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Diogo Luís, nº6 | Henrique Ramalho, nº9 | João Inácio, nº14

12ºA | Matemática A

06/01/2023

Trabalho sobre

PROBABILIDADES

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Índice

1. Índice 2

2. Introdução 3

3. Desenvolvimento dos temas

3.1. História das Probabilidades

3.1.1. As contribuições de Fermat, Pascal e Cardamo 3

3.1.2. Probabilidades no séc.XVIII 4

3.1.3. A contribuição de La Place 4

3.1.4. A contribuição de Kolmogorov no séc.XX 4

3.2. Definição de Probabilidade 5

3.3. Regra de La Place

3.3.1. Introdução à regra 5

3.3.2. Mostrar que a função é uma probabilidade em P(E) 6

3.3.3. Exemplos de aplicação da regra 7

4. Conclusão 8

5. Webgrafia 9

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Introdução
Este é um trabalho sobre Probabilidades que nos foi proposto pela professora Maria José
Ribeiro, no âmbito da disciplina de Matemático.

Aqui, iremos abordar a História das Probabilidades, incluindo os contributos dos vários
matemáticos no decorrer dos séculos; a Definição de Probabilidade e a Regra de Laplace.

Desenvolvimento
História das Probabilidades

Podemos afirmar que a probabilidade é tão antiga quanto o Homem. Faz parte da natureza
humana indagar acerca da possibilidade das mais diversas ocorrências do dia a dia. De facto, textos
muito antigos referem a avaliação da probabilidade na condução da vida, tendo sido estudada pelos
Matemáticos chineses do séc. I.
Além disso podemos pensar que o Homem sempre se interessou por jogos de azar, tais
como aqueles que envolvem dados e cartas. Os jogos de dados, na forma como hoje os conhecemos,
realizam-se desde o Império Romano, tanto quanto é conhecido. Os jogos de cartas foram
introduzidos na Europa pelos Chineses, Indianos, Egípcios e tornaram-se bastante populares nos
finais do séc. XIII.

As contribuições de Fermat, Pascal e Cardamo


De Mére abordou Pascal acerca de um problema num certo jogo, suscitando o interesse do
matemático nesse tema. Em correspondência com Fermat, amigo de longa data, também ele
matemático, chegou a várias conclusões que ainda hoje são válidas.

Pierre Fermat e Blaise Pascal costumam receber o título de pais da teoria da probabilidade,
no entanto, há evidências históricas que nos levam a pensar que o primeiro a colocar o conceito por
escrito foi o polímata italiano Girolamo Cardano. Aliás, a sua obra “Liber de Ludo Aleae”, apesar
de ter sido escrita em 1553, apenas foi publicada no ano de 1663, já depois de ter morrido.

Tendo em conta que as publicações de Fermat e Pascal foram feitas por volta do ano de
1654, é compreensível que a história tenha reconhecido o achado por eles. É neste ponto que
podemos dizer que a história da probabilidade começa com a documentação.

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Séc. XVIII
Após as sucessivas publicações de Pierre Fermat, Blaise Pascal e Girolamo Cardano,
surgiram inúmeras obras de intelectuais que se tornaram muito relevantes na disciplina.
No início do séc. XVIII, motivado pela notoriedade que os jogos de azar adquiriram, foi
publicado um documento intitulado "Ars Conjectandi" de Jakob Bernouilli. Essa obra foi escrita
por volta de 1690 mas foi publicada depois da morte do autor. Após a morte de Bernoulli,
Abraham de Moivre lançou as bases do Teorema do Limite Central, em 1733, esse que se tornou
uma das referências da teoria da probabilidade. Um teorema que seria provado por Laplace anos
depois.

A contribuição de Laplace
Depois De Moivre, Thomas Bayes e Joseph Lagrange deram contribuições muito
importantes para o campo da probabilidade.
No entanto, seria Pierre-Simon Laplace quem definitivamente promoveria o campo da
probabilidade. O seu trabalho "Théorie analytique des probabilites", traduzido como "Teoria
analítica das probabilidades", publicado em 1812, formou grande parte da base sobre a qual a
teoria da probabilidade emerge. Nele, ele definiu o conceito de probabilidade pela primeira vez e
deduziu o método dos mínimos quadrados ordinários (OLS) desenvolvido anteriormente por
Carl Friedrich Gauss quando ele era um estudante.
Laplace é também responsável pela prova e pela aplicação da distribuição normal na teoria
das probabilidades. Gauss sem dúvida dá uma tremenda contribuição para a distribuição normal, no
entanto, a aplicação deve-se a Laplace em termos probabilísticos.
Com seu falecimento, a teoria da probabilidade continuou a crescer. Claro, com dificuldades,
que vieram principalmente de matemáticos. Eles consideravam que a teoria da probabilidade
carecia de uma teoria robusta e precisa para ser aceita como parte da matemática.

