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Norma

NP
EN 14509

Portuguesa
2016

Painéis sanduíche autoportantes, isolantes, com dupla face metálica


Produtos manufaturados
Especificações

Panneaux sandwiches autoportants, isolants, double peau à parements métalliques


Produits manufacturés
Spécifications

Self-supporting double skin metal faced insulating panels


Fatory made products
Specifications

ICS HOMOLOGAÇÃO
91.100.60 Termo de Homologação n.º 29/2016, de 2016-03-03
A presente Norma substitui a NP EN 14509:2013 (Ed. 1)

CORRESPONDÊNCIA
Versão portuguesa da EN 14509:2013 ELABORAÇÃO
CTCV

2ª EDIÇÃO
2016-03-15

CÓDIGO DE PREÇO
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Preâmbulo nacional
À Norma Europeia EN 14509:2013, foi dado o estatuto de Norma Portuguesa em 2014-03-16 (Termo de
Adoção n.º 38/2014, de 2014-03-16).
NORMA EUROPEIA EN 14509
EUROPÄISCHE NORM
NORME EUROPÉENNE
EUROPEAN STANDARD outubro 2013

ICS: 91.100.60 Substitui a EN 14509:2006

Versão portuguesa

Painéis sanduíche autoportantes, isolantes, com dupla face metálica


Produtos manufaturados
Especificações

Selbstragende Sandwich- Panneaux sandwiches Self-supporting double skin


Elemente mit beidseitigen autoportants, isolants, double peau metal faced insulating panels
Metalldeckschichten à parements métalliques Fatory made products
Werkmäβig hergestellte Produkte Produits manufacturés Specifications
Spezifikationen Spécifications

A presente Norma é a versão portuguesa da Norma Europeia EN 14509:2013 e tem o mesmo estatuto que
as versões oficiais. A tradução é da responsabilidade do Instituto Português da Qualidade.
Esta Norma Europeia foi ratificada pelo CEN em 2013-07-18.
Os membros do CEN são obrigados a submeter-se ao Regulamento Interno do CEN/CENELEC que define
as condições de adoção desta Norma Europeia, como norma nacional, sem qualquer modificação.
Podem ser obtidas listas atualizadas e referências bibliográficas relativas às normas nacionais
correspondentes junto do Secretariado Central ou de qualquer dos membros do CEN.
A presente Norma Europeia existe nas três versões oficiais (alemão, francês e inglês). Uma versão noutra
língua, obtida pela tradução, sob responsabilidade de um membro do CEN, para a sua língua nacional, e
notificada ao Secretariado Central, tem o mesmo estatuto que as versões oficiais.
Os membros do CEN são os organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha,
Antiga República Jugoslava da Macedónia, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca,
Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália,
Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República
Checa, Roménia, Suécia, Suíça e Turquia.

CEN
Comité Europeu de Normalização
Europäisches Komitee für Normung
Comité Européen de Normalisation
European Committee for Standardization

Secretariado Central: Avenue Marnix 17, B-1000 Bruxelas

 2013 CEN Direitos de reprodução reservados aos membros do CEN

Ref. nº EN 14509:2013 Pt
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Sumário Página
Preâmbulo nacional ................................................................................................................................. 2 
Preâmbulo ................................................................................................................................................. 11 
1 Objetivo e campo de aplicação ............................................................................................................. 12 
2 Referências normativas......................................................................................................................... 12 
3 Termos e definições ............................................................................................................................... 14 
4 Símbolos e abreviaturas ........................................................................................................................ 16 
5 Requisitos, propriedades e métodos de ensaio .................................................................................... 19 
5.1 Requisitos para materiais componentes ............................................................................................... 19 
5.2 Propriedades dos painéis ...................................................................................................................... 21 
5.3 Ações e requisitos de nível de segurança ............................................................................................. 28 
6 Avaliação da conformidade, métodos de ensaio, de avaliação e de amostragem............................. 29 
6.1 Generalidades ....................................................................................................................................... 29 
6.2 Ensaios de tipo inicial (ETI)................................................................................................................. 29 
6.3 Controlo da produção em fábrica (CPF) .............................................................................................. 35 
6.4 Valores caraterísticos de famílias de ensaios ....................................................................................... 42 
7 Classificação e designação .................................................................................................................... 43 
8 Marcação, etiquetagem e embalagem.................................................................................................. 44 
8.1 Marcação e etiquetagem ....................................................................................................................... 44 
8.1 Embalagem, transporte, armazenamento e manuseamento .................................................................. 44 
Anexo A (normativo) Procedimentos de ensaio para as propriedades dos materiais ......................... 45 
A.1 Ensaio de tração perpendicular ao painel ....................................................................................... 45 
A.1.1 Princípio ........................................................................................................................................... 45 
A.1.2 Aparelhos e utensílios ...................................................................................................................... 45 
A.1.3 Especímenes de ensaio ..................................................................................................................... 45 
A.1.4 Procedimento .................................................................................................................................... 46 
A.1.5 Cálculos e resultados ........................................................................................................................ 46 
A.1.6 Módulo de elasticidade à tração perpendicular ao painel a alta temperatura ................................... 47 
A.2 Resistência à compressão e módulo do material do núcleo ........................................................... 48 
A.2.1 Princípio ........................................................................................................................................... 48 
A.2.2 Aparelhos e utensílios ...................................................................................................................... 48 
A.2.3 Especímenes de ensaio ..................................................................................................................... 48 
A.2.4 Procedimento .................................................................................................................................... 48 
A.2.5 Cálculos e resultados ........................................................................................................................ 48 
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A.3 Ensaio ao corte do material do núcleo ............................................................................................. 49 


A.3.1 Princípio ........................................................................................................................................... 49 
A.3.2 Aparelhos e utensílios....................................................................................................................... 49 
A.3.3 Especímenes de ensaio ..................................................................................................................... 50 
A.3.4 Procedimento .................................................................................................................................... 51 
A.3.5 Cálculos e resultados – carga a curto termo ..................................................................................... 51 
A.3.6 Procedimentos de ensaio, cálculos e resultados – carga a longo termo ............................................ 54 
A.4 Ensaio para determinar as propriedades de corte de um painel completo .................................. 55 
A.4.1 Princípio ........................................................................................................................................... 55 
A.4.2 Aparelhos e utensílios....................................................................................................................... 55 
A.4.3 Especímenes de ensaio ..................................................................................................................... 56 
A.4.4 Procedimento .................................................................................................................................... 57 
A.4.5 Resultados e cálculos ........................................................................................................................ 57 
A.5 Ensaio para determinação da capacidade do momento-fletor de um painel simplesmente
apoiado ...................................................................................................................................................... 60 
A.5.1 Princípio ........................................................................................................................................... 60 
A.5.2 Aparelhos e utensílios....................................................................................................................... 60 
A.5.3 Especímenes de ensaio ..................................................................................................................... 63 
A.5.4 Procedimento .................................................................................................................................... 63 
A.5.5 Resultados e cálculos ........................................................................................................................ 63 
A.6 Determinação do coeficiente de fluência (t)................................................................................... 69 
A.6.1 Princípio ........................................................................................................................................... 69 
A.6.2 Aparelhos e utensílios....................................................................................................................... 69 
A.6.3 Especímenes de ensaio ..................................................................................................................... 69 
A.6.4 Procedimento .................................................................................................................................... 69 
A.7 Interação entre momento-fletor e reações nos apoios .................................................................... 71 
A.7.1 Princípio ........................................................................................................................................... 71 
A.7.2 Aparelhos e utensílios....................................................................................................................... 71 
A.7.3 Especímenes de ensaio ..................................................................................................................... 72 
A.7.4 Procedimento .................................................................................................................................... 73 
A.7.5 Cálculos e resultados ........................................................................................................................ 73 
A.8 Determinação da massa volúmica aparente do núcleo e da massa do painel............................... 74 
A.8.1 Determinação da massa volúmica aparente do núcleo ..................................................................... 74 
A.9 Ensaio de resistência a cargas pontuais e a cargas repetidas de acesso ........................................ 75 
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A.9.1 Painéis submetidos a cargas pontuais ............................................................................................... 75 


A.9.2 Painéis submetidos a cargas repetidas .............................................................................................. 76 
A.10 Método de cálculo para a determinação da transmissão térmica de um painel (U).................. 78 
A.10.1 Generalidades ................................................................................................................................. 78 
A.10.2 Determinação da condutibilidade térmica dos materiais componentes .......................................... 78 
A.10.3 Cálculo da transmissão térmica de um painel (U) .......................................................................... 79 
A.10.4 Método simplificado para o cálculo da transmissão térmica de um painel (Ud,S) .......................... 82 
A.11 Permeabilidade à água – resistência à chuva tocada pela pressão de ar pulsado...................... 84 
A.11.1 Princípio ......................................................................................................................................... 84 
A.11.2 Aparelhos e utensílios .................................................................................................................... 85 
A.11.3 Especímenes de ensaio ................................................................................................................... 85 
A.11.4 Procedimento .................................................................................................................................. 85 
A.11.5 Cálculos e resultados ...................................................................................................................... 85 
A.12 Permeabilidade ao ar ...................................................................................................................... 85 
A.12.1 Princípio ......................................................................................................................................... 85 
A.11.2 Aparelhos e utensílios .................................................................................................................... 85 
A.11.3 Especímenes de ensaio ................................................................................................................... 85 
A.12.4 Procedimento .................................................................................................................................. 85 
A.12.5 Cálculos e resultados ...................................................................................................................... 86 
A.13 Isolamento aos sons aéreos ............................................................................................................. 86 
A.13.1 Princípio ......................................................................................................................................... 86 
A.13.2 Aparelhos e utensílios .................................................................................................................... 86 
A.13.3 Especímenes de ensaio ................................................................................................................... 86 
A.13.4 Procedimento .................................................................................................................................. 86 
A.13.5 Cálculos e resultados ...................................................................................................................... 86 
A.14 Absorção acústica ............................................................................................................................ 86 
A.14.1 Princípio ......................................................................................................................................... 86 
A.14.2 Aparelhos e utensílios .................................................................................................................... 86 
A.14.3 Especímenes de ensaio ................................................................................................................... 86 
A.14.4 Procedimento .................................................................................................................................. 87 
A.14.5 Cálculos e resultados ...................................................................................................................... 87 
A.15 Capacidade de reação de um apoio na extremidade de um painel ............................................. 87 
A.15.1 Princípio ......................................................................................................................................... 87 
A.15.2 Aparelhos e utensílios .................................................................................................................... 87 
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A.15.3 Especímenes de ensaio ................................................................................................................... 88 


A.15.4 Procedimento .................................................................................................................................. 88 
A.15.5 Cálculos e resultados ...................................................................................................................... 88 
A.16 Registo e interpretação de resultados dos ensaios ........................................................................ 89 
A.16.1 Ensaios ETI .................................................................................................................................... 89 
A.16.2 Ensaios CPF ................................................................................................................................... 90 
A.16.3 Determinação de valores característicos a partir dos ensaios ......................................................... 90 
A.16.4 Interpolação e extrapolação dos resultados dos ensaios ................................................................. 91 
Anexo B (normativo) Método de ensaios de durabilidade para painéis sanduíche ............................. 92 
B.1 Princípio ............................................................................................................................................. 92 
B.2 Ensaio DUR1 ...................................................................................................................................... 92 
B.2.1 Princípio............................................................................................................................................ 92 
B.2.2 Aparelhos e utensílios ....................................................................................................................... 92 
B.2.3 Especímenes de ensaio ..................................................................................................................... 92 
B.2.4 Procedimento .................................................................................................................................... 93 
B.2.5 Resultados dos ensaios e critérios de aceitação – DUR1 .................................................................. 94 
B.3 Ensaio DUR2 ...................................................................................................................................... 94 
B.3.1 Princípio............................................................................................................................................ 94 
B.3.2 Aparelhos e utensílios ....................................................................................................................... 94 
B.3.3 Especímenes de ensaio ..................................................................................................................... 95 
B.3.4 Procedimento .................................................................................................................................... 96 
B.3.5 Resultados dos ensaios e critérios de aceitação – DUR2 .................................................................. 97 
B.4 Relatório de ensaio dos ensaios de durabilidade ............................................................................. 97 
B.5 Ligação adesiva entre as faces e o material do núcleo pré-fabricado (ensaio de cunha) ............. 98 
B.5.1 Princípio............................................................................................................................................ 98 
B.5.2 Aparelhos e utensílios ....................................................................................................................... 98 
B.5.3 Especímenes de ensaio ..................................................................................................................... 99 
B.5.4 Procedimento .................................................................................................................................... 99 
B.5.5 Resultados dos ensaios e critérios de aceitação ................................................................................ 100 
B.6 Ensaio de carga repetida ................................................................................................................... 101 
B.6.1 Princípio............................................................................................................................................ 101 
B.6.2 Aparelhos e utensílios ....................................................................................................................... 101 
B.6.3 Especímenes de ensaio ..................................................................................................................... 101 
B.6.4 Procedimento .................................................................................................................................... 101 
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B.6.5 Cálculos e resultados ........................................................................................................................ 101 


B.7 Ensaio de choque térmico ................................................................................................................. 102 
B.7.1 Princípio ........................................................................................................................................... 102 
B.7.2 Aparelhos e utensílios ....................................................................................................................... 102 
B.7.3 Especímenes de ensaio ..................................................................................................................... 102 
B.7.4 Procedimento .................................................................................................................................... 103 
B.7.5 Cálculos e resultados ........................................................................................................................ 103 
Anexo C (normativo) Ensaios de desempenho com fogo – instruções adicionais e campo de
aplicação direto......................................................................................................................................... 104 
C.1 Reação ao fogo ................................................................................................................................... 104 
C.1.1 Ensaio de fogo EN 13823 (SBI) – especímenes, montagem e fixação............................................. 104 
C.1.2 Ensaios de fogo EN ISO 11925-2 (ensaio de inflamabilidade) ........................................................ 108 
C.1.3 Campo de aplicação direto dos resultados do ensaio de reação ao fogo .......................................... 108 
C.2 Resistência ao fogo............................................................................................................................. 112 
C.2.1 Generalidades ................................................................................................................................... 112 
C.2.2 Ensaio de resistência ao fogo EN 1365-1 – Paredes......................................................................... 112 
C.2.3 Ensaio de resistência ao fogo EN 1365-2 – Telhados ...................................................................... 115 
C.2.4.1 Painéis de telhado .......................................................................................................................... 117 
C.3 Ensaios de fogo ENV 1187 – desempenho de telhados com fogo exterior .................................... 118 
C.3.1 Classificação sem mais ensaios (CWFT) ......................................................................................... 118 
C.3.2 Método de ensaio 1 CEN/TS 1187 ................................................................................................... 118 
C.3.3 Método de ensaio 2 CEN/TS 1187 ................................................................................................... 119 
C.3.4 Método de ensaio 3 CEN/TS 1187 ................................................................................................... 119 
C.3.5 Método de ensaio 4 CEN/TS 1187 ................................................................................................... 119 
C.4 Determinação da quantidade e da espessura da camada adesiva ................................................. 119 
C.4.1 Generalidades ................................................................................................................................... 119 
C.4.2 Medições num painel fabricado ........................................................................................................ 120 
C.4.3 Medições durante a produção ........................................................................................................... 121 
Anexo D (normativo) Tolerâncias dimensionais.................................................................................... 122 
D.1 Generalidades .................................................................................................................................... 122 
D.2 Tolerâncias dimensionais .................................................................................................................. 122 
D.2.1 Espessura do painel e conformidade da junção ................................................................................ 122 
D.2.2 Desvio da planeza............................................................................................................................. 123 
D.2.3 Profundidade do perfil metálico ....................................................................................................... 124 
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D.2.4 Altura dos reforços sobre faces ligeiramente perfiladas ................................................................... 125 
D.2.5 Comprimento .................................................................................................................................... 125 
D.2.6 Largura útil ....................................................................................................................................... 126 
D.2.7 Desvio da perpendicularidade .......................................................................................................... 127 
D.2.8 Desvio de retilinearidade .................................................................................................................. 128 
D.2.9 Arqueamento .................................................................................................................................... 128 
D.2.10 Passo do perfil ................................................................................................................................ 129 
D.2.11 Larguras de nervuras e de vales...................................................................................................... 130 
Anexo E (normativo) Procedimentos de cálculo .................................................................................... 131 
E.1 Definições e símbolos ......................................................................................................................... 131 
E.1.1 Propriedades de um painel sanduíche ............................................................................................... 131 
E.1.2 Símbolos utilizados no Anexo E ....................................................................................................... 132 
E.1.3 Sinais por convenção usados no Anexo E ........................................................................................ 133 
E.2 Generalidades....................................................................................................................................... 134 
E.3 Ações ................................................................................................................................................... 134 
E.3.1 Generalidades.................................................................................................................................... 134 
E.3.2 Ações permanentes ........................................................................................................................... 134 
E.3.3 Ações variáveis ................................................................................................................................. 135 
E.3.4 Ações devidas a efeitos de longo prazo ............................................................................................ 135 
E.4 Resistência .......................................................................................................................................... 135 
E.4.1 Generalidades.................................................................................................................................... 135 
E.4.2 Resistência residual à flexão num apoio intermédio ......................................................................... 136 
E.4.3 Capacidade de reação de um apoio de extremidade.......................................................................... 137 
E.5 Regras de combinação ....................................................................................................................... 138 
E.5.1 Generalidades.................................................................................................................................... 138 
E.5.2 Estado limite último .......................................................................................................................... 138 
E.5.3 Combinação dos efeitos das ações para o estado limite último ........................................................ 139 
E.5.4 Estado limite de serviço .................................................................................................................... 139 
E.5.5 Combinação dos efeitos de ações para os estados limite de serviço ................................................. 140 
E.6 Coeficientes de combinação e fatores de segurança ....................................................................... 141 
E.6.1 Coeficientes de combinação ............................................................................................................. 141 
E.6.2 Fatores de carga ................................................................................................................................ 141 
E.6.3 Fatores materiais ............................................................................................................................... 142 
E.7 Cálculo dos efeitos das ações ............................................................................................................. 143 
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E.7.1 Generalidades ................................................................................................................................... 143 


