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HERMENÊUTICA TEOLÓGICA

DEPARTAMENTO DE TEOLOGIA

PROFESSOR ROSSI AGUIAR


ESPECIALISTA
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HERMENÊUTICA TEOLÓGICA
EMENTA: Estudo da arte e técnicas de interpretação Bíblica, bem como explorar os aspectos
metodológicos, formas literárias especiais e a tarefa da hermenêutica na atualidade.
OBJETIVO: Entender a importância da hermenêutica. Compreender a diferença entre os vários
gêneros literários encontrados na Bíblia. Construir um procedimento hermenêutico que sirva ao
estudo de qualquer um dos gêneros literários Bíblicos. Introduzir uma série de conceitos,
ferramentas e métodos úteis para a interpretação do Antigo e do Novo Testamento

A Bíblia hoje é essencialmente a mesma de quando foi originalmente escrita. Mantivemos a


abordagem histórico-gramatical da hermenêutica. A questão essencial que examinamos é “como o
significado é determinado?”. Exploramos a importância de identificar o que o autor pretendia. Nós
falamos sobre a diferença entre exegese e eisegese . Devemos extrair o que está lá, não manipular o
texto projetando nossas visões / opiniões nele.
Há uma necessidade de preencher a lacuna entre então e ali e aqui e agora. Todo leitor é um
intérprete. Ninguém se aproxima de qualquer texto livre de pressuposições ou preconceitos. Existem
certas suposições (pressuposições) sobre a inspiração da Bíblia. De acordo com a visão liberal, a
Bíblia é um registro dos conceitos humanos sobre Deus. Os escritores foram inspirados da mesma
forma que Shakespeare. A visão conservadora afirma que Deus usou as personalidades dos escritores
de maneira a fornecer a mensagem que ele queria. A mensagem é inspirada (soprada por Deus). Há
uma diferença de opinião entre aqueles que sustentam essa visão de saber se a Bíblia é inerrante em
todos os seus detalhes (sem erro) ou inerrante em tudo o que ela diz ensinar sobre a salvação e os
tratos de Deus com a humanidade. Esta última posição permitiria alguns dados históricos,
geográficos.
Quais são as implicações de cada posição? Se a última posição é tomada, como pode a Bíblia ser
confiável quando se trata de questões relativas à salvação, à vida cristã e à moralidade? A maioria
dos grupos que tomaram a última posição acaba questionando os ensinamentos sobre a salvação
também.
A palavra “hermenêutica” deriva do vocábulo grego que significa “interpretar”. A definição
tradicional da palavra é “ciência que define os princípios ou métodos para a interpretação do
significado dado por um autor específico”. Essa definição, todavia, tem sido desafiada, e a tendência
hoje em muitos círculos é restringir o termo à elucidação do significado atual de um texto e não à
intenção original.
A hermenêutica é importante porque capacita a pessoa a se movimentar do texto para o contexto,
para que o significado inspirado por Deus na Bíblia fale hoje com uma relevância tão nova e
dinâmica quanto em seu ambiente original. Além disso, pregadores ou professores devem anunciar a
Palavra de Deus em vez de suas opiniões religiosas repletas de subjetividade. Só uma hermenêutica
bem definida pode manter alguém atrelado ao texto.
O perigo de uma hermenêutica está nas intensificações que os hermeneutas contemporâneos
propagam, vem dos críticos modernos que negam cada vez mais a verdadeira possibilidade de
descobrir o significado original ou pretendido de um texto. O problema é que os autores originais
tinham em mente um significado definido quando escreveram significado que se perdeu para nós,
pois os autores não estão mais aqui para esclarecer e explicar o que escreveram. O leitor moderno
não pode estudar o texto a partir da perspectiva do passado, mas sempre lê a passagem a partir de
perspectivas modernas. Por esse motivo, afirmam os críticos, é impossível fazer uma interpretação
objetiva, pois o significado pretendido pelo autor está perdido para sempre. Cada comunidade
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fornece suas tradições que, por sua vez, orientam o leitor na compreensão de um texto. São elas que
produzem o significado. Esse “significado” não é o mesmo para todas as comunidades, de modo que,
na realidade, qualquer passagem pode ter múltiplos significados, e cada um deles é válido para uma
determinada perspectiva de leitura ou comunidade.
Gordon Fee e Douglas Stuart, por exemplo, definem exegese, enquanto primeira tarefa da
interpretação, como ―o estudo cuidadoso e sistemático da Escritura para descobrir o significado
original que foi pretendido; descobrir qual era a intenção original das palavras da Bíblia, e a
hermenêutica como segunda tarefa que abrange o campo inteiro da interpretação, inclusive a exegese,
cujo sentido se faz em procurar a relevância contemporânea dos textos bíblicos. Roy Zuck define
hermenêutica como ―ciência (princípios) e arte (tarefa) de apurar o sentido do texto bíblico e sua
correlação com a exegese como a ―verificação do sentido do texto bíblico dentro dos seus contextos
históricos e literários. "Hermenêutica é a ciência que nos ensina os princípios, as leis e os métodos de
interpretação" (Louis Berkof, Princípios de Interpretação Bíblica).
A primeira razão porque precisamos aprender como interpretar é que, quer deseje, quer não, todo
leitor é ao mesmo tempo um intérprete. Ou seja, a maioria de nós toma por certo que, enquanto
lemos, também entendemos o que lemos. Tendemos, também, a pensar que nosso entendimento é a
mesma coisa que a intenção do Espírito Santo ou do autor humano. Apesar disto, invariavelmente
trazemos para o texto tudo quanto somos, com todas as nossas experiência s, cultura e entendimento
prévio de palavras e ideias. As vezes, aquilo que trazemos ao texto, sem o fazer deliberadamente ,
nos desencaminha, ou nos leva a atribuir ao texto tudo quanto é ideia estranha a ele.
Tipos de Hermenêutica.
• Geral: aplica-se à interpretação de qualquer obra escrita.
• Especial: aplica-se a determinados tipos de produção literária (Leis, História, Filosofia,
Poesia, etc.)- Uma das Hermenêuticas especiais é a Hermenêutica Bíblica (Sacra, Sagrada), objetivo
do nosso estudo. Ela é especial porque trata de um livro peculiar no campo da literatura: As Sagradas
Escrituras.
Exegese:. Esta aplica os princípios e regras estabelecidas pela Hermenêutica. O exegeta ou intérprete
serve-se dos conhecimentos fornecidos pela Crítica Textual e a Hermenêutica. Descobrir o
significado do texto bíblico na época em que foi escrito (O que o autor queria dizer aos seus
contemporâneos?). Disto surge a necessidade de estudar as palavras usadas, as implicações
gramaticais, a história do autor e dos seus contemporâneos, a história dos povos relacionados, a
geografia, a tradução (se é correta ou não), etc. Aplicar a mensagem descoberta no estudo do texto,
do povo relacionado e as nossas vidas.
