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Aproximação com a Cultura Escrita

crianças de 4 e 5 anos

Módulo: Brincar, ler e escrever

Pauta 5: Ler para brincar


Castro, 03.11.2022

Vejamos, agora, a possibilidade de que os pequenos


leiam por si mesmos. Como se, todavia, não podem fazê-lo
convencionalmente? Pois usando as mesmas estratégias
básicas que os leitores experientes: antecipando significados
possíveis em função da coordenação inteligente de dados do
texto com dados do contexto. 

Quando as crianças leem por si mesmas, não apenas se


vinculam com a linguagem escrita, mas também começam a
explorar o sistema de escrita, integrado por letras, espaços e
sinais que se combinam de diferentes maneiras para representar
a linguagem. 
Ana Maria Kaufman (tradução livre)

Boas-vindas

No encontro de hoje vamos dar continuidade às discussões feitas em torno da leitura


pelas crianças que ainda não compreendem o funcionamento do sistema de escrita,
ou seja, aquelas que não leem convencionalmente. As crianças podem refletir muito
sobre a escrita, mesmo quando os textos não vêm acompanhados de imagens. Nesse
encontro vamos discutir o que as crianças podem aprender quando leem versos de
quadrinhas que já sabem de memória e que intervenções o professor pode fazer para
que crianças aproveitem e ampliem os conhecimentos que possuem.
Objetivos do encontro:

● Refletir sobre as condições necessárias às crianças para viverem experiências


de leitura a partir do que sabem e para que possam avançar em seus
conhecimentos sobre a escrita.
● Identificar e analisar intervenções da professora que contribuem para a
reflexão sobre o sistema de escrita.
● Compreender o que faz uma atividade ser uma boa proposta de leitura,
identificando o que as crianças podem aprender em contextos bem planejados.
● Planejar uma proposta de leitura pela criança no contexto da investigação das
brincadeiras de tradição oral.

Desenvolvimento:

1. Leitura

Erik Johansson é um artista sueco que cria imagens surrealistas em fotografia, por
meio da composição de elementos fotográficos com outros materiais. Ele captura
ideias e cria imagens que subvertem ou revestem a lógica cotidiana de novos
sentidos.

2. Proposição problematizadora

As crianças podem ler a partir do que sabem, mesmo que não saibam ler
convencionalmente?  Como essas crianças leem? Que apoio elas precisam?

3. Estudo de prática pedagógica

O vídeo 5 - Ler para Brincar - que vamos assistir apresenta um desafio às crianças.
Em duplas, elas precisam ordenar os versos de uma quadrinha. 
Depois de assistir ao vídeo, vamos refletir:

1. O que as crianças aprendem quando são convidadas a ler e ordenar os versos


da quadrinha?
2. Como a atividade foi organizada? 
3. Quais intervenções feitas pela professora você considerou mais potentes para
ajudar as crianças a refletirem sobre o sistema de escrita?

4. Sistematizações

Depois de discutir a situação do vídeo, vamos listar as principais condições didáticas


que precisam ser garantidas nas situações que convidamos a criança a ler sem saber
ler convencionalmente? A partir dessa reflexão, como você pode planejar outras
situações de leitura?

5. Avaliação do encontro

● O que você levará para o seu momento de planejamento, a fim de alimentar


a sua prática pedagógica?

6. Proposta de continuidade

Planejar uma situação de leitura para as crianças considerando o contexto mais


significativo para elas, pode ser: 

● Ordenar uma quadrinha ou parlenda de uma brincadeira cantada como


vimos no vídeo etc. 

7. Materiais e fontes:

● Projetor de vídeo e áudio.


● Vídeo Ler para brincar Módulo 2, Programa Melhoria da Educação, 
● PPT do encontro. 

8. Para saber mais:


KAUFMAN, Ana Maria (org) Leer y escribir: el día a día en las aulas. Buenos Aires, Ed.
Aique, 2009. (epígrafe - páginas 29 e 30)

CASTEDO, Mirta. Onde está escrito, o que está escrito, como está escrito. Anexo na
plataforma

LISBOA, Henriqueta. Literatura oral para a infância e a juventude: lendas, contos e


fábulas populares no Brasil. São Paulo, Peirópolis, 2002.

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