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SOCIOLOGIA

INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO

Área das ciências humanas que estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que
interligam os indivíduos em associações, grupos e instituições. Procura caraterizar, explicar ou interpretar as
relações sociais que se estabelecem.

 Associação: Organização resultante da reunião legal entre duas ou até mais pessoas, com ou sem
personalidade jurídica (suscetibilidade de ser sujeito de direitos e obrigações), sem fins lucrativos para
a realização de um objetivo comum.

 Grupo: Coleção de várias pessoas que compartilham certas características, interagem uns com os
outros, aceitam direitos e obrigações como sócios do grupo e partilham um identidade comum.

 Instituição: Estrutura ou mecanismo de ordem social, que regulam o comportamento de um conjunto


de indivíduos dentro de uma determinada comunidade.

 Sociedade: Sistema semiaberto que consiste numa rede de relacionamentos entre pessoas,
originando uma comunidade interdependente.

Objeto de estudo: Comportamento dos sujeitos enquanto seres sociais.

Campo de ação: Compreende a análise de interação entre indivíduos, estudo de grupos, de organizações, de
comunidades e investigação de processos sociais globais.

A sociologia tem uma base teórico-metodológica, tentando entender como funciona a nossa
sociedade (problema).

1) Multiparadigmática: Carateriza-se por uma variedade de perspetivas teóricas e formas de ver a


realidade distintas.

2) Reflexiva: Questiona continuamente as bases em que o conhecimento sociológico assenta.

Objetivos:

1. Compreender o contributo da sociologia da saúde na explicação e interpretação da saúde;

2. Problematizar as questões sociais e as problemáticas teórico-empíricas que as questões da saúde


suscitam na atualidade;
3. Compreender o contexto profissional da enfermagem nos grupos e organizações de saúde;

4. Refletir sobre as limitações que resultam da articulação entre necessidades de investigação e a


necessidade de uma intervenção baseada em práticas emancipatórias que promovam a autonomia do
cliente.

A sociologia permite distanciarmo-nos das situações do quotidiano e olharmos para elas com outros olhos,
diferindo do senso comum pela dimensão do campo.

ENFERMAGEM E SAÚDE

A atividade de enfermagem envolve, inevitavelmente, a interação social das pessoas, daí a


necessidade de compreender a natureza dessas interações e o contexto em que acontecem através da
sociologia.

Segundo Max Weber, a sociologia permite compreender a ação dos comportamentos individuais.
Assim, os enfermeiros podem recorrer à sociologia, de modo a interpretar mais adequadamente as diversas
formas de que se reveste a vida das pessoas na sociedade contemporânea.

A sociologia permite que os enfermeiros alcancem uma visão mais profunda da vida familiar contemporânea,
o que pode melhorar a qualidade dos cuidados prestados.

Keith Sharp considerava que a sociologia era inadequada para a enfermagem, uma vez que, enquanto
atividade prática, eram necessárias “receitas de agir” e não questões de debater.

A sociologia era complicada para os enfermeiros, que precisavam que lhes fosse dito o que fazer e como o
fazer.

Porter considerava a enfermagem como uma profissão feminina, com pouco raciocínio e
competência. A prática era essencial para uma boa enfermagem e requeria conhecimento de sociologia.

Utilidade da sociologia na enfermagem:

 Utilidade pragmática: Utilidade das ideias sociológicas no desempenho da enfermagem;

 Simpatia ideológica: Coerência das ideias sociológicas com os valores de enfermagem;

 Compatibilidade fisiológica: Ideias sociológicas compatíveis com a filosofia de enfermagem que


defendem os cuidados de qualidade.
SOCIAL OU CULTURAL

Social: Analisa uma ou várias sociedades num determinado momento, tendo em conta os seus aspetos
fundamentais. A componente social exige uma compreensão para o modo como essas relações sociais
se manifestam.

Cultural: Visa a orientação predominante para a componente cultural de uma comunidade. Implica que a
análise se centre no indivíduo e no seu grupo.

AUSÊNCIA DE BARREIRAS NA SOCIOANTROPOLOGIA

Pressupostos:

1) O ser humano é composto por um corpo;


2) A pessoa é um ser único;
3) A pessoa é fruto do inato e do adquirido;
4) O ser humano é dotado de capacidades e de aptidões.

O preconceito afirma uma realidade adulterada, pois não existe indivíduo sem cultura. Numa cultura que
privilegia a força, o preconceito prepara a ação de exclusão do mais frágil para aqueles que não podem viver
a sua própria fragilidade.

Campo de Mutações Humanas (sociologia):

A sociologia tenta fazer a síntese entre 3 domínios fundamentais da vida social, de modo a originar
novos domínios, permitindo compreender o funcionamento dos grupos humanos, as suas relações e
atividades.

