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LEI Nº 16.

157, DE 7 DE NOVEMBRO DE 2013

Procedência: Executivo
Natureza: PL./0065.7/2013
DO: 19.700 de 11/11/2013
Alterada pela Lei: 17.711/2019; 18.284/2021;
ADI STF 5354/2015 (Art. 12, § 1º - aguardando julgamento).
ADI TJSC 9191239-43.2013.8.24.0000 - julga procedente o pedido inaugural para
declarar a inconstitucionalidade, com redução de texto, do parágrafo 3º do art. 10 da
Lei n. 16.157, de 07 de novembro de 2013, excluída a parte acrescida por emenda
parlamentar, com efeito "ex tunc". 19/03/2014.
Decretos: 1.957/2013; 1.437/2017; 347/2019; 1908/2022;
Fonte: ALESC/GCAN.
Dispõe sobre as normas e os requisitos mínimos para a prevenção e
segurança contra incêndio e pânico e estabelece outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA


Faço saber a todos os habitantes deste Estado que a Assembleia
Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Esta Lei institui as normas e os requisitos mínimos para a prevenção


e segurança contra incêndio e pânico em imóveis localizados no Estado, com o
objetivo de resguardar a vida das pessoas e reduzir danos ao meio ambiente e ao
patrimônio, nos casos de:

I – regularização de edificações, estruturas, áreas de risco e eventos


temporários; (Redação dada pela Lei 18.284, de 2021)
II – construção;

III – mudança da ocupação ou do uso;

IV – reforma e/ou alteração de área e de edificação; e

Parágrafo único. O disposto nesta Lei não se aplica às edificações


residenciais unifamiliares.

Art. 2º A concessão de alvará de construção, de habite-se ou de


funcionamento pelos Municípios fica condicionada ao cumprimento desta Lei e à
expedição de atestados pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Santa Catarina
(CBMSC), observados também outros requisitos previstos em legislação municipal,
estadual ou federal.

Parágrafo único. Fica vedada a concessão de alvará de funcionamento


provisório pelos Municípios para atividades consideradas de alto risco. (NR) (Redação
dada pela Lei 18.284, de 2021)

Art. 3º Para fins desta Lei consideram-se:


I – imóveis:

a) edificação: qualquer tipo de construção, permanente ou provisória, de


alvenaria, madeira ou outro material construtivo, destinada à moradia, atividade
empresarial ou qualquer outra ocupação, constituída por teto, parede, piso e demais
elementos funcionais;

b) estrutura: instalação permanente ou provisória, utilizada em apoio para


os mais diversos fins e ocupações; e

c) área de risco: ambiente externo à edificação onde são armazenados


materiais combustíveis ou inflamáveis ou produtos perigosos, instalações elétricas,
radioativas ou de gás, locais utilizados para realização de shows pirotécnicos ou ainda
locais com concentração de pessoas; e (Redação dada pela Lei 18.284, de 2021)
d) evento temporário: acontecimento de interesse público ou privado,
social, esportivo, cultural, dentre outros, que reúne considerável número de pessoas
em determinado espaço físico construído ou preparado e que ocorre em período
determinado; (Redação incluída pela Lei 18.284, de 2021)
II – edificação nova: aquela que ainda se encontra em fase de projeto ou de
construção;

III – edificação existente: aquela que já se encontra edificada, acabada ou


concluída;

IV – edificação recente:

a) aquela que não obteve aprovação de projeto preventivo quando foi


edificada pelo fato de a ocupação original e/ou a legislação vigente na época não
exigir; ou

b) aquela que, embora anteriormente aprovada pelo Corpo de Bombeiros,


venha a enquadrar-se posteriormente numa das seguintes situações:

1. aprovada para ocupação diversa da atual ou pretendida; ou

2. desatualizada em relação às normas vigentes, mantendo ou modificando


a ocupação original;

V – infrator: proprietário ou possuidor direto ou indireto de imóvel que esteja


em desacordo com as normas de segurança contra incêndio e pânico, bem como
responsável técnico que, por ação ou omissão, proceder em desacordo com as
normas de segurança contra incêndio e pânico; (Redação dada pela Lei 18.284, de
2021)
VI – Projeto de Prevenção e Segurança contra Incêndio e Pânico (PPCI): o
conjunto de sistemas e medidas de segurança contra incêndio e pânico a ser
implementado em edificações novas, estruturas ou áreas de risco, necessário para
propiciar a tranquilidade pública e a incolumidade das pessoas, evitar o surgimento de
incêndio, limitar sua propagação, reduzir seus efeitos, possibilitar a sua extinção,
permitir o abandono seguro dos ocupantes e o acesso para as operações do Corpo de
Bombeiros, preservando o meio ambiente e o patrimônio;

VII – Relatório de Prevenção e Segurança Contra Incêndio e Pânico


(RPCI): documento emitido pelo CBMSC que fixa ou estabelece as exigências para os
imóveis de baixa complexidade ou em processo simplificado; (Redação dada pela Lei
18.284, de 2021)
VIII – planta de emergência: mapa simplificado do local, em escala,
indicando os principais riscos existentes, as rotas de fuga e os meios que podem ser
utilizados em caso de sinistro.

IX – riscos especiais: aqueles definidos por normatização do CBMSC que,


pelo seu potencial de dano, requerem medidas específicas de prevenção e combate a
incêndios e desastres; e (Redação incluída pela Lei 18.284, de 2021)
X – responsável técnico: pessoa natural legalmente habilitada e registrada
no conselho de fiscalização de classe profissional. (NR) (Redação incluída pela Lei
18.284, de 2021)
CAPÍTULO II
DOS ALVARÁS
Seção I
Da Concessão

Art. 4º Verificados a regularidade do imóvel e o cumprimento integral desta


Lei, o CBMSC concederá:

I – atestado para construção, reforma ou ampliação de imóveis;

II – atestado para habite-se;

III – atestado para funcionamento; ou

IV – atestado de regularização para funcionamento de imóveis em processo


de regularização.

§ 1º A expedição de atestados pelo CBMSC deve observar, conforme o tipo


do imóvel e os riscos e as ocupações deste, a apresentação do PPCI ou a emissão do
RPCI ou do cronograma de obras.

§ 2º O PPCI, o RPCI ou o cronograma de obras deve prever, de acordo


com o tipo do imóvel e os riscos e as ocupações deste, os dispositivos ou sistemas
previstos na regulamentação desta Lei.
§ 3º A concessão dos documentos de que tratam os incisos I e II
do caput deste artigo, para os processos simplificados, será realizada mediante a
entrega da autodeclaração e/ou emissão do RPCI.
§ 4º Fica vedada a realização de show pirotécnico em ambientes fechados
sem adoção das medidas de segurança estabelecidas em regulamentação específica.
§ 5º A divulgação de procedimentos de emergência é obrigatória nos
seguintes locais e eventos: (Redação do caput e §§§ 1º ao 5º dada pela Lei 18.284, de
2021)
I – apresentações musicais;

II – espetáculos circenses;

III – espetáculos teatrais;

IV – salas de cinema;

V – casas de dança, boates e similares; e

VI – arenas esportivas, estádios, ginásios de esportes e similares.


(Redação dos incisos do § 5º dada pela Lei 17.711, de 2019).
§ 6º Os procedimentos de emergência serão divulgados de forma clara e
ostensiva, antes do início do espetáculo ou evento, indicando as saídas de
emergência, o local onde estão instalados os extintores, a capacidade de público do
recinto e as demais orientações previstas no Plano de Emergência, observando-se o
seguinte:

I – em eventos com longa duração, as informações deverão ser repetidas a


cada três horas; e

II – em eventos esportivos, as informações deverão ser repetidas nos


intervalos oficiais próprios de cada modalidade esportiva. (Redação do § 6º, incluída
pela Lei 17.711, de 2019).

Art. 5º Os sistemas e as medidas de segurança contra incêndio e pânico


devem observar os seguintes parâmetros mínimos, conforme a complexidade do
imóvel, e os respectivos riscos e ocupações:

I – ocupação;

II – capacidade de lotação;

III – altura;

IV – área total construída;

V – carga de incêndio; e
VI – riscos especiais.

§ 1º A elaboração e execução de projeto e a implantação dos sistemas e


das medidas de segurança contra incêndio e pânico devem ser efetuadas por
profissional legalmente habilitado e com registro no respectivo Conselho Regional,
observados os termos desta Lei e das normas expedidas pelo Corpo de Bombeiros
Militar de Santa Catarina (CBMSC).

§ 2º Quando se tratar de imóvel diferenciado do previsto nesta Lei, o Corpo


de Bombeiros pode determinar outras medidas que, a seu critério, julgar convenientes
à segurança contra incêndio e pânico.
Seção II
Da Cassação

Art. 7º Constatada situação de descumprimento desta Lei ou da legislação


própria, os Municípios podem, independentemente da aplicação das sanções previstas
no § 5º do art. 16 desta Lei pelo CBMSC, cassar os alvarás concedidos.
CAPÍTULO III
DAS RESPONSABILIDADES

Art. 8º Os profissionais encarregados tecnicamente do projeto ou da


execução de construção, reforma ou mudança de ocupação ou uso de imóveis são
responsáveis pelo cumprimento dos preceitos de exigibilidade previstos na legislação
e nas normas de segurança contra incêndio e pânico, independentemente de prévia
aprovação pelo CBMSC.

§ 1º O autor do projeto é responsável pelo seu detalhamento técnico em


relação aos sistemas e às medidas de segurança contra incêndio e pânico e pela
observância às normas de segurança contra incêndio e pânico.

§ 2º O profissional encarregado da execução é responsável, durante o


acompanhamento da obra, por garantir os parâmetros legais e normativos em relação
à segurança contra incêndio e pânico no imóvel.

