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[Oil & Gas Production Operations Course]

1. VÁLVULAS................................................................................................................ 3
1.1 DEFINIÇÃO DE FUNÇÕES DA VÁLVULA......................................................3
1.2 COMPONENTES PRINCIPAIS DE UMA VÁLVULA MANUAL............................3
1.3 TIPOS DE VÁLVULAS.........................................................................................5
1.4 LIGAÇÕES DE VÁLVULAS.................................................................................7

2. VÁLVULAS DE CUNHA OU CORREDIÇA................................................................9


2.1 UTILIZAÇÃO........................................................................................................9
2.2 TIPOS DE HASTES.............................................................................................9
2.2.1 HASTE ASCENDENTE COM ROSCA EXTERIOR - OS&Y........................10
2.2.2 HASTE ASCENDENTE COM ROSCA INTERIOR......................................11
2.2.3 HASTE NÃO ASCENDENTE - ROSCA INTERIOR - NRS..........................12
2.3 MODELOS DE OBTURADORES DE VÁLVULAS MANUAIS............................13
2.3.1 OBTURADOR DE CUNHA..........................................................................14
2.3.2 OBTURADOR DE SEDES PARALELAS.....................................................15
2.3.3 OBTUADOR DE REBORDOS FLEXÍVEIS..................................................18
2.4 TIPOS DE TAMPAS...........................................................................................19
2.4.1 LIGAÇÃO POR UNIÃO...............................................................................19
2.4.2 LIGAÇÃO ROSCADA..................................................................................19
2.4.3 LIGAÇÃO APARAFUSADA.........................................................................20
2.4.4 LIGAÇÃO POR ABRAÇADEIRA.................................................................20
2.5 APLICAÇÕES....................................................................................................21

3.VÁLVULAS DE GLOBO............................................................................................27
3.1 UTILIZAÇÃO......................................................................................................27
3.2 TIPOS DE HASTE.............................................................................................27
3.3 TIPOS DE TAMPAS...........................................................................................28
3.3.1 TAMPA TIPO UNIÃO..................................................................................28
3.3.2 TAMPA ROSCADA.....................................................................................29
3.3.3 TAMPA APARAFUSADA............................................................................29
3.4 TIPOS DE OBTURADOR...................................................................................30
3.4.1 OBTURADOR POSTIÇO............................................................................30
3.4.2 OBTURADOR NORMAL OU CONVENCIONAL.........................................31
3.4.3 OBTURADOR DE MACHO.........................................................................32
3.4.4 OBTURADOR DE AGULHA........................................................................33
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3.4.5 OBTURADOR TIPO RETENÇÃO...................................................................34

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3.5 VÁLVULAS DE UMA E DUAS SEDES..............................................................34


3.6 VÁLVULAS DE GLOBO ANGULARES..............................................................36

4.VÁLVULAS DE RETENÇÃO.....................................................................................38
4.1 UTILIZAÇÃO......................................................................................................38
4.2 SISTEMAS DE OBTURAÇÃO...........................................................................39
4.2.1 RETENÇÃO POR OBTURADOR ARTICULADO OU DE CHARNEIRA......39
4.2.2 RETENÇÃO POR OBTURADOR ASCENDENTE.......................................40
4.2.3 RETENÇÃO POR ESFERA........................................................................41
4.3 CONSTRUÇÃO DO OBTURADOR....................................................................42
4.4 TIPOS DE TAMPAS...........................................................................................43
4.5 BRAÇO E CONTRAPESO.................................................................................43

5.VÁLVULAS DE MACHO...........................................................................................45
5.1 TIPOSDEMACHO..............................................................................................45
5.2 LUBRIFICAÇÃO.................................................................................................47
5.3 VÁLVULAS DE ESFERA OU BOLA...................................................................48

6. VÁLVULAS ESPECIAIS...........................................................................................52
6.1 VÁLVULAS DE BORBOLETA............................................................................52
6.2 VÁLVULA “ORBIT”.............................................................................................54
6.3 VÁLVULAS DE MULTIPLAS VIAS.....................................................................55
6.4 OUTRAS VÁLVULAS.........................................................................................55

7. ACCIONADORES DE VÁLVULAS...........................................................................56
7.1 ACCIONADORES MANUAIS.............................................................................56
7.2 ACCIONADORES AUTOMÁTICOS...................................................................58

8. MANUTENÇÃO DAS VÁLVULAS MANUAIS...........................................................65

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1. VÁLVULAS

1.1 DEFINIÇÃO DE FUNÇÕES DA VÁLVULA

As válvulas são elementos de controlo de fluxo em qualquer sistema de fluidos.


As suas funções são:
 Abrir e fechar o fluxo.
 Regular o fluxo ou provocar estrangulamento por mudança de direcção ou
restrição.
 Evitar retomo de fluxo.
 Aliviar e regular pressões.
Uma válvula pode actuar em qualquer uma das três seguintes posições:
 Totalmente fechada, interrompendo o escoamento através de uma linha
fechando a abertura ou saída da mesma.
 Parcialmente fechada permitindo o escoamento parcial do fluido.
 Totalmente aberta permitindo o escoamento máximo de fluido. Quando
parcialmente fechada, dizemos que a válvula está em posição de
estrangulamento.

1.2 COMPONENTES PRINCIPAIS DE UMA VÁLVULA MANUAL

A maioria das válvulas é essencialmente constituída pelos componentes a


seguir indicados.
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Muitas outras válvulas porém, não possuem alguns destes componentes ou


têm outros não referenciados na figura.
Vejamos a finalidade de alguns dos principais componentes:
CORPO — é a parte mais volumosa da válvula, no interior da qual se
movimenta o obturador e da qual ainda fazem parte as
extremidades de ligação.
TAMPA — é a parte colocada por cima do corpo, de modo a formar uma
cavidade perfeitamente estanque. É também a parte da válvula
que se desmonta para se ter acesso ao interior da válvula. A
ligação da tampa ao corpo da válvula, varia de acordo com o tipo
de válvula, podendo ser roscada directamente ao corpo, fixada por
uma porca de uniões, ou aparafusada, o que é mais vulgar na
maioria das válvulas.
OBTURADOR — é a peça destinada a vedar ou regular a abertura de
passagem dos fluidos. Uma haste faz subir ou descer o
obturador, permitindo que o mesmo controle a abertura.
VOLANTE — é destinado a possibilita a subida ou descida do obturador. Está
solidamente ligado à haste da válvula. Quando se roda o
volante, a haste gira e sobe em simultâneo, fazendo com que o
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obturador suba ou desca consoante o sentido de rotação do


volante.
HASTE — é a peça que liga o obturador ao volante, podendo ser de haste
elevatória ou haste não elevatória.
SEDE — é a parte que veda o fluxo, por encosto do obturador no corpo da
válvula.

1.3 TIPOS DE VÁLVULAS

Basicamente existem os seguintes tipos de válvulas:


 Válvulas de cunha ou corrediça.
 Válvulas de globo.
 Válvulas de retenção.
 Válvulas de macho.

Existem também válvulas especiais que são muito conhecidas pela sua função,
configuração e até pelo nome do fabricante.
Eis alguns exemplos:
 Válvula de alívio/segurança.
 Válvula de borboleta.
 Válvula de múltiplas vias.
 Micro-válvula.
 Válvula de esfera.
 Válvula “Orbit”.
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1.4 LIGAÇÕES DE VÁLVULAS

Todas as válvulas são peças sujeitas a manutenção periódica e por essa


razão, desmontáveis dos tubos onde estão intercaladas.
As extremidades de ligação podem ser:
 Flangeadas, as mais comuns.
 Roscadas, para pequ1enos diâmetros.
 Para soldar topo a topo, para altas pressões e temperaturas.

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2. VÁLVULAS DE CUNHA OU CORREDIÇA

2.1 UTILIZAÇÃO

As válvulas de cunha são usadas quando se pretende reduzir ao mínimo a


queda de pressão no fluido.
São especialmente utilizadas quando em operações de:
 Completamente fechadas ou completamente abertas.
 Pequena resistência ao escoamento do fluido.
 Utilização não frequente.
Neste tipo de válvula, quando totalmente aberta, a trajectória do escoamento
do fluido no seu interior, é segundo uma linha recta, isto é, a direcção do escoamento
não sofre alterações ao atravessá-la.
Estas válvulas só devem funcionar completamente abertas ou completamente
fechadas, razão pela qual se chamam válvulas de passagem e não de regulação.

Quando totalmente abertas causam perdas de carga exageradas, laminagem


da veia fluida, acompanhada de violenta corrosão, erosão e cavitação.

2.2 TIPOS DE HASTES

Este tipo de válvulas pode apresentar-se com um dos seguintes três tipos de
haste:
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 Haste ascendente com rosca exterior — OS&Y


 Haste ascendente com rosca interior
 Haste não ascendente com rosca — NSR

2.2.1 HASTE ASCENDENTE COM ROSCA EXTERIOR - OS&Y

A parte roscada da haste da válvula encontra-se na extremidade superior do


lado do volante.

A haste fica roscada numa bucha que é solidária com o volante, sempre que o
volante roda, a bucha roda também.
A outra extremidade da haste está solidamente ligada ao obturador. Por isso
nem a haste nem o obturador podem rodar.

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Ao rodar o volante, a bucha roscada roda também obrigando a haste a subir ou


a descer simultaneamente com o obturador.

A parte da válvula que suporta o volante e a bucha roscada chama-se coluna.


Este tipo de válvula de cunha é conhecida por haste ascendente com rosca
exterior ou “OS&Y” que significa “out side screw and yoke”.
Numa válvula de cunha OS&Y e possível ver pela posição da haste, quando a
válvula está aberta ou fechada.

2.2.2 HASTE ASCENDENTE COM ROSCA INTERIOR

Neste tipo de válvula de cunha, a haste encontra-se roscada na tampa da


válvula.

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Ao rodar o volante a haste sobe ou desce provocando o arrastamento do


obturador que se encontra solidário com a haste.
Este tipo de válvula mantém a rosca da haste protegida, embora o veio da
mesma nâo esteja.
Esta haste é a mais utilizada em válvulas de bronze.

2.2.3 HASTE NÃO ASCENDENTE - ROSCA INTERIOR - NRS

A válvula de cunha com haste não ascendente apresenta a extremidade da


haste roscada no obturador. Neste caso o volante encontra-se solidário com a haste.

A parte da haste que passa através da tampa tem um batente, a que se chama
batente da haste e impede que ela se desloque para cima ou para baixo. A haste
juntamente com o volante tem um movimento de rotação.

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Somente o obturador da válvula enrosca na extremidade da haste, tendo por


isso um movimento de translação.
Se o volante rodar na direcção oposta, a haste desenrosca e o obturador
desce. Neste tipo de válvula a haste não sobe.
Este tipo de válvula de cunha ou corrediça é conhecido por NRS, iniciais das
palavras “non-rising stem”, que significa “haste nao ascendente”.

2.3 MODELOS DE OBTURADORES DE VÁLVULAS MANUAIS

O obturador é a peça da válvula que controla a abertura e o fecho da mesma.


O seu deslocamento é provocado pela haste.

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Quando o obturador desce para impedir todo o escoamento, ele ajusta-se


perfeitamente às sedes.
As sedes e o obturador entram em contacto cada vez que o obturador desce,
isto é, cada vez que a válvula é fechada.
Quando o obturador deixa de estar em contacto com as sedes, ou seja, sempre
que o obturador sobe ou desce, há atrito entre ele e as sedes.
Se existe atrito é sinal evidente de desgaste. Como os líquidos ou gases
podem escoar sob altas pressões, desgastam o material que se opõe ao seu
escoamento.

