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Aula 0 (Demonstrativa)

Português para a Anvisa (Teoria e Exercícios)


Ortografia e Acentuação
Professor Albert Iglésia
Português para a Anvisa (Teoria e Exercícios)
Aula 0 (Demonstrativa) – Ortografia e Acentuação
Prof. Albert Iglésia

Aula 0 – Demonstrativa
Prezado amigo concurseiro,

O edital do novo concurso para AGÊNCIA NACIONAL DE


VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA) será publicado em breve. Então, não
fique aí parado. Comece a estudar agora mesmo!
Pensando em ajudá-lo a superar a concorrência, a equipe do Ponto
e eu preparamos este curso de teoria e exercícios de Língua Portuguesa,
que está de acordo com o programa do último concurso da agência e enfatiza
aquilo que é mais importante em cada assunto.
Quer mais um incentivo para começar a estudar imediatamente?
Então leia esta frase: “Talento é 1% inspiração e 99% transpiração”
(Thomas Edison).
Saiba o que iremos estudar juntos neste curso:

Aula Conteúdo
Apresentação do professor. Apresentação do curso. Ortografia
0
oficial. Regras de acentuação gráfica.

1 Classes de palavras (ênfase nos verbos e pronomes)

Classes de palavras (ênfase nos advérbios, nas conjunções e nas


2
preposições)

3 Regência nominal e verbal. Ocorrência de crase.

4 Sintaxe dos termos da oração (funções das palavras).

Processos de coordenação e subordinação (orações e


5
conjunções).

6 Pontuação

7 Concordância nominal e verbal (flexão de nomes e verbos).

8 Compreensão e tipologia textual, semântica, vícios de linguagem

9 Redação oficial (Manual da Presidência da República)

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Também é interessante apresentar-lhe desde já o sumário desta


aula demonstrativa:

Sumário

Apresentação do Professor ...................................................................... 4


Apresentação do Curso ........................................................................... 4
Emprego de Letras e Expressões .............................................................. 5
Emprego da letra X ............................................................................. 5
Emprego da letra J .............................................................................. 5
Emprego da letra Ç ............................................................................. 6
Emprego da letra S ............................................................................. 6
Emprego das letras SS ........................................................................ 7
Emprego da letra Z ............................................................................. 7
Emprego de MAL e MAU ....................................................................... 8
Emprego de ACERCA DE, A CERCA DE e HÁ CERCA DE ............................. 8
Emprego de AFIM e A FIM DE ............................................................... 8
Emprego de DE ENCONTRO A e AO ENCONTRO DE .................................. 9
Emprego de TAMPOUCO e TÃO POUCO................................................... 9
Acentuação Gráfica ................................................................................ 9
Regras Gerais..................................................................................... 9
Monossílabos Tônicos ........................................................................ 9
Oxítonos ........................................................................................10
Paroxítonos. ...................................................................................10
Proparoxítonos. ..............................................................................10
Regras Especiais de Acentuação Gráfica ................................................10
Hiatos ...........................................................................................10
Ditongos ........................................................................................11
Acento Diferencial ...........................................................................11
Lista das Questões Comentadas .............................................................. 40
Gabarito das Questões Comentadas ........................................................ 52

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Apresentação do Professor

Sou o professor Albert Iglésia. Possuo licenciatura em Letras


(Português/Literatura) e especialização em Língua Portuguesa. Há quinze anos
ministro aulas voltadas para concursos públicos. Iniciei minhas atividades
docentes no Rio de Janeiro – meu estado de origem. Hoje moro em Brasília,
onde dou aulas de gramática, compreensão e interpretação de texto, produção
textual e redação oficial. Possuo experiência com diversas bancas examinadoras
(Cespe, FCC, Esaf, FGV, Cesgranrio e Fundação Universa, por exemplo). Já
participei da preparação de diversos alunos para os mais importantes concursos
nacionais e regionais (Senado Federal, TCU, MPU, Tribunais, Petrobras, BNDES,
Receita Federal, Bacen, CGU, Abin, PC-DF, TC-DF, TJ-DFT, Detran-DF, ICMS-DF
etc.). Além de ensinar nos cursinhos preparatórios, sou professor do ensino
médio de um colégio público federal no DF. Também já atuei como instrutor da
Esaf, da Casa Civil da Presidência da República e de outras instituições voltadas
para a capacitação de servidores.
Sempre que precisar, faça contato comigo, meu e-mail é:
albert@pontodosconcursos.com.br. Nessa etapa da sua vida, quero me colocar
ao seu lado para ajudá-lo a conquistar a tão sonhada vaga.

Apresentação do Curso

Você agora deve querer saber como este curso de Língua Portuguesa
está estruturado, não é mesmo? Tudo bem, eu vou explicar cada detalhe.
Nossa disciplina, como sempre, ficou no grupo Conhecimentos
Gerais. Ela terá quarenta questões de múltipla escolha, com cinco alternativas
cada uma. Portanto nossa disciplina continua sendo uma das mais importantes.
Sugiro que você se preocupe em focar os aspectos mais
relevantes da matéria, os quais serão tratados satisfatoriamente aqui, a partir
das questões apresentadas.

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Este curso se dividirá em 10 aulas (incluindo esta aula


demonstrativa), conforme indicação feita acima. Utilizarei questões de provas
elaboradas anteriormente pelo Cetro e por outras bancas examinadoras para
direcionar os nossos estudos. Reproduzirei os textos e os itens (será respeitada
a grafia original dos enunciados) que tratam do(s) assunto(s) abordado(s) em
cada aula.
Ressalto que vou extrair do conteúdo programático aquilo que
é importante você saber para fazer uma excelente prova. Portanto nosso
estudo será concentrado nos aspectos mais importantes da matéria.
Espero que aproveite cada explicação e cada exemplo da melhor
forma possível. Suplico que você interaja comigo por meio de mensagens
eletrônicas no fórum de discussão. A sua participação é fundamental para o bom
rendimento do curso.
Agora, vamos ao que interessa: ortografia e acentuação.

Emprego de Letras e Expressões

Emprego da letra X
QUANDO EXEMPLO CUIDADO
1 – depois de ditongos ameixa, frouxo, peixe Recauchutar
encher, encharcar,
enchova, enchumaçar e
2 – depois da sílaba EM enxame, enxergar
derivados dessas
palavras
3 – depois da sílaba ME, mecha (substantivo) =
mexa (verbo), mexerico
quando “fechada” pronúncia “aberta”

Emprego da letra J
QUANDO EXEMPLO

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1 – nas palavras de origem indígena, pajé, jiboia, jeca, jenipapo, jirau, jiló,
africana e árabe cafajeste, jerico, jequitibá
2 – nas flexões dos verbos que viajar (verbo) – que eles viajem;
possuem J no radical bocejar – eu bocejei
3 – nas palavras derivadas daquelas
gorja – gorjeta; lisonja – lisonjeado
que possuem J no radical
jeito, hoje, majestade, injetar,
4 – nas palavras de origem latina
objeto, ultraje

Emprego da letra Ç
QUANDO EXEMPLO
1 – nas palavras derivadas daquelas exceto – exceção, setor – seção,
que possuem T no radical cantar – canção
2 – nas palavras de origem indígena, miçanga, paçoca, muriçoca,
árabe e africana muçulmano, açougue, açoite
babaçu, Paraguaçu, Nova Iguaçu,
3 – nos sufixos AÇU e AÇO
golaço, poetaço, atrevidaço
4 – depois de ditongo compleição, feição, beiço
Emprego da letra S
QUANDO EXEMPLO
1 – nos substantivos que designam chinês, japonês, baronesa, duquesa,
origem, título honorífico e feminino sacerdotisa, poetisa
2 – Nos sufixos ASE, ESE, ISI e OSE fase, ascese, eletrólise, apoteose
3 – nos sufixos OSO e OSA formoso, formosa, gostoso, gostosa
iludir – ilusão, defender – defesa;
4 – nas palavras derivadas daquelas
divertir – diversão, inverter –
que possuem D, RT ou RG no seu
inversão; imergir – imersão,
radical
submergir – submersão
5 – no prefixo TRANS e nos seus transatlântico, trasladar (ou
derivados transladar)

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6 – após os ditongos maisena, Sousa, coisa


7 – nas formas verbais derivadas dos
quis, quisera, pusera, compusera
verbos QUERER e PÔR

Emprego das letras SS


QUANDO EXEMPLO
1 – nas palavras derivadas daquelas suceder – sucessão, regredir –
que possuem as expressões CED, regressão, comprimir – compressão,
GRED, PRIM, MIT, MET e CUT no demitir – demissão, intrometer –
radical intromissão, discutir – discussão
2 – prefixo terminado em vogal + pre + sentir = pressentir
palavra começada por S (repare que o “s” foi duplicado”)

Emprego da letra Z
QUANDO EXEMPLO CUIDADO
1 – nas terminações EZ e
EZA, formando insensato – insensatez,
substantivos nu – nudez; claro –
abstratos derivados de clareza, belo – beleza
adjetivos
a) se a palavra possuir S
em sua parte final, o
infinitivo verbal também
levará S: análise –
2 – nas terminações sintonia – sintonizar,
analisar, paralisia –
IZAR, formando real – realizar, visual –
paralisar;
infinitivos verbais visualizar
b) Hipnose – hipnotizar;
Síntese – sintetizar;
Batismo – batizar;
Catequese – catequizar;

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Ênfase – enfatizar.
(Lembre-se da sigla de
um famoso banco, só
que com E no final:
HSBCE).
3 – como consoante de pé + udo = pezudo; guri
ligação + ada = gurizada

Emprego de MAL e MAU


a) Ela se houve mal na prova. (advérbio de modo, contrário de bem, refere-
se a um verbo)

b) Mal entrou, os portões foram fechados. (conjunção subordinativa


adverbial, equivale-se a quando, indica circunstância de tempo)

c) Apesar do mau tempo, foi à praia. (adjetivo, refere-se a um substantivo,


contrário de bom)

Emprego de ACERCA DE, A CERCA DE e HÁ CERCA DE

a) Hoje falaremos acerca dos pronomes. (locução prepositiva – “dos” = de


+ os –, equivale-se a sobre)

b) Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de quinhentos anos.