Na interpretação do livro de Deus torna-se necessário:
1. Comparar as coisas espirituais com as espirituais (Cl 1.9; IPe 2.5; ICo 2.15; 3.1);
2. Procurar conhecer a realidade e a verdade (2Tm 2.25; 3.7; lTm 2.4; Cl 1.5; Ef 4.15,21);
3. Ser sensato e saber raciocinar (Pv 2.3,5; Tg 1.5; Pv 11 .2; Rm 12.16);
4. Ser simples, modesto, sem altivez1 (Pv 11.2; SI 119.130; Mt 11.25);
5. Saber que as Escrituras tratam principalmente de Cristo, que é seu centro, porém apresentam
assuntos materiais e espirituais: tempo e eternidade, terra e céu, passado, presente e futuro ( lCr
16.36; Ne 9.5,6; SI 41.13; Is 57.15). Sabemos que para esses importantes assuntos, nos é muito útil a
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Hermenêutica Bíblica; lembremo-nos, porém, de que a Palavra do Senhor é que permanece para
sempre ( IPe 1.25; SI 12.6; SI 119.40; Mt 24.35).
Divisão da Hermenêutica Sacra
A hermenêutica bíblica subdivide-se em geral e específica. A geral estuda as regras que regem a
interpretação do texto bíblico inteiro: análise histórico-cultural, léxico-sintática, contextual e
teológica. A especial estuda as regras que se aplicam a gêneros literários específicos, tais como
figuras de linguagem, tipos, símbolos, numerologia, profecia e poesia.
A exegese cristã costuma dividir a hermenêutica bíblica em:
a) Noemática:
Literalmente significa “percepção”. A função da hermenêutica noemática é analisar os vários
sentidos das Escrituras. Pela noemática compreende-se que existe uma lacuna filosófica entre o autor
e o tradutor atual, e que para transmitir validamente uma mensagem o tradutor precisa estar ciente
tanto das similaridades como dos contrastes das cosmovisões. Uma das disciplinas da noemática é a
fenomenologia, isto é, opiniões acerca da existência, vida, circunstância e da natureza do Universo.
b) Heurístico:
Literalmente significa “achar”. A função da hermenêutica heurística é ensinar as regras para
encontrar os sentidos tratados pela noemática. Através de métodos analíticos procura descobrir as
verdades expostas cientificamente. Atua também como disciplina auxiliar da História, estudando as
“Pesquisas das Fontes”.
c) Proforística:
Literalmente significa “expor”. Ensina a maneira de expor o sentido encontrado.
Os vários componentes envolvidos na hermenêutica
Em toda comunicação, estão presentes três componentes básicos: o autor, o texto e o leitor, ou, como
os lingüistas tendem a dizer: o codificador, o código e o decodificador.
O texto como fator determinante do significado
Alguns intérpretes sugerem que o significado é propriedade do texto, ou seja, é o próprio texto que o
determina. Provavelmente, já ouvimos ou dissemos algo como: “O nosso texto nos diz...” E quem
não ouviu grandes pregadores dizerem: “A Bíblia diz?”. Porém, os que defendem o significado como
propriedade do texto pensam diferente. Alegam que o texto literário possui autonomia semântica,
sendo o seu significado completam ente independente do que o autor bíblico quis comunicar quando
o escreveu. O que estava pensando ou procurava transmitir no momento em que escrevia é um tanto
irrelevante e não influencia o significado, devido ao fato de o texto ser totalmente independente do
seu autor. Como resultado, ler a epístola aos Gálatas com a finalidade de compreender o que Paulo
quis dizer quando escreveu a epístola aos Romanos faz pouco ou nenhum sentido. Seria como ler Um
conto de duas cidades, de Charles Dickens. Além disso, o que Paulo realmente quis dizer quando
escreveu aos romanos vale tanto quanto a opinião de qualquer pessoa. Assim, de acordo com esse
ponto de vista, o texto é independente e não tem nenhum a conexão com o autor — possui seu
próprio significado.
O leitor como fator determinante do significado
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Alguns intérpretes alegam que o significado do texto é determinado pelo leitor (às vezes, chamado de
“leitor implícito”, “leitor com petente”, “leitor pretendido”, “leitor ideal” ou “leitor real”). Em outras
palavras, é ele quem define o significado — ou o “atualiza”. É preciso estar atento para não confundir
esse ponto de vista com a concepção de que o leitor aprende-decifra-descobre-determina o
significado que o texto possui em si mesmo (o ponto de vista descrito anteriormente),nem com a
ideia de que o significado é determinado pelo que o autor quis dizer quando escreveu o texto (ponto
de vista que será descrito a seguir). Pelo contrário, segundo essa teoria o indivíduo, enquanto lê, cria
o significado!
Conhecido também como “teoria da recepção”, “estética da recepção” ou “crítica de resposta do
leitor”, esse ponto de vista sugere que, se leitores distintos encontram diferentes significados, isso
ocorre simplesmente em virtude de o texto lhes permitir essa multiplicidade. Em razão disso, há
“leituras” ou interpretações marxistas, feministas, liberais, igualitárias, evangélicas do mesmo texto.
Ou seja, para essa corrente vários significados legítimos podem ser extraídos mediante a concepção
de cada intérprete. O texto funciona mais ou menos como um quadro de giz, onde o leitor apõe o seu
significado. E algo parecido com o que se ouve, às vezes, em linguagem popular: “O que este texto
bíblico significa para mim é...” Ou: “Esta passagem pode significar algo diferente para você, mas
para mim significa...” Como veremos posteriormente, tais declarações são mais bem compreendida
quando se descrevem as muitas aplicações (ou implicações) do significado pretendido pelo autor.
O autor como fator determinante do significado
O método mais tradicional para o estudo da Bíblia, no entanto, tem sido o de analisar o significado
com o algo controlado pelo autor. De acordo com esse ponto de vista, o significado é aquele que o
escritor, conscientemente, quis dizer ao produzir o texto. Dessa maneira, a epístola aos Romanos
deve ser interpretada à luz do que Paulo quis passar aos seus leitores quando escreveu — se estivesse
vivo, bastaria que nos dissesse o que desejava transmitir. O significado, portanto, é exatamente o que
o apóstolo considerava como tal. (Por isso, a melhor forma de tentar entender o sentido da epístola
aos Romanos é ler, por exemplo, a epístola aos Gálatas, também escrita por Paulo, em vez de O velho
e o mar, de Ernest Hemingway, ou a Ilíada, de Homero.) A mesma regra se aplica, por consequência,
ao Evangelho de Lucas: o significado do texto é aquele que o próprio Lucas, quando o escreveu, quis
transmitir a Teófilo.
Esse ponto de vista argumenta que a Bíblia e outras grandes obras da literatura não devem ser
tratadas como obras de “arte” exclusivas, com regras distintas e apropriadas. Pelo contrário, cabe
interpretá-las da mesma maneira como interpretamos outras formas de comunicação verbal. Esse é
essencialmente o método do bom senso, visto que o objetivo da interpretação é compreender o que o
orador ou escritor está querendo dizer.