 Economia (ter): Compreender o homem no trabalho e as relações sociais dominadas pelo dinheiro.
 Política (poder): Relações de pode da família, até relações internacionais, podem conduzir à guerra
ou ao desenvolvimento.
 Ideologia (saber): Compreender como é que os grupos humanos construíram doutrinas para
experimentarem darem sentido às suas ações.

IMAGINAÇÃO SOCIOLÓGICA:

Neologismo criado por C. Wright Mills que procura descrever o processo de conexão entre a
experiência individuais da pessoa com as instituições sociais sob as quais convive e com o seu próprio lugar na
história da humanidade.
Habilidade de analisar conexões mais amplas de vida do quotidiano de indivíduos com os seus
problemas sociais.

Para adquirir esta forma de visão é necessário analisar a sociedade onde vive de uma forma externa,
de modo a diminuir a influência na análise, uma vez que cada pessoa é um conjunto de valores culturais.

Olhar para as coisas de uma forma diferente à qual estamos habituados no nosso
quotidiano.

Assim, a sociologia confere ferramentas intelectuais que permitem questionar criticamente as versões
“oficiais” da realidade.

Hoje em dia, utilizam-se conceitos como natureza humana ou mundo real para justificar as ações e
opções de indivíduos com poder.

 A natureza humana permite ter uma última palavra sobre o assunto.


 O mundo real justifica a inevitabilidade do status quo e combate a inquestionável mudança social.

Poder da sociologia:

A sociologia tem um poder anti fixante, uma vez que torna novamente flexível o mundo até agora
opressivo na sua aparente inércia, mostrando que pode ser diferente do que é atualmente.

A sociologia expande a nossa consciência sobre as diferentes possibilidades do


futuro.

Se temos autoridade em relação às necessidades sociais, então que esta autoridade sirva para analisar
de forma independente as posições sociais dos outros com autoridade institucional, os que estão em posição
de dar uma imagem oficial às versões da realidade.

CONSTRUÇÃO DA SOCIOLOGIA E SEUS PARADIGMAS

Pioneiros da sociologia:

A sociologia foi só considerada a partir dos anos 80 em Portugal.

 Saint Simon: Socialismo moderno e teórico. O positivismo defende a ideia de que


 Auguste Comte: Física Social e Sociologia- Positivismo. o conhecimento científico é a única
 Emile Durkheim: Sociologia Positivista. forma de conhecimento verdadeiro.
 Karl Marx: Teoria Crítica. O progresso da humanidade depende
 Max Weber: Sociologia Compreensiva. exclusivamente dos avanços
científicos.
Iluminismo e sociologia:

Em 1776, surge o racionalismo que defende que as relações entre os indivíduos devem ser reavaliadas
de acordo com as mudanças económicas e políticas.

Posteriormente à Revolução Francesa, surge o Iluminismo, o qual inclui uma série de ideias centradas
na razão como a principal fonte de autoridade e legitimidade. As doutrinas centrais eram a liberdade individual
e a tolerância religiosa em oposição a uma monarquia absolutas e dogmas fixos da Igreja Católica Romana.

A sociologia surge então do pensamento iluminista como uma ciência da sociedade positivista, que
visava entender as mudanças ocorridas na revolução e explicá-las.

A disciplina marcou a mudança na maneira de se pensar na realidade social, separando-se das


preocupações especulativas e metafísicas e diferenciando-se progressivamente enquanto forma racional e
sistemática de compreensão da mesma.

AUGUSTE COMTE:

Considerava que só há desenvolvimento quando o homem se desenvolve. Além disso, reclamou para
as ciências socias o mesmo estatuto que as ciências naturais.

Física Social:

Ciência que se ocupa com o estudo dos fenómenos sociais sujeitos a leis naturais e invariáveis, cuja
descoberta é o objetivo especial das suas pesquisas. Posteriormente, Comte denominou a Física Social como
Sociologia.

Comte fez a primeira tentativa de definir o objeto da sociologia, os seus métodos e problemas
fundamentais, bem como a tentativa de determinar a posição no conjunto das ciências.

Lei dos três estados:

1. Teológico:
a. Explica os fenómenos atribuindo-os a seres sobrenaturais que intervêm no universo;
b. O pensamento é baseado em especulações (fio condutor na formação de novas teorias);
c. Origina explicações vagas e insatisfatórias.

2. Metafísico:
a. Explicação dos fenómenos através da imaginação;
b. Fase intermediária (fase teológica e positivista);
c. São evocadas identidades abstratas para explicar os fenómenos.