§ 3º Nos casos em que couber a autodeclaração por parte dos


responsáveis técnicos, estes serão responsáveis pela veracidade das informações
prestadas.

§ 4º A responsabilidade administrativa de que trata esta Lei não exime os


responsáveis técnicos das responsabilidades cíveis, criminais e éticas. (NR) (Redação
dada pela Lei 18.284, de 2021)

Art. 9º O proprietário do imóvel e o seu possuidor direto ou indireto são


responsáveis por:
I – manter os dispositivos e sistemas de segurança contra incêndio e
pânico em condições de utilização; e

II – adotar os dispositivos e sistemas de segurança contra incêndio e


pânico adequados à efetiva utilização do imóvel.

Parágrafo único. Nos casos em que couber a autodeclaração por parte do


proprietário do imóvel ou de seu possuidor direto ou indireto, estes serão responsáveis
pela veracidade das informações prestadas. (NR) (Redação incluída pela Lei 18.284,
de 2021)
CAPÍTULO IV
DAS COMPETÊNCIAS DO CBMSC

Art. 10. Ao CBMSC compete o exercício do poder de polícia administrativa


para assegurar o adequado cumprimento das normas de prevenção e combate a
incêndio, inclusive por meio de:

I – ações de vistoria, de requisição e análise de documentos;

II – interdição preventiva, parcial ou total, de imóvel; e

III – comunicação ao Município acerca das desconformidades constatadas


e das infrações apuradas.

§ 1º A interdição prevista no inciso II do caput deste artigo pode ser


aplicada pelo CBMSC como medida preliminar à apuração de infração administrativa
quando o imóvel apresentar grave risco para a incolumidade das pessoas e/ou do
patrimônio.
§ 2º Compete ao CBMSC discriminar em instrução normativa:

I – os sistemas e as medidas referidos no § 2º do art. 4º e no art. 5º desta


Lei; e

II – os critérios que devem ser observados para o reconhecimento, em


determinadas situações, da inviabilidade técnica ou econômica de determinado
sistema ou medida.

III – a forma de tramitação dos processos relativos aos casos de que trata o
art. 1º desta Lei e os requisitos das ações relacionadas a esses processos; e
(Redação incluída pela Lei 18.284, de 2021)
IV – os parâmetros a serem adotados para o enquadramento dos imóveis
no processo simplificado, bem como os requisitos para cadastros e credenciamentos
em seus processos. (Redação incluída pela Lei 18.284, de 2021)
TJSC 9191239-43.2013.8.24.0000 - julga procedente o pedido inaugural
para declarar a inconstitucionalidade, com redução de texto, do parágrafo 3º do art. 10
da Lei n. 16.157, de 07 de novembro de 2013, excluída a parte acrescida por emenda
parlamentar, com efeito "ex tunc". 19/03/2014.)
CAPÍTULO V
DAS INFRAÇÕES
Seção I
Das Disposições Gerais

Art. 11. Este capítulo regulamenta a apuração das infrações e a aplicação


de sanções pelo CBMSC quando no exercício de sua competência.

Parágrafo único. Fica facultado ao Município, no exercício da competência


prevista no parágrafo único do art. 112 da Constituição do Estado, estabelecer em lei
própria procedimentos, inclusive recursais, para a apuração das infrações e aplicação
das sanções pelos seus agentes públicos.

Art. 12. Considera-se infração administrativa toda ação ou omissão que


viole as regras jurídicas e técnicas concernentes às medidas de segurança e
prevenção a incêndios e pânico.

§ 1º São autoridades competentes para lavrar autos de infração e


responsáveis pelas vistorias e fiscalizações os bombeiros militares e os Municípios,
podendo os Municípios delegar competência aos bombeiros voluntários.

§ 2º São autoridades competentes para instaurar processo administrativo


os Comandantes das organizações do CBMSC.

§ 3º Constatando-se infração administrativa, qualquer pessoa poderá dirigir


representação às autoridades previstas nos §§ 1º e 2º deste artigo.

Art. 13. Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade


competente observará:

I – a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas


consequências para segurança de pessoas e bens e para o meio ambiente; e

II – os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de


segurança contra incêndio e pânico.

Art. 14. O CBMSC, ao constatar qualquer irregularidade prevista nesta Lei


ou em seu regulamento, expedirá notificação ao infrator, identificará as exigências e
fixará prazo para seu integral cumprimento, com vistas à regularização do imóvel. (NR)
(Redação dada pela Lei 18.284, de 2021)

Art. 15. A apuração das infrações e a aplicação das sanções serão


realizadas em processo administrativo próprio, assegurado o direito ao contraditório e
à ampla defesa, observadas as disposições constantes desta Lei e de seu
regulamento.

Parágrafo único. O trâmite do processo de que trata o caput deste artigo


será realizado por meio eletrônico, podendo a emissão de notificação das infrações e
sanções, bem como da respectiva ciência por parte do infrator ou preposto, ser
realizada por meio físico. (NR) (Redação dada pela Lei 18.284, de 2021)
Seção II
Das Sanções

Art. 16. As infrações administrativas serão punidas com as seguintes


sanções, observado o disposto no art. 13 desta Lei:

I – advertência;

II – multa;

III – embargo de obra parcial ou total; (Redação dada pela Lei 18.284, de
2021)
IV – interdição parcial ou total; e

V – cassação de atestado. (Redação dada pela Lei 18.284, de 2021)


§ 1º Se forem cometidas simultaneamente 2 (duas) ou mais infrações,
serão aplicadas, cumulativamente, as sanções a elas cominadas.

§ 2º A advertência será aplicada pela inobservância das disposições desta


Lei e da legislação em vigor ou de preceitos regulamentares, sem prejuízo das demais
sanções previstas neste artigo.

§ 3º O embargo de obra será efetuado quando constatada a não


conformidade da construção, reforma ou ampliação com as normas de segurança
contra incêndio e pânico.

§ 4º A interdição parcial ou total será efetuada quando for constatado grave


risco à incolumidade das pessoas e/ou do patrimônio em razão do descumprimento
das normas de segurança contra incêndio e pânico, podendo ser efetuada ainda a
ordem de evacuação imediata do local. (Redação dada pela Lei 18.284, de 2021)
§ 5º A cassação de atestado será aplicada quando:

I – for constatada em processo autodeclaratório a prestação de


informações inverídicas, causando embaraço à atuação do CBMSC;

II – ficar caracterizado o descumprimento reiterado das determinações do


CBMSC; ou
III – quando irrecorrível a sanção aplicada e não tenham sido sanadas as
irregularidades. (Redação dada pela Lei 18.284, de 2021)
§ 6º Para fins desta Lei, fica caracterizada a reincidência quando o infrator,
após decisão definitiva em processo administrativo que lhe impôs a penalidade,
cometer nova infração ou permanecer em infração continuada, dentro do prazo de 5
(cinco) anos. (NR) (Redação incluída pela Lei 18.284, de 2021)
Subseção Única
Das Multas

Art. 17. A multa será aplicada sempre que o infrator, por culpa ou dolo:

I – quando notificado, deixar de sanar as irregularidades no prazo


assinalado; ou

II – opuser embaraço à atuação do Corpo de Bombeiros.

III – descumprir as normativas ou as determinações do CBMSC. (NR)


(Redação incluída pela Lei 18.284, de 2021)

Art. 18. A multa será imposta ao infrator com valor mínimo de R$ 500,00
(quinhentos reais) e máximo de R$ 160.000,00 (cento e sessenta mil reais), conforme
a regulamentação desta Lei.

§ 1º Para a fixação do valor da multa, devem ser considerados os seguintes


fatores:

I – área total da edificação ou área de risco;

II – área ocupada pelo estabelecimento;

III – risco de incêndio;

IV – população potencialmente exposta;

V – altura da edificação;

VI – tipo de ocupação; e

VII – quantidade e gravidade das infrações cometidas em relação:

a) às medidas e aos sistemas de prevenção e combate a incêndio e


desastres;

b) ao embaraço causado à atuação do CBMSC; e

c) à boa-fé do particular perante a Administração Pública.


§ 2º As multas, em relação ao estipulado neste artigo, serão classificadas,
conforme a natureza da infração, em:

I – levíssimas;

II – leves;

III – médias;

IV – graves; e

V – gravíssimas.

§ 3º Em caso de reincidência, a multa será majorada em 20% (vinte por


cento) de seu valor a cada nova reincidência, não se aplicando, nestes casos, a
limitação de valor máximo de que trata o caput deste artigo.
§ 4º Os valores das multas serão corrigidos anualmente com base no
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apurado no período de
janeiro a dezembro do ano anterior.

§ 5º O auto de infração deverá conter os dados do responsável pela


edificação ou pelo evento, a natureza da infração, o valor da penalidade, a
identificação do bombeiro militar que efetuou a autuação, o prazo para pagamento da
multa e o prazo para regularização da situação em desconformidade.

§ 6º O prazo para pagamento da multa é de 30 (trinta) dias, contados da


data da autuação.

§ 7º O prazo máximo para regularização é de 180 (cento e oitenta) dias,


estabelecido a critério da autoridade que lavrar o auto de infração. (NR) (Redação
dada pela Lei 18.284, de 2021)

Art. 19. O pagamento da multa não exime o infrator do cumprimento das


exigências desta Lei, das normas de segurança contra incêndios e das instruções
normativas do CBMSC nem acarretará a cessação da interdição ou do embargo.
Seção III
Dos Recursos

Art. 20. Da aplicação da interdição preventiva de que trata o inciso II


do caput do art. 10 desta Lei é cabível pedido de suspensão ao Diretor de Segurança
Contra Incêndio do CBMSC. (NR) (Redação dada pela Lei 18.284, de 2021)

Art. 21. Da imposição das sanções previstas no art. 16 desta Lei, são
cabíveis os seguintes recursos:

I – recurso ordinário;
II – recurso especial; e

III – recurso extraordinário.

