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O Neoliberalismo é uma doutrina socioeconômica que acredita que o Estado deve interferir

o mínimo possível na economia, pois os neoliberais acreditam que quando o Estado


interfere na economia, ele acaba limitando as ações comerciais. Vai de encontro ao
capitalismo e bate de frente com o Estado. Passou-se a criticar o Estado, ao contrário do
que era feito antes, que era a crítica ao capitalismo. Isso porque, a ideologia que se trás por
trás da ideia do Estado controlar a economia é que o trabalhador acaba vivendo no ócio,
enquanto que, no neoliberalismo, há uma estimulação ao indivíduo de buscar a autonomia,
a conquista de suas metas, a livre chance de ascender sócio e economicamente.
Há algumas disciplinas aplicadas no mercado, tais como a classificação e adestramento dos
corpos individuais e a distribuição espacial .
Os dispositivos disciplinares serviram para estipular uma “zona de possibilidades”. Isto é, no
neoliberalismo era pregado que o homem teria liberdade de escolha, porém, não é uma
liberdade infinita, é uma liberdade dentro da conduta maximizadora do quadro. Ou seja, não
é uma liberdade real. O homem como capital consegue fazer suas escolhas baseando- se
nos seus “próprios” interesses e na sua “liberdade de escolha”. Ele escolhe um produto por
exemplo, que irá maximizar seu bem estar, porém, essa maximização tem um limite,
conforme a teoria da utilidade marginal decrescente.

Na sociedade neoliberal, houve um grande interesse pelo lucro máximo a qualquer custo.
Além disso, uma grande vontade de demonstrar-se bem sucedido frente a sociedade. As
relações passaram a ser determinadas pelo que o outro consegue oferecer, se há alguma
vantagem lucrativa manter aquele tipo de relação. Relações vazias e baseadas no ego
individualista que o capitalismo gerou.
Além disso, a relação do homem consigo mesmo também mudou, era como se ele fosse a
empresa, não se via mais diferença entre a empresa e o homem, pois tudo era voltado para
seu negócio. Todas as condutas eram pensadas de acordo com a atividade comercial que o
indivíduo operava.
Os donos de empresa obcecados por seus negócios, não se preocupam com o bem estar
de seus funcionários, apenas querem sugar o máximo possível pelo mínimo retorno
possível. Em uma sociedade a qual o Estado interfere minimamente, não há garantias nem
defesa ao trabalhador para sustentar possíveis mal estares e punir empresários por
condutas exploradoras. Nesse caso, o trabalhador fica a mercê das vontades de seu
empregador.

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