UMA BREVE HISTÓRIA DA INTERPRETAÇÃO BÍBLICA


A história da interpretação da Bíblia é longa e envolvida. Por muitos séculos as pessoas se
aproximaram das Escrituras supondo que ela deveria ser interpretada literalmente sempre que
possível, ou que alguém deveria olhar mais profundamente do que a superfície significando encontrar
seu verdadeiro centro espiritual. Outros ainda acreditam que o Velho e (em menor escala) o Novo
Testamento é aberto por meio de três ou quatro categorias hermenêuticas. Neste artigo, vamos tentar
rever as principais escolas de interpretação, especialmente ao longo da história da Igreja.
1. Ponteiros na Bíblia.
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Se tomarmos certas afirmações, peca a própria Bíblia, isso nos ajudará a ver como o Espírito Santo
quer que interpretemos a Sua Palavra. “À lei e ao testemunho, se eles não falarem segundo esta
palavra, é porque não há luz neles.” (Is.8: 20). O que é importante sobre esse versículo é que isso
implica um padrão pelo qual o falso ensino pode ser medido. Para que esse padrão tenha qualquer
credibilidade, ele deve ser interpretado literalmente. Além disso, a referência à “lei e ao testemunho”
(cf. v.16) implica que todo o Antigo Testamento deve ser interpretado em seu sentido natural,
normativo. Em João 21: 21-23 o evangelista parece querer afirmar que o que Deus diz deve ser
compreendido antes que possamos interpretar corretamente. Assim, achamos que há uma garantia
escriturística para a hermenêutica simples ou "literal".
2. Os Primeiros Dois Séculos da Igreja Primitiva.
Não podemos entender a igreja do segundo e terceiro séculos sem saber algo sobre as dificuldades
que esses primeiros cristãos encontraram. Por um lado, havia a ameaça real da perseguição de um
estado romano que não simpatizava com as crenças e objetivos dessas pessoas. E, por outro lado,
havia o problema persistente da heresia que perseguia a igreja primitiva. Essas duas questões
principais desempenharam seus papéis na formulação da hermenêutica. Como defesa contra as
polêmicas dos influentes escritores romanos como Plínio, o Jovem, Menandro e Celso, os crentes
tinham que apresentar desculpas que pudessem resolvê-los, e em particular, seus ataques ao Antigo
Testamento e sua incompreensão do Deus cristão. . Mas, ao lado disso, os cristãos tiveram que
responder ao surgimento do gnosticismo e à proliferação de escritos gnósticos em toda a igreja. Para
citar dois exemplos, Valentino (nascido em 100 dC) foi um comunicador extremamente eficaz, que
talvez estivesse prestes a se tornar bispo antes que suas heresias fossem descobertas. Foram seus
seguidores que primeiro compuseram comentários sobre os livros do Novo Testamento. Em segundo
lugar, Marcion (ativo ca. AD140-155) ensinou que o Antigo Testamento era inútil como um
documento cristão. Ele também editou severamente o Novo Testamento, produzindo um no qual
somente as epístolas de Paulo foram incluídas, junto com uma versão condensada do Evangelho de
Lucas, cuidadosamente expurgada de qualquer "contaminação" judaica. Todos os gnósticos
sustentavam que o Deus do Antigo Testamento era outro deus menor que o Deus do Novo.
Este, então, era o tipo de pressão que estava sendo aplicada a esses primeiros santos e suas Escrituras.
Não é de surpreender, então, que os cristãos mais proeminentes do segundo século fossem
apologistas. Os três principais eram Justino Mártir (c. AD 100-163), um platonista convertido que foi
o primeiro a usar o termo "Israel" para descrever a Igreja (160 DC). Irineu (c. AD 130-200), bispo de
Lyon na Gália (atual França), escreveu extensivamente contra os hereges e, ao fazê-lo, produziu a
primeira formulação para a interpretação bíblica; a chamada “Regra de Fé”. Essa formulação foi
realmente uma breve declaração de doutrina. Irineu acreditava que um significado trinitário estava
ligado a ambos os Testamentos.
Por isso, a regra da fé deu unidade à Bíblia. Qualquer interpretação que não correspondesse à regra
de fé (como os ensinamentos dos gnósticos) poderia, portanto, ser rejeitada como contrária à
pregação dos apóstolos. A regra de fé também fez da interpretação da Bíblia uma província da Igreja
e, portanto, da tradição da Igreja. Esse efeito colateral teria sérias repercussões posteriormente. Vale
a pena notar que todos os primeiros pais da Igreja foram pré-milenistas em sua escatologia. Zuck
observa que, “a partir desses pais da igreja primitiva é óbvio que, embora tenham começado bem,
logo foram influenciados pela alegorização”. Essa forma de interpretação tornou-se a dominante de
meados do século II até a Reforma no século XVI. .
3. Retrospecto: As Raízes da Interpretação Alegórica.
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A palavra "alegoria" é derivada das palavras gregas "allos" - que significa "outro" e "agoreuein",
"falar". Assim, uma alegoria é um método de dar (ou derivar) significados ocultos de um texto literal.
Por essa razão, muitas autoridades gostam de definir a alegoria como “uma metáfora ampliada”.
Parece que, por volta do século VI aC, alguns escritores gregos tornaram-se sensíveis ao retrato de
deuses e heróis gregos (em Homero e Hesíodo), como menos que honestos em suas relações privadas
e interpessoais. O método de alegorizar os poetas foi inventado de modo a ensinar melhores
princípios morais, mantendo o respeito por essas grandes obras. “As histórias dos deuses e a escrita
dos poetas não deviam ser tomadas literalmente. Um pouco abaixo está o significado secreto ou real
(hiponóia) ”
No século 2 aC, a influência grega se mostrava em todo o mundo greco-romano. Por esta altura, um
número considerável de judeus vivia na cidade de Alexandria, no Egito. Alexandria tornou-se um dos
principais centros intelectuais do mundo e o alegorismo grego era um método comum de
interpretação. Acredita-se que um judeu chamado Aristóbulo foi o primeiro a incorporar este método
em suas exposições do AT. Os judeus alexandrinos foram absorvidos na tradição filosófica de Platão,
que ensinou que havia uma diferença entre o físico e o espiritual. Esse modo de pensar é a base para
buscar significado espiritual por trás de sentenças literais.
O alegorista judeu mais famoso foi Filo (d. 54 dC). O método completo de Philo era encontrar o
significado espiritual por trás do texto literal. Ramm escreve: “Havia três cânones que ditavam ao
intérprete que uma passagem da Escritura deveria ser alegoricamente interpretada: 1) Se a declaração
diz algo indigno de Deus; 2) Se uma declaração é contraditória com alguma outra declaração ou de
qualquer outra forma nos apresenta uma dificuldade; 3) Se o registro em si é de natureza alegórica.
”A dificuldade com esses cânones era que eles eram em grande parte subjetivos; sendo determinado
pelas próprias predisposições filosóficas do intérprete.
4. Do terceiro ao quinto séculos.
Não é coincidência que as interpretações alegóricas das Escrituras tenham sido filtradas para a Igreja
Cristã a partir de Alexandria. Foi lá que Clemente (c. 150-215 AD) e Orígenes (c 185-254 dC), que
desprezaram a interpretação mais literal da Escola Antioquena, usaram a alegoria para encontrar
significados "mais profundos" no AT e no NT. Eles particularmente acharam dificuldade em atribuir
profecias do AT sobre Israel à Igreja Cristã. Ao encontrar um sentido místico nas Escrituras, eles
poderiam reatribuir essas passagens problemáticas e explicar o que lhes parecia incongruências
dentro da Bíblia. Agostinho (354-430 dC), nativo do norte da África, foi o maior filósofo teólogo da
Igreja Primitiva. Foi seu endosso do método alegórico de interpretação que teve a influência decisiva
sobre a hermenêutica até o tempo da Reforma. Assim, o alegorismo foi dado seu ímpeto pela escola
alexandrina sob Clemente e Orígenes. A proeminência de Orígenes como estudioso da Bíblia
influenciou muitos intérpretes da igreja latina. Um deles, o donatista Tychonius, era o homem que
estabeleceria os princípios de interpretação que o grande Agostinho seguiria. Uma das principais
premissas da interpretação de Agostinho foi que a Igreja era a cidade de Deus - o reino. Portanto, as
declarações do Antigo Testamento que davam promessas a Israel, deveriam ser reinterpretadas para
que as promessas fossem herdadas pelo catolicismo romano. Frequentemente alegorizou passagens
do Antigo Testamento para resolver seus problemas. O contemporâneo mais velho de Agostinho,
Jerônimo (c. AD 341-420), era um homem de grande aprendizado, particularmente em hebraico e
grego. Embora seus primeiros comentários tenham seguido o método alegórico, mais tarde ele adotou
uma hermenêutica muito mais literal. Isso se deveu, em grande parte, à influência sobre ele da escola
antioquena. O último Comentário de Jerônimo sobre Daniel “permaneceu estritamente dentro dos
limites exigidos pelo texto”.
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A escola de Antioquia na Síria era renomada por seus exegetas Luciano (c. 240 dC), Diodoro (dC dC
394) e Teodoro de Mopsuesta (c. 350-428) e pelo seu grande pregador João Crisóstomo (c. 354 dC -
407), e seu maior teólogo, Teodoreto (c. AD 393-466). Todos esses homens empregaram uma
hermenêutica mais literal que os alexandrinos, em que o sentido literal recebeu precedência. Mas, no
final, foi a espiritualização da escola alexandrina que prevaleceu e que prevaleceria pelos próximos
mil anos.
5. Aproximando-se da Reforma.
A Reforma Protestante foi provavelmente o mais importante movimento social, político e intelectual
da história. No que diz respeito à metodologia hermenêutica, ela rompeu o domínio férreo do
alegorismo, que fez da Bíblia um livro cheio de significados confusos e restaurou-o, em grande
medida, ao reino do homem comum. Houvera alguns lampejos de luz no milênio anterior, embora o
efeito deles não tenha sido amplamente percebido. No século XII, as Victorinas, Hugo, Ricardo e
André de São Victor, na França, adotaram uma abordagem mais clara das Escrituras. No século
seguinte, Nicholas de Lyra (1279-1340) recomendou a mesma abordagem, e a influência de John
Wycliffe (c. 1330-1384) foi sentida em toda parte. Foi Wycliffe quem, enquanto dava palestras sobre
a Bíblia para seus alunos em Oxford, começou a ver que o alegorismo dos escolásticos (Albertus
Magnus, Tomás de Aquino, Duns Scotus, etc.) obscurecia a mensagem salvadora do Evangelho.
Lechler observa que, “Ao ensinar as Escrituras a outras pessoas, ele aprendeu o verdadeiro
significado delas mesmas”. Isso o levou a insistir na suficiência das Escrituras, a repudiar a
transubstanciação, a chamar o Papa de “homem falível”, a insistir sobre o sacerdócio de todos os
crentes, e comprometer-se a traduzir a Vulgata latina para o inglês. Os escritos de Wycliffe, embora
colocados no índice de livros proibidos, foram disseminados por toda a Europa, onde se tornaram
uma influência decisiva em Jerônimo de Praga e John Huss. Isso o levou a insistir apenas na
suficiência das Escrituras, a repudiar a transubstanciação, a chamar o papa de “homem falível”, a
insistir no sacerdócio de todos os crentes e a se comprometer a traduzir a Vulgata latina para o inglês.
Os escritos de Wycliffe, embora colocados no índice de livros proibidos, foram disseminados por
toda a Europa, onde se tornaram uma influência decisiva em Jerônimo de Praga e John Huss. Isso o
levou a insistir apenas na suficiência das Escrituras, a repudiar a transubstanciação, a chamar o papa
de “homem falível”, a insistir no sacerdócio de todos os crentes e a se comprometer a traduzir a
Vulgata latina para o inglês. Os escritos de Wycliffe, embora colocados no índice de livros proibidos,
foram disseminados por toda a Europa, onde se tornaram uma influência decisiva em Jerônimo de
Praga e John Huss.
6. O avanço da reforma.
Foi Martinho Lutero quem finalmente derrubou as interpretações alegóricas, embora ele nunca tenha
escapado totalmente da tentação de se alegorizar, ele pôde ver que tal tática só poderia privar o
cristianismo de sua mensagem dada por Deus. No humor característico, Lutero disse que alguns dos
Pais da Igreja seriam melhor chamados de “os bebês da igreja”. Lutero enfatizou a necessidade de
voltar às línguas originais e fazer exegese. Seus comentários sobre Romanos, Gálatas e as Epístolas
de Pedro, embora não sejam tão úteis hoje, estabeleceram novos padrões de exposição quando foram
publicados. Junto com Lutero, seu contemporâneo suíço Ulrich Zwingli costumava pregar
diretamente das línguas originais para sua congregação em Zurique. Mas foi João Calvino que levou
a exegese bíblica a novas alturas. Seus comentários que seguem o que veio a ser conhecido como a
hermenêutica gramatical-histórica, ainda são respeitados hoje, especialmente o livro sobre os Salmos,
ele queria que as Escrituras falassem por si mesmas sem serem atrapalhadas pelas suposições
anteriores do intérprete. Embora ele nem sempre tenha conseguido fazer isso (especialmente quando
lida com a profecia do AT), ele merece os aplausos que foram recebidos por ele, incluindo o de
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ninguém menos que Jacob Arminius, que disse que considerava Calvino o melhor intérprete das
Escrituras que a Igreja possuía.
O período pós-reforma foi o tempo dos puritanos na Inglaterra e o escolasticismo protestante da
Suíça (por exemplo, Turretin, Pictet). Os novos escolásticos, infelizmente, lidavam mais com a
dogmática do que com a exegese - um problema que deveria ser abordado por Cocceius na Holanda.
Os puritanos, por outro lado, embora eles estivessem muito preocupados com o que eles chamavam
de “ensino experimental”, suas obras eram geralmente baseadas em bons princípios de exegese. Os
sermões de Thomas Goodwin são bons exemplos de pregação exegética, e as exposições hebraicas de
John Owen e William Gouge estão repletas de ideias exegéticas.
Deve ser sempre lembrado que, apesar dessas obras prodigiosas, a interpretação das porções
proféticas da Bíblia nunca se manteve com a do resto. Embora alguns dos puritanos fossem pré-
milenistas do Pacto Histórico, eles aplicaram regularmente passagens do Antigo Testamento
diretamente à Igreja. Uma razão para isso foi o crescente domínio da teologia da aliança na
hermenêutica - dominância que continua nas tradições reformadas até os dias atuais.
7. O Iluminismo e seus Efeitos.
O Iluminismo pode ser descrito como a reforma do secularismo. Foi primeiro um movimento
filosófico. Thomas Hobbes (1588-1679) foi talvez o primeiro filósofo cujo trabalho iniciou o homem
moderno na direção errada. Hobbes era um materialista que "encontrou em experiências sensoriais
todas as respostas de que precisava". Essa crença orgulhosa fez Hobbes reinterpretar o sobrenatural
da Bíblia e explicá-lo em termos de processos naturais. Ele foi seguido por uma série de pensadores
capazes, incluindo Baruch Spinoza (1632-1677), autor de um trabalho muito influente contra os
milagres. David Hume (1711-1776) lançou a viabilidade da existência e cognoscibilidade de Deus
em sérias dúvidas com sua insistência de que a crença nunca pode ser racional. Sua obra precedeu a
de Voltaire e Diderot e estabeleceu Hume na vanguarda do Iluminismo. Foi o trabalho de Hume que
"despertou Kant de seu sono filosófico". Immanuel Kant (1724-1804), foi o homem que mais do que
ninguém mudou a ênfase das proposições da Palavra de Deus e da razão do homem. Ele efetivamente
"encurralou" Deus por trás do reino incognoscível do "numênico". Kant argumentou que não
podemos saber nada sobre o reino numenal, apenas o fenomenal. Ele, portanto, fez do naturalismo
científico a esfera da compreensão. A partir de então, muitos que afirmariam ser eruditos bíblicos
adotariam uma hermenêutica que não cairia na crítica de Kant. Ele efetivamente "encurralou" Deus
por trás do reino incognoscível do "numênico.
Um desses homens foi Friedrich Schleiermacher (1768-1834). Schleiermacher era um devoto de
Kant. Ele enfrentou plenamente o dito de Kant de que era impossível romper com qualquer
conhecimento de Deus. No entanto, isso não o impediu de seguir sua própria marca de cristianismo -
um "cristianismo" enfatizando "os sentimentos humanos como a sede da consciência de Deus de uma
pessoa". Scheiermacher falou sobre o senso de dependência que é o caminho para a consciência de
Deus. Para Schleiermacher, não bastava saber o que o autor original dizia. É preciso procurar
experimentar o que o autor estava experimentando. Por isso, ele defendia uma espécie de
interpretação psicológica, e isso teve grande influência em muitos setores da cristandade. Este
método foi refinado por Wilhelm Dilthey (1833-1911) que acreditava que existia algo como “a
experiência humana”, uma consciência humana universal. O objetivo da hermenêutica passou a ser a
descoberta de “uma natureza humana universal, manifestada em todo ser humano passado e presente,
para que não houvesse diferença radical entre um autor no passado e um intérprete no presente”. Foi
sobre esse fundamento que Rudolf Bultmann (1884-1976), construído para preservar o sentido de
uma religião que ele havia desmitificado de todo reconhecimento da fé dos apóstolos.
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8. A Hermenêutico dos Dias Modernos.