§ 1º O recurso ordinário deverá ser protocolizado no prazo de

5 (cinco) dias úteis, a contar do recebimento do auto de infração, dirigido à


autoridade bombeiro militar que expediu o auto.

§ 2º Da decisão prevista no § 1º deste artigo, cabe recurso especial no


prazo de 5 (cinco) dias úteis, a contar do recebimento da decisão exarada no recurso
de primeiro grau, à autoridade bombeiro militar imediatamente superior à autoridade
que proferiu a decisão recorrida.

§ 3º É cabível recurso extraordinário ao Diretor de Segurança Contra


Incêndio do CBMSC, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, a contar do recebimento da
decisão exarada no recurso de 2º (segundo) grau, nos seguintes casos: (Redação
dada pela Lei 18.284, de 2021)
I – interdição; e

II – aplicação de multa gravíssima.

Art. 22. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.


Florianópolis, 7 de novembro de 2013.
DECRETO Nº 1.908, DE 9 DE MAIO DE 2022

Regulamenta a Lei nº 16.157, de 2013, que dispõe sobre as


normas e os requisitos mínimos para a prevenção e segurança
contra incêndio e pânico e estabelece outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA, no uso das atribuições privativas


que lhe conferem os incisos I e III do art. 71 da Constituição do Estado, conforme o
disposto na Lei nº 16.157, de 7 de novembro de 2013, e de acordo com o que consta nos
autos do processo nº CBMSC 0877/2022, DECRETA:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Ficam
regulamentados por este Decreto as normas e os requisitos de que trata a Lei
nº 16.157, de 7 de novembro do 2013, e estabelecidos os procedimentos para a proteção
da vida e do patrimônio, com implementação de Sistemas e Medidas de Segurança contra
Incêndio e Pânico (SMSCI), conforme previsto em Instrução Normativa (IN) do Corpo de
Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), nos casos de:

I - regularização de edificações, estruturas, áreas de risco e eventos temporários;

II - construção;

III - mudança da ocupação ou do uso; e

IV - reforma e/ou alteração de área e de edificação.

§ 1º O descumprimento das disposições deste Decreto sujeitará o infrator às sanções de


que trata seu art. 38, assegurados o contraditório e a ampla defesa.

§ 2º Nos municípios em que não houver sede de Organização Bombeiro Militar (OBM), as
atividades de segurança de que trata este Decreto, de competência do CBMSC, serão
exercidas pela OBM de abrangência do município.

§ 3º O disposto neste Decreto não se aplica às edificações residenciais unifamiliares,


sujeitas, neste caso, a ações educativas e preventivas.

CAPÍTULO II
DAS DEFINIÇÕES

Art. 2º Para fins do disposto neste Decreto, considera-se:

I - análise de projeto: verificação do cumprimento das exigências formais e/ou de


dimensionamento relacionadas aos SMSCI, conforme previsto nas Normas de Segurança
Contra Incêndio (NSCI) para o imóvel;

II - antecedentes do infrator: histórico de registro acerca do cumprimento ou não das NSCI;


III - atividades econômicas de risco baixo: aquelas com reduzida possibilidade de danos às
pessoas, ao patrimônio ou ao meio ambiente, sendo exercidas:

a) exclusivamente em empresas sem estabelecimento ou domicílio fiscal;


b) por empreendedor em área não edificada e transitória, como ambulantes, carrinhos de
lanches em geral, food trucks, barracas itinerantes, trios elétricos, carros alegóricos e
similares;
c) por empreendedor em área não edificada (ambulante), mas que possua ponto fixo
durante determinado período do dia ou da noite e que faça uso de estruturas de tendas ou
toldos como área de apoio com até 50 m² (cinquenta metros quadrados);
d) em torres de transmissão, estações de antena ou de serviço que não sejam locais de
trabalho fixo e que não possuam características de local habitável;
e) por comércio ou indústria em edificação residencial privativa unifamiliar de até 200 m²
(duzentos metros quadrados) de área total construída e com no máximo 1 (um)
empregado, ressalvadas aquelas classificadas como atividades de alto risco;
f) em edificações agropastoris, utilizadas na agricultura familiar, assim classificadas
conforme diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e
Empreendimentos Familiares Rurais, independentemente de sua área, tais como aviários,
silos, armazéns, cocheiras, estábulos, chiqueiros, estrebarias, maternidades animais,
garagens de máquinas, estufas, depósitos, inclusive áreas de preparo e transformação de
produtos ou embalagens;
g) em condomínios residenciais multifamiliares horizontais, com até 6 (seis) unidades
residenciais, geminadas ou afastadas; e
h) em empresas que as desenvolvem em escritórios virtuais ou espaços de coworking;

IV - atividades econômicas de risco moderado: aquelas desenvolvidas em edificações com


as seguintes características:

a) ter área total construída de até 750 m² (setecentos e cinquenta metros quadrados);
b) possuir até 3 (três) pavimentos;
c) comportar lotação inferior a 100 (cem) pessoas em caso de boates e clubes sociais ou
200 (duzentas) pessoas nas demais reuniões de público; e
d) apresentar outros atributos relacionados aos demais riscos da edificação, a serem
definidos pelo CBMSC, tais como materiais combustíveis e/ou inflamáveis, tipo de
ocupação, carga de incêndio e similares;

V - atividades econômicas de risco médio: todas aquelas que não se enquadram nos
riscos baixo, moderado e alto, podendo também serem desmembradas em subníveis de
risco, conforme regulamentação em IN do CBMSC;

VI - atividades econômicas de alto risco: aquelas com possibilidade de alto dano às


pessoas, aos bens ou ao meio ambiente, podendo atingir áreas adjacentes ao imóvel, tais
como:

a) depósito, manuseio, armazenamento, fabricação e/ou comércio de substâncias


radioativas, inflamáveis classe I, tóxicas ou explosivas, artefatos pirotécnicos e munições,
exceto postos de reabastecimento de combustíveis com tanques subterrâneos e postos de
revenda de gás liquefeito de petróleo (GLP) classes I, II, III e IV; ou
b) as desenvolvidas em ocupação com carga de incêndio acima de 2.28 MJ/m² (120
kg/m²);

VII - Auto de Fiscalização: formulário por meio do qual o CBMSC notifica o responsável
acerca das irregularidades, definindo as exigências e os respectivos prazos para o seu
cumprimento em cronograma de obras, constituindo-se no instrumento principal do
processo de regularização;
VIII - Auto de Infração: documento que dá origem ao Processo Administrativo Infracional
(PAI) e que deve conter:

a) os dados do imóvel e de seu responsável;


b) a natureza da infração;
c) a penalidade prevista;
d) a identificação do bombeiro militar que efetuou a autuação;
e) os prazos para o contraditório e a ampla defesa;
f) o prazo para regularização da situação em desconformidade; e
g) o prazo para pagamento da multa, quando for o caso;

IX - autoridade bombeiro militar: oficial do CBMSC, nos termos do art. 11 da Lei


Complementar nº 454, de 5 de agosto de 2009;

X - complexidade do imóvel: refere-se à facilidade de execução dos SMSCI em imóvel;

XI - descumprimento reiterado das determinações do CBMSC: caracteriza-se pelo não


cumprimento de 2 (duas) ou mais determinações expressas do CBMSC, estabelecidas
tanto em Autos de Fiscalização como em Autos de Infração, incidentes sobre o mesmo
imóvel e praticadas pelo mesmo responsável (pessoa física e/ou jurídica);

XII - edificação: qualquer tipo de construção, permanente ou provisória, de alvenaria,


madeira ou outro material construtivo, destinada à moradia, atividade empresarial ou a
qualquer outra ocupação, constituída de teto, parede, piso e demais elementos funcionais;

XIII - edificação existente: aquela que já se encontra edificada, acabada ou concluída na


data de publicação da Lei nº 16.157, de 2013;

XIV - edificação nova: aquela que ainda se encontra em fase de projeto ou de construção
na data de publicação da Lei nº 16.157, de 2013, e a que for construída posteriormente;

XV - edificação recente: aquela que se enquadra nas seguintes situações:

a) não obteve aprovação de projeto preventivo quando foi edificada pelo fato de a
ocupação original e/ou legislação vigente na época não a exigir; ou
b) embora anteriormente aprovada pelo CBMSC, enquadre-se posteriormente em uma das
seguintes situações:

1. aprovada para ocupação diversa da atual ou pretendida;


2. mantida sua ocupação original, porém desatualizada em relação às normas vigentes e
com necessidade de atualização expressamente determinada por IN; ou
3. modificada sua ocupação original e desatualizada em relação às normas vigentes;

XVI - embaraço: ação ou omissão que dificulta, causa desordem ou cria empecilho no
processo de regularização de edificação, dentre elas:

a) impedir ou obstruir vistoria para habite-se ou funcionamento; e


b) violar imóvel interditado ou embargado;

XVII - embargo: medida preventiva que determina a cessação de execução de obra;

XVIII - estrutura: instalação permanente ou provisória, utilizada em apoio para os mais


diversos fins e ocupações;

XIX - evento com grande concentração de público: aquele realizado em locais próprios,
com ou sem cobrança de ingresso, cuja participação de público prevista seja de mais de
2.000 (duas mil) pessoas em espaços fechados e mais de 5.000 (cinco mil) pessoas em
locais abertos;