Das
válvulas

A B

representadas na figura, a válvula em B, está parcialmente fechada, em


estrangulamento. O desgaste da válvula em B, nao é uniforme como facilmente se
conclui. Se o obturador e as sedes se desgastam de uma maneira não uniforme, é
sinal de que não há uma vedação perfeita sempre que a válvula fecha.

2.3.1 OBTURADOR DE CUNHA

O modelo do obturador é variável. O mais frequentemente utilizado, é o


chamado obturador em forma de cunha, “Solid Wedge”.
Este modelo de obturador é constituído por uma só peça. A vedação perfeita
de uma válvula com um obturador em forma de cunha, é conseguida através dum
ajuste perfeito entre o obturador e as sedes.
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Numa válvula com obturador em forma de cunha na posição de fechada, o


caudal de escoamento exerce pressão somente sobre uma das faces do obturador.
A medida que o obturador sobe, o caudal empurra o mesmo contra a sede B.
Esta acção da pressão de escoamento tende a desgastar mais rapidamente uma das
sedes.
Quando a sede B se desgasta para além de um certo limite, e impossIvel uma
vedação perfeita.
Este tipo de obturador é de construção simples e é o mais largamente utilizado.
E recomendado nos casos em que o obturador de discos paralelos possa vibrar com o
escoamento do fluxo.

2.3.2 OBTURADOR DE SEDES PARALELAS

Um outro modelo de obturador é o de sedes paralelas e cunhas, representado


na figura. Este tipo de obturador é constituído por um conjunto de peças.

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Nas válvulas com este tipo de obturador, as sedes paralelas descem ou sobem
entre as duas sedes de vedação.
A seguinte figura mostra que quando a cunha inferior atinge a espera, não é
possível fazê-la descer mais. Se a haste continuar a descer ela força a cunha superior
sobre a cunha inferior e as sedes paralelas são empurradas de encontro as sedes de
vedação.

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Com este tipo de obturador é possível um aperto muito justo. Uma das sedes
pode-se gastar mais do que a outra, tal como se ilustra na figura seguinte, devido ao
apertado ajuste proporcionado pela acção das cunhas. Existe, porém, a vantagem, do
desgaste se verificar somente numa das sedes permitindo assim ainda uma vedação
perfeita.

As sedes são ligadas às cunhas, de forma a poderem rodar quando o


obturador sobe ou desce. Devido à possibilidade de rodarem, o desgaste é mais
uniforme. Ao abrir-se o obturador, a primeira rotação do volante alivia a pressão das
cunhas.
Nalguns casos, a alteração da temperatura e a consequente dilatação dos
tubos pode provocar o empeno do corpo da válvula, provocando tensões violentas no
obturador, que o podem encravar.

Em tais circunstâncias é preferível utilizar-se um obturador de sedes paralelas,


visto que a cunha superior ao ser levantada alivia a pressão entre elas. Assim que a
pressão entre as cunhas é aliviada, as sedes ficam soltas.
Sempre que possa ocorrer um empeno no corpo de uma válvula, é mais fácil
compensar tal empeno com um obturador de sedes paralelas. Mas se o fluido contém
partículas grossas em suspensão, uma vez que um obturador deste tipo é formado por
um conjunto de peças, é maior a possibilidade do obturador encravar, do que se fosse
em forma de cunha. Um obturador de sedes paralelas é indicado para fluidos isentos
de partículas em suspensão.
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Sempre que seja necessário montar uma válvula com o volante na horizontal,
tal como se mostra a seguir, é preferível utilizar-se uma válvula com o obturador em

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forma de cunha, do que um obturador de sedes paralelas. Isto porque, o


funcionamento das sedes é ineficaz.

2.3.3 OBTUADOR DE REBORDOS FLEXÍVEIS

Finalmente, um outro modelo de obturador é o de rebordos flexíveis.

Este obturador é constituído apenas por uma única peça. Uma das vantagens
deste modelo de obturador é a de compensar as tensões criadas, devido por exemplo,
às variações de temperatura ou pressão.
Nestes casos os rebordos flexíveis do obturador cedem minimizando os efeitos
do empeno.
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2.4 TIPOS DE TAMPAS

As tampas das válvulas de cunha podem ser ligadas ao corpo das mesmas por
quatro processos:
 Por união.
 Roscadas.
 Aparafusadas.
 Por abraçadeiras.

2.4.1 LIGAÇÃO POR UNIÃO

Este tipo de ligação é o mais utilizado em serviços rudes. É uma ligação mais
forte e segura que a ligação roscada.

2.4.2 LIGAÇÃO ROSCADA

É o tipo de ligação mais simples. É utilizada em serviços de baixa pressão,


onde choques ou vibrações não se verificam.
Apresenta o perigo de acidentalmente se desenroscar. Não é aconselhável em
serviços que se torne necessário proceder à desmontagem frequente da válvula.
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2.4.3 LIGAÇÃO APARAFUSADA

Estas válvulas são as de mais fácil desmontagem com chaves de bocas


convencionais.
As flanges podem ser lisas ou com ressalto macho-fêmea.

2.4.4 LIGAÇÃO POR ABRAÇADEIRA

É uma versão modificada da ligação roscada, na qual um grampo ou


abraçadeira abraça o corpo da válvula.
Este tipo de ligação está muito generalizado, devido à sua facilidade de
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desmontagem para limpeza e reparação. São robustas e económicas.

