Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Portanto:
Autonomia – Liberdade – Solidariedade – Igualdade Substancial – Boa-fé
Objetiva – Função Social
Síntese das Obrigações
- Relação jurídica
- entre credor e devedor
- de natureza transitória
- conteúdo um comportamento
- economicamente apreciável
Aspecto Histórico
. Direito Romano:
-vínculo personalizado
- privação de liberdade do devedor
- Direito potestativo e Estado de Sujeição
. Direito Alemão:
- Savigny: a obrigação como forma especial de propriedade do credor, não
sobra a pessoa do devedor, mas sobre um dos seus atos
. Direito contemporâneo:
- Responsabilidade patrimonial: débito garantido pelos bens do devedor.
Exceção – Prisão do devedor de alimentos
Conceitos e Distinções:
Gênero/Espécie
01 – Dever Jurídico: atuação exigida pela norma para a produção de um
resultado ultil cujo descumprimento gera uma sanção
02 – Obrigação: dever jurídico específico individualizado que incide sobre
pessoas determinadas ou determináveis, nominadas credor e devedor, e tem
por objeto uma prestação de dar, fazer, ou não-fazer.
03 – Ônus: adoção de uma conduta não pela imposição de norma, mas para a
defesa de um interesse próprio.
04 – Sujeição: relaciona-se com a categoria dos direitos potestativo já que uma
das partes encontra-se na posição de poder – potestade – e a outra em estado
submissão.
Quanto a formação:
I- Direitos obrigacionais: direito a autodeterminação na esfera
patrimonial Numerus Apertus (Rol exemplificado)
II- Direitos Reais: criados pela lei e limitados (art 1.225) Numerus
clausus (Rol taxativo)
Quanto ao objetivo:
I- Direitos obrigacionais: prestação economicamente apreciável,
comportamento (mediatividade)
II- Direitos Reais: Poder direto e imediato (domínio) sobre a coisa com
exclusividade (imediatividade)
Quanto à eficácia:
I- Direitos Obrigacionais: eficácia relativa, inter partes. Não são
oponíveis a terceiros estranhos à relação obrigacional
II- Direitos Reais: Eficácia erga omnes. A relação se estabeleve entre o
titular do direito real e o sujeito passivo universal
Quanto à garantia:
I- Direitos obrigacionais: patrimônio do devedor
II- Direitos Reais: Direito de preferência (sequela)
- Teoria da Essencialidade:
I- Direito de preferência – exclusão, em beneficio do titular do direito real, de
toda situação jurídica com ele incompatível (ex: arts. 955 ao 965 – CC)
III- Sequela – Faculdade de perseguir ou reivindicar a coisa onde e com
quem quer ela se encontre.
IV- Não são atributos exclusivos dos Direitos Reais. Ex: crédito
privilegiado (art. 83, I, Lei 11.101)
Quanto à hierarquia:
I- Não há hierarquia
II- Direito de Prevalência do 1° registro
Quanto à duração:
I- Transitório (obs: obrigação de não fazer)
II- Permanente
Introdução:
1- Concepção clássica: o intuito das obrigações foi criado para garantir o
crédito e por conseguinte os poderes do credor. Direito potestativo e
Estado de sujeição.
2- Concepção contemporânea: não há hierarquia entre credor e devedor,
ambos devem ser encarados como sujeitos em posição de igualdade,
pois ambos são titulares de direitos fundamentais.
Elementos constitutivos
- Sujeito
Elemento Subjetivo:
Sujeito credor: pode exigir o cumprimento da obrigação
Sujeito devedor: deve cumprir a obrigação.
1- Duplicidade - a relação é dual porque existem dois polos, mas esses
polos podem ser integrados várias pessoas.
2- Capacidade – a incapacidade não é causa de impedimento obrigacional.
Ex: credor de obrigação alimentícia, art. 928
3- Determinabilidade – sujeito pode ser, inicialmente indeterminado –
haverá determinação quando do cumprimento
- Objeto
Objeto Imediato: prestação positiva (dar ou fazer) ou negativa (não dar ou não
fazer)
Objeto Mediato: objeto da prestação
1- Teorias Mistas: Orlando Gomes – o direito obrigacional tem por fim
imediato a prestação e, de modo remoto, a sujeição do patrimônio do
devedor.