XX - grave risco: situação caracterizada por:

a) possibilidade iminente de explosão, incêndio ou dano ambiental grave;


b) possibilidade iminente de colapso estrutural;
c) lotação de público acima da capacidade máxima permitida;
d) condição que gere insegurança com risco iminente à vida; ou
e) descumprimento das exigências relacionadas às deficiências em sistemas preventivos
considerados vitais não sanadas no curso do PAI;

XXI - Instrução Normativa (IN): norma técnica editada pelo CBMSC com o objetivo de
estabelecer os critérios de exigência e dimensionamento para a execução dos SMSCI,
bem como definir procedimentos administrativos do CBMSC em relação à SCI;

XXII - interdição: medida preventiva que determina a cessação de atividade e/ou de


habitação de imóvel na situação de grave risco;

XXIII - má-fé: comportamentos que buscam enganar, iludir ou agir maldosamente, dentre
eles:

a) omitir ou fornecer informações inverídicas em procedimentos ou documentos


declaratórios ao CBMSC; e
b) burlar ou tentar burlar a fiscalização, alterando parcial ou totalmente as características
do imóvel ou dos SMSCI, com o intuito de induzir ou manter o vistoriador ou analista em
erro;

XXIV - Normas de Segurança contra Incêndio (NSCI): ordenamento técnico-jurídico que


define critérios de exigência e aplicação da atividade de SCI no Estado;

XXV - Organização Bombeiro Militar (OBM): toda estrutura física do CBMSC dotada de
efetivo para o exercício da atividade de SCI;

XXVI - preposto: pessoa física que, por sua condição, está habilitada a receber Auto de
Fiscalização e/ou Auto de Infração em nome do responsável pelo imóvel, tais como
porteiros, funcionários, gerentes, contabilistas, responsáveis técnicos, representantes
comerciais e similares;

XXVII - Processo Administrativo Infracional (PAI): processo administrativo do CBMSC


instaurado para apurar irregularidades decorrentes do descumprimento das NSCI;

XXVIII - Projeto de Prevenção e Segurança contra Incêndio e Pânico (PPCI): conjunto de


plantas e documentos que contemplam os SMSCI a serem implementados em imóvel;

XXIX - responsável pelo imóvel: pessoa física ou jurídica proprietária do imóvel,


possuidora direta ou indireta a qualquer título, detentora do domínio útil, incorporadora ou
construtora do imóvel ou representante legal de condomínio;

XXX - risco iminente: situação de perigo presente, com ameaça concreta de dano às
pessoas e/ou ao patrimônio;

XXXI - Sistemas e Medidas de Segurança contra Incêndio e Pânico (SMSCI): conjunto de


procedimentos, dispositivos, atividades e equipamentos necessários ao imóvel para evitar
o surgimento do incêndio, limitar sua propagação, reduzir seus efeitos, possibilitar sua
extinção, permitir o abandono seguro dos ocupantes e o acesso para as operações do
CBMSC, preservando o meio ambiente e o patrimônio, proporcionando a tranquilidade
pública e garantindo a incolumidade das pessoas;
XXXII - sistema deficiente: SMSCI instalado no todo ou em parte na edificação e que pode
ser utilizado, porém não atende totalmente as especificações das IN e afins;

XXXIII - sistema inexistente: SMSCI que não está instalado na edificação;

XXXIV - sistema inoperante: SMSCI instalado na edificação, porém afuncional;

XXXV - superlotação: ocorre quando a quantidade total de pessoas presentes dentro do


imóvel em determinado momento (funcionários e público) superior à lotação máxima do
imóvel prevista na legislação; e

XXXVI - vistoriador: bombeiro militar, representante legal do Estado, capacitado para a


função fiscalizadora dentro da atividade de segurança contra incêndio.

CAPÍTULO III
DOS ALVARÁS

Art. 3º Verificada a regularidade do imóvel perante as NSCI, o CBMSC concederá:

I - atestado para construção, reforma ou ampliação de imóveis;

II - atestado para habite-se;

III - atestado para funcionamento; ou

IV - atestado de regularização para funcionamento de imóveis em processo de


regularização.

§ 1º O CBMSC baixará, por meio de IN, os critérios de aplicação dos incisos do caput
deste artigo de acordo com as características dos imóveis.

§ 2º Os SMSCI exigidos para cada tipo de imóvel, de acordo com seus riscos e suas
ocupações, serão previstos em IN do CBMSC.

§ 3º Para os processos simplificados, a concessão dos documentos de que tratam os


incisos I e II do caput deste artigo será realizada mediante entrega da autodeclaração e/ou
emissão do Relatório de Prevenção e Segurança contra Incêndio e Pânico (RPCI).

Art. 4º Ficam
as atividades econômicas de baixo risco dispensadas dos atestados emitidos
pelo CBMSC.

Parágrafo único. A dispensa do atestado não exime o responsável do cumprimento dos


preceitos de segurança exigidos pela legislação, estando passível de fiscalização.

Art. 5º As
atividades econômicas classificadas como risco moderado terão concessão de
atestado para exercer a atividade preliminarmente à completa regularização do imóvel.

Parágrafo único. Às atividades previstas no caput caberá a concessão do atestado de


regularização (ou funcionamento) antes da apresentação do PPCI ou emissão do RPCI.

Art. 6º O
CBMSC poderá, por meio de IN, adotar outros critérios que ampliem os
parâmetros estipulados para as concessões de alvarás em processos simplificados de
abertura de empresas e renovações de atestados.

Art. 7º O
CBMSC poderá, por meio de IN, atribuir outras terminologias de risco ou de
parâmetros de classificação das edificações, desde que respeitado o mínimo previsto
neste Decreto.

Art. 8º Cabe
ao CBMSC estipular os requisitos para a concessão de atestados mediante
autodeclaração, conforme definido neste Decreto e nas IN do CBMSC.

Art. 9º Fica
vedada a realização de show pirotécnico em ambientes fechados sem adoção
das medidas de segurança estabelecidas em IN do CBMSC.

Art. 10. A
expedição de atestado de vistoria para habite-se respeitará a execução dos
sistemas e das medidas de segurança previstos em projeto, de acordo com os critérios
estabelecidos em IN.

Parágrafo único. Os imóveis, exceto aqueles com atividades de alto risco, podem receber
alvará de funcionamento provisório por meio do atestado de edificação em regularização
expedido pelo CBMSC.

CAPÍTULO IV
DAS RESPONSABILIDADES

Seção I
Do Responsável pelo Imóvel

Art. 11. O responsável pelo imóvel deve:

I - adotar os dispositivos e os SMSCI exigidos pelas NSCI para a utilização segura do


imóvel; e

II - manter os dispositivos e os SMSCI em condições de utilização.

Parágrafo único. Nos casos em que couber a autodeclaração por parte do proprietário do
imóvel ou de seu possuidor direto ou indireto, esses serão responsáveis pela veracidade
das informações prestadas.

Seção II
Do Responsável Técnico

Art. 12. Os
profissionais encarregados tecnicamente do projeto ou da execução de
construção, reforma ou mudança de ocupação ou uso de imóveis são responsáveis pelo
cumprimento dos preceitos de exigibilidade previstos na legislação e nas NSCI,
independentemente de prévia aprovação pelo CBMSC.

§ 1º A não observância aos preceitos técnicos normativos na elaboração do PPCI ou na


execução dos SMSCI configura infração passível de sanção administrativa.

§ 2º A responsabilidade administrativa não exime os responsáveis técnicos das


responsabilidades cíveis, criminais e éticas cabíveis.

Art. 13. O
autor do projeto é responsável pelo detalhamento técnico e executivo em relação
aos SMSCI e pela observância às NSCI.

Parágrafo único. O profissional projetista é o responsável por prestar declaração de


conformidade do PPCI em relação às normas estaduais nos processos simplificados ou
autodeclaratórios ao CBMSC.

Art. 14. O
profissional encarregado da execução é responsável, durante o acompanhamento
da obra, por garantir os parâmetros legais e normativos em relação à SCI no imóvel.
§ 1º Para fins de obtenção dos atestados em processos simplificados ou autodeclaratórios
no CBMSC, cabe ao profissional responsável pela execução a responsabilidade de atestar
o pleno funcionamento dos SMSCI.

§ 2º A responsabilidade mencionada no § 1º deste artigo pode ser atribuída a outro


profissional, exceto àquele que realizou o PPCI da edificação.

Seção III
Do CBMSC

Art. 15. Cabe
ao CBMSC, nos termos da Constituição do Estado, da Lei nº 16.157, de 2013,
e de outros dispositivos legais:

I - editar as IN afetas às atividades de que trata este Decreto;

II - fiscalizar a implementação e manutenção dos SMSCI; e

III - aplicar sanções pelo descumprimento das disposições deste Decreto e demais
legislações afetas à SCI.

Parágrafo único. Sempre que o CBMSC receber representação acerca de situação que
possa apresentar risco à SCI, deve impor ao responsável pelo imóvel, quando cabível, a
adoção de medidas para regularizar a situação.

CAPÍTULO V
DAS COMPETÊNCIAS DO CBMSC

Art. 16. Compete ao CBMSC, no âmbito de aplicação das normas deste Decreto:

I - planejar e implantar políticas de SCI no âmbito estadual;

II - definir as exigências para os imóveis, normatizar e regulamentar os SMSCI, por meio


de IN;

III - fiscalizar e exigir os SMSCI nos imóveis;

IV - expedir atestados;

V - expedir notificação e aplicar sanções de advertência, multa, cassação de atestados,


interdição de imóvel e embargo de obras que estejam em desconformidade com as NSCI;

VI - realizar vistorias nos imóveis;

VII - analisar PPCI;

VIII - fiscalizar o cumprimento das NSCI;

IX - desinterditar imóvel ou desembargar obra logo que as irregularidades sejam sanadas;


e

X - emitir o RPCI.

