Você está na página 1de 10
I JORNADAS DE FRUTICULTURA DA BEIRA INTERIOR ASPECTOS FITOSSANITARTOS DA CULTURA DA CEREJEIRA NA REGIAO DA COVA DA BEIRA Jodo Pedro Luz Assistente de Proteccio Vegetal Escola Supertor Agraria Quinta da Sr2 de Mércules ~ 6000 CASTELO BRANCO Resuno Apresentan-se os principais aspectos fitossanitdrios da cultura na regiao da Cova da Beira, focando alguns problemas considerados de dif{cil resolucdo. Analisam-se alguns aspectos da prospec¢do efectuada e sua influéncia nu~ ma previsivel alteracdo do quadxo fitiatrico. I - INTRODUGAO A cultura da cereja tem grande importancia no distrito de Castelo Bran- eo, na conhecida regiao da Cova da Beira. A area destinada a esta cultura tem vin do a aumentar anualmente, eubora ndo se possam precisar, com rigor, valores de producdo, rendimentos unitérios, ou sequer @ propria area cultivada. SARAIVA(1985) considerou a area nacional de cé¥ejeira de 4.000 ha, ou seje cerca de 0,37 da fea frutfcola total. No mesno trabalho o autor estimou a drea potencial para a cultura da cereja em 10.000 ha, 0 que corresponde a 1,7% da drea fruticola poten- cial, a nfvel nacional, Contudo, os pomares de cerejeira tém tido um grande decii nio do ponto de vista fitossanitario, principalmente as jovens plantacdes. : Pelas razdes referids 1» considerando ser necessario incentivar e prote— ger cada vez mais a cultura da cerej resolvenos escolhé-1a como objective. deste trabalho inserido num projecto de investigacéo, que teve inicio em Marco de 1987, na Escola Superior Agraria de Castelo Branco, coma orientacdo e apoio do Centro Nacional de Proteccdo da Produgdo Agricola. 0 referido projecto sera conduzido no sentido de contribuir pata um quadro do conhecimento dos condicionalismos bio-eco Aépicos que afectan saniterianente # cerejeira Il - PATOGENIOS MAIS IMPORTANTES 1. Cancro Bacteriano Como todas as culturas, um ponar de cerejeiras estd aneacado por um gran de ndnero de ininigos mas, em geral s6 alguns tém um caracter predominante. Apa rentenente, um dos grupos de patogénios mais importantes, na regiio da Cova da Beira, sio as bactérias pertencentes ao g eto Peeudomonas, que provocam uma doen ga conhecids por cancro bacteriano. Em Inglaterra, esta doenca causada pela Psey domonas nore-prinorien Worldnald é un forte factor Limitante & cultura da cerejes ra (PERSLEY € CROSSE, 1978; GARRETT, 1986), Trabalhos recentes de prospeccdo rea lizados por PRUNIER(1980), indicam 3 bactérias causedoras de prejufzos ao nivel do sistema aéreo da cerejeira ~ Pseudomonas mors-pruncrun Worldmald Pseudomonas syringae Van Wall Pseudomonas viridé flava Em Portugal tém sido realizados alguns trabalhos em populacdes de Pocu- doronas syringae em cerejetra (MARTINS, 1978, 1979, 1961€ 1982). © cancto bacteriano provocado pela Pseudomonas mors-prunorun € considerado por alguns autores como 2 doenca mais grave na Europa (PRUNIER,1980) nos pomares de cerejeiras porque pode causar a morte das drvores. As jovens plantacdes até & idade de 5-6 anos sao particularmente sensiveis, porque os cancros nessas Arvo res verificamse, normalnente, no tronco, impedindo @ translocasie dos fluidow na planta. Os dois principais microrganisnos responsiveis pelo cancro bacteriano, Peony dononas mors-prunorun @ P. syringae, ‘sio wuito’ semelhantes, quer nos seus as= pectos norfoligicos e fisiolégicos, quer pela natureza dos sintonas que provocan (PRUNIER e COTTA, 1987). IA SINTOMATOL( 1g Sindroma ~ Durante a Primavera ¢ Verdo forma-se um cancro, com abundante exs dacdo de goma, que se localiza & volta de um gono folhear ou floral, nas arvores mais idosas levando, normainente, conforme a rapidez da sua evolucio, & morte da parte superior do ramo. Nas