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-*",ê
DIRECÇÃO PUNAGÓGICA
DEPARTAMENTO DE PLANIFTCAÇÃO E AVALIAÇÃO
PROVA DE PORTUGUÊS
INSTRUÇOES
L A prova tem a duração de 120 mrl e contempla um total de 34 perguntas.
2. Leia atentarnente a prova e responda na Folha de Respostas a lodas as perguntâs.
3. Para cada pergunta existem quatro alternatrvas de lesposta. Só uma é qLre estír
comecta. Assinalc apenas a alternativa correcta.
Os países não conseguem escapar aos acidentes da geografia que os colocam no camiún
da desgraça e aumentam a sua exposição aos riscos climáticos. Podem, no entanto, reduzir esses
riscos através de políticas e instituições que minimizam os impactos e maximizam a resiliência. A
experiência de Moçambique demonstra, de um modo valioso, que as políticas públicas podem
fazer a diferença.
Um dos países mais pobres do mundo, Moçambique está em 172o lugar em 177 no IDH e
tem mais de um terço da sua população a viver com menos de 1 USD por dia. O progresso no
desenvolvimento humano ganhou velocidade na última década, mas os fenómenos climáticos
extremos são uma fonte constante de wlnerabilidade. Os ciclones tropicais que se agrupam no
Oceano Indico são causa de preocupação de tempestades e inundações. Inundações estas que são
agravadas pelo facto de Moçambique se situar em volta de bacias de zonas baixas de nove cios
maiores rios - incluindo o Limpopo eZambeze - que drenam vastas áreas do sudeste africano antes
de atravessar o país até chegarem ao oceano.
Em 2000, Moçambique foi atingido em duas frentes. Chuvas intensas no final de 1999
incharam os sistemas dos rios até níveis recordes. Mais tarde, em Fevereiro de 2000, deu-se o
ciclone Eline, causando inundações intensas no centro e sul do paÍs. Para piorar a situação, outro
ciclone - Gloria - atingiu o país em Março. Os serviços de emergência foram surpreendidos e as
entidades doadoras foram lentas a responder. Pelo menos 700 pessoas morÍeram e 650000 foram
deslocadas,
F,m2007, Moçambique foi revisitado por um fenómeno climático semelhante. Um ciclone
violento, acompaúado de chuvas intensas, destruiu 227000 hectares de área cultivada e afectou
quase meio milhão de pessoas na bacia do Zambeze. No entanto, nesta ocasião "apenas" 80
pessoas moÍÍeram e a recuperação foi mais rápida. O que fez a diferença?
A experiência das inundações de 2000 deu origem a intensas conversações em
Moçambique e entre Moçambique e os doadores, Foram feitas análises de riscos detalhadas por
todas as bacias do país, identificando 40 distritos com uma população de 5,7 milhões, altamente
vulneráveis às inundações. Foram efectuados exercícios de simulações de catástrofes em várias
bacias de alto risco e definiram-se estratégias de gestão de risco de desastres baseadas na
comunidade. Entretanto, a rede meteorológica foi reforçada: por exemplo, em Sofala, prclvÍncia
muito pÍopensa a inundações, o número de estações aumentou de 6 para 14. Além disso,
Moçambique adoptou um sistema de aviso atêmpado de ciclones tropicais.
Os responsáveis políticos de Moçambique também recoúeceram a importância dos meios
de comunicação na preparação para a çatástrofe. A rádio é particularmente importante. A rede
Rádio Moçambique transmite na lÍngua local actualizações regulares sobre riscos climáticos,
dando informação do Instituto Nacional de Meteorologia. Durante 2007, os sistemas de aviso
atempado e os meios de comunicação permitiram ao governo e às comunidades locais identificar
atempadamente as áreas mais expostas ao risco. Nos distritos de zonas baixas mais ameaçadas
foram efectuadas evacuações em massa, Noutros locais forneceram às populações provisões de
alimentos e equipamento médico, antes da chegada das inundações.
Apesar de muito ainda ter de ser feito, a experiência de Moçambique demonstra como os
países podem aprender a viver com a ameaça de inundações, reduzindo a vulnerabilidade nas
comunidades.