E.7.2 Métodos de análise............................................................................................................................ 143 
E.7.2.8 Expansão e contração térmica........................................................................................................ 147 
E.7.3 Sistema estático, geometria e espessura............................................................................................ 148 
E.7.4 Painéis sanduíche de faces planas ou ligeiramente perfiladas .......................................................... 148 
E.7.5 Painéis sanduíche com faces fortemente perfiladas .......................................................................... 149 
Anexo F (informativo) Alterações técnicas significativas entre esta Norma Europeia e a
edição anterior .......................................................................................................................................... 154 
Anexo ZA (informativo) Secções desta Norma Europeia relativas a requisitos essenciais ou
a outras disposições da Diretiva da UE Produtos de Construção ........................................................ 158 
ZA.1 Objetivo, campo de aplicação e características relevantes.......................................................... 158 
ZA.2 Procedimento para atestação da conformidade de painéis sanduíche ....................................... 161 
ZA.2.1 Sistema de atestação da conformidade........................................................................................... 161 
ZA.2.2 Certificado CE e declaração de conformidade ............................................................................... 165 
ZA.3 Marcação CE e etiquetagem .......................................................................................................... 166 
ZA.3.1 Generalidades................................................................................................................................. 166 
ZA.3.2 Informação que acompanha o símbolo da marcação CE – paredes interiores e tetos .................... 166 
ZA.3.3 Informação que acompanha o símbolo da Marcação CE – Paredes exteriores .............................. 167 
ZA.3.4 Informação que acompanha o símbolo da Marcação CE – Tetos .................................................. 169 
ZA.3.5 Exemplo da Marcação CE e informação descritiva ....................................................................... 171 
Bibliografia ............................................................................................................................................... 178 
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Preâmbulo
O presente documento (EN 14509:2013) foi elaborado pelo Comité Técnico CEN/TC 128 “Roof covering
products for descontinuous laying and products for wall cladding ”, cujo secretariado é assegurado pelo NBN.
A esta Norma Europeia deve ser atribuído o estatuto de Norma Nacional, seja por publicação de um texto
idêntico, seja por adoção, o mais tardar em abril de 2014, e todas as normas nacionais divergentes devem ser
anuladas o mais tardar em outubro de 2014.
Pode acontecer que alguns dos elementos do presente documento sejam objeto de direitos de propriedade.
CEN (e/ou o CENELEC) não deve ser responsabilizado pela identificação de alguns ou todos esses direitos.
A presente Norma foi elaborada no âmbito de um Mandato atribuído ao CEN pela Comissão Europeia e pela
Associação Europeia de Comércio Livre, e vem apoiar requisitos essenciais da(s) Diretiva(s) UE.
No que se refere às relações com a(s) Diretiva(s) UE, consultar o Anexo informativo ZA que constitui parte
integrante desta Norma.
O Anexo F fornece detalhes de alterações técnicas significativas entre esta Norma e a edição prévia.
Os dados obtidos de ensaios anteriores de acordo com a EN 14509:2006 poderão ser utilizados sem a
necessidade de ensaios posteriores aos procedimentos revistos (6.2.2) desde que os dados declarados não se
alterem significativamente.
De acordo com o Regulamento Interno do CEN/CENELEC, a presente Norma Europeia deve ser
implementada pelos organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha, Antiga República
Jugoslava da Macedónia, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia,
Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo,
Malta, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia, Suécia, Suíça e
Turquia.
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1 Objetivo e campo de aplicação


Esta Norma especifica os requisitos para painéis sanduíche autoportantes, isolantes, com dupla face metálica,
de fabrico industrial, previstos para colocação descontínua nas seguintes aplicações:
a) telhados e revestimentos de telhados;
b) revestimento de paredes exteriores e interiores;
c) paredes (incluindo divisórias) e tetos no interior da envolvente dos edifícios.
Os materiais isolantes interiores abrangidos pela presente Norma são o poliuretano rígido, o polistireno
expandido, espuma de polistireno extrudido, espuma fenólica, vidro celular e lã mineral.
NOTA: O poliuretano (PUR) inclui o poliisocianurato (PIR).

Estão incluídos na presente Norma os painéis com detalhes dos bordos que utilizam materiais diferentes do
material isolante interno principal.
Estão incluídos na presente Norma os painéis utilizados em aplicações de recintos para armazenagens a frio.
Os painéis colocados no mercado como componentes de câmaras frigoríficas, de edifícios e/ou de
equipamentos da envolvente de edifícios são abrangidos pela ETA-Guideline 021 ”Cold storage premises
kits”.
A presente Norma Europeia não abrange o seguinte:
i. painéis sanduíche de condutibilidade térmica declarada para o isolante interior maior que 0,06 W/m.K a
10 ºC.
ii. produtos contendo duas ou mais camadas claramente definidas de diferentes materiais interiores isolantes
(multicamadas);
iii. painéis com lâmina(s) exterior(es) perfurada(s).
iv. painéis curvos.

2 Referências normativas
A presente Norma inclui, no todo ou em parte, por referência, datada ou não, disposições relativas a outras
normas. Estas referências normativas são citadas nos lugares apropriados do texto e as normas são listadas a
seguir.
Para referências datadas, as emendas ou revisões subsequentes de qualquer destas normas, só se aplicam à
presente Norma se nela incorporadas por emenda ou revisão. Para as referências não datadas, aplica-se a
última edição da norma referida (incluindo as emendas).
EN 485-2 Aluminium and aluminium alloys – Sheet, strip and plate – Part 2: Mechanical
properties
EN 485-4 Aluminium and aluminium alloys – Sheet, strip and plate – Part 4: Tolerances on shape
and dimensions for cold-rolled products
EN 508-1 Roofing products from metal sheet – Specification for self-supporting products of steel,
aluminium or stainless steel sheet – Part 1: Steel
EN 826 Thermal insulation products for building applications – Determination of compression
behaviour
EN 1172 Copper and copper alloys – Sheet and strip for building purposes
NP
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CEN/TS 1187 Test methods for external fire exposure to roofs


EN 1363-1 Fire resistance tests – Part 1: General requirements
EN 1364-1 Fire resistance tests for non-load bearing elements – Part 1: Walls
EN 1364-2 Fire resistance tests for non-load bearing elements – Part 2: Ceilings
EN 1365-2 Fire resistance tests for load bearing elements – Part 2: Floors and roofs
EN 1396 Aluminium and aluminium alloys – Coil coated sheet and strip for general applications -
Specifications
EN 1602 Thermal insulating products for building applications – Determination of the apparent
density
EN 1607 Thermal insulating products for building applications – Determination of tensile
strength perpendicular to faces
EN 1990 Eurocode – Basis of structural design
EN 10088-1 Stainless steels – Part 1: List of stainless steels
EN 10143 Continuously hot-dip coated steel sheet and strip – Tolerances on dimensions and shape
EN 10169 Continuously organic coated (coil coated) steel flat products – Technical delivery
conditions
EN 10204 Metallic products – Types of inspection documents
EN 10346:2009 Continuously hot-dip coated steel flat products – Technical delivery conditions
EN 12085 Thermal insulating products for building applications – Determination of linear
dimensions of test specimens
EN 12114 Thermal performance of buildings – Air permeability of building components and
building elements – Laboratory test method
EN 12865 Hygrothermal performance of building components and building elements –
Determination of the resistance of external wall systems to driving rain under pulsating
air pressure
EN 13162 Thermal insulating products for buildings – Fatory made mineral wool (MW) products –
Specification
EN 13163 Thermal insulating products for buildings – Fatory made products of expanded
polystyrene (EPS) – Specification
EN 13164 Thermal insulating products for buildings – Fatory made products of extruded
polystyrene foam (XPS) – Specification
EN 13165 Thermal insulating products for buildings – Fatory made rigid polyurethane foam (PU)
products – Specification
EN 13166 Thermal insulating products for buildings – Fatory made products of phenolic foam
(PF) – Specification
EN 13167 Thermal insulating products for buildings – Fatory made cellular glass (CG) products –
Specification
NP
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CEN/TS 13381-1 Test methods for determining the contribution to the fire resistance of structural
members – Part 1: Horizontal protective membranes
ENV 13381-2 Test methods for determining the contribution to the fire resistance of structural
members – Part 2: Vertical protective membranes
EN 13501-1 Fire classification of construction products and building elements – Part 1:
Classification using test data from reaction to fire tests
EN 13501-2 Fire classification of construction products and building elements – Part 2:
Classification using data from fire resistance tests, excluding ventilation services
EN 13501-5 Fire classification of construction products and building elements – Part 5:
Classification using data from external fire exposure to roof tests
EN 13823 Reaction to fire tests for building products – Building products excluding floorings
exposed to the thermal attack by a single burning item
EN 14135 Coverings – Determination of fire protection ability
EN 15254-5 Extended application of results from fire resistance tests – Non-loadbearing wall –
Part 5: Metal sandwich panel construction
EN ISO 354:2003 Acoustics – Measurement of sound absorption in a reverberation room (ISO 354)
EN ISO 717-1 Acoustics – Rating of sound insulation in buildings and of building elements – Part 1:
Airborne sound insulation (ISO 717-1)
EN ISO 1182 Reaction to fire tests for building products – Non-combustibility test (ISO 1182)
EN ISO 1716 Reaction to fire tests for products – Determination of the gross heat of combustion
(calorific value) (ISO 1716)
EN ISO 6946 Building components and building elements – Thermal resistance and thermal
transmittance – Calculation method (ISO 6946:1996)
EN ISO 9445 (todas Continuously cold-rolled stainless steel narrow strip, wide strip, plate-sheet and cut
as partes) lengths – Tolerances on dimensions and form (ISO 9445:2002)
EN ISO 10140 Acoustics – Laboratory measurement of sound insulation of building elements
(todas as partes) (ISO 10140)
EN ISO 10211-1 Thermal bridges in building construction – Heat flows and surface temperatures –
Part 1: Detailed calculations (ISO 10211-1)
EN ISO 10456 Building materials and products – Hygrothermal properties – Tabulated design values
and procedures for determining declared and design thermal values (ISO 10456)
EN ISO 11654 Acoustics – Sound absorbers for use in buildings – Rating of sound absorption
(ISO 11654)
EN ISO 11925-2 Reaction to fire tests – Ignitability of building products subjected to direct impingement
of flame – Part 2: Single-flame source test (ISO 11925-2)
ISO 12491 Statistical methods for quality control of building materials and components

3 Termos e definições
Para os fins da presente Norma, aplicam-se os seguintes termos e definições:
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3.1 auto aderência


Aderência própria do isolante interior à(s) face(s) ocorrendo automaticamente sem utilização de um adesivo.

3.2 carga de rotura


Carga de rotura registada durante um ensaio de um painel individual.

3.3 resistência à flexão


Valor característico da carga de rotura determinada com base numa série de ensaios.

3.4 colar, colagem


Aderência entre a(s) face(s) e o isolante interior normalmente providenciada por um adesivo.

3.5 teto
Cobertura sobre uma área interior.

3.6 núcleo
Camada de material apresentando propriedades de isolamento térmico, a qual é ligada entre duas faces
metálicas.

3.7 durabilidade
Capacidade do painel para suportar os efeitos ambientais e adaptar-se à consequente diminuição da resistência
mecânica com o tempo, provocada por fatores tais como temperatura, humidade, ciclos de gelo-degelo e as
suas diversas combinações.

3.8 bordo, bordo longitudinal


Lado do painel em que os painéis adjacentes se juntam no mesmo plano.

3.9 faces
Revestimentos metálicos finos, planos, ligeiramente perfilados ou perfilados firmemente ligados ao núcleo
isolante.

3.10 face plana


Revestimento sem qualquer perfil laminado ou prensado, ou sem qualquer nervura de reforço embutida.

3.11 face incompletamente ligada


Face de metal cuja ligação ao núcleo é adequada para uma ação sanduíche mas que não inclui a superfície total
do núcleo.

NOTA 1: Um exemplo é uma face perfilada trapezoidalmente que tem vazios entre os perfis em relevo e o núcleo

3.12 painel incompletamente ligado


Painel no qual uma ou ambas as faces são incompletamente ligadas.

3.13 junção
Interface entre dois painéis cujos bordos de contacto foram concebidos de tal forma que permite aos painéis
serem montados no mesmo plano.

NOTA 1 à secção: A junção poderá incorporar elementos de encaixe que melhoram as propriedades mecânicas do sistema, que
incrementam também os desempenhos térmico e acústico e o comportamento ao fogo e restringem a movimentação do ar.
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NOTA 2 à secção: O termo junção não se refere a uma ligação entre painéis cortados ou a uma ligação em que os painéis não são
colocados no mesmo plano.

3.14 lamela
Material interior consistindo em lã mineral que foi cortada e orientada com as fibras perpendiculares às faces
metálicas, antecedendo a fixação.

3.15 face ligeiramente nervurada


Revestimento com perfil laminado ou prensado não apresentando profundidade superior a 5 mm.

3.16 pré-fabricado, pré-moldado


Componente ou material que é fornecido ao produtor pronto para ser diretamente incorporado no painel
sanduíche.

3.17 painel sanduíche


Produto de construção que consiste em duas faces metálicas posicionadas de cada lado de um núcleo interior
que é um material isolante térmico, firmemente fixado às duas faces de forma que os três componentes atuem
simultaneamente sob carga.

3.18 painel autoportante


Painel capaz de suportar, devido aos seus materiais constituintes e forma, o seu peso próprio e no caso de
painéis fixos a suportes estruturais espaçados, transmitir todas as cargas aplicadas (por exemplo, neve, vento,
pressão interior do ar) a esses suportes.

3.19 turno
Período de produção durante um dia de trabalho, normalmente 6 h a 8 h, podendo ser menos.

3.20 recobrimento lateral


Secção formada por um ou pelos dois materiais de revestimento situados sobre o bordo longitudinal do painel
que se une ao painel adjacente para constituir uma junta por encaixe ou por recobrimento.
3.21 força de enrugamento
Valor característico da tensão de enrugamento.

3.22 tensão de enrugamento


Tensão na face comprimida de um painel sujeito a falha por flexão, onde o modo de falha toma a forma de um
"enrugamento" estendendo-se sobre toda a largura do painel, perto do ponto de momento de flexão máximo.

4 Símbolos e abreviaturas
Para os fins desta Norma, aplicam-se os seguintes símbolos e abreviaturas.
A área da secção reta (pode ser largura total do painel ou por unidade de largura)
B rigidez de flexão (pode ser largura total do painel ou por unidade de largura), largura total do
painel/espécime
C relação
D profundidade total do painel
E módulo de elasticidade
F força, carga, reações nos apoios
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G módulo de elasticidade ao corte, ação permanente


I momento de inércia
L vão, distância, largura do suporte (Ls)
M momento-fletor
N força de compressão axial
Q ação variável
R resistência, índice de atenuação acústica (Rw), refletividade (RG), resistência à tração (RDUR, R24)
S rigidez ao corte, valor do efeito de carga, efeito de uma ação
T temperatura
U transmitância térmica, transmitância térmica incluindo a influência das juntas Ud,s
V esforço de corte
a espaçamento das fixações (A.10.4)
b largura do espécimen de ensaio, largura duma placa, largura das nervuras/vales, arqueamento
d altura de um perfil de face ou de reforços, altura do núcleo interior (dc)
e distância entre os centros de gravidade das faces, base dos logaritmos naturais (e = 2,718 282)
f resistência, tensão limite de elasticidade, fator de contribuição da condutibilidade térmica (fjunção)
h altura do perfil, espessura (por exemplo, da cola)
k parâmetro (E.4.3.2 capacidade de reação de um apoio), fator de correção
l comprimento, desvio
m massa
n número de ensaios, número de parafusos, número de núcleos interiores
p passo do perfil
q ação variável
r raio
s comprimento do núcleo interior (sw1)
t espessura da face de revestimento
v fator de variância
w deflexão, deslocamento, compressão, largura útil
x, y, z coordenadas
 parâmetro (A.5.5.4), coeficiente de dilatação térmica, absorção acústica (w), relação (A.4.5.3)
 parâmetro (A.5.5.4 e Quadro E.10.2 Equações de cálculo)
 desvio
 ângulo
 deformação de corte, fator de segurança parcial
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 condutibilidade térmica, projeto (valor de cálculo), relação (A.4.5.2)


 coeficiente de fluência
 parâmetro (Quadro E.10.1 Equações de cálculo)
 tensão, resistência à compressão m, desvio-padrão
 tensão de corte
 coeficiente de combinação (Anexo E), condutibilidade térmica linear das junções (A.10.3)
 coeficiente, massa volúmica aparente
Índices
C núcleo interior
D valor declarado (RD)
F face, ação (F)
G peso próprio, grau
M material (M)
Q ação variável
S parte sanduíche da secção reta
adj ajustado
b flexão, alongamento elástico
c compressão, núcleo interior, substrato (C.4.3.2), fixação (fjunção,c)
d conceção
e exterior, espessura adicional dos principais perfis (e)
eff efetivo
f carga, faces (fi)
i interior (fi)
i, j índices
k valor característico
lin linear
m material
n nominal
nc sem fixação (fjunção,nc)
obs observado (por exemplo, resultado)
q carga uniforme
s suporte (Ls = largura do suporte), reforços, superfície (Rs1)
t tensão, tempo
tol tolerância (normal ou especial)
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tr tráfego (Ctr)
u última (Fu)
v corte, variância
w vento, núcleo, enrugamento (w), ponderado (Rw)
y limite elástico
0 valor de base, largura unitária, tempo (por exemplo, t = 0)
1 face exterior, face superior
2 face interior, face inferior
Abreviaturas
CG vidro celular
CWFT classificado sem ensaios adicionais
EPS poliestireno expandido
FPC controlo da produção em fábrica (CPF)
ITT ensaio de tipo inicial (ETI)
MW lã mineral
NPD desempenho não determinado (DND)
PCS poder calorífico superior
PUR espuma de poliuretano rígido (a abreviatura PUR inclui a espuma de poliisocianurato (PIR))
PF espuma fenólica
XPS espuma de poliestireno extrudido

5 Requisitos, propriedades e métodos de ensaio

5.1 Requisitos para materiais componentes

5.1.1 Generalidades
O produto deve ser produzido com materiais e componentes em conformidade com as secções 5.1.2 a 5.1.4.
5.1.2 Faces metálicas

5.1.2.1 Aço

5.1.2.1.1 Faces de aço


As faces de aço (não considerando o aço inoxidável) devem ser de aço de construção de acordo com a
EN 10346:2009, Quadro 1 e ter um limite elástico mínimo de 220 N/mm2 e devem estar em conformidade com
os requisitos da norma apropriada indicada no Quadro 1.
Para aços de acordo com a EN 10346:2009, Quadro 1, o grau do aço, espessura nominal e sistema de
tolerância de cada face devem ser declarados. Tolerâncias na espessura devem estar de acordo com as
tolerâncias “especial” e “normal” como descritas nas normas relevantes.
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Quadro 1 – Normas para aços com revestimentos metálicos


Revestimento metálico Norma Europeia
Zinco, 5 % Al-Zn, 55 % Al-Zn e Alumínio-silício EN 10346
As massas nominais mínimas dos revestimentos metálicos devem ser as especificadas na EN 508-1.
Revestimento de zinco diferencial deve ser permitido para a face externa de um painel exposto ao clima
para todos os núcleos de materiais.