(refere-se, de forma aproximada, a acontecimento passado)

c) Estamos a cerca de quatro meses da prova. (refere-se, de forma


aroximda, a acontecimento futuro)

Emprego de AFIM e A FIM DE


a) Temos ideias afins. (adjetivo, refere-se a um substantivo, varia em
número para com ele concordar)

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b) Estudou muito, a fim de tirar o primeiro lugar. (locução prepositiva,


denota finalidade, objetivo, intenção)

Emprego de DE ENCONTRO A e AO ENCONTRO DE

a) O ônibus foi de encontro ao carro, causando a morte de duas pessoas.


(indica posição contrária, colisão, confronto)

A proposta da diretoria foi de encontro aos anseios dos funcionários.


b) O filho foi ao encontro do pai, abraçando-o. (sugere posição favorável,
concordância)

Emprego de TAMPOUCO e TÃO POUCO

a) Não realizou a tarefa, tampouco apresentou qualquer justificativa.


(advérbio de negação, equivale-se a também não)

b) Tenho tão pouco entusiasmo pelo trabalho. (tão = advérbio de


intensidade; pouco = pronome indefinido adjetivo, alude a um substantivo)

c) Estudamos tão pouco. (tão = advérbio de intensidade, refere-se a outro


advérbio: pouco = advérbio de intensidade, refere-se ao verbo)

Acentuação Gráfica

Regras Gerais

1 – Monossílabos Tônicos  o acento é empregado naqueles terminados por


A(S), E(S) ou O(S)
Ex.: Elas são más. / Pisaram o meu pé. / Ninguém ficará só.

CUIDADO! Quando os prefixos PRÉ e PRÓ vierem separados por hífen, eles
serão acentuados: pré-técnico, pró-labore.
Quando não estiverem, não serão acentuados: pressentir,
prosseguir.

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Nas formas verbais terminadas em R, S ou Z e seguidas por


pronomes oblíquos átonos A(s) ou O(S), essas consoantes são suprimidas, as
vogais A, E ou O da terminação verbal recebem acento gráfico e os pronomes
oblíquos átonos A(S) ou O(S) recebem a letra “L”: dar + o = dá-lo; pôs + os =
pô-los; fez + a = fê-la.

2 – Oxítonos (a sílaba tônica da palavra é a última)  usa-se o acento quando


terminarem em A(S), E(S), O(S), EM, ENS:
Ex.: cajá, cafés, cipó, armazém, armazéns
CUIDADO! Os vocábulos oxítonos terminados por I ou U não serão acentuados,
salvo se estiverem em hiato.
Ex.: Bangu – Grajaú // dividi-lo – construí-lo

3 – Paroxítonos (a sílaba tônica é a penúltima)  são acentuados aqueles que


terminam em I(S), US, Ã(S), ÃO(S), UM, UNS, L, N, R, X, PS, DITONGO ORAL.
Ex.: júri, íris, vírus, ímã, órfãs, órgão, sótãos, médium, álbuns, amável,
abdômen, mártir, látex, bíceps, íon, íons, vôlei, jóquei, história, gênio.

CUIDADO! Não serão acentuados os vocábulos paroxítonos terminados por EM


ou ENS: item, itens, hifens (mas: hífen ou hífenes), polens (mas: pólen ou
pólenes)
Os prefixos paroxítonos terminados por I ou R não serão
acentuados: semi-histórico, super-homem.

4 – Proparoxítonos (a sílaba tônica é a antepenúltima)  todos são


acentuados.
Ex.: histórico, cântico, lâmpada, hífenes, pólenes.

Regras Especiais de Acentuação Gráfica


1 – Hiatos
a) Não se acentua mais a primeira vogal dos hiatos OO, EE.

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Ex.: voo, enjoos, creem, deem, leem, veem. (3ª pessoa do plural dos verbos
crer, dar, ler e ver)

b) Acentuam-se as vogais I(S) e U(S), quando formam a sílaba tônica e ocupam


a segunda posição do hiato, sozinhas ou acompanhadas de S.
Ex.: saída, saúde, país, baús, incluí-lo.

Compare com mia, via, lua, nua. Nessas palavras, as vogais I e U não ocupam
a segunda posição do hiato, ainda que constituam a sílaba tônica.

CUIDADO! Se as vogais I ou U formarem sílabas com L, M, N, R, Z ou vierem


seguidas de NH, não haverá acento gráfico: pa-ul, ru-im, a-in-da, sa-ir, ju-iz,
ra-i-nha.
Se as vogais I ou U formarem hiato com uma vogal idêntica, não
se usará acento gráfico: xi-i-ta, va-di-i-ce, su-cu-u-ba (nome de uma planta). O
acento só surgirá se a palavra for uma proparoxítona: fri-ís-si-mo.
ATENÇÃO! Conforme as novas regras, se essas vogais surgirem após ditongos
e a palavra for paroxítona, não levarão acento: baiuca, feiura.
Interessante é o que acontece, por exemplo, com o vocábulo Piauí.
Observe que, agora, a vogal tônica I ocupa a última posição, a palavra é oxítona.
Casos como esse não foram atingidos pelas mudanças ortográficas.

2 – Ditongos
a) EI, OI: deixam de receber acento agudo quanto tônicos, abertos e como
sílabas tônicas de palavras paroxítonas; mas o recebem em outras ocasiões
(quando a palavra for oxítona ou monossílaba tônica, por exemplo).
Ex.: chapéu, assembleia, jiboia, céu, herói.

3 – Acento Diferencial (com a vigência das novas regras, foi abolido, salvo
algumas exceções, que estão destacadas abaixo)
Ele tem – eles têm (verbo TER na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo)
Ele vem – eles vêm (verbo VIR na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo)

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ATENÇÃO! Repare que as formas TEM e VEM constituem monossílabos tônicos


terminado por EM. Lembre-se de que apenas as terminações A(S), E(S) e O(S)
recebem acento: má, fé, nó. É muito comum as bancas examinadoras
explorarem questões envolvendo esses verbos. Elas relacionam, por exemplo,
um sujeito no singular à forma verbal TÊM (com acento circunflexo mesmo) e
perguntam se a concordância está correta. Obviamente, se a forma verbal
empregada é TÊM, o sujeito deve ser representado por um nome plural. Fique
atento para esse detalhe.
Atente ainda para o fato de o acento circunflexo (diferencial)
não ter sido abolido desses verbos nem de seus derivados. Portanto,
continue a usá-lo.

Ele detém – eles detêm (verbo DETER na 3ª pessoa do plural do presente do


indicativo)
Ele provém – eles provêm (verbo PROVIR na 3ª pessoa do plural do presente do
indicativo)

ATENÇÃO! Agora, a “pegadinha” é outra. As bancas gostam de explorar o


motivo do acento nos pares detém/detêm, mantém/mantêm, provém/provêm,
todos derivados dos verbos TER e VIR. Repare que a forma correspondente à
terceira pessoa do singular recebe acento AGUDO em virtude de ser uma oxítona
terminada por EM. Já a forma correspondente à terceira pessoa do plural recebe
acento CIRCUNFLEXO para diferenciar-se do singular.

Pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo)


Pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo)

ATENÇÃO! O novo acordo não aboliu o acento diferencial de PÔDE. Você deve
usá-lo.

Pôr (verbo)
Por (preposição)

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ATENÇÃO! O novo acordo também não aboliu o acento diferencial de PÔR. Você
deve usá-lo.

Pronto! É hora de praticar tudo isso que você aprendeu até aqui.

1. (Cetro/Pref. de Mairinque-SP/Almoxarife/2009) Observe o trecho abaixo.


“O argumento de Darwin era tão irrefutável que o debate sobre a validade
da teoria terminou menos de duas décadas após sua divulgação.”

Assinale a alternativa cuja palavra não possui a mesma regra de


acentuação do termo destacado no trecho acima.

(A) Hífen.
(B) Pólen.
(C) Bíceps.
(D) Chapéus.
(E) Elétrons.

Comentário – Creio que agora você não tem mais dúvidas de que a palavra
grifada é uma paroxítona (aquela em que a sílaba tônica é a penúltima). Resta,
então, identificar o porquê do emprego do acento gráfico – eu disse “acento
gráfico”!
Uma paroxítona será acentua quando terminar em:

Ex.: júri, íris, vírus  i(s), u(s)


Ex.: ímã, órfãs, órgão, sótãos  ã(s), ão(s)
Ex.: médium, álbuns  um, uns
Ex.: amável, abdômen, mártir, látex, bíceps  l, n, r, x, ps
Ex.: íon, íons  on(s)
Ex.: vôlei, jóquei, história, gênio  ditongo oral

Dentre as opções, a alternativa D contém palavra acentuada por


outro motivo. Eis a justificativa para o emprego do acento na palavra “chapéus”:

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DITONGOS
ÉU, ÉI, ÓI: quando tônicos e abertos.
Ex.: chapéu(s), assembléia(s), jibóia(s), céu(s), papéis.

CUIDADO! Os ditongos abertos EU, EI e OI, quando não constituírem a sílaba


tônica (formarem a sílaba subtônica), não serão acentuados: ceuzinho,
pasteizinhos, anzoizinhos.

