OPERAÇÕES LOGÍSTICAS
A logística está presente em, praticamente, todas as atividades estratégicas que compõem
os ambientes corporativos. Ela inclui planejamento, operação e controle do transporte de
mercadorias, perpassando pela movimentação e armazenagem, com foco importante no
cumprimento de prazos.
“Quando falamos de uma operação internacional, por exemplo, não estamos falando
somente do mercado doméstico e toda a complexidade que já existe internamente.
Estamos falando em atores internacionais, porque quando você vai transportar um produto
de um país para outro você precisa entender o que vai transportar, como vai fazer isso,
qual será o valor do frete internacional, analisar se vale a pena, checar se não é possível
escolher um fornecedor mais próximo etc. Todas essas questões são pensada para
maximizar o lucro da própria empresa”, explica Santos.
Na multinacional que Santos trabalha, assim como na maioria das grandes empresas, são
considerados três tipos de modais, ou seja, de sistemas de transportes. Além do aéreo e
marítimo mencionados anteriormente, há, obviamente, o terrestre.
O modal marítimo é utilizado para um planejamento de longo prazo, em que as cargas são
colocadas em contêineres, ou seja, é um processo logístico mais complexo.
Etapas fundamentais
O portal do TruckPad enumerou que a operação logística na prática envolve quatro etapas
fundamentais. São elas:
A gestão de estoque é uma peça-chave nessa etapa. Por conta de problemas com
segurança e também para obter mais espaço físico, os estoques costumam ficar em
regiões mais afastadas. É interessante que a companhia reflita sobre os reais benefícios
de ter logística in house na sua operação. Para isso, é importante entender a demanda
pelo seu produto – se essa é estável, sazonal, irregular ou está em declínio -, a segurança
da sua cidade, o impacto nos custos e a melhora da qualidade do serviço.
4. Logística reversa
Recuperação de produtos;
Redução do consumo de matérias-primas;
Reciclagem, substituição e reutilização de materiais; e
Reparação de produtos.
O engenheiro de alimentos, Rafael Barão, trabalhou durante alguns anos com logística
corporativa em uma multinacional do setor alimentício. Segundo ele, o processo de
logística consiste em organizar o próprio galpão, facilitando o momento de achar os itens e
produtos nas prateleiras na hora de escoar a produção. É fundamental organizar para que
o lote fabricado primeiro também seja o primeiro a sair da fábrica em direção ao ponto de
venda. É preciso manter um fluxo condizente com a linha de produção da fábrica.
“O setor de logística tem que estar muito bem alinhado com a fábrica. A organização é a
palavra-chave para fazer os processos de forma adequada e conseguir rastrear tudo o que
foi para a rua. Hoje em dia temos muitos métodos e processos de tecnologia, como QR
Code nas caixas, para uma melhor rastreabilidade do que saiu da indústria e para onde
está indo. Até drones têm sido utilizados dentro de galpões, porque existem locais
enormes, com pé direito superalto, para localização”, conta Barão.
A logística planeja e controla o curso das informações sobre produtos pós-venda e pós-
consumo – desse aqui resulta a logística reversa, que tem a função de operacionalizar o
fluxo físico dos materiais, juntamente com as informações correspondentes aos bens de
consumo que foram descartados pelo consumidor, sendo que esses bens podem ser
selecionados da seguinte forma: bens no final de sua vida útil, bens usados com
possibilidade de reutilização e os resíduos industriais.
Frentes de atuação
Entre os elementos e princípios que compõem uma cadeia logística verde, para otimizar as
ações empresariais, estão:
“É importante se ter em mente que logística verde não é a mesma coisa que logística
reversa. Existe uma confusão muito grande por parte de algumas pessoas acerca desses
conceitos. A logística reversa é um componente da logística verde, responsável por
administrar o retorno de materiais e embalagens ao processo de produção ou ao descarte
seletivo. Por exemplo, quando vemos aqueles estandes em supermercados para que as
pessoas descartem pilhas e baterias, ou mesmo lâmpadas queimadas, trata-se de
logística reversa. Esses materiais voltam para as indústrias que o produziram para que
tenham o fim adequado”, explica o analista de controladoria, Felipe Pinheiro, que já atuou
em uma empresa nacional no setor de logística.
Segundo ele, para obter êxito nesse âmbito, as empresas precisam implantar ações
diretas que reduzam emissões nas suas atividades logísticas; organizar-se internamente
para gerar envolvimento e comprometimento da equipe; e alterar a forma de
relacionamento com terceiros, o que inclui prestadores de serviço e outros elos da cadeia
de suprimentos.
A Capital Realty, empresa com mais de duas décadas no mercado e reconhecida na área
de infraestrutura logística, diz que, em se tratando de logística verde, é preciso repensar
processos. Ao eliminar desperdícios, por conseguinte há aumento de produtividade. A
utilização racional de recursos torna as companhias mais saudáveis do ponto de vista
operacional.
De acordo com a empresa, a preocupação com aspectos ambientais deixou de ser
acessória quando se trata de gestão. Atualmente, essa não é apenas uma demanda dos
consumidores, mas é também uma necessidade de mercado. Aqueles que privilegiam
esses aspectos, não só poderão reduzir seus custos, como também poderão encontrar
mais oportunidades de negócio.
Companhias com certificações de qualidade passam a ter maior valor agregado sobre
transporte e armazenamento. O investimento em tecnologia e em processos ecológicos
pode significar ampliação de margem de lucro ou consolidação de diferenciais de
mercado, o que não é pouca coisa em um momento tão competitivo como o atual.
Práticas exitosas
Os carros elétricos possuem uma emissão de carbono nove vezes menor, em relação a
um carro convencional. Sua bateria carrega em, no máximo, oito horas, e circulam 150 km
com o mesmo desempenho de um carro convencional.