Os revestimentos orgânicos de proteção devem ser escolhidos de acordo com a sua durabilidade no ambiente
de aplicação. As faces de aço com revestimentos orgânicos devem estar em conformidade com os requisitos da
EN 10169. Os revestimentos multicamadas devem estar em conformidade com a EN 508-1.
O produtor dos painéis deve declarar o grau do metal, espessura e sistema de tolerâncias em cada face. As
tolerâncias de espessura devem estar de acordo com tolerâncias “especiais” ou “normais” tal como descrito nas
normas relevantes. A espessura das faces de aço deve ser determinada de acordo com a EN 10143.
NOTA: Nem todos os aços indicados no Quadro 1 são adequados para painéis sanduíche em todas as utilizações finais previstas.

5.1.2.1.2 Revestimento da face de trás


Se a face de metal é ligada ao longo de toda a sua área a um núcleo de espuma rígida com uma estrutura de
célula fechada, a massa de revestimento metálico da face de trás deve ser no mínimo de 50 g / m2.

Quando relevante para a prevista aplicação de uso final, a resistência de revestimentos protetores metálicos e
revestimento orgânico da face de trás (revestimento duplex) contra a corrosão deve ser assegurada por ensaios
laboratoriais. A resistência mínima do revestimento da face de trás deve ser CPI2 de acordo com EN 10169.
Adicionalmente aos requisitos da EN 10169 apenas uma ligeira mudança de cor (DE <= 2,0) deve ser aceitável
no ensaio de água de condensação (EN ISO 6270 1) acima de 1000 h.
NOTA: Os requisitos em 5.1.2.1.2 só são aplicáveis a revestimentos de face de trás.

5.1.2.2 Faces de aço inoxidável


As faces de aço inoxidável devem ter um limite de elasticidade mínimo de 220 N/mm2. A composição química
destas faces e as suas propriedades físicas devem estar em conformidade com a EN 10088-1.
O produtor dos painéis deve declarar o grau do metal, a espessura e sistema de tolerâncias de cada face. As
tolerâncias de espessura devem estar de acordo com tolerâncias “especiais” ou “normais” tal como descrito nas
normas relevantes. A espessura da face de aço deve ser determinada de acordo com a EN ISO 9445.
NOTA: Nem todos os aços indicados na EN 10088-1 são adequados para painéis sanduíche em todas as utilizações finais previstas.
Pode ser feita referência à EN 508-3, para os graus convenientes para coberturas.

5.1.2.3 Faces de alumínio


As faces de alumínio devem ter um valor mínimo de conceção para a tensão, no limite da deformação, de
0,2 % (para simplificar designado por “limite de elasticidade”) de 140 N/mm2. A composição química, a
têmpera e as propriedades mecânicas do alumínio devem estar em conformidade com a EN 485-2 ou a
EN 1396.
As faces de alumínio com um revestimento orgânico devem estar em conformidade com os requisitos da
EN 1396.
O produtor dos painéis deve declarar o grau do metal, a espessura e sistema de tolerâncias de cada face. As
tolerâncias de espessura devem estar de acordo com tolerâncias “especiais” ou “normais” tal como descrito nas
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normas relevantes. A espessura das faces de alumínio deve ser determinada de acordo com a EN 485-4 ou
EN 1396.
NOTA: Nem todas as ligas de alumínio cobertas pela EN 485-2 ou pela EN 1396 são adequados para painéis sanduíche em todas as
utilizações finais previstas. Pode ser feita referência nà EN 508-2.

5.1.2.4 Faces de cobre


As faces de cobre devem ter um valor mínimo de conceção para a tensão, no limite da deformação, de 0,2 %
(para simplificar designado por “limite de elasticidade”) de 180 N/mm2. A composição química, a têmpera e
as propriedades mecânicas das faces de cobre devem estar em conformidade com a EN 1172.
O produtor dos painéis deve declarar o grau do metal, a espessura e sistema de tolerâncias de cada face. As
tolerâncias de espessura devem estar de acordo com tolerâncias “especiais” ou “normais” tal como descrito nas
normas relevantes. A espessura das faces de cobre deve ser determinada de acordo com a EN 1172.
Nem todas as ligas de alumínio indicadas na EN 1172 são adequados para painéis sanduíche em todas as
utilizações finais previstas. Deverá ser feita referência à EN 506.
NOTA: Apenas os graus R240 e R290 satisfazem o requisito de 180 N/mm2.

5.1.3 Materiais do núcleo

5.1.3.1 Desempenho térmico


A condutibilidade térmica declarada e de conceção dos materiais do núcleo deve ser determinada de acordo
com a secção 5.2.2.

5.1.3.2 Estabilidade térmica dos materiais do núcleo


A estabilidade térmica dos materiais isolantes do núcleo num painel sanduíche deve ser avaliada usando
métodos de ensaio de durabilidade de acordo com 5.2.3.

5.1.4 Adesivos e aglutinantes


Os adesivos e aglutinantes devem estar em conformidade com as secções 5.2.1.6 e 5.2.3.1.
A aderência entre o núcleo e as faces do painel tem um papel fundamental no desempenho satisfatório do
painel. A preparação da superfície do material das faces deve ser apropriada para o adesivo ou para o método
de ligação.

5.2 Propriedades dos painéis

5.2.1 Resistência mecânica do painel

5.2.1.1 Generalidades
Para as propriedades mecânicas, a menos que tenha sido estabelecido de forma diferente, o valor médio e o
valor característico (percentil de 5 % assumindo um nível de confiança de 75 % para cada população de
resultados de ensaio) devem ser determinados de acordo com a ISO 12491.
Os valores declarados devem apresentar dois ou três algarismos significativos, como especificado no
Anexo ZA.
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5.2.1.2 Resistência ao corte (fCv) e módulo de elasticidade ao corte (Gc)


Os valores declarados da resistência ao corte e do módulo de elasticidade ao corte do núcleo interior devem ser
determinados de acordo com os procedimentos de ensaio de A.3 ou A.4 de acordo com o Quadro 2. O mesmo
procedimento de ensaio deve ser usado para determinar a resistência ao corte e o módulo de elasticidade ao
corte de um painel. Em princípio, cada procedimento de ensaio é adequado para painéis com faces planas,
ligeiramente nervuradas ou nervuradas.
O valor declarado caraterístico da resistência ao corte deve ser igual ou inferior ao valor caraterístico e deve
ser declarado pelo produtor em megapascal (MPa).
Apenas o valor médio do módulo de elasticidade ao corte obtido a partir dos resultados de ensaio disponíveis
deve ser declarado. O valor do percentil 5 % deve ser registado para fins do CPF de acordo com A.3 ou A.4.

Quadro 2 – Métodos de ensaio de corte alternativos

Procedimento de Materiais do núcleo e Fórmula para avaliação Comentários


ensaio da face
Resistência ao Módulo de
corte elasticidade ao
corte
A.3 - 2 pontos de Todo os materiais do A.5 A.7 Procedimento
carga núcleo e da face básico. Poderá ser
usado em todas as
(em amostra
situações, a menos
pequena)
requisitos práticos
ditem o contrário

A.4 - 2 pontos de Todos os materiais do A.10 A.7 Alternativo a A.3


carga núcleo.
Para os painéis com
(no painel inteiro) Faces planas ou uma ou duas faces
levemente nervuradas nervuradas podendo
ocorrer o
Uma ou ambas as A.12 A.11
enrugamento das
faces nervuradas
faces
A.4 – Aplicação da Todos os materiais do A.10 A.13 Alternativo ao uso
carga numa câmara núcleo. de 2 pontos de
de vácuo ou com a carga
Faces planas ou
ajuda de saco de ar
levemente nervuradas
Uma ou ambas as A.15 A.14
faces nervuradas

5.2.1.3 Coeficiente de fluência (t)


O coeficiente de fluência deve ser determinado de acordo com A.6 e apresentado como um valor numérico.
O coeficiente de fluência deve ser determinado para todos os painéis utilizados como telhado ou teto
concebidos para suportar cargas a longo termo ou permanentes, por exemplo, neve e peso próprio.
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5.2.1.4 Resistência à compressão (m) ou tensão de compressão (10)


A resistência à compressão do núcleo m ou a sua tensão de compressão a 10 % de deformação 10 (contando
a que primeiro for atingida) deve ser determinada de acordo com o método apresentado em A.2 e deve ser
declarado pelo produtor em megapascal (MPa).

5.2.1.5 Resistência ao corte após carga a longo termo (fCv longo termo)
Quando requerido, a resistência ao corte após carga de longo termo deve ser determinada de acordo com
A.3.6.
Este valor deve ser determinado para todos os painéis utilizados como telhado ou teto concebidos para
suportar cargas de longo termo ou cargas permanentes, por exemplo, neve ou peso próprio. O valor declarado
deve ser inferior ou igual ao valor característico (fCv) e deve ser declarado pelo produtor em megapascal
(MPa).
NOTA: A redução obtida a partir do ensaio de longa duração em pequena escala pode ser aplicada a painéis em que a resistência ao
corte foi determinado com base em ensaios de grande escala para A.4 ou calculadas com base em A.3.5.3.

5.2.1.6 Resistência à tração perpendicular ao painel (fCt)


O valor caraterístico para a resistência à tração perpendicular ao painel, perpendicularmente às faces do painel,
deve ser superior a 0,018 MPa quando ensaiada de acordo com A.1 e deve ser declarada pelo produtor em
megapascal (MPa).
O valor declarado deve ser inferior ou igual ao valor característico.
NOTA: Uma fraca resistência à tração pode reduzir a resistência ao enrugamento e incrementar a sua variabilidade. Isto é tido em
conta em A.5.5.5 (fator k2).

5.2.1.7 Capacidade do momento-fletor (Mu) e tensão de enrugamento (w)


A capacidade do momento-fletor deve ser obtida por ensaios de acordo com A.5.
Para painéis com faces planas ou ligeiramente perfiladas, a tensão de enrugamento deve ser calculada de
acordo com A.5.5 e deve ser declarada pelo produtor em megapascal (MPa).
A tensão de enrugamento declarada deverá geralmente ser determinada a partir dos resultados de ensaios de
flexão. No entanto, A.5.5.3 também permite que um valor de segurança da tensão de enrugamento seja
calculado de acordo com a Fórmula (A.20) e declarado.
A tensão de enrugamento está relacionado com momento-fletor por uma relação matemática simples, de modo
que não é necessário declarar a resistência à flexão e a força de enrugamento.
Para um painel com uma face nervurada em compressão, a resistência à flexão deve ser declarada em conjunto
com a extensão do espécime de ensaio. Opcionalmente, a tensão de enrugamento pode ser declarada.
Se se pretender que a conceção deva ser realizada com base em cálculos em conformidade com o Anexo E, é
preferível declarar a força de enrugamento sempre que possível.
NOTA: A declaração do momento-fletor é essencial para a conceção, com base em ensaios.

5.2.1.8 Capacidade do momento-fletor e tensão de enrugamento sobre um suporte central


Quando requerido, a capacidade do momento-fletor sobre um suporte central deve ser determinada de acordo
com A.7. Para painéis com faces planas ou ligeiramente perfiladas, a tensão de enrugamento deve então ser
calculada de acordo com A.5.5.
NOTA: A capacidade do momento-fletor aplicado sobre um suporte central é requerida quando painéis que são contínuos sobre dois
ou mais vãos são concebidos por cálculo de acordo com o Anexo E. Em tais casos, a comparação dos valores de conceção da
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resistência de acordo com E.2 é usualmente levada a efeito em termos de tensões. Se o painel tem uma ou mais faces perfiladas, a
determinação da tensão de compressão última (enrugamento) a partir da capacidade do momento-fletor requer cálculos de acordo
com E.7.5. É recomendado que este cálculo seja efetuado ao mesmo tempo que os ensaios.

5.2.2 Transmissão térmica


O valor da transmissão térmica para o painel (U), incorporando a condutibilidade térmica declarada para o
material do núcleo (Declarado) e para as junções assim como eventuais faces perfiladas, deve ser determinado de
acordo com A.10.
Os valores de Declarado e Ud,s devem ser declarados.

5.2.3 Durabilidade e outros efeitos a longo termo

5.2.3.1 Redução da resistência à tração com o tempo como consequência do envelhecimento


(durabilidade)
Os painéis devem satisfazer os critérios para a redução da resistência à tração de acordo com o método de
ensaio relevante DUR1 e DUR2 (ver Quadro 3) tal como descrito no Anexo B.
Os ensaios de durabilidade devem ser aplicados a painéis concebidos para aplicações externas. São baseados
no efeito de envelhecimento acelerado da temperatura ou humidade e, por experiência a longo prazo, são
críticos para cada material de núcleo interior.
Quando requerido, os ensaios de durabilidade poderão ser utilizados para avaliar o desempenho de painéis
sanduíche interiores.
NOTA 1: Estes ensaios avaliam a redução da resistência à tração como resultado da ação da temperatura ou humidade num critério
de aceitação/rejeição.
NOTA 2: O requisito de durabilidade abrange o desempenho de todos os componentes estruturais do painel, por exemplo,
revestimentos da face de trás, camadas de adesão e material do núcleo.

Os painéis PUR fabricados com utilização de agentes de expansão, abrangidos pela EN 13165 e uma
combinação destes agentes de expansão, mas excluindo as espumas sopradas com CO2, devem ser
considerados como satisfazendo os requisitos de durabilidade sem ensaios. Os painéis PUR fabricados com
outros agentes de expansão devem ser ensaiados de acordo com o ensaio DUR1 e os níveis de refletividade
das cores devem ser declarados (B.2.5).
Quadro 3 – Ensaios de durabilidade e critérios “julgados satisfatórios”
Material isolante do Método de ensaio Nota
núcleo (Anexo B)
Lã mineral (MW) DUR2 DUR2 incluindo o ensaio dos bordos (B.5)
Poliestireno (EPS ou XPS) DUR1 DUR1 incluindo o ensaio dos bordos (B.5)
Não é requerido o ensaio dos painéis fabricados com
utilização dos agentes de expansão abrangidos pela
norma EN 13165 e combinações destes agentes, mas
Poliuretano (PUR) – DUR1
excluindo as espumas sopradas com CO2
ligação auto-adesiva
Outros agentes de expansão devem ser ensaiados pelo
DUR1
(continua)
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Quadro 3 – Ensaios de durabilidade e critérios “julgados satisfatórios”


Material isolante do Método de ensaio Nota
núcleo (Anexo B)
Não é requerido o ensaio dos painéis fabricados com
utilização dos agentes de expansão abrangidos pela
EN 13165 e combinações destes agentes, mas excluindo
Poliuretano (PUR) – DUR1
as espumas sopradas com CO2. Outros agentes de
ligação adesiva
expansão devem ser ensaiados pelo DUR1 incluindo o
ensaio dos bordos (B.5)
O ensaio dos bordos (B.5) deve ser realizado
Fenólico (PF) DUR1, choque Os painéis PF com ligação adesiva devem ser ensaiados
térmico B.7 e carga pelo DUR1 incluindo o ensaio dos bordos (B.5)
repetida B.6
DUR1, choque
Vidro celular (CG) térmico B.7 e carga Incluindo o ensaio dos bordos (B.5)
repetida B.6

5.2.3.2 Resistência a cargas pontuais e cargas de acesso – painéis de teto


Quando requerido, a capacidade do painel sanduíche para resistir a cargas pontuais e a cargas de acesso deve
ser determinada de acordo com A.9.1. Para aplicações em que será mais frequente o acesso do que um
ocasional tráfego pedonal (ver NOTA 2), o procedimento descrito em A.9 deve também ser aplicado.
NOTA 1: Cargas pontuais são cargas resultantes de uma única pessoa que caminhe no painel, para o acesso ocasional durante e após
a montagem.
As capacidades de extensão de um painel de teto e seu sistema de apoio deverão ser verificados antes de o acesso ser permitido.
NOTA 2: Em geral, os painéis de teto não são adequados para um tráfego pedonal regular.

Os painéis de teto deverão ser protegidos quando são utilizados sobre vias de passagem regular ou de áreas de
trabalho, tanto durante a fase de instalação como durante a utilização final. Os painéis deverão proporcionar
um apoio largo e seguro para um pé e não deverão estar sujeitos a deformações permanentes em condições de
tráfego pedonal ocasional para acesso ou manutenção. Por necessidades de manutenção, apenas deverá ser
autorizada uma pessoa de cada vez a deslocar-se sobre o painel.

5.2.4 Características de fogo

5.2.4.1 Reação ao fogo


A classificação de um produto relativa à reação ao fogo deve ser determinada de acordo com a EN 13501-1. A
classificação deve corresponder às aplicações do painel definidas na secção 1 (Objetivo e campo de aplicação)
da presente Norma.
Os dispositivos de ensaio da reação ao fogo devem ser conformes com as seguintes normas, em função da
classe prevista:
- EN ISO 1182;
- EN ISO 1716 incluindo a determinação dos adesivos enunciada no Anexo C.4;
- EN 13823 e EN ISO 11925-2 juntamente com as adições enunciadas em C.1.
NOTA: A Comissão Europeia fez a seguinte declaração após consulta ao Comité referido no Artigo 19 da Diretiva 89/106/CEE. A
classificação da reação ao fogo derivada das disposições desta Norma habilita os reguladores e outros utilizadores com um
parâmetro essencial relativo ao desempenho com fogo dos painéis sanduíche. Baseando-se exclusivamente em necessidades de
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segurança ao fogo e com justificação explícita os reguladores poderão, para utilizações previstas específicas, estabelecer requisitos
adicionais para assegurarem a segurança ao fogo das construções, de acordo com a EN 13501-1. Outras classificações, tais como a
resistência ao fogo, poderão também ser requeridas para atingir os objetivos de segurança ao fogo pretendidos. Além disso, em casos
excecionais, outros instrumentos, tais como a engenharia de segurança ao fogo específica para a incorporação dos produtos e
montagens características associadas nos edifícios, poderão ser utilizados para avaliar a segurança ao fogo do edifício.

5.2.4.2 Resistência ao fogo


Quando requerido, a classificação de resistência ao fogo do produto deve ser determinada de acordo com a
EN 13501-2. Os métodos de ensaio para os painéis sanduíche devem estar de acordo com as seguintes normas:
- EN 1364-1 (paredes não resistentes) com as adições enunciadas em C.2.3;
- EN 1364-2 (tetos);
- CEN/TS 13381-1 (tetos – proteção horizontal);
- ENV 13381-2 (paredes);
- EN 1365-2 (coberturas portantes) com as adições enunciadas em C.2.3;
- EN 14135 (capacidade de proteção contra o fogo).

