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Mestrado em Ensino de Física

Medindo distâncias
com Supernovas
Cosmologia
Aluno: Mateus
Macieira
Expanção do Universo
Lemaître deduziu teoricamente e Hubble
inferiu apartir de observações de galáxias a
conhecida leide Hubble-Lemaître, que
determina que a velocidade com que os
objetos no Universo se afastam uns dos outros
é proporcional à distância entre eles.
Para obter a distância de luminosidade em
função do desvio para o vermelho, Hubble
usou estrelas variáveis cefeidas, que não
podem ser observadas a distâncias além do
Grupo Local de galáxias, ao qual pertence a
Via Láctea.
Supernovas

Uma supernova (SN) é uma explosão que


ocorre no estágio final da evolução de
algumas estrelas ou sistemas de estrelas.

Devido a essa explosão ela emite grande


quantidade de luminosidade, o que permite
que seja visível a grandes distâncias.

Classificação das Supernovas:


Quanto aos seus espectros
Quanto as suas curvas de Luz
Classificação das Supernovas
Supernovas do Tipo I:

Não apresentam linhas de hidrogênio nos


seus espectros.

As SN do tipo I, por sua vez, são divididas


entre:

1. Tipo Ia, que apresentam linha de silício II


(uma vez ionizado) no espectro.

1. Tipos Ib e Ic que não possuem essa


Exemplos de espectros de supernovas Ia
característica.
observados 4 dias após o máximo de brilho
Classificação das Supernovas
Supernovas do Tipo II:

Apresentam linhas de hidrogênio nos seus


Uma _______ é uma
espectros.

resposta para a pergunta


As SN do tipo II são, em geral, classificadas
de
de um experimento.
acordo com a forma das suas curvas de
luz.

Classificação dos tipos mais


comuns de supernovas.
As SN do tipo II, Ib e Ic ocorrem devido
ao colapso gravitacional de estrelas
massivas (acima de 8 vezes a massa do
Sol),
As SN Ia têm origem na explosão
termonuclear de estrelas anãs brancas
em sistemas binários.

O fato de haver um limite máximo para a


massa de uma anã branca (1,4 vezes a
massa do Sol) faz com que todas as Exemplos de curvas de luz de supernovas Ia.
explosões de SN Ia sejam muito similares
entre si, quando comparadas com os outros
tipos de SN, e essa homogeneidade é
fundamental para asua aplicabilidade em
cosmologia.
SUPERNOVAS COMO
PARTE 1
VELAS PADRÃO
Uma maneira de estimar a distância de uma fonte é através da distância de
1. Umaque
luminosidade, conclusão
é dado épor:
uma resposta para a pergunta de
um experimento.
2. Um experimento é feito para verificar se uma hipótese está
correta ou não.
3. Uma hipótese é uma explicação provisória para uma questão
científica que pode ser investigada.
4. Um cientista atento observa os detalhes do ambiente
Onde:
em que está.
F é o fluxo que recebemos na câmera do telescópio,
L é a luminosidade da fonte medida por um observador a 10 parsecs de distância
e em repouso com relação a ela.
Para estimar a distância de uma O uso de supernovas como velas
fonte a partir do fluxo observado, padrão remonta à década de 1960,
é preciso ter uma estimativa da quando Kowal usou uma amostra de
sua luminosidade. supernovas do tipo I para estimar
distâncias de luminosidade.
Velas padrão, consistem em
classes uniformes de fontes, todas Atualmente sabemos que esses
com a mesma luminosidade. eventos não são rigorosamente velas
padrão, apresentando variações não
desprezíveis nas suas luminosidades o
que, consequentemente, afetam a
medida de distância obtida.
Magnitude Cor (ou, à rigor,
“índicede cor”)
É a medida de brilho mais
É a diferença entre as
utilizada é a chamada, que
está relacionada com o magnitudes de um objeto
logaritmo do fluxo de um medidas com dois
corpo celeste. diferentes filtros.
Cor (B-V) Ajustes
Mark Phillips em 1993, encontrou
A cor (B-V) de um objeto é, fortes correlações entre o fluxo
por exemplo, a diferença máximo e a cor (B-V) das SN Ia.
entre as magnitudes desse
Usando essas correlações é
objeto medidas com os
possível ajustar as curvas de luz e
filtros B e V. melhorar a precisão das
distâncias obtidas
METODOS DE AJUSTES DE
CURVAS DE LUZ
Dentre os vários métodos de ajuste de curva deluz, podemos destacar:

∆m15, em que o parâmetro que dá nome ao método representa a variação da


magnitude no intervalo de 15 dias a partir do máximo.
Stretch, em que o eixo temporal é mul-tiplicado por um fator para expandir
oucontrair a curva de luz na direção horizontal.
Multicolor Light Curve Shape (MLCS), que estende a proposta do m15 ∆
introduzindo um ajuste simultâneo em vários filtros e usando o módulo de
distância μ=5log[dL/(10pc)] como um parâmetro a ser ajustado, tornando esse
método um estimador de distância.
Spectral Adaptive Lightcurve template (SALT), que segue a ideia do stretch,
usando como ponto de partida a média, edesvios de primeira ordem em torno
dela, dofluxo específico em função do comprimentode onda e do tempo.
A figura de cima ilustra
curvas de luz no filtro B de
supernovas Ia
A figura de baixo mostra a
correção pela distância,
desvio para o vermelho e
utilizando o método
stretch.
As curvas de baixo
também foram deslocadas
na vertical para coincidir
no máximo.
CONCLUSÃO
As supernovas são eventos extraordinários, devido a grande
explosão gerada, sua luminosidade é muito grande.

Devido a luminosidade das SN do tipo Ia ser semelhante a


uma vela padrão, podemos usa-la para medir grandes
distâncias no universo.

Utilizando de métodos específicos podemos melhorar ainda


mais a precisão dessas medidas.
REFERÊNCIAS
Ribamar R. R. Reis1,2e Beatriz B. Siffert3. SUPERNOVAS DO TIPO IA E A

EXPANSÃO DO UNIVERSO. Cadernos de astronomia – vol. 3, n 1 (2022).

Astronomia - Novas e Supernovas. Disponível em:


http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.ph
p?
conteudo=259#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20uma%20supernova,
da%20estrela%20antes%20da%20explos%C3%A3o.

Imagens google. Disponível em: https://www.google.com/search?


q=supernovas&sxsrf=ALiCzsat6z7pvJdImhaHMAgo0av_ESi4vA:16674299
57249&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjSpajSzJD7AhV2pZ
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