ATENÇÃO! O novo Acordo Ortográfico estabeleceu que esses ditongos não serão
mais acentuados quando ocuparem a penúltima posição da sílaba, ou seja,
quando o vocábulo for paroxítono: assembleia, jiboia, ideia, europeia, heroico.
Ressalto que até 31/12/2015 é facultativo recorrer ao novo Acordo Ortográfico.

Resposta – D

2. (Cetro/Pref. de Mirinque-SP/Almoxarife/2009) Observe o trecho abaixo.

O redator-chefe da revista quis entrevistar o pesquisador que está


colocando as ideias de Darwin em ação.

Assinale a alternativa cuja palavra apresenta o plural seguindo a mesma


classificação da palavra destacada no trecho acima.

(A) Pombo-correio.
(B) Cidade-satélite.
(C) Cirurgião-dentista.
(D) Alto-falante.
(E) Caneta-tinteiro.

Comentário – Em se tratando de plural de substantivos compostos, diz a regra


que se flexionam os dois elementos quando eles forem:

SUBSTANTIVO + SUBSTANTIVO  couves-flores, cirurgiões-


dentistas, redatores-chefes, tias-avós, decretos-leis etc.

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CUIDADO!Quando o segundo substantivo determina o primeiro com ideia de


fim ou semelhança, apenas o primeiro varia  pombos-correio, salários-
família, navios-escola, canetas-tinteiro, cidades-satélite etc.

Varia apenas o segundo elemento quando o composto é


formado por:
ELEMENTO INVARIÁVEL + PALAVRA VARIÁVEL  as sempre-
vivas, as ave-marias, os vice-reis, os alto-falantes etc.

Resposta – C

3. (Cetro/Câmara Municipal de Araçatuba-SP/Agente Geral/2008) Assinale a


alternativa que apresenta a divisão silábica incorreta das palavras
retiradas do texto.

(A) sombrios: som – bri – os.


(B) assusta: as – sus – ta.
(C) brasileiros: bra – si – lei – ros.
(D) queima: que – i – ma.
(E) águas: á – guas.

Comentário – Como regra geral, a separação de sílabas é feita de acordo com


a pronúncia das palavras. Convém, entretanto, salientar algumas normas:

1. Pneu-má-ti-co // MNE-mô-ni-co = os encontros consonantais que iniciam


sílaba (que surgem no início da palavra) são inseparáveis;

2. Ab-di-car // A-ma-re-lo = a consoante interna fica na sílaba anterior se


estiver entre uma vogal e outra consoante;
A-pre-sen-tar // Su-bli-me = se, entretanto, a consoante seguinte for R ou
L, ficará na sílaba seguinte.
Sub-li-nhar = cuidado com essa palavra; apesar da letra L aparecer depois
da consoante, esta ficará na sílaba anterior.

3. A-con-che-gar // Fi-lho // Ni-nho // Guer-ra // Que-ro = esses dígrafos são


inseparáveis; os demais são separáveis.

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4. Bis-ne-to // Cis-pla-ti-no // Des-li-gar // Dis-tra-ção // Ex-tra-ir //


Trans-por-tar = esses prefixos são inseparáveis quando, após os mesmos,
houver uma consoante.
Bi-sa-vô // Ci-san-di-no // De-ses-pe-rar // Di-sen-te-ri-a // E-xér-ci-to //
Tran-sa-tlân-ti-co = se, entretanto, houver uma vogal após os prefixos, os
mesmos serão separados.

5. Ca-a-tin-ga // Co-or-de-nar // Oc-ci-pi-tal // In-te-lec-ção = as letras


idênticas e as letras C e Ç ficam em sílabas distintas.

6. A-ta-ú-de // Ai-ro-so // Pa-ra-guai = diferente dos hiatos, os ditongos e os


tritongos são inseparáveis.

Resposta – D

4. (Cetro/Câmara Municipal de Araçatuba-SP/Agente Geral/2008) A palavra


“relógio” é escrita com “g”. Assinale a alternativa que apresenta outra
palavra em que o uso da letra “g” esteja correto.

(A) gorgeta.
(B) magestade.
(C) sargeta.
(D) cafageste.
(E) prestígio.

Comentário – Usa-se, normalmente, a letra G:

1 – nos sufixos AGEM, IGEM e UGEM: viagem (substantivo),


vertigem, ferrugem;
EXCEÇÕES: pajem, lajem, lambujem.

2 – nos sufixos AGIO, EGIO, IGIO, OGIO e UGIO: pedágio,


colégio, prestígio, relógio, refúgio;

3 – nas palavras derivadas daquelas que possuem G no radical


(vocês perceberão que esse princípio vale também para o emprego de outras
letras): margem – margear, homenagem – homenagear.

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CUIDADO: monge – monja, eu dirijo (flexão do verbo dirigir). Imaginem se


mantivéssemos a letra “g” nas palavras derivadas...
Usa-se, normalmente, a letra J:

1 – nas palavras de origem indígena, africana e árabe: pajé,


jibóia, jeca, jenipapo, jirau, jiló, cafajeste, jerico, jequitibá;

2 – nas flexões dos verbos que possuem J no radical: viajar –


que eles viajem; bocejar – eu bocejei;

3 – nas palavras derivadas daquelas que possuem J no radical:


gorja – gorjeta; lisonja – lisonjeado;

4 – nas palavras de origem latina: jeito, hoje, majestade,


injetar, objeto, ultraje.

Resposta – E

(...)
Cabe-nos igualmente questionar o que temos priorizado como foco
de nossa atuação profissional: as nuanças e vicissitudes do processo
ensino-aprendizagem ou a avaliação dos resultados formais? E a que se
têm prestado nossas práticas avaliativas: a confirmar os prognósticos
fatalistas sobre a clientela, ou ao coroamento de nossos esforços
cotidianos? Mesmo porque, numa reprovação final, algo de todos nós
está sendo colocado sub judice.
(...)
AQUINO, Julio Groppa. Do cotidiano escolar – ensaios sobre a ética
e seus avessos. São Paulo: Summus, 2000. p. 28-29.

5. (Cetro/SEE-SP/Secretário de Escola/2008) Levando em consideração as


afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é
correto afirmar que, no quarto parágrafo do texto,

na afirmação: “Mesmo porque, numa reprovação final, algo de todos nós


está sendo colocado sub judice”, a palavra destacada (porque) estabelece

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relação de causa e conseqüência, respectivamente, entre o último e o


primeiro períodos do quarto parágrafo.

Comentário – Vamos logo desfazer qualquer possibilidade de mal-entendido. A


banca quis dizer que a informação contida no período “Mesmo porque, numa
reprovação final, algo de todos nós está sendo colocado sub judice” (o último) é
a causa (ou a razão) do que se declara em “Cabe-nos igualmente questionar o
que temos priorizado como foco de nossa atuação profissional: as nuanças e
vicissitudes do processo ensino-aprendizagem ou a avaliação dos resultados
formais?” (o primeiro período).
Em que pese a compreensão adequada das relações semânticas
estabelecidas entre os segmentos apontados, também nos ajuda a resolver a
questão o entendimento da grafia correta dos porquês. Note:

POR QUE x POR QUÊ

a) Por que você não veio? (advérbio interrogativo, usado


no início da oração, equivale-se a por qual motivo, o “que” é átono)
b) Quero saber por que você não veio. (a única diferença
é que a frase interrogativa é indireta)
c) Você não veio por quê? (agora a expressão aparece no
final da frase, e o “que” é tônico)
d) Quero saber o motivo por que você não veio.
(preposição + pronome relativo, usado no início da oração, equivale-se a pelo
qual)

PORQUE x PORQUÊ

a) Não vim porque estava cansado. (conjunção


subordinativa adverbial, indica circunstância de causa)
b) Fique quieto porque você está incomodando.
(conjunção coordenativa explicativa)
c) Quero saber o porquê da sua falta. (vem precedido de
artigo, é substantivo, equivale-se a motivo, razão, causa)

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Resposta – Item certo

Por que as crianças obedecem? Foi esta a pergunta que, no começo


de nosso século [o século XX], intrigou vários autores. Foram em busca
de respostas e várias foram encontradas: superego, sentimento de
agrado, heteronomia, hábito etc. Respostas diferentes entre si, mas que
levavam em conta o que era considerado um fato: as crianças obedecem
a seus pais e, em geral, também a seus professores. Hoje, parece-me
que a pergunta formulada espontaneamente seria a inversa: por que as
crianças não obedecem, nem a seus pais, muito menos a seus
professores? Exagero? É bem provável. Não sei se, antigamente, elas
obedeciam tanto assim e se são tão desobedientes hoje. Porém, parece
ser esta a queixa atual, traduzida notadamente pelo vocábulo “limite”: as
crianças, hoje, não teriam limites, os pais não os imporiam, a escola não
os ensinaria, a sociedade não os exigiria, a televisão os sabotaria etc.
(...).
De La Taille, Yves. A indisciplina e o sentimento de vergonha. In:
Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. Julio
Groppa Aquino (org.). São Paulo: Summus, 1996.

6. (Cetro/SEE-SP/Secretário de Escola/2008) Levando em consideração as


afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é
correto afirmar que, no primeiro parágrafo do texto,

no trecho: “por que as crianças não obedecem, nem a seus pais, muito
menos a seus professores?”, as expressões destacadas podem ser trocadas,
respectivamente, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico,
por “porque” e “e não”.