2- Teoria personalistas: Direito de domínio sobre a pessoa, podendo levar
o devedor inadimplente à escravidão, e privação de liberdade.
3- Teorias realistas: o credito é um direito sobre o patrimônio do devedor
Art. 104, II, CC: objeto licito, possível, determinado ou determinável.
Licitude: ilicitude causa a nulidade, se começou ilícito e virou licito durante o
processo do contrato, ainda é anulável.
Possibilidade:
. Impossibilidade contemporânea
. Impossibilidade superveniente
Determinabilidade:
. Determinável – indicação do número e do gênero
Patrimonialidade:
Clássica: débito
Moderna: Sanção, responsabilidade
1° Grupo (Fernando de Noronha, Daniel Carnacchioni): a patrimonialidade é do
prejuízo causado à vitima e não do seu direito de personalidade, ou seja, a
prestação não precisa ter valor econômico, mas o interesse do credor deve ser
digno de tutela.
2° Grupo (San Tiago Dantas e Maria Helena Diniz): exigem que a prestação
econômica sob o argumento de que havendo descumprimento será possível a
análise dos danos, reparação.
Corrente não-patrimonialista: repudia a essencialidade do objeto patrimonial da
obrigação. Não é possível exigir a patrimonialidade como critério, pois tal
exigência diminui a proteção conferida aos deveres não patrimoniais.
- Vinculo Jurídico
Concepção Tradicional: as partes vinculavam-se apenas pela vontade
Concepção Contemporânea: não há relação jurídica entre credor e prestação
ou entre devedor e a prestação – Sempre entre sujeitos. O vinculo jurídico se
estrutura na lógica da obrigação como sendo um processo. Não é so o dever a
prestação – há deveres de prestação e deveres de conduta (diligencia,
informação, cuidado, transparência, lealdade)
- Teoria dualista
Relação material que vincula credor e devedor – o débito, na qual o credor tem
direito à prestação e o devedor tem a obrigação de pagá-la, adotar o
comportamento desejável.
A relação de responsabilidade que é a sujeição do patrimônio do devedor à
satisfação da prestação.
RESPONSABILIDADE SEM DÉBITO: fiança, Aval, Direitos Reais de Garantia
DÉBITO SEM RESPONSABILIDADE: obrigações juridicamente inexigíveis.
- Teoria unitarista
Débito e responsabilidade são indissociáveis, porque são aspectos de uma
mesma relação
- Teoria publicita ou processualista
Responsabilidade é um fenômeno do direito processual e não o direito material,
pois é o Estado, titular da função jurisdicional, que tem o poder de agredir o
patrimônio do devedor e não credor.
02/06
Obrigação Divisível, indivisível, solidária
. Obrigação Divisível:
Obrigação divisível com um só devedor e um só credor: Obrigação Cumulativa
a- Um só vinculo
b- Pluralidade de prestações (dar, fazer, não fazer)
c- Regra: identidade da coisa devida
d- O inadimplemento de uma das prestações envolve o descumprimento da
obrigação.
Obrigação divisível com pluralidade de devedores ou credores
Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação
divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas,
quantos os credores ou devedores.
Havendo pluralidade de credores ou devedores, sendo a prestação divisível e
inexistindo solidariedade, cada um dos titulares terá autonomia e
independência em relação à sua cota-parte
- pluralidade de devedores: existem tantas obrigações iguais e distintas quanto
forem os devedores, sendo necessário mensurar quanto casa sujeito tem que
prestar. A não manifestação deixa implícito a proporção igual
- pluralidade de credores: mesmo que o devedor preste o todo para um credor,
ainda fica obrigado a prestar para os outros. A quitação de um credor não
implica no adimplemento da obrigação, porque os credores NÂO são solidários.
Deve-se então prestar a quota-parte para cada credor.
Obs: enriquecimento sem causa
. Obrigação Indivisível
- Indivisibilidade: física, voluntária (ex: art. 1320, CC), legal (indivisibilidade de
lote urbano com menos de 125 m² - lei 6.766/79)
- Bens divisíveis e indivisíveis: art. 87 e 88, CC.