5.2.4.3 Comportamento ao fogo exterior – coberturas


Quando o produtor pretende declarar o desempenho com fogo exterior (por exemplo quando sujeito a
requisitos regulamentares), o produto deve ser ensaiado e classificado de acordo com a EN 13501-5.
Os painéis sanduíche que satisfazem os critérios enunciados em C.3.1 devem ser considerados como
satisfazendo os requisitos de desempenho característico com fogo exterior sem necessidade de ensaios
adicionais, de acordo com a Decisão 2006/600/CE. Estes produtos devem receber uma classificação BROOF (t1, te
e t3) satisfazendo a CEN/TS 1187 Métodos de Ensaio 1, 2 e 3.

As montagens de ensaio para os ensaios de desempenho com fogo exterior devem estar de acordo com a
CEN/TS 1187 juntamente com as adições enunciadas em C.3.2 a C.3.5.

5.2.5 Tolerâncias dimensionais para os painéis sanduíche


As tolerâncias dimensionais para os painéis sanduíche devem estar de acordo com o Quadro 4.
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Quadro 4 – Tolerâncias dimensionais para painéis


Dimensão Tolerância (máximo admissível) Método de medição
a)
Espessura do painel D  100 mm  2 mm D.2.1
D > 100 mm 2%
Desvio de planeza (de Para L = 200 mm – Desvio de planeza 0,6 mm
acordo com o comprimento Para L = 400 mm – Desvio de planeza 1,0 mm D.2.2
de medição L) Para L > 700 mm – Desvio de planeza 1,5 mm
Profundidade do perfil 5 < h  50 mm  1 mm D.2.3
metálico (nervuras) mm 50 < h  100 mm  2,5 mm
Profundidade dos reforços ds  1 mm  30 % de ds
principais e secundários 1 mm < ds  3 mm  0,3 mm D.2.4
3 mm < ds  5 mm  10% de ds
Comprimento do painel L  3 m  5 mm D.2.5
L > 3 m  10 mm
Largura útil do painel w  2 mm D.2.6
Desvio da 0,006  w (largura útil nominal) D.2.7
perpendicularidade
Desvio da retilinearidade 1 mm por metro, máximo 5 mm D.2.8
(no comprimento)
2 mm por metro de comprimento, máximo 20 mm
8,5 mm por metro de largura para perfis planos –
Arqueamento D.2.9
h  10 mm
10 mm por metro de largura para perfis – h > 10 mm
Passo do perfil (p) Se h  50 mm p:  2 mm D.2.10
Se h > 50 mm p:  3 mm
Largura das nervuras (b1) e Para b1  1 mm D.2.11
largura dos vales (b2) Para b2  2 mm
a)
Para o cálculo da espessura dos painéis com faces perfiladas, ver Figura D.1

5.2.6 Permeabilidade à água


Quando requerido, a permeabilidade à água (resistência à chuva tocada pelo vento) da montagem completa de
painéis sanduíche deve ser avaliada, isto é, a montagem a instalar num edifício, incluindo o produto e os seus
revestimentos, os vedantes aplicados em fábrica, junções padrão, vedantes aplicados em obra, cobre-juntas
representativos e um método de fixação apropriado para o ensaio.
A classificação da resistência da montagem do painel sanduíche sob chuva tocada por pressão de ar pulsado
deve ser determinada em conformidade com a secção A.11. O método de ensaio deve ser utilizado tanto para
as aplicações em paredes exteriores como em coberturas exteriores.
Os painéis sanduíche abrangidos pela presente Norma são revestidos por faces metálicas. Quando
corretamente manufaturados e satisfazendo um controlo visual apropriado, poderão ser considerados
impermeáveis à água. A estanquicidade à água do conjunto depende da sua instalação. A permeabilidade à
água é apenas relevante para as junções e as fixações.
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5.2.7 Permeabilidade ao ar
Quando requerido, a permeabilidade ao ar de uma montagem completa de painéis sanduíche deve ser avaliada,
isto é, a montagem destinada a ser instalada num edifício, incluindo o produto e os seus revestimentos, os
vedantes aplicados em fábrica, junções padrão, vedantes aplicados em obra, cobre-juntas representativos e um
método de fixação apropriado para o ensaio.
A medição da permeabilidade ao ar da montagem do painel sanduíche deve ser feita em conformidade com
A.12. O método de ensaio deve ser utilizado tanto para as aplicações em paredes exteriores como em
coberturas exteriores.
Os painéis sanduíche abrangidos pela presente Norma são revestidos por faces metálicas. Quando
corretamente manufaturados e satisfazendo um controlo visual apropriado, poderão ser considerados
impermeáveis ao ar. A estanquicidade ao ar do conjunto depende da sua instalação. A permeabilidade ao ar é
apenas relevante para as junções e as fixações.

5.2.8 Permeabilidade ao vapor de água


Para os fins da presente Norma, o coeficiente de transmissão de vapor de água das faces metálicas utilizadas é
considerado infinito. Os painéis sanduíche com faces metálicas são portanto considerados como sendo
impermeáveis ao vapor de água.

5.2.9 Isolamento aos sons aéreos (Rw(C;Ctr))


Quando requerido, o isolamento aos sons aéreos de uma montagem de painel sanduíche deve ser determinado
em conformidade com A.13. O resultado deve ser declarado como Rw(C;Ctr) de acordo com a EN ISO 717-1.
C é um termo de adaptação espectral calculado com um ruído rosa ponderado A. Ctr é um termo de adaptação
espectral calculado para um ruído de tráfego urbano ponderado A.

5.2.10 Atenuação acústica (w)


Quando requerido, a atenuação acústica de uma montagem de painel sanduíche deve ser determinada em
conformidade com A.14. O resultado deve ser declarado como um número simples, classificado segundo a
EN ISO 11654.

5.2.11 Substâncias perigosas


A regulamentação nacional relativa às substâncias perigosas poderá exigir a verificação e a declaração de
emissão, e algumas vezes o teor, quando os produtos de construção são cobertos por esta Norma e colocados
nestes mercados.
Na ausência de métodos de ensaio harmonizados europeus, verificação e declaração da emissão/teor deve ser
feita tomando em consideração disposições nacionais no local de uso.
NOTA: Uma base de dados informativa cobrindo as provisões Europeias e nacionais nas substâncias perigosas está disponível no
website da Construção em EUROPA acessível no link: http://ec.europa.eu/enterprise/construction/cpd-ds/

5.3 Ações e requisitos de nível de segurança

5.3.1 Resistência mecânica a cargas de conceção


O produto deve ter suficiente resistência mecânica às cargas de conceção resultantes de ações do peso próprio,
neve, vento, gradientes de temperatura e de pressão, de acessos, devendo estas cargas ser ponderadas como tal,
isoladas ou combinadas, de forma a não prejudicarem o desempenho do produto quando em serviço.
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A segurança do produto deve ser verificada por procedimentos de cálculo baseados no conceito de estado
limite. Isto requer que o “valor de cálculo da resistência” deve ser maior que o “valor de cálculo do efeito das
ações” e deve ser satisfeito tanto para o estado limite de serviço como para o estado limite último. A
verificação deve ser feita por cálculo de acordo com o Anexo E.
As informações relativas a todos os valores necessários à produção de quadros de cargas de cálculo e aos
valores característicos correspondentes obtidos durante os ensaios de tipo inicial e de controlo da produção em
fábrica devem ser fornecidas. Para os fins desta Norma, a disponibilização desta informação deve ser
considerada como fazendo parte integrante do produto.

5.3.2 Ações e combinações de ações


No que se refere ao cálculo da resistência mecânica as seguintes ações: ações permanentes, ações variáveis e
ações devidas a efeitos de longo termo devem ser tidas em conta nos cálculos. Devem ser consideradas quer
individualmente quer combinadas, utilizando os fatores de combinação do Anexo E.

6 Avaliação da conformidade, métodos de ensaio, de avaliação e de amostragem


6.1 Generalidades
A conformidade de um painel sanduíche com os requisitos da presente Norma e com os valores estabelecidos
incluindo classes deve ser demonstrada por:
- ensaios de tipo inicial (ETI);
- controlo da produção em fábrica (CPF) pelo produtor, incluindo avaliação do produto;
- quando requerido, inspeção inicial (CPF);
- quando requerido, supervisão contínua (CPF).
O princípio do agrupamento dos produtos em famílias poderá ser aplicado para obter valores de caraterísticas
mais uniformes e fatores de segurança do material quando os parâmetros dentro de uma gama de produtos
similares são variados, ou para reduzir os custos dos ensaios.
Quando o produtor manufatura produtos que têm as mesmas características físicas e químicas em mais do que
uma linha de produção ou em mais do que uma fábrica, não devem ser repetidos os ETI para as diferentes
linhas de produção.
Se existirem diferenças entre os valores característicos para produtos de duas linhas diferentes, devem ser
utilizados os valores mais desfavoráveis.

6.2 Ensaios de tipo inicial (ETI)

6.2.1 Avaliação de tipo inicial


Os ensaios de tipo inicial devem ser realizados para evidenciar a conformidade com a presente Norma, de
acordo com o Quadro 4.
Sempre que ocorra uma alteração no produto, matérias-primas ou fornecedor dos componentes, ou no processo
produtivo (sujeito à definição de família), a qual possa alterar significativamente uma ou mais características,
os ensaios de tipo devem ser repetidos para a(s) característica(s) apropriada(s).
Adicionalmente, os ensaios de tipo inicial devem ser realizados no início da produção de um novo tipo de
painel (a menos que seja membro da mesma família) ou no início de um novo método de produção se isso
puder afetar as propriedades declaradas ou a conformidade do produto.
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As características necessárias para aplicações específicas, por exemplo, permeabilidades ou acústica, devem
ser ensaiadas na base “quando requerido”.

6.2.2 Dados de ensaios existentes de ETI


Em geral, não é necessário repetir os ETI previamente realizados de acordo com as disposições da
EN 14509:2006 (mesmo produto, mesmas caraterísticas, método de ensaio, procedimento de amostragem,
sistema de comprovação da conformidade, etc.). Dados obtidos de ensaios anteriores poderão ser usados sem a
necessidade de ensaios posteriores aos procedimentos revistos desde que os dados declarados não mudem
significativamente. Existem as duas exceções que se seguem:
a) Ensaio de reação ao fogo EN ISO 11925-2. Nos casos em que o bordo estava protegido no ensaio inicial e
não está protegido no novo ensaio (Ver C.1.2) o produto deve ser ensaiado novamente.
b) Quando a transmissão térmica foi calculada usando os valores tabelados em A.10, a transmitância térmica
deve ser recalculada.

6.2.3 Amostragem para ETI e auditorias por sondagem

6.2.3.1 Generalidades
As amostras devem ser representativas dos produtos a colocar no mercado e o produtor deve conservar os
registos em boas condições como parte do seu controlo da produção em fábrica.
De preferência, todas as amostras devem provir do mesmo lote ou, se tal não for praticável, o produtor deve
garantir provas suficientes permitindo a comparação dos resultados dos ETI ou de auditorias por sondagem
com os das amostras colhidas de outros lotes.
O número de especímenes de ensaio (para ETI) deve estar de acordo com os métodos de ensaio do Quadro 5.
A amostra recolhida, isto é um painel, deve ser uma amostra aleatória simples, retirada de uma população
finita de painéis.
Quando os especímenes de ensaio são provenientes de um só painel, estes especímenes devem ser recolhidos
em diversos pontos repartidos por toda a largura do painel. Pelo menos um espécimen deve ser colhido do
meio do painel e pelo menos um espécimen deve ser colhido junto ao bordo do painel, devendo o primeiro
pedaço cortado situar-se a menos de 10 % da largura do painel, partindo de um bordo exterior.
A menos que tenha sido especificado de forma diferente no método de ensaio, os especímenes não devem ser
condicionados, nem antes nem depois do ensaio.
A idade mínima dos especímenes para os ensaios de tipo inicial deve ser de 24 h. A data e hora da produção
devem ser registadas na altura da amostragem.
Os especímenes de ensaio são muito sensíveis ao processo de corte e à exatidão dos ensaios, em especial a
medição nos ensaios de tração. É requerido cuidado acrescido no processo de corte, especialmente se o
material do núcleo interior é relativamente fraco ou tem tendência a ser friável. O corte pode ser feito com
uma serra de fita, com lâmina de dentes finos. Poderá ser vantajoso colocar o espécimen entre duas faces de
contraplacado ou material similar a fim de reduzir as vibrações durante o processo de corte. Sugere-se que os
especímenes deverão ser cuidadosamente inspecionados depois de serem cortados. Os especímenes que
evidenciarem descolamentos provocados pelo processo de corte deverão ser rejeitados (até um máximo de
30 % dos que foram cortados para qualquer família de ensaios).

6.2.3.2 Marcação e registos relativos à amostragem


Todas as amostras destinadas a fins de ETI devem ser marcadas como se segue:
- data e hora da amostragem;
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- linha de produção ou unidade;


- marca de identificação.
Os registos da amostragem devem disponibilizar pelo menos a seguinte informação:
- fábrica de produção;
- local de amostragem;
- as existências ou lotes (donde foram recolhidas as amostras);
- quantidade de amostras;
- referência à presente Norma, isto é, EN 14509;
- marcação do produto pelo produtor;
- marca de identificação das amostras;
- propriedades a ensaiar;
- local e data;
- assinatura(s) da(s) pessoa(s) responsável(eis) pela amostragem.
Se uma parte terceira é responsável pela amostragem, poderão ser utilizados os registos de amostragem dessa
parte terceira.

6.2.4 Ensaios e critérios de conformidade – ETI


Todas as características do Quadro 5, quando relevante, devem ser submetidas a ensaios ETI com excepção do
desempenho com fogo exterior, quando se utiliza a opção CWFT), em que é requerida medição de acordo
com C.3.1 para garantir que o produto satisfaz a definição requerida pela CWFT.
A menos que o método de ensaio requeira outras condições, todos os ensaios devem ser realizados nas
condições ambientais do laboratório, sem quaisquer condições especiais.
Para as propriedades mecânicas, salvo especificação em contrário, o valor médio do valor característico
(percentil de 5 % assumindo um nível de confiança de 75 %) para cada população de resultados de ensaio deve
ser determinado de acordo com a ISO 12491 utilizando os fatores de fórmula e percentils de A.16.3.
Os resultados de todos os ensaios de tipo devem ser registados e conservados pelo produtor pelo menos
durante 10 anos após a última data de produção do(s) produto(s) a que se reportam.

6.2.5 Programa de ensaios encurtado – ETI (mudança de produto)

6.2.5.1 Geral
Se existe apenas uma alteração do material do núcleo ou da cola para uma família de painel, um programa de
ensaio encurtado (não toda a gama do ETI) - ver Quadro 6 poderá ser usado para comparar os valores de
resistência ao corte e módulo de elasticidade ao corte; resistência à compressão e módulo de elasticidade ao
corte; resistência à compressão e o módulo de elasticidade do núcleo; e fluência contra os valores dos ETI
originais.

)
CWFT: Classification Without Further Testing = Classificação Sem Ensaios Adicionais (nota nacional).
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Desde que todos os valores característicos destes materiais para o novo material de núcleo sejam melhores ou
iguais aos valores declarados como um resultado do ensaio ETI original, os valores declarados existentes para
as propriedades mecânicas do painel poderá ser retidos sem mais ETI.
Se existe apenas uma alteração no grau do material de revestimento um programa de ensaio encurtado para
comparar os valores da capacidade do momento-fletor deve ser utilizado (ver Quadro 6).

6.2.5.2 Critérios de cálculo e comparação – propriedades mecânicas


O programa de ensaios reduzido requer que as caraterísticas seguintes sejam ensaiadas de acordo com o
Quadro 6:
 resistência ao corte fcv (ver Fórmula (A.5)) e módulo de elasticidade ao corte do núcleo Gc (ver Fórmula
(A.7));
 resistência à tração fct (ver Fórmula (A.1)) e módulo de elasticidade à tração do núcleo Ect (ver Fórmula
(A.4));
 resistência à compressão fcc (ver Fórmula (A.3)) e módulo de elasticidade à compressão do núcleo Ecc (ver
Fórmula (A.4));
 coeficiente de fluência;
 capacidade de momento-fletor e tensão de enrugamento (ver 6.2.5.1).
Se o desempenho das 6 características acima for melhor ou igual aos valores do ETI existente, mas há uma
redução do desempenho no que diz respeito à fluência, onde relevante, então os valores existentes de
resistência à tração, corte e compressão poderão ser mantidos, mas a ensaio de fluência deve ser repetido e um
novo coeficiente de fluência deve ser declarado.