Parágrafo único. Compete ao Comando-Geral do CBMSC expedir as IN.

CAPÍTULO VI
DA APLICAÇÃO DAS NSCI
Art. 17. A
aplicação das NSCI nos casos descritos no caput do art. 1º deste Decreto será
feita da seguinte forma:

I - para imóveis:

a) antes de iniciar construção, reforma, ampliação de imóveis ou mudança de ocupação


que importe em redimensionamento dos sistemas e das medidas de SCI, o responsável
deve providenciar a aprovação do PPCI ou a emissão do RPCI pelo CBMSC conforme os
critérios estabelecidos em IN;
b) a execução dos SMSCI deve ocorrer de acordo com as NSCI;
c) depois da construção, ampliação ou alteração do imóvel e da execução dos SMSCI e
antes de sua ocupação, o responsável deve solicitar o habite-se ao CBMSC;
d) restando os SMSCI da edificação em conformidade com as NSCI, o CBMSC emitirá
atestado de habite-se indicando que a edificação está devidamente regularizada;
e) depois da liberação de atestado de habite-se, o responsável pelo imóvel deve,
anualmente, solicitar ao CBMSC a renovação do atestado para funcionamento;
f) a regularização de imóveis, quando cabível, é estipulada em Auto de Fiscalização;
g) o CBMSC emitirá atestado de edificação em regularização, de natureza equivalente ao
atestado de vistoria para funcionamento em caráter provisório, com prazo de vigência a
ser definido pelo CBMSC;
h) os imóveis, exceto aqueles com atividades de alto risco, podem receber atestado de
edificação em regularização expedido pelo CBMSC com a vigência do(s) prazo(s)
estabelecido(s) no Auto de Fiscalização, desde que os sistemas e as medidas de
segurança considerados vitais estejam regularmente instalados; e
i) às edificações recentes aplica-se o mesmo processo de regularização para edificações
existentes, ficando aquelas, desde a sua identificação como tal, sujeitas às sanções
previstas neste Decreto, independentemente do cumprimento dos prazos estabelecidos; e

II - para eventos temporários: o imóvel utilizado para evento temporário deve estar
regularizado no CBMSC, e as demais áreas eventualmente utilizadas devem ser
previamente adequadas às NSCI.

CAPÍTULO VII
DA VISTORIA

Art. 18. A
vistoria nos imóveis será feita mediante requerimento da parte interessada ou de
ofício pelo CBMSC, conforme procedimentos previstos em IN.

Art. 19. As vistorias serão realizadas nas seguintes situações:

I - em imóveis sujeitos à fiscalização do CBMSC;

II - em eventos temporários; e

III - em obras.

Art. 20. Sempreque constatada irregularidade durante a realização da vistoria, será emitido


Auto de Fiscalização ou Auto de Infração, em conformidade com o previsto neste Decreto
e nas demais legislações pertinentes.

§ 1º O Auto de Fiscalização e o Auto de Infração serão emitidos, via de regra, de forma


eletrônica diretamente no sistema do CBMSC.

§ 2º Na impossibilidade ou dificuldade de emissão dos autos na forma digital, poderá ser


utilizado meio físico.

Seção I
Dos Imóveis Sujeitos à Fiscalização do CBMSC

Art. 21. O prazo para a correção de irregularidades constatadas será estabelecido em IN.

§ 1º O CBMSC fixará prazos mínimos e máximos para a regularização, observados os


riscos do imóvel e a complexidade de execução dos SMSCI.

§ 2º Cabe ao CBMSC estipular o prazo para a regularização dos imóveis, não sendo
garantia de direito ao responsável valer-se do prazo máximo previsto.

Art. 22. Nos
casos em que couber, será emitida notificação, por meio de Auto de
Fiscalização, determinando a correção das irregularidades observadas e o prazo para sua
regularização, no caso de descumprimento das disposições de NSCI.

§ 1º Do descumprimento das exigências ou dos prazos estabelecidos em Auto de


Fiscalização, será lavrado Auto de Infração com a consequente instauração do PAI.

§ 2º A notificação de irregularidades será expedida pelo CBMSC e dirigida ao responsável,


conforme estabelecido em IN.

§ 3º Ao término do prazo estipulado, cabe ao notificado informar acerca do cumprimento


das exigências e solicitar nova vistoria ao CBMSC.

Art. 23. O
responsável poderá solicitar prorrogação do prazo concedido em Auto de
Fiscalização mediante requerimento devidamente fundamentado, destinado ao
Comandante da OBM ou ao Chefe do Serviço de Segurança Contra Incêndio (SSCI) com
circunscrição no Município onde estiver situado o imóvel.

Parágrafo único. O requerimento para prorrogação deve ser apresentado antes do


vencimento do prazo estipulado no Auto de Fiscalização.

Seção II
Dos Eventos Temporários

Art. 24. Noseventos temporários que apresentarem irregularidades nos SMSCI, o


vistoriador deverá lavrar o Auto de Fiscalização imediatamente, com prazo para que as
irregularidades sejam sanadas antes do início do evento.

Art. 25. Persistindo
as irregularidades nos SMSCI após o término do prazo estabelecido,
será lavrado Auto de Infração com emissão de sanção administrativa cabível.

Parágrafo único. Caberá interdição preventiva nos casos em que for constatado grave
risco.

Seção III
Das Obras

Art. 26. A
fiscalização de obras ocorrerá a qualquer tempo da execução do empreendimento
com o objetivo de avaliar o atendimento às disposições das NSCI.

CAPÍTULO VIII
DAS INFRAÇÕES

Art. 27. Compete ao Comandante de organização do CBMSC, autoridade bombeiro militar,


instaurar o PAI.

Art. 28. Para imposição e gradação da penalidade, serão observados:


I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e as suas consequências
para a segurança das pessoas e dos bens e para o meio ambiente; e

II - os antecedentes e a conduta do infrator quanto ao cumprimento de NSCI.

Art. 29. Fica
caracterizada a reincidência quando o infrator, após decisão definitiva em
processo administrativo que lhe impôs a penalidade, cometer nova infração ou permanecer
em infração continuada dentro do prazo de 5 (cinco) anos.

Parágrafo único. Aplica-se a reincidência à infração nova praticada pelo mesmo


responsável (pessoa física e/ou jurídica) e enquadrada no mesmo tipo infracional.

CAPÍTULO IX
DAS SANÇÕES

Art. 30. As
infrações administrativas serão punidas com as seguintes sanções, observado o
disposto no art. 28 deste Decreto:

I - advertência;

II - multa;

III - embargo parcial ou total de obra;

IV - interdição parcial ou total de imóvel; e

V - cassação de atestado.

Art. 31. Quando
o infrator cometer, simultaneamente, 2 (duas) ou mais infrações, serão
aplicadas, cumulativamente, as respectivas penalidades.

Seção I
Da Advertência

Art. 32. Será
aplicada sanção de advertência, sem prejuízo das demais sanções previstas
na Lei nº 16.157, de 2013, quando no processo de fiscalização forem constatadas
irregularidades nos seguintes casos:

I - não divulgar os procedimentos de emergência em apresentações musicais, espetáculos


circenses ou teatrais, eventos esportivos, salas de cinema, casas noturnas, boates e
similares;

II - apresentar ofício em desacordo com as alterações pretendidas em relação ao PPCI já


aprovado;

III - apresentar PPCI sem o detalhamento técnico necessário após solicitação do analista
prevista em relatório de indeferimento;

IV - deixar de arquivar por, no mínimo, 5 (cinco) anos, todos os documentos que


comprovem o funcionamento da Brigada de Incêndio;

V - deixar de realizar exercícios simulados de abandono de edificação e de utilização dos


SMSCI, quando previsto em norma;

VI - deixar de sinalizar a obra com os dados de aprovação do projeto preventivo, conforme


previsto em IN; ou
VII - deixar de afixar atestado do CBMSC em local visível ao público.

Parágrafo único. O CBMSC poderá definir em IN outras infrações passíveis da sanção


advertência, observado o disposto no § 2º do art. 16 da Lei nº 16.157, de 2013.

Seção II
Da Multa

Subseção I
Das Disposições Gerais

Art. 33. Será aplicada multa sempre que o infrator, por culpa ou dolo:

I - deixar de sanar as irregularidades no prazo quando notificado;

II - opuser embaraço à atuação do CBMSC; ou

III - descumprir as previsões normativas ou as determinações do CBMSC, conforme


definido neste Decreto.

Art. 34. Auto
de Infração é o documento hábil para a aplicação da sanção de multa, o qual
deverá conter:

I - os dados do responsável pela edificação ou pelo evento;

II - a natureza da infração;

III - o valor da penalidade;

IV - a identificação do bombeiro militar que efetuou a autuação;

V - o prazo para o pagamento da multa; e

VI - o prazo para a regularização da situação em desconformidade.

Art. 35. Quando cabível, a aplicação da multa estabelecerá prazo para a correção das
irregularidades que originaram a sanção, e o prazo máximo cabível nesses casos é de 180
(cento e oitenta) dias, estabelecido a critério da autoridade que lavrar o Auto de Infração.

Art. 36. O
pagamento da multa não exime o infrator do cumprimento das exigências das
NSCI nem acarreta a cessação da interdição ou do embargo.

Art. 37. A
multa aplicada pelo CBMSC é recolhida por meio de guia específica, e os
recursos provenientes da sua aplicação revertem para o Fundo de Melhoria do Corpo de
Bombeiros Militar (FUMCBM), nos termos do inciso IX do art. 3º da Lei nº 13.240, de 27 de
dezembro de 2004.

