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INTRODUÇÃO À GERIATRIA E À GERONTOLOGIA

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Sumário

Sumário ....................................................................................................................... 1

NOSSA HISTÓRIA ...................................................................................................... 2

Introdução................................................................................................................... 3

Geriatria ...................................................................................................................... 5

Conceitos e afins ................................................................................................................. 5

Geriatria preventiva primária .............................................................................................. 6

Geriatria preventiva secundária ........................................................................................ 10

Geriatria preventiva terciária ............................................................................................ 10

Gerontologia ............................................................................................................. 12

Os cuidados paliativos ............................................................................................ 15

Hospice ............................................................................................................................. 18

Cuidados paliativos em idosos ........................................................................................... 19

O Código de Ética da Medicina ............................................................................... 22

O princípio bioético da autonomia .................................................................................... 23

Referências ............................................................................................................... 27

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e
PósGraduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além
de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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Introdução

Consta no sitio da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) as


seguintes definições:

Geriatria é a especialidade médica que se integra na área da Gerontologia com


o instrumental específico para atender aos objetivos da promoção da saúde, da
prevenção e do tratamento das doenças, da reabilitação funcional e dos cuidados
paliativos.

Abrange desde a promoção de um envelhecer saudável até o tratamento e a


reabilitação do idoso. O processo de envelhecimento impacta no comportamento
orgânico, demandando abordagens diferenciadas, assim como crianças e jovens
apresentam especificidades que são tratadas pelo pediatra.

Além de lidar com doenças como as demências, a hipertensão arterial, o


diabetes e a osteoporose, o geriatra também trata de problemas com múltiplas causas,
como tonturas, incontinência urinária e tendência a quedas. Ele também fornece
cuidados paliativos aos pacientes portadores de doenças sem possibilidade de cura.

Frequentemente, atua em conjunto com equipe multidisciplinar, como na


avaliação de tratamentos adequados e daqueles que trazem riscos e/ou interações
indesejadas (https://sbgg.org.br/espaco-cuidador/o-que-e-geriatria-e-gerontologia/).

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Gerontologia, por sua vez, é a ciência que estuda o processo de envelhecimento
humano. O Bacharel em Gerontologia, identificado como gerontólogo, será preparado
para realizar a gestão da atenção ao envelhecimento e à velhice em diversas áreas de
atuação. Sua atuação na área da saúde, na área da educação e cultura, na área das
políticas públicas, na defesa dos direitos e na área da gestão de organizações e de
casos será essencial para os avanços que devem ocorrer no campo da Gerontologia
brasileira.

Além de falarmos das especialidades acima, daremos atenção para a ética,


especificamente o princípio da bioética da autonomia e discorreremos sobre os
cuidados paliativos.

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Geriatria

Conceitos e afins
Geriatria, termo criado em 1909, pode ser definido como o ramo da Gerontologia
e da Medicina que trata da saúde das pessoas de idade avançada, em todos os seus
aspectos: preventivo, clínico, terapêutico, de reabilitação e de vigilância contínua
(OMS, 1974).

O Royal College of Physicians, de Londres, em 1976, definiu a Geriatria como o


ramo da Medicina Geral que cuida dos fatores clínicos, sociais, preventivos e de
reabilitação, importantes na manutenção da saúde e da independência da população
idosa, bem como do tratamento de suas doenças e incapacidades.

No entendimento de Moriguchi (2002), podemos defini-la simplesmente como


“a ciência de prolongar a vida com saúde”, mas muitos a confundem com instituições
geriátricas ou residência geriátrica quando dizem: “Internei meu pai, ou minha mãe, ou
outro parente, numa geriatria” (JACOB FILHO, 2011).

Segundo Pereira, Schneider e Schwanke (2009), geriatria refere-se à


especialidade médica responsável pelos aspectos clínicos do envelhecimento e pelos
amplos cuidados de saúde necessários às pessoas idosas. É a área da medicina que
cuida da saúde e das doenças da velhice; que lida com os aspectos físicos, mentais,
funcionais e sociais nos cuidados agudos, crônicos, de reabilitação, preventivos e
paliativos dos idosos; e que ultrapassa a “medicina centrada em órgãos e sistemas”
oferecendo tratamento holístico, em equipes interdisciplinares e com o objetivo
principal de otimizar a capacidade funcional e melhorar a qualidade de vida e a
autonomia dos idosos.