Fonte: Bambaige, 2007, in Relatório de DesenvolvimenÍo Hwnano,20ü / 2408
I. COMPREENSÃO DO TEXTO
1. O texto diz que os países têm dificuldades em escapulir-se dos desastres geográficos
porque:
A. receiam políticas que fazem diferença;
B. optam por um camiúo de desgraça e de muitos riscos climáticos
C. não têm experiência nem instituições capacitadas;
D. carecem de políticas e instituições vocacionadas.
6. De acordo com o texto, o que fez a diferença nos prejuízos do ano 2000 e do ano 2007 foi:
A. a falta de experiência prévia;
B. a rápida disseminação da informação sobre as áreas em risco;
C. a evacuação das massas das zonas baixas nos distritos;
D. a criação de bases de prevenção de desastres naturais.
2
8. A palavra sublinhada na expressão "Podent, no entanto, reduzir esses riscos através de
políticas e instituições que minimizam os i.rn@. e maximizs.m a resiliência" significa,
respectivamente:
A. propósitos e relevância; C. efeitos e relevância;
B. efeitos e resistência; D. propósitos e resistência.
9. O texto em análise é:
A. expositivo * argumentativo; C. expositivo - explicativo;
B. descritivo; D. de organização de dados.
1.2. As palavras sublinhadas na expressão 'bs países gfu conseguem escapar aos dgsastres- da
geografia.,. " são, respectivamenúe:
A. preposição e adjectivo; C. advérbio e substantivo;
B. preposição e substantivo; D. advérbio e adjectivo.
13. As palavras sublinhadas na expressão "Pala piarar a situação, outro ciclone - Glória -
atingiu o país em Março." são, respectivamente:
A. preposição, substantivo, preposição; C. preposição, substantivo, advérbio;
B. advérbio, substantivo, preposição; D. advérbio, adjectivo, preposição.
14. O adjectivo sublinhado na expressão "(...) por exemplo em SoÍa.la, província rnuito
propensa a inundações (...)" está no grau:
A. superlativo relativo de superioridade; C. superlativo absoluto sintético;
B. superlativo absoluto analítiço; D. superlativo relativo de inferioridade.
19. Moçanthique a1trurtdati ltela srtrt 1tróprin expertôttcírr, - Ttrtr{e-.tc u{irntot' quc 0
experiêncía ar{quirida fci boa. Qtlai das pitl:rr'ras ou cxpt'tssões {luÍ.' se sí'Ílucnl px'ee ttchc
adequadarnente rl *spaço?
A. conlrrclo; . I). rro cntanto; (-'. irlcnt rlisso I)" poltarrto
21" As passagenÍi sublinlr*lrlas nil exprr:ssãu "l;'t.r ?{)07 $gç1111t.hitrug..{'oi retisitrtdo p!!r-urt!
fenómeno clitlÇlt!§A-§SIlAJ--4JR" clesernpenllani. res;rectiviuttettte, irs Íirrtções sinlácticas
l,.l
cit::
A. suje ito e somplêilonto agentc cla passiva;
ti. str.jcito c cornplemtilllo tlit'cctol
C. conrplerncnto ditputo c sujcitoi
D. conrplcrttcnto c t'olnplctttcllto llgcllt('tl;i p;1q111 t.
$ecto
t*,i',
22. L «rração sutrliriliatln ui "tlDesat' dZLtaWLtSJJtdt!-k1:i-9-§9-JU!tL, u r.rpcriêtr rio dc
Moçamhique 'dett'* tSli:n contl os pníses podent u1trender « rit't'r' r'rtttt u tilttt,uç'o dp
inundàçíies (,..) " ó,ii,," ,' ,
Nasci apenas eu
Nem tu nem neúum outro.,.
Mas irmão.
Teúo coração
e gritos que não são meus somente
venho de um país que ainda não existe
29. As sílabas métricas dos versos do primeiro terceto do poema em análise são,
respectivamente:
A. seis, dez e três; C. cinco, oito e seis;
B, seis, onze e seis; D. cinco, oito e quatro.
30. As Literaturas Africanas caracterizam-se por abordar temas como:
A. nacionalismo, dinamismo do homem europeu, tradições africanas;
B. nacionalismo, tradições africanas, exótico;
C. nacionalismo, desejo de liberdade, tradições aÍiicanas;
D. nacionalismo, desejo de liberdade, terrâs estraúas;
FIM