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Procedência: Executivo
Natureza: PL./0065.7/2013
DO: 19.700 de 11/11/2013
Alterada pela Lei: 17.711/2019; 18.284/2021;
ADI STF 5354/2015 (Art. 12, § 1º - aguardando julgamento).
ADI TJSC 9191239-43.2013.8.24.0000 - julga procedente o pedido inaugural para
declarar a inconstitucionalidade, com redução de texto, do parágrafo 3º do art. 10 da
Lei n. 16.157, de 07 de novembro de 2013, excluída a parte acrescida por emenda
parlamentar, com efeito "ex tunc". 19/03/2014.
Decretos: 1.957/2013; 1.437/2017; 347/2019; 1908/2022;
Fonte: ALESC/GCAN.
Dispõe sobre as normas e os requisitos mínimos para a prevenção e
segurança contra incêndio e pânico e estabelece outras providências.
IV – edificação recente:
II – espetáculos circenses;
IV – salas de cinema;
I – ocupação;
II – capacidade de lotação;
III – altura;
V – carga de incêndio; e
VI – riscos especiais.
III – a forma de tramitação dos processos relativos aos casos de que trata o
art. 1º desta Lei e os requisitos das ações relacionadas a esses processos; e
(Redação incluída pela Lei 18.284, de 2021)
IV – os parâmetros a serem adotados para o enquadramento dos imóveis
no processo simplificado, bem como os requisitos para cadastros e credenciamentos
em seus processos. (Redação incluída pela Lei 18.284, de 2021)
TJSC 9191239-43.2013.8.24.0000 - julga procedente o pedido inaugural
para declarar a inconstitucionalidade, com redução de texto, do parágrafo 3º do art. 10
da Lei n. 16.157, de 07 de novembro de 2013, excluída a parte acrescida por emenda
parlamentar, com efeito "ex tunc". 19/03/2014.)
CAPÍTULO V
DAS INFRAÇÕES
Seção I
Das Disposições Gerais
I – advertência;
II – multa;
III – embargo de obra parcial ou total; (Redação dada pela Lei 18.284, de
2021)
IV – interdição parcial ou total; e
Art. 17. A multa será aplicada sempre que o infrator, por culpa ou dolo:
Art. 18. A multa será imposta ao infrator com valor mínimo de R$ 500,00
(quinhentos reais) e máximo de R$ 160.000,00 (cento e sessenta mil reais), conforme
a regulamentação desta Lei.
V – altura da edificação;
VI – tipo de ocupação; e
I – levíssimas;
II – leves;
III – médias;
IV – graves; e
V – gravíssimas.
Art. 21. Da imposição das sanções previstas no art. 16 desta Lei, são
cabíveis os seguintes recursos:
I – recurso ordinário;
II – recurso especial; e
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Ficam
regulamentados por este Decreto as normas e os requisitos de que trata a Lei
nº 16.157, de 7 de novembro do 2013, e estabelecidos os procedimentos para a proteção
da vida e do patrimônio, com implementação de Sistemas e Medidas de Segurança contra
Incêndio e Pânico (SMSCI), conforme previsto em Instrução Normativa (IN) do Corpo de
Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), nos casos de:
II - construção;
§ 2º Nos municípios em que não houver sede de Organização Bombeiro Militar (OBM), as
atividades de segurança de que trata este Decreto, de competência do CBMSC, serão
exercidas pela OBM de abrangência do município.
