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imagem
Observe atentamente a tela do francês François-Auguste Biard (1798-1882). Que cenário o artista
escolheu para a cena retratada?
C@m base nas informações visuais oferecidas, o que você supõe estar acontecendo nacena?
As pessoas que compõem essa cena desempenham diferentes funções. Descreva, brevemente,
as pessoas ou grupo de pessoas e as funções que exercem na composição da cena.
Além das pessoas amarradas a um tronco, no lado direito da tela, obsewamos que o homem em
pé, de costas e sem camisa, no canto inferior esquerdo da tela, segura uma barra de ferro com
várias argolas, provavelmente utñizada para aprisionar e castigar os escravos. Esses e outros
detalhes da imagem podem ser identificados como exemplos da animalização do ser humano.
Explique por quê.
4. Uma imagem como essa desperta que reação em um observador do século XXI? Justifique.
t_Jm brasileiro do início do século XIX reagiña do mesmp modo? por quê?
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LITERATURA
Serra Leoa: país localizado ho oeste daÁfrica.
0a imagem para o
texto a) O eu lírico estabelece uma interlocução logo nos
primeiros versos do poema. A quem ele se dirige?
5. A representação literária do tema da
escravidão teve um intérprete de destaque b) Qual é o adjetivo que particulariza esse interlocutor?
no Brasil: o poeta Castro Alves (1847-1871). c) Como essa particularização pode ser interpretad a no contexto do poema?
Em muitos poemas, ele denunciou o 6.
sofrimento dos negros e o absurdo de sua Por que o eu lírico também se dirige a eles?
condição. Leia.
7. Como os africanos são inicialmente apresentados?
E ri-se a orquestra, irónica, estridente... E da ronda 4. A terceira estrofe faz referência a uma
fantástica a Serpente Faz doudas espirais... Seo velho "orquestra". A que corresponde essa metáfora?
Que ideia essa metáfora explora?
arqueja... se no chão resvala, Ouvem-se gritos... o
a) Porque a "orquestra" atua como um contraponto aos escravos?
chicote estala. E voam maise mais...
b) No caderno, transcreva, da mesma estrofe,
Presa nos elos de uma só cadeia, A multidão faminta outra metáfora e explique como ela foi
cambaleia, E chora e dança ali!
construída, considerando o ser que a
IJm de raiva delira, outro enlouquece... Outro, que representa.
martírios embrutece, Cantando, geme e ri! Literatura e sociedade
No entanto o capitão manda a manobra
Discuta com seus colegas: que
E após, fitando o céu que se acontecimentos apresentados no
desdobra Tão puro sobre o mar, capítulo sugerem uma mudança no
Diz do fumo entre os densos pensamento escravocrata de alguns
nevoeiros: setores da sociedade?
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros! De que maneira a poesia de Castro Alves re-
Fazei-os mais dançar!.. ' flete a necessidade dessa mudança?
E ri•sé a orquestra irônica, esttidehte...
E da ronda fantástica a serpente Faz
doudas espirais! Qual num sonho
dantesco as sombras voam... Gritos,
ais, maldições, preces ressoam! E ri-se
Satanás!...
ALVES' Castro. Os escravos. In: Obra completa.
Organização de Eugénio Gomes. Rio de Janeiro:
Nova Aguilar, 1986. (Fragmento).
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Mãe! não despertes
eSt'alma que dorme,
Como verbo sublime do
Mártir da Cruz!
O pobre que rola no abismo sem termo
Pra qu'há de sondá-lo... Que morra sem luz.
Não vês no futuro seu negro fádáfió, Ó cega divina que cegas de amor?!
Ensina a teufilho — desonra, misérias, A vida nos crimes — a morte na dor.
Que seja covarde... que marche encurvado.
Que de homem se torne sombrio reptil. Nem core de pejo, nem trema de raiva Se av face lhe
cortamcom o lótegp vil.
Arranca-o do leito... seu corpo habitue-se Ao frio das noites, aos raios do sol.
Na vida — Só cabe-lhe a tanga rasgada! Na morte — só cabe-lhe o rpt@lençol.
Ensina-o que morda. mas pérfido oculte-se
Bem como a serpente por baixo da chã
Que impávido veja seus pais desonrados, Que veja sorrindo mancharem-lhe a irmã.
Ensina-lhe as dores de um férd trabalho Trabalho que pagam com pútrido pão.
Depois que os amigos açoite no tronco...
Depois que adormeça coo sono de um Cão.
Criança — não trema dos transes deum mártir!
Mancebo — não sonhe delírios de amor!
Marido —que a esposa conduza sorrindo Ao leito devasso do próprio senhor!...
São estes os cantos que deves na terra Ao mísero escravo somente ensinar.
Ó Mãe que balanças a rede selvagem
Que ataste no tronco do vasto palmar.
Fadário: destiñO do Quál nâo se pode fugir, Reptil: nesse contexto, ger
que searrasta,
Pejo: vergonha,
pudor.
Enquantoqueo prendecadeiasombria!..e Látego:
chicote,
Pérfido: desleal,
traiçoeiro.
Impávido: corajoso,
destemido.
Fero: perverso, cruel,
duro.
Pútrido: quejá se decompôs, apodrecido,
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LITERATURA
1. No cademo, transcreva, da primeira parte do E de leve oscilando ao tom das auras,
poema, os elementos que indicam o Iam na face trêmulos — beijá-la.
desconhecimento da mãe sobre o futuro do filho.
Era um quadro celeste!... A cada afago
2.