3. Positivo:
a. O Homem limita-se a observar os fenómenos e a fixar relações regulares entre eles;
b. Carateriza-se pela busca infindável de leis, abstraídas da experiência, que regem os
fenómenos;
Positivismo:

 Subordinação constante da imaginação à observação;


 Não é possível encontrar o conhecimento para tudo;

EMILE DUKHEIM:

Fundador racionalista da sociologia positivista e a ciência dos fatores sociais, considerava que a
sociologia era a ciência que melhor permitia estudar a relação entre o indivíduo e a sociedade.

A sociologia deve encontrar as soluções para os problemas sociais.

Sociologia positivista:

1. Estabelece o objeto e método de investigação da sociologia;

2. Considera os problemas sociais de ordem moral e não económicos, ocorrendo devido à fragilidade
moral da sua época;

3. O comportamento das pessoas determina o comportamento da sociedade (sociedade moralista);

4. A transmissão da cultura, através da socialização, procura no sujeito os valores e crenças sociais;

5. O desenvolvimento da divisão de trabalho deveria produzir solidariedade, pois provocava


interdependência.

Regras morais:

São regras sociais e gerais dentro de uma determinada sociedade, de modo a proporcionar um quadro
de referência externo para o indivíduo, vinculando os fins sociais e envolvendo o altruísmo.

 Pressupõem a associação humana


 Impõem obrigações sociais aos indivíduos

Facto Social:

Toda a maneira de agir, fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma imposição exterior,
sendo independente das manifestações individuais que se possa ter.

 São esternos a qualquer indivíduo e atuam como uma imposição externa sobre as ações e escolhas
individuais

 Não podem ser explicados simplesmente com referência a motivações e tendências individuais

 A sociologia deve estudar os fatos sociais, de modo a criar formas de controlo social
Características dos fatos sociais:

1. Generalidade: Comuns a todos os membros de um grupo ou à sua grande parte;

2. Exterioridade: Externos ao indivíduo, existem independentemente da sua vontade;

3. Coercividade: Os indivíduos sentem-se pressionados a seguir o comportamentos estabelecidos.

1º grupo de regras para observação dos fatos sociais:

1. Considerar os fatos como coisas que podem ser estudadas;

2. Afastar sistematicamente todas as pré-noções;

3. O objeto de investigação deve ser um grupo de fenómenos previamente definidos por certas
características exteriores que lhes sejam comuns;

4. A exploração dos fatores sociais que ocorrer com estes isolados das suas manifestações
individuais.

2º grupo de regras para observação dos fatos sociais:

1. Na explicação de um fenómeno social, deve-se investigar separadamente a causa eficiente que o


produz e a função que desempenha;

2. A cauda determinante de um fator social deve ser procurada entre os fatores sociais
antecedentes e não nos estados de consciência individual;

3. A função de um fator social deve ser sempre procurada na relação existente entre ele e um
determinado fim social;

4. A origem de um processo social deve ser procurada na constituição do meio social interno.

Durkheim e religião:

Durkheim considerava que a humanidade contemporânea estava ameaçada pela condição de anomia
(ausência de valores, normas, leis, distanciamento dos indivíduos em relação às regras e valores da sociedade).

Este estado de anomia levaria ao suicídio, ao crime e à rotura social. Como tal, a religião era o meio
pelo qual a sociedade se unia e expressava os seis valores e a sua identidade.

Divisão social do trabalho:

A divisão do trabalho consistia em cada individuo exercer uma função especifica, cumprindo os seus
direitos e deveres, em busca da solidariedade social.
Consiste numa teoria mecanicista em que o progresso da sociedade é imparável e depende
inteiramente da transformação do meio social.

1. Consciência coletiva: Consiste no conjunto de crenças e sentimentos comuns à medida dos membros
de uma mesma sociedade.

1. Solidariedade mecânica: Conjunto de laços sociais que derivam do facto de todos os membros de
uma sociedade serem semelhantes entre si.

2. Solidariedade orgânica: Conjunto de laços sociais que derivam da cooperação.

KARL MARX:

Rejeitava as crenças religiosas, pois entendia a religião como


uma forma de alienação (diminuição da capacidade dos indivíduos em A religião expressava valores de
pensar ou agir por si próprios). compaixão, liberdade e justiça,
mas encorajava os explorados a
Na sua perspetiva, a fonte de alienação não era a religião em aceitar o estatuto e aspirar à
si mas as relações económicas da sociedade, ou seja, a opressão não salvação noutra vida, em vez de
vinha das crenças, mas do capitalismo industrial. colocarem em prática estes
Deste modo, Marx defendia uma sociedade livre de opressão valores durante a vida.
na qual a justiça seria feita durante a existência de cada indivíduo e a
religião se tornaria desnecessária.

Definição de práxis:

Trata-se da prática explicada pela experiência, logo não é possível compreender a vida social e
qualquer outro fenómeno sem interferir no mesmo.

O pensar fazer implica o pensar e vice-versa.

