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Jornal Caminha

A partida de Belém ocorreu na segunda-feira, 9 de março. Sábado desse mês ao redor das
8:30, os exploradores se encontraram entre as Canárias, e ali andaram o dia em calma, à vista
delas, aproximadamente 4km. No domingo (22), em torno das 10, foram avistadas as ilhas de
Cabo Verde, e a ilha de S. Nicolau, segundo Pero Escolar, um dos capitães.
Segunda-feira, ao amanhecer, Vasco de Ataíde se perdeu com seu navio da frota, sem causa
aparente. O capitão se esforçou na sua procura, mas não ele não foi achado.
Foi assim que seguiram o caminho pelo mar, até que terça-feira (21) das Oitavas da Páscoa,
em abril, estando a 3200km da ilha procurada, foram notados alguns sinais de terra, como
grande quantidade de ervas, cujo os marinheiros chamaram de botelho e rabo-de-asno, e quarta-
feira seguinte, encontraram aves que chamaram de fura-buxos.
Neste dia, no horário de véspera, foi avistada terra. O avistamento foi primeiramente de um
grande monte, cujo foi nomeado de o Monte Pascoal, e a terra da foi apelidada de a Terra de
Vera Cruz. Foi mandado lançar o prumo; acharam vinte e cinco braças. Ao pôr do sol, à
aproximadamente 30km, foram lançadas as ancoras, à 41m da ilha, pois ali permaneceriam.
Pela manhã, foram até a terra, com os navios pequenos indo por primeiro. Às 10, a 2km do
destino, foram lançadas as ancoras. Dali, foram avistados de 7 a 8 homens, que andavam pela
praia. Todos os capitães foram ao navio do governador da capitania hereditária.
Os exploradores foram chegando e sendo vistos pelos homens da praia, cujo número
aumentava. Os homens da ilha eram pardos, todos nus, sem alguma vestimenta que cobrisse as
partes íntimas. Nas mãos, traziam arcos com setas. Nicolau Coelho lhes fez um sinal para que
poupassem os arcos, e eles os pousaram.
Os homens da ilha não falavam a mesma língua. Os residentes deram-lhes um chapéu
vermelho, uma carapuça de lingo, e um sombreiro preto. Assim se foram os navios, com um
final inesperado.

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