Você está na página 1de 37

Máquinas Elétricas

Prof. Humberto Ícaro P. Fontinele, Me.


Unidade III – Introdução às Máquinas Rotativas
icarofontinele@unilab.edu.br
Conteúdo de Unidade
 Principais categorias de máquinas rotativas; (aula 1)
 Conceitos introdutórios; (aula 1)
 Introdução a máquinas síncronas; (aula 1)
 Introdução a máquinas assíncronas; (aula 1)
 Introdução a máquinas CC; (aula 1)
 Máquinas com entreferros uniformes; (aula 1)
 Máquinas com entreferro não uniformes; (aula 1)
 Ondas Girantes de FMM em Máquinas CA; (aula 2)
 Tensão Gerada; (aula 2)
 Conjugado em máquinas de polos não salientes;
(aula2)
2
Conteúdo de Unidade
 Conjugado em máquinas de polos salientes; (aula 2)
 Saturação magnética; (aula 2)
 Fluxo dispersivo; (aula 2)
 FMM em enrolamentos distribuídos; (aula 3)

3
Principais Categorias de Máquinas
Rotativas
Assíncrono

Monofásico

Síncrono
Máquina C.A.

Assíncrono De gaiola
De anéis (ou rotor bob.)
Trifásico
Imã permanente
Universal
Síncrono
Pólos salientes

Excitação série Pólos lisos


Máquina C.C. Excitação independente

Excitação compound

Imã permanente

4
Conceitos Introdutórios
 Lei de Faraday e Lenz
 Alterações no fluxo concatenado devido ao
movimento mecânico
 Conversão eletromecânica de energia
 Tensões são geradas nos enrolamentos ou grupo
de bobinas
 Quando giram dentro de um campo magnético
 Quando campo magnético gira próximo aos enrolamentos
 Quando relutância do circuito varia com a rotação do rotor

d d d  L  I 
e  N 
dt dt dt
5
Conceitos Introdutórios
 Enrolamentos
 Grupos de enrolamentos
 Enrolamento de armadura
 Enrolamento que conduz corrente CA
 Máquinas CA (Síncronas e Assíncronas)
 Enrolamento de armadura está no estator
 Enrolamento estatórico
 Máquinas CC
 Enrolamento de armadura está no rotor
 Outro enrolamento (Máquinas CC e Síncronas)
 Enrolamento de Campo

6
Conceitos Introdutórios
 Enrolamento destinado a produção do fluxo principal de
operação da máquina
 Na máquina síncrona
 Enrolamento de campo encontra-se no rotor
 Na máquina CC
 Enrolamento de campo encontra-se no estator
 Ímãs permanentes também são usados como
enrolamentos de campo
 Funcionamento das Máquinas CA
 Produção de campos girantes no entreferro
 Enrolamentos trifásicos
 Produzem campos girantes

7
Conceitos Introdutórios
 Estator e rotor são feitos de aço elétrico
 Enrolamentos são colocados em ranhuras na
estrutura
 Questões relacionadas as máquinas rotativas
 Fluxo variável no tempo na armadura induz correntes no
ferro
 Correntes parasitas
 Para minimizar efeitos
 Construção da armadura em chapas delgadas isoladas
entre si

 Máquinas Especiais (Relutância e Passo)


 Não possuem enrolamentos no rotor
8
Conceitos Introdutórios
 Similaridade entre tipos de máquinas
 Apesar dos diversos tipos
 Maioria dos comportamentos são semelhantes
 Todas apresentam conjugado, tensão e comportamento
de distribuições de fluxo magnético
 Estudo físico é importante
 Teoria dos campos girantes
 3 máquinas principais
 Máquinas Síncrona (Trifásica)
 Máquina Assíncrona (Trifásica)
 Máquinas CC
 Todas podem ser usadas como motor e gerador

9
Introdução às Máquinas Síncronas
 Análise da máquina elementar:
 O enrolamento de campo é excitado
por uma corrente CC que é levada
até ele por meio de escovas que
fazem contato com anéis coletores;
 O enrolamento de armadura consiste
em uma única bobina de N espiras e
Estão alojados em ranhuras
diametralmente opostas;
 O rotor é girado a velocidade
constante a partir de uma fonte
mecânica conectada ao seu eixo;
 Supondo enrolamento de armadura
aberto, o fluxo dessa máquina será
produzido apenas pelo enrolamento
de campo.
10
Introdução às Máquinas Síncronas
 É vantajoso ter:
 Enrolamento de campo
 Único e de baixa potência
 Enrolamento de armadura
 Polifásico e de alta potência

 Operação como gerador: mais comum

11
Introdução às Máquinas Síncronas
 Análise Ideal
 Distribuição do fluxo de entreferro senoidal
 Velocidade constante
 Tensão induzida no enrolamento de armadura também será
senoidal

12
Introdução às Máquinas Síncronas

 Análise Ideal
 Para que seja produzida uma tensão com 60 Hz no tempo
 A velocidade do rotor deve estar em 3600 RPM

 Há máquinas com mais de dois pólos


 Existe um relação entre a velocidade mecânica e a
freqüência da tensão gerada no enrolamento de armadura

13
Introdução às Máquinas Síncronas

P
e    a
2

14
Introdução às Máquinas Síncronas
𝑃 𝑛 120  f
𝑓𝑒 =
2 60
→ n e
 RPM 
P
 A expressão indica uma relação entre a velocidade mecânica e
a frequência da tensão induzida pelo número de polos
 Há dois tipos de rotores nas máquinas síncronas
 Rotor de polos salientes
 Máquinas com esses rotores são para baixas velocidades
(abaixo de 1200 RPM) (hidrogeradores)
 Rotor cilíndrico ou polos lisos
 Máquinas para altas velocidades (entre 1200 e 3600 RPM)
(turbogeradores)

15
Exercício 1

Considere um estator trifásico excitado com correntes equilibradas de 60 Hz.


Obtenha a velocidade angular síncrona em rad/s e a velocidade em RPM
para rotores com dois, quatro e seis pólos.

120 fe 2
ns  s  e
P P

Pólos Ns (RPM) ws (rad/s)


2 3600 120pi
4 1800 60pi
6 1200 40pi

16
Exercício 2

Considere um estator trifásico excitado com correntes equilibradas de 50 Hz.


Obtenha a velocidade angular síncrona em rad/s e a velocidade em RPM
para estatores com dois, quatro e seis pólos.

120 fe 2
ns  s  e
P P

Pólos Ns (RPM) ws (rad/s)


2 3000 100pi
4 1500 50pi
6 1000 33,3pi

17
Introdução às Máquinas Síncronas
 Rotores da máquina síncrona
 Rotor de pólos salientes
 Possuem enrolamento
concentrado
 Entreferro variável
 Rotor cilíndrico ou liso
 Possuem enrolamento
distribuído
 Entreferro constante
 Características físicas da
máquina síncrona e seus
rotores
18
Introdução às Máquinas Síncronas
 Comparativo de características físicas das máquinas
com seus devidos aspectos de construção

Diâmetro e comprimento axial do rotor e entreferro de algumas MSPS

Potência (MVA) Pólos gmín (mm) Drotor (mm) Lrotor D/L


(mm)
10 12 13 1.844 600 3,07

11,2 30 11 3.428 560 6,12

225 36 20 7.360 2350 3,13

245 80 18 14.464 1320 10,95

472,6 60 27 12.446 932 13,35

19
Introdução às Máquinas Síncronas
 Comparativo de características físicas das máquinas
com seus devidos aspectos de construção

Diâmetro e comprimento axial do rotor e entreferro de algumas MSPL

Potência (MVA) Pólos gmín (mm) Drotor (mm) Lrotor (mm) D/L

24 2 28 750 2000 0,375

49 2 32,5 800 3000 0,267

188,24 2 65 1000 3500 0,286

20
Introdução às Máquinas Síncronas
 Geradores trifásicos e enrolamentos da armadura
 Máquina trifásica elementar, dois pólos, uma bobina por fase
 Máquina trifásica elementar, 4 pólos, duas bobinas por fase

21
Introdução às Máquinas Síncronas
 Geradores trifásicos e enrolamentos da armadura
 Máquina trifásica elementar, dois pólos, uma bobina por fase
 Máquina trifásica elementar, 4 pólos, duas bobinas por fase

22
Introdução às Máquinas Síncronas
 Operação como gerador
 Velocidade síncrona alcançada no rotor
 Excitação CC no rotor, e terminais de armadura em aberto para
estabilização da tensão induzida no enrolamento
 Excitação no rotor faz com que o campo, estacionário em
relação ao rotor, gire na velocidade síncrona
 Fechamento do circuito (qualidade da carga acoplada)
 No acoplamento da carga trifásica, há criação de uma força
magnetomotriz girante à velocidade síncrona.
 O conjugado eletromagnético será função destas duas ondas de
força magnetomotriz girantes à velocidade síncrona e defasadas
uma em relação a outra.
 O conjugado eletromagnético irá se opor ao conjugado mecânico.
Daí a importância da regulação da potência inserida na máquina.

23
Introdução às Máquinas Síncronas
 Operação como motor
 A máquina será alimentada por uma fonte trifásica com
freqüência definida
 Isso gera uma força magnetomotriz girante a velocidade síncrona
de alimentação
 Problema: Como fazer o rotor começar a girar, visto que ao
ser acionado com CC, a onda é estacionária?
 Lembrando-se da máquina elementar estudada, lembra-se que a
máquina só terá torque médio na velocidade síncrona
 Necessidade de um torque inicial (Excitatriz)
 Após velocidade até 70% da síncrona, pode-se alimentar a
máquina com corrente CC (Rotor)

24
Introdução às Máquinas Assíncronas
 Também conhecido como Motor de Indução (Gerador
de Indução), que no caso a ser estudado, trifásico;
 Possui o mesmo enrolamento de armadura do
gerador trifásico síncrono:
 Correntes CA, trifásicas, no enrolamento de armadura,
produzem uma força magnetomotriz girante no tempo, com
velocidade síncrona
 Induz tensões no enrolamento trifásico do rotor.
 Caso haja uma carga conectada nesse enrolamento, há
corrente no enrolamento que gera outra força magnetomotriz
girante no tempo, com velocidade síncrona
 Dois campos girantes no tempo: conversão de energia

25
Introdução às Máquinas Assíncronas
 Geralmente utilizada como motor
 Podem ser usadas como geradores
 Possuem dois tipos de rotores
 Gaiola de Esquilo

 Sem acesso externo

 Composto por barras de cobre incrustadas nas


extremidades do rotor e curto-circuitadas

 Rotor bobinado
 Com acesso externo

 Possui enrolamento trifásico no rotor, e o acesso aos


terminais se dá por anéis coletores e escovas.
 Se alimentada pelos dois terminais, é chamada de
duplamente alimentada 26
Introdução às Máquinas Assíncronas
 Sobre rotor gaiola de esquilo:
 Número de polos é igual ao número de polos do estator
 Correntes em ranhuras adjacentes tem defasamento
relacionado com o número de fases
 Cada fase tem apenas ½ espira (um condutor apenas)
 Número de ranhuras entre rotor e estator é diferente (Evitar
conjugado de relutância)
 Ranhuras são geralmente inclinadas na sua posição axial
 Enfraquecimento de harmônicas espaciais
 Diminuir a pulsação no conjugado
 Evita-se maior influência das espiras no fluxo magnético

27
Introdução às Máquinas Assíncronas
 Funcionamento do motor de indução trifásico
 As forças magnetomotrizes oriundas dos campos girantes
se encontram, apesar de em movimento síncrono,
defasadas de certo deslocamento angular. Esse
deslocamento, origina conjugado.
 A força magnetomotriz do rotor, na verdade, se encontra

em igual velocidade da força magnetomotriz do estator,


devido o rotor está em movimento com uma velocidade
mecânica próxima da síncrona, mas diferente.
 A velocidade com que a força magnetomotriz gira em

relação ao próprio rotor é chamado de escorregamento


 Curva típica desse motor é a curva conjugado por
escorregamento

28
Introdução às Máquinas Assíncronas

 Curva característica do motor


 Tudo sobre o funcionamento do motor
 Possíveis adaptações que venham a ocorrer no motor

29
Introdução às Máquinas CC

 Como já observado
anteriormente, a máquina
CC tem enrolamento de
armadura no rotor
 O acesso a tensão CC no
rotor é dado por: anéis
coletores, escovas e um
comutador
 Na verdade, comutadores
são um tipo de anel
coletor modificado

30
Introdução às Máquinas CC
 Comportamento do fluxo no entreferro
 Comportamento da tensão induzida com dispositivo de
retificação mecânica

31
Introdução às Máquinas CC

32
Introdução às Máquinas CC

33
Introdução às Máquinas CC

34
Introdução às Máquinas CC

35
Exercício 1
O rotor de um gerador síncrono de 6 pólos está girando em velocidade
mecânica de 1200 RPM. A) Expresse essa velocidade mecânica em
radianos por segundo. B) Qual a frequência, em hertz, da tensão gerada? C)
Que velocidade mecânica, em rotações por minuto, é necessária para gerar
tensão na frequência de 50 Hz?

1200
m  2     40    125,66 rad s
60

P n 
f      RPM   3  20  60 Hz
 2   60 

nRPM 
 f  60  3000  1000 RPM
P 3
2

36
Exemplo 2
A tensão gerada em uma fase de um gerador trifásico síncrono a vazio é da
forma abaixo. Escreva expressões para a tensão nas duas fases restantes

v  t   V0  cos t 

v  t   V0  cos t  120º 

v  t   V0  cos t  120º 

37

Você também pode gostar