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A criação de
negócios
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Elias, Rachel da Silva Xavier


SST A criação de negócios / Rachel da Silva Xavier Elias
Ano: 2020
nº de p.: 10

Copyright © 2020. Delinea Tecnologia Educacional. Todos os direitos reservados.


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A criação de negócios

Apresentação
Nesta unidade, abordaremos as oportunidades no desenvolvimento dos negócios,
bem como identificaremos, por meio de perspectivas, como os negócios podem
caminhar ao sucesso.

As oportunidades que as empresas têm surgem mediante um bom planejamento,


portanto, se formos elaborar um plano de negócios para uma empresa, precisamos
estar atentos a todos os passos, e analisar as oportunidades e ameaças desse
mercado. E será exatamente as características e funcionalidades do plano de
negócios que estudaremos a seguir. Vamos lá?

Oportunidades
Existem diferenças conceituais entre ideia e oportunidade. Em geral, a ideia é algo
elaborado pela mente, mas que não possui uma estrutura; uma ação associada. Já
a oportunidade está relacionada a uma perspectiva futura, ou seja, à criação de algo
idealizado anteriormente.

Algumas fontes podem inspirar novas oportunidades, tais quais:

• empreendimentos existentes;
• o sistema de fraqueamento;
• o estudo de patentes;
• revistas e periódicos;
• feiras, congressos, exposições;
• observação;
• troca de conhecimento com pessoas de outras culturas, países etc.

Identificadas as oportunidades, é importante iniciar o planejamento. Planejar é


uma atividade que não se encerra; é vital para qualquer tipo de empreendimento.
É o planejamento que estabelece as diretrizes a serem seguidas pela empresa,
dividindo as ações em fases. Empreendedores de “primeira viagem” costumam
não se ater a ele, mas é fundamental que adquiram essa consciência, já que o

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planejamento, traduzido em plano de negócios, é um guia, um roteiro que norteará


da concepção ao início das atividades do novo empreendimento.

O plano de negócios é a ferramenta mais difundida no campo do


empreendedorismo e da gestão de empresas. Foi adaptado para diversos perfis
e tipos de empreendimento, sendo levado até à área dos negócios sociais, entre
outras.

Segundo Hisrich, Peters e Shepherd (2009), o plano é um documento integrador que


reúne os planos funcionais, tais quais o financeiro, o de marketing etc.

Vale comentar também que, quando se fala de plano de negócios, não existe um
único modelo. Há roteiros elaborados por autores e pesquisadores no campo
da administração e gestão, bem como modelos adaptados para realidades e
segmentos empresariais distintos.

Curiosidade
Um plano de negócios utilizado para uma empresa de comércio
será diferente tanto para uma empresa de serviços como para
uma indústria.

Da mesma forma, se formos elaborar um plano de negócios para uma organização


cultural ou de saúde, que desenvolverão atividades no campo social, também
haverá diferenças consideráveis.

Assim, você pode adotar um modelo que melhor atenda às suas necessidades.
Inclusive, é possível trazer novos itens para um determinado modelo que,
eventualmente, não condiz com a expectativa do negócio ou a organização que está
sendo idealizada.

Plano de negócios
Mas, afinal, o que é um plano de negócios?

O plano de negócio é um documento preparado pelo empreendedor no qual


são descritos todos os elementos externos e internos relevantes para o
início de um novo empreendimento. É com frequência uma integração de

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planos funcionais, como os de marketing, finanças, produção e recursos


humanos. (HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2009, p. 219)

Conteúdo do plano de negócios

Plano Funcional Conteúdo

• Visão, missão e valores


• Competências necessárias
• Análise dos ambientes interno e externo
• Objetivos e metas
Estratégico

• Determinações do produto/serviço
• Formação dos preços
• Previsão de vendas
• Plano de comunicação
Marketing

• Estrutura funcional (organograma)


• Descrição da unidade física (quando aplicável)
• Sistema de gestão
• Logística (embalagem, transporte)
Operacional • Serviço de pós-venda
(produção)

• Balanço patrimonial
• Demonstrativo de resultados
• Fluxo de caixa projetado
• Demonstrativo de custos e despesas
• Plano de investimentos (pré-operacionais, fixos, capital de giro e
capacitação de pessoal)
Financeiro
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Um modelo de negócio é a forma lógica e estruturada de como se descreve uma


organização desde a criação até a entrega ao cliente final. Ele é um exercício
anterior à criação do plano de negócios.

