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ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS, ARQUITETOS E

AGRÔNOMOS DE MARÍLIA E REGIÃO

CURSO NBR 16280:2015 (REFORMAS) e


PATOLOGIAS NAS EDIFICAÇÕES

Engenharia Diagnóstica

Instrutor: Eng. Esp. Alex de Souza Cardoso


PATROCINADORES
Pinturas refletivas (tinta térmica)
Garantir Estanqueidade
para Proteger as
Armaduras
O que fazer para evitar?
O que fazer para evitar?
O que fazer para evitar?
O que fazer para evitar?
Exigência da NBR 6118:2014 -
Projeto de estruturas de concreto
— Procedimento
NBR 6118:2014
NBR 6118:2014
Observação: A dimensão máxima característica do agregado graúdo utilizado
no concreto não pode superar em 20% a espessura nominal do cobrimento.

NBR 6118:2014
Possíveis causas de corrosão nas armaduras do
concreto armado

Maiores responsáveis pelas manifestações patológicas


relacionados a corrosão nas armaduras são os chamados
Mecanismos Eletroquímicos:
❑ Carbonatação;
❑ Contaminação por íons cloretos;
❑ Lixiviação.
Principais causadores da corrosão de armadura do concreto
CO2 (Gás/Dióxido de Carbono) e os Íons Cloreto.

Sendo que o CO2 contribui para a despassivação da


armadura e o Cl contribui com a diminuição da resistividade
do concreto (<PH) e o ataque da camada passivadora
(pontual).

Em ambientes marinhos destaca-se a presença de íons


cloreto e em ambientes industriais a presença de CO2.
Principal prevenção para evitar a corrosão de armadura
do concreto
O cobrimento é a principal forma de proteger as armaduras.
Desde que executado de forma correta, o concreto deve ser
de boa qualidade para minimizar problemas de porosidade e
permeabilidade, já que são meios pelos quais os agentes
agressivos do meio externo chegam às armaduras.
Possíveis causas de corrosão nas armaduras do
concreto armado

❑ Deficiência de projeto;
❑ Cobrimento insuficiente;
❑ Especificações inadequadas;
❑ Falhas de execução;
❑ Manutenção; e
❑ Ação agressiva do meio ambiente.
Ataque por íons cloretos
Podem chegar até o concreto de diversas formas:
❑ Uso de aceleradores de pega;
❑ Na forma de impurezas dos agregados e da água;
❑ Atmosfera marinha, água do mar;
❑ Sais de degelo; O TRANSPORTE ocorre pelas
aberturas e principalmente
❑ Processos industriais. através de poros existentes na
massa do concreto.
Ataque por íons cloretos
Como atua no concreto armado:
❑ Diminuição do PH do concreto;
❑ Promove corrosão localizada por pite.
Indicador químico da presença de Cloreto - Nitrato de Prata
Consiste na aspersão de nitrato de
prata, seja em placas de concreto
retiradas da estrutura ou até mesmo
aspergidos no pó do concreto, em que,
ocorrerão reações fotoquímicas entre o
nitrato de prata e os íons livres de
cloretos que ficam frequentemente nas
regiões mais superficiais nas estruturas.
Frente de cloretos por meio da aspersão de indicador à base de nitrato de prata

Região clara (periférica) penetração da frente de cloretos


Ataque por Carbonatação

É um fenômeno natural que ocorre a partir da reação entre o CO2


(Gás/Dióxido de Carbono/carbônico) existente no ar e os
compostos alcalinos da rede de poros no concreto.
A carbonatação avança de fora para dentro do concreto, por meio
de uma frente carbonatada, que quando atinge a profundidade
das armaduras provoca desestabilização da camada passiva
protetora, propiciando assim o início da corrosão.
❑ Ataca o aço de forma generalizada.
Ataque por Carbonatação

Condição para o inicio da corrosão


❑ pH < 9 : Carbonatada;
❑ pH > 12 : Não Carbonatada.

Fatores que determinam a velocidade de carbonatação:


❑ Concentração de CO2;
❑ Umidade relativa do ar;
❑ Permeabilidade e reserva alcalina do concreto.
Indicador químico da carbonatação

A ocorrência do fenômeno pode ser detectada com o auxílio de


um indicador químico, por exemplo: a fenolftaleína. O indicador
muda de coloração quando em contato com substâncias de pH
básico. Uma solução com o indicador diluído em álcool pode
ser aspergido sobre o concreto. Desta forma determina a
profundidade da “frente de carbonatação,” se a mesma atingiu
ou não a armadura.
Profundidade da carbonatação
Profundidade da carbonatação
Profundidade da carbonatação
Causas que destroem a película passivadora da armadura
A corrosão das armaduras dentro do concreto somente poderá ocorrer
se for destruída a película passivadora.
Causas:
❑ Redução do pH (abaixo de 9) por efeito da carbonatação da camada
de cobrimento da armadura;
❑ Presença de íons cloreto (Cl-) ou de poluição atmosférica acima de
um valor crítico; e
❑ Lixiviação do concreto na presença de fluxos de água que percolem
através de sua massa.
Armadura Protegida

As armaduras de aço dentro da massa de concreto são


protegidas contra a corrosão pelo fenômeno da
passivação do aço, decorrente da grande alcalinidade do
meio ambiente, pois o pH da água existente nos poros
atinge valores até superiores a 12,5.
PH – Potencial Hidrogeniônico
Escala
Formação de macro célula de corrosão em concreto fissurado.
Despassivação – início de corrosão nas armaduras do concreto armado

Após a armadura ser despassivada pelo ataque de cloretos e/ou pela chegada da frente
de carbonatação, tem-se início a propagação da corrosão, desde que existam os elementos
básicos para isto, são:
Eletrólito - É essencial uma vez que, em todo o processo, existe o movimento de elétrons
de regiões anódicas para regiões catódicas da armadura.
Diferença de Potencial - A ddp é essencial porque o processo depende da formação de
uma pilha eletroquímica.
Oxigênio - Para a formação do óxido de ferro é necessária a presença de O2.
Podem também existir agentes agressivos que contribuam para aumentar a condutividade
elétrica do eletrólito (Ex.: íons cloreto, íons sulfato, dióxido de carbono, óxido de enxofre
etc.)
Despassivação – início de corrosão nas armaduras do concreto armado

A Corrosão aumenta de 3 a 10 vezes o volume da barra de aço e pressões


de expansão superiores a 15 MPa.
Progressão da deterioração da estrutura devido à corrosão das armaduras
Progressão da deterioração da estrutura devido à corrosão das armaduras
Revestimentos
Cerâmicos
Normas as placas cerâmicas- ABNT
❑ NBR 13816 - Placas cerâmicas para revestimento – Terminologia
❑ NBR 13818 - Placas cerâmicas para revestimento - Especificação e métodos de
ensaios;
❑ NBR 13753 - Revestimento de piso interno ou externo com placas cerâmicas e com
utilização de argamassa colante – Procedimento;
❑ NBR 13754 - Revestimento de paredes internas com placas cerâmicas e com utilização
de argamassa colante – Procedimento;
❑ NBR 13755 - Revestimentos cerâmicos de fachadas e paredes externas com utilização
de argamassa colante - Projeto, execução, inspeção e aceitação – Procedimento;
❑ NBR 14081 - Argamassa colante industrializada para assentamento de placas
cerâmicas.
Principais
Manifestações Patológicas
Gretamento
Alteração de cor
das Placas
na argamassa
Cerâmicas
de rejuntamento

Pontos falhos e
fissuras na

Eflorescências argamassa de
rejuntamento
Desplacamento

Trincas
provocadas pela

Estufamento movimentação
da Estrutura
Atendimento a NBR13755

Planeza

❑ As irregularidades graduais não devem superar 3 mm em relação a uma régua com 2 m de comprimento.
❑ Os ressaltos entre placas cerâmicas contíguas ou desníveis entre partes do revestimento contíguas a uma junta de
movimentação ou uma junta estrutural não devem ser maiores que 1 mm.
❑ Não deve haver afastamento maior que 1 mm entre as bordas de placas cerâmicas teoricamente alinhadas e a borda de
uma régua com 2 m de comprimento, faceada com as placas cerâmicas das extremidades da régua.
Vício de Alinhamento
Testes de percussão e teste de
resistência a aderência
Integridade das camadas da fachada

Testes de percussão e teste de resistência a tração

15 - VÍDEO
Teste de Percussão
Objetivo do Teste de Percussão:
O teste de percussão é um teste não destrutivo ao qual o
objetivo é verificar se o revestimento externo da fachada
apresenta correta aderência ao substrato (emboço), atentando-
se ao som emitido, através da zona percutida é possível
identificar os pontos que apresentam som cavo (oco) e
consequentemente, possíveis problemas de aderência.
Registro fotográfico dos pontos de
medição e com som cavo (oco) nas
fachadas
Manifestações Patológicas nas fachadas
Manifestações Patológicas nas fachadas
Manifestações Patológicas nas fachadas
Manifestações Patológicas nas fachadas
Manifestações Patológicas nas fachadas
Manifestações Patológicas nas fachadas
Vistas das fachadas
Ressaltos e/ou manifestações
patológicas constatadas.
Croqui para melhor entendimento
dos locais onde foram realizadas
as medições e teste de percussão

nas fachadas.
Torre
Fachada Fundos
Torre
Fachada Frontal
Manifestações Patológicas nas fachadas
Manifestações Patológicas nas fachadas
Manifestações Patológicas nas fachadas
Manifestações Patológicas nas fachadas
Manifestações Patológicas nas fachadas
Tabela dos dados coletados em vistoria - Torre:
Teste de resistência a aderência em
revestimentos de argamassa
Ensaio de aderência de revestimentos de argamassa foi
padronizado depois da revisão da NBR 13.528 para
auxiliar os construtores no controle das variáveis que
interferem no desempenho do produto

ABNT NBR 13528:2010 (2019 em vigor) - Revestimento de paredes e tetos


de argamassas inorgânicas - Determinação da resistência de aderência à
tração
O ensaio de resistência de aderência à tração é importante
para verificar a interação entre as camadas
constituintes do revestimento (base, camada de ligação,
revestimento), determinando o valor da tensão de
aderência máxima que o revestimento suporta, assim como
qual a interface do revestimento que apresenta menor
resistência às tensões atuantes no revestimento.
O instrumento que permite fazer tal avaliação é o ensaio de
aderência, realizado de acordo com método prescrito na norma
NBR 13.528 - Revestimentos de Paredes e Tetos de Argamassas
Inorgânicas - Determinação da Resistência de Aderência à
Tração. A principal função do teste é auxiliar na definição do
tipo de preparo da base, bem como da argamassa que melhor
funciona sob condições específicas existentes, especialmente do
substrato.
Tabela – Limites de Resistência de Aderência à tração (RA) –
Emboço e Camada Única
Procedimento para o teste
1) Furo
Com uma furadeira acoplada a uma broca tipo serra-copo de 50 mm
de diâmetro, são feitos os furos para retirada do corpo de prova. Ao
todo são feitos furos para a retirada de 12 corpos de prova
distribuídos de forma aleatória.
2) Pastilhas
Após limpeza da superfície, sobre cada furo é colada uma pastilha
circular com resina epóxi, poliéster ou similar. A pastilha deve
dispor de acoplamento para equipamento de tração.
3) Arrancamento
O passo seguinte é a introdução do aparelho de arrancamento
(dinamômetro de tração) dotado de dispositivo para leitura de
carga. As pastilhas são, então, tracionadas.

4) Amostras
Por fim, as amostras são analisadas. É calculada a Resistência de
Aderência à tração de cada corpo de prova (Ra) em MPa e
analisada a forma de ruptura de cada um deles
Furo - cortados a seco com serra copo diamantada em profundidade
além da argamassa, de aproximadamente 2 mm no substrato:
Dinamômetros de tração

Furadeira acoplada a uma broca tipo serra-copo


Interfaces de Ruptura
ABNT NBR 14081- 4:2012
Argamassa colante industrializada para
assentamento de placas cerâmicas.

Parte 4: Determinação da resistência de aderência à


tração
De acordo com a ABNT NBR 14081: 2012, as argamassas devem atender
os requisitos que são apresentados na Tabela:
Tabela – Especificação da Argamassa

A resistência mínima repassada por norma é de 0,5 Mpa.


Argamassa Colante - podem ser do tipo AC-I, AC-II, AC-III e AC-III E.
AC-I (ou AC1)
A argamassa AC-I é comumente utilizada para o assentamento de revestimentos e pisos
cerâmicos em ambientes internos. Podem ser utilizadas tanto em áreas secas como em
áreas molhadas como banheiros e cozinhas.
AC-II (ou AC2)
A argamassa AC-II pode ser utilizada tanto em ambientes internos quanto ambientes
externos. As propriedades da argamassa AC-II permitem o uso em áreas externas pois tem a
capacidade de absorver as variações de temperatura, umidade e ação do vento dos
revestimentos cerâmicos e de pisos. Deste modo, a AC-II pode ser utilizada para revestimento
externo de paredes e fachadas, pisos em áreas externas, assentamento de revestimento
de piscinas de água fria e pisos cerâmicos industriais ou de área pública.
Argamassa colante - podem ser do tipo AC-I, AC-II, AC-III e AC-III E.

AC-III (ou AC3)


A argamassa AC-III é a mais aderente dentre os três tipos de argamassa. Por
isso, a AC-III é indicada para assentamento de revestimentos cerâmicos em
fachadas onde o risco de acidentes por queda das peças é maior,
assentamento de revestimento em piscinas de água quente, sauna e para
assentamento de revestimentos de placas grandes, maiores do que 60x60cm.
AC-III E (ou AC3E)
A argamassa AC-III E é uma argamassa colante industrializada dos tipos I, II e III,
com tempo em aberto estendido, ou seja, com maior tempo de cura.
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