Comentário – Acabei de dizer que, quando se tratar de pergunta, você deverá


usar a expressão separadamente. Isso já invalida o item.
Mas vejamos o que ocorre com “nem”. Essa conjunção é aditiva,
equivale-se a “e não” e é usada para expressar sequência de fatos negativos:

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As pessoas não se mexiam nem falavam. No texto, porém, a simples troca de


“nem” por “e não” causaria prejuízo semântico à passagem, que sentiria a falta
de outro elemento: “por que as crianças não obedecem, e não (???) a seus pais,
muito menos a seus professores?”. Dessa forma, parece que as crianças
obedecem a outras pessoas e não [= mas não obedecem] a seus pais, muito
menos [obedecem a seus professores].
Ainda sobre a conjunção “nem”, o eminente gramático Cegalla
(2008:374), ensina que só se usa e antes de nem em dois casos. Primeiro, se
a ênfase o exigir: “ Não queremos e nem podemos entrar no exame de tamanha
complexidade.” (João Ribeiro). Segundo, nas expressões e nem sequer, e nem
por isso, e nem assim, e nem sempre: Recebeu a esmola e nem sequer
agradeceu. Viu seus projetos desprezados e nem por isso se abalou. Como
nenhum dos casos se verifica na passagem que a banca destacou, a troca
sugerida prejudica a correção da frase.
Resposta – Item errado

(...)
O que parece absolutamente corriqueiro, aqui, encerra muitas das
faces, da complexidade e dos afetos supostos na constituição da
alteridade, na relação com a diferença. As escolas, como qualquer outra
instituição concreta, são ocasião para desdobramentos sem fim dessas
situações que, como uma pintura, dão forma a milhões de palavras. Tudo
que nelas está não se apreende senão por pontos de vista ou, como
prefiro dizer, por recortes.
GUIRARDO, Marlene. Diferença e alteridade: dos equívocos
inevitáveis. In: Diferenças e preconceitos na escola: alternativas
teóricas e práticas. Julio Groppa Aquino (org.). São Paulo: Summus, 1998.

7. (Cetro/SEE-SP/Secretário de Escola/2008) Levando em consideração as


afirmações do texto, é correto afirmar que

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no trecho do sexto parágrafo: “Tudo que nelas está não se apreende senão
por pontos de vista”, a palavra destacada pode ser trocada, sem que ocorra
erro gramatical ou prejuízo semântico, por “mesmo”.

Comentário – Negativo!!! Esse “senão” indica que, apesar dos pesares, existe
uma possibilidade de aprendizagem. A troca sugerida nos informaria que,
mesmo por pontos de vista, a aprendizagem não seria possível.
Compreender o uso das expressões abaixo será útil a você.

SENÃO x SE NÃO

a) Estudem, senão ficarão reprovados. (pode ser


substituído por ou, indica alternância de ideias que se excluem mutuamente)
b) Não fazia coisa alguma, senão criticar. (equivale-se a
mas sim, porém – ideia adversa)
c) Essa pessoa só tem um senão. (significa defeito,
mácula, mancha; é substantivo)
d) Se não houver dedicação, ficarão reprovados. (“Se” =
conjunção subordinativa adverbial condicional; “não” = advérbio de negação)
Resposta – Item errado
8. (Cetro/SEE-SP/Secretário de Escola/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é
correto afirmar que

o trecho do terceiro parágrafo “No Brasil, quando vêm de famílias mais


ricas, os talentosos são identificados” pode ser reescrito da seguinte
maneira, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico: “No Brasil,
quando vem de famílias mais ricas, os talentosos são identificados”.

Comentário – Agora a banca explorou a acentuação do verbo VIR. Aproveitarei


a questão para falar também sobre a acentuação do verbo TER.

Ele tem – eles têm (verbo TER na 3ª pessoa do plural do


presente do indicativo)

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Ele vem – eles vêm (verbo VIR na 3ª pessoa do plural do


presente do indicativo)

Na questão que estamos analisando, o sujeito é representado


pelo termo “os talentosos” (no plural!).
Atente ainda para o fato de o acento circunflexo (diferencial)
não ter sido abolido desses verbos nem de seus derivados. Portanto,
continue a usá-lo mesmo com a vigência do novo Acordo.

Ele detém – eles detêm (verbo DETER na 3ª pessoa do plural do


presente do indicativo)
Ele provém – eles provêm (verbo PROVIR na 3ª pessoa do plural
do presente do indicativo)

Resposta – Item errado

9. (Cetro/SEE-SP/Secretário de Escola/2008) Assinale a opção correta,


levando-se em consideração as afirmações do texto e as orientações da
gramática normativa.

(A) O trecho “onde freqüentemente as crianças comandam o espetáculo”, do


primeiro parágrafo, pode ser reescrito, sem que ocorra erro gramatical,
preservando o sentido do texto original, da seguinte maneira: “aonde
freqüentemente as crianças comandam o espetáculo”.
(B) O trecho “respeitando o fato de eles estarem em formação”, do segundo
parágrafo, pode ser reescrito, sem que ocorra erro gramatical, preservando
o sentido do texto original, da seguinte maneira: “respeitando o fato deles
estarem em formação”.

Comentário – Inicialmente, tenho que alertá-lo de que o novo Acordo


Ortográfico aboliu o trema (ele pôde ser usado até 31/12/2015, quando
terminou o período de transição).

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A primeira alternativa traz erroneamente a contração da


preposição A com o vocábulo ONDE. Isso só é possível se o verbo seguinte exigir
preposição (A ou DE). Perceba:

ONDE x DONDE x AONDE

a) Onde você está? (usa-se onde com verbo estático que


pede a preposição em, na língua portuguesa não existe a contração nonde,
supostamente indicada por em + onde)
b) Donde você vem? (usa-se com verbo de movimento
que peça, em razão sua regência, a preposição de, caso do verbo “vem”:
“Donde” = de + onde)
c) Aonde você vai? (usa-se com verbo de movimento que
exige, também por causa de sua regência, a preposição a, caso da forma verbal
“vai”: “Aonde” = a + onde)
A segunda alternativa traz um caso em que o pronome “eles”
é sujeito de verbo (“estarem”). No desempenho dessa função, não deve ser
contraído com preposição. Opção igualmente errda.
Resposta – Itens errados

10. (Cetro/SEE-SP/Secretário de Escola/2008) Assinale a opção correta,


levando-se em consideração as afirmações do texto e as orientações da
gramática normativa.

No trecho do terceiro parágrafo: “Isso estimularia a melhor arma para


enfrentar o tsunami de informações, das mais positivas às mais loucas, que
enfrentamos todos os dias: discernimento”, a expressão destacada não
pode ser trocada por “todo o dia”, porque, com essa alteração, ocorreria
mudança de sentido.

Comentário – A expressão TODO O (pronome indefinido + artigo definido,


ambos no singular) é usada para indicar integralidade do que é considerado,
totalidade da parte; ela não é usada para indicar generalização.

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“enfrentamos todo o dia” (o dia todo, considerado


inteiramente.);
“enfrentamos todos os dias” (qualquer dia, indistintamente).

ATENÇÃO! É muito comum surgirem em provas questões que


abordam a diferença entre os sentidos desses tipos de enunciados.
Normalmente, é perguntado se o emprego ou a retirada do artigo preserva ou
altera a informação original. Perceba que há alteração de sentido. Tomando o
segundo exemplo como ponto de partida, a construção “enfrentamos todo dia”
(no singular mesmo) conserva o significado inicial.

Resposta – Item certo

11. (Cetro/Liquigás/Assist. Adminst./2007) Uma das características marcantes


do texto é a ocorrência de palavras, expressões ou construções frasais que
o aproximam do falar cotidiano. Assinale a alternativa em que o termo
sublinhado confirma essa afirmação.

(A) “...foi de conseqüências decisivas para a felicidade familiar”.


(B) “...a obrigação de uma lembrança dolorosa em cada gesto mínimo da
família”.
(C) “...eu já estava que não podia mais pra afastar aquela memória”.
(D) “Uma vez que eu sugerira à mamãe a idéia...”
(E) “A dor já estava sendo cultivada pelas aparências...”

Comentário – O falar cotidiano – que normalmente se distancia da forma


polida, rígida e consoante à gramática normativa – é caracterizado, na escrita,
também por abreviações e reduções vocabulares, como a que ocorreu com a
preposição “pra” (= para), na terceira opção.
Resposta – C

12. (Cetro/Liquigás/Administrador Júnior/2007) Levando em consideração as


afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é

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correto afirmar que as palavras “coerência”, “prática”, “Código”, “Ética”,


“também” e “princípios” foram acentuadas de acordo com a mesma regra.

Comentário – As regras são diferentes.


As palavras “coerência” e “princípios” são paroxítonas e são
acentuadas (você já viu isso nesta aula) por terminarem em ditongo.
As palavras “prática”, “Código” e “Ética” são todas
proparoxítonas. Em nossa Língua, todas as palavras proparoxítonas são
acentuadas, sem exceção.
A palavra “também” é uma oxítona terminada por EM. Vamos
recordar as regras de acentuação das oxítonas:
 usa-se o acento quando terminarem em A(S), E(S), O(S),
EM, ENS:
Ex.: cajá, cafés, cipó, armazém, armazéns

Resposta – Item errado

13. (Cetro/Liquigás/Administrador Júnior/2007) Levando em consideração as


afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é
correto afirmar que

(A) na oração “os anglo-saxões empreenderam uma das maiores mobilizações


sócio-religiosas de que se tem notícia”, do quarto parágrafo, a palavra
destacada tem sido grafada, nos dicionários, da seguinte maneira:
sociorreligiosas.
(B) na oração “os anglo-saxões empreenderam uma das maiores mobilizações
sócio-religiosas de que se tem notícia”, do quarto parágrafo, a forma verbal
destacada deveria ter sido flexionada no plural: “têm”.

