Redes de

Computadores
Arquitetura e Tecnologias de Rede

Prof. Dr. Gilberto Fernandes Junior

• Unidade de Ensino: 3

• Competência da Unidade: Conhecer como aplicar o

endereço IP e suas atribuições, a divisão de uma rede em
sub-rede e a Ethernet. Compreender os fundamentos de
gerenciamento de redes.

• Resumo: Análise de aquiteturas de redes

• Palavras-chave: redes, comunicação, arquitetura

• Título da Teleaula: Arquitetura e Tecnologias de Rede

• Teleaula nº: 3
Contextualização
• Redes e sub-redes
• Ethernet
• IPv6
Endereço IPv4
Internet protocol (IP)
• O Internet Protocol (IP) é o endereço lógico feito para
que um dispositivo possa se comunicar com qualquer
outro dispositivo, independentemente de sua
localização geográfica.
• RFC 791 (versão 4) – IPv4
• Possui 32 bits, sendo possível produzir 232 = 4,3
bilhões de endereços.
• O protocolo está definido na camada de rede, sendo o
seu pacote denominado datagrama
Datagrama Ipv4

Fonte: TANENBAUM, A. S. Redes de Computadores. 5. ed. São Paulo: Pearson, 2011.

Notação do IPv4
• A notação de um endereço IP é separada por ponto,
fazendo com que uma parte identifique a rede e a
outra, o dispositivo (host).
• Exemplo
172.16.30.110
172.16 → identifica à qual rede o dispositivo
pertence (16 bits para rede = 216 redes).
30.110 → determina o endereço do dispositivo.
Representação: 172.16.30.110 /16
Classes de endereço

• Os endereçamentos utilizados nas redes foram divididos em classes

para utilização de acordo com o número de dispositivos da rede

Fonte: Retirado de: TANENBAUM, A. S. Redes de Computadores. 5. ed. São Paulo: Pearson, 2011. Pág. 282
Redes e sub-redes
Sub-rede

• Quando um pacote entra no roteador principal de uma

rede classe B, como este sabe para qual sub-rede deve
entregar o pacote?
• Rede com 216 hosts: tabela com 65.536 entradas? Não!
• Alguns bits são retirados do número do host para criar
um número de sub-rede.
• Roteador precisa de uma máscara de sub-rede
Sub-rede

• Permitir que uma rede seja dividida em diversas partes

para uso interno, mas externamente continue a
funcionar como uma única rede.
• Vantagens: Redução do tráfego de rede /
Simplificação no gerenciamento da rede / Controle dos
recursos da rede

Fonte: TANENBAUM, A. S. Redes de computadores. 4 ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997

 • Exemplo de
uma rede
classe B
dividida em 3
sub-redes

Fonte: TANENBAUM, A. S. Redes de Computadores. 5. ed. São Paulo: Pearson, 2011.

Fonte: TANENBAUM, A. S. Redes de Computadores. 5. ed. São Paulo: Pearson, 2011.

Endereços especiais
Endereço de broadcast
• o último endereço é reservado para mensagens do tipo
broadcast
• Difusão de um pacote para todos os dispositivos da
rede (ou sub-rede)
Endereço de loopback (127.0.0.1)
• reservado para teste de comunicação nos processos
ocorridos na interface de rede do próprio dispositivo
Cálculo da máscara
de Sub-rede
Descrição da SP
• A Escola 1_A possui uma insfraestrutra de rede com
vários equipamentos e setores conectados
• Nas últimas semanas, os dptos. administrativos
(direção, recursos humanos e financeiro) vêm
enfrentando algumas dificuldades em sua rede
• Diagnóstico: está ocorrendo algum problema de
conflito de endereçamento IP.
• Solução: segmentar a rede em cinco sub-redes,
separando direção da escola, recursos humanos,
departamento financeiro, marketing e acadêmico.
• Rede de classe C (24 bis de rede): 192.168.0.0 Resolução
• Máscara padrão: 255.255.255.0 da SP
• Binário: 11111111.11111111.11111111.00000000
• Dividir em 5 sub-redes: 2n = 23 = 8
• Hosts por sub-rede: 2n = 25 = 32 hosts
• Nova máscara:
11111111.11111111.11111111.11100000
= 255.255.255.224
• Notação CIDR: 192.168.0.3 /27
• 11000000.10101000.00000000.00000011
Rede 1º IP válido Último IP válido Broadcast
192.168.0.0 192.168.0.1 192.168.0.30 192.168.0.31
192.168.0.32 192.168.0.33 192.168.0.62 192.168.0.63 Tabela de
192.168.0.64 192.168.0.65 192.168.0.94 192.168.0.95 sub-redes
192.168.0.96 192.168.0.97 192.168.0.126 192.168.0.127
192.168.0.128 192.168.0.129 192.168.0.159 192.168.0.160

