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(ISCISA)
Discentes: Docentes:
Lélia Nocitina
Hélder Phine
1. Introdução.....................................................................................................1
2. Objetivos.......................................................................................................2
2.1. Geral........................................................................................................2
2.2. Específicos.............................................................................................2
3. Sistema ABO e sua historia........................................................................3
4. Genética do sistema ABO...........................................................................4
5. Antígenos......................................................................................................5
6. Subgrupos do sistema ABO.......................................................................5
7. Anticorpos....................................................................................................7
8. Noções sobre hereditariedade do grupo sanguíneo...............................7
9. Reações hemolíticas transfusionais ligadas ao sistema ABO...............8
10. Classificação das reações transfusionais.............................................8
11. Reação hemolítica aguada imune...........................................................9
11.1. Manifestações clinicas......................................................................9
11.2. Causas e características...................................................................9
11.3. Diagnóstico laboratorial e achados...............................................10
12. Conclusão................................................................................................11
13. Referências bibliográficas.....................................................................12
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Índice de figuras
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1. Introdução
De acordo com Sardinha, V. (2020) conhecer o tipo sanguíneo de uma pessoa
é fundamental para que transfusões ocorram de maneira adequada. A
administração de um sangue incorreto, por exemplo, pode causar uma
ocorrência denominada de reação hemolítica aguda, que provoca a destruição
das hemácias (hemólise) do sangue recebido, dor lombar, febre, hipotensão,
náusea e falta de ar no paciente. Quando não tratada adequadamente, a
pessoa que sofreu a transfusão pode morrer em decorrência desse processo.
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2. Objetivos
2.1. Geral
Compreender o sistema ABO e seu impacto nas transfusões sanguíneas
2.2. Específicos
Descrever o sistema ABO;
Identificar os seus antígenos;
Falar das reações transfusionais ligadas ao sistema ABO;
Abordar sobre a hereditariedade tendo em conta o sistema ABO.
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3. Sistema ABO e sua historia
Antes da descoberta do sistema ABO muitos acidentes fatais ocorreram devido
ao desconhecimento de que o sangue das pessoas não é necessariamente
igual. Foi somente no início do século XX que o médico austríaco Karl
Landsteiner, juntamente com sua equipe de colaboradores, descobriu a
existência de grupos sanguíneos através de pesquisas feitas a partir do sangue
de várias pessoas diferentes. (Arend, F. 2020)
Alguns anos após, Decastello descreveu o fenótipo AB. Em 1910 Von Dungern
e Hirchfeld confirmaram que a herança genética do A e B obedeciam às leis de
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Mendel, com a presença do A e B como dominantes. (Ministério da Saúde do
Brasil, 2014)
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Figura 1: Composição dos antígenos do sistema ABO (Vizzoni, A. G. &
Marcelo, P. (2013))
A sequência de DNA do gene O é idêntica ao do gene A exceto pela deleção
(G-261) na região N-terminal, o que codifica uma proteína truncada. O gene
alelo A2 difere de A1 pela simples deleção de uma base na região C-terminal,
na posição 467, sendo o nucleotídeo T em A2 e C em A1; o gene A2 produz
uma transferase A2 que tem uma atividade reduzida, quando comparada com a
transferase A1. A diferença entre genes A e B são sete nucleotídeos no DNA,
que resultam em quatro aminoácidos diferentes nas transferases A e B.
(Ministério da Saúde do Brasil, 2014)
5. Antígenos
Os antígenos do Sistema ABO não são restritos à membrana eritrocitária, mas
também estão presentes na saliva e outros líquidos biológicos, exceto fluido
espinhal. A presença de substância ABO específica nos líquidos biológicos
ocorre em indivíduos que apresentam o gene secretor (Se) – 80% das
pessoas.
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Os antígenos ABO são encontrados ainda na maioria das células epiteliais e
endoteliais. A presença nos linfócitos e plaquetas parece ser devido à absorção
do plasma. Foram descritos quatro antígenos no sistema ABO: A (001); B
(002); AB (003); A1 (004), e estão expressos desde a 5ª semana de vida
intrauterina, embora o recém-nascido tenha uma expressão fraca, cerca de 1/3
dos sítios antigênicos totais em relação ao adulto. A expressão aumenta com a
idade e é máxima em torno dos dois a quatro anos de vida. (Ministério da
Saúde do Brasil, 2014)
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Figura 3: Quadro com ilustração da identificação dos principais
subgrupos ABO
7. Anticorpos
Os anticorpos do Sistema ABO estão ausentes no nascimento e são
detectáveis após os quatro meses de idade. Uma das teorias propostas para
seu aparecimento consiste na heteroimunização (flora bacteriana intestinal,
anatoxinas diftéricas ou tetânicas, soroterapia antitetânica, medicamentos de
origem animal, vacina antigripal, infecção por Toxocara canis etc.). (Ministério
da Saúde do Brasil, 2014)
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Figura 4: Anticorpos do sistema ABO (Ramos, A. A. Et al. (2020)).
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Imediatas: ocorrem durante o ato transfusional ou até 24 hs após o
início da transfusão;
Tardias: ocorrem após 24 hs do início da transfusão
Grau 1 ou leve: ausência de risco à vida, sem comprometimento de
órgão ou função;
Grau 2 ou moderada: leva à morbidade no longo prazo, ou quando há
necessidade de hospitalização ou prolongamento; deficiência ou
incapacidade persistente; ou quando há necessidade de intervenção
médica;
Grau 3 ou grave: ameaça à vida e intervenção médica obrigatória;
Grau 4 ou óbito: óbito atribuído à transfusão
Inumes: há comprovação do mecanismo antígeno–anticorpo na reação
transfusional;
Não imunes: não há mecanismo imunológico envolvido na reação
Ramos, A. A. Et al. (2020) defende que a transfusão de concentrado de
eritrócitos com incompatibilidade do sistema ABO causa a destruição de
hemácias, sendo, por isso, denominada reação hemolítica. Existem dois tipos
de reações hemolíticas transfusionais a saber:
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intravascular, choque, e icterícia e pode levar à morte do receptor. (Ramos, A.
A. Et al. 2020)
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12. Conclusão
O Sistema ABO foi o primeiro sistema de grupos sanguíneos, descrito em 1900
por Landsteiner, que descreveu os antígenos A; B e C alguns anos após,
Decastello descreveu o fenótipo AB
O grupo sanguíneo é hereditário e não muda num indivíduo até a sua morte.
Mas determina-se os grupos sanguíneos definitivos depois de 6 meses de
idade.
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13. Referências bibliográficas
1. Arend, F. (2020). Sistema ABO e transfusões sanguíneas. Brasil
2. Sardinha, V. (2020). Transfusão de sangue e o sistema abo. Biologianet.
Brasil
3. Ministério da Saúde do Brasil (2014). Imuno-hematologia laboratorial.
Departamento de Atenção Hospitalar e de Urgência. Brasil
4. Vizzoni, A. G. & Marcelo, P. (2013). Imuno-hematologia eritrocitária. IN
Oliveira, M. B. S. Et al. (2013). Conceitos básicos e aplicados em imuno-
hematologia. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Brasil
5. Ramos, A. A. Et al. (2020). Banco de Sangue – Conceitos gerais e livro
jogo. Canal editora. Brasil
6. Ministério da Saúde de Moçambique. (2017). Módulo Vocacional para
Formação Inicial de Técnicos Médios de Laboratório. Moçambique
7. Sosnoski, M. (2018). Reações transfusionais (PPT). Brasil
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