6.2.5.3 Programa não encurtado – outras caraterísticas


Sempre que houver uma alteração do material do núcleo ou da cola para uma família de painel, não há um
programa de ensaio encurtado para as restantes características listadas no Quadro 5 – massa volúmica,
transmitância térmica, durabilidade, fogo, e permeabilidade e som. Novos ensaios ETI devem ser realizados
quando aplicável.
No caso das características ao fogo qualquer requisito de um novo ensaio deve estar em conformidade com as
regras de aplicação direta, C.1.3 - reação ao fogo e C.2.4 - resistência ao fogo.
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Quadro 5 – Métodos de ensaio, especímenes de ensaio, tipo de ensaio e condições para ETI
Critérios de
Nº mínimo de
Método de Espessura do conformidade
Característica Tipo de ensaio especímenes
ensaio painel ensaiado e condições
ETI
específicas
5.1.2. Propriedades mecânicas EN ISO 6892-1 a) 3 a)
de uma face
Propriedades técnicas de um
painel e do material do núcleo
5.2.1.2. Resistência ao corte e A.3 ou A.4 ETI Mínimo, máximo e 3
modulo de elasticidade intermédio
(Máx, Mín, I)
5.2.1.4. Resistência à A.2 ETI 6 Estabelecimento
compressão e modulo de de valores
elasticidade declarados
5.2.1.5. Resistência ao corte A.3.2 ETI 1/10d)
reduzida c)
5.2.1.6. Resistência à tração A.1 ETI 6
transversal ao painel: (e
modulo b)
5.2.1.7. Capacidade de A.5 ETI 3
momento flector e tensão de
enrugamento
5.2.1.8. Capacidade de A.7 ETI (Máx, Mín, I) 3 -
momento flector e tensão de
enrugamento sobre um suporte
central
5.2.1.3. Coeficiente de fluência A.6 ETI Máx 1 [Número]
c)

Módulo de elasticidade ao A.1.6 ETI (Máx, Mín, I)


corte transversal ao painel a
elevadas temperaturas b) f)

ETI (Máx, Mín, I) O valor médio


Densidade A.8 deve ser
registo declarado
(Máx, Mín, I)g) Valor limite de
5.2.2. Transmitância térmica A.10 ETI Ver A.10
acordo com A.10
Máx, Mín Aceite (ver 5.2.3
5.2.3. Durabilidade e) Anexo B ETI
e Anexo B)

EN ISO 1716 Como Classificação de


5.2.4.1 Reação ao fogo ETI especificado na acordo com
EN ISO 1182 EN 13501-1 EN 13501-1

(continua)
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Quadro 5 – Métodos de ensaio, especímenes de ensaio, tipo de ensaio e condições para ETI (conclusão)
Critérios de
Nº mínimo de
Método de Espessura do conformidade
Característica Tipo de ensaio especímenes
ensaio painel ensaiado e condições
ETI
específicas
5.2.4.2. Resistência ao fogo e) EN 1364-1 ou ETI Escolha do produtor 1 Classificação de
1364-2 acordo com
EN 13501-2
Para condições
específicas ver
C.2
EN 1365-2 ou Escolha do produtor 1
CEN/TS 13381-1
EN 14135 Escolha do produtor 1
5.2.4.3. Telhados – CEN/TS 1187 CWFT ou ETI Escolha do produtor Ver CEN/TS Classificação de
desempenho ao fogo exterior e) 1187 acordo com
EN 13501-5
Para condições
específicas ver
C.3
5.2.6 Permeabilidade à água e) EN 12865 ETI Escolha do produtor 1 EN 12865 e de
acordo com A.11
5.2.7 Permeabilidade ao ar e) EN 12114 ETI Escolha do produtor 1 EN 12114 e de
acordo com A.12
5.2.9 Isolamento de som aéreo EN ISO 10140 ETI Escolha do produtor 1 Declaração
Rw(C:Ctr) (ver
A.13)
5.2.10 Absorção sonora e) EN ISO 354 ETI Escolha do produtor 1 EN ISO 11654
(ver A.14)
5.2.5 Tolerâncias dimensionais Anexo D ETI Escolha do produtor 1 -
a)
Estes valores são requeridos para ajustar resultados de ensaios de acordo com A.5.5.4.
b)
Requerido apenas para fins de conceção – não declarado.
c)
Apenas para aplicações de telhados/tetos.
d)
1/10 = uma só série de ensaios com 10 especímenes.
e)
Quando requerido.
f)
Não declarado. Requerido para calcular a tensão de enrugamento a temperaturas elevadas.
g)
Alternativamente usar valores declarados do produtor. Valores devem ser na mesma orientação como no painel.
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Quadro 6 – Programa de ensaios reduzido, especímenes de ensaio, tipo de ensaio e condições para ETI
Nº mínimo
Tipo Espessura
Método de de Critérios de
Característica de do painel
ensaio espécimene conformidade
ensaio ensaiado
s ETI
5.2.1.2 Resistência ao corte e A.3 ou A.4 ETI Máximo 3 GC e fCv ≥ valor
módulo original

5.2.1.3 Coeficiente de fluência c A.6 ETI Máximo 1 [Número ≤ valor


original]
5.2.1.4 Resistência à compressão e A.2 ETI Máximo 6 ECc e fCc ≥ valor
módulo original

5.2.1.6 Resistência à tração A.1 ETI Máximo 3 ECt e fCt ≥ valor


transversal ao painel: (e módulo b) original

5.2.1.6 Resistência à tração A.1.6 ETI Máximo 1 ECt e fCt ≥ valor


transversal ao painel a elevadas original
temperaturas (fCt)

5.2.1.7 Capacidade de momento A.5 ETI Máximo 1 [Número ≥


fletor (Mu)
Valor original]
e tensão de enrugamento

6.3 Controlo da produção em fábrica (CPF)

6.3.1 Generalidades
O produtor deve estabelecer, documentar e manter um sistema CPF para garantir que os produtos colocados no
mercado estão conformes com as características de desempenho declaradas. O sistema CPF deve constar de
procedimentos, inspeções regulares e ensaios e/ou avaliações e na utilização dos resultados para controlar
matérias-primas e outros materiais rececionados, equipamentos, o processo produtivo e o produto.
Um sistema CPF em conformidade com os requisitos da EN ISO 9001, e orientado especificamente pelos
requisitos desta Norma, deve ser considerado como satisfazendo os requisitos acima indicados.
Onde esta Norma permite alternativa aos métodos de ensaio usados, todos os ensaios de CPF devem ser
realizados usando o método de ensaio que foi usado para os ensaios ETI correspondentes.
Onde a marcação CE é baseada no uso dos dados de ensaio de existentes ETI de acordo com 6.2.2, e onde uma
alteração subsequente na velocidade dos ensaios requerida resulta numa mudança significativa nos resultados
do CPF, é permitido o uso da mesma velocidade de ensaio para os ensaios de CPF que foi usada para os
ensaios ETI originais.
Os resultados das inspeções, ensaios ou avaliações que requeiram ações devem ser registados, assim como
qualquer ação desenvolvida. O procedimento e ações a desenvolver em casos de não conformidades devem ser
claramente estabelecidos.
Quando produtos da mesma família (ver secção 6.1) são produzidos utilizando o mesmo equipamento de
processo produtivo, o produtor poderá utilizar resultados ETI comuns desde que possa ser evidenciada a
conformidade, caso em que os procedimentos do controlo da produção em fábrica devem ser os mesmos.
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Quando um produtor opera diferentes linhas de produção ou unidades na mesma fábrica ou linhas de produção
ou unidades em diferentes fábricas e estas são abrangidas por um único sistema CPF geral, o produtor deve
conservar os registos de controlo para cada linha de produção separada ou unidade.
Adicionalmente aos resultados de ensaio, deve também ser registada a seguinte informação mínima:
- data e hora de produção;
- tipo de produto;
- especificação de produto, incluindo materiais e componentes.

6.3.2 Resultados de ensaios CPF


Cada valor individual de uma propriedade mecânica determinada pelo CPF deve ser igual ou superior ao valor
declarado como um resultado de ETI. Se um ou mais valores são inferiores, deve ser efetuada uma avaliação
estatística desta propriedade durante o ano anterior e determinado o valor do percentil 5 % ou, se o CPF
relativo a esta propriedade foi efetuado há menos de um ano, todos os resultados disponíveis devem ser
incluídos na avaliação. Este valor do percentil 5 % deve ser igual ou superior ao valor declarado.
Para cada valor declarado, se o valor do percentil é inferior ao valor declarado, devem ser realizados ensaios
adicionais CPF com material do mesmo lote e determinado um valor do percentil 5 % corrigido. Se este valor
é inferior ao valor declarado, o lote deve ser rejeitado.
Se resultados sustentados do CPF indicam que o valor declarado não pode ser atingido, deve ser ou reduzido o
valor declarado na base dos ensaios ETI existentes, ou ser realizada uma nova série de ensaios ETI e declarado
um novo valor para a propriedade relevante.
Onde os valores devem ser reduzidos, quaisquer caraterísticas relacionadas que não são objeto do CPF devem
ser ajustadas.
NOTA: O número de ensaios adicionais requerido é da responsabilidade do produtor.

Quando os resultados do CPF excedem consistentemente o valor declarado, estes resultados poderão ser
utilizados para determinar um valor de percentil 5 % que poderá ser utilizado como base para um incremento
do valor declarado.

6.3.3 Equipamento
Os ensaios para demonstrar a conformidade do produto acabado com a presente Norma devem ser realizados
utilizando equipamento descrito nos métodos de ensaio relevantes referidos na presente Norma.
Todo o equipamento de pesagem, medição e ensaio necessário para atingir, ou evidenciar a conformidade deve
ser calibrado ou verificado e regularmente inspecionado de acordo com procedimentos, frequências e critérios
documentados. As calibrações e/ou verificações devem utilizar equipamento ou provetes de ensaio rastreáveis
a especímenes de ensaio de referência (padrões) reconhecidos como relevantes a nível internacional ou
nacional. Quando esses especímenes de referência não existirem, a base utilizada para as calibrações e
verificações internas deve ser documentada.
Todo o equipamento utilizado no processo produtivo deve ser regularmente inspecionado e mantido para
garantir que a utilização, o desgaste ou as ruturas não provocam inconsistência do processo produtivo.
As inspeções e a manutenção devem ser realizadas e registadas de acordo com os procedimentos escritos do
produtor e os registos mantidos durante o período definido nos procedimentos CPF do produtor.
O produtor deve garantir que o manuseamento, preservação e armazenagem do equipamento de ensaio são
feitos de forma que a sua exatidão e adfórmula ao uso são mantidas.
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Quando a produção é intermitente, o produtor deve assegurar que qualquer equipamento de ensaio que poderá
ser afetado pela interrupção é adequadamente verificado e/ou calibrado antes de ser utilizado.
A calibração de todos os equipamentos de ensaio deve ser repetida se ocorrer qualquer reparação ou avaria que
possa prejudicar a calibração do equipamento de ensaio.

6.3.4 Matérias-primas e componentes

6.3.4.1 Generalidades
As especificações de todas as matérias-primas e componentes rececionados devem ser documentadas, assim
como o esquema de inspeção para verificar a sua conformidade.
O produtor deve dispor de procedimentos escritos que especifiquem qual o tratamento que é dado às matérias-
primas e componentes não conformes. Qualquer desses casos deve ser registado logo que ocorra e esses
registos devem ser mantidos por um período definido nos procedimentos escritos do produtor.
A conformidade das faces metálicas deve estar de acordo com a secção 6.3.4.2, os componentes prefabricados
do núcleo com a secção 6.3.4.3 e os adesivos com a secção 6.3.4.4.

6.3.4.2 Faces metálicas


Se disponibilizadas pelo produtor das faces, as declarações devem estar de acordo com a EN 10204,
documento Tipo 3.1, e devem ser disponibilizadas por cada 50 t de material metálico em bobina. Para todos os
metais que não têm um limite de elasticidade garantido, deve ser fornecido um certificado de material para
cada lote.

6.3.4.3 Lamelas prefabricadas e materiais do núcleo pré-moldados


O material pré-moldado para os núcleos de painéis sanduíche deve ser submetido a ensaios de controlo da
produção em fábrica (ver Quadro 7). O produtor dos painéis deve determinar ou obter uma declaração do
produtor para as seguintes propriedades, de acordo com a norma relevante de produto isolante (EN 13162 a
EN 13167):
- tolerâncias (em particular a consistência da espessura);
- condutibilidade térmica.
NOTA: No contexto desta Norma, a declaração significa a declaração formal das propriedades pelo produtor.

6.3.4 Adesivos
O produtor dos painéis deve obter a declaração do fornecedor para o seguinte:
- descrição e especificação;
- viscosidade/velocidade;
- tempo de armazenagem.

6.3.5 Ensaios do produto e avaliação – CPF

6.3.5.1 Generalidades
O produtor deve estabelecer procedimentos para assegurar que os valores declarados de todas as características
são mantidos de acordo com as secções 6.3.5.2 e 6.3.5.3.
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Os procedimentos do controlo da produção em fábrica devem ser organizados de modo que cada tipo de
produto apareça no controlo estatístico da qualidade em proporção aproximada ao volume da produção.
Os fornecedores que compram o produto a um produtor cujas instalações fabris se situam fora do EEE devem
estabelecer procedimentos para garantir que os valores estabelecidos para todas as características são mantidos
de acordo a secção 6.3.6.

6.3.5.2 Procedimentos CPF para painéis


O procedimento mínimo do controlo da produção em fábrica para a produção de painéis deve incluir ensaios
de acordo com o Quadro 7.
Os ensaios do controlo da produção em fábrica devem ser realizados quer em especímenes recolhidos em
armazém, quer em especímenes recolhidos imediatamente após a produção.
O número de especímenes de ensaio para CPF deve estar de acordo com os métodos de ensaio indicados no
Quadro 7.
Os especímenes devem ser recolhidos de uma série de posições cobrindo a largura do painel. Pelo menos um
espécimen deve ser retirado do meio do painel e pelo menos um espécimen de junto do bordo do painel,
devendo o primeiro pedaço cortado situar-se a menos de 10 % da largura do painel, partindo de um bordo
exterior.
NOTA 1: Os especímenes de ensaio são muito sensíveis ao processo de corte e à exatidão dos ensaios, em especial a medição nos
ensaios de tração. É requerido cuidado acrescido no processo de corte, especialmente se o material do núcleo interior é relativamente
fraco ou tem tendência a ser friável. O corte pode ser feito com uma serra de fita, com lâmina de dentes finos. Poderá ser vantajoso
colocar o espécimen entre duas faces de contraplacado ou material similar a fim de reduzir as vibrações durante o processo de corte.
Sugere-se que os especímenes deverão ser cuidadosamente inspecionados depois de serem cortados. Os especímenes que evidenciarem
descolamentos das faces metálicas provocados pelo processo de corte poderão ser rejeitados (até um máximo de 30 % dos que foram
submetidos ao corte para uma dada família de ensaios).

Para os painéis sem juntas no núcleo, se as Fórmulas (A.20) (A.5.5.3) forem usadas ou se a força de
enrugamento e a resistência à flexão forem determinadas através de cálculos com base em A.5, não é
necessário realizar os ensaios de tensão de enrugamento. Em consequência, o controle CPF de módulos de
tração e compressão deve ser realizado em conformidade com o Quadro 7.
Se o momento de flexão final for controlado, pelo menos, uma vez por semana, então, não há nenhum
requisito para controlar os módulos de tensão e compressão.
Quadro 7 – Procedimentos CPF para painéis
Número
Tipo de ensaio Método de Frequência
mínimo de
ensaio mínima
especímenes
Massa volúmica aparente do material do núcleo A.8 3 1 por turno/6 h a 8 h a)

Resistência à tração perpendicular ao painel e módulo A.1 3 1 por turno/6 h a 8 h a)


de elasticidade à tração (com as faces)
Resistência à compressão e módulo de elasticidade à A.2 3 1 por semana a)
compressão do material do núcleo
Resistência ao corte e módulo de elasticidade ao corte A.3 3 1 por semana a)
do material do núcleo e)
Resistência à tração do material das faces (ou  3 Todas as remessas
declaração – secção 6.3.4.2)
(continua)
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Quadro 7 – Procedimentos CPF para painéis (conclusão)


Número
Tipo de ensaio Método de Frequência
mínimo de
ensaio mínima
especímenes
Espessura do material das faces (ou declaração –  3 Todas as remessas
secção 6.3.4.2)
Resistência ao corte e módulo de elasticidade ao corte A.4 1 1 por 2 semanas a)
do material do núcleo baseado no ensaio do painel
completo b)
Tensão de enrugamento (opcional ver texto acima) A.5 1 1 por semana a)

Controlo dimensional: 
- Espessura do painel D.2.1
- Desvio da planeza D.2.2
- Altura do perfil 1 1 por turno/6 h a 8 h
D.2.3
- Altura dos reforços D.2.4
- Comprimento do painel D.2.5
- Largura útil D.2.6
- Desvio de perpendicularidade D.2.7
- Desvio da retilinearidade D.2.8
- Arqueamento (curvatura) D.2.9
- Passo do perfil D.2.10
- Largura dos vales/nervuras D.2.11
Reação ao fogo – (secção 6.3.5.3) c)
Resistência ao fogo – (secção 6.3.5.3) c)   Especificação
Desempenho com fogo exterior – (6.3.5.3) c) ou CWFT Registo
Desempenho do isolamento térmico A.10.2.1.1 d) 1 1 por mês

Permeabilidade à água – secção 5.2.6 Inspeção  


Permeabilidade ao ar – secção 5.2.7 visual a)
Permeabilidade ao vapor de água – secção 5.2.8
a)
Quando os valores de produção estão abaixo de 2000 m2 por turno, o produtor apenas deve ensaiar cada 2000 m2 ou pelo menos
cada três meses. Os ensaios do controlo dimensional e inspeções de permeabilidade, contudo, devem ser realizados em cada
turno.
b)
Isto pode ser uma alternativa para painéis com núcleo isolante em lamelas MW e outros painéis com juntas no núécleo, ver
A.4.1.
c)
Registos de especificação do produtor (ver secção 6.3.5.3) ou declaração do fornecedor do desempenho com fogo dos
componentes.
d)
Os ensaios de procedimento i (resultado individual de ensaio da condutibilidade térmica) de acordo com a norma de produto
apropriada para o material do núcleo (secção A.10.2.1.1) devem ser representativos do material no momento da produção do
painel.
e)
Quando um ensaio de corte a um painel completo for usado no ETI para medir a resistência ao corte e módulo de resistência ao
corte ele deve também ser usado no CPF
NOTA 1: O controlo da espessura de material pré-moldado do núcleo ou lamelas e o posicionamento das junções entre placas
individuais são de importância fundamental e a sua frequência verificadadeverão ser verificados frequentemente por exemplo, (por
exemplo cada 2 h).
NOTA 2: Diferença típica admissível de espessura de corte entre painéis preé-ffabricados adjacentes para manufatura de placas
rígidas é  0,5 mm.

6.3.5.3 Controlos CPF para características de fogo


Os controlos CPF para características de fogo devem ser realizados como se segue:
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a) Painéis com isolamento criado por espuma (ação química) durante o processo produtivo devem ser
controlados registando a especificação precisa de todos os componentes químicos, retardantes do fogo, etc.
para cada lote de produção, incluindo origem e fornecedor; proporções utilizadas, etc. No caso de sistemas
químicos fornecidos por um produtor externo deve ser disponibilizada uma declaração suficiente da
especificação. O modelo/tipo de painel deve ser registado para confirmar o detalhe das montagens entre
painéis.
b) Painéis com isolamento pré-moldado ou em lamelas produzidos por ligação devem ser controlados
registando a especificação exata de todos os componentes pré-moldados ou em lamelas para cada lote de
produção incluindo, quando aplicável, a especificação química completa; massa volúmica aparente;
retardantes do fogo; ligantes; adesivos; ou outro material orgânico, incluindo as subcamadas de
revestimento etc. No caso de componentes pré-moldados ou em lamelas e outros componentes (por
exemplo, adesivos) fornecidos por um fornecedor externo, é suficiente fornecer uma declaração das
especificações correspondentes. O modelo/tipo de painel deve ser registado para confirmar o detalhe das
montagens entre painéis.
Devem ser realizados ensaios indiretos de componentes de acordo com o Quadro 8.

