Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
02 a 04 de Dezembro de 2015
Resumo
A partir da reflexão de que algo novo pode surgir do relacionamento que se tem com as
coisas ou imagens, identifica-se que as mesmas também nos ensinam e exercem sobre
nós o poder de afetar e serem afetadas. Assim, o objetivo deste artigo se configura em
buscar novos olhares que devem permear os estudos das realidades patrimoniais,
identificando novas possibilidades de reflexão. Para tanto, buscou-se conhecer o
pensamento e as contribuições de alguns teóricos do campo filosófico e educacional,
como Comenius (2006), Rousseau (1973), Kant (1958), Durkheim (1955), Dewey
(1979), Marx (2009), Gramsci (2004), Bourdieu (s/d), Adorno (1995), Althusser (1979)
Foucault (2004), Freire (1996) e Libâneo (s/d), e assim identificar a estreita relação da
educação com a cultura e com questões da preservação do patrimônio. Dessa forma,
identifica-se a importância de desenvolver na escola estudos sobre memória individual,
social e coletiva, visando diversificar e enriquecer o pensamento crítico do aluno, frente
às diferentes demandas sociais relativas ao Patrimônio Cultural.
Introdução
1
Universidade Estadual de Maringá
02 a 04 de Dezembro de 2015
primem pela construção coletiva do conhecimento”, num constante ato de diálogo entre
professor e aluno, comunidade e escola e de todos com as suas referências culturais,
neste caso as edificações históricas.
A partir do momento que o professor/pesquisador se envolve com as questões
relativas ao patrimônio, dificilmente as pesquisas são concluídas, uma vez que a cada
olhar para a cidade, novas indagações surgem, possibilitando novas análises de estudo.
Quando se identifica uma casa, uma igreja, considerada bem patrimonial, em estado de
abandono, surgem inquietações, tais como: mas se é tombada por que não está
preservada? Quem é o responsável pela manutenção? Por que os próprios cidadãos não
se mobilizam para reverter a situação? Quais os fatores que levam a esta apatia? Há
necessidade então do educar: educar o olhar, educar a paixão, educar a atitude, pois
percebemos o mundo tal como é e todas as nossas percepções, ideias e atribuições são
respostas a estímulos do ambiente em que vivemos (MOSCOVICI, 2003).
2
Universidade Estadual de Maringá
02 a 04 de Dezembro de 2015
A partir da reflexão de que algo novo pode surgir do relacionamento que se tem
com as coisas ou imagens (nossa capacidade de manter um relacionamento), percebe-se
que as imagens e as coisas, também nos ensinam e exercem sobre nós o poder de afetar
e ser afetadas. Novos olhares devem permear as realidades patrimoniais, buscando
novas possibilidades de reflexão e análise.
3
Universidade Estadual de Maringá
02 a 04 de Dezembro de 2015
4
Universidade Estadual de Maringá
02 a 04 de Dezembro de 2015
A cidade deve ser vista como uma expressão da cultura do povo. No espaço
urbano as marcas da História ficam muito claras, no traçado de suas ruas, na projeção de
suas praças, na arquitetura de seus edifícios, no conjunto de seus quarteirões. Este
espaço é um texto a ser lido e desvendado por meio de seu patrimônio edificado e, a
compreensão da intangibilidade do mesmo através de lembranças, recordações ou
momentos vividos, pode fazer parte dos processos educativos. Rousseau (1973), afirma
que a educação não deve se limitar somente ao ambiente da escola, a programas rígidos
ou ainda a determinadas instituições oficiais. Ela deve ser vista como uma ação global
do crescimento e do desenvolvimento do sujeito em todas as suas necessidades. De
acordo com Paiva (2007),
A convivência com o Patrimônio, por meio do contato direto com os objetos que
compõe o mesmo (igrejas, edificações civis e militares, entre outras), pode ter uma
aplicabilidade pedagógica diferencial, pois como afirma Kant (1958), os nossos
conhecimentos começam com a experiência,
5
Universidade Estadual de Maringá
02 a 04 de Dezembro de 2015
6
Universidade Estadual de Maringá
02 a 04 de Dezembro de 2015
7
Universidade Estadual de Maringá
02 a 04 de Dezembro de 2015
gerações adultas (preconizada pela escola tradicional) e apresentada por Durkheim, para
ele, a educação é a própria vida. Assim, a escola deve ser o cenário para experimentar
por meio do processo de investigação, novas descobertas.
8
Universidade Estadual de Maringá
02 a 04 de Dezembro de 2015
9
Universidade Estadual de Maringá
02 a 04 de Dezembro de 2015
10
Universidade Estadual de Maringá
02 a 04 de Dezembro de 2015
não é apenas o que preservar ou não, mas determinar o que defender e como fazê-lo”.
(ARANTES, 1987, p. 8).
11
Universidade Estadual de Maringá
02 a 04 de Dezembro de 2015
12
Universidade Estadual de Maringá
02 a 04 de Dezembro de 2015
13
Universidade Estadual de Maringá
02 a 04 de Dezembro de 2015
14
Universidade Estadual de Maringá
02 a 04 de Dezembro de 2015
atividades de ensino e dos alunos para atingir objetivos do trabalho docente em relação
a um conteúdo específico. ”
Por sua vez, as orientações de Libâneo (s/d.), relativas ao agir pedagógico,
esclarece a importância da formação geral básica, como um dos fatores determinantes
de inclusão e exclusão social. Sintetiza-as nos objetivos,
15
Universidade Estadual de Maringá
02 a 04 de Dezembro de 2015
Considerações Finais
Por isso a preocupação principal daqueles que tem interesse pelo tema, sem
dúvida, reside em estudar o patrimônio da cidade, pela vertente da memória que os
mesmos transmitem à população, uma vez que pouca coisa de valor histórico-cultural
resistiu à ação demolidora do tempo e do homem.
Para além da educação patrimonial interessa pensar a educação como alguma
coisa que não se faz sem ter em conta um determinado patrimônio cultural e
determinados aspectos da memória coletiva e social. Avançar nas questões da educação
patrimonial, para entender a educação como prática social aberta à criação e ao novo, à
explosão de valores, que podem auxiliar para a alegria e a emoção de lidarmos com as
diferenças. (CHAGAS, 2004)
Trabalhar com a interface entre a história/educação com a linguística, a partir
das orientações de Bakhtin (2003), se constitui num desafio, quem sabe epistemológico.
Mas o diálogo pode ser um dos caminhos para tentar compreender cada vez mais o
espaço dos signos e das vivências dialógicas dos sujeitos dentro da concepção dos
patrimônios. Assim, recorrendo a Chartier (1985), o trabalho do pesquisador é recolher
fragmentos, sentir momentos isolados, para recompor um período, a partir dos
documentos/monumentos.
REFERÊNCIAS
16
Universidade Estadual de Maringá
02 a 04 de Dezembro de 2015
17
Universidade Estadual de Maringá
02 a 04 de Dezembro de 2015
18
Universidade Estadual de Maringá
02 a 04 de Dezembro de 2015
Sites:
http://portal.iphan.gov.br/portal/montarPaginaSecao.do?id=15481&retorno=paginaIpha
n
19