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Gastão Marques
Define-se o meio envolvente como sendo todos os factores, que existem fora da empresa,
que se relacionam, influenciam e condicionam a mesma.
Para os gestores o meio envolvente consiste nalgumas variáveis chave que interagem
individualmente ou conjuntamente com a empresa. As quais devem ser acompanhadas de
perto no âmbito da gestão da empresa. Mas estas variáveis podem interagir com a empresa
de acordo com formas muito diversificadas. Por isso a compreensão do meio envolvente e
a capacidade de previsão das mudanças que ocorrem no mesmo, revela-se, normalmente,
uma questão muito complexa. Assim, o conhecimento e acompanhamento do meio
envolvente realiza-se, normalmente, de uma forma sistemática com base na aprendizagem
baseada em experimentação e correcção de erros (trial and error).
• Economia;
• Governo;
• Tecnologia;
• Trabalho;
• Cultura.
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Ciências Empresariais Teoria das Organizações
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Economia
No que se refere à economia é muitas vezes difícil decidir onde é que a economia começa
e os negócios acabam e vice-versa. Com efeito, situações como:
• Mudanças estruturais;
• Finanças;
• Competição internacional;
• Preço dos materiais e do trabalho, etc..
Têm um impacto directo nos negócios. Mas quem cria estas situações são precisamente as
empresas, ou seja os negócios desenvolvidos pelas empresas. Só que resultam dos negócios
desenvolvidos pelas empresas no seu conjunto e não isoladamente.
Por outro lado, os mesmos indicadores económicos revelam situações que se traduzem, às
vezes, em mudanças estruturais que afectam as empresas, mas que foram criadas pelas
empresas no seu conjunto. Como é o caso da subida dos rendimentos, que pode representar
a existência de uma mão-de-obra mais cara que, deste modo, vai inviabilizar a existência
de indústrias baseadas em mão-de-obra barata (como é o caso do têxtil no ramo da
confecção para determinados tipos de confecção em Portugal).
• Local e regional;
• Nacional;
• Internacional.
A nível nacional existe uma grande variedade de indicadores e políticas que influenciam
diversas decisões tomadas pelas empresas. Como é o caso de taxas previstas de inflação, de
desemprego, investimentos públicos, apoios públicos, políticas fiscais, etc..
A nível internacional existem outras situações de grau mais geral, como é o caso da
cotação das moedas de referência, preços do petróleo, comportamentos das bolsas
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Por outro lado, neste âmbito também cabem as empresas multinacionais que, devido ao
seu peso de acordo com vários indicadores (emprego, exportações, etc.), normalmente
influenciam, a seu favor, as economias onde se inserem de acordo com várias níveis de
actuação (lobbies políticos, preços, condições de trabalho, etc.).
Governo
No que se refere ao governo, o mesmo tem, normalmente, um forte impacto na vida das
empresas, de acordo com vários tipos de influência:
• Políticas económicas:
o Locais e regionais;
o Nacionais;
• Regulamentação e fiscalização das actividades económicas;
• Peso do estado enquanto agente económico:
o Através de empresas estatais;
o Através da dimensão do sector público administrativo.
• Fiscais;
• Agrícolas;
• Industriais;
• De telecomunicações;
• Comerciais;
• De turismo, etc..
Que são constituídas, normalmente, por um conjunto de sub políticas que incidem sobre
especificidades regionais, sectoriais, etc.. Estas políticas incidem, normalmente, sobre
medidas de fomento da economia, reconversão estrutural, protecção das empresas
nacionais face à concorrência internacional, divulgação das potencialidades nacionais no
exterior, etc..
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Por outro lado, o estado devido à natureza e variedade de serviços que presta em regime de
monopólio, como é o caso de:
• Justiça;
• Segurança;
• Forças Armadas;
• Negócios estrangeiros;
• Governo geral da nação, etc..
Bem como de outros serviços em que, normalmente, detém um peso relevante no conjunto
da nação:
• Saúde;
• Educação, etc..