Parágrafo único. O prazo para o pagamento da multa é de 30 (trinta) dias, contados da


data da autuação.

Subseção II
Da Tipificação e da Gradação

Art. 38. A
tipificação das infrações sujeitas à multa será definida conforme a seguinte
gradação:
I - levíssimas, quando o responsável:

a) depois de notificado, deixar de sanar as irregularidades relacionadas aos sistemas ou


às medidas de segurança deficientes, inoperantes ou inexistentes com coeficiente de
SMSCI de até 0,3 (três décimos); ou
b) deixar de registrar, observar, prever ou detalhar em projeto, por culpa, informações ou
dados sobre os SMSCI exigidos para o imóvel em processo simplificado;

II - leves, quando o responsável:

a) depois de notificado, deixar de sanar as irregularidades relacionadas aos sistemas ou


às medidas de segurança deficientes, inoperantes ou inexistentes com coeficiente de
SMSCI entre 0,4 (quatro décimos) e 0,8 (oito décimos); ou
b) não informar o início da execução da obra em processo simplificado de regularização;

III - médias, quando o responsável:

a) depois de notificado, deixar de sanar as irregularidades relacionadas aos sistemas ou


às medidas de segurança deficientes, inoperantes ou inexistentes com coeficiente de
SMSCI de 0,9 (nove décimos) a 1,5 (um inteiro e cinco décimos);
b) empregar, em evento ou edificação, profissional não capacitado ou não credenciado ao
CBMSC como brigadista particular;
c) realizar evento com grande concentração de público sem a presença de brigadistas
particulares;
d) exercer, por meio de empresa, as atividades de formação de brigadistas e/ou prestação
de serviço de brigadistas sem o devido credenciamento no CBMSC; ou
e) realizar evento temporário de pequeno porte, com reunião de público, sem a devida
autorização do Corpo de Bombeiros;

IV - graves, quando o responsável:

a) depois de notificado, deixar de sanar as irregularidades relacionadas aos sistemas ou


às medidas de segurança deficientes, inoperantes ou inexistentes com coeficiente de
SMSCI de 1,6 (um inteiro e seis décimos) a 2,0 (dois inteiros);
b) depois de notificado, deixar de cumprir prazo para:

1. apresentar PPCI;
2. solicitar RPCI;
3. solicitar vistoria para habite-se;
4. solicitar vistoria para funcionamento; e
5. acatar determinações diversas estabelecidas pelo CBMSC;

c) construir, reformar ou ampliar imóvel sem observância das NSCI ou sem o devido
processo no CBMSC;
d) habitar edificação sem o devido atestado de habite-se;
e) sendo ele o responsável técnico, executar os SMSCI em desconformidade com o PPCI
e com as NSCI;
f) mantiver trancadas ou obstruídas as portas de emergência durante o funcionamento do
estabelecimento, exceto para ocupações boates, clubes sociais e clubes de diversão;
g) incorrer em falta de manutenção dos SMSCI que comprometa, parcial ou totalmente, a
sua eficiência em incidentes, emergências ou sinistros, quando constatada em
investigação de incêndio; ou
h) realizar evento temporário de médio porte, com reunião de público, sem a devida
autorização do Corpo de Bombeiros; e

V - gravíssimas, quando o responsável:


a) depois de notificado, deixar de sanar as irregularidades relacionadas aos sistemas ou
às medidas de segurança deficientes, inoperantes ou inexistentes com coeficiente de
SMSCI maior que 2,1 (dois inteiros e um décimo);
b) burlar ou tentar burlar a fiscalização, alterando parcial ou totalmente as características
do imóvel ou dos SMSCI, com o intuito de induzir ou manter o vistoriador ou analista em
erro;
c) realizar show pirotécnico em ambientes fechados em desacordo com as exigências do
CBMSC;
d) realizar evento temporário de grande porte, com reunião de público, sem a devida
autorização do Corpo de Bombeiros;
e) violar imóvel interditado ou embargado;
f) permitir superlotação em eventos temporários ou estabelecimentos de reunião de
público;
g) mantiver trancadas ou obstruídas as saídas de emergência durante o funcionamento de
boates, clubes sociais e clubes de diversão;
h) impedir ou obstruir vistoria para habite-se ou funcionamento; ou
i) omitir ou fornecer informações inverídicas em procedimentos ou documentos
declaratórios ao CBMSC.

§ 1º Os coeficientes de SMSCI de que tratam as alíneas "a" dos incisos I, II, III, IV e V
deste artigo serão determinados de acordo com os índices previstos na Tabela 1 do Anexo
I, os quais estabelecerão uma pontuação específica para as irregularidades encontradas
em cada SMSCI deficiente, inoperante ou inexistente.

§ 2º Nos casos em que forem constatadas 2 (duas) ou mais infrações no mesmo ato
fiscalizatório relacionadas aos SMSCI deficientes, inoperantes ou inexistentes, será
aplicada apenas uma penalidade, que terá os valores de coeficientes previstos na Tabela
1 do Anexo I somados para fins de enquadramento em relação à gravidade da autuação.

§ 3º Nos casos em que forem constatadas irregularidades relacionadas aos SMSCI que
notoriamente foram omitidas ou declaradas de forma inverídica pelo responsável no
momento da realização da autodeclaração, além do Auto de Fiscalização estabelecendo o
prazo para a correção das inconsistências, o responsável receberá ainda o Auto Infração
previsto na alínea "i" do inciso V deste artigo.

Subseção III
Dos Valores

Art. 39. Para a fixação do valor da multa, devem ser considerados os seguintes fatores:

I - área total da edificação ou área de risco;

II - área ocupada pelo estabelecimento;

III - risco de incêndio;

IV - população potencialmente exposta;

V - altura da edificação;

VI - tipo de ocupação; e

VII - quantidade e gravidade das infrações cometidas em relação:

a) às medidas e aos sistemas de prevenção e combate a incêndio e desastres;


b) ao embaraço causado à atuação do CBMSC; e
c) à boa-fé do particular perante a Administração Pública.
Art. 40. A
multa imposta ao infrator terá os valores mínimo de R$ 500,00 (quinhentos reais)
e máximo de R$ 160.000,00 (cento e sessenta mil reais), respeitados os valores mínimos
e máximos estipulados para cada gradação de infração, conforme os seguintes limites:

I - multa levíssima: valor fixo de R$ 500,00 (quinhentos reais);

II - multa leve: mínimo de R$ 500,00 (quinhentos reais) e máximo de R$ 5.000,00 (cinco


mil reais);

III - multa média: mínimo de R$ 1.000,00 (mil reais) e máximo de R$ 10.000,00 (dez mil
reais);

IV - multa grave: mínimo de R$ 2.000,00 (dois mil reais) e máximo de R$ 20.000,00 (vinte
mil reais); e

V - multa gravíssima: mínimo de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) e máximo de R$


160.000,00 (cento e sessenta mil reais).

§ 1º Em caso de reincidência, a multa será majorada em 20% (vinte por cento) de seu
valor a cada nova reincidência, não se aplicando, nestes casos, a limitação de valor
máximo de que trata o caput deste artigo.

§ 2º O limite máximo previsto no inciso V deste artigo será aplicado aos casos em que
houver embaraço à atuação do CBMSC ou em que for constatada a má-fé por parte do
infrator, sendo que, para as demais hipóteses de aplicação de multa gravíssima, o valor
será limitado a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais).

Art. 41. O
valor da multa pela incidência nas infrações administrativas previstas neste
decreto obedecerá aos fatores considerados no art. 39, bem como aos valores mínimos e
máximos estipulados para cada gradação de infração previstos no art. 40, ambos deste
Decreto, e será determinado matematicamente de acordo com as equações constantes no
Anexo II, as quais levarão em conta os seguintes critérios para a realização do cálculo:

I - atribuição de índice relacionado ao Fator de Risco Individualizado (FRI), que será


calculado conforme a Equação 2 do Anexo II, levando-se em consideração os dados
específicos da edificação, tais como:

a) área total da edificação e/ou área de risco;


b) área ocupada pelo estabelecimento e/ou evento transitório;
c) altura da edificação;
d) população potencialmente exposta; e
e) risco de incêndio;

II - atribuição de índice relacionado ao Fator de Infração Constatada (FIC), que será


determinado de acordo com a gravidade da infração constatada, conforme Tabela 3 do
Anexo II;

III - atribuição de índice relacionado ao Fator de Ocupação (FO), que será determinado
pela Tabela 4 do Anexo II, de acordo com cada tipo de ocupação, levando-se em
consideração:

a) o risco específico envolvido;


b) o potencial de dano;
c) a dimensão do incêndio; e
d) a quantidade de pessoas atingidas;
IV - majoração e minoração do valor da multa com base nos Fatores Agravantes ou
Atenuantes (FAA), cujo cálculo será feito considerando-se os antecedentes e a conduta do
infrator, conforme critérios estabelecidos no item 4 do Anexo II; e

V - atribuição de Fator de Reajuste Anual (FRA), atualizado sempre em janeiro, tomando


como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apurado no período
de janeiro a dezembro do ano anterior.

Seção III
Do Embargo

Art. 42. A
obra será embargada, parcial ou totalmente, com a lavratura do Auto de Infração
pelo vistoriador nos seguintes casos:

I - construção, reforma ou alteração de imóvel sem atestado ou em desacordo com o


projeto; ou

II - obra ou construção com risco iminente de dano às pessoas e/ou aos imóveis
adjacentes.

Art. 43. O
embargo de obra se restringe aos locais ou às áreas onde efetivamente se
caracterizou infração às NSCI, não alcançando os demais locais ou áreas não
correlacionadas com a infração.

Art. 44. A
medida cautelar de embargo é efetivada mediante lavratura de Auto de Infração,
que deve ser assinado por bombeiro militar e pelo infrator.

§ 1º O ato de embargo é executado por bombeiro militar, acompanhado de força policial


quando necessário.

§ 2º O desembargo é efetuado por bombeiro militar após a correção de todas as causas


que motivaram o embargo.

Seção IV
Da Interdição

Art. 45. A
interdição parcial ou total do imóvel, sempre de caráter preventivo, é efetuada
quando for constatado grave risco contra a incolumidade das pessoas e/ou do patrimônio
em razão de descumprimento das NSCI, também podendo ser efetuada a ordem de
evacuação imediata do local.

Art. 46. A
medida cautelar de interdição é efetivada mediante lavratura de Auto de Infração,
que será assinado por bombeiro militar e pelo infrator.

§ 1º O ato de interdição é executado por bombeiro militar, acompanhado de força policial


quando necessário.

§ 2º A desinterdição é efetuada por bombeiro militar após a correção de todas as causas


que motivaram a interdição.

Seção V
Da Cassação de Atestado

Art. 47. A cassação de atestado será aplicada quando:

I - for constatada em processo autodeclaratório a prestação de informações inverídicas,


causando embaraço à atuação do CBMSC;
II - ficar caracterizado o descumprimento reiterado das determinações do CBMSC; ou

III - for irrecorrível a sanção aplicada e não tenham sido sanadas as irregularidades.

Parágrafo único. O ato de cassação de atestado é de competência da autoridade bombeiro


militar que preside o PAI.

CAPÍTULO X
DOS RECURSOS

Art. 48. Das
sanções previstas no art. 16 da Lei nº 16.157, de 2013, cabe a interposição dos
seguintes recursos:

I - recurso da suspensão da interdição preventiva;

II - recurso ordinário;

III - recurso especial; e

IV - recurso extraordinário.

Parágrafo único. Não será admitida a duplicidade de recursos para a mesma sanção.

Art. 49. Osrecursos previstos neste Capítulo devem ser instruídos com cópias físicas ou
digitalizadas dos seguintes documentos:

I - processo administrativo, decisão recorrida e documentos correlatos, como o PPCI ou


cronograma de obras, dentre outros;

II - identidade do recorrente ou do seu representante;

III - procuração do representante;

IV - razões recursais; e

V - documentos mencionados no recurso.

Art. 50. Não será conhecido o recurso nos seguintes casos:

I - quando deixar de atender aos requisitos para sua interposição;

II - interposto extemporaneamente ao prazo;

III - interposto por pessoa que não tenha legitimidade; ou

IV - interposto perante autoridade que não seja competente para apreciá-lo.

Art. 51. As
decisões relacionadas aos recursos serão publicadas pelo CBMSC, devendo a
parte interessada ser oficialmente notificada da respectiva decisão.

Art. 52. A
autoridade competente para decidir sobre o recurso pode confirmar, modificar ou
anular, total ou parcialmente, a decisão recorrida, motivando e fundamentando a decisão.

Art. 53. Salvo
motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos recursais não se
suspendem e correrão desde o primeiro dia útil após a intimação.
Parágrafo único. Serão computados os prazos excluindo-se o dia do início e incluindo o do
vencimento.

Seção I
Da Suspensão da Interdição Preventiva

Art. 54. O
recurso de suspensão da interdição preventiva deve ser redigido em forma de
requerimento e direcionado ao oficial que estiver exercendo a função de Diretor de
Segurança Contra Incêndio do CBMSC, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, a contar da data
do recebimento do auto.

§ 1º A interposição do recurso deve ser protocolizada no prazo estabelecido no caput


deste artigo na OBM que proferiu a interdição, devendo o Comandante local remetê-la
imediatamente, em sua via original ou digital, ao oficial que estiver exercendo a função de
Diretor de Segurança Contra Incêndio do CBMSC.

§ 2º A autoridade recorrida terá 2 (dois) dias úteis para julgar o recurso, a contar da data
em que o recebeu, devendo fazê-lo motivada e fundamentadamente.

§ 3º O julgamento do recurso de suspensão da interdição preventiva é de competência do


oficial que estiver exercendo a função de Diretor de Segurança Contra Incêndio do
CBMSC, sendo que o PAI seguirá rito normal, e o julgamento do mérito da desinterdição
compete ao oficial que recebeu o recurso ordinário, especial ou extraordinário.

Seção II
Do Recurso Ordinário

Art. 55. O
recurso ordinário deve ser dirigido à autoridade bombeiro militar que expediu o
Auto de Infração e redigido em forma de requerimento, protocolizado no prazo de 5 (cinco)
dias úteis, a contar da data do recebimento do auto.

§ 1º O recurso ordinário deve ser interposto na OBM de situação do imóvel.

§ 2º A autoridade recorrida terá 10 (dez) dias úteis para julgar o recurso, a contar da data
em que o recebeu, devendo fazê-lo fundamentadamente.

Seção III
Do Recurso Especial

Art. 56. Da
decisão que indeferiu total ou parcialmente o recurso ordinário caberá recurso
especial, que será redigido em forma de requerimento e deverá ser protocolizado no prazo
de 5 (cinco) dias úteis, a contar da data da decisão exarada no recurso ordinário.

§ 1º O recurso especial é interposto na OBM de situação do imóvel.

§ 2º O recurso especial é direcionado ao Comandante imediato da autoridade bombeiro


militar que proferiu a decisão recorrida.

§ 3º A autoridade recorrida terá 10 (dez) dias úteis para julgar o recurso, a contar da data
em que o recebeu, devendo fazê-lo fundamentadamente.

Seção IV
Do Recurso Extraordinário

Art. 57. Da
decisão que indeferiu no todo ou em parte o recurso especial, relacionado aos
casos previstos nos incisos I e II do § 3º do art. 21 da Lei nº 16.157, de 2013, caberá
recurso extraordinário, na forma de requerimento, dirigido ao Diretor de Segurança Contra
Incêndio do CBMSC, que deverá ser protocolizado no prazo de até 5 (cinco) dias úteis, a
contar da data da decisão exarada no recurso especial.

§ 1º O recurso extraordinário deve ser interposto na OBM de situação do imóvel ou


diretamente ao Diretor de Segurança Contra Incêndio do CBMSC.

§ 2º O Diretor de Segurança Contra Incêndio do CBMSC terá 10 (dez) dias úteis para
julgar o recurso, a contar da data em que o recebeu.

CAPÍTULO XI
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Art. 58. O CBMSC utilizará meio eletrônico para a tramitação do processo administrativo.

§ 1º A autoria, autenticidade e integridade dos documentos e da assinatura nos processos


administrativos eletrônicos poderão ser obtidas por meio de certificado digital emitido no
âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), observados os
padrões definidos por essa infraestrutura.

§ 2º O disposto no § 1º deste artigo não obsta a utilização de outro meio de comprovação


da autoria e integridade de documentos em forma eletrônica, inclusive os que utilizam
identificação, de uso pessoal e intransferível, por meio de usuário e senha.

Art. 59. A
ciência do responsável acerca dos autos emitidos pelo CBMSC será realizada, via
de regra, por meio eletrônico, utilizando-se de usuário e senha para acesso ao portal
próprio do CBMSC, dispensando-se a publicação no órgão oficial, inclusive eletrônico.

§ 1º A ciência do responsável será considerada desde o dia em que ele efetivar o acesso
ao sistema após a inserção do Auto de Fiscalização e/ou Auto de Infração pelo CBMSC.

§ 2º A consulta mencionada no § 1º deste artigo deverá ser feita em até 10 (dez) dias
corridos contados da data da emissão do auto, sob pena de considerar-se a ciência
automaticamente realizada na data do término desse prazo.

§ 3º Em caráter informativo, será efetivada remessa de correspondência eletrônica, por


meio de aplicativos de mensagem instantânea, e-mails, SMS, dentre outros, comunicando
o envio do auto, e a abertura automática do prazo processual nos termos do § 2º deste
artigo, aos meios de comunicação digital informados no momento do cadastro no sistema
do CBMSC.

§ 4º Nos casos em que, por qualquer motivo, não seja possível a realização dos trâmites
na forma deste artigo, o ato processual deverá ser realizado por outro meio que atinja a
sua finalidade, tais como entrega pessoal, entrega por correspondência com aviso de
recebimento (AR), publicação em edital no Diário Oficial do Estado (DOE) ou outros que,
comprovadamente, atinjam sua finalidade.

CAPÍTULO XII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 60. O
CBMSC revisará, em até 60 (sessenta) dias do início da vigência deste Decreto,
as IN no que couber, com vistas à adequação e aplicação das disposições previstas na Lei
nº 16.157, de 2013, e neste Decreto.

Art. 61. O
disposto na alínea "b" do inciso I do art. 38 deste Decreto será aplicado a partir do
dia 31 de dezembro de 2024, visando disponibilizar um período de adaptação, sendo que,
durante esse período, deverá ser aplicada a sanção de advertência.
Art. 62. Este
Decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a contar
de 60 (sessenta) dias da sua publicação, com exceção do disposto no art. 60 deste
Decreto, cujos efeitos são imediatos.

Art. 63. Ficam revogados:

a) o Decreto nº 1.957, de 20 de dezembro de 2013; e


b) o Decreto nº 347, de 11 de novembro de 2019.

Florianópolis, 9 de maio de 2022.