Endereço do Dispositivo:
192.168.0.66 = 11000000.10101000.00000000.01000010

Máscara de sub-rede AND

255.255.255.224 = 11111111.11111111.11111111.11100000
= Endereço da REDE:
192.168.0.64 = 11000000.10101000.00000000.01000000
Ethernet
Ethernet

• Pode se definir Ethernet como um padrão utilizado em

transmissões em redes locais (Norma IEEE 802.3)
• Dois pontos principais:
• Conexão dos dispositivos
• Meios de ligação

Fonte: TANENBAUM, A. S. Redes de Computadores. 5. ed. São Paulo: Pearson, 2011.

Ethernet
O tipo de tecnologia do cabeamento dita a velocidade
que cada um deles pode atingir:
• Fast Ethernet (802.3u): 100 Mbit/s. 100Base-TX,
100Base-T e 100Base-FX.
• Gigabit Ethernet (802.3z): 1 Gigabit/s. 1000BASE-
LX, 1000BASE-SX, 1000BASE-CX e 1000BASE-T.
• 10 Gbit/s Ethernet (802.3ae)
• 40/100 Gbit/s Ethernet (802.3)
Métodos de transmissão Ethernet
As comunicações desse tipo de rede são efetuadas pelo
protocolo CSMA/CD (carrier sense multiple access with
collision detection), que permite que qualquer dispositivo
da rede possa efetuar uma transmissão sem hierarquizar
quem tem prioridade.
Métodos de transmissão Ethernet
CSMA (carrier sense multiple access – acesso
múltiplo com detecção de portadora)
Trata-se de um protocolo que faz a transmissão com base
na detecção da existência de uma transmissão
• CSMA não persistente: se o meio estiver ocupado, o
dispositivo espera um tempo aleatório
• CSMA 1 persistente: dispositivo “escuta” a rede até
que o meio fique livre
• CSMA p-persistente: calcula a probabilidade de colisão
Métodos de transmissão Ethernet
CD (coilision detection – detecção de colisão)
• o mecanismo CD faz com que os nodos existentes na
rede “escutem” a rede e possam detectar colisões
(técnica conhecida como LTW – listen while talk –
escuta enquanto fala).
• Quando é detectada uma colisão, o nodo emite um
pacote alertando todos os dispositivos.
Você sabe o que é
NAT?
Ethernet Comutada
Introdução

Ethernet clássica – cabeamento central ou cabo dedicado

esticado até um hub central.
Ethernet comutada – solução para lidar com o aumento
da carga: switch

Fonte: TANENBAUM, A. S. Redes de Computadores. 5. ed. São Paulo: Pearson, 2011.

Ethernet comutada

• Os switches só enviam quadros às portas para as quais

esses quadros são destinados
• Facilidade para acrescentar ou remover uma nova
estação conectando ou desconectando um fio
• Facilidade para encontrar a maioria das falhas

Fonte: TANENBAUM, A. S. Redes de Computadores. 5. ed. São Paulo: Pearson, 2011.