Sobre Nascher, considerado o pai da geriatria, é importante ressaltar que, em


1914, a publicação do seu livro sobre geriatria causou polêmica naquela época ao
enfatizar a ideia de que “a velhice é uma etapa da vida”, levantando-se, desta maneira,
contra a concepção grega, que havia dominado o pensamento médico durante mais
de 2000 mil anos, de que a velhice é uma doença.

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Enfim, é uma especialidade instigante, desafiadora e contemporânea.
Segundo Moriguchi e Nascimento (2008), não há dúvidas que a grande
finalidade da Geriatria e da Gerontologia é garantir maior longevidade com qualidade
de vida, portanto, vamos a algumas classificações recebidas pela geriatria.

A geriatria preventiva corresponde estruturalmente ao padrão seguido pela


pediatria preventiva. Dentro da geriatria preventiva primária, encontram-se todas as
ações voltadas a diminuir ou retardar o aparecimento de disfunções e morbidades
crônico-degenerativas associadas à idade. A questão associada a essa primeira
abordagem é a seguinte: quando começa a geriatria preventiva? Desde a infância seria
a resposta mais correta. Já a geriatria preventiva secundária está calcada no
diagnóstico e tratamento precoce de disfunções e morbidades crônico-degenerativas.
A última abordagem, que é geriatria preventiva terciária, visa a prevenir indivíduos que
já apresentam quadros de doenças, prevenindo recidivas.

Geriatria preventiva primária

Em termos práticos, a geriatria preventiva primária engloba o controle e a


adequação de variáveis relacionadas ao estilo de vida do indivíduo e da população:
nutrição, atividade física, repouso e controle da obesidade.

a) Nutrição

Evidências científicas, cada vez mais contundentes, mostram que o balanço


nutricional, tanto da ingesta (ou ingestão) calórica quanto da qualidade dos nutrientes
e dos tipos de alimentos, exerce uma influência fundamental na evolução e
estabelecimento de muitas doenças crônico-degenerativas.

Portanto, dieta saudável significa prevenção geriátrica primária. Os aspectos a


seguir sugerem os principais pontos nutricionais que devem ser seguidos para garantir
uma nutrição saudável.

• Verduras em abundância.

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• Peixe em abundância.
• Restrição de carne e gema de ovo.

• Fibras em abundância.

• Sal: menos de 10g/dia.

• Açúcar: menos de 50g/dia.

• Consumo de alcoólico: menos de 30ml/dia (um copo de vinho ou uma garrafa


de cerveja).

• Balanço de ácidos graxos polissaturados/saturados: 1,0-2,0.

• Alimentos de boa qualidade.

• Equilíbrio alimentar.

b) Atividade Física

Os principais benefícios da atividade física na manutenção da saúde incluem:

• alterações hemodinâmicas – diminuição da frequência cardíaca (FC) em


repouso, diminuição da frequência e da pressão arterial sistólica durante a
sobrecarga submáxima de exercício, aumento do débito cardíaco máximo e do
consumo de oxigênio, normalização mais rápida da frequência cardíaca após o
exercício e diminuição da condução ventricular anormal;

• alterações morfológicas – aumento da relação vasos capilares/fibras


musculares do miocárdio, desenvolvimento das artérias coronárias;

• alterações bioquímicas – aumento da função das mitocôndrias das fibras


musculares lisas, ativação das enzimas antioxidativas, diminuição dos níveis
das catecolaminas, aumento da atividade fibrinolítica, diminuição da
coagulabilidade sanguínea, aumento dos níveis séricos do HDL- coIesterol e
aumento da atividade glicoliítica da insulina.

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A eficácia das práticas de exercícios regulares para a saúde em geral se
relacionam com a diminuição dos fatores de risco à morbidade, como as doenças
cardiovasculares, neoplasias, etc.
Outros aspectos positivos: diminuição do número de cigarros fumados por dia
entre os tabagistas (diminuir a vontade/compulsão de fumar), melhora da obesidade,
afastamento do estresse da vida moderna.

Na prática, isso não significa fazer alguma atividade atlética diária de 60


minutos sem nenhum tipo de carga (bolsa ou outro tipo de material), que são altamente
preventivas para pessoas até 60 anos de idade. Entre 60 e 70 anos, aconselham-se
caminhadas de 50 minutos; de 70 a 80 anos, caminhadas de 40 minutos; de 80 a 90
anos, 30 minutos, e após 90 anos, 20 minutos. Esse tipo de atividade deve ser feita
durante sete dias por semana durante toda a vida (MORIGUCHI; NASCIMENTO,
2008).

c) Repouso

O tempo de repouso é fundamental no processo de manutenção da saúde. Em


qualquer faixa etária, o ideal de horas de repouso no leito é entre 7 e 8 horas. Tanto
mais horas de repouso quanto menos estão associadas a um aumento de mortalidade.
Também é importante incorporar o hábito de descansar 30 minutos após o almoço
(sesta).

d) Controlar a obesidade.