- art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma
coisa ou um fato não suscetível de divisão, por sua natureza, por motivo de
ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico.
. Obrigação Solidária
Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um
credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida
toda.
- Pluralidade subjetiva e unidade objetiva: cada credor ou devedor atua como
se fosse o único da classe.
. Pluralidade de credores (solidariedade ativa): cada um tem direito à dívida por
inteiro
. Pluralidade de devedores (solidariedade passiva): cada um é responsável
pela dívida na sua integralidade (fenômeno da expansão da responsabilidade
individual)
Solidariedade Indivisibilidade
Formalidades:
Art. 288 – forma é livre, não é necessário instrumento público
Art. 289 – O cessionário de crédito hipotecário tem o direito de fazer averbar a
cessão no registro do imóvel.
Para que a cessão tenha eficácia contra terceiros, deve ser registrada, por
instrumento público ou particular
Regras:
Art. 290- a cessão de credito não tem eficácia em relação ao devedor, senão
quando a este notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito
público ou particular, se declarou ciente da cessão feita.
A ciência do devedor nãp repercute na validade da cessão, apenas na sua
eficácia.
A notificação, por implicar em uma ciência a respeito da cessão, impede que o
devedor pague ao credor primitivo.
Art. 291. Ocorrendo várias cessões do mesmo crédito, prevalece a que se
completar com a tradição do título do crédito cedido.
Art. 292. Fica desobrigado o devedor que, antes de ter conhecimento da
cessão, paga ao credor primitivo, ou que, no caso de mais de uma cessão
notificada, paga ao cessionário que lhe apresenta, com título de cessão, o da
obrigação cedida; quando o crédito constar de escritura pública, prevalecerá a
prioridade da notificação.
O pagamento pelo devedor ao credor originário antes da notificação configura-
se como válido – credor putativo
Art. 293. Independente do conhecimento da cessão pelo devedor, pode o
cessionário exercer os atos conservatórios do direito cedido.
Art. 294. O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem,
bem como as que, no momento em que veio a ter conhecimento da cessão,
tinha contra o cedente.
O crédito transfere-se com as mesmas caraterísticas ao cessionário.
O devedor que tem exceção pessoal deve declará-la no momento da
notificação.
Responsabilidade – Art. 297
O cedente, responsável ao cessionário pela solvência do devedor, não
responde por mais do que daquele recebeu, com os respectivos juros; mas tem
que ressarcir-lhe as despesas da cessão e as que o cessionário houver feito
com cobrança.
O cedente somente se responsabiliza pela situação do devedor no momento e
no contexto do negócio cessão de crédito.
A insolvência superveniente ao negócio cessão desonera o cedente de
qualquer responsabilidade.
O momento para verificar a responsabilidade prevista no art. 297 é aquele em
que se efetiva o negócio cessão e não o previsto para o adimplemento.
Estudo:
Elementos constitutivos das obrigações:
Elemento imaterial diz respeito ao elo que sujeita o devedor a determinada
prestação em favor do credor, criando-se o vínculo legal que une esses sujeitos
Conforme dispõe a norma civilista brasileira a respeito das obrigações
alternativas, é correto afirmar:
I. No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles,
decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação.
III. A escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.
IV. Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção
poderá ser exercida em cada período.
mesmo que reste comprovado que o atraso se deu somente por culpa de Enzo,
Efigênia pode exigir a totalidade da dívida de Gabriel, mas somente Enzo
responderá perante ele pelo acrescido.
Certo
O conceito de obrigação pode ser definido como a relação jurídica permanente,
existente entre um sujeito ativo, denominado credor, e um sujeito passivo,
denominado devedor, cujo objeto consiste em uma prestação situada no
âmbito dos direitos pessoais, positiva ou negativa.
Errado
Resposta Correta:
Considere a hipótese de, numa obrigação de dar coisa certa a três distintos
credores, de um objeto ser indivisível. Nesse caso, quanto à forma correta de
pagamento, a lei civil estabelece o seguinte: