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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA


LICENCIATURA EM FILOSOFIA
FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA E COLETIVIDADE - CHF 252

VASCO MENEZES DAMASCENA

OS EXISTENCIAIS FUNDAMENTAIS DO SER DO DASEIN

Feira de Santana
2022
VASCO MENEZES DAMASCENA

OS EXISTENCIAIS FUNDAMENTAIS DO SER DO DASEIN

Produção textual realizada como atividade


avaliativa da disciplina Filosofia
Contemporânea e coletividade do curso de
Filosofia da Universidade Estadual de
Feira de Santana.

Orientadora: Prof.ª Dra. Tatiane Pereira


Boechat

Feira de Santana
2022
OS EXISTENCIAIS FUNDAMENTAIS DO SER DO DASEIN

O Dasein é ser-no-mundo, ele é o ser dos entes que encontram entendido


dentro do mundo. Dasein tem uma maneira privilegiada de estar no mundo, uma vez
que permite que ele determine a seu próprio ente, embora não completamente. Ser
no-mundo é se revelar, manifestando-se como um fenômeno de Dasein. O ser do ente
que é Dasein se manifesta dentro do mundo. Não há compreensão de ser-no-mundo
como se a existência de Dasein existisse de um lado e do mundo em o outro. O mundo
é um lugar onde os entes existem, da mesma forma que estar no universo, na
natureza, e coisas valiosas existem. Há existências fundamentais do ser do Dasein
que compõe melhor esse entendimento Heideggeriano. Existenciais pertencem aos
modos de existência do homem, enquanto as categorias referem-se a modos não
humanos de existência. O Dasein é o ente que descobre e revela o Ser com base em
sua condição existencial. Dasein é o ente em que o Ser se manifesta.
De acordo com Heidegger, a existência expressa um respeito único e exclusivo
pela Dasein e está aberta a movimento. Caracteriza a capacidade do Dasein de se
projetar, de se deixar de existir; em outras palavras, o Dasein é o que pode ser. Ser é
ter a capacidade de ser no sentido de estar sempre imerso em um mundo onde seu
ser está constantemente em jogo. A essência da existência de Dasein em nada parece
ser algo estável, determinado ou definido, mas não tem o caráter invariável do que é
ou uma definição definitivamente válida. Como resultado. Dasein existe e nada mais.
A existência heideggeriana é distinguida pela multiplicidade de modos de ser, que é
uma característica única de Dasein. O mundo é a estrutura em que um Dasein vive
como um Dasein. Como forma de ser no-mundo, ele é lançado ao mundo.
Em Ser e Tempo, mais precisamente no § 29, Heidegger apresenta o Dasein
como disposição, fazendo uma distinção entre disposição e tonalidade afetiva em
termos de uma distinção entre ontológico e ôntico. Ôntico é o que dizemos sobre ente,
e ontológico é o que dizemos sobre ser. Em termos do conceito de ser, Heidegger
afirma que todo ser é o ser de um ente, no sentido de que não há ser separado, e que
ser torna os entes compreensíveis, de modo que não pode ser concebido como
separado.
Talvez quando não reconhecemos nossas emoções ou mesmo considerá-los
como meros sentimentos de passagem, eles revelar algo sobre quem somos para
nós. Heidegger parece estar dizendo que nós só temos essa variação, porque já
temos uma maneira de estar com o qual estamos sempre preocupados, ou seja,
somos constantemente afetados pelo fato de que não somos deste mundo. Essa
variação de tonalidades nos torna ainda menos apreciadores deles. Portanto, estamos
sempre preparados para sermos afetados pela forma como as coisas se
desenvolvem. Não é só um sentimento ou um estado de ser. É o tom afetivo que
conecta ao mundo, e estado de humor. A tonalidades afetivas são um existencial
fundamental fenômeno, um modo de ser para Dasein, e que isso implica que eles não
são físicos ou mudanças químicas, estados subjetivos, ou mesmo mudanças
qualitativas em um assunto, mas sim que eles revelam diretamente a nossa
existência.
“O que indicamos ontologicamente como termo disposição é, onticamente, o
mais conhecido e o mais cotidiano, a saber, o humor, o estado de humor.
Antes de qualquer psicologia dos humores, ainda bastante primitiva, trata-se
de ver este fenômeno como um existencial fundamental e delimitar sua
estrutura.” (HEIDEGGER, 2005, § 29, p. 188)

Disposição, sentimento de situação, senso de situação, ou até mesmo em


afetos, são termos diferentes para o mesmo fenômeno existencial que é
originariamente constitutivo do Dasein, e isso implica dizer que a disposição não é
eventual ou ocasional, porque o Dasein é sua como resultado, a disposição denota
uma estrutura ontológica que torna possível a tonalidade que flui no contexto de
maneiras específicas para Dasein sentir.
A primeira característica ontológica da disposição diz respeito à nossa abertura.
Na análise de Heidegger, a emoção é uma abertura primitiva que revela o estar Dasein
em um mundo de contextos e relacionamentos, independentemente de o Dasein estar
consciente de estar envolvido nesse contexto. Esta abertura revela o nosso ser
lançado em nosso fato de ter que ser, o que leva a um desvio, um desvio de nosso
potencial para ser e nossa capacidade de ser, em projetos e interesses que moldar o
curso de nossa existência. O Dasein aparece não está ciente de por que este é o caso.
Isso pode ser porque eles não têm acesso às razões para seu mau senso de humor
ou porque eles são primários para explicá-los. Nesse sentido, há oportunidades
limitadas para o conhecimento a ser adquirido, e Dasein não sabe por que seu próprio
eu, ao qual ele é constantemente referido e contextualizado, é um peso. Isso pode ser
porque ele lida com esse peso subconscientemente e sem consciência.
O Dasein já desenvolve dentro de uma auto-herança da tradição, dentro da
história social e cultural em que está incorporada. A partir desta condição, pode se
dizer que o Dasein sempre responde de acordo com a forma como ele relaciona com
o seu ser, isto é, submetendo-se à imposição de uma interpretação tradicional, de
acordo com seu poder, independentemente de qualquer decisão consciente, e
buscando, se necessário, uma interpretação de si mesmo fora dos parâmetros
fornecidos pela tradição, de acordo com seu poder. Desta forma, ele já é sempre
responsável por sua condição de a, é. A disposição nos revela que o Dasein não tem
essência previamente dada e que sua existência não é final e conclusiva. Não há um
resultado predeterminado que limite o que ele pode ou não alcançar. Ele foi dado
existência, e agora ele está desempenhando o papel de si mesmo, para o qual ele
sozinho é responsável. No uso de afetividade. Dasein é colocado em oposição a quem
ele já é.
Portanto, a alegação de que tonalidades afetivas são nossa abertura nos leva
a aprender que quando interagimos com as coisas no mundo, fazemos primeiro de
uma forma afetiva. Como resultado, dependendo de como nos relacionamos com o
que encontramos em todo o mundo, ou enviamos ou nos rejeitar em nosso
lançamento. Estas são as tonalidades que fluem que são colocados na frente do nosso
a, ou na frente de nós ter que ter certas possibilidades já apropriadas, como se tornar
um professor ou enfermeiro. Nós somos diretamente afetados por tudo o que nós
encontramos no mundo, independentemente de como escolhemos estar com ele.
O medo em Heidegger. É analisado a partir de três perspectivas intersetoriais:
o que se teme, o que se realmente disse sobre medo e "para quê". O que se teme. A
análise é análoga à discussão metodológica na introdução, quando Heidegger
descreve o formal estrutura do inquérito do argumento ST. Em caso de medo, as
perspectivas associativas fornecem uma visão geral da composição do sistema. É
necessário seguir o raciocínio heideggeriano passo a passo, a fim de compreender a
disposição como um dos o fundamentos da abertura que o Dasein é. Cada opção abre
a porta para o Dasein existir fora do mundo, ou seja, ele ativa os elementos que
compõem sua existência. Assim, o que é temido, é sempre um ser que vem ao mundo
e tem a capacidade de ser por Manual dom simples, ou mesmo co-presença. Como
resultado, Heidegger demonstra como o universo é colocado em jogo pelas criaturas
que vêm em contato com ele. Neste caso em particular, tudo o que causa medo
sempre se manifesta como uma ameaça. O medo se enraíza em um entrelaçado jogo
de espaço. Não é preciso dizer que a proximidade e a distância são importantes, mas
como alguém pode entender, em termos ontológicos, espacialidade das Dasein, onde
algo entra em contato? Heidegger preparado para discussão quando abordou
anteriormente a questão da etnia de Dasein. A ideia de espaço não está conectada a
um lugar onde as coisas estão, como como uma sala vazia tem um muito espaço para
móveis ou quantas cadeiras podem caber em uma sala de aula vazia. Referência
ontológica é feita à especificidade das Dasein. Ao mesmo tempo, a estrutura de uma
certa área. O Dasein é espaço e não existe apenas no espaço como um ponto de
referência para que os outros itens na sala se relacionam.
Heidegger descreveu a estrutura ontológica da abertura que cada Dasein
sempre foi baseada em dois complementares conceitos existenciais: disposição e
compreensão. No entanto, esta divisão é didática. Enquanto a disposição e a
compreensão são co-originações de fenômenos existenciais (ontológicos), isso
significa que ambos ocorrem simultaneamente e estão sempre entrelaçados. A
verdadeira compreensão não pode existir sem disposição da mesma forma que a
disposição não pode existir sem compreensão. Além disso, assim como a estrutura
fundamental da abertura, disposição e compreensão servem de base para a
linguagem usado no discurso. Isso significa que desde o início dos tempos, o Dasein
tem lançado no mundo e já estabeleceu uma certa harmonia com aqueles que o
encontram lá. A compreensão de Dasein sobre os outros seres e o mundo em que ele
nasceu já foi expandido pela disposição, que foi apoiado por suas tonalidades afetivas.
A posse, juntamente com a compreensão, é uma forma de Dasein compreender o
mundo que já foi aberto para ele devido a suas próprias qualidades intrínsecas. A
disposição não só permite a sensação de pré-lançamento e a dependência do mundo
já conhecido por ele, mas é também o modo essencial de existência em que a pré-
sensação abandona permanentemente o mundo, a fim de equilibrar por si só.
Nesse sentido, Dasein é sempre possibilidade, comportamento e relação com
o eu. Porque ele é compreendido em seu próprio ser, Dasein tem uma constituição
existencial muito específica. A existência torna-se, não obstante a ontologia
convencional, uma determinação exclusiva de Dasein. Dasein está sempre presente,
não apenas na percepção, intuição ou representação, mas na presença de qualquer
coisa que revele em si, lançando o ser para o mundo. A compreensão constitui este
ser da mesma forma que é a fonte de sua abertura. Todo o acesso é concedido via
compreensão. A compreensão, seja metafísica ou primordial, surge da mesma
estrutura essencial, introduzida como Dasein. Esta abertura aceita o ser do outro e
aceita-a, independentemente da metafísica.
A linguagem é o que pronuncia o discurso. Como uma possibilidade linguística,
Heidegger aponta o silêncio como fenômeno que indica a função do discurso. Significa
estar aberto ao mundo, bem como aos outros. Enquanto ser-no-mundo, ouvimos o
nome dos entes porque o entendemos. Este chamado do mundo pode se manifestar
de várias maneiras, como obediência, não ouvir, resistir, defender, e assim por diante.
O silêncio, como base existencial, não implica ficar em silêncio. Ele sugere um método
de falar em que ele entende o que ele está dizendo, ouve e realmente acredita ela.
Como tal, a abertura do Dasein constituído por disposição, compreensão e linguagem
significa que o homem, embora não-mundo, compreende toda a conjuntura que chega
e se instala dentro de uma disposição existencial e é pronúncia como linguagem.
Como uma conjuntura existencial, o ser humano permanece indefinível, como uma
interpretação em constante mudança, como uma abertura vista. Essa abertura ocorre
tanto na revelação quanto na ocultação. O que é revelado é a verdadeira natureza do
ser, no sentido de Alétheia (verdade). Dessa forma, o verdadeiro eu resido, em um
evento interminável que revela a totalidade do universo.
Com tudo vale ressaltar que Heidegger articula a possibilidade de estar na
manualidade da vida cotidiana. O discurso é uma articulação, inserida do ser-no-
mundo. O modo constitutivo do discurso é dado por uma referência, uma comunicação
para discordar com e uma comunicação para se comunicar. Nada vale uma tentativa
casual de aprender diversos pedaços de determinação que resultam em linguagem.
O ponto crucial para Heidegger é desenvolver toda a estrutura ontológica-existencial
do discurso de antemão, com base em uma análise de Dasein. O discurso e a
audiência são baseados na compreensão. Segundo Heidegger, a compreensão não
surge através de muitos discursos ou de muito ouvi-los; em vez disso, apenas aqueles
que compreenderem serão capazes de ouvir. Como resultado, homem revela-se Ser
Dasein em sua dupla preferência ontológica que está em o discurso. A linguagem é
como um sinal, um instrumento que chama a atenção de Dasein. O discurso serve
como a base ontológica-existencial da linguagem, e o discurso é a articulação de
compreensão. Estar ciente e sensível à forma como Dasein existe no mundo.

“[...] todo discurso sobre alguma coisa comunica através daquilo sobre o que
discorre e sempre possui o caráter de pronunciamento.” (HEIDEGGER, 2005,
§ 34, p. 221)
Dasein é composto de disposição, compreensão e linguagem, o que significa
que o homem, embora não-mundo, compreende a totalidade da conjuntura que chega
e se estabelece dentro de uma disposição existencial e é falado como Idioma. Como
uma conjuntura existencial, o ser humano permanece indefinível, como uma
interpretação em constante mudança, como uma abertura vista. Essa abertura ocorre
tanto na revelação quanto na ocultação. Ser-no-mundo não é um refinamento da
compreensão objeto, mas sim sua desconstrução. O ser-no-mundo, ou Dasein, não
deve ser visto como um simples ser colocado no mundo, mas sim como um ser que
vive no mundo. Este pequeno pode ser entendido como uma faculdade de sua mente
ou uma dimensão do seu corpo físico. Este habitando o mundo surge da proximidade
da abertura do Dasein e do Ser de entes, uma proximidade que não pode ser
quantificada, mas que existe existencialmente como familiaridade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

HEIDEGGER, Martin. SER E TEMPO: Parte I. 15º. ed. [S. l.]: EDITORA VOZES, 2005.
325 p. ISBN 85.326.0947-3
[AULA #26] § 29. O Dasein como disposição. Intérprete: Kadu Santos. Gravação de
heideggerfacil. [S. l.]: YouTube, 2021. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=wiyYyv00d2Y&t=206s. Acesso em: 21 jun. 2022.
[AULA #27] § 30. O medo como um modo de disposição. Intérprete: Kadu Santos.
Gravação de heideggerfacil. [S. l.]: YouTube, 2021. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=wiyYyv00d2Y&t=206s. Acesso em: 21 jun. 2022.
[AULA #30] § 33. O enunciado como modo derivado de interpretação. Intérprete: Kadu
Santos. Gravação de heideggerfacil. [S. l.]: YouTube, 2021. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=gLGZipV_lTI. Acesso em: 21 jun. 2022

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