Uma ferramenta muito conhecida para desenhar, modelar o negócio, é o Canvas.


Ferramenta dinâmica, mais visual, na qual o processo e o modelo do negócio vão
sendo construídos ao longo do tempo. É como se fosse um quadro visual, em que o
modelo de negócios da empresa vai sendo quase como se fosse desenhado.

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É indicado para as empresas iniciais ou empresas que já estão em funcionamento,


e a sua aplicação pode ser feita para qualquer tipo e porte de empresa, seja uma
panificadora, frutaria, um açougue, uma indústria, uma empresa que trabalha com
criatividade, seja um consultório médico ou odontológico. Enfim, é possível uma
infinidade de aplicações.

Exemplo do quadro Canvas

Parcerias Principais atividades Principais proposta de valor relacionamento segmentos de


com clientes clientes

?
o? ue
recursos principais Canais

q
Co
m O em?
a qu
r
Pa
Estrutura de custos Fontes de receita

nto?
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Qu

Fonte: Sebrae (2013, p. 19).

Durante a modelagem, o empreendedor deve se preocupar em responder a


determinadas perguntas, divididas em quatro blocos:

• Bloco vermelho: o que será feito? E qual valor está sendo agregado?
• Bloco verde: Para quem será feito?
• Bloco azul: Como será feito?
• Bloco laranja: Quanto será o ganho? Quanto será o gasto?

Oportunidade de modelos de negócios na internet


e comercialização de propagandas
Como vimos, um modelo de negócio desenha os custos e investimentos previstos
e os ganhos esperados de uma empresa. Enquanto a oportunidade está sendo

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identificada, usamos ferramentas como o Canvas. E, após a estruturação das ideias,


escrevemos o plano de negócios.

Um dos pilares desse plano é o plano funcional operacional; nele, detalha-se, entre
outros itens, a estrutura da empresa, podendo esta ser física ou virtual. Os modelos
de negócios virtuais mais conhecidos atualmente são:

• Intermediação de negócios: no modelo de intermediação, o objetivo é aproxi-


mar o vendedor do comprador, e o lucro é sobre as transações efetivadas. Está
subdividido em: portais B2B, compra coletiva, sites de comparação, classifi-
cados, entre outros.
• Mercado virtual: são empresas que não têm loja física, apenas on-line. Pos-
suem estoque, prazo de entrega e se preocupam com a qualidade do produto,
porém, toda a comercialização é realizada pela internet.
• Redes sociais: funcionam como as lojas puramente virtuais, porém, seu ca-
nal direto com o cliente não acontece por meio de um website e sim por co-
munidades virtuais em redes sociais, blogs de conteúdos que aproveitam para
vender o infoproduto e sites de compras coletivas.
• Comercialização de propaganda: é a forma virtual do modelo tradicional de se
fazer propaganda. Em caso de website, as mensagens de propaganda figu-
ram no meio do conteúdo da página. Essas mensagens podem aparecer em
formato de: banner, pop-up, anúncios etc.

Essas propagandas são remuneradas por valor fixo, tempo, número de vezes que
o anúncio apareceu na tela, ou número de cliques que a propaganda recebeu do
cliente final. As ferramentas de busca que utilizamos, como, por exemplo, o Google,
funcionam no modelo “comercialização de propaganda”.