Épocas históricas:

Construídas em torno de um tipo específico de produção económica.

 Contradição do capitalismo;

 Teoria do conflito: A organização social revela desigualdades que levam ao conflito, em que aqueles
que detêm ou controlam os meios de produção podem consolidar o poder e desenvolver ideologias
para manter os seus privilégios.

 Socialismo.
Teoria crítica:

Baseada numa interpretação ou abordagem materialista da sociedade industrial e dos fenómenos


sociais contemporâneos.

1. A sociedade é transitória e permeada por antagonismos e contradições;

2. A separação entre o trabalho manual e o trabalho intelectual permitiu o surgimento da desigualdade


e da exploração, resultando na luta de classes;

3. A sociedade surgiu da necessidade dos homens cooperarem para produzirem os bens necessários à
vida (divisão social do trabalho) - Materialismo histórico;

4. A sociedade capitalista é o resultado do desenvolvimento das forças produtivas e da luta de classes


que existem desde o princípio da vida social (sociedade desigual em que os trabalhadores são
explorados pelos capitalistas);

5. Os conflitos da vida social devem-se à desigualdade e a sua superação só poderá ser alcançada
politicamente;

6. As mudanças sociais são uma realidade.

MAX WEBER:

Considerava que a desigualdade era multidimensional, ou seja, não se baseava exclusivamente na


economia, o conflito é imprevisível em condições históricas.

Preocupava-se com a forma como a sociedade moldava as ideias religiosas que influenciavam a
sociedade.

Para Weber, a sociologia era uma tentativa de conciliação entre duas linhas de reflexão sobre o social
e visa a compreensão interpretativa da ação social, de forma a poder chegar a explicações causais do seu curso
e dos seus efeitos.

 Análise causal positiva: Apenas fenómenos que possam ser cientificamente comprovados (?).

 Conceito hermenêutico da compreensão: estudo da interpretação de textos escritos, especialmente


nas áreas de literatura, religião e direito.

Sociólogo das sínteses:

1. Aceita a impossibilidade de construção de leis gerais nas ciências sociais;

2. Necessário ultrapassa o impasse trazido pelo excesso de particularismo e de idiossincrasia


(temperamento);

3. A função de um método é o avanço do conhecimento.


Sociologia compreensiva:

1. O sofrimento e a morte eram explicados e descritos como teodiceias (justifica a existência de Deus a
partir da discussão do problema da existência do mal);

2. O objeto da sociologia era a ação social;

3. Separou o conhecimento empírico dos julgamentos de valor;

4. Weber recorre ao método comparativo, comparando sociedades ocidentais e orientais;

5. A finalidade da sociologia é compreender a conduta humana, explicando as causas e consequências


da sua origem;

6. Classificou a ação social;

Tipos de ação social:

 Ação raciona (fins): Visa o alcance de um objeto;

 Ação racional (valores): Visa o alcance de um valor;

 Ação afetiva: Relacionada com a conduta emocional;

 Ação tradicional: Relacionada com os costumes de uma dada sociedade.

Tipo-Ideias:

O sociólogo para analisar uma dada situação social, principalmente quando se trata de generalizações,
deve criar um tipo-social (instrumento que orienta a investigação e a ação do ator).

O tipo-ideal é uma construção mental do sociólogo, o qual destaca aspetos que deseja estudar naquele
objeto ou fenómeno de estudo, permitindo criar um modelo do qual analisamos os desvios entre o ideal e o
real.

Construção mental que incorpora


propriedades essenciais e não as médias
de um fenómeno particular, daí ser o
ideal e não corresponder à realidade.

 A racionalidade e o tipo-ideal predominante na moderna sociedade capitalista.

 O modelo ideal para as ciências humanas é a compreensão.

 Weber expressa um ataque ao positivismo e critica a pretensão de reduzir a sociologia a uma


psicologia ou economia.
Monopólio da força é legitimado por 3 tipos de dominação:

Weber considerava que o fenómeno de obediência parte do conceito de legitimidade.

1. Dominação tradicional: O poder da tradição é incontestável, não existe nada além da tradição para
reger a conduta das pessoas.

2. Dominação carismática: O poder a acaba no carisma dos líderes.

3. Dominação legitima: A pessoa que está no poder não é um mero instrumento do próprio sistema, a
regra decretada dá as diretrizes como se deve governar, não se obedece à pessoa, mas sai ao cargo
estatuário.

Encara o capitalismo de forma positiva, uma vez que representa uma forma de
racionalização do homem moderno.

Neutralidade axiológica:

Considerava que o cientista social nunca deve tentar impor os seus valores quer na investigação quer
na interpretação do material empírico que dispõe.

 Define qualquer relação social como uma conduta de vários indivíduos.


 As relações entre os sujeitos são de dois tipos:
 Comunicação
 Socialização

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