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2.5 APLICAÇÕES

As válvulas de haste tipo OS&Y são recomendadas quando os fluidos são


corrosivos, têm alta temperatura ou possam conter substâncias sólidas capazes de
danificar a haste. Normalmente as válvulas de maiores dimensões usam este tipo de
haste.
As válvulas de haste tipo NRS têm a vantagem de requererem um espaço
mínimo para operarem, uma vez que a haste não se desloca fora da válvula. Contudo,
a corrosão, erosão e partículas sólidas podem afectar a rosca da haste no interior da
válvula e causar desgaste excessivo. Com este tipo de haste é também impossível
determinar a posição do obturador. Os seguintes desenhos mostram dois tipos de
válvulas de cunha muito utilizadas nas cabeças dos poços.

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3.VÁLVULAS DE GLOBO

3.1 UTILIZAÇÃO

A grande utilidade destas válvulas está na sua capacidade de regular ou


estrangular, a passagem de um fluido numa conduta, desde a obturação total até à
capacidade máxima de passage. É, por assim dizer, uma válvula de regulação por
excelência.

Podem funcionar com a haste em qualquer posição, desde completamente


fechadas, até completamente abertas. Todavia, causam enormes perdas de carga,
devido à mudança de direcção de fluidos através da válvula e consequente
turbulência. Estas válvulas produzem assim uma grande resistência à passagem do
fluido, que se traduz numa grande queda de pressão.
A utilização deste tipo de válvula é recomendada para os seguintes serviços:
 Regulação ou estrangulamento do fluido;
 Operação frequente;
 Aumento da resistência à passagem do fluido.

3.2 TIPOS DE HASTE

Como vimos anteriormente nas válvulas de cunha, a haste apenas serve para
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fazer subir e descer o obturador que é conduzido ao seu lugar pelas sedes de

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vedação. Nas válvulas de globo porém, a haste além de fazer baixar e subir o
obturador também o guia sobre a sede de vedação.
Tal como nas válvulas de cunha, a haste pode ser do seguinte tipo:
 Haste ascendente com rosca interior.
 Haste ascendente com rosca exterior (OS&Y).

O primeiro tipo de haste está generalizado nas válvulas de bronze. São de


construção mais simples. A rosca da haste está parcialmente protegida, na medida em
que está encaixada na rosca da tampa da válvula.
O segundo tipo de haste, haste OS&Y, é utilizado em válvulas de grandes
dimensões, incluindo as válvulas de bronze com flanges. Este tipo de construção, faz
com que a rosca da haste fique afastada do calor e condições corrosivas, existentes
no interior das válvulas. Permite também que a rosca da haste seja limpa e lubrificada
com facilidade.

3.3 TIPOS DE TAMPAS

As válvulas de globo possuem três tipos de tampas: tipo união, roscada e


aparafusada.

3.3.1 TAMPA TIPO UNIÃO

Este tipo de tampa é preferível em válvulas de bronze, em que se toma


necessário a substituição frequente dos obturadores, portanto em utilizações em que
se prevê a desmontagem e montagem frequente da válvula.
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3.3.2 TAMPA ROSCADA

Este tipo simples de tampa é utilizado em válvulas de bronze, onde apenas se


trabalha com baixas pressões e temperaturas.

3.3.3 TAMPA APARAFUSADA

São as mais utilizadas em trabalhos pesados. Todas as válvulas que tenham


flanges, seja qual for o material utilizado na sua construção, são deste tipo.
Uma junta de vedação, veda a junta tampa-caixa deste tipo de válvula.

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3.4 TIPOS DE OBTURADOR

Existem vários tipos de obturadores neste tipo de válvula:


 Obturador postiço.
 Obturador normal ou convencional.
 Obturador de macho.
 Obturador de agulha.
 Obturador tipo retenção.
Vejamos agora mais em pormenor as diferenças e utilizações destes tipos de
obturadores.

3.4.1 OBTURADOR POSTIÇO

Este tipo de obturador é composto por material macio, normalmente teflon, o


que é especialmente indicado para vedação completa de fluidos gasosos. Apesar
desta aplicação especial, este tipo de obturador é também indicado em casos gerais
de fluidos como vapores, água, gasolina e outros idênticos. Não é contudo
recomendado para aplicações severas de estrangulamento.

Quando a válvula está completamente fechada o obturador postiço permite


uma vedação completa por contacto directo com o material macio do teflon ou outro do
mesmo tipo.
Por vezes, os fluidos possuem partículas sólidas em suspensão que podem
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eventualmente alojar-se na sede de vedação ou no obturador da válvula, como mostra


a figura seguinte.

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Esta acumulação de partículas, poderá eventualmente ocasionar a vedação


incompleta da válvula. Contudo, com este tipo de obturador e desde que as partículas
sejam pequenas, podem acomodar-se facilmente ao obturador macio, permitindo uma
vedação completa e correcta.
Estes obturadores são de fácil substituição e manutenção.

3.4.2 OBTURADOR NORMAL OU CONVENCIONAL

A pequena superfície de apoio deste tipo de obturador na sede de vedação,


está especialmente desenhada para fluidos com tendência a criarem depósitos de
calcário, ou qualquer outro com o tempo. O obturador poderá vir a ser rectificado.

Válvulas com este tipo de obturador são disponíveis em bronze ou outro


material anti-corrosivo, dependendo das condições de serviço. Existem também em
ferro fundido e aço com vários tipos de acabamento.
A menor superfície de contacto entre o obturador e a sede de vedação diminui
a probabilidade de bloqueamento do obturador por partículas em suspensão e provoca
em parte o esmagamento das mesmas.
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3.4.3 OBTURADOR DE MACHO

Este é o tipo de obturador mais utilizado na indústria petrolífera. Este obturador


tem a forma de um tronco ou cone.