Séc. XX
Motivado pelas críticas que o campo da probabilidade recebeu, Andrei Kolmogorov
decidiu preparar-se para mudar o curso da história. Por volta de 1933, o matemático russo publicou
um trabalho intitulado "Os fundamentos da Teoria da Probabilidade". Nele expôs a axiomática
que leva seu nome e fez com que fosse reconhecido como uma eminência de probabilidade.
Simultaneamente, embora com publicação posterior, Émilie Borel ofereceu a sua
contribuição à teoria da probabilidade com seu livro "Probabilité et Certitude", publicado em
1950.
Com certeza, Kolmogorov e Borel ofereceram uma estrutura mais precisa do que o resto
dos estudiosos, em termos de exposição da teoria probabilística.

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Definição de Probabilidade

Por definição de probabilidade como o quociente do número de “casos favoráveis” sobre o


número de “casos possíveis” foi a primeira definição formal de probabilidade, aparecendo pela
primeira vez em forma clara na obra “Liber de Ludo Aleae” de Girolamo Cardano.

Definição Formal de Probabilidade

Seja S o espaço amostral. Uma função P definida para todos os subconjuntos de E é chamada de
probabilidade se:
1) 0 ≤ P(A) ≤ 1, para todo o acontecimento A ⊂ E, isto é, a probabilidade de qualquer
acontecimento esta entre 0 e 1;
2) P(E) = 1, onde E é o espaço amostral;
3) P(∅) = 0, isto é, o acontecimento impossível tem probabilidade zero;
4) Se A e B são disjuntos (também chamados de mutuamente exclusivos) temos que: [P(A ∪
B) = P(A) + P(B)].

Teorema 1: Se A ⊂ B então P(A) ≤ P(B) e P (B − A) = P(B) − P(A)


Teorema 2: Se A é o complementar de A, então P(A) = 1 − P( A )
Teorema 3: Se A = A1, A2, ..., An onde A1, A2, A3, ..., An são eventos mutuamente exclusivos,
então P(A) = P(A1)+P(A2)+P(A3)+ . . . + P(An)

Regra de Laplace

A primeira definição que se conhece de probabilidade foi enunciada por Pierre Simon
Laplace.
Esta definição só pode ser aplicada quando os acontecimentos elementares são igualmente
prováveis (equiprováveis) e o espaço de resultados é finito.
Assim, não podemos calcular a probabilidade de uma carica ficar voltada para cima usando
a regra de Laplace.
Neste e em muitos outros casos teríamos de recorrer à experiência para calcular um valor
aproximado dessa probabilidade. Nos casos de lançamento de dados, de extração de bolas, de
lançamento de moedas, de extração de cartas de um baralho e em todas as situações em que os
acontecimentos elementares são equiprováveis podemos calcular, com vantagem, a probabilidade
sem recurso à experiência usando a definição clássica de probabilidade, também conhecida como
regra de Laplace.

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Assim, sempre que o espaço de resultados, S , é finito, tem-se:

Sendo os acontecimentos elementares equiprováveis (ou seja, têm a mesma probabilidade


de ocorrer), a probabilidade de um acontecimento A é igual ao quociente entre o número de
casos favoráveis ao acontecimento A e o número de casos possíveis:

OU:

Mostrar que a função é uma probabilidade em P(E)

Porque é que é uma probabilidade em P(E)?

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Exemplos da aplicação da regra de Laplace

EXEMPLO 1:

Um baralho de cartas é formado por 52 cartas, sendo que existem 4 cartas de


cada número, 4 cartas de cada figura e 4 A’s. Tirando uma carta do baralho ao acaso,
qual a probabilidade de ser um Rei?

Resolução:

Neste caso, temos 4 cartas com a figura do Rei que representam os casos
favoráveis.

Substituindo esses valores na fórmula da probabilidade, temos:

R: A probabilidade de sair um Rei é, aproximadamente, 0,077.

EXEMPLO 2:

Lançando um dado com 6 faces iguais numerado de 1 a 6, qual é a


probabilidade de um face numerada com um número ímpar ficar voltada para
cima?

Resolução:

Aqui, os casos favoráveis são o número de faces de 1 a 6 com número ímpar.


Assim, #A = 3 (2, 4 e 6).

Substituindo esses valores na fórmula da probabilidade, temos:

R: A probabilidade de calhar um número par é 50%.

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Conclusão
Concluímos, assim, que, embora a teoria da probabilidade tenha tido contribuições de
vários grandes matemáticos ao longo da História, como Pascal, Pierre Simon Laplace acabou por
ser o primeiro autor da definição de probabilidade.
É também de ressaltar a importância que a regra de Laplace tem em várias situações das
nossas vidas, podendo-nos ajudar a escolher a opção que, de acordo com a probabilidade, nos deixa
mais perto do correto.

8
WEBGRAFIA
➔ https://webpages.ciencias.ulisboa.pt/~ommartins/seminario/pasca_l/
probabilidades.htm
➔ http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/1535/1/cec
%c3%adliaazevedo_EPEE_2004.pdf
➔ http://www.civil.ist.utl.pt/~joana/DFA-riscos-net/EPISTEMOLOGICO-1.pdf
➔ https://recursos.portoeditora.pt/recurso?id=2271346

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