Antes de encerrarmos com uma revisão da hermenêutica Dispensacional, achamos que seria útil dizer
algo sobre o que está acontecendo fora do principal evangelismo. Isso ocorre porque o que está
ocorrendo em círculos não conservadores já está tendo um efeito pronunciado sobre a Igreja. Nossos
comentários terão que ser de natureza geral. Hans-Georg Gadamer (1900-2002), tem sido uma voz
importante na teoria hermenêutica moderna. Pegando emprestada sua orientação de Schleiermacher e
Dilthey, ele procurou afastar a ênfase da hermenêutica do autor original (a quem ele acreditava estar
muito afastado pelo tempo para ser compreendido), e concentrar-se no que o texto significa para o
leitor atual (o receptor). Na obra de Jacques Derrida, a interpretação foi ridicularizada e a fatuidade
descontrolada. Para Derrida, o que um texto realmente diz não é nem mesmo um ponto de partida (a
menos que tenha sido escrito por Derrida!). Para ele, a linguagem deve ser suspeita e julgada
subjetivamente. Um problema que imediatamente vem à mente é que todas as idéias são concebidas
em palavras. Até as imagens têm palavras às quais elas fazem referência. Esse tipo de obviedade
inevitável é o que acabará por transformar o desconstrucionismo de Derrida e Foucault em
autodestruição.
Método crítico-histórico
O método histórico-crítico é uma técnica interpretativa empregada por muitos estudiosos bíblicos
acadêmicos em universidades seculares. Também é usado por alguns teólogos cristãos. O método
utiliza maior crítica na tentativa de descobrir as fontes e fatores que contribuíram para a elaboração
do texto. Procura determinar o que significou para o público original. O método histórico-crítico trata
a Bíblia da mesma maneira que outros textos “humanos”. Abrange uma metodologia naturalista e,
como tal, por exemplo, impede interpretações, que permitem a previsão profética por parte dos
autores. Os estudiosos da crítica histórica estão menos interessados em determinar o que o texto
significa para as pessoas hoje em dia. Por estas razões, os cristãos conservadores tendem a rejeitar o
método.

GÊNEROS LITERÁRIOS E A HISTÓRIA DAS FORMAS


O Gênero Literário compreende o conjunto de textos que apresentam a mesma estrutura formal
básica, acrescidos de conteúdos ou outras características similares. Fala-se de gênero, portanto,
quando ditos ou narrativas apresentam um conjunto de formas idênticas, acrescidas de outros
elementos comuns. Como exemplos de gêneros no material discursivo podem ser citados: ditos
proféticos, ditos sapienciais, ditos de seguimento, hipérboles e parábolas. No material narrativo
temos os gêneros dos relatos de milagres, das controvérsias, dos relatos da paixão, entre outros.
O Estilo Literário é a criatividade do autor (ou da comunidade em que o texto foi produzido, por
meio do seu círculo literário), o jeito próprio de escrever dentro do Gênero Literário escolhido,
previamente conhecido naquela cultura. O “estilo” de um texto engloba toda a sua forma de
apresentação, como introduções ou finais típicos. E descrições breves ou pormenorizadas dos
eventos.
1) Interpretação em Sentido Geral
A Bíblia é o seu próprio intérprete.
Esta é a grande verdade, a principal regra a ser seguida. Existem outras formas que auxiliam a
interpretação bíblica (Êx 4.15; Dt 17.19; Js 1.8; Pv 30.6; Lc 24.27,32; Jo 5.39; At 17.11; ICo 2.6,16;
2Tm 3.15; IPe 1.11; 2Pe 1.19,21). Considerações:
11

