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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA


LICENCIATURA EM FILOSOFIA
ONTOLOGIA - CHF 524

VASCO MENEZES DAMASCENA

O PRIMADO ÔNTICO E ONTOLÓGICO DA QUESTÃO DO SER

Feira de Santana
2022
VASCO MENEZES DAMASCENA

O PRIMADO ÔNTICO E ONTOLÓGICO DA QUESTÃO DO SER

Produção textual como requisito


parcial de avaliação da disciplina
Ontologia do curso de Filosofia da
Universidade Estadual de Feira de
Santana.

Orientadora: Tatiane Pereira Boechat

Feira de Santana
2022
O PRIMADO ÔNTICO E ONTOLÓGICO DA QUESTÃO DO SER

Para melhor entendimento da questão do primado ôntico e ontológico do ser é


preciso conhecer o Ser e sua universalidade como conceito mais global de Ser. Mas
a universalidade do Ser não é a do gênero, quando expressa em termos de gênero, a
palavra Ser não atinge as regiões superiores dos entes. A universalidade do ser é
superior a todas as outras universalidades.
Se alguma coisa é compreensível, tem uma definição. Para a generalidade dos
que acreditam em Deus, estes têm definições que eles nunca viram: universal espírito,
criador ou governante do universo, fonte do bem e do mal. Heidegger continua: O
conceito mais compreensível é Ser. Conhecer, enunciar, conduzir-se relativamente a
um ente, conduzir-se relativamente a si mesmo se faz uso fazer termo Ser e o termo
é abrangente, sem mais. Pergunte sobre o que faz um ente o que ele é, porque ele
está presente em cada discussão que ocorre ou acontecerá. No entanto, Ser um dos
deuses não é o mesmo que ser outro deus. Esta questão é crítica porque aborda a
presunção de possibilidade não só dos cientistas que conduzem pesquisa sobre os
entes, mas também de pessoas que se beneficiam dela. A questão de ser refere-se
às condições de possibilidade contidas nas ontologias que precedem e subjacente às
chamadas ciências orgânicas. Para investigar a questão do Ser, é necessário
investigar como o Ser se manifesta em sua vários "modos de ser". Despedida com
uma explicação do cotidiano de Dasein, na realidade, com o objetivo de remover as
estruturas da existência. Heidegger não retorna ao Ser de uma coisa específica, mas
ao Ser em geral que permite algo para ser, como é.
"Pois de dizer: "ser" é o conceito mais universal e o mais vazio. Como tal,
resiste a toda tentativa de definição. Esse conceito mais universal e, por isso,
indefinível prescinde de definição." (HEIDEGGER, 2005, § 1, p. 27).

No § 3 e § 4 capítulos de Ser e Tempo, Heidegger discute o alcance do conceito


de ciência e a posição que ocupa em relação à colocação do problema do Ser. As
ciências positivas estão preocupadas com o estudo de uma região específica dos
entes, que era aberto por um esforço de ontologia regional. Para que haja qualquer
progresso na ciência, o domínio correspondente a ela deve ter sido descoberto
anteriormente, nos conceitos base, isto é, os conceitos em que suas teorias são
baseadas e até mesmo os objetos sendo investigados, estão à disposição de uma
aproximação preliminar da investigação.
Heidegger se refere a isso como experiência pré-científica. A experiência
científica preliminar proporciona uma interpretação inicial das diversas regiões dos
entes. É a partir deste domínio que surgem as pressões que guiam toda a ciência
positiva. No entanto, há uma ruptura na ciência com esse domínio pré-científico. A
investigação científica acaba desconsiderando a natureza de seu campo de pesquisa,
ou o campo que dá origem às hipóteses. Como resultado, os conceitos de condução
que abrem um campo de estudo em uma ciência específica raramente são
investigados e raramente articulados, seus conceitos de condução são
implementados sozinhos.
As ciências regionais, a questão sobre o domínio em que a ciência opera é
necessário antes de prosseguir para uma investigação capaz de antecipar a
interpretação do ente em sua constituição fundamental. A questão da ciência deve ser
feita através da estrutura que lhe permite obter suas ideias fundamentais. No entanto,
o método utilizado pelos cientistas é incapaz de produzir tais resultados. Ela só pode
ser sólida na sua metodologia porque não retorna às questões fundamentais; ela não
pode compreender a estrutura que ela torna possível através de seus métodos e
princípios. Somente através da ontologia a comunidade científica sabe pensar sobre
quais conceitos. A análise do Ser dos entes com as quais as ciências estão
preocupadas permite que eles aprendam mais sobre Ser. Como resultado, a carência
de fundação só pode ser reduzida por uma ontologia regional; o que deve ser
questionado são as estruturas de habilitação que permitem que o ente investigado
apareça como tal. Antecipar um certo aspecto do Ser envolve libertá-lo de sua
constituição ontológica e tornando-o disponível para a ciência.
Este ser tem dentro de si uma compreensão de sua constituição ontológica, de
sua existência, que está implicada no conceito de estar em geral. Isso o transforma
em um ente capaz de compreender Ser. A única razão para existir é existir e, como
tal, carrega uma compreensão pré-ontológica de ser. Como resultado, ontologias são
fundadas na estrutura do ser, isso explica por que a ontologia básica deve ser buscada
na análise existencial. Porque será mostrado em Analítica, uma condição de
possibilidade de ser devido ao entendimento de ser como resultado, a tarefa de
Desenvolvimento uma ontologia regional requer o desenvolvimento de uma ontologia
básica. Ontologias regionais dos muitos domínios dos entes que financiam a ciência
devem ser fundadas em um básico da ontologia.
Considerando que a questão ontológica é mais originária do que as ônticas da
ciência positiva, investigações sobre o ser de entes também deve explorar a questão
do significado de estar em geral. Nesse sentido, a uma ontologia fundamental deve
ser vista como uma investigação sobre o sentido geral de Ser, isto é, uma investigação
sobre o horizonte em que o ser aparece. Uma ontologia fundamental deve ser
completada antes de aprender sobre o ser.
Além do primado ontológico, a questão do ser tem um primado inerente em
relação ao outro perguntas. Para entender esse primado, deve-se primeiro perceber
que no discurso teórico da ciência, quando se trata para determinar os domínios dos
entes, as teorias científicas são enraizadas em atitudes e comportamentos. Ciência
ou fazer pesquisa é uma maneira de se tornar possível.
Existe algum ente entre todos os outros que podem armazenar a possibilidade
de uma elaboração sobre o significado de ser? Do ponto de vista ontológico, todos os
objetos, sejam naturais, culturais, ideias, reais ou não, têm dignidade ontológica
porque eles expressam respeito por ser ou formas de ser. No entanto, elaborar sobre
o significado de ser implica trazer a questão em si à tona. É importante entender que
o interrogatório está ligado ao tema da questão: Ser Privilegio o ser-aí como o ente
capaz de aceder ao conceito de ser implica que ele é o ente habitado pela questão do
sentido do ser. O que se busca, então, é tornar esse ente acessível àqueles que
investigam e planejam investigações, porque faz parte do estilo dele questionar. O
que isso significa é que ele está estabelecendo uma relação consigo mesmo. Ele
nunca é apenas uma ocorrência ou algo que acontece, mas ele é sempre mais do que
isso. A existência está relacionada e causada por sua própria existência. Ser-aí a
vantagem sobre as outros entes. Reconheça a possibilidade de Ser assim ou assim.
Existente ou porque ser-aí ela está decidindo o tempo todo. O entendimento de que
este Ser tem de si mesmo é dado explicitamente, ou seja, é dado no ato de existir, no
fato de existir. O homem se entende por sua existência, ele se compreende.
A compreensão do próprio ser inclui a compreensão do mundo e das pessoas
que o habitam. Como resultado, uma Analítica Existencial já está presente em um
entendimento tão abrangente. A possibilidade de uma construção ontológica aparece
ou é fundada em uma compreensão fundamental da existência, a partir de qual
aparece uma compreensão pré-ontológica do ser.
Porque a compreensão do ser é caracterizada pelo seu próprio ser antes do
desenvolvimento de qualquer ontologia explícita. Uma investigação ontológica é
sempre uma possibilidade de ser proposta por uma entidade existente. Como
resultado, a base da própria compreensão do ser, ou ontologia, é o ato de ser. Por ser
uma entidade ôntica e ontológica, tem a capacidade teórica de desenvolver uma
ontologia. Como uma entidade ontológica, ou seja, se alguém tem uma compreensão
pré-ontológica do ser, pode-se perguntar ontologicamente sobre as outras entidades.
Pergunte sobre o significado do possível. Nesse sentido, ser é a condição ôntico e
ontológica da possibilidade de todas as ontologias. A análise existencial tem
ramificações existenciais. Na vida cotidiana, é determinado o que constitui o aspecto
legítimo do ser. Interpretar esse ente ontologicamente implica abordar a possibilidade
de existência em si, o existir da existência. Isso significa que, no dia a dia, o ser-aí
deve ser visto não como uma maneira diferente de existir, isto é, com base em uma
ideia específica de existência, mas como um modo indeterminado que é único para o
ser, a é onde ele pode ser encontrado desde o início e a maior parte do tempo.
A necessidade da divisão ôntico-ontológica, em geral, só é possível com a
irrupção de tal diferença. Este estado indeterminado de ser deve ser considerado
ontologicamente, pois é na indiferença diária que nós encontrarmos as estruturas
ontológicas que compõem a existência. O primado ôntico da questão do ser
corresponde à primazia de ser interrogado como uma entidade. Desta forma, derivado
deste primado universal, o ser-a possui três primazias em comparação com os outros
entes fornecidos pelo modo ser-aí de existência: Eu a primazia ôntica, primazia
ontológica. De acordo com Heidegger, toda a verdade ontológica, em oposição à
verdade originária, é o sentido fundamental de todos verdade legítima. Isso porque,
ao mesmo tempo que o surgimento dos entes, o surgimento do eu é revelado, uma
vez que o Ser só pode ser revelado como um velado, e vice-versa. A verdade ôntica
e verdade ontológica relacionam-se com o ontologicamente em seu ser e o ente em
seu ser, respectivamente. Eles estão fundamentalmente unidos por causa de sua
referência à diferença ontológica entre ser e ser.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

HEIDEGGER, Martin. SER E TEMPO: Parte I. 15º. ed. [S. l.]: EDITORA VOZES, 2005.
325 p. ISBN 85.326.0947-3
§ 2 Ser e Tempo Comentado. Gravação de Podcast Ser e Tempo Comentado.
YouTube: [s. n.], 2017. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=peGtsSrShtc. Acesso em: 17 jun. 2022.
§ 3 Ser e Tempo Comentado. Gravação de Podcast Ser e Tempo Comentado. [S. l.]:
YouTube, 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Rb3bf3XGhho.
Acesso em: 17 jun. 2022.
§ 4 Ser e Tempo Comentado. Gravação de Podcast Ser e Tempo Comentado.
YouTube: YouTube, 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Z9o1-
yygRsg. Acesso em: 17 jun. 2022.

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