A obesidade é uma condição biológica que serve como alavanca para o


estabelecimento de disfunções e morbidades associadas à idade, como as seguintes:

• diabetes melitus

• hipertensão arterial sistêmica

• dislipidemias

• aterosclerose

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• cardiopatia isquêmica

• colecistopatias

• esofagites de refluxo

• varizes de membros inferiores


• tromboflebites

• osteoartropatia degenerativa

• gota

• distúrbios gestacionais

• dermatite intertriginosa

• distúrbios de circulação periférica

• distúrbio hormonal - esterilidade

• desânimo - depressão

• cansaço - nervosismo

• neoplasias (mama, endométrio, vesícula e cólon).

e)Tabagismo

O fumo, incontestavelmente, está associado com a morbimortalidade. A partir


de estudos epidemiológicos, estabeleceu-se que, em média, cada cigarro fumado
diminui três minutos de vida.

Além desses fatores, a geriatria preventiva primária deve considerar o manejo


de fatores psicológicos, ambientais e do entorno social que incidem de modo direto e
indireto sobre a manutenção da saúde do indivíduo e da população como um todo.

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Geriatria preventiva secundária
A ação principal para fazermos geriatria preventiva secundária é o
estabelecimento de revisões anuais (checkup) que contribuam para a detecção
precoce de doenças crônico-degenerativas.

Por exemplo, no Japão, foram estabelecidos programas de diagnóstico


precoce de câncer de estômago, através da realização de exames de endoscopia na
população, a partir dos 40 anos de idade, possibilitando a detecção de tumores até 1
mm de tamanho, facilitando, assim, o tratamento e a cura. Nesse caso, é possível a
retirada do tumor sem necessidade de cirurgia (através da própria endoscopia),
diminuindo, com essa intervenção ambulatorial, os riscos de mortalidade do paciente
e os custos para o sistema de saúde.

A partir dos 30 anos de idade, a avaliação da pressão sanguínea é feita pelo


menos uma vez ao ano para prevenir Acidente Vascular Cerebral (AVC). Nas mulheres
após 40 anos de idade, foram estabelecidos programas de prevenção do câncer de
colo uterino e de mama. Nos homens após 50 anos de idade, são oferecidos
programas de prevenção de câncer de próstata e, a partir dos 30 anos,
eletrocardiograma de esforço, anualmente, com a perspectiva de diminuir riscos de
doenças coronarianas.

Os programas de geriatria preventiva secundária têm um custo mais baixo


quando comparados com os custos de tratamento realizados nos indivíduos onde a
doença já se instalou. Estima-se que o custo da prevenção seja 1/10 do custo do
tratamento. Por esse motivo, a meta da geriatria preventiva é “prevenir para não
remediar”, válida tanto para a saúde pública (coletiva) quanto para a saúde pessoal
(individual).

Geriatria preventiva terciária


Na parcela da população afetada por doenças crônico-degenerativas e/ou
disfunções associadas, também é necessário fazermos geriatria preventiva. Desse
modo, para os indivíduos afetados por doenças, como neoplasias ou coronariopatias,
o médico e o sistema de saúde precisam adotar programas de reeducação de estilo de

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vida e de prevenção que garantam a estabilização da saúde do paciente. Por exemplo,
uma mulher com câncer de mama ou de colo do útero que sofreu intervenção cirúrgica
deve seguir exames periódicos de prevenção para prevenir a evolução dessas
neoplasias ou o aparecimento de metástases. Em indivíduos com AVC, a avaliação
mensal da pressão arterial deve ser um procedimento preventivo padrão a ser adotado,
além da utilização de medicação.

Cada uma das três estratégias preventivas na geriatria é cumulativa, ou seja,


iniciamos durante a fase jovem com a geriatria preventiva, preventiva primária;
adotamos a geriatria preventiva secundária quando os indivíduos atingem idade de
risco; e utilizamos a geriatria preventiva terciária como estratégia de manutenção e
qualidade de vida quando os mesmos tornam-se doentes (MORIGUCHI;
NASCIMENTO, 2008).

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Gerontologia

A gerontologia é a ciência que realiza o estudo do envelhecimento humano, com


o objetivo de atender às necessidades físicas, emocionais e sociais do idoso. A
geriatria é a área médica que estuda e trata das doenças que acometem as pessoas
idosas.

