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UNIVERSIDADE INDEPENDENTE DE ANGOLA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE ENGENHARIA E TECNOLOGIAS

(FCET)

CURSO DE ENGENHARIA INFORMÁTICA

TEORIA DOS MERCADOS E ORGANIZAÇÕES


TEORIA CONTINGENCIAL

Adriana Hari

António Armando

Dário Vieira

Gildo Adão

Mariana Lemos

Luanda,2021
UNIVERSIDADE INDEPENDENTE DE ANGOLA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE ENGENHARIA E TECNOLOGIAS

(FCET)

CURSO DE ENGENHARIA INFORMÁTICA

TEORIA DOS MERCADOS E ORGANIZAÇÕES


TEORIA CONTINGENCIAL

Adriana Hari - 170276

António Armando - 170408

Dário Vieira – 170441

Gildo Adão - 171600

Mariana Lemos – 170791

Turma: C1

Curso: EI

Ano: 5º

DOCENTE

____________________________

Msc.Bonifácio João

Luanda, 2021
Índice
Introdução ......................................................................................................................... 1

1.1 Origem da teoria contingencial................................................................................... 2

1.2 Conceitos .................................................................................................................... 3

1.2.1 Pesquisa de Chandler ........................................................................................... 3

1.2.2 Pesquisa de Burns e Stalker ................................................................................. 3

1.2.3 Pesquisa de Lawrence e Lorsch ........................................................................... 4

1.2.4 Pesquisa de Woodward........................................................................................ 4

1.3 Autores ....................................................................................................................... 5

1.4 Sector de Aplicação .................................................................................................... 5

1.5 Ambiente .................................................................................................................... 5

1.5.1 Tipos de ambiente: .............................................................................................. 6

1.5.2 Tecnologia ........................................................................................................... 6

1.5.2.1 Tipos de tecnologias: ........................................................................................ 6

Conclusão ......................................................................................................................... 7

Bibliografia ....................................................................................................................... 8
Introdução

A visão da organização como um sistema aberto levou os administradores à considerar as


influências que o ambiente pode ter sobre a empresa, condição essencial para a sua
sobrevivência. Foi a partir dessa constatação que os aspectos contingenciais começaram
a ser levados em conta como fortes influenciadores no comportamento organizacional,
através dos estudos realizados por autores ligados à Teoria Contingencial (MORGAN,
2007).

A Teoria Contingencial considera que não há um padrão estrutural a ser seguido por todas
as organizações, pois tal padrão se modifica devido à influência do ambiente no qual a
organização está inserida. Assim, cada estrutura a ser seguida busca a melhor maneira de
atingir suas metas e seus objetivos (LAWRENCE; LORSCH, 1967). Como fatores
influenciadores podem ser considerados a estratégia e tamanho da empresa
(DONALDSON, 2007). Esse autor destaca que a constante incerteza que desafia as
empresas a buscar a inovação, é factor chave no cerne do pensamento desenvolvido pela
Teoria da Contingência.

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1.1 Origem da teoria contingencial

A teoria da contingência baseia-se na premissa da inexistência de um modelo que se


adapte a todas as empresas em todas as circunstâncias, pois as mudanças ocorrem nos
sistemas em função do impacto de determinados tipos de ocorrências.
Essas pesquisas verificaram se as empresas eficazes seguiam os pressupostos da Teoria
Clássica como: hierarquia de autoridade, amplitude de controle, divisão de trabalho,
dentre outras. A Teoria da Contingência enfatiza que não há nada de absoluto, ou seja,
tudo é relativo nas organizações ou na teoria administrativa. Existe uma relação funcional
entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o alcance
eficaz dos objectivos nas organizações.

Alguns destaques da Teoria da Contingência: a organização é de natureza sistêmica, isto


é, sistema aberto; suas características organizacionais apresentam uma interação entre si
e com o ambiente; as características ambientais funcionam como variáveis independentes,
enquanto as características organizacionais são variáveis dependentes. Ao lado do
ambiente, a tecnologia constitui outra variável independente que influencia as
características organizacionais (variáveis dependentes). Além do impacto ambiental
existe o impacto tecnológico sobre as organizações. As organizações dependem da
tecnologia para funcionar e alcançar seus objetivos. A tecnologia pode ser vista por 2
ângulos diferentes como: Tecnologia como variável ambiental e Tecnologia como
variável Organizacional. Com essa abordagem, portanto, a ênfase passa a ser dada ao
ambiente e às demandas deste que impactam a organização. É no ambiente que estão as
causas das características das organizações, assim, não há uma forma única de se
organizar. Tudo depende das características ambientais. A Teoria da Contingência
representa um passo além da Teoria dos Sistemas. A visão contingencial sugere que a
organização é um sistema composto de subsistemas e definido por limites que estão
relacionados.