Ethernet comutada

Exemplo:

Fonte: Retirado de: Nunes, Sergio Eduardo. Redes de computadores. Londrina : Editora e Distribuidora Educacional S.A. 2017.

*outros tipos de topologia, como em barramento, não se permitem

tais velocidades
Domínio de colisão
• Hub: todas as estações estão no mesmo domínio de
colisão (algoritmo CSMA/CD)
• Switch: cada porta é seu próprio domínio de colisão
independente (não necessita do CSMA/CD)
• No domínio de colisão, os pacotes têm a possibilidade
de efetuar a colisão uns com os outros
• Essa ocorrência é um dos fatores principais da
degradação dos serviços
Domínio de broadcast
• No domínio de broadcast, determina-se o limite a que
o pacote pode chegar
• Um dispositivo em uma rede local é capaz de efetuar a
comunicação com outro sem que seja utilizado um
roteador.
Exemplo de
domínios de
broadcast e de
colisão
IPv6
IPv6
• Popularização da Internet – esgotamento do protocol
IPv4
• IPv6 teve início em 1990
• Empresas como Google, Yahoo e Facebook iniciaram a
migração para o protocolo IPv6 em 2010
• Possui 128 bits (340 undecilhões de endereços)
• Notação:
• Oito grupos com quatro dígitos hexadecimais:
8000:0000:0010:0000:0123:4567:89AB
IPv6 - Objetivos
• Resolver a escassez de endereços.
• Informações sobre esgotamento do IPv4:
https://www.lacnic.net/
• Simplificar o cabeçalho, facilitando o processamento e
o aumento da velocidade do envio/recebimento.
• Tornar opcionais os campos obrigatórios do cabeçalho,
facilitando, assim, o roteamento dos pacotes.
• Garantir a segurança das transmissões, tornando o
IPsec obrigatório.
Cabeçalho IPv6

Fonte: TANENBAUM, A. S. Redes de Computadores. 5. ed. São Paulo: Pearson, 2011. pág. 287
Tipos de Endereçamento IPv6

Unicast
• Identifica uma única interface
• Global-Unicast, Link-Local (FE80:: /64) e Unique-Local
(FC00:: /7)

Unicast

Fonte: elaborado pelo autor

Tipos de Endereçamento IPv6

Anycast Anycast
• identificam um grupo de interfaces de nós diferentes
• O pacote alcança a interface mais próxima
Multicast
Fonte: elaborado pelo autor
• Identifica um grupo de Multicast
interfaces ou grupo de nós.
• O pacote alcança todas as
interfaces do grupo
Fonte: elaborado pelo autor
 IPv4 vs IPv6
Versão / Itens IPv4 IPv6
Quantidade de endereços 232 2128
Quantidade de campos 14 8
MTU mínimo 576 bytes 1280 bytes
Representação do endereço 4 grupos de 8 bits 8 grupos de 16 bits
Tamanho do endereço 32 128
Roteamento Tabela de roteamento Efetuado pelo cabeçalho de
extensão
Segurança IPSec facultativo IPSec obrigatório
Qualidade de Serviço (QoS) Sem garantia Através dos campos, classe de
tráfego e identificação de
fluxo
Cabeçalho Uso do checksum Mais simplificado
Fonte: elaborado pelo autor
IPv6: Técnicas de
Transição
Coexistência e Interoperabilidade
• Toda a estrutura da Internet está baseada no IPv4.
• Uma troca imediata de protocolo é inviável devido o
tamanho e a proporção que esta rede possui.
• A adoção do IPv6 deve ser realizada de forma gradual.
• Haverá inicialmente um período de transição e de
coexistência entre os dois protocolos.
• Redes IPv4 precisarão comunicar-se com redes IPv6 e
vice-versa.
• Técnicas que visam manter a compatibilidade
Técnicas de transição