É de absoluta necessidade examinar o verdadeiro sentido, a finalidade a que se propôs o autor


sagrado ao escrever. Em Provérbios 1.1,6, por exemplo, Salomão diz com que fim o escreveu; no
Evangelho de Lucas 1.1,4 igualmente o escritor esclarece; do mesmo modo em Mateus 1.1; em
Marcos 10.45; em João 20.31; em Atos 1.1,2 e em Romanos 3.28.
É ponto firme e real que qualquer interpretação de ensino ou doutrina só pode ser verdadeira, se não
houver passagem contrária nas Escrituras (Dt 29.29; Is 8.20; Rm 2.29; 7.6; 2Co 3.6; Cl 4.16; lTs
5.27).
2) Aproximação do Texto
Uma leitura atenciosa e crítica do texto, utilizando-se de várias versões em português e fazendo
anotações de questões que vão surgindo no decorrer dessa leitura, constitui-se um passo importante,
que chamamos “aproximação do texto”.
Através dela vamos iniciar nosso diálogo com o texto e trata-se de um primeiro contato que busca
visualizar coisas que uma leitura rápida e desatenta não nos permite notar. Basicamente, perseguimos
2 metas quando fazemos “aproximação do texto”:
A) Pretendemos nos familiarizar com o CONTEÚDO DO LIVRO.
B) Pretendemos nos familiarizar com o CONTEXTO HISTÓRICO DO LIVRO.
C) Gênero Literário é o que determina o conteúdo do livro (doutrinário, apologético, evangelístico,
pedagógico, etc.)
D) Assunto Básico do Livro Deve determinar o assunto básico do livro, ou seja, do que esse livro ou
epístola está falando?
a. observar palavras e expressões repetidas
b. observar pessoas e lugares mencionados
c. observar acontecimentos
d. observar ordens, pedidos, proibições
e. tentar determinar a atmosfera (louvor, gratidão, urgência, preocupação).
E) Divisões Principais do Livro
Aqui se tenta organizar os parágrafos em grupos conforme tema, idéia principal, etc. Como é possível
determinar uma divisão de uma epístola ou livro?
a. Por meio de uma declaração do autor (cf. Cl 3.1)
b. "Pistas" estruturais (cf. Rm. 12:1, 1 Co. 7:1,25, 8:1, 12:1)
c. Mudanças de gênero literário (cf. 1Tm 3.16)
d. Repetição e mudança de formas gramaticais (de indicativos, imperativos, etc. (cp. Ef. 1-3, 4-6).
F) Síntese do Livro
Como resultado dessas observações, devemos determinar “provisoriamente” o tema e o propósito do
livro. Trata-se aqui de sintetizar as informações até aqui obtidas. Embora provisória esta síntese é
importantíssima para o processo exegético.
12

As seguintes perguntas auxiliarão na formulação deste tema e propósito provisórios.


Qual a primeira impressão que o texto provoca?
Que assunto ou ideia sobressai na mente do escritor?
Que assunto capta todos os outros tópicos mencionados?
Qual é a afirmativa básica feita (ou inferida) sobre este assunto?
Que ênfase é mais abrangente que todas as demais em seu escopo?
Qual é o objetivo (explícito ou implícito) do autor?

AUTOR PUBLICO TERCEIROS


1: 1 Paulo, apóstolo de Cristo 1: 2 Timóteo, verdadeiro filho 1: 3,4 mestres de doutrina
pelo mandamento de Deus de Paulo na fé estranha, centrados em
1: 13-16 ex blasphemer, 1: 3 Em Éfeso, a pedido de especulações e genealogias
perseguidor que agiu de forma Paulo, para instruir 1: 6,7 professores de discussão
ignorante; principal dos 1:18 encarregado de lutar o infrutífera, fazendo afirmações
pecadores bom combate, de acordo com ignorantes e confiantes sobre a
1:20 envolvido na disciplina as profecias feitas sobre ele Lei
da igreja em Éfeso (?) 3: 1ss (5:22) nomear anciãos e 1:20 e na fé de Alexandre está
2: 7 nomeado um apóstolo, diáconos dignos naufragado, e Paulo os
professor para os gentios 4:12 jovem entregou a Satanás para
3: 14,15 deseja vir a Éfeso, 5:23 beba vinho para aprender a não blasfemar.
mas pode ser adiada estômago frequente e outras 2: 9ff as mulheres não se
doenças adornam adequadamente ou
6:12 chamado para a vida agem adequadamente em
eterna, fez a boa confissão na reuniões (?)
presença de muitas 6: 3—10 falsos mestres que
testemunhas buscam lucrar com sua
mensagem
6:17 alguns são ricos e têm
problemas morais associados à
riqueza
6: 20,21 alguns deixaram a fé
perseguindo o que é
falsamente chamado de
"conhecimento"

Interpretando a Profecia
A interpretação de profecia é um assunto sumamente complexo, não tanto em virtude da discordância
concernente aos princípios interpretativos corretos, mas por causa das diferenças de opinião sobre
como aplicar esses princípios. A seção a seguir aponta os princípios sobre os quais há concordância
geral bem como os problemas que ainda aguardam solução.
Em ambos os Testamentos, "profeta é um porta-voz de Deus que declara a vontade de Deus ao
povo". A profecia refere-se a três coisas:
(1) predizer eventos futuros (e.g., Apocalipse 1:3; 22:7,10; João 11:51);
13

(2) revelar fatos ocultos quanto ao presente (Lucas 1:67-79; Atos 13:6-12), e
(3) ministrar instrução, consolo e exortação em linguagem poderosamente arrebatada (e.g., Amos;
Atos 15:32; 1 Coríntios 14:3, 4, 31).
Se aceitarmos as datas dos vários livros da Bíblia comumente dadas pelos eruditos evangélicos,
parece-nos que uma significativa porção da Bíblia é profecia preditiva. Payne calcula que dos 31.124
versículos da Bíblia, 8.352 (27%) são material preditivo à época em que foram proferidos ou escritos.
Na Bíblia, predizer estava a serviço de proclamar. Com frequência, o padrão era este: "À luz do que o
Senhor vai fazer (predição), devemos viver vidas piedosas (proclamação)."
A profecia preditiva pode servir a várias funções importantes. Pode trazer glória a Deus dando
testemunho de sua sabedoria e soberania sobre o futuro. Pode conceder segurança e consolo aos
crentes oprimidos. Pode motivar os ouvintes a uma fé mais vigorosa e uma santidade mais profunda
(João 14:29; 2 Pedro 3:11).
As características das profecias do Antigo Testamento são:
1) Uma vez que a revelação é dada ao profeta sob a forma de intuição, tem-se a impressão de que o
futuro é imediatamente presente, completo, ou de que todos os acontecimentos estão em andamento.
2) O fato de que o assunto da profecia é dado em forma intuitiva também é razão pela qual ela
sempre vê a concretização desse assunto em certas ocorrências completas em si mesmas; i.e., uma
profecia pode aparecer como uma única ocorrência, mas, na verdade, pode haver dois, três ou quatro
cumprimentos.
3) Já que o assunto da profecia se apresenta ao leitor como uma série de fatos individuais, pode
parecer às vezes que prognósticos individuais se contradizem quando são, na realidade, apenas partes
nas quais as ideias reveladas foram separadas, complementando-se mutuamente, e.g., imagens
contrastantes do Messias em estados de sofrimento e de glória.
4) O assunto profético está na forma de intuição, o que significa ainda que, no que diz respeito à sua
forma, ela está no nível do próprio observador, i.e., o profeta falou da futura glória nos termos de sua
própria sociedade e experiência.
5) A profecia pode ser cumprida logo após pronunciada ou em data muito posterior.
6) A profecia é condicionada eticamente, quer dizer, parte de seu cumprimento está condicionada ao
comportamento dos receptores. Ela pode até ser revogada.
7) A profecia pode ser cumprida sucessivamente.
8) Muitas profecias, sobretudo os referentes a Cristo, são literalmente cumpridas.
9) A forma e o caráter da profecia são condicionados pela época e pela localização do escritor.
10) As profecias frequentemente formam partes de um todo e, assim, devem ser comparadas com
outras profecias.
11) O profeta vê juntos fatos que são amplamente separados no cumprimento.
A lei da dupla referência. Poucas leis são mais importantes de observar na interpretação das
Escrituras proféticas do que a lei da dupla referência. Dois acontecimentos, muito distantes no que
diz respeito à época de cumprimento, podem ser unidos no escopo de uma profecia. Isso acontecia
porque o profeta tinha uma mensagem para sua própria época e outra para o futuro. Reunindo dois
14