Comentário – Alternativa A: é verdade o que se diz nela. Uma pesquisa, por


exemplo, no dicionário Aulete (versão eletrônica) comprova isso, a exemplo de
sociolinguista, sociotécnico, sociopolítico entre outros.

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Alternativa B: há um problema nela. Para receber o acento


circunflexo, o verbo deveria ter um sujeito no plural; mas este não existe. O
verbo está na voz passiva sintética e tem como núcleo d sujeito o termo “notícia”
(no singular).
Resposta – A

14. (Cetro/TRT 12ª/Técnico Judiciário/2007) Levando em consideração as


afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é
correto afirmar que

o trecho “Nervoso durante toda a sessão, Glauber ficou ainda mais no


final, com a perplexidade da platéia diante do seu estranho filme
misturando drama existencial e alegoria política”, pode ser reescrito da
seguinte maneira, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico:
“Nervoso durante toda sessão”.

Comentário – Bem, você resolveu recentemente uma questão envolvendo o


uso da expressão todo o (e variações). Na dúvida, releia o comentário à questão
10 e confirme que há prejuízo semântico.
Resposta – Item errado

15. (Cetro/TRT 12ª/Técnico Judiciário/2007) Levando em consideração as


afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é
correto afirmar que

no trecho “Há algo de esdrúxulo”, no início do primeiro parágrafo, a palavra


destacada significa “extravagante”, “excêntrico” e também admite a
seguinte grafia: “exdrúxulo”.

Comentário – O significado da palavra está correto; mas a grafia sugerida pela


banca... A palavra é com S inicial mesmo!
Resposta – Item errado

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16. (Cetro/TRT 12ª/Técnico Judiciário/2007) Levando em consideração as


afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é
correto afirmar que

(A) o trecho “Não há tampouco critério racional que explique o motivo”, do


segundo parágrafo, pode ser reescrito da seguinte maneira, sem que ocorra
erro gramatical ou prejuízo semântico: “Não há tão pouco critério racional
que explique o motivo”.
(B) o trecho “Não há tampouco critério racional que explique o motivo de os
estudantes de medicina (74 mil) serem pouco mais numerosos”, do
segundo parágrafo, pode ser reescrito da seguinte maneira, sem que ocorra
erro gramatical ou prejuízo semântico: “Não há tampouco critério racional
que explique o motivo dos estudantes de medicina (74 mil) serem pouco
mais numerosos”.

Comentário – Alternativa A: o problema diz respeito ao uso das expressões


“tampouco” e “tão pouco”. Eis o uso adequado delas:

TAMPOUCO x TÃO POUCO

a) Não realizou a tarefa, tampouco apresentou qualquer


justificativa. (advérbio de negação, equivale-se a também não, nem sequer)
b) Tenho tão pouco entusiasmo pelo trabalho. (tão =
advérbio de intensidade; pouco = pronome indefinido adjetivo, alude a um
substantivo)
c) Estudamos tão pouco. (tão = advérbio de intensidade,
refere-se a outro advérbio: pouco = advérbio de intensidade, refere-se ao verbo)

Alternativa B: além do problema já identificado na opção


anterior, há ainda a contração equivocada da preposição “de” (“o motivo de”)
com o artigo “o” que integra o sujeito (“os estudantes de medicina”) do verbo
“serem”.
Resposta – Itens errados

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17. (Cetro/TRT 12ª/Técnico Judiciário/2007) Levando em consideração as


afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é
correto afirmar que

no trecho “o curso lhes dará alguma forma de segurança ou ascensão no


plano de seus projetos pessoais”, do terceiro parágrafo, a palavra destacada
pode ser substituída, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo de sentido,
por “promoção”, “elevação”.

Comentário – Não há problema algum na substituição, nem quanto ao sentido,


nem quanto à correção gramatical. Quero apenas aproveitá-la para recordar o
emprego da letra S.

Usa-se, normalmente, a letra S:

1 – nos substantivos que designam origem, título honorífico e


feminino: chinês, japonês, baronesa, duquesa, sacerdotisa, poetisa;
2 – nos sufixos ASE, ESE, ISI e OSE: fase, ascese, eletrólise,
apoteose;
3 – nos sufixos OSO e OSA: formoso, formosa, gostoso,
gostosa;
4 – nas palavras derivadas daquelas que possuem D, RT ou RG
no seu radical: iludir – ilusão, defender – defesa; divertir – diversão, inverter –
inversão; imergir – imersão, submergir – submersão;
5 – no prefixo TRANS e nos seus derivados: transatlântico,
trasladar (ou transladar);
6 – após os ditongos: maisena, Sousa, coisa;
7 – nas formas verbais derivadas dos verbos QUERER e PÔR:
quis, quisera, pusera, compusera.
Resposta – Item certo

18. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) É correto afirmar que os


vocábulos “relatório”, “moléstias”, “pública” e “saúde”, todos extraídos do

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terceiro parágrafo do texto, foram acentuados pelo mesmo motivo: todos


eles são proparoxítonos reais ou proparoxítonos eventuais.

Comentário – Mais uma vez, as regras de acentuação são diferentes. As


palavras “relatório” e “moléstias” são acentuadas pelo mesmo motivo:
paroxítonas terminadas em ditongo. Já a palavra “pública” recebe acento por
ser proparoxítona. E “saúde”? Vamos recordar a fundamentação para o emprego
do acento gráfico:

HIATO

As vogais I(S) e U(S), quando formarem a sílaba tônica e


ocuparem a segunda posição do hiato, sozinhas ou acompanhadas de S.
Ex.: saída, saúde, país, baús, incluí-lo.

Compare com mia, via, lua, nua. Nessas palavras, as vogais I e


U não ocupam a segunda posição do hiato, ainda que constituam a sílaba tônica.
ATENÇÃO! Conforme as novas regras, se essas vogais surgirem após ditongos
e a palavra for paroxítona, não levarão acento: baiuca, feiura.

Resposta – Item errado

19. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) Assinale a alternativa em


que não ocorreu erro de acentuação.

(A) Sem dúvida nenhuma, aquelas palavras partiam do âmago de sua alma de
filântropo.
(B) Um dos mais esplêndidos sentimentos que se pode experimentar é o
aumento da libído.
(C) Os últimos acontecimentos, observados à luz da econômia, demonstram que
podemos estar à beira de um colapso.
(D) Para poder comprar esse vermífugo, que pode ser prejudicial à saúde de
todos, é necessária sua rubrica neste documento.
(E) No acórdão, afirmava-se que aquelas empresas constróem edifícios ilegais.

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Comentário – Alternativa A: a banca cometeu um barbarismo ao mudar a


tonicidade da palavra: filantropo (paroxítona terminada em o não recebe
acento). Atente para algumas pronúncias corretas: austero, avaro, aziago,
gratuito, maquinaria, misantropo, pudico, rubrica, arquétipo, aríete,
crisântemo, ínterim, protótipo, vermífugo.
Alternativa B: “libido” é paroxítona, mas não recebe acento pelo
motivo explicado acima.
Alternativa C: “economia”, sem acento, é outra paroxítona.
Alternativa E: somente as oxítonas terminadas por EM são
acentuadas: armazém, alguém; as paroxítonas não: constroem.
Resposta – D

20. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) Assinale a alternativa em


que todas as palavras estejam grafadas corretamente.

(A) Aquela micelânea de livros, jornais, papéis avulsos e objetos de escritório


confundia os outros funcionários e impedia que houvesse agilidade no
trabalho.
(B) Com toda descrição que lhe era peculiar, limpou todas as reentrâncias da
mesa, sem que aqueles que estavam reunidos siquer percebessem sua
presença.
(C) Assim que ela conseguisse desvencilhar-se daquele volume de trabalho,
rumaria rápidamente para casa.
(D) Não havia empecilho que pudesse desanimá-lo: todas as dificuldades que
encontrou foram enfrentadas com coragem e alegria.
(E) Aquele seguimento dos funcionários – a parcela mais insatisfeita de todas –
reivindicava insistentemente o aumento do salário.

Comentário – Alternativa A: “miscelânea” (= mistura confusa de coisas


diversas).
Alternativa B: “sequer” (= nem mesmo). A palavra descrição
significa ato ou efeito de descrever, reprodução, traçado: Suas descrições de

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viagens nos transportam para lugares nunca visitados. Já a palavra discrição,


que se aplica ao contexto, exprime qualidade de discreto, do que não chama a
atenção: Veste-se com discrição.
Alternativa C: a tonicidade de “rapidamente” (paroxítona) não
se confunde com a de “rápido” (proparoxítona); a sílaba anteriormente tônica
(rá-) torna-se subtônica e perde o acento gráfico.
Alternativa E: muito sutil o erro, pois existem as palavras
“seguimento” (conforme consta na opção) e “segmento”. O problema é que
“seguimento” significa ação ou resultado de seguir; continuação; seguida. No
contexto, o correto seria “segmento”, parte que compõe um todo.
Resposta – D

21. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) No trecho “Um inspetor da


Superintendência, intrigado com o fato de que ninguém mais conseguia
caçar baleia, pôs-se a examinar os livros e verificou que havia infinidade
de números repetidos”, as regras que justificam a acentuação dos
vocábulos destacados são, respectivamente, a do acento diferencial e a de
acentuação de todos os paroxítonos terminados em o.

Comentário – A respeito do acento diferencial, importa que você perceba,


ainda, o seguinte:

Côa – côas (forma do verbo COAR)


Coa – coas (contração entre a preposição com e o artigo a(s))
Pára (flexão do verbo PARAR)
Para (preposição)
Péla (flexão do verbo PELAR)
Pela (contração da preposição e artigo)
Pêra (substantivo = fruta – no plural não leva acento: peras)
Péra (substantivo = pedra)
Pera (preposição arcaica)
Pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo)

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Pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo)

ATENÇÃO! O novo Acordo não aboliu o acento diferencial de PÔDE. Você deve
usá-lo.