arvores mais novas (5-6 anos) ocorre um deperecimento com enrolanento das folhas pela nervura central, apresentando sintomas caracte risticos de secura que afectam toda a drvore ou sé uma pernada, consoante o can~ cro circunda o tronco ou estd localizado numa sé pernada. Todas estas alteracdes sdo acompanhadas por una abindante exeudacio de gona. 22 sindroma - STNTOMAS NAS FOLHAS Wo fim da Primavera e prine{pio de Verio, a doenca &, taubém, factimen te reconhecivel pelo aparecimento de infeccdes foliares. Um exame mais atento dos sintonas nas folhas pode permitir a distincdo entre as duas bactérias: — APpeudomonas more-prumorun proveca pequenas manchas necréticas, de la 2 mm de diametro, rodeadas por um halo amarelo difuso, 0-ataque pode levar 2 um crivado {mportante nas folhas e A queda prematura das mais atacadas. = APoeudomonas syringae origina zonas necréticas de 3 a 5 um de diame- tro de contornes angulares, aparecendo, de um modo getal, uma deformacio nas fo- Ihas porque estas necroses localizam-se mais frequentemente no bordo do limbo. A partir do principio de Verdo termina a evolucao das lesdes foliares (PRUNIER e COTTA, 1985). Em certas condicées climaticas, este sintoma pode ser taro ou mesmo inexistente (LATORRE e¢ al,, 1985). MARTINS(1962) explica este fend meno pela secura e altas temperaturas que se verificam no nosso Pais e, que so factores limitantes & sobrevivéncia daP.ayringa porque a absorgao de nutrientes movimento e disperse destas bactérias dependen da disponibilidade de agua na sv- perficie das folhas. SIMTOMAS NAS FLORES Se os gomos terninais de um espordo se encontram, na sua maioris, infec tados, @ totalidade deste rano frut{fero morre na altura da plena floracio. Quan- do apenas 1 ou 2 gomos es' fo Anfectados, 0 espordo floresce normalmente, mas to- dos os gonos sio dnvadidos pela dactéria, Ocorrerd, posteriormente, um dessecanen to brusco das flores que ficardo presas ao rano. Eotes prejufzos so aconpanhados por exsudacéo de goma, de cor inicialmente castanho-clara que depdis vai escure- condo. Poder haver alguna confusio e dificuldede no diagndstico porque este sintoma pode igualmente ser provocado pela Monilia laza.(Ehrenb.) Sacc.. Este fungo, tal como a bactéria, desenvolve-se se a floragio decorrer com tenpo hiimido. CICLO BIOLOGTCO Podem ser consideradas duas fases no ciclo biolégico das pseudomonas (PRUNIER, 1980): - Fase parasitéria: a bactéria tem capacidade para penetrar e multipli- car-se no interior dos teciéos. Esta fase inieta-se pele conteninacio das cicatri zes foliares, na altura da queda da folha, para terninar, depois de um longo pe rfodo de incubacdo invernal, com o aparecimento dos sintomas, na época da flera- cdo. Estas infeccdes, que provocam os prejufzos mais graves, correspondem ao ci- clo de infeccdo principal. Poderdo ocorver durante a Primavera, infeccdes secun- davias que vao provocar as lesdes foltares sendo favorecidas com tempo hiimige (PRUNIER et al. , 1985 a). ~ Fase epifiticat as bactérias mantén-se e desenvolvem-se na superfi- cle dos orgios aéreos sem provocarem sintomas. Durante o Ovtono esta multiplica- cdo epiffeica torna-se mais activa, sendo as bactérias raranente isoladas durante o tempo quente e seco, mormente a partir do u@s de Junho até 4s primeiras chuvas outonais. A infecs3o iniedal dos ramos ocorre, principalnente, na altura das chu vas de Outono, quando as bactérias penetram pelas feridas natvrais provocadas pe ls queda da folha. As cieatrizes pedunculares e as feridas acidentais tanbém po- dem ser infectadas. Trés outros casos de feridas slo, também, bastante frequentes (CORUNEER @ COTTA, 1985): « Fendas no ponto de insersio dos ramos resultantes do peso