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1.2 Conceitos

A Teoria da Contingência ou Teoria Contingencial é a mais recente entre as tecnologias


administrativas e ressalta que nas organizações “tudo depende” ou “tudo é relativo” de
alguma coisa, não tendo nada de absoluto, e para que se alcancem os objetivos das
organizações, as técnicas administrativas utilizadas devem se relacionar de forma
funcional com as condições do ambiente, tecnologia, tamanho das organizações,
estratégias e o ciclo de vida (PEREIRA; RODRIGUES; GESSI, 2014).

1.2.1 Pesquisa de Chandler

Em 1962, Alfred Chandler Jr. Realizo uma das mais sérias investigações históricas
abordando a estratégia de negócios. Estudou quatro grandes empresas americanas: a
DuPont, a General Motors, a Standar Oil Co.(New Jersey) e a Sears Roebuck & Co;
demonstrou que as estruturas destas empresas foram necessariamente adaptadas e
ajustadas às suas estratégias durante todo um processo histórico envolvendo quatro fases
distintas:

▪ Acumulação de recursos;
▪ Racionalização do uso de recursos;
▪ Continuação do crescimento;
▪ Racionalização do uso de recurso em expansão.

1.2.2 Pesquisa de Burns e Stalker

Tom Burns e G. M Stalker, dois sociólogos industriais, pesquisaram em 1961 vinte


indústrias inglesas procurando analisar a correlação entre as práticas administrativas e o
ambiente externo dessas indústrias. Classificaram as indústrias em dois tipos:
organizações mecanísticas e orgânicas.

Sistema mecanista: A administração é baseada na hierarquia como demostrado em


organogramas. É um sistema vertical onde as operações, o sistema de trabalho, as
informações seguem o padrão de comando do superior ao funcionário. Devendo o
indivíduo executar esta tarefa para o retorno ao superior, sem se preocupar com a
cumplicidade de seu trabalho na totalidade da organização.

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Sistema orgânico: É adaptado a condições instáveis, os sistemas de trabalho são
atribuídos a especialistas que executam suas tarefas com o conhecimento global da
importância delas passa a empresa. Os indivíduos se interagem em suas funções. A
situação efetua-se tanto lateral como verticalmente. Há a comunicação entre indivíduos
de categorias diferentes e hierarquias diferentes, a chefia passa a ser parte do grupo, todos
buscando um êxito comum.

1.2.3 Pesquisa de Lawrence e Lorsch

Pesquisaram sobre organização e ambiente marcando o aparecimento da Teoria da


Contingência. Entre três empresas diferentes concluíram que os problemas básicos de
organização são a diferenciação e a integração. É um processo gerado por pressões, no
sentido de obter unidade de esforços e coordenação entre vários departamentos.

Para o desenvolvimento da pesquisa foram escolhidas as indústrias de plásticos, alimentos


empacotados e de recipientes de alto e baixo desempenho, ambientes industriais de
diferentes graus, desde ambientes de rápida mudança tecnológica até ambientes estáveis
que exigem pequena diferença de organização.

Essas quatro pesquisas revelaram que: A organização em relação ao seu ambiente e a


tecnologia adotada surgiu a Teoria da Contingência. As organizações precisam ser
ajustadas ao sistema das condições ambientais. Os aspectos universais devem ser
substituídos pelas normas de acordo entre organização ambiente e tecnologia.

1.2.4 Pesquisa de Woodward

Socióloga industrial inglesa, pesquisou sobre os princípios de administração em 100


empresas de diferentes tipos com média de 100 a 8.000 empregados.

Cem empresas foram classificadas em três grupos de tecnologia de produção cada qual
desenvolvendo diferentes maneiras de produzir.

Produção Unitária : é feita por unidades ou pequenas quantidades. Os trabalhadores


usam variadas ferramentas. O processo de produção é menos padronizado.

Produção em massa : é feita em grande quantidade. Os trabalhadores operam máquinas


e linha de produção ou montagem padronizados. Como as montadoras de veículos.

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Produção em Processo : um ou mais operários lidera um processo total ou parcial de
produção. A participação humana é pouco usada. Ex: as refinarias de petróleo, as
siderúrgicas, etc. Nessas três tecnologias, casa uma tem um processo de produção
diferente. A tecnologia extrapola a produção influenciando toda a organização
empresarial.

Resumidamente a pesquisa de Woodward ; a tecnologia adotada para uma empresa é que


determina a sua estrutura e seu comportamento organizacional.
1.3 Autores

A Teoria Contingencial eclodiu através dos estudos dos pesquisadores:


Alfred Chandler (Estrutura e Estratégia-1962);
Burns e Stalker (Organizações-1960);
Lawrence e Lorsch (Ambiente-1967), no século XX, por meio de pesquisas de
impacto do ambiente e estratégia na estrutura organizacional;
Joan Woodward (Tecnologia-1958).