Póla (substantivo = pancadaria)


Pôla (substantivo = broto de árvore)
Polo(a) (contração arcaica de preposição e artigo)
Pólo (substantivo = cada uma das extremidades do eixo da Terra)
Pôlo (substantivo = filhote de gavião)
Pôr (verbo)
Por (preposição)

ATENÇÃO! O novo Acordo também não aboliu o acento diferencial de PÔR. Você
deve usá-lo.

Fôrma (substantivo = molde)


Forma (substantivo = disposição exterior de algo)

ATENÇÃO! É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras


forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara: Qual
é a forma da fôrma do bolo?

O vocábulo “pôs” é monossílabo tônico terminado em O(S) e


por isso recebe acento.
Em “números”, o acento não depende da terminação da
palavra, mas decorre do fato de ser ela uma proparoxítona – todas são
acentuadas.
Resposta – Item errado

22. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) Assinale a alternativa em


que todas as palavras estão acentuadas corretamente.

(A) abóbada – hífens – rúbrica - vaivém.


(B) debenture – tênue – jóquei - armazéns.

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(C) avaro – fortuito – fluido – maquinaria.


(D) colibri – gratuito – constroem - nú.
(E) cairmos – arcaico – destroem - juri.

Comentário – A essa altura da aula, acredito que você já se recordou das regras
de acentuação. Aqui resumirei minha explicação.
Alternativa A: hifens (como item e itens) é paroxítona
terminada em EM ENS (regra da oxítona) e não se confunde com o singular:
hífen (paroxítona terminada em N) ou a outra forma possível do plural: hífenes
(proparoxítona); rubrica.
Alternativa B: debênture (proparoxítona) – título de crédito ao
portador, emitido por uma empresa em troca de empréstimo a juros e
amortizável a longo prazo, cuja garantia é o valor do patrimônio e a
confiabilidade.
Alternativa D: nu (monossílaba tônica terminado em U não
recebe acento).
Alternativa E: júri (paroxítona terminada em I).
Resposta – C

23. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) Em todas as palavras das


alternativas abaixo, a letra “x” tem som sibilante sonoro, isto é, tem som
de “z”. Assinale a alternativa que contém uma palavra em que a letra “x”
não tem o som de “z”.

(A) exagero – exercício - exortar.


(B) exaltar – exército -inexaurível.
(C) executar – exílio - inexistente.
(D) exeqüível – êxito - excreção.
(E) exercer – exorbitar - exonerar.

Comentário – Isso só ocorre em “excreção”. Essa veio de graça!!!


Resposta – D

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24. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) Assinale a alternativa em


que todas as palavras estejam grafadas corretamente.
(A) análise – assessoria – atraso – embelezar- lisonjeiro – vulgarizar - síntese.
(B) abalisado – apaziguar – amortisar – dramatizar – prazeroso – suspicaz -
paralisia.
(C) caixote – debuxo – enxugar – taxativo – excitador – pecha – brocha -
extrangeiro.
(D) excessão – excesso – êxito – materializar – mobilisar – vultuoso - evazão.
(E) êxito – racionalizar – sensibilisar – vultoso – gostosura – decizão - eutanázia.

Comentário – Diante dessa sopa de letrinhas, convém recordar o emprego de


algumas que ainda não foram ressaltadas nesta aula.

Usa-se, normalmente, a letra X:

1 – depois de ditongos: ameixa, frouxo, peixe;


EXCEÇÃO: recauchutar.

2 – depois da sílaba EN: enxame, enxergar;


EXCEÇÕES: encher, encharcar, enchova, enchumaçar e derivados dessas
palavras.
3 – depois da sílaba ME, quando “fechada”: mexa (verbo),
mexerico.
CUIDADO: mecha (substantivo) = pronúncia “aberta”.

Usa-se, normalmente, SS:

1 – nas palavras derivadas daquelas que possuem as expressões


CED, GRED, PRIM, MIT, MET e CUT no radical: suceder – sucessão, regredir –
regressão, comprimir – compressão, demitir – demissão, intrometer –
intromissão, discutir – discussão;

2 – prefixo terminado em vogal + palavra começada por S: pré


+ sentir = pressentir.

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Usa-se, normalmente, a letra Z:

1 – nas terminações EZ e EZA, formando substantivos


abstratos derivados de adjetivos: insensato – insensatez, nu – nudez; claro –
clareza, belo – beleza;
2 – nas terminações IZAR, formando infinitivos verbais: sintonia
– sintonizar, real – realizar, visual – visualizar;

CUIDADO: 1 – se a palavra possuir S em sua parte final, o infinitivo verbal


também levará S: análise – analisar, paralisia – paralisar;
2 – Hipnose – hipnotizar; Síntese – sintetizar; Batismo – batizar;
Catequese – catequizar; Ênfase – enfatizar. (Lembre-se da sigla de um famoso
banco, só que com E no final: HSBCE).
3 – como consoante de ligação: pé + udo = pezudo; guri + ada
= gurizada.

Eis as correções:
Alternativa B: abalizado (que é reconhecidamente competente,
digno de crédito; idôneo); amortizar
Alternativa C: estrangeiro.
Alternativa D: exceção; mobilizar; evasão.
Alternativa E: sensibilizar; decisão; eutanásia (ato de promover
morte rápida e indolor a um doente incurável para pôr fim ao seu sofrimento).
Resposta – A

25. (FCC/2012/Prefeitura de São Paulo – SP/Auditor Fiscal do Município) A


grafia de envelheceu está correta, como o está a de “rejuveneceu”.

Comentário – Esta questão é uma verdadeira “casca de banana”. O problema,


que nem todos percebem, está na ausência de um “s” na segunda palavra
destacada: rejuveneSceu.
Resposta – Item errado.

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26. (FCC/2012/TRE-SP/Técnico Judiciário) Os ...... para a conclusão da


pesquisa estavam próximos e exigiam ...... na ...... dos dados já obtidos.
(A) prazos - rapidês - análize
(B) prazos - rapidez - análise
(C) prazos - rapidez - análize
(D) prasos - rapidez - análise
(E) prasos - rapidês - análise

Comentário – Indiscutivelmente, a palavra prazos é escrita com z. O


substantivo abstrato rapidez deriva do adjetivo rápido, por isso é escrito com
a terminação ez. Finalmente, a palavra análise é escrita corretamente com s.
Resposta – B

27. (ESAF/Receita Federal/Analista Tributário da Receita Federal/2012)


Assinale o trecho em que a transcrição do texto adaptado do jornal Correio
Braziliense, de 7 de agosto de 2012, desrespeita as regras gramaticais no
uso das estruturas linguísticas.
a) Ao mesmo tempo em que os analistas do mercado financeiro elevam a
perspectiva para a inflação este ano, eles trabalham cada vez mais com a
possibilidade de queda para o Produto Interno Bruto (PIB) e também para
a taxa de juros básica da economia.
b) A principal razão para isso é que o setor industrial não dá mostras de que
vai reagir, revertendo a tendência de queda na atividade. Pela décima
semana consecutiva, os analistas vêm revendo para baixo as expectativas
de desempenho da indústria brasileira.
c) De acordo com o relatório Focus, a média das estimativas para o ano passou
de uma contração na atividade no setor industrial de 0,44% para uma
queda maior, de 0,69%. Com isso, as expectativas para o PIB, que já
vinham diminuindo, caíram mais ainda.

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d) Segue também em queda, segundo os analistas do mercado financeiro, a


previsão para a taxa básica de juros. Agora, segundo a pesquisa Focus, a
taxa Selic deve chegar a 7,25% no final do ano.
e) Até à semana passada, a estimativa que prevalescia era de que o ciclo de
redução da Selic pararia em 7,5%. Atualmente a taxa está em 8%. Com a
mudança o mercado financeiro passa a trabalhar com a perspectiva de que
o Banco Central reduza a taxa mais duas vezes.

Comentário – Repare a última alternativa. A palavra prevalecia (do verbo


prevalecer) é escrita com “s” antes do “c” (“prevalescia”).
Resposta – E.

28. (Esaf/MDIC/ACE/2012) O texto abaixo foi transcrito com adaptações.


Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de palavra.

Em alguns países mais afetados pela crise global, como os Estados Unidos,
a indústria buscou aumentar sua competitividade por meio da forçada
redução dos custos de produção, o que (1) implicou demissões em massa.
Mesmo com menos trabalhadores, a indústria manteve ou ampliou a
produção, alcançando ganhos notáveis de produtividade. Mesmo que
aceitasse (2) arcar comum custo social tão alto, dificilmente o Brasil
alcançaria (3) resultados econômicos tão rápidos. O aumento da
produtividade do trabalhador brasileiro é limitado, entre outros fatores, pela
defazagem (4) nos investimentos em educação. Com escassez (5) de
trabalhadores qualificados, exigidos cada vez mais pelo mercado de
trabalho, os salários de determinadas funções tendem a subir bem mais do
que a produtividade média do setor, o que afeta o preço dos bens finais.
(Editorial, O Estado de S. Paulo, 24/3/2012)

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4

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e) 5

Comentário – O único problema é a grafia da palavra defasagem, que no texto


recebeu a letra “z” no lugar de “s”. Merecem nosso comentário a forma verbal
“aceitasse” e o substantivo “escassez”. Conjugado no pretérito imperfeito do
subjuntivo, o verbo aceitar recebe a desinência modo-temporal “-sse”. Derivado
de adjetivo, o substantivo abstrato recebe a terminação “-ez” (lúcido > lucidez;
insensato > insensatez; escasso > escassez etc.).
Resposta – D

29. (Cespe/CNJ/Analista Judiciário/2013) A mesma regra de acentuação gráfica


justifica o emprego de acento gráfico nas palavras “construída” e
“possíveis”.