A sede de vedação possui, na parte central, uma cavidade cónica condizente


com a conicidade do obturador.
Este tipo de válvula, seja de bronze ou de aço, com obturador e sede em aço
inoxidável endurecido, oferece a máxima resistência ao desgaste por fricção, erosão,
abrasão e corrosão.
O fluido pode conter pequenas partículas abrasivas em suspensão que atacam
o obturador. Se a corrosão ou as fendas provocadas nele não forem demasiadamente
grandes, toma-se assim possível uma boa vedação.
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Com este tipo de obturador, é ainda possível proceder a uma vedação perfeita
da válvula, mesmo que a mesma venha a ser sujeita a um forte escoamento em
posição de estrangulamento.
O obturador tipo macho é pois, geralmente utilizado, em trabalhos em que a
válvula é sujeita a estrangulamentos severos.

3.4.4 OBTURADOR DE AGULHA

Este tipo de obturador, utiliza-se em válvulas para regulações precisas de fluxo,


como seja as válvulas requeridas em instrumentação.
São comuns as válvulas de bronze nos tamanhos de 1/8” a ¾”, com obturador
de agulha solidário com a haste.
O obturador tem a particularidade de poder deslizar ao longo da haste.

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3.4.5 OBTURADOR TIPO RETENÇÃO

As válvulas com este tipo de obturador, possuem a dupla característica de


poderem funcionar como válvulas de globo e válvulas de retenção.

Válvulas com este tipo de obturador não têm grande aplicação.

3.5 VÁLVULAS DE UMA E DUAS SEDES

As válvulas de globo, podem ser encontradas com uma única, ou com dupla
sede de vedação.
A dupla obturação tem vantagens por permitir que um dos obturadores actue
no sentido do fluxo, enquanto o outro actua contra o fluxo.
Apesar de este processo não remediar todos os problemas da vibração,
consegue-se com ele uma melhor distribuição das forças dentro da válvula, do que um
com um único obturador. Isto significa que uma válvula com obturador duplo, poderá
actuar contra uma pressão maior, que idêntica válvula de um único obturador.

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Por outro lado, a válvula com uma única sede permite melhor vedação,
especialmente se tiver um obturador postiço de “teflon”, neopreno ou Buna N.
Nunca se deverá esperar uma vedação perfeita, com as válvulas de dupla
sede. Estas apresentam até algumas desvantagens, no controlo de fluidos a altas
velocidades.
Nas válvulas de dupla sede, os dois obturadores estão montados na haste.
Existe uma longa variedade destes obturadores. A seguinte figura mostra três dos
tipos mais correntes.
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A utilização de cada um deles depende das características das válvulas que


são fornecidas pelo fabricante.

3.6 VÁLVULAS DE GLOBO ANGULARES

Além da válvula de globo normal, que não introduz mudança na direcção do


fluxo do fluido, existe também a válvula de globo angular. Nesta válvula a direcção de
escoamento à saída da da válvula, não está na mesma direcção do escoamento de
entrada.
Normalmente forma um ângulo de 90º.

Com este tipo de válvula o fluido tem menor alteração no seu percurso dentro
da válvula e por isso mesmo os efeitos de turbulência são menores que numa válvula
de globo normal.
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Contudo, esta variante de válvula de globo, tem uma aplicação bastante


restrita, porque em princípio as válvulas não devem estar sujeitas ao mesmo tipo de
esforços a que as curvas e joelhos estão submetidos. Estas válvulas só se devem
utilizar numa extremidade livre da linha, principalmente se se trata de sistemas de
vapor.

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4.VÁLVULAS DE RETENÇÃO

4.1 UTILIZAÇÃO

Este tipo de válvula permite apenas o escoamento num único sentido,


fechando-se automaticamente por diferença ou queda de pressão na linha exercida
pelo fluido, em consequência do próprio escoamento. Sempre que houver tendência
para a inversão no sentido do escoamento do fluxo, fecha-se automaticamente.

Utilizam-se estas válvulas sempre que se queira impedir, num sistema de


fluidos, a possibilidade de retorno do fluido, por inversão de direcção do escoamento.
Como todas as válvulas, estas também provocam perdas elevadas de carga,
pelo que só se devem utilizar em casos indispensáveis, tais como em linha de
compressão, imediatamente a seguir a bombas ou recipientes pressurizados. Neste
caso as válvulas evitam a possibilidade da acção de compressão noutras bombas ou
recipientes sem carga. São também utilizadas em linhas de compressão para
reservatórios situados em pontos elevados.
Neste caso, evita-se o retorno do fluido, no caso de uma paragem súbita da
bomba.
Em linhas montadas na vertical, este tipo de válvula só deve ser montada se o
sentido de escoamento for ascendente, de forma a que a força da gravidade exerça a
sua acção no sentido de a manter fechada.
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4.2 SISTEMAS DE OBTURAÇÃO

Existem três sistemas de obturação, neste tipo de válvulas:


 Retenção por obturador articulado ou de charneira.
 Retenção por obturador ascendente.
 Retenção por esfera.

4.2.1 RETENÇÃO POR OBTURADOR ARTICULADO OU DE CHARNEIRA

Este tipo de obturador é utilizado quando:


 Se pretende uma resistência mínima no escoamento.
 A velocidade de serviço de escoamento é pequena, especialmente se tratar de
líquidos.
 Quando as possíveis mudanças na direcção de escoamento, não são
frequentes.
 Utilizadas em conjunto com válvulas de cunha ou corrediça.
Nesta válvula, o obturador está ligado ao corpo da válvula por um braço com
um eixo. O conjunto braço-eixo, permite que o obturador balance de forma a afastar-se
ou aproximar-se da sede de vedação.
Neste tipo de válvula, o fluido só escoa quando existe uma queda ou diferença
de pressão entre montante e jusante do obturador.
A pressão a montante tem de ser superior à pressão a jusante, para que se dê
a circulação do fluido.