Quadro 8 – Frequências mínimas de ensaio das características de reação ao fogo de componentes


Componente Método de ensaio Frequência
Verificação das matérias-primas ou da
Material do núcleo 1 por turno/6 h ou 8 h
composição química e massa volúmica
aparente (secção A.8)
Adesivo Verificação da quantidade máxima e
1 por turno/6 h ou 8 h
espessura de camada adesiva (secção C.4)
Revestimentos Declaração do produtor 1 por semana

6.3.6 Conformidade do Controlo da Produção em Fábrica – compras dos fornecedores

6.3.6.1 Generalidades
Quando um fornecedor compra o produto a um produtor cujas instalações fabris se situam fora do EEE, ele
assume total responsabilidade pela demonstração da conformidade do produto de acordo a secção 6.3.6.2.
Quando o fornecedor compra o produto a um produtor que não opera um sistema CPF tal como descrito na
secção 6.3, ou o produtor deve ser obrigado a operar um tal sistema ou o fornecedor deve tomar a
responsabilidade total pelo produto de acordo com a secção 6.3.6.2.

6.3.6.2 Procedimentos CPF – produtos comprados por fornecedores


Quando um produto é comprado por um fornecedor nas condições apresentadas na secção 6.3.6.1, o
fornecedor deve assumir total responsabilidade pela demonstração da conformidade do produto e deve operar
um sistema CPF, incluindo equipamento de ensaio e procedimentos de não conformidades, para garantir que a
conformidade é mantida com o mesmo grau de certeza que resultaria da operação de um sistema CPF
completo de acordo com a secção 6.3.
A conformidade deve ser baseada em ensaios de produto ao painel inteiro ou a especímenes cortados de um
painel de acordo com o Quadro 9.
Devem ser disponibilizados valores das seguintes características, de acordo com as secções 6.3.4.2 e 6.3.4.3:
- resistência à compressão e módulo do material do núcleo;
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- resistência ao corte e módulo do material do núcleo;


- resistência à tração do material das faces (ou declaração – secção 6.3.4.2);
- espessura do material das faces (ou declaração – secção 6.3.4.2).
A frequência dos ensaios destas características deve ser a cada 2000 m2 e pelo menos uma vez por remessa.

Quadro 9 – Compras ao fornecedor: requisitos do sistema CPF para painéis


Tipo de ensaio Método de ensaio Número mínimo Frequência
de especímenes mínima
Massa volúmica aparente do material do núcleo A.8 3
Resistência à tração perpendicular ao painel e A.1 3 Todas as
módulo (com as faces) remessas
Resistência ao corte do painel completo a) A.4 1
Controlo dimensional:   
- Espessura do painel D.2.1
- Desvio da planeza D.2.2
- Altura do perfil D.2.3
- Altura dos reforços D.2.4
- Comprimento do painel D.2.5
- Largura útil D.2.6 1 Todas as
remessas
- Desvio da perpendicularidade D.2.7 Todas as
- Desvio da retilinearidade D.2.8 remessas
- Arqueamento (curvatura) D.2.9
- Passo do perfil D.2.10
- Largura dos vales/nervuras D.2.11
Reação ao fogo – (6.3.5.3) b)   Especificação
b)
Resistência ao fogo – (6.3.5.3)   Registo
b)
Desempenho com fogo exterior – (6.3.5.3) ou  
CWFT
Desempenho do isolamento térmico – 5.2.2 A.10 Cada 3 meses
Permeabilidade à água – 5.2.6
Permeabilidade ao ar – 5.2.7 Inspeção visual  Todas as
Permeabilidade ao vapor de água – 5.2.8 remessas
a)
Apenas para painéis com núcleos isolantes em lamelas de MW e painéis parcialmente ligados.
b)
Registo da especificação do produtor (ver 6.3.5.3) ou declaração do fornecedor do desempenho dos componentes com fogo.
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6.4 Valores caraterísticos de famílias de ensaios

O conceito de famílias é descrito na secção 6.1. Este conceito é geralmente aplicado a caraterísticas mecânicas
e os parâmetros, que poderão variar dentro de uma família, incluem a profundidade do núcleo, geometria das
faces, características do material de extensão e face.
A avaliação de famílias de resultados de ensaios deve seguir os princípios enunciados na EN 1990:2002,
Anexo D. O procedimento que se segue é uma versão simplificada do procedimento mais geral dado na
EN 1990, que é considerada adequada para os fins da presente Norma.
As resistências características dos membros da família devem ser determinadas com base na expressão de
cálculo adequada “Xdes'', que relaciona os resultados do ensaio com todos os parâmetros relevantes. Esta
expressão de conceção poderá tanto ser baseada em fórmulas apropriadas de mecânica estrutural como
determinada numa base empírica.
A expressão de cálculo deve ser modificada para prever a resistência medida mais exata possível, ajustando os
coeficientes de modo a otimizar a correlação.
NOTA 1: A expressão cálculo ótima poderá ser determinada na base de uma análise de regressão, mas isto não é essencial. Uma
quantidade limitada de tentativa e erro é suficiente para atender os requisitos da presente secção.

Sempre que possível, as expressões de cálculo com uma variação linear entre o parâmetro variável (s) e os
valores necessários deverão ser preferidas.
NOTA 2: Este método continua a ser válido se a "expressão de cálculo" necessária for um valor constante.

De modo a calcular o desvio padrão, cada resultado de ensaio ‘x’ deverá primeiro ser normalizado dividindo-o
pelo valor correspondente previsto pela expressão de cálculo.

x
xn 
xdes

O número de ensaios ‘n’ deverá ser tomado como o número total de ensaios numa família completa. Para uma
família de pelo menos quatro ensaios, a resistência caraterística Rk deve depois ser obtida usando a seguinte
fórmula:

( yn  k yn )
Rk  x p  xdes e
onde:
xp é o valor percentil 5 % da população x
yn = Ln(xn)
yn é o valor médio de yn

k é o valor percentil dado no Quadro A.5


σyn é o desvio padrão de yn.
1 n
yn   Ln  xn.i 
n i 1
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7 Classificação e designação
Os painéis sanduíche devem ser classificados e designados de acordo com o Quadro 10 se requerido, por
exemplo quando sujeitos a requisitos regulamentares. Os valores declarados devem ser apresentados com dois
ou três algarismos significativos.
Quadro 10 – Classificação e designação
Secção Designação Unidades ou classes
5.2.1 Propriedades mecânicas:
- grau do metal / espessura / sistema de tolerâncias Declaração
- resistência à tração perpendicular ao painel MPa
- resistência ao corte (núcleo) MPa
- módulo de elasticidade ao corte (núcleo) MPa
- coeficiente de fluência a) (número)
- resistência à compressão (núcleo) MPa
a)
- resistência ao corte a longo termo MPa
- resistência de enrugamento c) MPa
ou resistência à flexão c) kNm/m
-
Massa volúmica Kg/m3
5.2.2 Transmissão térmica e conductibilidade térmica W/m2.K e W/m.k
5.2.3 Propriedades mecânicas a longo termo – Durabilidade Aceitação (cores - ver Anexo B)/Rejeição
5.2.4.1 Reação ao fogo Ver EN 13501-1
5.2.4.2 Resistência ao fogo Ver EN 13501-2 b)
b)
5.2.4.3 Desempenho de telhados com fogo exterior BROOF(t1,t2,t3) (CWFT) ou EN 13501-5
5.2.6 Permeabilidade à água Classe : por exemplo A (1200 Pa):
B (600 Pa): C (300 Pa). b)
5.2.7 Permeabilidade ao ar Valores C e n b)
b)
5.2.9 Isolamento aos sons aéreos Coeficiente: Rw(C:Ctr)
5.2.10 Atenuação acústica Coeficiente com um valor único: w b)

a)
Característica requerida apenas para painéis destinados a utilização como telhados e tetos.
b)
Estas características poderão ser designadas DND (Desempenho Não Determinado, ver secção ZA.3) quando a utilização
prevista não está sujeita a exigências regulamentares.
c)
Deve ser declarada quer a tensão de enrugamento quer a resistência à flexão. Deve ser declarada a tensão de enrugamento ou a
resistência à flexão quer para a flexão positiva, quer para a flexão negativa. Quando uma ou ambas as faces são planas ou
ligeiramente perfiladas, a tensão de enrugamento deve ser declarada para essas faces (secção A.5.5.3).
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8 Marcação, etiquetagem e embalagem


8.1 Marcação e etiquetagem
Deve ser disponibilizada pelo produtor a seguinte informação, junta ou fixada a cada embalagem ou lote de
painéis sanduíche ou disponibilizada com a documentação comercial:
a) nome e identificação legal do produtor e morada da instalação de produção ou identificação, quando
aplicável, do seu representante dentro do EEE;
b) número desta Norma, isto é, EN 14509;
c) informação sobre o tipo do produto, incluindo a referência/nome do produto;
d) massa do produto em kg/m2;
e) espessura do produto;
f) descrição das faces metálicas incluindo grau do metal, e revestimentos, conforme aplicável;
g) descrição do material do núcleo incluindo a identificação do material, espessura, massa volúmica aparente,
etc.;
h) valores das características no Quadro 10.
NOTA: Quando a secção ZA.3 abrange a mesma informação que a secção 8.1, os requisitos desta secção são satisfeitos.

Os produtores poderão desejar fornecer informação adicional com o produto quando apropriado.

8.1 Embalagem, transporte, armazenamento e manuseamento

Quaisquer instruções relativas ao transporte, armazenamento e manuseamento devem ser claramente visíveis
na embalagem ou na documentação que a acompanha.
Se são esperadas condições de serviço severas durante o transporte, armazenagem ou processamento, o
produto poderá ser fornecido com uma proteção adicional de um temporário, filme strippable, cera ou óleo.
O tipo, espessura, propriedades de adesão, formabilidade, resistência ao rasgamento e resistência à luz deverão
ser tomados em consideração na escolha de filmes protetores. Todos os filmes protetores podem ser expostos
ao intemperismo exterior apenas por um período limitado, sem deterioração.
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Anexo A
(normativo)

Procedimentos de ensaio para as propriedades dos materiais

A.1 Ensaio de tração perpendicular ao painel


A.1.1 Princípio
Este ensaio mede a resistência do painel à tração perpendicular e o módulo E do material do núcleo.
O valor característico da resistência do painel à tração perpendicular deve ser determinada de acordo com a
EN 1607 e as seguintes secções.

A.1.2 Aparelhos e utensílios


O equipamento de ensaio deve estar de acordo com a EN 1607.

A.1.3 Especímenes de ensaio


A amostragem e o condicionamento dos especímenes devem estar de acordo com as secções 6.2.2 e 6.2.3.
O ensaio deve ser realizado com as faces metálicas do painel intactas (aplicadas) a fim de incluir a resistência
à tração da ligação entre as faces e o núcleo ou para demonstrar a adfórmula da ligação.
Para painéis com faces perfiladas os especímenes devem ser cortados da espessura predominante (ver
exemplos na Figura A.1).

Figura A.1 – Corte dos especímenes


Os especímenes de ensaio devem ter secção reta quadrada com dimensão do lado entre 100 mm e 300 mm.
Quando aplicável, o espécimen deve incluir a largura total das lamelas.
Para os painéis parcialmente ligados, os especímenes devem ser cortados da parte totalmente ligada da secção
reta (ver o exemplo da direita na Figura A.1).
As dimensões do espécimen devem ser medidas de acordo com a EN 12085. A tolerância na dimensão do lado
deve ser  3 mm.
Os especímenes de ensaio são muito sensíveis ao processo de corte e à exatidão dos ensaios, em especial a
medição nos ensaios de tração. É requerido cuidado acrescido no processo de corte, especialmente se o
material do núcleo interior é relativamente fraco ou tem tendência a ser friável. O corte pode ser feito com
uma serra de fita, com lâmina de dentes finos. Poderá ser vantajoso colocar o espécimen entre duas faces de
contraplacado ou material similar a fim de reduzir as vibrações durante o processo de corte. Sugere-se que os
especímenes deverão ser cuidadosamente inspecionados depois de serem cortados. Os especímenes que
evidenciarem descolamentos das faces provocados pelo processo de corte devem ser rejeitados (até um
máximo de 30 % dos que foram submetidos ao corte para uma dada família de ensaios).
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Quando não é possível cortar um espécimen com duas faces planas, devido ao perfil das faces, o espécimen
deve ser preparado com uma peça de enchimento apropriadamente conformada, a qual é colada à face
perfilada (ver exemplos na Figura A.2).
Poderão ser coladas às faces camadas finas adicionais de forma a garantir que as placas de carga da máquina
de ensaios estão paralelas no início do ensaio de carga.
NOTA: Como alternativa à utilização de peças de enchimento conformadas e se a forma do perfil da face é adequada, poderá ser
possível colar dois especímenes juntos de tal forma que as faces perfilados se encaixam.

Figura A.2 – Exemplos de especímenes com peças de enchimento conformadas

A.1.4 Procedimento
O ensaio deve ser realizado carregando o espécimen de forma contínua, ou pelo menos em 10 incrementos,
utilizando uma máquina de ensaios de tração. A velocidade de deformação deve ter um valor mínimo de 1 %
de dc por minuto e não deve exceder 3 % de dc por minuto. Durante o ensaio a extensão deve ser medida com
exatidão de 0,01 mm.
O ensaio deve ser prosseguido até que a carga última (Fu) é atingida (Figura A.3). Se o espécimen não
evidencia uma carga última claramente definida o ensaio deve ser descontinuado quando a deformação relativa
excede 20 %.
Os ensaios devem ser realizados em condições normais de temperatura e humidade no laboratório, exceto
quando é realizado o ensaio a alta temperatura (secção A.1.6).

A.1.5 Cálculos e resultados

A.1.5.1 Resistência à tração perpendicular ao painel (fCt)


Deve ser traçada uma curva de carga-deflexão (ver Figura A.3) e a resistência à tração deve ser calculada
como se segue.
A resistência à tração fCt é dada pela Fórmula (A.1):
Fu
f Ct  (A.1)
A
onde:
Fu é a carga última
A é a área da secção reta do espécimen determinada com as dimensões medidas
NOTA: Para especímenes que não evidenciem uma carga última bem definida, Fu poderá ser definida alternativamente como a carga
a uma deformação relativa especificada. Para espumas de poliuretano, uma deformação relativa de 10 % (0,1.dc) poderá ser um limite
apropriado. Para materiais com uma estrutura celular mais rígida ou com estrutura não-celular poderá ser utilizado um valor
inferior.
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Figura A.3 – Curva de carga versus deflexão (Fu contra deslocamento “w”)
Os registos e interpretação dos resultados dos ensaios devem estar em conformidade com a secção A.16.
O relatório de ensaio deve estabelecer o valor característico (secção 6.2.3) para a resistência à tração e deve
estabelecer o modo de rutura, isto é, se a rutura ocorreu na camada de aderência ou no núcleo.
Deverá ser dada atenção especial aos casos em que a rutura ocorre junto da camada de aderência para
determinar a localização da rutura.

A.1.5.2 Módulo de elasticidade à tração E do núcleo (ECt)


O relatório de ensaio deve igualmente apresentar o módulo característico E do material do núcleo.
O módulo de elasticidade à tração ECt é dado pela Fórmula (A.2):
Fu d C
ECt  (A.2)
wu A
onde:
Fu é a carga última
dc é a espessura
wu é o deslocamento ideal à carga última baseado na parte linear da curva tal como mostra a Figura A.3
A é a área da secção reta do espécimen determinada a partir das dimensões medidas

A.1.6 Módulo de elasticidade à tração perpendicular ao painel a alta temperatura


Quando requerido por procedimentos de cálculo e de ETI mas não para o CPF de painéis exteriores, o ensaio
descrito nas secções A.1.1 a A.1.5 deve também ser realizado com especímenes que tenham sido aquecidos de
20 h a 24 h numa câmara de aquecimento a uma temperatura de 80 13 ºC. O ensaio de tração deve ser realizado
imediatamente antes do espécimen arrefecer.
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O ensaio poderá ser realizado aquecendo os especímenes juntamente com as placas de distribuição até uma
temperatura ligeiramente acima de 80 ºC e aplicar então a carga de ensaio, antes do espécimen arrefecer
abaixo dos 80 ºC (limites 80 13 ºC).
O valor característico do módulo E a alta temperatura deve ser indicado no relatório de ensaio.

A.2 Resistência à compressão e módulo do material do núcleo


A.2.1 Princípio
Este ensaio mede a resistência à compressão e o módulo E de elasticidade à compressão do material do núcleo.
O valor característico da resistência à compressão do material do núcleo deve ser determinado de acordo com
a EN 826 e as secções seguintes.

A.2.2 Aparelhos e utensílios


Os aparelhos e utensílios devem estar de acordo com a EN 826.

A.2.3 Especímenes de ensaio


A amostragem e o condicionamento dos especímenes devem estar de acordo com as secções 6.2.2 e 6.2.3.
A preparação dos especímenes deve ser feita tal como descrito na secção A.1.3. Se o perfil da(s) face(s) requer
a utilização de peças de enchimento estas não devem ser coladas às placas de carga.

A.2.4 Procedimento
O espécimen deve ser colocado entre as duas placas de carga rígidas e paralelas duma máquina de ensaios de
compressão. A velocidade de carga deve ser suficiente para provocar um deslocamento com um valor mínimo
de 1 % de dc por minuto e não deve exceder 3 % de dc por minuto. Durante o ensaio o deslocamento deve ser
medido com exatidão de 0,01 mm e deve ser traçada uma curva carga-deflexão (ver Figura A.3).
Os ensaios devem ser realizados em condições normais de temperatura e humidade no laboratório.

A.2.5 Cálculos e resultados

A.2.5.1 Resistência à compressão (fCc)


A resistência à compressão fCc do material do núcleo deve ser calculada utilizando a Fórmula (A.3):
Fu
f Cc  (A.3)
A
onde:
Fu é a carga última
A é a área da secção reta do espécimen determinada a partir das dimensões medidas
NOTA: Para especímenes que não evidenciem uma carga última bem definida, Fu poderá ser definida alternativamente como a carga
a uma deformação relativa especificada. Para espumas de poliuretano, uma deformação relativa de 10 % (0,1 dc) poderá ser um limite
apropriado ( ver Figura A.3). Para materiais com uma estrutura celular mais rígida ou com estrutura não-celular poderá ser utilizado
um valor inferior.

A.2.5.2 Módulo de elasticidade à compressão E do núcleo (ECc)


O relatório de ensaio deve também apresentar o módulo E do material do núcleo.
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O módulo de elasticidade à compressão ECc do material do núcleo deve ser calculado utilizando a Fórmula
(A.4):
Fu d C
ECc  (A.4)
wu A
onde:
Fu é a carga última
dC é a espessura
wu é o deslocamento ideal à carga última baseada na parte linear da curva, tal como mostrado na
Figura A.3
A é a área da secção reta do espécimen determinada a partir das dimensões medidas
Os registos e interpretação dos resultados dos ensaios devem estar em conformidade com a secção A.16.
O relatório de ensaio deve estabelecer o valor característico (secção 6.2.3) para a resistência à compressão e
módulo do material do núcleo.