Comentário – É verdade que as duas palavras são paroxítonas, mas o acento


nelas é empregado por motivos diferentes. Em “construída”, o fundamento é a
regra do hiato que acabamos de ver acima. Repare: cons-tru-í-da. Já em
“possíveis”, a palavra é acentuada porque termina em ditongo oral.
Resposta – Item errado.

30. (Cespe/TRT-10ª Região (DF e TO)/Analista Judiciário/2013) As palavras


“países”, “famílias” e “níveis” são acentuadas de acordo com a mesma regra
de acentuação gráfica.

Comentário – As regras são diferentes. Em pa-í-ses, o fundamento mais uma


vez é a regra do hiato. Em ní-veis, temos uma paroxítona terminada em ditongo
oral. Em relação à palavra “família”, existe quem a considere acentua por se
tratar de uma proparoxítona: fa-mí-li-a; e há quem a considere uma paroxítona
terminada em ditongo oral também: fa-mí-lia. De qualquer forma, os motivos
são realmente distintos.
Resposta – Item errado.

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Por enquanto é só. Revise o conteúdo durante a semana e utilize o


fórum se precisar.
Abaixo estão as questões comentadas nesta aula e o gabarito delas.
Um abraço e que Deus o abençoe!

Albert Iglésia

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Lista das Questões Comentadas


Lista das Questões Comentadas

1. (Cetro/Pref. de Mairinque-SP/Almoxarife/2009) Observe o trecho abaixo.


“O argumento de Darwin era tão irrefutável que o debate sobre a validade
da teoria terminou menos de duas décadas após sua divulgação.”

Assinale a alternativa cuja palavra não possui a mesma regra de


acentuação do termo destacado no trecho acima.

(A) Hífen.
(B) Pólen.
(C) Bíceps.
(D) Chapéus.
(E) Elétrons.

2. (Cetro/Pref. de Mirinque-SP/Almoxarife/2009) Observe o trecho abaixo.


O redator-chefe da revista quis entrevistar o pesquisador que está
colocando as ideias de Darwin em ação.

Assinale a alternativa cuja palavra apresenta o plural seguindo a mesma


classificação da palavra destacada no trecho acima.

(A) Pombo-correio.
(B) Cidade-satélite.
(C) Cirurgião-dentista.
(D) Alto-falante.
(E) Caneta-tinteiro.

3. (Cetro/Câmara Municipal de Araçatuba-SP/Agente Geral/2008) Assinale a


alternativa que apresenta a divisão silábica incorreta das palavras
retiradas do texto.
(A) sombrios: som – bri – os.

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(B) assusta: as – sus – ta.


(C) brasileiros: bra – si – lei – ros.
(D) queima: que – i – ma.
(E) águas: á – guas.

4. (Cetro/Câmara Municipal de Araçatuba-SP/Agente Geral/2008) A palavra


“relógio” é escrita com “g”. Assinale a alternativa que apresenta outra
palavra em que o uso da letra “g” esteja correto.
(A) gorgeta.
(B) magestade.
(C) sargeta.
(D) cafageste.
(E) prestígio.

(...)
Cabe-nos igualmente questionar o que temos priorizado como foco
de nossa atuação profissional: as nuanças e vicissitudes do processo
ensino-aprendizagem ou a avaliação dos resultados formais? E a que se
têm prestado nossas práticas avaliativas: a confirmar os prognósticos
fatalistas sobre a clientela, ou ao coroamento de nossos esforços
cotidianos? Mesmo porque, numa reprovação final, algo de todos nós
está sendo colocado sub judice.
(...)
AQUINO, Julio Groppa. Do cotidiano escolar – ensaios sobre a ética
e seus avessos. São Paulo: Summus, 2000. p. 28-29.

5. (Cetro/SEE-SP/Secretário de Escola/2008) Levando em consideração as


afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é
correto afirmar que, no quarto parágrafo do texto,

na afirmação: “Mesmo porque, numa reprovação final, algo de todos nós


está sendo colocado sub judice”, a palavra destacada (porque) estabelece

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relação de causa e conseqüência, respectivamente, entre o último e o


primeiro períodos do quarto parágrafo.

Por que as crianças obedecem? Foi esta a pergunta que, no começo


de nosso século [o século XX], intrigou vários autores. Foram em busca
de respostas e várias foram encontradas: superego, sentimento de
agrado, heteronomia, hábito etc. Respostas diferentes entre si, mas que
levavam em conta o que era considerado um fato: as crianças obedecem
a seus pais e, em geral, também a seus professores. Hoje, parece-me
que a pergunta formulada espontaneamente seria a inversa: por que as
crianças não obedecem, nem a seus pais, muito menos a seus
professores? Exagero? É bem provável. Não sei se, antigamente, elas
obedeciam tanto assim e se são tão desobedientes hoje. Porém, parece
ser esta a queixa atual, traduzida notadamente pelo vocábulo “limite”: as
crianças, hoje, não teriam limites, os pais não os imporiam, a escola não
os ensinaria, a sociedade não os exigiria, a televisão os sabotaria etc.
(...).
De La Taille, Yves. A indisciplina e o sentimento de vergonha. In:
Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. Julio
Groppa Aquino (org.). São Paulo: Summus, 1996.

6. (Cetro/SEE-SP/Secretário de Escola/2008) Levando em consideração as


afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é
correto afirmar que, no primeiro parágrafo do texto,
no trecho: “por que as crianças não obedecem, nem a seus pais, muito
menos a seus professores?”, as expressões destacadas podem ser trocadas,
respectivamente, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico,
por “porque” e “e não”.

(...)
O que parece absolutamente corriqueiro, aqui, encerra muitas das
faces, da complexidade e dos afetos supostos na constituição da
alteridade, na relação com a diferença. As escolas, como qualquer outra

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instituição concreta, são ocasião para desdobramentos sem fim dessas


situações que, como uma pintura, dão forma a milhões de palavras. Tudo
que nelas está não se apreende senão por pontos de vista ou, como
prefiro dizer, por recortes.
GUIRARDO, Marlene. Diferença e alteridade: dos equívocos
inevitáveis. In: Diferenças e preconceitos na escola: alternativas
teóricas e práticas. Julio Groppa Aquino (org.). São Paulo: Summus, 1998.

7. (Cetro/SEE-SP/Secretário de Escola/2008) Levando em consideração as


afirmações do texto, é correto afirmar que
no trecho do sexto parágrafo: “Tudo que nelas está não se apreende senão
por pontos de vista”, a palavra destacada pode ser trocada, sem que ocorra
erro gramatical ou prejuízo semântico, por “mesmo”.

8. (Cetro/SEE-SP/Secretário de Escola/2008) Levando em consideração as


afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é
correto afirmar que
o trecho do terceiro parágrafo “No Brasil, quando vêm de famílias mais
ricas, os talentosos são identificados” pode ser reescrito da seguinte
maneira, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico: “No Brasil,
quando vem de famílias mais ricas, os talentosos são identificados”.

9. (Cetro/SEE-SP/Secretário de Escola/2008) Assinale a opção correta,


levando-se em consideração as afirmações do texto e as orientações da
gramática normativa.
(A) O trecho “onde freqüentemente as crianças comandam o espetáculo”, do
primeiro parágrafo, pode ser reescrito, sem que ocorra erro gramatical,
preservando o sentido do texto original, da seguinte maneira: “aonde
freqüentemente as crianças comandam o espetáculo”.
(B) O trecho “respeitando o fato de eles estarem em formação”, do segundo
parágrafo, pode ser reescrito, sem que ocorra erro gramatical, preservando

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o sentido do texto original, da seguinte maneira: “respeitando o fato deles


estarem em formação”.

10. (Cetro/SEE-SP/Secretário de Escola/2008) Assinale a opção correta,


levando-se em consideração as afirmações do texto e as orientações da
gramática normativa.
No trecho do terceiro parágrafo: “Isso estimularia a melhor arma para
enfrentar o tsunami de informações, das mais positivas às mais loucas, que
enfrentamos todos os dias: discernimento”, a expressão destacada não
pode ser trocada por “todo o dia”, porque, com essa alteração, ocorreria
mudança de sentido.

11. (Cetro/Liquigás/Assist. Adminst./2007) Uma das características marcantes


do texto é a ocorrência de palavras, expressões ou construções frasais que
o aproximam do falar cotidiano. Assinale a alternativa em que o termo
sublinhado confirma essa afirmação.
(A) “...foi de conseqüências decisivas para a felicidade familiar”.
(B) “...a obrigação de uma lembrança dolorosa em cada gesto mínimo da
família”.
(C) “...eu já estava que não podia mais pra afastar aquela memória”.
(D) “Uma vez que eu sugerira à mamãe a idéia...”
(E) “A dor já estava sendo cultivada pelas aparências...”

12. (Cetro/Liquigás/Administrador Júnior/2007) Levando em consideração as


afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é
correto afirmar que as palavras “coerência”, “prática”, “Código”, “Ética”,
“também” e “princípios” foram acentuadas de acordo com a mesma regra.

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13. (Cetro/Liquigás/Administrador Júnior/2007) Levando em consideração as


afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é
correto afirmar que
(A) na oração “os anglo-saxões empreenderam uma das maiores mobilizações
sócio-religiosas de que se tem notícia”, do quarto parágrafo, a palavra
destacada tem sido grafada, nos dicionários, da seguinte maneira:
sociorreligiosas.
(B) na oração “os anglo-saxões empreenderam uma das maiores mobilizações
sócio-religiosas de que se tem notícia”, do quarto parágrafo, a forma verbal
destacada deveria ter sido flexionada no plural: “têm”.