A segmentação do curso de vida e a divisão entre as idades se deram a partir


do século XIX, quando a velhice passou a ser reconhecida como uma etapa única,
assim como a fase da infância, a adolescência e a fase adulta. Desse modo, sucedeu-
se a segregação das idades na família e no espaço social. A velhice passa a ser
reconhecida como uma etapa única e parte de um processo histórico amplo que
envolve a emergência de novos estágios da vida, como a infância e a adolescência.
Também nota-se uma tendência contínua em direção à segregação das idades na
família e no espaço social (SILVA, 2008).

O século XX marcou definitivamente a importância do estudo da velhice. O


aumento do número de idosos no mundo exerceu uma pressão passiva sobre o
desenvolvimento desse campo no início do século passado. Foi em 1903 que Élie
Metchnikoff defendeu a ideia da criação de uma nova especialidade, a gerontologia,
denominação obtida a partir dos termos gregos géron (“velho”, “ancião”) e logia
(“estudo”). Nessa mesma época houve o interesse em criar uma nova especialidade
na medicina que visasse tratar das doenças dos idosos e da própria velhice. Foi então
que, em 1909, Ignatz L. Nascher, médico vienense radicado nos EUA dedicado ao

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estudo clínico da velhice, criou uma nova especialidade na medicina, estimulando
pesquisas sociais e biológicas sobre o envelhecimento, que passou a ser denominada

“geriatria”. Nascher, considerado pai da geriatria, fundou a Sociedade de Geriatria de


Nova York em 1912 (PAPALÉO NETO, 2016).

Em 1930, Marjory Warren, médica inglesa, estabeleceu os princípios básicos da


intervenção gerontológica no centro médico para idosos onde trabalhava. Considerada
a mãe da gerontologia, Warren delineou os primórdios da avaliação multidimensional
e a importância da interdisciplinaridade, demonstrando os benefícios da reabilitação.
No Brasil, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) surgiu em
1961, como SBG (Sociedade Brasileira de Geriatria), composta apenas por médicos;
e em 1968 passou a ser denominada SBGG, incluindo profissionais de diferentes áreas
do saber, com um formato interdisciplinar.

A Assembleia Mundial do Envelhecimento realizada em Viena em 1982 foi um


marco. Desde então foram implementados programas de cunho social e de saúde
destinados aos idosos. O fenômeno de separação entre a relação de velhice e
mendicância acontece de forma relativamente simultânea ao momento em que a
medicina passa a tratar do homem velho.

Na década de 1990 a sociedade brasileira demonstrava crescente sensibilidade


para o problema da velhice. Inúmeros serviços especializados foram criados, como
programas para a terceira idade nas universidades, nas prefeituras e em diversas
instituições; centros de estudo, programas de pós-graduação, residências, estágios e
orientações curriculares; entidades civis voltadas para idosos, cuidadores e familiares;
e políticas e programas cada vez mais específicos.

A gerontologia como disciplina progrediu muito a partir da segunda metade do


século XX, com o objetivo de investigar a partir de diferentes pontos de vista, tanto do
ponto de vista dos idosos como da população em geral. Pesquisas relacionadas às
questões demográficas e às ciências sociais contribuíram para estabelecer a
gerontologia como uma disciplina científica na área de saber multidisciplinar.

Em março de 2005 foi aberto o primeiro curso de graduação em gerontologia no


Brasil, na Universidade de São Paulo. Até essa data, a formação em gerontologia

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ocorria em cursos de pós-graduação de caráter stricto e lato sensu. O curso foi
proposto por um grupo de docentes da Universidade de São Paulo, que tinha como
objetivo propor cursos inovadores que deveriam responder às demandas da sociedade
brasileira contemporânea. É sediado no campus leste da Universidade de São Paulo
(USP), na Escola de Artes, Ciências e Humanidades.

O bacharel em gerontologia recebe formação generalista e integrada sobre o


fenômeno do envelhecimento e da velhice, esta como categoria etária e social, e está
preparado para propor, implementar, gerenciar e avaliar programas e ações nessa
área, assim como realizar atividades de capacitação e atualização de profissionais que
lidam com a pessoa idosa (LIMA-SILVA et al., 2012, p. 282).

Anote aí!

Envelhecimento é um processo irreversível, universal e de forma sequencial e


individual de cada ser ou espécie, que não pode ser evitado e percorre toda a vida. É
decorrente de mudanças fisiológicas de um organismo geneticamente maduro por um
espaço de tempo. Por isso é considerado um processo normal e não patológico.