A.3 Ensaio ao corte do material do núcleo


A.3.1 Princípio
Este ensaio determina a resistência ao corte e o módulo de elasticidade ao corte do material do núcleo. A carga
de rutura suportada pelo espécimen em rutura ao corte deve ser medida e o módulo de elasticidade ao corte
calculado da curva carga-deflexão.

A.3.2 Aparelhos e utensílios


O aparelho de ensaio de flexão é mostrado na Figura A.4.
São requeridas placas de aço de repartição das cargas (p) sob os pontos de carga e sobre os suportes. A
espessura das placas de repartição das cargas deve estar entre 8 mm e 12 mm.
A largura Ls das placas de repartição das cargas nos pontos de suporte e de carga deve ser no mínimo de
60 mm. Este valor deve ser aumentado como necessário, a fim de evitar esmagamentos localizados do núcleo e
atingir a tensão de corte máxima na rotura. A distância livre entre o prato de carga e o prato de suporte não
deve ser inferior a 1,2 dc.
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Legenda
F carga aplicada
r rolos, com raio 15 mm
w deflexão medida
p placas metálicas de repartição de cargas com largura Ls
o saliência em balanço não excedendo 50 mm
Figura A.4 – Ensaio com dois pontos de aplicação da carga

A.3.3 Especímenes de ensaio


O condicionamento dos especímenes de ensaio deve estar em conformidade com as secções 6.2.2 e 6.2.3.
Os especímenes devem ser cortados na direção do comprimento do painel. A posição deve ser escolhida de tal
forma que as faces do espécimen sejam planas e paralelas.
NOTA 1: As faces poderão incorporar perfis ligeiros.

Para todos os materiais de núcleo, exceto lamelas MW, a largura do espécimen deve ser 100 mm  2 mm. Para
lamelas MW a largura a ser usada deve ser  100 mm e deve ser escolhida de forma a incorporar pelo menos
uma largura completa de lamelas. Não deve haver topos de lamelas cortados ou de material do núcleo pré-
moldado dentro do comprimento do espécimen de ensaio.
NOTA 2: Com painéis mais espessos e painéis com núcleos de lamelas, poderá ser preferível utilizar o ensaio descrito na secção A.4
para determinar a resistência ao corte e o módulo de painéis.

O vão L deve ser escolhido de forma a conseguir uma rutura ao corte. O vão recomendado é 1000 mm. Se o
vão recomendado não gera uma rutura ao corte similar à mostrada na Figura A.5, o vão deve ser reduzido a
incrementos de 100 mm até que seja conseguida uma rutura ao corte. Os ensaios subsequentes devem então ser
realizados com o vão reduzido.
NOTA 3: Com painéis mais espessos poderá ser vantajoso utilizar vãos maiores que 1000 mm.

Se o ensaio não resultar em rutura ao corte, os resultados poderão ser utilizados para o ETI e o CPF e o
resultado será seguro.
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Figura A.5 – Rutura ao corte típica

A.3.4 Procedimento
O espécimen deve ser carregado tal como mostra a Figura A.4. A velocidade de carga deve ser suficiente para
causar uma rutura entre 1 min a 5 min depois do início do ensaio. Durante o ensaio a deflexão deve ser medida
com exatidão de 0,01 mm. A carga deve prosseguir até que a rutura ocorra e deve ser traçada uma curva carga-
deflexão.
No caso de painéis espessos, procedimentos de ensaio usando quatro pontos de carga poderão ser usados para
alcançar rutura por corte.
Os ensaios devem ser realizados em condições normais de temperatura e humidade no laboratório.
A espessura do metal, excluindo todos os revestimentos de proteção de ambas as faces de cada espécimen,
deve ser medida e registada.

A.3.5 Cálculos e resultados – carga a curto termo

A.3.5.1 Resistência ao corte do material e do núcleo (fCv)


A resistência ao corte na rutura fCv do material do núcleo deve ser calculada da carga máxima atingida num
espécimen em rutura ao corte como se segue (A.5):
Fu
f Cv  k v (A.5)
2 Be
onde:
Fu é a carga última suportada pelo espécimen em rutura ao corte
B é a largura medida do espécimen
e é a profundidade medida entre os centros de gravidade das faces
kv é o fator de redução para topos cortados em núcleos pré-moldados ou em lamelas
A resistência ao corte para painéis com núcleos descentrados pré-moldados ou com núcleos de lamelas deve
ser reduzida para ter em conta o facto de que os topos cortados dos materiais dos núcleos têm resistência ao
corte reduzida ou nula. Para painéis com núcleos pré-moldados, sem lamelas, não deve ser considerada
redução na resistência ao corte quando as junções estão coladas.
Se nenhuma redução é tomada em consideração, é importante que as juntas entre as extremidades das lamelas
sejam completamente coladas, geralmente por aderência. O produtor deverá demonstrar que o desempenho é
adequado.
Para painéis com espuma aplicada em obra como material do núcleo, ou com o núcleo pré-moldado numa só
peça, ou para painéis com topos cortados os quais são colados, kv = 1,0. Para outros painéis, com núcleos pré-
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moldados ou com lamelas, a menos que um resultado melhor possa ser justificado ensaiando uma largura útil
total de um painel de acordo com a secção A.4, kv deve ser calculado pela Fórmula (A.6):

largura mínima do material não cortado do núcleo sobre uma linha de topos cortados (A.6)
kv =
largura total do painel

Quando as extremidades cortadas são mais próximas entre si do que 5 cm no sentido longitudinal, elas devem
ser tratadas como um corte final.
Os registos e a interpretação dos resultados de ensaio devem estar em conformidade com a secção A.16.
O relatório de ensaio deve estabelecer o valor característico (6.2.3) para a resistência ao corte em megapascal
(MPa). O vão deve ser declarado no relatório de ensaio.

A.3.5.2 Módulo de elasticidade ao corte do material do núcleo (GC)


Para cada espécimen de ensaio, o módulo de elasticidade ao corte GC deve ser calculado da inclinação da parte
 F 
reta da curva carga-deflexão  como se segue (A.7):
 w 

E F 1 . AF 1 .E F 2 AF 2 2
Rigidez à flexão BS  .e
E F 1 . AF 1  E F 2 . AF 2

Deflexão em flexão FL3


wB 
56,34 BS

Deflexão em corte wS = w - wB

Módulo de elasticidade ao corte FL (A.7)


GC 
6 AC wS

onde:
EF1 é o módulo E da face superior
EF2 é o módulo E da face inferior
AF1 é a área medida da secção reta da face superior baseada na espessura medida do aço
AF2 é a área medida da secção reta da face inferior baseada na espessura medida do aço
e é a profundidade medida entre os centros de gravidade das faces
w é a deflexão a meio vão para um incremento de carga F tirada da inclinação da parte reta da curva
carga-deflexão
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dC é a profundidade do material do núcleo (ver secção D.2.1 onde dC = D – (t1 + t2) isto é, a espessura das
duas faces)
Ac é a área da secção reta do núcleo baseada na profundidade medida dc
L é o vão do espécimen de ensaio na rutura por corte
Os registos e a interpretação dos resultados de ensaio devem estar em conformidade com a secção A.16.
O relatório de ensaio deve estabelecer os valores médio e característico (secção 6.2.3) para o módulo de
elasticidade ao corte em megapascal (MPa). O vão deve ser declarado no relatório de ensaio.

A.3.5.3 Painéis parcialmente ligados


Se o núcleo não está completamente ligado com as faces os valores declarados devem ser calculados
utilizando os seguintes procedimentos com base nas dimensões como ilustrado na Figura A.6.

É importante que a superfície não aderente sobre a largura total do painel modular não seja muito grande e que
as áreas de ligação tenham uma dimensão mínima de segurança. O produtor deverá ensaiar para garantir que
há uma dimensão funcional segura entre áreas não aderentes.

Legenda:
a área não ligada (bnd = largura não ligada)
b área ligada
dc profundidade continua do núcleo

Figura A.6 – Painel parcialmente ligado

onde b nd  2  d c  0,58 a área não ligada tem apenas uma pequena influência nos valores registados.

O valor declarado da resistência ao corte fCv deve ser determinado usando a Fórmula (A.5) e o módulo de
elasticidade ao corte Gc usando a Fórmula (A.7).

Onde b nd  2  d c  0,58 os valores declarados devem ser reduzidos de acordo com as Fórmulas (A.8) e (A.9).
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 b  1.16 d c 
fCv ,red  f Cv  1  nd 
 p  (A.8)

 b  1.16 dc 
GC ,red  GC 1  nd 
 p  (A.9)

onde:

fCv e GC são determinados usando a Fórmula (A.5) e a Fórmula (A.7)

p é o passo de acordo com a Figura A.18

Alternativamente, a resistência ao corte fCv e o módulo de elasticidade ao corte Gc devem ser determinados de
acordo com A.4.

A.3.6 Procedimentos de ensaio, cálculos e resultados – carga a longo termo

A.3.6.1 Princípio
Quando requerido para fins de cálculo para aplicações em telhados e tetos, e não havendo ensaios disponíveis,
a resistência ao corte a longo termo com 2000 h e 100000 h deve ser calculada como:
40 % do valor a curto termo, se t é inferior ou igual a 2,4 com 2000 h
30 % do valor a curto termo, se t é superior a 2,4 com 2000 h.

Onde t é o coeficiente de fluência de acordo com A.6.5.

A.3.6.2 Procedimento
Utilizando o aparelho descrito na Figura A.4 devem ser realizados pelo menos 10 ensaios de carga a longo
termo. Estes ensaios devem ser realizados com especímenes nominalmente idênticos sujeitos a um conjunto de
cargas, que devem ser mantidas constantes após a aplicação inicial. As cargas devem ser escolhidas de tal
forma que as ruturas de n  10 especímenes sejam repartidas ao longo do intervalo de tempo de
6 min  t  1000 h. Os especímenes que entram em rutura após t > 1000 h poderão também ser incorporados
na análise.
Não são requeridas medições da deformação.
Os ensaios devem ser realizados em condições normais de temperatura e humidade no laboratório.

A.3.6.3 Resultados e cálculos


Com base nos resultados de ensaios para as cargas de rutura, deve ser traçada uma linha reta de regressão
linear (ver Figura A.7), a fim de evidenciar a relação entre a resistência média de longo termo ao corte e a
resistência inicial ao corte (resistência a curto termo) como função do tempo de carga medido em escala
logarítmica.
A resistência ao corte a longo termo em 2000 h ou 100000 h deve ser determinada por extrapolação utilizando
a reta de regressão do valor médio.
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Legenda:
t tempo (horas)
 tensão de corte no espécimen
fv resistência ao corte (a curto termo)
Figura A.7 – Reta de regressão evidenciando a resistência ao corte a longo termo

A.4 Ensaio para determinar as propriedades de corte de um painel completo


A.4.1 Princípio
Este ensaio é uma alternativa a A.3 e disponibiliza um método mais fiável para determinação da resistência ao
corte e dos módulos de elasticidade ao corte dos painéis com núcleos de lamelas e pré-moldados, quando as
junções entre os elementos do núcleo possam afetar as propriedades de corte. O valor determinado pelo ensaio
tem em conta a influência da junta da extremidade sobre o módulo de elasticidade ao corte.
NOTA 1: Quando este ensaio é utilizado para painéis com faces perfiladas poderá haver uma falha primária devido ao enrugamento
na face perfilada e apenas uma falha secundária devido ao cisalhamento do núcleo. O valor obtido pode ser utilizado como a
resistência ao corte.
NOTA 2: As expressões para determinar as propriedades de corte de painéis com faces perfiladas (ver A.4.5.3 e A.4.5.5) tornam-se
relativamente complicadas e requerem o uso de gráficos de cálculo ou software de computador para encontrar soluções numéricas.
Informação adicional na fórmula para painéis sanduíche de todos os tipos é dada em “construção em sanduíche leve' [3].

A.4.2 Aparelhos e utensílios


A carga de ensaio deve ser aplicada usando quer cargas de linha estendendo-se por toda a largura do painel,
como ilustrado na Figura A.4, quer na forma de uma carga distribuída uniformemente usando quer pressão do
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ar ou um vácuo parcial. Quando usando uma carga distribuída uniformente, a carga aplicada deve ser medida
por meio de células de carga e não por medição da pressão do ar.
São necessárias placas de aço para repartição de cargas sob os pontos de carga e sobre os apoios. Quando se
ensaiam amostras com faces perfiladas e são usadas cargas de linha, a carga deve ser aplicada através de vigas
transversais de carga de madeira ou aço em conjunto com placas de carga da madeira (ver Figura A.12).
A largura Ls das placas de repartição de cargas não deve ser menor que 60 mm. Esta largura poderá ser
aumentada, se necessário, a fim de evitar esmagamentos localizados do núcleo. A distância livre entre as
placas de carga e as placas de apoio não deve ser inferior a 1,2 dc. A espessura das placas de repartição de
cargas deve estar entre 8 mm e 12 mm.
As condições de suporte devem ser tais que não se aplique nenhuma restrição à rotação do painel sobre as
linhas de suporte.

A.4.3 Especímenes de ensaio


A amostragem e condicionamento dos especímenes devem estar em conformidade com as secções 6.2.2 e
6.2.3.
O vão L deve ser escolhido de forma a permitir uma rutura por corte.
Para painéis com material do núcleo descontínuo, devem ser realizados ensaios sobre toda a largura útil com
as junções no material do núcleo dispostas na forma mais desfavorável que possa ser conseguida na prática
mas não a uma distância do suporte menor que metade da espessura do painel.
O vão deverá ser escolhido de modo a ser próximo, mas menor do que o vão maior que dá origem a uma rutura
ao corte fiável, reconhecido pelo modo de falha mostrado na Figura A.5. O vão recomendado para uso geral é
de 1000 mm, mas para painéis profundos (dc > 100 mm) um vão maior poderá ser recomendado. Se o vão
recomendado escolhido não resulta numa rutura ao corte similar à ilustrada na Figura A.5, o vão deverá ser
reduzido em incrementos de 100 mm até que seja obtida uma rutura ao corte. Os ensaios subsequentes deverão
ser realizados com o vão reduzido.
NOTA : Junções no material do núcleo próximas do suporte são mais críticas do que as junções próximas do meio vão.

O produtor poderá, se pretender, tomar em consideração uma rutura ao corte sem deformação visível por
compressão do material do núcleo nos suportes. Se for este o caso as deflexões visíveis ws1 e ws2 nos suportes
devem ser medidas durante os ensaios. A deflexão w a utilizar nos cálculos do módulo de elasticidade ao corte
deve então ser modificada por subtração do valor.
 ws1  ws 2  a partir da deflexão medida w
 
 2 
onde:
ws1 e ws2 são as deflexões medidas da face superior do espécimen nos apoios esquerdo e direito,
respetivamente
Na EN 14509:2006, a dedução para a compressão visível nos apoios era obrigatória. No entanto, análises de
elementos finitos detalhados posteriores sugeriram que fazer essa dedução nem sempre poderá resultar no
valor mais preciso do módulo de elasticidade ao corte. Por esta razão, após novas pesquisas, fazer esta
dedução está agora a ser considerada como opcional. Não existe nenhum procedimento "seguro", porque
introduzindo um valor baixo do módulo de elasticidade ao corte nos cálculos de dimensionamento irá
geralmente resultar em desvios mais críticos em conjunto com tensões menos críticas nas faces, e vice-versa.
A decisão do produtor deverá refletir qual destes é considerado o fator mais importante no cálculo.
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A espessura líquida do metal, excluindo todos os revestimentos de proteção, de ambas as faces de cada
espécimen de ensaio (tf1, tf2) deve ser medida e registada. A disposição das junções utilizada nos ensaios deve
ser descrita no relatório de ensaio.

A.4.4 Procedimento
O ensaio deve ser realizado submetendo uma largura total útil de um painel simplesmente apoiado seja a duas
cargas lineares aplicadas a igual distância, seja a carga uniformemente distribuída.
Uma carga uniformemente distribuída poderá ser aplicada usando pressão de ar gerado por um aparelho de
ensaio de câmara de vácuo ou bolsas de ar (A.5).
Outras posições da carga poderão ser usadas e as propriedades calculadas em conformidade.
A velocidade de carga deve ser uniforme e tal que resulte em rutura entre 1 min e 5 min após o início do
ensaio. Durante o ensaio, a deformação deve ser medida com uma exatidão de 0,01 mm. A carga deve ser
continuada até a rutura e a curva de carga-deformação deve ser traçada.
Os ensaios devem ser realizados em condições normais de temperatura e humidade no laboratório.

A.4.5 Resultados e cálculos

A.4.5.1 Generalidades
A carga Fu na rutura dá a resistência ao corte do painel completo incluindo a contribuição tanto do núcleo
como das faces.

A.4.5.2 Painéis com faces planas ou levemente perfiladas carregados sujeitos a cargas lineares
Para painéis com faces planas ou ligeiramente perfiladas sujeitos a duas cargas lineares aplicadas nos terços do
vão, o cálculo da resistência ao corte fCv deve ser feito como se segue (A.10):
Fu (A.10)
f Cv 
2 Be
onde:
Fu é a carga última suportada pelo espécimen colapsado ao corte incluindo o próprio peso e o peso de
qualquer equipamento de carga
B é a largura do núcleo do espécimen
e é a profundidade medida entre os centros de gravidade das faces
e o módulo de elasticidade ao corte GC deve ser conforme indicado na secção A.3.5.2 (Fórmula (A.7)).
Nos casos em que uma caixa de vácuo é utilizada e a área de apoio não é protegida e, portanto, afetada pela
pressão do ar, a reação do apoio medida deve ser reduzida pela multiplicação da carga total medida pela
relação

 L  Ls 
 
 L  Ls 

onde
Ls é a largura da placa de suporte
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A.4.5.3 Painéis com uma ou duas faces perfiladas sujeitos a cargas lineares
Para painéis com quer uma ou duas faces perfiladas sujeitos a dois pontos de carga aplicados nos três pontos
de carga do vão, o módulo de elasticidade ao corte Gc deve ser calculado a partir do declive da parte reta da
 F 
curva de deflexão  usando a Fórmula (A.11).
 w 
NOTA: Este cálculo é iterativo pois λ depende do módulo de elasticidade ao corte, que é inicialmente desconhecido.