Pilha Dupla
• Provê o suporte a ambos os protocolos no mesmo
dispositivo.
• A mensagem está no formato IPv4 e é encapsulada
com IPv6, ou vice-versa
Técnicas de transição
Network Address Translation (NAT)
• transformar um endereço IPv4 em IPv6 (equivalente)
• Etapas:
• Converter o endereço para binário 192.168.20.112
• Separar os binários em dois grupos de quatro dígitos
• Converter cada grupo em decimal
• Converter os números encontrados em cada um dos
grupos para hexadecimal
• Adicionar o 0 nos cinco primeiros grupos de 16 bits,
seguido de FFFF = 0:0:0:0:0:FFFF:C0A8:1470
Técnicas de transição
6to4
• Permite que redes IPv6 isoladas consigam se
comunicar “roteador a roteador” por túnel automático:
• Roteadores 6to4 / Dispositivos Clientes
Tunelamento (tunneling)
• Permitir a utilização de uma infraestrutura IPv4 para
encaminhar pacotes IPv6.
• Possibilidades
• Roteador a roteador / Roteador a host / Host a host
Técnicas de transição
Túnel broker
• encapsula o pacote IPv6 dentro do pacote IPv4 e
permite que seja realizado o roteamento do pacote na
rede através de um túnel em redes configuradas como
IPv4 e necessidade de interoperabilidade com sites
IPv4/IPv6.
ISATAP (intra-site automatic tunnel addressing
protocol)
• utilizar endereços atribuídos pelo servidor DHCP com
IPv4 para dispositivos com tunelamento de IPv6
Tradução de
Endereços: IPv4 para
IPv6
Descrição da SP
• A escola Escola 1_A, já utilizava em sua rede os
protocolos IPv4 e IPv6.
• Para gerenciar e arquivar o grande volume de
informações e documentos, foi adicionado um servidor
em sua topologia.
• Para sua utilização em todos os dispositivos, é
necessário configurar as duas versões do IP
• Você deverá utilizar a técnica de tradução NAT no IP
destinado ao servidor para que seja posteriormente
configurado no dispositivo.
Resolução da SP
• Endereço IPv4 = 172.16.31.55

1) Conversão do IPv4 para binário e separação em dois

grupos.
172 → 1010 1100
16 → 0001 0000
31 → 0001 1111
55 → 0011 0111
Resolução da SP
2) Passe-os para a base “8 – 4 – 2 - 1” na conversão de
cada grupo dos binários:
172 → 1010 = 10 1100 = 12
16 → 0001 = 1 0000 = 0
31 → 0001 = 1 1111 = 15
55 → 0011 = 3 0111 = 7
Resolução da SP
3) Transforme os valores encontrados em hexadecimal.
172 → 1010 = 10 = A 1100 = 12 = C
16 → 0001 = 1 = 1 0000 = 0 = 0
31 → 0001 = 1 = 1 1111 = 15 = F
55 → 0011 = 3 = 3 0111 = 7 = 7

4) Agrupe-os e adicione os complementos “0:0:0:0:0” e

“:FFFF”.
Resultado → 0:0:0:0:0:FFFF:AC10:1F37
O IPv4 já acabou na
América Latina? E
qual a situação atual
da transição global?
Esgotamento IPv4 e Transição IPv6
• Fim dos blocos de endereço IPv4 na América latina em
19/08/2020
• Fonte: https://ipv6.br/post/fim-do-ipv4/ (Acesso em 15
mar. 2021)
• Estatísticas sobre a adoção do IPv6 na Internet
• Fonte: https://www.google.com/intl/pt-
BR/ipv6/statistics.html#tab=ipv6-adoption (Acesso em
15 mar. 2021)
Recapitulando
Recapitulando
• Redes e sub-redes
• Definição e importância
• Como calcular a máscara de sub-rede
• Ethernet
• CSMA/CD
• Ethernet comutada
• Domínio de colisão e broadcast
• IPv6