Figura 1 – Processo de envelhecimento

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Como envelhecer está ligado à passagem do tempo, vamos lembrar do
significado de cronos e kairós, que representam o tempo na mitologia grega.

Cronos é o tempo que pode ser mensurado; já kairós simbolizava a ideia de


tempo momentâneo para a realização de determinada atividade. Prende-se à
concepção de vida: envelhecemos “conforme vivemos' (tempo presente). Não é um
tempo linear, não se pode medir ou determinar; e esse é o tempo que a gerontologia
deve privilegiar.

Os cuidados paliativos

Os Cuidados Paliativos são uma necessidade humana e podem ser aplicados


em qualquer indivíduo, não necessariamente a um paciente em fase terminal, a fim de
proporcionar uma melhor atenção e conforto às pessoas enfermas, seus familiares e
cuidadores, além de contribuir para a garantia de todos os direitos estabelecidos no
Estatuto do Idoso.

De acordo com a Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), “o


significado de paliar é proteger. Paliar, derivado do latim pallium, termo que nomeia o
manto que os cavaleiros usavam para se proteger das tempestades pelos caminhos
que percorriam. Proteger alguém é uma forma de cuidado, tendo como objetivo
amenizar a dor e o sofrimento sejam eles de origem física, psicológica, social ou
espiritual. Por esse motivo, quando ouvir que você ou alguém que conhece é elegível
a cuidados paliativos, não há o que temer”.

Os cuidados paliativos pretendem:

a) Aliviar todos os problemas existentes.

b) Prevenir a ocorrência de novos problemas.

c) Promover oportunidades para experiências significativas e valiosas,


crescimento espiritual e autorrealização.

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De acordo com a SBGG (2015), “originalmente, a atenção dos Cuidados
Paliativos centrava-se em pacientes na fase final da vida. Hoje, se considera que eles
vão além dessa prática: devem estar disponíveis para pacientes e seus familiares
durante todo o processo de doença ameaçadora à continuidade da vida e também no
transcurso do luto…

Os Cuidados Paliativos são prestados mais efetivamente por uma equipe


interdisciplinar, como médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos,
terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, capelães e
voluntários que sejam competentes e habilidosos em todos os aspectos do processo
de cuidar relacionados à sua área de atuação.

Segundo Gutierrez e Barros (2012), infelizmente no Brasil, ainda existe uma


carência de conhecimentos teóricos muito significativa quando o assunto envolve
cuidados paliativos. Isso ocorre devido à insuficiência de incentivos relacionados à
educação paliativa, que é fator influenciador da atitude profissional, em conjunto com
as experiências decorrentes da formação.

Devemos, porém, refletir que diante do aumento da expectativa de vida, com o


consequente envelhecimento da população, temos também uma maior prevalência de
doenças crônicas, o que traz uma nova demanda, uma vez que a cura, em alguns
casos, deixa de ser prioridade em caso de doentes crônicos, necessitando
proporcionar qualidade de vida a esses indivíduos e assim temos como opção o uso
dos Cuidados Paliativos.

Pensando na população idosa, torna-se indispensável a atuação dos


profissionais especializados em gerontologia junto com toda a equipe multidisciplinar
em cuidados paliativos, pois em muitos quadros como câncer, hipertensão arterial,
cardiopatias, diabetes, doença pulmonar crônica, Acidente Vascular Encefálico (AVE),
entre outras doenças, é indispensável um tratamento medicamentoso para amenizar
os sintomas, contudo proporcionar qualidade de vida à pessoa torna-se tarefa
imprescindível.

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É de responsabilidade de todos os profissionais envolvidos em um caso clínico,
atingir os principais objetivos dos cuidados paliativos que proporcionam, juntamente
com a qualidade de vida, controle de dor, melhora de sintomas físicos, emocionais,
problemas sociais e até mesmo espirituais.

Figura 2 – Cuidados paliativos

Vale lembrar que o cuidado paliativo é indispensável não apenas para o idoso,
mas também para sua família, devido à sobrecarga física e emocional que surge diante
do quadro clínico, necessitando da orientação e apoio dos profissionais de saúde junto
aos familiares e também cuidadores.