acontecimentos muitos distantes dentro do escopo da profecia, ambos os propósitos podiam cumprir-
se.
Profecias condicionais: Agindo com base nesse princípio, Jeremias consequentemente fala aos
príncipes, sacerdotes e profetas que o queriam ver morto: "Falou Jeremias a todos os príncipes e a
todo o povo, dizendo: O Senhor me enviou a profetizar contra esta casa e contra esta cidade todas as
palavras que ouvistes. Agora, pois, emendai os vossos caminhos e as vossas ações e ouvi a voz do
Senhor, vosso Deus; então, se arrependerá o Senhor do mal que falou contra vós outros" [Jr
26.12,13]. Se as pessoas se arrependessem, em certo sentido o Senhor se arrependeria.
Como Interpretar Citações do A.T. no N.T.
1. Em que contexto do NT aparece a citação ou alusão? Ou seja, sem (nesse estágio) entrar nos
detalhes da exegese, o interprete deve procurar estabelecer o tema tratado, o fluxo das ideias e,
sempre que pertinente, a estrutura literária, o gênero e a retórica da passagem.
2. De que contexto do AT a citação ou alusão é extraída? Por mais simples que seja, essa pergunta
exige o mesmo cuidado com relação ao AT que a primeira pergunta demanda para o estudo do NT.
3. Que tratamento é dado à citação ou fonte véterotestamentária na literatura do judaísmo do Segundo
Templo.
4. Que fatores textuais devem ser considerados quando se procura compreender determinada
utilização do AT? Estaria o NT citando o TM, a LXX ou um targum? Ou será que a citação contém
uma mistura de fontes, ou talvez ainda uma influência da memória ou de alguma forma de texto que
não conhecemos? Qual é a importância das pequenas alterações? Há variantes textuais dentro da
tradição hebraica, da tradição do AT grego ou da tradição textual do NT grego? Exercem essas
variantes alguma influência direta sobre nosso entendimento de como o NT está citando o AT ou
fazendo alusão a ele?
5. Uma vez que se conclua esse trabalho de base, torna-se importante tentar entender como o NT está
usando o AT ou recorrendo a ele. Que ligação está sendo considerada pelo autor do NT? Seria apenas
um vínculo linguístico?
6. Que aplicação teológica o autor do NT faz da citação do AT ou da alusão a ele? Em certo sentido,
essa pergunta já está presente em todas as outras, mas vale a pena fazê-la separadamente, pois
destaca aspectos que de outra forma poderiam ser omitidos.

Interpretando a Lei no Contexto do Novo Testamento


A) O Antigo Testamento é uma Aliança
B) Algumas Leis do A.T. não foram renovadas e estipuladas no N.T.
Mas isto não significa que devemos rejeitar totalmente o A.T. ela contem a revelação progressiva de
Deus para a humanidade, e tem muito a nos ensinar sobre caráter de Deus, sobre doutrinas
antropológica, angelologia, Cristologia e suas profecias, verdade da vida cristã, e muito mais.
C) Tipos de Leis.
a) Apofáticas: Elas começam com as frases faça e não faça ex. Lv.19.9-14.
15

b) Lei Casuística: Ela é aplicada em um acontecimento ou uma posse e que por acaso vir acontecer
tal situação ela é aplicada, esta lei é substituída pelo nossa Constituição e Leis Civis.DT15.12-17.
c) Leis Culturais: Fala de como o hebreu deve se vestir, construir sus casas, seus cabelos, comer, e
outras coisas.
d) Lei Cerimoniais: Mais destinada aos levitas, mas que a nação de Israel deveria conhecer, e assim
em conjunto com esta tribo cuidar de cumprir e obedecer a Lei. (Lv1-7, leis dos sacrifícios).
e) Leis Morais: Era o padrão de conduta de todo israelita, esta lei predomina até os dias de hoje na
Igreja.
Interpretar as Poesias
1. Cânticos de guerra
Os cânticos de guerra eram uma das formas mais antigas de poesia. Muitos acreditam que o chamado
para os exércitos de Êxodo 17.16 e o grito de guerra de Juizes 7.18, 20 (e talvez o de Nm 10.35-36)
possuem implicações poéticas. Os mais conhecidos são os cânticos de vitória de Moisés (Êx 15.1-18)
e Débora (Jz 5), eles relatam fatos, e dõ crédito a Jeová pelas vitórias, ele são motivadores para nossa
caminhada.
2. Cânticos de amor.
A maioria dos críticos atuais não distingue em seu texto qualquer plano estrutural, mas acredita que
seja uma coleção de cânticos de amor seculares, talvez modelados em hinos de louvor.
3. Lamento
O lamento é o tipo mais comum de salmo. Mais de sessenta lamentos são encontrados no saltério.
Eles podem ser lamentos individuais (como SI 3; 5—7; 13; 17; 22; 25—28; 31; 38—40; 42—43; 51;
54—57; 69—71; 120; 139; 142) ou coletivos (como SI 9; 12; 44; 58; 60; 74; 79—80; 94; 137), o
valor desses salmos para todo crente é óbvio. Se a pessoa está doente (Sl 6; 13; 31; 38; 39; 88; 102),
atacada por inimigos (3; 9; 10; 13; 35; 52—57; 62; 69; 86; 109; 120; 139) ou consciente do pecado
(25; 38; 39; 41; 51), os salmos de lamento não apenas encorajam, mas são modelos de oração. Muitos
têm afirmado que deveríamos orá-los diretamente, e eu concordo, mas prefiro meditar, contextualizar
e então orar esses salmos quando eles refletem a minha situação pessoal.
4. Hinos ou cânticos de louvor.
Fee e Stuart apontam três tipos específicos de hinos (2003:213): Javé é louvado como Criador (SI 8;
19; 104; 148), como protetor e benfeitor de Israel (SI 66; 100; 111; 114; 149) e como Senhor da
história (SI 33; 103; 113; 117; 145—147). Vários hinos entram em detalhes sobre como Deus está no
controle da história, recapitulando os grandes eventos da salvação na vida de Israel (SI 78; 105—106;
135—136). Eles ainda recapitulam os fracassos de Israel e os comparam à fidelidade de Deus,
chamando a nação para renovar a garantia de aliança. Esses hinos foram cantados em celebrações e
festas da colheita, nas peregrinações para o templo (SI 84; 87; 122; 132), após os triunfos do exército
(SI 68; IMacabeus 4—5) e em ocasiões especiais de louvor. Os salmos de Hallel (SI 113—118)
formavam uma parte especial da celebração da Páscoa e eram também uma parte regular do culto da
sinagoga. O desenvolvimento desses salmos inicia com a compaixão divina para com o oprimido (SI
113), continua com o poder redentor (SI 114) e a ajuda a Israel (SI 115), chegando ao louvor e
agradecimentos de Israel a Javé (SI 116—118). Eles proporcionam assim uma nova e significativa
experiência de adoração nos dias de hoje, do mesmo modo quando foram originalmente escritos e
cantados.
16