da fruta ov de ventos fortes; . A zona de friccdo entre ramos é frequentemente o local de infeccdes bacte- rianas; _ As operagées de poda apesar de serem poucovulgares na cerejeira representan un xisco importante pela formacio de feridas e pela disseninacio das bactérias nos utens{lios de poda. Este facto torna-se relevante porque os tecidos dos ra~ mos de cerejetra sao mais sensiveis & bactéria durante © repouso vegetative, com um miximo em Dezenbro-Janeiro (PRUNIER, 1980). Durante 0 Outono e Inverno.as bactérias miltiplican-se nos espacos in- tercelulares, especialmente & volta dos gomos, nao apresentando, nessa altura, sintonas exteriores. Na Primavera, ao abrolhanento, podenos noter que alguns go- mos ficam pequenos e secam, correspondendo a cicatrizes foliares contaminadas no Outono anterior, Forma-se un cancro em depressao de superficie variavel, sendo acompanhado de forte exsudacio de goma castanho-clara, Quando a lesao circunda os ranos é impedida a circulacdo dos fluidos vitais e a parte superior dos ramos seca. Alguns trabalhos realizedos recentemente em prundideas permitiran esta belecer relagoes entre a importancia dos prejufzos e a intensidade de fric, de- vido As feridas que pode cavsar nos ramos (ARSENIJEVIC, 19803; GROSS e¢ aZ.,1963; HIRANO © UPPER, 1983; KLEMENT et a2., 1974 e 1984; VIGOROUX, 1979; WEAVER, 1978). Outros Patogénios Observados Tenos encontrado frequentemente, na regido da Cova da Beira, alguns fun g08 como a Cytospora sp. 0 Seh; piyliwn sp. que, nornaimente, sio patogénios de drvores enfraquecidas, associados ao cancro bacteriano, WOHANKA(1985) refere a existéncia, nesta mesma regio, da Leucostona perconit (forma imperfeita: Citos~ pora leucostoma). Tem sido estabelecida uma relacdo de sinergismo causadi pelas infecces sinsltaneas de Pseudomonas syringae e Cytospora cincta (ROZSNYAY e KLEMENT, 1973) provocando um aumento na inportSneia dos prejufzos. Encontraram-se, ainda, nas drvores com cancros insectos xiléfagos, pa~ recendo tratar-se do Anisandrus dispar Fab., que tanbém 6, normalnente, um pa~ rasita de fraqueza. Un fungo identificado por nés como sendo 0 Sterewn purpureun Pers. ,cau sadcr ds conhecida doenca do chunbo, tanbém foi encontrado numa drvore que apre- sentava sintomas de cancro bacteriano. Os carpéfores deste fungo foram obser vados em golpes feitos, longitudinalmente, no tronco da arvore. Ourras micoses que tén sido observadas com alguma frequéncia so: o eri vade provocado pela Stignina carpohila (Lév.) M.B.EL1is; a cilindrosporiose devi do 20 y Lindvespor ‘wr spj a moniliose causada pela Nonilia fructigena Pers. e pela 4M, laa (hrenb.) Sace.. TIL = METOS DE LUTA A lvta contra 0 cencro bacteriano deve, sobretudo, evitar a passagem da fase epifitica da bactéria para a fase parasitaria e diminuir o indculo da fase epifftica. L. Medidas Profilacticas ; Fliminar e queimar os ramos cancerosos para evitar a progressio das lesdes. . Realizar @ poda de formagdo no infeio do rebentamento, desinfectando a te soura da poda com alcool, apés cada drvore podada, tratando, de imediato, todas as feridas com uma pasta protectora. + As podas ocasionais, de "limpeza", nas arvores ais idosas,deverao ser efec tuadas no Verio, com proteccio das feridas, afin de evitar a instalacio de outros patogénios lenh{colas. 