1.4 Sector de Aplicação

A pesquisa foi inicialmente imaginada com o sentido de aplicação da teoria de sistemas


abertos a problemas de estruturas organizacionais e de prática administrativa. O resultado
final do estudo encaminhou a problemática organizacional para dois aspetos básicos:
diferenciação e integração.

1.5 Ambiente

Diferentes ambientes requerem diferentes relações organizacionais para uma ótima


eficácia. É necessário um modelo apropriado para cada situação

O ambiente é tudo aquilo que envolve externamente uma organização (ou um sistema). É
o contexto dentro do qual uma organização está inserida. Como o ambiente é vasto,
envolvendo tudo o mais ao redor da organização, ele pode ser analisado em dois
segmentos. Se o comportamento causa mudança no ambiente, a mudança ambiental será
contingente em relação ao comportamento.

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1.5.1 Tipos de ambiente:

▪ Ambiente geral e ambiente de tarefa;


▪ Ambiente homogéneo e ambiente heterogéneo;
▪ Ambiente estável e ambiente instável.

O grande desafio com o qual organizações de hoje se defrontam é a incerteza. Aliás, a


incerteza é o grande desafio atual da Administração. Contudo, a incerteza não está no
ambiente. A incerteza está na percepção e na interpretação das organizações e não na
realidade ambiental percebida. Parece mais adequado falar-se em incerteza na
organização, pois o mesmo ambiente pode ser percebido de maneiras diferentes por duas
organizações.

1.5.2 Tecnologia

Diferentes tecnologias conduzem a diferentes desenhos organizacionais. Variações na


tecnologia conduzem a variações na estrutura organizacional.

Tecnologia é o conhecimento que pode ser utilizado para transformar elementos materiais
em bens ou serviços, modificando sua natureza ou suas características. A tecnologia tem
a propriedade de determinar a natureza da estrutura e do comportamento organizacional.
Existe um forte impacto da tecnologia sobre a vida, natureza e funcionamento das
organizações.
Toda organização tem que adotar uma tecnologia podendo ser ela tosca, isto é, grosseira,
rude ou sofisticada, como o uso de computadores, mas todas as organizações precisam de
uma tecnologia para funcionar e chegarem aos fins desejados. Na parte administrativa, a
tecnologia é desenvolvida nas organizações através de Know-how, os resultados são
obtidos com os serviços e produtos.

1.5.2.1 Tipos de tecnologias:

Tecnologia não incorporada e Tecnologia incorporada;


Tecnologia variável ambiental e Tecnologia variável organizacional.

A tecnologia cria incentivos nas empresas para levar os administradores à melhorar cada
vez mais a eficiência, mas sempre dentro dos limites do critério normativo. Por isso, a
tecnologia tem influenciado muito as organizações e seus participantes.

6
Conclusão

Ao final do presente trabalho, concluímos que não existe uma única maneira ideal para
organizar uma empresa, em vez disso, as organizações precisam ser sistematicamente
ajustadas às condições ambientais. Assim a Teoria da Contingência apresenta os
seguintes aspetos básicos:

A organização é de natureza sistêmica;


A organização é um sistema aberto;
As variáveis organizacionais apresentam um complexo inter-relacionamento
entre si e com o ambiente.

Para se ter boas medidas na administração é necessário ter diferentes tipos de enfoques,
tarefas e organizações. É preciso analisar principalmente o ambiente no qual à
organização está inserida. Essas são as principais idéias da teoria contingencial da
organização na moderna análise organizacional de Gareth Morgan.

Portanto, também há uma estreita dependência da organização em relação ao seu


ambiente e a tecnologia adotada, onde uma organização não depende dela própria, mas
das circunstâncias ambientais e da tecnologia que ela utiliza no momento.

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Bibliografia

CABRAL, Augusto C. A. A análise do discurso como estratégia de pesquisa no campo


da administração. Contextus - Revista Contemporânea de Economia e Gestão, v.3,
n.1, p.59-68, jan/jun, 2005.

CHANDLER, A. D. Strategy and structure. Mass.: M.I.I. Press. 1962. (Cap. 1)

CHANDLER, A. D. Introdução à estratégia e estrutura. In: ______. Ensaios para uma


teoria histórica da grande empresa. Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 1998.

DONALDSON, L. Teoria da contingência estrutural. In: CLEGG, S.; C. HARDY, C.;


NORD, w. (Org.). Handbook de estudos organizacionais: modelos de análise e novas
questões em estudos organizacionais. Vol.1. p. 105-133, São Paulo: Atlas, 1998.

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