5. Hinos de ação de graças


Mais específico do que hinos ou cânticos de louvor, os hinos de ação de graças louvam a Deus por
sua resposta a orações específicas. Poderíamos dizer que eles quase formam o “antes” e o “depois” da
confiança religiosa, no qual o lamento coloca o problema diante de Deus e a ação de graças o louva
por sua resposta. Como os lamentos, os hinos de ação de graças se dividem entre expressões
individuais (SI 18; 30; 32; 34; 40; 66; 92; 103; 116; 118; 138) e coletivas (SI 65; 67; 75; 107; 124;
136).
Há cinco elementos estruturais nos cânticos de ação de graças:
• Convite para dar graças ou louvar a Javé (SI 30.2,5; 34.2-4; 118.1 -4).
• Relato de problema e salvação (SI 18.4-20; 32.3-5; 40.2-4; 41.5-10; 116.3-4; 118.10-14).
• Louvor a Javé, reconhecimento de sua obra de salvação (SI 18.47-49; 30.2-4, 12-13; 40.6; 92.5-6;
118.14,28-29).
• Fórmula de ofertório na apresentação do sacrifício (SI 118.21; 130.2; 138.1-2; Is 12.1) e bênçãos
aos participantes da cerimônia (SI 22.27; 40.5; 41.2; 118.8-9).
• Exortação (SI 32.8-9; 34.10,12-15; 40.5; 118.8-9).
6) Salmos imprecatórios.
Os salmos imprecatórios (Sl 12; 35; 52; 57—59; 69; 70; 83; 109; 137; 140) em geral são salmos de
lamento, em que se observa a predominância da amargura do escritor e do desejo de vingança. Na
realidade, a meditação sobre esses salmos e sua aplicação poderiam ser terapêuticas para os que
passaram por experiências traumáticas (como abuso infantil). Despejando a natural amargura em
Deus, a vítima poderia tomar-se livre para “amar o não amável”. Devemos nos lembrar de que o
mesmo Davi que escreveu todos os salmos acima, com exceção do 83 e 137, mostrou grande
clemência e amor por Saul. Quando se clama por justiça depois de um profundo ferimento
(conforme, por exemplo, os santos martirizados em Apocalipse 6.9-11), cumpre-se, de fato, Rm
12.19, pois a vingança é na verdade transferida para Deus, deixando aquele que crê livre para perdoar
seu inimigo.
Interpretar as Epístolas
1. Estude o desenvolvimento lógico do argumento. Embora isso não seja muito difícil em algumas
epístolas (como Coríntios e Hebreus).
2. Estude a situação por trás das declarações. Tal procedimento é mais importante do que parece à
primeira vista, pois pode determinar não somente o contexto para o argumento de um livro, mas
também até que ponto a passagem se aplica a situações além das circunstâncias históricas dos leitores
originais.
3. Verifique os diferentes subgêneros empregados nas epístolas. Quase todos os tipos de literatura
discutidos nesses capítulos sobre gênero encontram-se nas epístolas, como hinos e credos,
apocalípticos e provérbios. O leitor deve observá-los cuidadosamente e aplicar os princípios
específicos do gênero correspondente ao interpretar a epístola. Por exemplo, as precauções para
interpretar um apocalíptico serão inestimáveis em um estudo sobre o anticristo (2Ts 2) ou a
destruição do mundo (2Pe 3). As regras para interpretar a poesia nos ajudarão a compreender
lTimóteo 3.16 ou 1 Pedro 3.18, 22. No caso dos hinos, isso levará a dois níveis de interpretação, o
17

significado do hino em sua forma original (como a teologia da encarnação de Fp 2.6-8) e em sua
posição dentro da própria epístola (Fp 2.6-11 como um paradigma da humildade).
O contexto é o nexo recíproco dos vários elementos duma oração, sejam próximos (contexto
imediato), sejam distantes (contexto remoto).
O exame do contexto é extremamente importante por- que as palavras, as locuções e as frases podem
assumir senti- dos múltiplos, os pensamentos normalmente são expressos por sequência de palavras
ou de frases, e desconsiderar o contexto acarreta interpretações falsas.
Contexto inicial é a própria frase ou versículo em que o termo foi usado. Antes mesmo de recorrer ao
contexto imediato e remoto, é extremamente necessário entender o texto (frase) onde o termo aparece
em seu conjunto.
No contexto inicial, saber se o vocábulo está sendo usado em sentido denotativo ou conotativo é
imprescindível.
O contexto consequente é aquele que procede imediatamente ao texto.
O macro contexto de uma palavra ou de um versículo é um contexto maior que a palavra ou o
versículo que precede ou segue o versículo considerado.
No contexto amplo, o importante é verificar o tema exposto pelo versículo, parágrafo e capítulo e
como ele se relaciona com o esboço geral do livro, e com temas semelhantes em outros livros.
Chama-se contexto literário (no sentido bíblico) ao contexto que é próprio a literatura e publicações
correntes no período vetero ou neotestamentário, e que servem como fundo literário para se
compreender os matizes literários das Escrituras.
Ao que parece, o contexto remoto de um texto nas páginas do Novo Testamento, se encontra aduzido
nas próprias citações que prendem uma situação histórica presente (sincrônica) a um fato ou profecia
pretérita. O contexto gramatical e lógico unem-se naturalmente no discurso literário, cada um
emprestando ao outro suas normas.
Útil ao estudante é o emprego do método linguístico-gramatical também chamado de léxico-sintático.
Esse método combina o estudo etimológico do vocábulo e a relação desse termo com as partes frasais
que o acompanha. O uso do contexto remoto por Cristo e mais tarde pelos apóstolos, inaugurou uma
nova fase mterpretativa das Sagradas Escrituras: A interpretação cristológica, tendo as profecias do
Antigo Testamento como pilar, mas sendo explorada de seu contexto maior e geral para um particular
e especial.

BIBLIOGRAFIA:
ELWELL, Walter A., editor. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã, Vida Nova, v.3
BENTHO, Esdas Costa. Hermenêutica : Fácil e descomplicada, Ed CPAD, 2003
FEE, Gordon; STUART, Douglas. Entendes o que lês? um guia para entender a Bíblia com o auxílio
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VIRKLER, Henry. Hermenêutica: princípios de processos de interpretação bíblica. São Paulo: Vida,
1987.
18

ZUCK, Roy B. A Interpretação Bíblica: meios de descobrir a verdade da Bíblia. São Paulo: Vida
Nova, 1994.
CARSON, D.A. A exegese e suas falácias: perigos na interpretação da Bíblia. São Paulo: Vida Nova,
1992.
BERKHOF, Louis. Princípios de Interpretação Bíblica. São Paulo: Cultura Cristã, 2000.
GEISLER, Norman; NIX, William. Introdução bíblica: como a Bíblia chegou até nós. São Paulo:
Vida, 1997.
ANGLADA, Paulo R. B.. Introdução à hermenêutica reformada: correntes históricas, pressuposições,
princípios e métodos linguísticos. Ananindeua: Knox Publicações, 2006,

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