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DE UMA MENTE”
Talvez tenha sido esse, um dos pontos do documentário que mais me chamou
atenção, essa exposição de um Freud real, humano, que erra, que se contradiz e que se
aproxima das vulnerabilidades humanas.
Outro aspecto que me chamou a atenção e que cabe destacar aqui é o interesse que
Freud tinha pela interpretação de sonhos desde a sua infância, pois, mesmo ainda criança,
fazia anotações de seus sonhos em um caderno pessoal e como já sabemos, esse interesse
levou Freud a desenvolver uma epistemologia de interpretação dos sonhos dentro da
psicanálise, que pode ser acessada por meio de sua obra: A interpretação dos sonhos.
Além disso, outro ponto que me chamou bastante atenção é o fato de aos 12 anos
de idade, ele já falar seis linguas diferentes, nos revelando seu comprometimento desde
muito cedo com o conhecimento e seu condicionamento para a obtenção do mesmo.
Todas essas curiosidades da vida de Freud nos aproximam de sua trajetória pessoal
e da construção de sua carreira enquanto exímio pesquisador e intelectual que foi. Nesse
sentido, um dos pontos mais notáveis do documentário para mim, foi à participação de
diversos especialistas sobre a vida e obra de Freud, para comentar a respeito do mesmo,
como por exemplo: o psicólogo e historiador Joe Aguayo; o diretor executivo dos
arquivos de Freud, Dr. Harold P. Blum; o psicanalista Dr. Léo Rangell e os importantes
depoimentos dos próprios netos de Freud, Walter e Sophie Freud.
Um ponto importante a se pensar, que me sobreveio enquanto eu assitia ao
documentário, é a respeito de como a psicanálise passou por transformações ao longo da
História, e até mesmo o perfil de pacientes que procuram a psicanálise se expandiu e se
modificou.
Se no período de seu desenvolvimento, a psicanálise atendia majoritariamente a
necessidade das mulheres que sofriam de histeria, por meio de uma série de métodos, que
iam desde a hipnose, no qual Freud aplicou por um tempo, mas não obteve êxito,
desevolvendo, a partir de então, a cura pela fala, por meio do qual verificou-se a
possibilidade de análise e interpretação do incosciente; nos dias atuais, a demanda de
pacientes com histeria foi subtituída por questões do nosso tempo, como uma infinidade
de doenças psicossomáticas, que nos revelam que a psicanálise não almeja ser uma ciência
cristalizada e absoluta, mas em constante trasnformação e em profunda relação com as
demandas contemporâneas a ela.
Isso fica claro na obra de Zimernan (2007), ao apontar:
Referência Bibliográfica: