Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
PSICONEUROLOGICO E FONOAUDIOLOGICOS
Sumário
PARTE 1 A PSICOPEDAGOGIA PARA APRENDIZAGEM ............................... 3
PRÁTICAS EDUCATIVAS.................................................................................. 5
REFERENCIAS ................................................................................................ 56
1
FACUMINAS
2
PARTE 1 A PSICOPEDAGOGIA PARA
APRENDIZAGEM
Com base nos pressupostos teóricos que norteiam este trabalho faz-se o
seguinte questionamento: o professor de educação infantil é capaz de entender
a psicomotricidade, como meio de envolver os indivíduos em suas capacidades,
físicas, cognitivas, afetivas e intelectuais e sociais?
3
psicomotricidade e a psicopedagogia para as crianças, na educação infantil. Para
que o professor através do aprimoramento do conhecimento e técnicas possa
incorporar, o jogo, o lúdico, o prazer e a alegria no conjunto da vida escolar, como
dimensões indissociáveis do ser humano.
4
despertando cada vez mais, o interesse dos profissionais que atuam nas escolas.
Embora a psicopedagogia tenha nascido com o objetivo de promover uma
reeducação das crianças com problemas de aprendizagem, hoje ela se preocupa
principalmente com a prevenção do fracasso escolar.
PRÁTICAS EDUCATIVAS
Toda e qualquer ação que tenhamos pressupõe certa visão de homem e
de mundo. Nesse sentido, dentro da educação infantil, é fundamental refletir,
problematizar e desvelar o conteúdo que permeia nossas relações e concepções
acerca deste assunto.
5
interessantes e colocassem e relação umas com as outras
(1991, p.26).
ÁREAS DO CONHECIMENTO
Dentro da proposta pedagógica, as áreas de conhecimento são
compreendidas e trabalhadas de forma interdisciplinar, de forma que seja criado
um espaço onde haja uma integração dos cuidados com a educação. Podemos,
por exemplo, buscar explicações e fundamentação nas ciências naturais e
sociais para modificar práticas diárias ligadas à saúde, higiene e alimentação. As
áreas de conhecimentos, nesta proposta, ficam assim divididas:
Para Alves (2007) a linguagem é todo o sistema de signos que serve como
meio de comunicação entre indivíduos, e que pode ser percebido pelos órgãos
dos sentidos. Cada povo, em cada época, teve uma linguagem característica,
própria sua. A comunicação pode ser dada por meio de gestos, de movimentos,
de olhares, de sons, da expressão de emoção, do silêncio, da fala, do meio de
expressão da linguagem interior e, por meio dela, da aquisição da leitura e da
escrita.
6
A aquisição da linguagem desempenha um papel decisivo na
compreensão do mundo e na transmissão de valores pessoais e culturais. A
criança utiliza o código da linguagem para formular seus sentimentos e
pensamentos a fim de transmitir e receber informações. A qualidade deste
aprendizado vai depender do meio em que está inserida, de seus contatos
sociais, de sua exercitação e treino.
CIÊNCIAS
7
educador deve possuir uma postura indagativa, colocando-se a disposição para
ouvir de forma atenta as teorias explicativas das crianças.
PENSAMENTO LÓGICO-MATEMÁTICO
8
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, além de uma formação
consistente é preciso um investimento educativo contínuo e sistemático para que
o professor se desenvolva como profissional de educação. O conteúdo e a
metodologia para essa formação precisam ser revistos para que haja
possibilidade de melhoria do ensino. A formação não pode ser tratada como um
acúmulo de cursos e técnicas, mas sim como um processo reflexivo e crítico
sobre a prática educativa. Investir no desenvolvimento profissional dos
professores é também intervir em suas reais condições de trabalho (BRASIL,
1997).
9
presença da psicopedagogia e delineiam uma função que tem estado descoberta
na escola.
10
num trabalho de equipe, no qual seu papel define-se em íntima sintonia com os
demais membros da equipe, exigindo, na maior parte das vezes, um trabalho de
articulação e coordenação de papeis.
11
PARTE 2 ASPECTOS FONOUAUDIOLOGICOS
FONOAUDIOLOGIA E PSICOPEDAGOGIA
Um assunto que é recorrente no meio fonoaudiológico atualmente,
principalmente em nível dos Conselhos, é a atuação do psicopedagogo.
12
disponível em www.camara.gov.br, verificamos que o texto é muito similar ao da
Lei 6965, que reconheceu a Fonoaudiologia como profissão em 1981. Desta
forma, é de se supor, que caberia ao profissional fonoaudiólogo atuar na
prevenção, avaliação, diagnóstico e tratamento dos problemas de linguagem
escrita, conforme descreve o artigo 4 da referida Lei.
O que aconteceu?
13
DIAGNÓSTICOS FONOAUDIOLÓGICOS DOS DISTÚRBIOS DE
LEITURA E ESCRITA
Na literatura sobre aprendizagem, muito se tem discutido sobre distúrbio
versus dificuldade de aprendizagem, ficando claro que não são sinônimos. Falar
de dificuldade de aprendizagem tornou-se fato comum tanto nas escolas como
nas clínicas de acompanhamento fonoaudiológico e psicopedagógico. O número
de nomenclaturas para explicar porque uma criança não aprende é crescente e,
termos como distúrbios, desordens, déficits, entre tantos outros, são facilmente
utilizados.
14
Atualmente, nos defrontamos com dois termos para o diagnóstico
fonoaudiológico com relação às questões que envolvem a leitura e a escrita: o
primeiro, Dificuldade Aprendizagem e o segundo, Distúrbio de Aprendizagem.
Entretanto, do que falamos especificamente. Cabe aqui, esclarecer a diferença
básica entre dificuldade e distúrbio, que segundo o dicionário Aurélio da Língua
Portuguesa quer dizer:
15
necessariamente um transtorno específico como por exemplo, a Dislexia ou o
Distúrbio de Aprendizagem.
16
especificamente dos Distúrbios de Aprendizagem ligados à Leitura e Escrita, com
especial destaque para a Dislexia.
Definição
17
vida. Isto prejudica a habilidade para aprender habilidades básicas em leitura,
escrita ou matemática.
Características
Fase pré-escolar
18
Dislexias. Um dos critérios estabelecidos para realizar tal distinção é o histórico
da criança, como por exemplo: quando surgiu o problema (antes da
escolarização ou só na fase escolar), perfil comunicativo (presença de atraso de
linguagem ou distúrbio fonológico).
19
Dislexia
Divergências na nomenclatura
20
encontrados nessas crianças? E no caso de limitações cognitivas leves ou
limítrofes?
É evidente que essas crianças não podem ser enquadradas no rol das
Dificuldades de Aprendizagem. Agindo assim, estaríamos na contra-mão do que
foi discutido anteriormente, pois as dificuldades acadêmicas apresentadas por
essas crianças (TDAH, limítrofes, distúrbios de comportamento) são decorrentes
de fatores intrínsecos e não extrínsecos, como: conteúdo pedagógico
inadequado, professor despreparado, métodos de ensino, ambiente físico e
social da escola, entre outros importantes aspectos externos, mas alheios à
natureza da criança. Entretanto, e apesar de algumas ressalvas, concordamos
com a distinção feita por Zorzi (2004) no que o autor refere como de Distúrbio de
Aprendizagem e Dislexia. É preciso ter cuidado no diagnóstico. Porém, além da
lacuna na nomenclatura dessa distinção, também não há uma concordância em
relação à questão cognitiva nos Distúrbios de Aprendizagem, já que Zorzi (2004)
defende que essas crianças apresentam inteligência na média ou até acima dela,
e Capellini et al. (2008), asseveram que tal função pode ou não estar alterada.
21
podem demonstrar problemas de compreensão auditiva e de discurso, assim
como na produção de narrativa” (Santos & Navas, 2002).
2. Distúrbios da escrita
22
Distúrbios neurológicos que afetam especificamente a produção da
escrita e podem aparecer de maneira isolada ou combinados a outras patologias.
O tipo mais conhecido é a Disgrafia. Apresenta letra irregular e ininteligível,
dificuldades com a lateralidade, orientação espacial e alterações na
coordenação motora fina, porém, sem prejuízo da função cognitiva.
3. Distúrbios do Comportamento
5. Dislexia
23
“Alterações resultantes de limitações sensoriais discretas ou de anomalias
na organização dinâmica dos circuitos cerebrais responsáveis pela coordenação
visuo-audiomotora. Os indivíduos acometidos são portadores de diferenças de
aprendizagem específicas, não se tratando de uma patologia e sim de um modo
diferente de pensar, não uma incapacidade.” (SMYTLE, 2000 apud JARDINI,
2003). Trata-se de um distúrbio de origem neurológica congênita e hereditária,
com prevalência para o sexo masculino. Apresenta em seu quadro clínico os
seguintes fatores: eletroencefalograma normal, exame neurológico normal,
tomografia computadorizada encefálica normal, possíveis atrasos ou alterações
de fala, dificuldades de aprendizagem, acuidade auditiva e visual normal,
alterações de Processamento Auditivo Central, PETSCAN alterado, ressonância
nuclear magnética por imagem com volumes cerebrais homogêneos, ausência
de assimetria cerebral e inteligência normal ou acima da média.
Seguindo a divisão feita por Jardini (2003), a Dislexia faz parte do grupo
de Distúrbios de aprendizagem, com características próprias e peculiares e que
pode também ser chamada de Distúrbio específico da leitura e da escrita.
24
Capellini e Navas (2008) ressaltam a importância da investigação familial.
De acordo com as autoras a Dislexia é decorrente de uma herança familiar e
hereditária, colocando a história familial como um dos mais importantes fatores
na identificação da Dislexia.
25
Um outro aspecto que deve ser evidenciado com relação ao diagnóstico
da Dislexia é o fato de que é dado por exclusão. Os fatores que são exclusivos
no diagnóstico do disléxico são os seguintes: presença de integridade cognitiva
normal ou até superior, presença de integridade auditiva e visual, métodos de
alfabetização adequados, ter acesso à escolarização ou qualquer outra causa
que não seja intrínseca à criança. Portanto, apesar de o aluno ter todas as
condições necessárias para aprender ainda falha em adquirir a leitura e a escrita,
aí estamos com um possível quadro de Dislexia.
De acordo Zorzi (2003), estima-se que 40% dos alunos brasileiros estão
tendo dificuldades de aprendizagem, e os demais estudantes estão
apresentando baixo rendimento escolar. Em 2003, os resultados do Programa
Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) demonstram fraca atuação dos
estudantes brasileiros em leitura.
26
De acordo com os dados divulgados pelo Sistema Nacional de Avaliação
da Educação Básica (SAEB), 55% dos estudantes de 4ª série e 23% dos de 8ª
série apresentam rendimento baixo de aproveitamento em Língua Portuguesa.
27
Portanto, os educadores devem ficar atentos com os alunos que apresentam
qualquer sinal de dificuldade acadêmica.
28
disléxico é considerado um aluno com necessidades especiais, e como tal, têm
seu direito garantido e deve ser respeitado.
29
Segundo PINHO (2001), a incidência de nódulos vocais na infância é
maior entre os cinco e dez anos de idade, e mais frequentemente no sexo
masculino.
30
fonoaudiologia. A resolução do CFFa, nº 309 de 1 de abril de 2009 regulamenta
que:
31
Em seguida foi a vez dos alunos receberem as orientações. Mostrou-se,
através de desenhos como funciona nosso aparelho fonador, a respiração, a
velocidade do ar no momento de um grito. Em seguida os pequenos também
puderam ver uma prega vocal já com alteração pelo excesso de esforço vocal.
Desenhos das pregas vocais foram realizados pelos alunos. Cada um desenhou
a prega vocal como achava que era a sua própria. Alguns já colocaram os “calos”,
dizendo que como gritavam muito a sua devia ser assim.
32
dias, apresentando dor ao falar ou fadiga vocal devem ser investigadas. Quanto
mais precocemente for detectada alteração, maiores as chances de reabilitação
rápida.
Insuficiência respiratória,
Falta de ar,
33
Indisposição nas atividades físicas,
Postura corporal inadequada,
Dor nas costas e na musculatura do pescoço,
Diminuição do olfato e do paladar, halitose,
Boca seca e aberta para conseguir respirar melhor,
Lábios ressecados e feridos,
Interposição lingual,
Baba noturna,
Acorda muito durante a noite,
Tem muito sono durante o dia porque dorme mal,
Olheiras,
Cansa-se facilmente,
Não consegue fixar atenção, tendo dificuldade em organizar a
informação recebida.
34
respirador oral se sente a maior parte do tempo, como não consegue dormir bem,
tem pesadelos, vai dormir tarde, levanta cedo cansado, não presta atenção nas
aulas, porque tem muito sono e fica agitado e inquieto, tornando um círculo
vicioso. Está sempre cansado, deprimido, demonstrando uma estreita relação
entre a respiração e o psicológico.
35
cartilaginosa que prende a cintura escapular ao tronco, na junção da primeira
costela ao esterno. Todo padrão inadequado do ombro tem como consequência
escápulas aladas que denunciam uma cintura escapular desajustada em virtude
de uma postura alterada.
Angle diz que “das mais variadas causas das mal oclusões, a respiração
oral é a mais potente, constante e variada em seus resultados causando
desenvolvimento assimétrico dos músculos, como dos ossos do nariz, maxila e
mandíbula, e uma desorganização das funções exercidas pelos lábios,
bochechas e língua. Os efeitos da respiração oral são sempre manifestados na
face. O nariz é pequeno, curto, com as asas retas: as bochechas ficam pálidas
e baixas: a boca fica constantemente aberta, o lábio superior é curto, a
mandíbula fica posicionada para trás e tem falta de desenvolvimento, sendo
geralmente menor que o normal em seu comprimento, provavelmente devido a
pressões não equilibradas dos músculos”.
36
O diagnóstico precoce e o tratamento, evitará problemas difíceis de serem
resolvidos.
37
Lábios curtos
Eversão de lábio inferior
Hipotonia de lábio inferior
Lábios entreabertos
Lábios ressecados
Dificuldade em respirar pelo nariz
Alterações oclusais
Aumento das adenoides e tonsilas palatinas
Língua hipotônica
Hipertensão do músculo mentoniano
Hipofunção do lábio superior
Protrusão dos dentes anteriores
Mordida aberta anterior
Mordida aberta bilateral
Mordida aberta unilateral
Flacidez da musculatura orofacial
Fala com excesso de saliva e sigmatismo anterior ou lateral
38
equipe técnica, sendo esta realizada como instrumento complementar e de
auxílio e ações no ambiente que favoreçam as condições adequadas para o
processo de ensino e aprendizagem.
Biossegurança e Fonoaudiologia
Os EPIs são as luvas que devem ser utilizadas com troca a cada paciente,
aventais, óculos de proteção e máscaras. A lavagem das mãos deve ser
realizada antes e após cada atendimento ou se a mão for contaminada. A
imunização é realizada pela vacinação, sendo que as exigidas para os
profissionais da área da saúde são: anti-hepatite B; Tríplice-viral / MMR
(sarampo/rubéola/caxumba); anti-varicela; anti-influenza e BCG.
39
O processo de aprendizagem é imprescindível em qualquer etapa na vida
do ser humano, bem como, vem se desenvolvendo desde os primórdios de sua
vida. A neurociência tem demonstrado o quão promissora pode ser uma parceria
com a educação, trazendo todo o seu conjunto de saberes sobre o Sistema
Nervoso Central, local onde tudo acontece, desde os comportamentos,
pensamentos, emoções e movimentos, e é a partir dos conhecimentos desta
área que a educação pode ter um salto quando se fala em efetividade e eficácia,
levando em consideração que a partir do surgimento e avanço da neurociência
foi possível fornecer melhorias na qualidade de vida da sociedade atual,
disponibilizando tratamentos efetivos para variados distúrbios neurológicos, ou
seja, contribuiu e tem contribuído significativamente para o desenvolvimento de
soluções de diversos transtornos e doenças, incluindo os problemas
educacionais.
40
Mediante a emergência da neuroeducação na atualidade, o estudo foi
realizado como meio de constatar se a mesma pode direcionar de forma eficaz
a aprendizagem infantil, tendo também em vista a necessidade de refletir sobre
a urgência de disseminar suas potencialidades, fundamentando a pesquisa
educacional baseada em metodologia científica. Objetivou-se apontar quais
contribuições que a neuroeducação pode oferecer para os processos de ensino-
aprendizagem, não como uma forma mágica de acabar com todos os problemas
relacionados a educação, mas como uma ferramenta útil que traga o
embasamento teórico-científico que possa melhorar o aprendizado, assim como,
estimular de forma adequada e diferenciada as potencialidades da criança que
cada dia se transforma dentro da modernidade a qual está inserida.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
41
A psicologia foi uma das ciências que começou a contribuir para o
processo educacional de aprendizagem, trazendo seu rico arcabouço teórico
sobre o comportamento humano, aspectos motivacionais, emocionais, afetivos,
e a importância da formação de vínculos, entre outros processos envolvidos na
aprendizagem.
42
pesquisas que investigam suas variações e como podem ser estimuladas. A
compreensão dos mecanismos do cérebro que estão na base da aprendizagem
e da memória, e dos efeitos da genética, do ambiente, das emoções e da idade
em que se aprende, pode ser transformada em estratégias educacionais
(BLAKEMORE; FRITH, 2009, p. 11).
43
(neogênese) e migração neuronal, da proliferação dos axónios e dendritos, da
sinaptogênese (que permite a comunicação entre neurónios), da mielinização
(que permite agilizar a comunicação entre os neurónios), da poda sináptica
(onde, face ao excesso de sinapses inicial, as sinapses inúteis são,
posteriormente, “podadas”) e, por fim, da apoptose (conhecida como morte
celular), se fazem imprescindíveis (SEIXAS, 2004). Guerra (2011) centrada nos
desafios e possibilidades de articulação entre as neurociências e a educação, e
realçando os avanços na produção de conhecimento ao nível do funcionamento
do sistema nervoso, defende que uma prática pedagógica que respeita a forma
como o cérebro funciona, se evidencia mais eficiente.
44
(CONSENZA E GUERRA, 2011). Bartoszeck (2007), pautado nos estudos de
Doherty (1997), apresenta as seguintes funções que podem ser estimuladas em
determinadas faixas etárias:
Por fim, tem se visto cada vez mais a necessidade de renovação das
práticas pedagógicas, pesquisas e mais pesquisas revelando a dificuldade de
45
aprendizagem dos alunos. Educadores que frequentemente tem resultados
negativos em relação as suas práticas em sala, o que se constata imprescindível
conhecer o funcionamento cerebral normal, para que assim seja possível
entender o que está acontecendo com o cérebro lesado, assim como,
aperfeiçoar as técnicas para com o cérebro saudável, observando as formas e o
momento mais pertinente de estimulação.
46
para apontar problemas de aprendizagem; a apreensão de técnicas de
reforçamento para alunos “difíceis de lidar”, cuja aprendizagem se faz
comprometida; o entendimento dos processos motivacionais envolvidos dentro
do ensino-aprendizagem, o que está diretamente ligado a liberação de
neurotransmissores, a sistemas específicos como o de recompensa e límbico e
regiões hipocampais.
47
aplicação direta e imediata no contexto escolar, pois é preciso
lembrar que o conhecimento neurocientífico contribui com
apenas parte do contexto em que ocorre a aprendizagem.
Embora ele seja muito importante, é mais um fator em uma
conjuntura cultural bem mais ampla.
Ainda se sabe que o caminho para a perfeição está longe, e talvez nunca
chegue, mas o essencial é a persistência e engajamento para que “voos”
maiores sejam alcançados.
A principal finalidade da Educação é o pleno desenvolvimento
do ser humano em sua dimensão social. Define-se como sendo
o veículo das culturas e dos valores, como construção de um
espaço de socialização e consolidador de um projeto comum. A
educação tem como missão permitir a todos, sem exceção, a
frutificação dos talentos e da capacidade de criação, o que
implica a responsabilização individual por si mesmo e a
realização de seu próprio projeto pessoal (DELORS, 1996, apud
ZABALA & ARNAU,
2010, p.60).
Diante de tudo o que foi mencionado, abraçar as possibilidades de avanço
é fundamental para que a educação na contemporaneidade se torne cada
vez mais produtiva e digna de orgulho na sociedade.