De acordo com a SBGG (2015), “o cuidador pode apresentar sintomas de


sobrecarga, como dor lombar, irritabilidade, humor deprimido, insônia, dentre outros. A
equipe envolvida no cuidado precisa ficar atenta a esses sinais de alarme. Um cuidador
em sobrecarga precisa de atenção imediata para si mesmo e também para que não
perca o alcance máximo do seu potencial de cuidar, correndo o risco de não suprir as
necessidades da pessoa doente. Por vezes, basta uma ajuda de outros cuidadores ou
então um afastamento, ainda que temporário. Alguns cuidadores desenvolvem
estratégias de enfrentamento que reduzem o risco de sobrecarga. Frequentar grupos

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de apoio oferecidos pela comunidade pode ser útil, assim como ter uma rotina de lazer
e a possibilidade de férias programadas”.

Cuidados Paliativos, portanto, possuem uma abordagem muito ampla, uma vez
que pode ser aplicada em qualquer indivíduo, não necessariamente a um paciente em
fase terminal. Entretanto, no Brasil ainda, infelizmente, são necessárias
especializações e maiores conhecimentos por parte dos profissionais de saúde, pois
somente dessa forma poderemos proporcionar uma melhor atenção e conforto aos
pacientes, seus familiares e cuidadores, além de contribuir para a garantia de todos os
direitos estabelecidos no Estatuto do Idoso. Afinal, é muito mais do que uma simples
abordagem, trata-se de uma necessidade humanitária (ALMEIDA, 2017).

Hospice

Hospice é uma filosofia do cuidado. Refere-se à aplicação de Cuidados


Paliativos intensivos para pacientes com doenças avançadas, próximos ao final da
vida, englobando apoio aos seus familiares. Hospice não significa, necessariamente,
um lugar físico. Pacientes indicados para um atendimento no estilo hospice são
aqueles com doença em fase avançada e estimativa de vida de 6 meses ou menos.

O conceito de hospice refere-se a cuidados prestados ao final da vida, incluindo


a assistência durante o processo de morrer, e se estende ao acolhimento de familiares
em luto.

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Figura 3 – Função do Hospice durante o processo de doença avançada e luto

Cuidados ao Fim da Vida são uma parte importante dos Cuidados Paliativos que
se refere à assistência que a pessoa deve receber durante a última etapa de sua vida,
a partir do momento em que fica claro que ela se encontra em estado de declínio
progressivo e inexorável, aproximando-se da morte. Esses cuidados objetivam
propiciar:

a) Morte segura e confortável – promovendo qualidade de vida durante os últimos


meses do paciente e garantindo que ele morra da melhor forma possível;

b) Autodeterminação no gerenciamento do processo de morrer – facilitando a


resolução de pendências;

c) Luto eficaz – auxiliando pacientes e familiares a lidarem com perdas e


sofrimento e ajudando famílias a se reorganizarem após a morte do ente querido
(SBGG, 2014).

Cuidados paliativos em idosos

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Doença e morte são condições próprias dos seres humanos em qualquer idade.
Entretanto, existem evidências de que o envelhecimento celular humano torna o
organismo mais suscetível a doenças. Nessas condições, o rebaixamento da
viabilidade orgânica eleva o grau de vulnerabilidade do indivíduo16. Um dos objetivos
mais nobres da intervenção de um profissional que lida com o envelhecimento é cuidar
da pessoa idosa e protegê-la (SBGG, 2014).

São consideradas idosas, no Brasil, pessoas com 60 anos e mais. A diversidade


do processo saúde-doença é notória. Como comparar um indivíduo independente de
80 anos que se exercita regularmente e mantém uma vida social ativa com outro da
mesma idade, acamado por osteoartrite limitante de quadril, com alteração cognitiva
leve e dependente para a higiene pessoal? Têm a mesma idade, porém há uma
diferença marcante entre eles no prognóstico e na qualidade de vida.

Idosos apresentam maior prevalência de doenças crônico-degenerativas para


as quais não existe tratamento curativo e que podem prolongar-se por tempo
indeterminado, como nas situações de câncer, demência, doença renal crônica,
insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica, fragilidade e outras. Todas
são indicações de uma abordagem paliativa.

Cuidados Paliativos e Geriatria mantêm entre si uma evidente aproximação


conceitual. A Geriatria, por excelência, aceita de uma forma mais natural a finitude do
ser humano a partir da observação direta do paciente em seu processo de
envelhecimento. O declínio funcional, a fragilidade e a falência orgânica decorrem de
intenso e irreversível catabolismo característico da fase avançada das doenças crônico
degenerativas comuns em idosos e constituem indicações manifestas e elegíveis de
Cuidados ao Fim da Vida (BURLÁ; AZEVEDO, 2011).