2. Sensibilidade de Cultivares e Porta-enxertos Estudos recentes permitiram a obtencao de dados sobre a sensibilidade de al- gumas cultiveres de cerejeira a infeccdo pela Peeudononas mors-prunorun © P. oy- ringae, que indicanos no quadro seguinte: P.more-prunorwen P.syringee NAPOLEON va . Sensivets ‘GUILLAUME REVERCHON SANDAR GUILLAUME Moderadamente HEDELFINGEN HEDELFINGEN aug REVERCHON NAPOLEON senciveis HATIF DE VIGNOLA BURLAT BURLAT Pouco sensiveis MOREAU MOREAU MERTON GLORY (FONTE: PRUNIER et at., 1985 b) © porta-enxerto Colt (Prunus aviunx ?.pseudocerasus ) sendo relativamen te resistente ao cancro, nio tem apresentado resultados concludentes no sentido de reduzir a sensibilidade das cultivares (GARRETT, 1986). Contudo, a dimensao relativanente wais reduzida das drvores enxertadas en Colt deverd facilitar as aplicacdes fitossanitarias melhorando, deste modo, a sua eficdcia. 3. Luta Quimica © exame do ciclo biolégice da Pseudomonas more-prunorun permite situar 0 perfodo de intervencao, para una luta quimica eficaz, a partir do fim do Verdo, afim de {mpedix a multiplicacdo activa das bactérias nas folhas durante o Outono. Infelizmente, os dnicos produtos a que podemos recorret sio os sats de cobre que tém uma relativa acco antibacterians, porque as substancias mais especificas como us antibléticos nJo estéo honologados no nosso mercado para finalidadesde uso agricola, por causa da toxicidade que apresentam para o honen e do seu elevado preco. Recomenda-se o seguinte programa de tratamentosque deverao ser sistendticos até ao 62 ano de idade das arvores, qualquer que seja o seu grav deinfecc4o (BULIT @ RIDE, 1957 e PRUNIER et al. , 1985 b): | Estado fenolégico dos botdes brancos (estado D-E, segundo Baggiolini): tra tonento caiprico com 140 g de cobre metal por hectolitro. + Queda das pétalas (estado G : tratamento ciprico com 80 g de cobre metal por hectolitro. « Meados de Setembro: tratamento ciprico a 200-250 g de cobre metal por hectolitre. Deven-se realizar mais 3 tratanentos com a mesma dose do anterior, quinzenalnente, até princfpios de Novenbro- PRUNIER €f ai, (1985 b) consideraran que a escolha do tipo de sal de cobre (por exenplo: sulfate de cobre ou oxicloreto de cobre) nao é determinante para a €ficdeia dos tratanentos, mas que se deverd tratar con tempo seco porque pode ha- ver alguna fitoxicidade quando hi um elevado teor de humidade relativa. Este prograna de tratamento poderd servir de base para a regido da Cova da Beira, uma vez que é indicado para a xegido mediterraniéa do sul de Franca (PRUNTER ot al., 1985 b). De qualquer modo, deverio ser efectuados estudos sobre as diversis fases do ciclo biolégico das bactérias e da disponibilidade de indcu~ lo nas nssas condicbes para podermos, posteriormente, definir 2 época e frequén cia dos ( 9tamentos. Wa enorme vantagem que este esquema de tratamentos apresenta @ a possibi~ Ldade de conbater, simultaneamente, as outras principais doengas da crrejeira como sejan, 0 crivado (Std; ina earpophila ), a moniliose (Monttia taxa M. fmt: na) @ a Aptognamonia erythrostona (Pers.) v. Hohn, Esta Gltima ndo tendo sido nda identificada por nds, foi encontrada na regido por WOHANKA(1985), Quero expressar os meus agradecimentos & Engenheira Agrénona Amélia Frazdo pela orientagio que tem dado a este trabalho e a Dr Anténia Carvalho pela preciosa ajuda na identificasio de algunas culturas de fungos. BIBLIOGRAFIA ARSENLIEVIC,M. load-Further investigations on Pseudamonas eyringae es pathogen of apricot in 7 Yugoslavia. Zastita BiZja, 31:121- (cit. PRUNIER © COTTA, 1987) BULTT.J. @ RIDE.M. }os7-Ohservations sur les dépérissements du cerisier on France, Bult. tech. in - form, 57123 ;5p 843-565 toit. PRUNTER, 1860) GARRETT, CAME, 1986 -Inf Luene! oF rootstock on the susceptibility of sweet cherry sciens to bactes ‘al canker, caused by Pooudomonas syringae pvs.moreprumorwm and syrinjae, Plant Pathology, 95(1):114-113 GROSS, D. 1.983: DY, Y.S. ;PROEBSTING,E.L. Jr. ;RADAMAKER,G.K.SPOTTS, R.A. istribution population dynamics, end characteristics of ice-nucleation- -active bacteria in deciduous fruit tree orchards.Appl. Environ. Microbiol. 