lugar central na percepção da obra.
 Retoma das linhas e dos ângulos retos;
 Preferência das abóbadas de berço e de arestas às de cruzaria ogival;
 Fazer-se da cúpula, um símbolo do Cosmos, um elemento dominante em quase
todas as igrejas renascentistas, inspirando-se na grande cúpula do Panteão de
Romas. A primeira cúpula renascentista foi projetada por Brunelleschi na
Catedral de Santa Maria das Flores, em Florença.
 Utilização do arco de volta perfeita.
Podemos verificar na arquitetura renascentista que há influência da decoração greco-
romana. Por exemplo no uso de colunas (base, fuste e capitel) e entablamentos
(arquitrave, friso, cornija) das ordens clássicas.
Mais tarde (séc.XVI), os arquitetos vieram a elaborar novas regras de proporção: cada
ordem repousava numa unidade de medida específica (o módulo), expressando-se
todas as medidas relativas à ordem como seus múltiplos. Retomaram-se os frontões
triangulares na coroação de fachadas ou janelas e utilizaram-se grotescos que se
aplicavam sob forma de frescos ou baixos-relevos, tendo formas vegetais, volutas e
carrancas associando-se a figuras humanas e animais.
Na altura do Renascimento, para além da construção de igrejas, houve também a
construção de palácios e villae, destinadas ao conforto dos nobres e da rica classe de
mercadores.
Características dos palácios:
 Assumem uma forma de cubo vazado no centro, isto é, dispõem os seus quatro
corpos em torno de um pátio central, para o qual se abriam as portas das
câmaras. Estas comunicavam entre si por corredores (loggia), constituídos por
séries de arcadas apoiadas em colunas.
 As fachadas dos palácios eram revestidas de almofadados, constituídos por
grossas pedras esquadriadas, ou então usavam o princípio clássico das ordens e
janelas sobrepostas.
Uma vila era uma casa de campo caracterizada pela simetria das fachadas, a que não
faltava um toque de classicismo. Decoradas com magníficos frescos, faziam-se rodear
de aprazíveis jardins, onde sobressaíam as fontes e os jogos de água, tal como estátuas
decorativas.
Pela Europa fora, os palácios italianos serviram de modelo a reis, príncipes e elites
sociais. De um modo geral, integram uma decoração clássica, à base de pilastras com
capitéis coríntios e de frontões, numa estrutura arquitetônica tipo fortaleza gótica,
dotada de torrões e altos telhados com águas furtadas e chaminés.
A racionalidade no urbanismo
Os intelectuais e artistas renascentistas eram adeptos da perfeição, harmonia e
proporção. Foram abertas algumas ruas novas com edifícios solenes e uniformes e
foram criadas novas praças para enquadrar o monumento.
Projetaram também planos urbanísticos e retilíneos, submetidos a regras de higiene,
funcionalidade e beleza. As ruas principais eram largas e amplas e os edifícios tinham a
mesma altura de ambos os lados.
Leonardo da Vinci foi uma das figuras mais importantes do renascimento onde se
destacou como cientista, matemático, engenheiro, inventor, pintor, escultor, poeta,
arquiteto entre muitas outras. Leonardo concebeu também a criação de projetos para
praças públicas com fontes e esgotos.

CONCLUSÕES
Pontos chave: Há um consenso de que o Renascimento começou em Florença, na Itália,
no século XIV, provavelmente devido à estrutura política e à natureza civil e social da
cidade. A Renascença englobou o florescimento das línguas latinas, uma mudança no
estilo artístico e uma reforma educacional gradual e generalizada. O desenvolvimento
de convenções da diplomacia e uma maior dependência da observação científica
também foram marcadores do Renascimento. O Renascimento é provavelmente mais
conhecido por seus desenvolvimentos artísticos e pelo desenvolvimento do
“Humanismo”, um movimento que enfatizava a importância de criar cidadãos que
pudessem se engajar na vida civil de sua comunidade. Alguns historiadores debatem a
glorificação do século XIX dos heróis da Renascença e da cultura individual como
“homens da Renascença”. Alguns questionam se a Renascença foi um “avanço”
cultural da Idade Média, em vez de vê-la como um período de pessimismo e nostalgia
da antiguidade clássica.

REFERÊNCIAS

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