Se a pressão a jusante for superior à pressão a montante, o obturador fecha a


válvula, como se mostra na figura anterior, à direita.
O escoamento através duma válvula de retenção com obturador articulado,
processa-se praticamente em linha recta, o que origina, pequena turbulência, se
compararmos com os outros tipos de válvulas de retenção.
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4.2.2 RETENÇÃO POR OBTURADOR ASCENDENTE

Este tipo de obturador é utilizado quando:


 Existem frequentes mudanças de direcção.
 Se pretende aumentar a resistência de escoamento do fluido.
 Prevenir o refluxo do fluido.
 Utilizadas juntamente com válvulas de globo e válvulas em ângulo.

Tal como sucedia com o tipo de obturador mencionado no parágrafo anterior,


também aqui se torna necessário que a pressão a montante seja superior à pressão a
jusante, para que um fluido possa circular através desta válvula.
Este tipo de obturador tem liberdade de se deslocar verticalmente. Se a
diferença de pressão entre a montante e a jusante não é suficientemente grande que
consiga vencer a pressão exercida pelo próprio peso do obturador, ou se a pressão a
jusante é superior a pressão a montante, o obturador cola-se à sede de vedação,
cortando o escoamento do fluido.
Como o funcionamento correcto destas válvulas assenta no peso do obturador,
significa que se a válvula for utilizada numa posição vertical não funcionará.

Com efeito se houver inversão do fluxo (de B para A), não há nenhum
mecanismo que possa actuar no obturador de forma a comprimi-lo contra a sede de
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vedação.

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Existem porem válvulas deste tipo preparadas para trabalharem na posição


vertical, embora neste caso tenham uma configuração especial, como se mostra a
seguir.

Repare-se que nas válvulas de retenção com este tipo de obturação, o


escoamento do fluido sofre turbulência idêntica à das válvulas de globo.

4.2.3 RETENÇÃO POR ESFERA

Podemos considerar este tipo de retenção, como um caso particular da


retenção por obturador ascendente, em que o mesmo é uma esfera. O princípio de
funcionamento é igual, bem assim como as aplicações.

Existem também dois modelos para aplicações na posição horizontal e na


posição vertical.
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4.3 CONSTRUÇÃO DO OBTURADOR

Seja qual for o sistema de obturação utilizado numa válvula de retenção, o


obturador pode ser metálico ou postiço.

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O obturador postiço é recomendado para vedações mais perfeitas, ou para


funcionamento a pressões mais baixas.

4.4 TIPOS DE TAMPAS

Tal como para outros tipos de válvulas existem:


 Tampas roscadas.
 Tampas aparafusadas.
 Tampas tipo união.

As tampas tipo união não são geralmente utilizadas nas válvulas de retenção
com obturador articulado.

4.5 BRAÇO E CONTRAPESO

As válvulas de retenção com obturador articulado podem possuir exteriormente


um braço com contrapeso. Este sistema está acoplado ao eixo de articulação do
obturador, em válvulas de 2 ou mais polegadas e tem por finalidade facilitar a
actuação mais rápida, mais sensível ou somente de uma pressão pré-fixada, do
obturador.
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5.VÁLVULAS DE MACHO

Estas válvulas, tal como as válvulas de cunha, são utilizadas como válvulas de
passagem e não como válvulas de estrangulamento.
Na posição de parcialmente abertas ou fechadas, a pressão do próprio fluido
leva-as à posição de totalmente abertas ou fechadas. Sobre as válvulas de cunha, têm
contudo a vantagem de ocupar menos espaço, serem de operação simples e fecho
rápido, basta um quarto de volta para as fechar completamente e possuem as
características de vedação do macho cónico.

As válvulas de macho são ainda recomendadas para fluidos que contenham


partículas sólidas em suspensão.
São normalmente lubrificadas, com lubrificante adequado para reduzir o atrito
entre o macho e a sede de vedação, melhorar a sua vedação e evitar que o macho
fique “colado” à sede.

5.1 TIPOSDEMACHO

A peça da válvula que proporciona a sua abertura e fecho chama-se macho.


Esta encontra-se colocada no corpo da válvula e é formada por uma só peça, que
contém o orifício de passagem.
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O macho possui uma forma de tronco-cónico e o orifício de passagem pode-se


apresentar com diferentes tipos de abertura, desde um orifício redondo, cuja secção é
100% da secção da conduta de escoamento, até orifícios com formato rectangular a
70% ou 40% da secção da conduta de escoamento.

Em qualquer dos casos, o orifício de passagem do macho, está perfeitamente


centrado com o eixo da linha de conduta. Desta forma, quando completamente aberta,
esta válvula oferece uma passagem ao escoamento sem desvio, com o mínimo de
turbulência e resistência.
A válvula de macho apresenta pois, uma queda de pressão menor ao
escoamento do que a válvula de globo.
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5.2 LUBRIFICAÇÃO

Para uma vedação perfeita desta válvula, o macho e o corpo da válvula devem
ajustar-se perfeitamente. Embora seja necessário um ajuste perfeito, o macho deve
ser suficientemente livre de forma a poder rodar.
Todas as vezes que o macho é rodado, surge atrito entre si e o corpo da
válvula. Este atrito pode provocar desgaste no macho e no corpo da válvula. Se o
desgaste provocado pelo macho for excessivo, poderá ficar frouxo e tornar
impraticável uma vedação perfeita.
Existem válvulas de macho lubrificadas e outras que o não são.
As válvulas lubrificadas estão protegidas contra o atrito, e a película de
lubrificação usada ajuda, ainda, a melhorar a vedação da válvula.
As válvulas lubrificadas são usadas quando:
 Se pretende melhorar a vedação com o próprio lubrificante.
 Em operações rápidas.
 Se pretende que a rotação do macho ajude a limpeza de incrustações e
material estranho, que eventualmente se acumule no interior da válvula.
 Se pretende que o lubrificante ajude a impedir a formação de incrustações.
 A temperatura da operação não é impedimento.
As válvulas não lubrificadas são utilizadas quando:
 A vedação completa da válvula pode ser obtida através de sedes resilientes.
 Em operações rápidas.
 Em gamas muito grandes de temperatura.
 Apropriadas para utilização em fluidos, que podem criar finos depósitos de
lama, não colam.
 A utilização de lubrificantes toma os custos de manutenção mais baixos.