CAPÍTULO II
DAS DEFINIÇÕES
a) ter área total construída de até 750 m² (setecentos e cinquenta metros quadrados);
b) possuir até 3 (três) pavimentos;
c) comportar lotação inferior a 100 (cem) pessoas em caso de boates e clubes sociais ou
200 (duzentas) pessoas nas demais reuniões de público; e
d) apresentar outros atributos relacionados aos demais riscos da edificação, a serem
definidos pelo CBMSC, tais como materiais combustíveis e/ou inflamáveis, tipo de
ocupação, carga de incêndio e similares;
V - atividades econômicas de risco médio: todas aquelas que não se enquadram nos
riscos baixo, moderado e alto, podendo também serem desmembradas em subníveis de
risco, conforme regulamentação em IN do CBMSC;
VII - Auto de Fiscalização: formulário por meio do qual o CBMSC notifica o responsável
acerca das irregularidades, definindo as exigências e os respectivos prazos para o seu
cumprimento em cronograma de obras, constituindo-se no instrumento principal do
processo de regularização;
VIII - Auto de Infração: documento que dá origem ao Processo Administrativo Infracional
(PAI) e que deve conter:
XIV - edificação nova: aquela que ainda se encontra em fase de projeto ou de construção
na data de publicação da Lei nº 16.157, de 2013, e a que for construída posteriormente;
a) não obteve aprovação de projeto preventivo quando foi edificada pelo fato de a
ocupação original e/ou legislação vigente na época não a exigir; ou
b) embora anteriormente aprovada pelo CBMSC, enquadre-se posteriormente em uma das
seguintes situações:
XVI - embaraço: ação ou omissão que dificulta, causa desordem ou cria empecilho no
processo de regularização de edificação, dentre elas:
XIX - evento com grande concentração de público: aquele realizado em locais próprios,
com ou sem cobrança de ingresso, cuja participação de público prevista seja de mais de
2.000 (duas mil) pessoas em espaços fechados e mais de 5.000 (cinco mil) pessoas em
locais abertos;
XXI - Instrução Normativa (IN): norma técnica editada pelo CBMSC com o objetivo de
estabelecer os critérios de exigência e dimensionamento para a execução dos SMSCI,
bem como definir procedimentos administrativos do CBMSC em relação à SCI;
XXIII - má-fé: comportamentos que buscam enganar, iludir ou agir maldosamente, dentre
eles:
XXV - Organização Bombeiro Militar (OBM): toda estrutura física do CBMSC dotada de
efetivo para o exercício da atividade de SCI;
XXVI - preposto: pessoa física que, por sua condição, está habilitada a receber Auto de
Fiscalização e/ou Auto de Infração em nome do responsável pelo imóvel, tais como
porteiros, funcionários, gerentes, contabilistas, responsáveis técnicos, representantes
comerciais e similares;
XXX - risco iminente: situação de perigo presente, com ameaça concreta de dano às
pessoas e/ou ao patrimônio;
CAPÍTULO III
DOS ALVARÁS
§ 1º O CBMSC baixará, por meio de IN, os critérios de aplicação dos incisos do caput
deste artigo de acordo com as características dos imóveis.
§ 2º Os SMSCI exigidos para cada tipo de imóvel, de acordo com seus riscos e suas
ocupações, serão previstos em IN do CBMSC.
Art. 4º Ficam
as atividades econômicas de baixo risco dispensadas dos atestados emitidos
pelo CBMSC.
Art. 5º As
atividades econômicas classificadas como risco moderado terão concessão de
atestado para exercer a atividade preliminarmente à completa regularização do imóvel.
Art. 6º O
CBMSC poderá, por meio de IN, adotar outros critérios que ampliem os
parâmetros estipulados para as concessões de alvarás em processos simplificados de
abertura de empresas e renovações de atestados.
Art. 7º O
CBMSC poderá, por meio de IN, atribuir outras terminologias de risco ou de
parâmetros de classificação das edificações, desde que respeitado o mínimo previsto
neste Decreto.
Art. 8º Cabe
ao CBMSC estipular os requisitos para a concessão de atestados mediante
autodeclaração, conforme definido neste Decreto e nas IN do CBMSC.
Art. 9º Fica
vedada a realização de show pirotécnico em ambientes fechados sem adoção
das medidas de segurança estabelecidas em IN do CBMSC.
Art. 10. A
expedição de atestado de vistoria para habite-se respeitará a execução dos
sistemas e das medidas de segurança previstos em projeto, de acordo com os critérios
estabelecidos em IN.
Parágrafo único. Os imóveis, exceto aqueles com atividades de alto risco, podem receber
alvará de funcionamento provisório por meio do atestado de edificação em regularização
expedido pelo CBMSC.
CAPÍTULO IV
DAS RESPONSABILIDADES
Seção I
Do Responsável pelo Imóvel
Parágrafo único. Nos casos em que couber a autodeclaração por parte do proprietário do
imóvel ou de seu possuidor direto ou indireto, esses serão responsáveis pela veracidade
das informações prestadas.
Seção II
Do Responsável Técnico
Art. 12. Os
profissionais encarregados tecnicamente do projeto ou da execução de
construção, reforma ou mudança de ocupação ou uso de imóveis são responsáveis pelo
cumprimento dos preceitos de exigibilidade previstos na legislação e nas NSCI,
independentemente de prévia aprovação pelo CBMSC.
Art. 13. O
autor do projeto é responsável pelo detalhamento técnico e executivo em relação
aos SMSCI e pela observância às NSCI.
Art. 14. O
profissional encarregado da execução é responsável, durante o acompanhamento
da obra, por garantir os parâmetros legais e normativos em relação à SCI no imóvel.
§ 1º Para fins de obtenção dos atestados em processos simplificados ou autodeclaratórios
no CBMSC, cabe ao profissional responsável pela execução a responsabilidade de atestar
o pleno funcionamento dos SMSCI.
Seção III
Do CBMSC
Art. 15. Cabe
ao CBMSC, nos termos da Constituição do Estado, da Lei nº 16.157, de 2013,
e de outros dispositivos legais:
III - aplicar sanções pelo descumprimento das disposições deste Decreto e demais
legislações afetas à SCI.
Parágrafo único. Sempre que o CBMSC receber representação acerca de situação que
possa apresentar risco à SCI, deve impor ao responsável pelo imóvel, quando cabível, a
adoção de medidas para regularizar a situação.
CAPÍTULO V
DAS COMPETÊNCIAS DO CBMSC
IV - expedir atestados;
X - emitir o RPCI.
CAPÍTULO VI
DA APLICAÇÃO DAS NSCI
Art. 17. A
aplicação das NSCI nos casos descritos no caput do art. 1º deste Decreto será
feita da seguinte forma:
I - para imóveis:
II - para eventos temporários: o imóvel utilizado para evento temporário deve estar
regularizado no CBMSC, e as demais áreas eventualmente utilizadas devem ser
previamente adequadas às NSCI.
CAPÍTULO VII
DA VISTORIA
Art. 18. A
vistoria nos imóveis será feita mediante requerimento da parte interessada ou de
ofício pelo CBMSC, conforme procedimentos previstos em IN.
II - em eventos temporários; e
III - em obras.
Seção I
Dos Imóveis Sujeitos à Fiscalização do CBMSC
Art. 21. O prazo para a correção de irregularidades constatadas será estabelecido em IN.
§ 2º Cabe ao CBMSC estipular o prazo para a regularização dos imóveis, não sendo
garantia de direito ao responsável valer-se do prazo máximo previsto.
Art. 22. Nos
casos em que couber, será emitida notificação, por meio de Auto de
Fiscalização, determinando a correção das irregularidades observadas e o prazo para sua
regularização, no caso de descumprimento das disposições de NSCI.
Art. 23. O
responsável poderá solicitar prorrogação do prazo concedido em Auto de
Fiscalização mediante requerimento devidamente fundamentado, destinado ao
Comandante da OBM ou ao Chefe do Serviço de Segurança Contra Incêndio (SSCI) com
circunscrição no Município onde estiver situado o imóvel.
Seção II
Dos Eventos Temporários
Art. 25. Persistindo
as irregularidades nos SMSCI após o término do prazo estabelecido,
será lavrado Auto de Infração com emissão de sanção administrativa cabível.
Parágrafo único. Caberá interdição preventiva nos casos em que for constatado grave
risco.
Seção III
Das Obras
Art. 26. A
fiscalização de obras ocorrerá a qualquer tempo da execução do empreendimento
com o objetivo de avaliar o atendimento às disposições das NSCI.
CAPÍTULO VIII
DAS INFRAÇÕES
Art. 29. Fica
caracterizada a reincidência quando o infrator, após decisão definitiva em
processo administrativo que lhe impôs a penalidade, cometer nova infração ou permanecer
em infração continuada dentro do prazo de 5 (cinco) anos.
CAPÍTULO IX
DAS SANÇÕES
Art. 30. As
infrações administrativas serão punidas com as seguintes sanções, observado o
disposto no art. 28 deste Decreto:
I - advertência;
II - multa;
V - cassação de atestado.
Art. 31. Quando
o infrator cometer, simultaneamente, 2 (duas) ou mais infrações, serão
aplicadas, cumulativamente, as respectivas penalidades.
Seção I
Da Advertência
Art. 32. Será
aplicada sanção de advertência, sem prejuízo das demais sanções previstas
na Lei nº 16.157, de 2013, quando no processo de fiscalização forem constatadas
irregularidades nos seguintes casos:
III - apresentar PPCI sem o detalhamento técnico necessário após solicitação do analista
prevista em relatório de indeferimento;
Seção II
Da Multa
Subseção I
Das Disposições Gerais
Art. 33. Será aplicada multa sempre que o infrator, por culpa ou dolo:
Art. 34. Auto
de Infração é o documento hábil para a aplicação da sanção de multa, o qual
deverá conter:
II - a natureza da infração;
Art. 35. Quando cabível, a aplicação da multa estabelecerá prazo para a correção das
irregularidades que originaram a sanção, e o prazo máximo cabível nesses casos é de 180
(cento e oitenta) dias, estabelecido a critério da autoridade que lavrar o Auto de Infração.
Art. 36. O
pagamento da multa não exime o infrator do cumprimento das exigências das
NSCI nem acarreta a cessação da interdição ou do embargo.
Art. 37. A
multa aplicada pelo CBMSC é recolhida por meio de guia específica, e os
recursos provenientes da sua aplicação revertem para o Fundo de Melhoria do Corpo de
Bombeiros Militar (FUMCBM), nos termos do inciso IX do art. 3º da Lei nº 13.240, de 27 de
dezembro de 2004.
Subseção II
Da Tipificação e da Gradação
Art. 38. A
tipificação das infrações sujeitas à multa será definida conforme a seguinte
gradação:
I - levíssimas, quando o responsável:
1. apresentar PPCI;
2. solicitar RPCI;
3. solicitar vistoria para habite-se;
4. solicitar vistoria para funcionamento; e
5. acatar determinações diversas estabelecidas pelo CBMSC;
c) construir, reformar ou ampliar imóvel sem observância das NSCI ou sem o devido
processo no CBMSC;
d) habitar edificação sem o devido atestado de habite-se;
e) sendo ele o responsável técnico, executar os SMSCI em desconformidade com o PPCI
e com as NSCI;
f) mantiver trancadas ou obstruídas as portas de emergência durante o funcionamento do
estabelecimento, exceto para ocupações boates, clubes sociais e clubes de diversão;
g) incorrer em falta de manutenção dos SMSCI que comprometa, parcial ou totalmente, a
sua eficiência em incidentes, emergências ou sinistros, quando constatada em
investigação de incêndio; ou
h) realizar evento temporário de médio porte, com reunião de público, sem a devida
autorização do Corpo de Bombeiros; e
§ 1º Os coeficientes de SMSCI de que tratam as alíneas "a" dos incisos I, II, III, IV e V
deste artigo serão determinados de acordo com os índices previstos na Tabela 1 do Anexo
I, os quais estabelecerão uma pontuação específica para as irregularidades encontradas
em cada SMSCI deficiente, inoperante ou inexistente.
§ 2º Nos casos em que forem constatadas 2 (duas) ou mais infrações no mesmo ato
fiscalizatório relacionadas aos SMSCI deficientes, inoperantes ou inexistentes, será
aplicada apenas uma penalidade, que terá os valores de coeficientes previstos na Tabela
1 do Anexo I somados para fins de enquadramento em relação à gravidade da autuação.
§ 3º Nos casos em que forem constatadas irregularidades relacionadas aos SMSCI que
notoriamente foram omitidas ou declaradas de forma inverídica pelo responsável no
momento da realização da autodeclaração, além do Auto de Fiscalização estabelecendo o
prazo para a correção das inconsistências, o responsável receberá ainda o Auto Infração
previsto na alínea "i" do inciso V deste artigo.
Subseção III
Dos Valores
Art. 39. Para a fixação do valor da multa, devem ser considerados os seguintes fatores:
V - altura da edificação;
VI - tipo de ocupação; e
III - multa média: mínimo de R$ 1.000,00 (mil reais) e máximo de R$ 10.000,00 (dez mil
reais);
IV - multa grave: mínimo de R$ 2.000,00 (dois mil reais) e máximo de R$ 20.000,00 (vinte
mil reais); e
§ 1º Em caso de reincidência, a multa será majorada em 20% (vinte por cento) de seu
valor a cada nova reincidência, não se aplicando, nestes casos, a limitação de valor
máximo de que trata o caput deste artigo.
§ 2º O limite máximo previsto no inciso V deste artigo será aplicado aos casos em que
houver embaraço à atuação do CBMSC ou em que for constatada a má-fé por parte do
infrator, sendo que, para as demais hipóteses de aplicação de multa gravíssima, o valor
será limitado a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais).
Art. 41. O
valor da multa pela incidência nas infrações administrativas previstas neste
decreto obedecerá aos fatores considerados no art. 39, bem como aos valores mínimos e
máximos estipulados para cada gradação de infração previstos no art. 40, ambos deste
Decreto, e será determinado matematicamente de acordo com as equações constantes no
Anexo II, as quais levarão em conta os seguintes critérios para a realização do cálculo:
III - atribuição de índice relacionado ao Fator de Ocupação (FO), que será determinado
pela Tabela 4 do Anexo II, de acordo com cada tipo de ocupação, levando-se em
consideração:
Seção III
Do Embargo
Art. 42. A
obra será embargada, parcial ou totalmente, com a lavratura do Auto de Infração
pelo vistoriador nos seguintes casos:
II - obra ou construção com risco iminente de dano às pessoas e/ou aos imóveis
adjacentes.
Art. 43. O
embargo de obra se restringe aos locais ou às áreas onde efetivamente se
caracterizou infração às NSCI, não alcançando os demais locais ou áreas não
correlacionadas com a infração.
Art. 44. A
medida cautelar de embargo é efetivada mediante lavratura de Auto de Infração,
que deve ser assinado por bombeiro militar e pelo infrator.
Seção IV
Da Interdição
Art. 45. A
interdição parcial ou total do imóvel, sempre de caráter preventivo, é efetuada
quando for constatado grave risco contra a incolumidade das pessoas e/ou do patrimônio
em razão de descumprimento das NSCI, também podendo ser efetuada a ordem de
evacuação imediata do local.
Art. 46. A
medida cautelar de interdição é efetivada mediante lavratura de Auto de Infração,
que será assinado por bombeiro militar e pelo infrator.
Seção V
Da Cassação de Atestado
III - for irrecorrível a sanção aplicada e não tenham sido sanadas as irregularidades.
CAPÍTULO X
DOS RECURSOS
Art. 48. Das
sanções previstas no art. 16 da Lei nº 16.157, de 2013, cabe a interposição dos
seguintes recursos:
II - recurso ordinário;
IV - recurso extraordinário.
Parágrafo único. Não será admitida a duplicidade de recursos para a mesma sanção.
Art. 49. Osrecursos previstos neste Capítulo devem ser instruídos com cópias físicas ou
digitalizadas dos seguintes documentos:
IV - razões recursais; e
Art. 51. As
decisões relacionadas aos recursos serão publicadas pelo CBMSC, devendo a
parte interessada ser oficialmente notificada da respectiva decisão.
Art. 52. A
autoridade competente para decidir sobre o recurso pode confirmar, modificar ou
anular, total ou parcialmente, a decisão recorrida, motivando e fundamentando a decisão.
Art. 53. Salvo
motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos recursais não se
suspendem e correrão desde o primeiro dia útil após a intimação.
Parágrafo único. Serão computados os prazos excluindo-se o dia do início e incluindo o do
vencimento.
Seção I
Da Suspensão da Interdição Preventiva
Art. 54. O
recurso de suspensão da interdição preventiva deve ser redigido em forma de
requerimento e direcionado ao oficial que estiver exercendo a função de Diretor de
Segurança Contra Incêndio do CBMSC, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, a contar da data
do recebimento do auto.
§ 2º A autoridade recorrida terá 2 (dois) dias úteis para julgar o recurso, a contar da data
em que o recebeu, devendo fazê-lo motivada e fundamentadamente.
Seção II
Do Recurso Ordinário
Art. 55. O
recurso ordinário deve ser dirigido à autoridade bombeiro militar que expediu o
Auto de Infração e redigido em forma de requerimento, protocolizado no prazo de 5 (cinco)
dias úteis, a contar da data do recebimento do auto.
§ 2º A autoridade recorrida terá 10 (dez) dias úteis para julgar o recurso, a contar da data
em que o recebeu, devendo fazê-lo fundamentadamente.
Seção III
Do Recurso Especial
Art. 56. Da
decisão que indeferiu total ou parcialmente o recurso ordinário caberá recurso
especial, que será redigido em forma de requerimento e deverá ser protocolizado no prazo
de 5 (cinco) dias úteis, a contar da data da decisão exarada no recurso ordinário.
§ 3º A autoridade recorrida terá 10 (dez) dias úteis para julgar o recurso, a contar da data
em que o recebeu, devendo fazê-lo fundamentadamente.
Seção IV
Do Recurso Extraordinário
Art. 57. Da
decisão que indeferiu no todo ou em parte o recurso especial, relacionado aos
casos previstos nos incisos I e II do § 3º do art. 21 da Lei nº 16.157, de 2013, caberá
recurso extraordinário, na forma de requerimento, dirigido ao Diretor de Segurança Contra
Incêndio do CBMSC, que deverá ser protocolizado no prazo de até 5 (cinco) dias úteis, a
contar da data da decisão exarada no recurso especial.
§ 2º O Diretor de Segurança Contra Incêndio do CBMSC terá 10 (dez) dias úteis para
julgar o recurso, a contar da data em que o recebeu.
CAPÍTULO XI
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
Art. 58. O CBMSC utilizará meio eletrônico para a tramitação do processo administrativo.
Art. 59. A
ciência do responsável acerca dos autos emitidos pelo CBMSC será realizada, via
de regra, por meio eletrônico, utilizando-se de usuário e senha para acesso ao portal
próprio do CBMSC, dispensando-se a publicação no órgão oficial, inclusive eletrônico.
§ 1º A ciência do responsável será considerada desde o dia em que ele efetivar o acesso
ao sistema após a inserção do Auto de Fiscalização e/ou Auto de Infração pelo CBMSC.
§ 2º A consulta mencionada no § 1º deste artigo deverá ser feita em até 10 (dez) dias
corridos contados da data da emissão do auto, sob pena de considerar-se a ciência
automaticamente realizada na data do término desse prazo.
§ 4º Nos casos em que, por qualquer motivo, não seja possível a realização dos trâmites
na forma deste artigo, o ato processual deverá ser realizado por outro meio que atinja a
sua finalidade, tais como entrega pessoal, entrega por correspondência com aviso de
recebimento (AR), publicação em edital no Diário Oficial do Estado (DOE) ou outros que,
comprovadamente, atinjam sua finalidade.
CAPÍTULO XII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 60. O
CBMSC revisará, em até 60 (sessenta) dias do início da vigência deste Decreto,
as IN no que couber, com vistas à adequação e aplicação das disposições previstas na Lei
nº 16.157, de 2013, e neste Decreto.
Art. 61. O
disposto na alínea "b" do inciso I do art. 38 deste Decreto será aplicado a partir do
dia 31 de dezembro de 2024, visando disponibilizar um período de adaptação, sendo que,
durante esse período, deverá ser aplicada a sanção de advertência.
Art. 62. Este
Decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a contar
de 60 (sessenta) dias da sua publicação, com exceção do disposto no art. 60 deste
Decreto, cujos efeitos são imediatos.
ANEXO I
DEFINIÇÃO DO COEFICIENTE DE SMSCI
Para a definição do coeficiente do SMSCI, deverá ser realizado o somatório dos índices
dos sistemas deficientes, inoperantes ou inexistentes, conforme a Tabela 1 abaixo.
ANEXO II
CÁLCULO DO VALOR DA MULTA
A multa será aplicada com valores em reais (R$) por meio da multiplicação dos seguintes
fatores: Fator de Risco Individualizado (FRI); Fator de Infração Constatada (FIC); Fator de
Ocupação (FO); Fator Agravante ou Atenuante (FAA); e Fator de Reajuste Anual (FRA),
conforme a Equação 1 apresentada abaixo:
Onde:
Onde:
At = Área total da edificação e/ou área de risco: área medida em metros quadrados,
conforme definição constante em legislação e normatização do CBMSC;
Ri = Risco de Incêndio: para efeito do cálculo dos valores, o risco de incêndio será
igualado à carga de incêndio específica, conforme classificação normativa do CBMSC,
sendo valorada de acordo com a Tabela 2 abaixo:
RISCO/CARGA DE INCÊNDIO Ri
Desprezível (qfi ? 100 MJ/m²) 1,0
Baixa (100 < qfi ? 300 MJ/m²) 1,2
Média (300 < qfi ? 1200 MJ/m²) 1,5
Alta (1200 < qfi ? 2284 MJ/m²) 2,0
Altíssima (qfi > 2284 MJ/m²) 4,0
FRA é um fator de reajuste anual que será aplicado sempre em janeiro, tomando como
base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apurado no período de
janeiro a dezembro do ano anterior.