48:1970-1373. (cit. LATORRE et aZ., 1905) 1994-Ecotypes and pathogenicity of ice-nucleation-ective bacteria Pseudomonas syringae isolates fron deciduous fruit tree orchards Phytopathology -248 zal- HIRAND,S-S. ask UPPER, C.0. Ecology and epidemiology of folder becterial plant pathogens. Annual Review of Phytapathotogy, KLEMENT, 7:ROZSNYAY,S.0, sARSENEJEVIC. M1. 1974-Apoplexy of apricots. III.Relationship of winter frost and the factersal cen ker and die-back of apricots.Acta Phytopathologica keademiae Setentiorun i 1237-248 Rungaricae, (oit.PRUNIER @ COTTA, 1987) KLEMENT, 2. :ROZSNYAY,S.0. ;BALO,E. ;PANCZEL.M. :PRILESKY 6. j9a4-The effect of cold on development of bacterial cenker in apricot trees in~ fected with Peeudorionas eyringae pv.syringae.Phystologteal Plant Pathoto 95 241237 -248 (cit. PRUNTER © COTTA, 1967) LATORRE B.A, ;GONZALE2,J-A.;COX,J.E.sVIAL,F igeS-Tsolation of Pseudomonas syringae pv.eyringae from cankers and effect of free moisture on its epiphytic population on sweet cherry trees. Plane MARTINS ,J-M.S. 1976-Eticlogy of die-back and canker of stone fruit trees in Portugal.3rd.int. 4 Cong PL. Path, MARTINS, aL) 197S-Qoengas bcterianes das drvores de fruto om Portugel.I-A Pseudomonas oyvin gae van Koll em prundideas. Agronomia Lusttana,39:277-369 1961-Bacterial diseases of fruit trees in Portugel.I1-varietel resistance of cherry trees to leaf spettin becteria.dgronomia Zusttana, 40(4) :313-322 1982-Characteristics and population densities of fluorescent pseudomenads from cherry and apricot leaf surfaces in Portugal. Gareia de Orta, Série Eetudo: Agrondwicos, 81/2) : 248-253 PERSLEY, 6 = sCROSS dB. 1978-4 bacteriophage specific to race 2 of the cherry strain of Pseudomonas rorspruncrun. Annual Applied Biology, Qgl2) 1218-222 PRUNICR,J.-P. 1960-IIT.Lee miladies baetériennee,in Le cerisier, ed. ,CTIFL [Centre Technique Interprefessional des Friuts et Légumes ]. Paris, pp-112-120 PRUNIER,J..-P. ;COTTA,J. 1985-Le chanere bactérien du cerisier en France:un risque sérieux.L'Arboricul— ibiéve,m?372:39-42 tuna fri 1987-Le Gépérissement bactérien (Pseudoronas 91-256 p.) de ltebricotier:situation en France. Bulletin OEFP, 17 PRUNIER, J.-P. ;BUNNAL,R. ;COTTA, J. :PELISSIER,A. 1985b-Le chancre bactérien du cerisier:le lute chimique contre Pseudomonas mors~ ~prunorum. Llarbortculture fruitiéve, n°376:47-50 PRUNIER, J.-P. ;PELISSIER,A, ;BONNAL,R. ;COTTA, J. 1aRSa-Le chancre bactérien du cerisier en France:sensibilité de l'erbre et cycle biologique d'une des bectéries responsebles:Pseudononas move~prunomm. Lar boriculture fruttiére. n?374:55~56 ROZSWAY, 5.0. ;KLEMENT,2. 1973-Apoplexy of apricots.IT. Cytospora die-beck and the simultaneous infections of Pseudomonas syringae and Cytospora cincta on apricots. Acta Phytopatho- logica Academiae Sotentarw: Hungarica, §:57-69 (cit. PRUNIER e COTTA, 1987) - 10 - SARAIVA, T.G.A. 1085-A fruticubtura portuguesa d luz da C. ponto da situigdo interna e ex- tema, potenctatidades ¢ desenvolvimento. Associagiio Portuguesa de Horti~ cultura e Fruticultura (A.P.H.F.J,{ 5-1-1 VIGOROUX. A. 1879-Tncidence des basses températures sur la sensibilité du p senent bactérien (Pseudomonas meroprunorun f.sp. persicae. Ann Phytopathal.., 1281-239 (cit. LATORRE et aZ., 1985) WEAVER,0.3. 1e7e-Interaction of Pseudomonas syringae and freezing in bacteriel canker en excised peach twigs. Phytopathology, §9:1460-1463 WOHANKA,W. 1985-Parecer sobre as possiveis causas de morte parcial ¢ total das cerejeiras na regis dz Cova da Beira, Portugal. (ciclostileda) Institut fuer Phyto- medizin der Forschungsanstalt, Geisenheim, Repdblica Federal da Alemenha.

Você também pode gostar