14. (Cetro/TRT 12ª/Técnico Judiciário/2007) Levando em consideração as


afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é
correto afirmar que
o trecho “Nervoso durante toda a sessão, Glauber ficou ainda mais no
final, com a perplexidade da platéia diante do seu estranho filme
misturando drama existencial e alegoria política”, pode ser reescrito da
seguinte maneira, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico:
“Nervoso durante toda sessão”.

15. (Cetro/TRT 12ª/Técnico Judiciário/2007) Levando em consideração as


afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é
correto afirmar que
no trecho “Há algo de esdrúxulo”, no início do primeiro parágrafo, a palavra
destacada significa “extravagante”, “excêntrico” e também admite a
seguinte grafia: “exdrúxulo”.

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16. (Cetro/TRT 12ª/Técnico Judiciário/2007) Levando em consideração as


afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é
correto afirmar que
(A) o trecho “Não há tampouco critério racional que explique o motivo”, do
segundo parágrafo, pode ser reescrito da seguinte maneira, sem que ocorra
erro gramatical ou prejuízo semântico: “Não há tão pouco critério racional
que explique o motivo”.
(B) o trecho “Não há tampouco critério racional que explique o motivo de os
estudantes de medicina (74 mil) serem pouco mais numerosos”, do
segundo parágrafo, pode ser reescrito da seguinte maneira, sem que ocorra
erro gramatical ou prejuízo semântico: “Não há tampouco critério racional
que explique o motivo dos estudantes de medicina (74 mil) serem pouco
mais numerosos”.

17. (Cetro/TRT 12ª/Técnico Judiciário/2007) Levando em consideração as


afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é
correto afirmar que
no trecho “o curso lhes dará alguma forma de segurança ou ascensão no
plano de seus projetos pessoais”, do terceiro parágrafo, a palavra destacada
pode ser substituída, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo de sentido,
por “promoção”, “elevação”.

18. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) É correto afirmar que os


vocábulos “relatório”, “moléstias”, “pública” e “saúde”, todos extraídos do
terceiro parágrafo do texto, foram acentuados pelo mesmo motivo: todos
eles são proparoxítonos reais ou proparoxítonos eventuais.

19. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) Assinale a alternativa em


que não ocorreu erro de acentuação.

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(A) Sem dúvida nenhuma, aquelas palavras partiam do âmago de sua alma de
filântropo.
(B) Um dos mais esplêndidos sentimentos que se pode experimentar é o
aumento da libído.
(C) Os últimos acontecimentos, observados à luz da econômia, demonstram que
podemos estar à beira de um colapso.
(D) Para poder comprar esse vermífugo, que pode ser prejudicial à saúde de
todos, é necessária sua rubrica neste documento.
(E) No acórdão, afirmava-se que aquelas empresas constróem edifícios ilegais.

20. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) Assinale a alternativa em


que todas as palavras estejam grafadas corretamente.
(A) Aquela micelânea de livros, jornais, papéis avulsos e objetos de escritório
confundia os outros funcionários e impedia que houvesse agilidade no
trabalho.
(B) Com toda descrição que lhe era peculiar, limpou todas as reentrâncias da
mesa, sem que aqueles que estavam reunidos siquer percebessem sua
presença.
(C) Assim que ela conseguisse desvencilhar-se daquele volume de trabalho,
rumaria rápidamente para casa.
(D) Não havia empecilho que pudesse desanimá-lo: todas as dificuldades que
encontrou foram enfrentadas com coragem e alegria.
(E) Aquele seguimento dos funcionários – a parcela mais insatisfeita de todas –
reivindicava insistentemente o aumento do salário.

21. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) No trecho “Um inspetor da


Superintendência, intrigado com o fato de que ninguém mais conseguia
caçar baleia, pôs-se a examinar os livros e verificou que havia infinidade
de números repetidos”, as regras que justificam a acentuação dos

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vocábulos destacados são, respectivamente, a do acento diferencial e a de


acentuação de todos os paroxítonos terminados em o.

22. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) Assinale a alternativa em


que todas as palavras estão acentuadas corretamente.
(A) abóbada – hífens – rúbrica - vaivém.
(B) debenture – tênue – jóquei - armazéns.
(C) avaro – fortuito – fluido – maquinaria.
(D) colibri – gratuito – constroem - nú.
(E) cairmos – arcaico – destroem - juri.

23. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) Em todas as palavras das


alternativas abaixo, a letra “x” tem som sibilante sonoro, isto é, tem som
de “z”. Assinale a alternativa que contém uma palavra em que a letra “x”
não tem o som de “z”.
(A) exagero – exercício - exortar.
(B) exaltar – exército -inexaurível.
(C) executar – exílio - inexistente.
(D) exeqüível – êxito - excreção.
(E) exercer – exorbitar - exonerar.

24. (Cetro/TRT 12ª Região/Analista Judiciário/2007) Assinale a alternativa em


que todas as palavras estejam grafadas corretamente.
(A) análise – assessoria – atraso – embelezar- lisonjeiro – vulgarizar - síntese.
(B) abalisado – apaziguar – amortisar – dramatizar – prazeroso – suspicaz -
paralisia.
(C) caixote – debuxo – enxugar – taxativo – excitador – pecha – brocha -
extrangeiro.
(D) excessão – excesso – êxito – materializar – mobilisar – vultuoso - evazão.
(E) êxito – racionalizar – sensibilisar – vultoso – gostosura – decizão - eutanázia.

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25. (FCC/2012/Prefeitura de São Paulo – SP/Auditor Fiscal do Município) A


grafia de envelheceu está correta, como o está a de “rejuveneceu”.

26. (FCC/2012/TRE-SP/Técnico Judiciário) Os ...... para a conclusão da


pesquisa estavam próximos e exigiam ...... na ...... dos dados já obtidos.
(A) prazos - rapidês - análize
(B) prazos - rapidez - análise
(C) prazos - rapidez - análize
(D) prasos - rapidez - análise
(E) prasos - rapidês - análise

27. (ESAF/Receita Federal/Analista Tributário da Receita Federal/2012)


Assinale o trecho em que a transcrição do texto adaptado do jornal Correio
Braziliense, de 7 de agosto de 2012, desrespeita as regras gramaticais no
uso das estruturas linguísticas.
a) Ao mesmo tempo em que os analistas do mercado financeiro elevam a
perspectiva para a inflação este ano, eles trabalham cada vez mais com a
possibilidade de queda para o Produto Interno Bruto (PIB) e também para
a taxa de juros básica da economia.
b) A principal razão para isso é que o setor industrial não dá mostras de que
vai reagir, revertendo a tendência de queda na atividade. Pela décima
semana consecutiva, os analistas vêm revendo para baixo as expectativas
de desempenho da indústria brasileira.
c) De acordo com o relatório Focus, a média das estimativas para o ano passou
de uma contração na atividade no setor industrial de 0,44% para uma
queda maior, de 0,69%. Com isso, as expectativas para o PIB, que já
vinham diminuindo, caíram mais ainda.

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d) Segue também em queda, segundo os analistas do mercado financeiro, a


previsão para a taxa básica de juros. Agora, segundo a pesquisa Focus, a
taxa Selic deve chegar a 7,25% no final do ano.
e) Até à semana passada, a estimativa que prevalescia era de que o ciclo de
redução da Selic pararia em 7,5%. Atualmente a taxa está em 8%. Com a
mudança o mercado financeiro passa a trabalhar com a perspectiva de que
o Banco Central reduza a taxa mais duas vezes.

28. (Esaf/MDIC/ACE/2012) O texto abaixo foi transcrito com adaptações.


Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de palavra.
Em alguns países mais afetados pela crise global, como os Estados Unidos,
a indústria buscou aumentar sua competitividade por meio da forçada
redução dos custos de produção, o que (1) implicou demissões em massa.
Mesmo com menos trabalhadores, a indústria manteve ou ampliou a
produção, alcançando ganhos notáveis de produtividade. Mesmo que
aceitasse (2) arcar comum custo social tão alto, dificilmente o Brasil
alcançaria (3) resultados econômicos tão rápidos. O aumento da
produtividade do trabalhador brasileiro é limitado, entre outros fatores, pela
defazagem (4) nos investimentos em educação. Com escassez (5) de
trabalhadores qualificados, exigidos cada vez mais pelo mercado de
trabalho, os salários de determinadas funções tendem a subir bem mais do
que a produtividade média do setor, o que afeta o preço dos bens finais.
(Editorial, O Estado de S. Paulo, 24/3/2012)

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

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29. (Cespe/CNJ/Analista Judiciário/2013) A mesma regra de acentuação gráfica


justifica o emprego de acento gráfico nas palavras “construída” e
“possíveis”.

30. (Cespe/TRT-10ª Região (DF e TO)/Analista Judiciário/2013) As palavras


“países”, “famílias” e “níveis” são acentuadas de acordo com a mesma regra
de acentuação gráfica.

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Gabarito das Questões Comentadas


Gabarito das Questões Comentadas

1. D 30. Item errado


2. C
3. D
4. E
5. Item certo
6. Item errado
7. Item errado
8. Item errado
9. Itens errados
10. Item certo
11. C
12. Item errado
13. A
14. Item errado
15. Item errado
16. Itens errados
17. Item certo
18. Item errado
19. D
20. D
21. Item errado
22. C
23. D
24. A
25. Item errado
26. B
27. E
28. D
29. Item errado

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