Tanto a abordagem geriátrica quanto a paliativa enfocam o cuidado na pessoa


e não na doença, reconhecendo a inserção da família nesse processo. Centram-se no
conhecimento da biografia e no respeito à autonomia da pessoa. O paciente geriátrico
deve receber um acompanhamento processual desde o momento em que sua
independência está preservada, seguindo-se durante as situações de dependência e
vulnerabilidade, expandindo-se até a sua morte.

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O propósito da Geriatria coincide com aquele dos Cuidados Paliativos:
maximizar a capacidade da pessoa, visando acima de tudo alívio e conforto.

Em ambas as disciplinas, é fundamental a integração de profissionais de


múltiplas competências técnicas, numa conjugação de saberes e ações que
caracteriza a interdisciplinaridade, pautada em competência profissional, sensibilidade,
humildade, altruísmo, disponibilidade interna, bom humor e capacidade de
comunicação.

A população idosa é um grupo altamente heterogêneo, razão pela qual é difícil


definir protocolos de conduta. Um tema atual são as demências, cuja prevalência deve
aumentar nas próximas décadas, graças ao crescimento proporcional da população
idosa no planeta. Assim, as demências representam uma preocupação crescente não
apenas na área da Saúde e são alvo de intervenções na Geriatria e nos Cuidados
Paliativos.

Apesar de a maioria dos óbitos acontecerem em idosos, há relativamente


poucos esforços para atender às suas necessidades específicas ao final da vida. São
necessidades complexas, relacionadas a múltiplas doenças que ocorrem
simultaneamente e que causam dependência. No último ano de vida, podem surgir
sintomas como dor, incontinência, confusão mental e insônia.

Além disso, em função da recente transição demográfica, o número de pessoas


muito idosas vem crescendo de forma dramática, gerando uma demanda de
intervenções paliativas para essa população vulnerável que os sistemas de saúde
ainda não parecem preparados para prover.

Uma pessoa com diagnóstico de demência pode viver por décadas e é


mandatório que uma abordagem paliativa esteja inserida em seu cuidado desde o
momento do diagnóstico. O cenário precisa mudar com urgência.

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O Código de Ética da Medicina

Em 2018, o Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou o novo Código de


Ética (Resolução CFM n. 2217/2018) com diretrizes e práticas relacionadas aos
profissionais de saúde no que se refere às inovações tecnológicas, de comunicação e
sociais. Um dos pontos mais importantes é a preservação do sigilo profissional na
relação entre médico e paciente. De acordo com especialistas, o novo código era
necessário justamente por causa dos novos contextos na relação dos médicos com a
sociedade, especialmente em meio a avanços tecnológicos e científicos.

Entre os demais pontos abrangidos no novo Código de Ética Médica estão o


respeito à autonomia do paciente (inclusive na fase terminal da vida); o direito de o
médico exercer a profissão de acordo com sua consciência; e a possibilidade de recusa
de atender em locais com condições precárias, que possa expor pacientes e
profissionais a algum risco.

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É um ponto positivo a ampliação dos direitos dos pacientes, como a
obrigatoriedade de o médico elaborar e entregar um relatório com todo o prontuário do
paciente no momento da alta. Da mesma maneira, o profissional de medicina está
autorizado, quando requisitado judicialmente, a encaminhar cópias do prontuário sob
a sua guarda diretamente ao juízo requisitante. No Código de Ética anterior, esse
documento deveria ser disponibilizado somente a um perito médico nomeado pelo juiz.

Entre as diretrizes mantidas, estão a consideração à autonomia do paciente e o


respeito à sua dignidade quando em estado terminal, a preservação do sigilo médico-
paciente, e a proteção contra conflitos de interesse na atividade médica, de pesquisa
e docência.

Com o objetivo de assegurar o cumprimento do Ato Médico, o Código de Ética


garante ainda a valorização do prontuário como o principal documento da relação
profissional; a proibição da cobrança de honorários de pacientes assistidos em
instituições destinadas à prestação de serviços públicos; e o reforço à necessidade de
o médico denunciar aos CRMs daquelas instituições públicas ou privadas que não
ofereçam condições adequadas para o exercício profissional ou não remunerem digna
e justamente a categoria.
É vedado ao médico o estabelecimento de um vínculo de qualquer natureza com
empresas que anunciam ou comercializam planos de financiamento ou consórcios
para procedimentos médicos (https://pebmed.com.br/conselho-federal-demedicina-
divulga-novo-codigo-de-etica/).

O princípio bioético da autonomia

O estudo da relação entre a bioética e o exercício das profissões de saúde,


sobretudo da Medicina, tem merecido crescente atenção nas últimas décadas, em todo
o mundo. O Brasil possui, desde 1995, uma sociedade brasileira de bioética,
constituída por mais de 800 profissionais de diferentes formações. A institucionalização
de Comitês de Ética em Pesquisa, em quase 500 instituições brasileiras e o aumento
da produção acadêmica, na última década, evidencia a expansão do interesse no
campo da bioética aplicada aos fenômenos da vida (DANTAS; SOUZA, 2008).

23
A bioética procura integrar a cultura técnico-científica das ciências naturais com
a cultura humanística. Trata-se, então, do estudo sistemático da conduta humana na
área das ciências da vida e dos cuidados da saúde, na medida em que esta conduta é
examinada à luz dos valores e princípios morais (MARCOLINO; COHEN, 2008).

Para a abordagem de dilemas e conflitos morais na saúde, a Bioética se baseia


em quatro princípios: beneficência, não-maleficência, autonomia e justiça ou equidade.
Estes devem nortear as discussões, decisões, procedimentos e ações na esfera dos
cuidados da saúde (KOHERICH; MACHADO; COSTA, 2005).

Figura 4 – Princípios bioéticos

O princípio da autonomia, cujas raízes se encontram na filosofia kantiana, é um


dos pilares da Bioética contemporânea. Sua relevância para a cultura atual é
indiscutível, visto que este princípio relaciona-se com emancipação do sujeito em
direção à sua autodeterminação (FERRAZ, 1997).

Autonomia

A autonomia diz respeito ao poder de decidir sobre si mesmo e preconiza que


a liberdade de cada ser humano deve ser resguardada. Cabe aos profissionais da
saúde oferecer as informações técnicas necessárias para orientar as decisões do

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paciente, sem utilização de formas de influência ou manipulação, para que possa
participar das decisões sobre o cuidado e assistência à sua saúde, isto é, ter respeito
pelo ser humano e seus direitos à dignidade, à privacidade e à liberdade.

O princípio bioético da autonomia defende o respeito à capacidade de


autodeterminação do paciente, que deve participar do processo de decisão sobre
qualquer tratamento que o envolva. Ele é o protagonista da sua própria vida e deve ser
reconhecido como tal (ARECO et al, 2014).
Cada vez mais, as pessoas querem dar a conhecer suas escolhas sobre os
tratamentos que desejam (ou não) receber. Elas querem que o tratamento que
recebam reflita seus valores e suas crenças sobre o que faz a vida valer a pena, e
querem especificar as circunstâncias nas quais elas não querem ter a sua vida
prolongada.

As diretivas antecipadas de vontade são o instrumento que permite à pessoa


registrar sua vontade caso uma doença se agrave e ela não possa mais responder por
si mesma. O seu objetivo é permitir que a pessoa faça suas escolhas sobre tratamentos
futuros e a assistência que deseja receber, ou não, caso haja um momento em que ela
se encontre incapaz de se comunicar ou de expressar sua vontade.

As diretivas antecipadas de vontade são reconhecidas pelo Conselho Federal


de Medicina (Resolução CFM 1.995/2012) e representam um suporte ético e legal para
que os profissionais da saúde respeitem a vontade da pessoa que designa um
representante para a tomada de decisões.

É importante lembrar que a existência de uma diretiva antecipada de vontade,


qualquer que seja a sua forma, não é um consentimento para o tratamento. Antes de
proporcionar cuidados e tratamento, o profissional da saúde precisa obter o
consentimento explícito da pessoa ou do seu representante.

Não é preciso fazer a diretiva por escrito. O médico registrará em prontuário as


diretivas antecipadas de vontade que lhe forem comunicadas pela pessoa. Caso a
pessoa deseje, pode registrar suas diretivas antecipadas de vontade em cartório com
testemunhas e eleger como representante legal uma pessoa de confiança para a

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tomada de decisões. As diretivas antecipadas de vontade da pessoa prevalecerão
sobre o desejo dos seus familiares.

As diretivas antecipadas de vontade podem inclusive ser redigidas por pessoas


que estejam em gozo de perfeita saúde, desde que estejam lúcidas e tenham idade
maior ou igual a 18 anos ou que estejam emancipadas legalmente. A qualquer
momento, elas podem ser modificadas ou revogadas através de comunicação ao
médico ou alteração do documento registrado em cartório.
Mais detalhes sobre as diretivas antecipadas de vontade podem ser obtidos
através do site do Conselho Federal de Medicina (www.portal. cfm.org.br) e do site da
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG - www.sbgg.org.br).

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Referências
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