EDUCAÇÃO PSICOMOTORA
A função motora está presente desde a concepção e durante toda a vida
do ser humano. O movimento é a manifestação fundamental de desenvolvimento
do homem e possibilita o relacionamento com o mundo e com os demais. O
homem não nasce pronto, assim como seu corpo, ambos se constroem na sua
relação com o outro.
48
É importante ressaltar que a educação psicomotora, baseada na
psicomotricidade, é uma técnica pedagógica necessária a toda a criança, seja
ela normal ou deficiente, e está hoje incorporada nas correntes atuais da
psicopedagogia (VAYER, 1982).
49
da linguagem, no desenvolvimento da inteligência. O desenvolvimento mental se
constrói paulatinamente: é uma equilibração progressiva, uma passagem
contínua de um estado de menor equilíbrio para ele, significa uma compensação,
uma atividade, uma resposta ao sujeito, frente às perturbações exteriores ou
interiores. Quando dizemos que houve o máximo de equilíbrio, devemos
entender que houve o máximo de atividades compensatórias.
50
redescobre o mundo: porém esta descoberta a partir dos objetos
só será verdadeiramente frutífera quando a criança for capaz de
segurar e de largar, quando ela tiver adquirido a noção de
distância entre ela e o objeto que ela manipula, quando o objeto
não fizer mais parte de sua simples atividade corporal
indiferenciada (OLIVEIRA, 1997, p.34).
Psicomotricidade é, portanto, a relação entre pensamento e a ação, e
envolve, também, as emoções.
51
integridade, através do exercício do respeito à sua condição de
ser em formação (2000, p.21).
É preciso valorizar a ação da criança que brinca, é preciso transcender o
visível e pressentir a seriedade do fenômeno.
52
[...] é, eu gostaria que nossos currículos fossem parecidos
com a Banda, que faz todo mundo marchar, sem mandar,
simplesmente por falar as coisas do amor. Gostaria que eles se
organizassem nas linhas do prazer: que fossem as coisas belas,
que ensinassem física com as estrelas, pipas, os piões e as
bolinhas de gude, a Química com a culinária, a Biologia com as
ostras e os aquários [...] (1999, p.24).
É no brincar, e somente no brincar, que a criança pode ser criativa e utilizar
sua personalidade integral: é somente sendo criativa que a criança descobre o
eu.
53
se prepara para a vida e amadurece para tornar-se um adulto em seu meio
social.
54
Ele consiste essencialmente na percepção das condições sensório-
motoras, que permitirão, ao longo do segundo ano de vida, a exploração intensa
e sistemática do ambiente. De acordo com La Taille, já citado, este sim, será o
momento em que a inteligência poderá dedicar-se a construção da realidade,
tendo obtido uma certa diferenciação tornar-se-á aquilo que Walon chamou de
inteligência prática ou das situações, e cuja extrema visibilidade a tornou tão bem
conhecida com o nome de sensório-motora.
55
Outros acrescentam ainda esta capacidade a de encontrar soluções também no
campo social.
REFERENCIAS
BARTOSZECK, A. B.; BARTOSZECK, F. K. Percepção do professor
sobre neurociência aplicada à educação. EDUCERE - Revista da Educação,
Umuarama, v. 9, n. 1, p. 7-32, jan./jun. 2009. Disponível em
<http://revistas.unipar.br/educere/article/view/2830>. Acesso em 08 de março de
2016.
56
CONSEZA, R. M.; GUERRA, L. B. Neurociência e Educação: como o
cérebro aprende. Porto Alegre-RS: Artmed, 2011.
57
ZABALA, A; ARNAU, L. Como aprender e ensinar competências. Porto
Alegre: Artmed, 2010.
MORENO; LC., GÍGLIO, VP. In: BACHA, SMC., GÍGLIO, VP., RÍSPOLI,
CFM., BRASIL, MLR. Biossegurança em Fonoaudiologia. Enfoque em
Motricidade Orofacial. São José dos Campos: Pulso Editorial Ltda, 2005.
58
BEHLAU, M. O melhor que vi e ouvi II – Atualização em Laringe e Voz.
Revinter: Rio de Janeiro, 2000.
59
CHARLOT, B. Relação com o saber, formação dos professores e
globalização. Porto Alegre: Artmed, 2005.
60