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• Dignidade do saber:
incorporação à vida
(Abstração x Força).
I Congresso Mundial de
Logoterapia (1980): culto
à personalidade?
- De que liberdade
estamos falando?
• Reino do POSSÍVEL
(domínio do PODER-
SER, do
FACULTATIVO).
Zilles, 1995, p. 14
Mas a vida humana não significa nunca
viver factualmente e sim, sempre, viver É a própria condição de
facultativamente! E isso, por sua vez, liberdade que configura o
significa viver dentro das próprias
possibilidades, viver ‘adiante de si
homem como capaz de
mesmo’ (Heidegger). Essa forma de viver, distinguir possibilidades em
que é adequada ao homem e que só cabe cada situação específica de
a ele, é chamada de existência. A vida e de decidir-se por uma
existência, falando como Jaspers, não é delas a cada instante
simplesmente assim, mas é um ‘viver que (PEREIRA, 2021): “À
decide’, a existência é um viver que condicionalidade factual do
continuamente decide o que ele é. Uma homem se deve contrapor sua
análise existencial tem de
necessariamente aceitar essa forma
incondicionalidade
especial e própria da existência humana, facultativa” (FRANKL, 1978, p.
se ela quiser ter uma visão da essência 70
inteira do homem e não deformada
(FRANKL, 1991, p. 214).
Elisabeth Lukas, importante logoterapeuta, conceitua
o reino do real como o conjunto de todas as
possibilidades atualizadas até o presente: “o reino do
real é idêntico ao que é” (LUKAS, 1989b, p. 155). O
domínio do possível se revela como o “pré-estágio do
ser”, enquanto o conjunto tanto de todas as
possibilidades que se realizarão, incorporando-se ao
ser, quanto das possibilidades que – perdidas suas
condições de atualização – fluirão para o nada, o qual
se caracteriza como o não-possível: o que nunca
figurou como possibilidade e os possíveis que, no
fluxo do tempo, não se atualizaram (PEREIRA, 2021).
Eu, Robô Trailer Oficial.webm
TRAILER
https://youtu.be/eDnwiQN3zfI
Diagnóstico: conflito
no “cérebro
positrônico”.
As 3 leis foram
programadas ou não?
Responsabilidade /
imputabilidade:
existência das 3 leis –
possibilidade de
escolha sobre segui-las
ou não..
“Entre estímulo e
resposta, existe um
espaço. Nesse espaço,
encontra-se o poder de
escolher nossa
resposta. Em nossas
respostas, residem
nosso crescimento e
nossa felicidade”
(PATTAKOS, 2004, p.
8).
A estrutura do meio (ou seja, a conformação daquilo que o animal
perceberá como seu mundo) é ajustada às suas especificidades
fisiológicas e à rigorosa unidade de função composta por sua
estrutura sensório-pulsional: o que não for interessante aos instintos
e às pulsões não é, cognitivamente, dado ao animal.
Herdabilidade do espírito?
BIOLOGISMO: pré-pan-determinismo do biológico e “asfixia” do espiritual.
• O que se fez
com as
disposições
inatas?
Proporção da variação fenotípica
(traço específico) atribuível à
variação genotípica: proporção da
variabilidade total observada numa
determinada característica que
pode ser atribuída à variabilidade
genética.
Genética comportamental:
herdabilidade (exemplo:
extroversão – 0,5/0,6 /
neuroticismo – 0,3 a 0,5).
Aquilo que a biologia dispôs enquanto inclinação
inata – a astúcia – se fez presente em ambos os
irmãos, mas, em si mesma, mostrou-se neutra
quanto às decisões que cada um tomou. Estas
não foram determinadas pela constituição
genética em si, mas, sim, pela liberdade
individual de escolher deste ou daquele modo.
Para além desse domínio de determinação, existe
a faculdade de decisão do homem, capacidade
esta que “o eleva e o projeta além de suas
contingências” (PEREIRA, 2021)
O mesmo se passa com as inclinações
genéticas “não-mórbidas”, como no caso de
um talento. Este pode ser herdado, mas a
decisão sobre o tipo de uso que se fará dele
compete à pessoa espiritual, não à
predisposição em si: “Vemos, portanto, outra
vez, como o destino, o destino hereditário,
pouco significa em si: o que ‘o destino pôs’,
o homem tem, primeiramente, que dispor.
Ele tem que dispor ainda das disposições”
(Frankl, 1978, p. 173, grifos nossos).
Talvez também suceda que as características
hereditárias em si mesmas não signifiquem nenhum
valor ou desvalor, mas que nós podemos transformar
uma disposição inata em qualidade positiva ou
negativa. Se assim for, razão tinha Goethe também
sob os aspectos biológico e psicológico e sob o
aspecto da pesquisa da hereditariedade, quando, em
sua obra ‘Wilhelm Meisters Wanderjahren’, diz: ‘Por
natureza, não possuímos nenhum defeito que não
possa tranformar-se em virtude, e nenhuma virtude
que não possa transformar-se em defeito” (FRANKL,
1990, p. 143).
TRAILER:
https://www.youtube.com/watch?v=V
Kqd4hQmTFY
A imagem que Frankl evoca
para a relação entre a
pessoa e seu corpo é a do
pianista frente ao piano. A
pessoa espiritual se
comporta, face ao próprio
organismo, de modo
análogo ao músico com
relação ao seu instrumento:
“Uma sonata não pode ser
tocada sem piano nem sem
pianista” (Frankl, 1978, p.
117).
Em que pese tal deficiência na analogia, o
pensador austríaco considera a imagem
frutífera: nem o melhor pianista poderá
tocar bem um instrumento desafinado
(analogia com a doença). O afinador teria
sua correspondência na figura do médico.
Nesse estado de coisas, “Quem ousa agora
afirmar que a afinação do piano faz a arte
do pianista?” (PEREIRA, 2021)
Nesse sentido, aquilo que, em princípio, pode
organizar, administrar e, em certa medida, modificar
o biológico e o psíquico não pode, em si mesmo, ser
de natureza puramente biológica ou psíquica. O
biopsíquico está pressuposto, é condição de
possibilidade da liberdade espiritual, mas estamos
falando de dimensões ontológicas diferentes, que
não se podem confudir (PEREIRA, 2021).
Insistimos que é nesse sentido que Frankl
assevera que a relação existente entre a
pessoa espiritual e seu organismo biológico é
de natureza expressivo-instrumental: o
espírito organiza e instrumenta o organismo
psicofísico; a pessoa espiritual “o forma ‘para
si’, na medida em que o faz utensílio, órgão,
instrumentum” (idem, p. 117) a favor da vida
enquanto conquista e realização (PEREIRA,
2021).
No que diz respeito ao primeiro domínio
de determinação, o destino biológico, o
pai da logoterapia sustenta a tese de que
a liberdade humana persiste diante da
constituição biológica e da herança
genética do indivíduo (PEREIRA, 2021).
Pandeterminismo dos
Instintos e do “Caráter”
(tipo psicológico /
personalidade)?;