A figura da página a Seguir, mostra uma válvula de macho lubrificada, Rockweel-


Nordstrom.
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No topo da haste existe um copo de lubrificação, cuja finalidade é a de permitir


a introdução do lubrificante no macho. O macho possui canais de lubrificação para a
distribuição correcta do lubrificante, por toda a superfície de contacto do mesmo com a
sede.
A lubrificação deste tipo de válvula deve ser frequente e com o lubrificante
recomendado pelo fabricante da válvula.

5.3 VÁLVULAS DE ESFERA OU BOLA

Dá-se o nome de válvula de esfera ou válvula de bola às válvulas em que o


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macho tem a configuração de uma esfera ou bola e é atravessado longitudinalmente

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por um furo. São utilizadas para fecho e abertura total do fluxo. São fáceis e rápidas
de actuar, fáceis de reparar e de baixo custo de manutenção.

Podem ter um Venturi e permitir ou não a redução total do fluxo.


As limitações nas suas utilizações quanto à temperatura de trabalho estão
apenas relacionadas com o tipo de material utilizado na sede de vedação.

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6. VÁLVULAS ESPECIAIS

Além dos tipos de válvulas anteriormente vistos, existem também uma série de
outros tipos especiais, com aplicações próprias, cujo funcionamento é essencialmente
idêntico às válvulas já estudadas.
Não iremos ver agora em pormenor a constituição e modo de funcionamento
de cada uma delas, na medida em que o funcionamento e estudo de algumas, se
encontra mais apropriado quando na descrição da finalidade e funcionalidade do
equipamento, a que elas estão associadas.

6.1 VÁLVULAS DE BORBOLETA

Este tipo de válvula é utilizada em escoamentos de baixa pressão.

Usualmente não tem aplicações em vedações rigorosas. Contudo, com a


utilização de sedes de vedação resilientes, alargou-se a possibilidade de se
conseguirem tais vedações.
São fáceis de instalar e de relativamente baixo custo.
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A haste desta válvula possui uma ranhura helicoidal ao longo do seu eixo,
permitindo o afastamento da esfera da sede de vedação antes de iniciar a sua rotação
propriamente dita.
Isto permite a eliminação dos atritos normalmente existentes entre o obturador
e as sedes das válvulas do tipo cunha ou macho.

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6.2 VÁLVULA “ORBIT”

É uma válvula especial tipo macho, em que a retenção é feita por uma esfera
metálica. Esta esfera é atravessada longitudinalmente por uma abertura que na
posição de aberta oferece o caminho de passagem através da válvula.

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6.3 VÁLVULAS DE MULTIPLAS VIAS

São válvulas tipo macho em que o obturador deixa de ser atravessado


longitudinalmente por um furo.
O orifício através do obturador pode fazer um ângulo de 90º ou ter uma
configuração em T, dependendo da aplicação da válvula.

6.4 OUTRAS VÁLVULAS

Tal como dissemos na introdução deste capítulo, seria exaustivo estar a


mencionar todos os tipos de válvulas especiais existentes e de maior aplicação no
ramo dos petróleos. Por isso serão vistas, na medida em que se tornar oportuno,
outros tipos especiais de válvulas tais como, válvulas de segurança e alívio, micro-
válvulas, válvulas de diafragma, etc..
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7. ACCIONADORES DE VÁLVULAS

Há uma grande variedade de accionadores, utilizados na manobra de válvulas.

Podemos distinguir dois tipos de accionadores:

 Accionadores manuals.

 Accionadores mecânicos.

Vejamos em pormenor cada um destes tipos.

7.1 ACCIONADORES MANUAIS

O accionamento manual das válvulas, como o seu próprio nome sugere, indica
que as mesmas são manobradas manualmente pelo operador de serviço.

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A actuação do operador, pode fazer-se directamente no volante da válvula,


através de uma corrente, parafuso sem-fim, sistema de engrenagem ou qualquer outro
dispositivo mecânico similar.
A aplicação de cada um destes tipos, depende da localização de trabalho da
válvula relativamente à posição de trabalho do operador, bem assim como do esforço
necessário à operação de manobra da válvula, entre outros.
Podem existir circunstâncias de operação, em que se tome necessário
proceder à extensão da haste, de forma que a válvula possa ser convenientemente
manobrada pelo operador, quer a válvula esteja a ser usada em condutas de fluidos a
baixas temperaturas, ou criogénicos, quer as válvulas se encontrem enterradas no
chão.

É frequente encontrar válvulas que possuem um sistema indicativo de


percentagem de abertura ou fecho a que se encontra a actuar o obturador,
relativamente à capacidade total da válvula.

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Este sistema é também vulgar nas válvulas de controlo automático, portanto


não manuais.

7.2 ACCIONADORES AUTOMÁTICOS

Em locais inacessíveis à manobra por parte dos operadores, que exigem


grande esforço mecânico do operador, ou constantes e irregulares ajustes, torna-se
necessário recorrer a dispositivos mecânicos que cumpram a operação de manobra
das válvulas.
Estes accionadores podem ser:
 Eléctricos.
 Hidráulicos.
 Pneumáticos.
As válvulas automáticas, isto é, que dispensam a intervenção do operador,
possuem geralmente um dos dispositivos atrás mencionados.
O sistema accionador adaptado, depende das condicoes de serviço existentes
no local de operação. Por exemplo, numa área em que existem vapores explosivos,
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qualquer dispositivo que possa provocar faísca é perigoso.

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Nestas circunstâncias um accionador com motor eléctrico não é recomendável.


Em suma, um accionador mecânico é sempre seleccionado atendendo a
razões de acesso, segurança e rapidez de accionamento. As válvulas accionadas
mecanicamente são sempre de actuação mais rápida que as válvulas manuais.

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Alguns tipos de accionadores mecânicos mais utilizados nas operações


petrolíferas serão estudados oportunamente, quando forem estudados os sistemas
nos quais estão inseridos.
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8. MANUTENÇÃO DAS VÁLVULAS MANUAIS

A circulação de alguns fluidos, principalmente de líquidos que contêm


partículas em suspensão, provoca depósitos que podem obstruir as válvulas.

Se se verificar uma acumulação de depósitos, por exemplo no ponto “A” a


válvula poderá não fechar. Se a acumulação se fizer na zona da tampa, ponto “B”, a
válvula poderá não abrir completamente.
É nestas circunstâncias que na maioria das vezes se torna necessário a
intervenção do técnico de manutenção, para solucionar a respectiva anomalia.
Contudo, para isso toma-se necessário desmontar a válvula, e aproveita-se a
altura para beneficiar todos os seus componentes. Todo o componente que apresente
indícios de desgaste ou deterioração, deve ser substituído.
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Poderá suceder que a haste de uma válvula se desaloje do obturador, ou se


parta.

Sempre que tal sucede, é necessário proceder à reparação ou substituição da


válvula, uma vez que o obturador não se desloca quando a haste roda.
Se se optar pela reparação da válvula representada na figura anterior, sem a
desmontar, há necessidade de fazer subir o obturador e removê-lo para o exterior,
pela tampa da válvula. A intervenção é delicada e ate morosa pelo que deve ser feita
por um técnico devidamente qualificado.
Nas válvulas com hastes ascendentes, uma das avarias mais frequentes é a
fractura da bucha roscada da haste, evitando assim a possibilidade de abertura da
válvula.

Neste caso deve-se sempre que possível, substituir a bucha roscada da haste.
Contudo, em caso de emergência em que há necessidade de manter a válvula
na posição de aberta e não é possível proceder à sua reparação, é necessário instalar
por cima da válvula um guincho ou um aparelho de corrente e ligá-lo à haste, como
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mostra a figura. Accionando o aparelho este faz subir a haste, que por sua vez desloca
o obturador, até que a válvula atinge a posição de completamente aberta.

Nas válvulas com hastes não ascendentes uma das avarias mais comuns é a
fuga no bucim. Vejamos como se deve actuar neste caso.

Como todas as válvulas que possuem hastes, existe um bucim cujo o interior é
cheio com voltas de empanque, ou vedantes apropriados.
A principal causa deste tipo de fugas é a deterioração do empanque do bucim.
Para a substituição propriamente dita do empanque, é necessário desapertar a
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porca de fixação do cubo do volante, retirar o volante, desapertar os parafusos da

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coroa do bucim, remover o empanque a ser substituído e limpar a caixa de estofo e a


parte da haste em contacto com o empanque.

Para montar as voltas de empanque novas, é conveniente seguir as instruções


da desmontagem mas por ordem inversa.
As voltas de empanque devem ser cortadas no comprimento exacto e
dispostas de tal forma que os cortes estejam uniformemente desfasados em relação
as voltas dos empanques anteriores. Apôs a montagem do empanque na caixa do
estofo, ele é comprimido pela coroa do bucim, que serve também de tampa ao bucim.
As fugas que a partir de agora se verifiquem à volta da haste são devidas a
vedação imperfeita do empanque. Há que eliminá-las tornando a comprimir mais um
pouco as voltas do empanque, mas tendo o cuidado de não apertar em excesso, para
que a haste rode suavemente, caso contrário ficará presa.
Por vezes, em caso de emergência, é necessário reparar uma fuga existente
numa válvula, sem que se tenha de desmontá-la. Faz-se de seguida, referência a três
tipos distintos de reparação e aos métodos correctos de intervenção.
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No caso representado na figura, pode verificar-se uma fuga na haste da


válvula. Aqui para proceder a reparação da fuga, tem que se substituir as voltas do
empanque.
Para que esta intervenção se faça com segurança e evitar possíveis derrames
de fluido, há que abrir completamente a válvula, de forma que a extremidade inferior
da haste e a bucha roscada da haste, encostem perfeitamente como mostra na figura
e proceder então a substituição das voltas de empanque, de acordo com as indicações
já descritas anteriormente.
Este tipo de encosto, vedação, pode ser perigoso e não tem aplicação em
todos os tipos de válvulas. Só se deve recorrer a ele em casos de extrema
emergência.
Um outro tipo de fugas que uma válvula pode apresentar quando em serviço,
são assinaladas na figura seguinte.
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Aqui a intervenção de manutenção parece a primeira vista ser simples, sendo


por vezes suficiente apertar os parafusos da junção em que se verifica a fuga, de
forma a eliminá-la. Assim, para a fuga “B” apertam-se os parafusos que ligam o corpo
e a tampa da válvula. Para a fuga “C” aperta-se a coroa do bucim.
Se as fugas não se eliminarem com o simples aperto das junções, tem que se
substituir as juntas de vedação tanto em “A” como em “B” e às voltas de empanque em
“C”.
Se a válvula apresentar fugas somente entre a tampa e o corpo e o aperto dos
parafusos não as eliminarem, estas poderão ser eliminadas soldando uma cinta de
metal em torno da junção, ou uma cinta de borracha em metal ajustável com parafuso
e porca.
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Se a fuga for de hidrocarbonetos, a cinta não pode ser soldada, mas deverá
utilizar-se a segunda solução.

Como operador consciente que é, proceda frequentemente à lubrificação da


haste, roscas e vedantes. Siga as instruções dadas pelo fabricante da válvula a este
respeito.
Proceda a inspecções periódicas. Esta é de facto a melhor das operações
preventivas.
Verifique o estado de aperto dos parafusos e, em todos os casos use sempre a
ferramenta apropriada.

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