CARLOS MOISÉS DA SILVA


Governador do Estado

JULIANO BATALHA CHIODELLI


Secretário-Chefe da Casa Civil, designado

MARCOS AURÉLIO BARCELOS


Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Santa Catarina

ANEXO I
DEFINIÇÃO DO COEFICIENTE DE SMSCI

Para a definição do coeficiente do SMSCI, deverá ser realizado o somatório dos índices
dos sistemas deficientes, inoperantes ou inexistentes, conforme a Tabela 1 abaixo.

Deficiente Inoperante Inexistente


IRREGULARIDADE EM SMSCI
- I1 - I2 - I3
I - Isolamento de risco (separação entre
0,3 0,3 0,9
edificações)
II - Acesso de viaturas 0,3 0,3 0,9
III - Compartimentação (horizontal e
0,9 1,6 2,2
vertical)
IV - Controle de materiais de acabamento e
0,4 0,4 1,6
revestimento
V - Saídas de emergência 0,4 1,6 2,2
VI - Sistema de pressurização de escadas 1,0 2,0 2,2
VII - Elevador de emergência 0,9 1,6 2,2
VIII - Brigada de incêndio 0,9 1,2 1,5
IX - Iluminação de emergência 0,1 0,4 0,9
X - Sinalização de emergência 0,1 0,4 0,9
XI - Alarme de incêndio 0,6 1,6 2,2
XII - Detectores automáticos de incêndio 0,6 1,6 2,2
XIII - Proteção por extintores 0,1 0,4 0,9
XIV - Sistema hidráulico preventivo 0,9 1,6 2,2
XV - Chuveiros automáticos (sprinklers) 0,9 1,6 2,2
XVI - Sistema de água nebulizada 0,9 1,6 2,2
XVII - Sistema de espuma 0,9 1,6 2,2
XVIII - Sistema fixo de gases limpos e
0,9 1,6 2,2
dióxido de carbono
XIX - Gerenciamento de riscos e plano de
emergência, contemplando a divulgação de 0,4 0,4 0,9
procedimentos de emergência
XX - Controle de fumaça 0,9 1,6 2,2
XXI - Controle e registro de público 0,9 0,9 1,6
XXII - Instalações de gás combustível (GLP
0,4 0,8 1,6
& GN)
XXIII - Instalações elétricas 0,1 0,4 0,9
XXIV - Medidas de segurança para piscinas 0,1 0,4 0,9
XXV - Sistema antiaprisionamento em
0,3 0,9 1,6
piscinas
XXVI - Controle de temperatura 0,1 0,4 0,9
XXVII - Controle de pós 0,1 0,4 0,9
XXVIII - Proteção estrutural contra
0,4 0,4 0,9
incêndios
XXIX - Medidas de segurança para
0,1 0,4 0,9
cozinhas industriais
XXX - Medidas de segurança para silos 0,1 0,4 0,9
XXXI - Medidas de segurança para
0,4 0,9 1,6
produtos perigosos

Tabela 1 - Valores referentes aos sistemas para a definição do coeficiente de SMSCI

ANEXO II
CÁLCULO DO VALOR DA MULTA

A multa será aplicada com valores em reais (R$) por meio da multiplicação dos seguintes
fatores: Fator de Risco Individualizado (FRI); Fator de Infração Constatada (FIC); Fator de
Ocupação (FO); Fator Agravante ou Atenuante (FAA); e Fator de Reajuste Anual (FRA),
conforme a Equação 1 apresentada abaixo:

Multa (em R$) = FRI×FIC×FO×FAA×FRA

Equação 1 - Cálculo do valor da Multa

Onde:

1 FRI = Fator de Risco Individualizado


2 FIC = Fator de Infração Constatada
3 FO = Fator de Ocupação
4 FAA = Fator de Agravante ou Atenuante
5 FRA = Fator de Reajuste Anual
1. Fator de Risco Individualizado (FRI)

O FRI é calculado levando-se em consideração os dados específicos da edificação, tais


como: área total da edificação e/ou área de risco; área ocupada pelo estabelecimento e/ou
evento transitório; altura da edificação; população potencialmente exposta; e risco de
incêndio.
O FRI é calculado conforme a Equação 2 abaixo:

Equação 2 - Cálculo do Fator de Risco Individualizado

Onde:

FRI = Fator de Risco Individualizado;

ln() = Logaritmo Neperiano ou Logaritmo Natural;

At = Área total da edificação e/ou área de risco: área medida em metros quadrados,
conforme definição constante em legislação e normatização do CBMSC;

Ao = Área ocupada pelo estabelecimento e/ou evento transitório: área construída e


ocupada por um estabelecimento e/ou evento transitório dentro de uma edificação ou área
de risco, medida em metros quadrados;

Ht = Altura da edificação: medida em metros utilizada como parâmetro de


dimensionamento das medidas de prevenção e combate a incêndio e a desastre, conforme
normatização do CBMSC;

Pe = População potencialmente exposta: definida em função da ocupação e/ou uso da


área ocupada, considerando-se a atividade principal do estabelecimento ou evento
temporário, conforme normatização do CBMSC; e

Ri = Risco de Incêndio: para efeito do cálculo dos valores, o risco de incêndio será
igualado à carga de incêndio específica, conforme classificação normativa do CBMSC,
sendo valorada de acordo com a Tabela 2 abaixo:

RISCO/CARGA DE INCÊNDIO Ri
Desprezível (qfi ? 100 MJ/m²) 1,0
Baixa (100 < qfi ? 300 MJ/m²) 1,2
Média (300 < qfi ? 1200 MJ/m²) 1,5
Alta (1200 < qfi ? 2284 MJ/m²) 2,0
Altíssima (qfi > 2284 MJ/m²) 4,0

Tabela 2 - Valores de correlação entre carga de incêndio e RI

2. Fator de Infração Constatada (FIC)

O FIC será determinado de acordo com a gravidade da infração constatada, conforme a


Tabela 3 abaixo:

GRAVIDADE DAS FIC


INFRAÇÕES
Levíssima 0,5
Leve 1,0
Média 2,0
Grave 4,0
Gravíssima 8,0

Tabela 3 - Valores de FIC relacionados à gravidade de Infração Constatada

3. Fator de Ocupação (FO)

FO é um fator atribuído a cada tipo de ocupação, o qual leva em consideração: o risco


específico envolvido; o potencial de dano; a dimensão do incêndio; e a quantidade de
pessoas atingidas. Os valores do FO são definidos conforme a Tabela 4 abaixo:

ÍNDICES DO FATOR DE OCUPAÇÃO (FO)


A-2, C-1, C-3, D-1, D-2, E-3, F-9, F-10, G-1, H-1, H-3, H-4, H-6,
1,0 (um inteiro)
I-1, J-1, K-1, K-2, M-1, M-3, M-4, M-6, M-7, M-8 e M-11
1,5 (um inteiro e
A-1, A-3, B-1, B-2, D-3, D-4, E-1, E-4, G-2 e G-4
cinco décimos)
1,8 (um inteiro e oito
F-1, F-2, F-3, F-4, F-8, I-2, J-2, L-1, M-5, M-9 e M-10
décimos)
C-2, E-2, E-5, E-6, F-5, F-6, F-7, G-3, G-5, H-2, H-5, I-3, J-3, L-2
2,0 (dois inteiros)
e M-2
3,0 (três inteiros) J-4 e L-3
5,0 (cinco inteiros) F-11

Tabela 4 - Valores do Fator de Ocupação específicos para cada tipo de ocupação

4. Fator Agravante ou Atenuante (FAA)

FAA é um fator aplicado ao cálculo do valor da multa, que leva em consideração as


circunstâncias agravantes e atenuantes relacionadas ao histórico de infrações e ao
comportamento do infrator perante o CBMSC.

4.1 Circunstâncias agravantes

Serão consideradas como circunstâncias agravantes:

a) má-fé do particular perante a Administração Pública;


b) embaraço causado à atuação do CBMSC; e
c) recebimento, nos últimos 5 (cinco) anos contados da data de autuação, das seguintes
sanções:

1) mais de 3 (três) sanções, sendo elas de advertência ou multa levíssima;


2) mais de 2 (duas) sanções, sendo elas de multa leve ou média; ou
3) mais de 1 (uma) sanção, sendo elas de multa grave ou gravíssima.
Ao ser constatada circunstância agravante, será aplicado um índice de majoração que
determinará o FAA, conforme a Tabela 5 abaixo:

ÍNDICES DOS FATORES AGRAVANTES FAA


Embaraço causado à atuação do CBMSC 4,0
Má-fé do particular perante a Administração Pública 2,0
Recebimento, nos últimos 5 (cinco) anos contados da data de autuação, das
seguintes sanções: 1) mais de 3 (três) sanções, sendo elas de advertência ou
2,0
multa levíssima; 2) mais de 2 (duas) sanções, sendo elas de multa leve ou
média; ou 3) mais de 1 (uma) sanção, sendo elas de multa grave ou gravíssima.

Tabela 5 - Índice dos Fatores Agravantes

4.2 Circunstâncias atenuantes

Os bons antecedentes serão considerados como circunstância atenuante para fins de


valoração da multa, para tanto, nos últimos 5 (cinco) anos a contar da data de autuação, o
infrator não deve ter cometido:

a) mais de 3 (três) sanções, sendo elas de advertência ou multa levíssima;


b) mais de 1 (uma) sanção, sendo elas de multa leve ou média; ou
c) qualquer outra sanção que não esteja prevista nas alíneas "a" e "b" deste item 4.2 deste
Anexo.
Ao ser constatada circunstância atenuante, será aplicado um índice de minoração de 50%,
correspondente a um FAA de 0,5.

5. Fator de Reajuste Anual (FRA)

FRA é um fator de reajuste anual que será aplicado sempre em janeiro, tomando como
base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apurado no período de
janeiro a dezembro do ano anterior.

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