Curiosidade
Banners são peças publicitárias que podem ser criadas para
publicação em sites e portais na internet, ou impressas em lonas,
papéis, tecidos e plásticos, para serem utilizadas como materiais
promocionais em pontos de venda, exposições e demais eventos.

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O crescimento do comércio eletrônico no Brasil


A Federação do Comércio (Fecomercio) realiza, anualmente, um relatório sobre
o comércio virtual brasileiro. Somente em 2016, por exemplo, o mercado virtual
movimentou cerca de 44,4 bilhões de reais.

Em 2017, o relatório previu um crescimento de 41% nas compras virtuais realizadas


por meio de dispositivos móveis (celulares e tablets). A pesquisa mostra a tendência
cada vez maior da migração do consumo do mundo físico para o cenário virtual.

Tendências de mercado
Além dos negócios virtuais que estudamos, tais quais as lojas puramente on-

-line, clubes de compras (compras coletivas) e redes sociais, há uma tendência


forte da integração entre as mídias, como a internet, o celular, os tablets.

Os aplicativos tanto de comunicação como os de geolocalização que produzem


informação a partir dos próprios usuários também ganham mercado. Já são
inúmeras as lojas que disponibilizam atendimento ao consumidor por meio de
aplicativos de comunicação.

Saiba mais
Para o Sebrae, o propósito da ferramenta Canvas é ajudar na
organização das ideias, descobrir que cada bloco está relacionado
aos demais e permitir que você ajuste o seu modelo quantas vezes
for necessário, até conseguir perceber o negócio como um todo.
Conheça mais sobre a ferramenta clicando em:
https://sebraecanvas.com/#/

Por fim, o mercado de jogos também aponta ser promissor, principalmente para os
que desejam atuar com tecnologia inovadora.

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Modalidade de financiamento para empresas


virtuais
Os empreendimentos digitais (ou virtuais) possuem uma forma de captação
diferente para investir em seus projetos. A modalidade é conhecida, em inglês, como
crowdfunding, ou financiamento coletivo, em português.

Nesse caso, os empreendedores acessam sites específicos e compartilham seus


projetos. O projeto fica no ar pelo tempo necessário para receber doações de todos os
interessados que também se encontram cadastrados na plataforma. Caso ele não
atinja a arrecadação necessária, o valor é devolvido aos doadores.

Essa também tem sido uma forma dos empreendedores testarem a aceitação de
suas ideias, uma vez que o projeto recebe a quantidade ideal de doações e é uma
forma de medir o interesse das pessoas pelo novo produto.

Vivemos em uma era de crescimento exponencial. Antigamente, as mudanças


levavam anos para serem percebidas; hoje em dia, elas são vistas e sentidas em
questão de horas.

A nova economia está voltada para a inovação, tendo em vista que o lema de
empresas conhecidas já é de tornar os próprios produtos obsoletos e substituí-los.

É necessário que as empresas se reinventem a todo instante; as profissões também


acompanharam as mudanças e as formas de consumo. Os empreendedores
precisam estar atentos, pois a grande tendência é que cada vez mais estejamos
integrados à tecnologia.

Fechamento
Nesta unidade, conseguimos evidenciar que as empresas necessitam se reeinventar
de maneira constante. Pois, o que hoje você está realizando pode não ser algo
inovador. É preciso ter continuidade, pensando sempre em melhorar, e investir
naquilo que for melhor para a cultura da organização.

Observamos que vivemos em uma era em que é preciso sempre buscarmos


conhecimento, alinhando práticas com o que o mercado aplica e espera ter da
empresa.

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Referências
HISRICH, R. D; PETERS, M. P; SHEPHERD, D. A. Empreendedorismo. Porto Alegre:
Bookman, 2009.

SEBRAE. Cartilha: o quadro de modelo de negócios. Brasília: Sebrae, 2013.


Disponível em: https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/ES/
Anexos/ES_QUADROMODELODENEGOCIOS_16_PDF.pdf . Acesso em: 04 dez. 2020

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