Tecnologia
A tecnologia deve ser entendida num sentido amplo, que engloba não apenas os
equipamentos, produtos e serviços, mas também:
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(em desenvolvimento)
Trabalho
(em desenvolvimento)
Cultura
(em desenvolvimento)
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Neste sentido, analisando-se o passado recente (desde a década de sessenta do século XX),
constata-se que neste período se têm vindo a verificar um conjunto significativo de
transformações estruturais na generalidade das economias do primeiro mundo. Essas
mudanças têm transformado, gradualmente, uma economia, predominantemente,
industrial numa outra economia, predominantemente, informacional. Ou seja, tem-se
registado uma transição de uma economia baseada, sobretudo, na transformação energética
de recursos materiais em produtos, para uma outra economia em que elementos
informacionais se têm vindo a tornar dominantes e decisivos. A nova economia que está a
implantar-se já foi denominada de diversas formas, devido à ambiguidade inerente às
mudanças em curso: nova economia, economia de serviços, economia terciária, economia
da informação, economia do conhecimento, economia da aprendizagem, economia
quaternária, etc.. Em face desta situação pretende-se criar um quadro de referência que
permita compreender alguns aspectos desta nova realidade em que nos encontramos,
crescentemente, envolvidos.
Para o académico francês Jacques De Bandt o que distingue esta nova economia é a sua
dimensão de aprendizagem. Um processo de aprendizagem traduz-se na criação e/ou
aquisição de novos conhecimentos. Será em torno destas duas dimensões - aprendizagem e
conhecimento - que se caracterizará esta nova economia de acordo com algumas variáveis
sistematizadas por De Bandt.
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Com efeito, para se resolverem os novos problemas que têm surgido nos mais diversos
domínios, tem-se revelado necessário considerar os sistemas em que os problemas estão
inseridos. De facto, quer as realidades enfrentadas, quer as próprias organizações,
constituem sistemas. Estes sistemas são compostos por n dimensões, para cada uma das
quais se revela necessário criarem-se conhecimentos, de forma a se poderem desenvolver
soluções adequadas. Por outro lado, as dimensões em causa são interdependentes, pelo
facto de constituírem um sistema (em que o todo é maior que a simples soma das partes).
Deste modo, os conhecimentos que se torna necessário criar precisam de considerar,
também, as interdependências presentes. Está-se, portanto, em presença de problemas
complexos pelo facto de ser necessário atender a n variáveis interdependentes quando se
busca uma solução para os mesmos.
Em face deste contexto, verifica-se que existe uma dependência cada vez maior em relação
a novos conhecimentos. Tanto de novos conhecimentos complexos, como de novos
conhecimentos complexos que sejam simplificados. O que significa que se está, cada vez
mais, dependente de um fluxo contínuo de inovações. Para que se possa criar,
sistematicamente, inovações, torna-se necessário desenvolver processos de inovação, que
se devem subdividir em dois componentes:
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Conhecimento de soluções
Com efeito, está-se a assistir à emergência de um novo sistema técnico. Esse novo sistema
técnico tem-se desenvolvido num espaço global, no âmbito de um regime capitalista, em
simultâneo com o desenvolvimento de novas formas de socialização, novas tecnologias e
novas instituições. As situações acabadas de referir configuram um novo modelo de
crescimento, que se revela mais complexo do que os sistemas técnicos anteriores,
comportando, portanto, novos requisitos a vários níveis:
o Desenvolvimento especializado;
o Engenharia do conhecimento;
o Processamento de dados relativos a informações de negócios com vista a criar-se
valor.
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Após a análise das condições em que se tem vindo a produzir conhecimentos complexos,
de uma forma cada vez mais generalizada, apresenta-se um quadro de referência relativo a
essas mesmas condições.
Trabalho cooperativo
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Deste modo, as diversas actividades económicas e sociais estão, cada vez mais,
dependentes de activos não materiais, assim como do seu contínuo desenvolvimento, de
forma a se poder ir solucionando os novos problemas que se vão revelando. É desta forma
que activos não materiais (informacionais) se têm vindo a tornar dominantes e decisivos.
Compreende-se, assim, que a Economia do Conhecimento tenha tendência a estender-se,
cada vez mais, à generalidade das áreas de actividade humana. Dependendo,
essencialmente, dos processos de aprendizagem que permitem criar mais conhecimentos
complexos de uma forma, cada vez mais, eficaz e eficiente.
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Aumento
Problema de Simplificação Solução
Informação
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Complexidade e incerteza
Problemas para as empresas
Concorrência
Problemas complexos
Necessidade de inovar
Necessidade de criação de conhecimentos complexos
Investimentos
não materiais Sem garantias
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