 F  2
  BS LdC
GC   ws 
6 AC e 2  BS  BD 1   
Módulo de elasticidade ao corte (A.11)

onde:

Deflexão ao corte ws  w  wB

Δw é a deflexão a meio-vão para um incremento de carga ΔF tomado a partir do declive da parte linear
da curva carga-deflexão

     
sinh   sinh   
Flexão de deflexão = F L3  23 1  3  2
wB     
BS  BD 1296 6   2   3 sinh    
 

Ac é a área de secção reta do núcleo

dC é a profundidade do núcleo

BD
α =
BS

BD = EF 1 I F 1  EF 2 I F 2

EF 1 AF 1 EF 2 AF 2 e2
BS =
EF 1 AF 1  EF 2 AF 2

BS dC
β=
Be2 GC L2

1 
λ=


e onde a geometria assumida e os restantes símbolos são dados em E.1.

A resistência ao corte fCv deve ser calculada como apresentado a seguir usando a Fórmula (A.12)):
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   2 
 sinh    sinh  
Fu 3  3  (A.12)
fCv  1 
2 1    AC  sinh    
 

A.4.5.4 Painéis com faces planas ou ligeiramente perfiladas sujeitos a câmara de vácuo ou saco de carga
aérea

Para os painéis sujeitos a uma carga uniformemente distribuída, a resistência ao corte fCv deve ser calculada
usando a Fórmula A.10.

O módulo de elasticidade ao corte deve ser calculado a partir do declive da parte reta da curva de carga-
 F 
deflexão  usando a fórmula (A.13).
 w 

F L3
Flexão deflexão wB 
76,8 BS

Deflexão ao corte wS  w  wB

 F  2
  BS L dC
GC   ws 
8 AC e 2  BS  BD 1   
Módulo de elasticidade ao corte (A.13)

A.4.5.5 Painéis com uma ou duas faces perfiladas sujeito a câmara de vácuo ou saco de carga aérea

Para painéis sujeitos a uma carga uniformemente distribuída, o módulo de elasticidade ao corte deve ser
 F 
calculado a partir do declive da parte reta da curva de carga-deflexão  usando a fórmula (A.14), onde a
 w 
geometria assumida e símbolos são dados em E.1:

NOTA: Este cálculo é iterativo pois depende do módulo de elasticidade ao corte, que é inicialmente desconhecido.

 F 
  BS LdC
 ws 
Módulo de elasticidade ao corte GC  (A.14)
8 Be 2  BS  BD 1   

onde:

  
 cosh    1 
F L 3
5 2
Flexão deflexão wB    
 BS  BD   384   4 cosh    
  
 2 
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Deflexão ao corte ws  w  wB

A resistência ao corte fCv deve ser calculada usando a Fórmula (A.15)

  
 sinh   
Fu 1 2 
fCv   
(1   ) AC  2  
 cosh   
  2   (A.15)

Para os painéis com outros sistemas de carregamento, a resistência ao corte e o módulo de elasticidade ao
corte do material do núcleo devem ser determinadas por cálculo. Onde relevante, este cálculo deve ter em
conta as faces perfiladas.

Registo e interpretação dos resultados dos ensaios devem ser conformes com A.16. O relatório de ensaio deve
indicar tanto a média como os valores caraterísticos (6.2.3) do módulo de elasticidade ao corte e resistência ao
corte em megapascal (MPa). Apenas o valor médio do módulo de elasticidade ao corte obtidos a partir dos
resultados do ensaio disponíveis devem ser declarados. O valor do percentil 5 % deve ser registrado para fins
CPF.

A.5 Ensaio para determinação da capacidade do momento-fletor de um painel


simplesmente apoiado
A.5.1 Princípio
Este ensaio é utilizado para determinar o momento-fletor de painéis nos quais o vão L é suficientemente
grande para assegurar uma rutura à flexão, isto é, enrugamento, fluência ou empeno das faces. A tensão de
enrugamento de faces planas ou ligeiramente perfiladas, ou as tensões de empeno ou de fluência para faces
perfiladas devem então ser determinadas por cálculo.
NOTA: Há vários sistemas de carga alternativos que simulam uma carga uniformemente distribuída sobre um painel. Todos eles dão
resultados similares para a resistência à flexão do painel.

A.5.2 Aparelhos e utensílios

A.5.2.1 Disposição das cargas


O ensaio deve ser realizado submetendo um painel simplesmente apoiado a quatro cargas lineares (ver Figura
A.8 ou Figura A.9) aplicadas sobre toda a largura útil do painel, ou a pressão de ar criada por um equipamento
de ensaio com câmara de vácuo parcial ou sacos insufláveis (ver Figura A.10).
NOTA: Cada um destes sistemas de carga dá origem ao mesmo momento fletor máximo.

Fu L
Mu 
8
onde:
Fu é a carga final total do painel, incluindo o peso próprio do próprio painel e o peso do equipamento
de carga
NP
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Em geral, a carga deve ser medida por células de carga localizadas debaixo dos suportes. Alternativamente, se
a carga é aplicada por um macaco e vigas de carga, ela poderá ser medida por uma célula de carga no ponto de
aplicação da carga.

Figura A.8 – Painel simplesmente apoiado: 4 cargas lineares

Figura A.9 – Painel simplesmente apoiado: 4 cargas lineares (alternativa)

Legenda:
w carga por unidade de comprimento
Figura A.10 – Painel simplesmente apoiado: pressão de ar

A.5.2.2 Condições de suporte


As condições de suporte devem ser tais que não se aplique nenhuma restrição à rotação do painel sobre as
linhas de suporte.
Na Figura A.11 é mostrado em detalhe um suporte de painel adequado. A largura dos suportes deve ser
suficientemente larga para evitar esmagamentos localizados do núcleo.
Poderão ser utilizados blocos de madeira para evitar a deformação de uma nervura lateral que não contenha
espuma.
NP
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Figura A.11 – Detalhe dos apoios do painel


A.5.2.3 Aplicação da carga às faces do painel
Quando as cargas lineares são aplicadas a painéis com faces ligeiramente perfiladas, elas devem ser aplicadas
por meio de placas de carga (ver Figura A.4).
São necessárias placas de repartição de cargas sob os pontos de carga e sobre os suportes. A largura Ls das
placas de repartição de cargas no suporte e os pontos de carga deve ser de no mínimo 60 mm. Este valor deve
ser aumentado até 200 mm, se necessário, a fim de evitar o esmagamento local do núcleo. A espessura das
placas de repartição de cargas deve ser de 8 mm a 12 mm.
Se as cargas lineares são aplicadas a uma face perfilada, elas devem ser aplicadas por meio de vigas
transversais de carga em madeira ou em aço, juntamente com placas de carga em madeira colocadas nas
caleiras do perfil (ver Figura A.12). A largura das placas de carga deve ser suficiente para evitar a rutura à
compressão do núcleo abaixo das placas.
Poderá ser colocada uma camada de feltro, borracha ou outro material similar entre as placas de carga e o
painel a fim de reduzir a possibilidade de danos localizados.
Cargas de linha não devem ser aplicadas diretamente a uma face perfilada parcialmente ligado, ou seja, uma
face onde existem vazios abaixo do perfil.
As cargas devem ser mantidas perpendicularmente ao painel ao longo do ensaio.

Figura A.12 – Placas de carga para faces perfiladas


Se a caleira do perfil inclui reforços secundários integrados, as placas de carga devem ser conformadas
apropriadamente (ver Figura A.13).
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Figura A.13 – Placas de carga para faces com reforços

A.5.3 Especímenes de ensaio


O vão necessário depende de vários fatores incluindo a altura total dc do painel e deve ser escolhido para
proporcionar uma rutura à flexão.
NOTA 1: Os valores do Quadro A.1 são disponibilizados para orientação

Quadro A.1 – Critérios indicativos do vão para proporcionar rutura à flexão


Profundidade total do painel (dc) Vão indicativo (L)
dc < 40 mm 3,0 m
40 mm  dc < 60 mm 4,0 m
60 mm  dc < 100 mm 5,0 m
dc  100 mm 6,0 m

Se os valores de vão do Quadro A.1 dão origem a uma rutura por corte, eles devem ser aumentados em
incrementos de 1,0 m até que seja obtida uma rutura por flexão.
No caso de painéis do mesmo tipo mas com diferentes espessuras de faces, devem ser ensaiados pelo menos os
painéis com a face mais fina.
NOTA 2: Poderá ser vantajoso ensaiar mais do que uma espessura de face de modo a obter valores de tensão de enrugamento
melhorados.

A.5.4 Procedimento
Para todos os painéis, incluindo aqueles com faces superiores e inferiores similares, este ensaio deve ser
realizado em ambas as orientações do painel porque a tensão de enrugamento poderá ser grandemente
influenciada pelo facto de, no momento da produção, a face estar situada na parte superior ou inferior do
painel.
Antes do ensaio deve ser aplicada uma pequena carga, a qual não deve ser superior a 10 % da carga de rutura,
durante não mais de cinco minutos e depois retirada.
Os ensaios devem ser realizados em condições normais de temperatura e humidade no laboratório.
O painel deve ser carregado de forma constante em pelo menos 10 incrementos até que ocorra a rutura. A
velocidade de deflexão deve ser tal que resulte em rutura entre 5 mina 15 min depois do começo do ensaio.
Tanto a carga como a deflexão central devem ser registadas. Os transdutores de deslocamento devem ter uma
exatidão de 0,1 mm.
Após conclusão do ensaio, a espessura líquida do metal excluindo todos os revestimentos de proteção e a
tensão de fluência de cada face também devem ser determinadas com um mínimo de três especímenes por
painel e registadas.

A.5.5 Resultados e cálculos

A.5.5.1 Generalidades
Os registos e a interpretação dos resultados de ensaio devem estar em conformidade com A.16.
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A carga de rutura e a natureza e localização da rutura devem ser registadas. Deve ser traçada uma curva
carga-deflexão para o deslocamento central.

A.5.5.2 Determinação da capacidade do momento-fletor (Mu)


A capacidade do momento-fletor Mu deve ser dada pela Fórmula (A.16):
Fu L (A.16)
Mu 
8
onde:
Mu é o momento-fletor último registado no ensaio incluindo o efeito do peso próprio do provete e da
massa do equipamento de carga
Fu é a carga total registada no ensaio incluindo a compensação para o peso próprio do painel e o peso do
equipamento de carga
Os valores do momento-fletor determinados a partir dos ensaios devem adicionalmente ser corrigidos pelos
fatores de correção apresentados na secção A.5.5.4 e A.5.5.5 antes de obter os valores característicos para
serem declarados.

A.5.5.3 Determinação da tensão de enrugamento (w) de uma face plana levemente perfilada ou a tensão
de empeno local de uma face perfilada
A tensão de enrugamento w é apenas diretamente relevante para painéis em que a face em compressão é
completamente ligada e quer plana ou levemente perfilada. Contudo, com base nesta Norma , o termo “tensão
de enrugamento w“ é também considerado para incluir o empeno local de uma face perfilada em compressão,
quer completamente ou parcialmente ligada ao núcleo.
A tensão de enrugamento de um painel deve ser obtida determinando o momento-fletor último. A tensão de
rutura da face é depois obtida por cálculo.
Para painéis com faces interiores e exteriores similares, a conceção deve ser baseada na tensão de enrugamento
menos favorável.
NOTA 1: Devido à forma como a espuma ou adesivo é fixado durante a fabricação, é possível que as faces superiores e inferiores
nominalmente idênticas tenham tensões de enrugamento significativamente diferentes. Este requisito reconhece que poderá não ser
possível identificar qual face foi a mais elevada durante o fabrico uma vez o produto ter deixado a fábrica.

Se a face sob tensão é plana ou ligeiramente perfilada a tensão de enrugamento w deve ser dada a partir do
momento fletor de acordo com a Fórmula (A.17):
Mu
w  (A.17)
eA1
onde:
e é a profundidade entre os centros de gravidade das faces
AF1 é a área da secção reta da face em compressão
Se a face sob tensão neste ensaio é perfilada, a tensão de enrugamento w deve ser determinada a partir da
última carga de ensaio de acordo com a Fórmula (A.18):
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  
 cosh    1 
Fu L 1 2 
w    (A.18)
1    e AF 1  8  2 cosh    
  
 2
Onde a geometria assumida é dada em E.1 e os símbolos são os definidos com a Fórmula (A.11).

NOTA 2: λ é dependente do módulo de elasticidade ao corte (ver A.3 ou A.4).

A tensão de enrugamento calculado desta forma não deve exceder a tensão de limite elástico do material da
face.
Os valores da tensão de enrugamento determinados dos ensaios devem ser adicionalmente corrigidos pelos
fatores de correção apresentados em A.5.5.4 e A.5.5.5 antes de serem obtidos os valores característicos a
declarar.
No caso de painéis do mesmo tipo mas com diferentes espessuras de faces, em que apenas foram ensaiados
painéis com as faces mais finas, as tensões de enrugamento devem ser determinadas utilizando a Fórmula
(A.19):
 w,t  f . w,t
2 1
(A.19)

onde:
w,t2 é a tensão de enrugamento da face mais espessa, t2
w,t1 é a tensão de enrugamento da face mais fina, t1

A1  3 I 2
f é o fator de redução =
A2  3 I1
A1, I1 são a área da secção reta e o momento de inércia da face com t1
A2, I2 são a área da secção reta e o momento de inércia da face com t2
Para painéis sem junções no núcleo a tensão de enrugamento w poderá ser determinada, em alternativa aos
ensaios, pela Fórmula (A.20):
 w   3 GC  EC  EF (A.20)

onde EC é a média dos valores características dos módulos de elasticidade à tração e compressão do material
do núcleo, Fórmula (A.21).
ECt  ECc
EC  (A.21)
2
GC é o módulo de elasticidade ao corte característico do material do núcleo
EF é o módulo de elasticidade à compressão do material da face
 é um valor numérico que é geralmente maior que 0,5. Na ausência de ensaios de grande escala,
 w poderá ser determinado por cálculo com 
NOTA 3: Embora seja possível, na maior parte dos casos, obter o valor teórico da tensão de enrugamento por cálculo, valores mais
favoráveis dessa tensão serão geralmente obtidos por ensaios.
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NOTA 4: O empeno local de uma face perfilada em compressão geralmente provoca uma distribuição da tensão não uniforme nos
elementos do perfil e esta por sua vez, provoca uma redução aparente da tensão de fluência aparente. Este efeito é contrariado pelo
material do núcleo e é, portanto, mais significativa quando o perfil não está preenchido com material de núcleo totalmente ligado
como num painel ligado de forma incompleta. Para os fins desta Norma, a tensão de enrugamento σyr é a tensão de fluência aparente
quando este efeito é tomado em consideração.

Se a face em compressão é perfilada e a outra face é plana ou ligeiramente perfilada, a tensão de enrugamento
σyr deve ser determinada a partir do momento de flexão de acordo com a Fórmula (A.22):

M Su M Du EF 1 d11
 yr   (A.22)
e AF 1 BF
onde

  
 cosh    1 
Fu L 1 2 
M Su   
1  8 
 2 cosh   
  2  

  
 cosh    1 
Fu L  1 2
M Du    
1  8   
  cosh  
2
  2  
Se ambas as faces são completamente perfiladas, a Fórmula (A.22) deve ser substituída pela fórmula
apropriada a partir de E.7.2.5.

A.5.5.4 Fatores de correção a aplicar a resultados de ensaios para o momento-fletor e a tensão de


enrugamento
Os seguintes fatores de correção devem ser utilizados dentro do intervalo de tolerância de espessura, sempre
que o tobs medido é menor do que o valor de conceção t e/ou a tensão de fluência medida fy,obs é maior do que a
resistência à fluência de cálculo.
Para a rutura da face metálica perfilada à compressão enrugamento os resultados de ensaio individuais
devem ser ajustados de acordo com a Fórmula (A.23a) e (A.23b):
 
 fy   t 
Radj ,i  Robs ,i     [cálculo da tensão de enrugamento] (A.23a)
f 
 y ,obs   t obs 

NOTE 1: A Fórmula (A.23 a) é também aplicável a todos os ensaios destinados exclusivamente para o cálculo por meio de ensaios.

α β
 fy   B 
Radj,i  Robs,i     [cálculos para a capacidade de momento-fletor] (A.23b)
 f B
 y,obs   obs 

onde:
Robs,i é o resultado do ensaio número i
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Radj,i é o resultado do ensaio modificado para corresponder aos valores de conceção da espessura do
metal e da tensão de limite elástico
fy é a tensão de limite elástico de conceção
fy,obs é a tensão de limite elástico medida no espécimen de ensaio
B  BF  BS Rigidez de flexão com t e e

Bobs  BF ,obs  BS ,obs Rigidez de flexão com tobs e eobs

onde:

BF  EF 1 I F 1  EF 2 I F 2

t1,obs t2,obs
BF ,obs  EF 1 I F 1  EF 2 I F 2
t1 t2

EF 1 AF 1 EF 2 AF 2 e 2
BS 
 EF 1 AF 1  EF 2 AF 2 
t1,obs t
EF 1 AF 1 EF 2 AF 2 2,obs eobs
2

t1 t2
BS ,obs 
 t t 
 EF 1 AF 1 1,obs  EF 2 AF 2 2,obs 
 t1 t2 

E todos os AF e IF são calculados com geometria nominal


t é a espessura do metal na conceção
tobs é a espessura do metal medida no espécimen de ensaio
e é a distância de conceção entre os centróides das faces
eobs é a distância entre as faces na base da geometria medida
=0 se fy,obs  fy e para faces planas e levemente perfiladas
=1 se fy,obs > fy
exceto para o modo de rutura à compressão de uma face perfilada:

=0,5 se fy,obs > fy e b  1,27 E F


t fy

em geral:
 = 0 quando se calcula a tensão de enrugamento a partir de resultados de ensaio, ou
 = 1,0
exceto para o modo de rutura à compressão de uma face perfilada:
 = 1,0 se tobs  t
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Ef
 = 1,0 se tobs > t e b  1,27
t fy

Ef
 = 2,0 se tobs > t e b  1,27
t fy

onde:
b/t = relação largura/espessura da parte mais larga da face perfilada
e
b é a largura da parte de cima da face perfilada (rib) (ver Figura D.15)
t é a espessura do material do rebordo
Os valores Radj,i devem ser utilizados para representar os resultados individuais dos ensaios na avaliação dos
esforços e das resistências características.
NOTA 2: Para faces de aço o valor de cálculo para a resistência ao enrugamento σw poderá ser escolhido igual ao valor caraterístico
da resistência de limite elástico fy se cada valor individual ensaiado para a resistência ao enrugamento σw,obs,i exceder a resistência de
limite elástico medida da face do material.

A.5.5.5 Fatores de correção para a capacidade do momento-fletor e tensão de enrugamento


A tensão de enrugamento ou a capacidade do momento-fletor obtidas dos ensaios originais devem ser
corrigidas com o seguinte fator de correção k de modo a obter o valor a declarar.
NOTA: Este fator tem em conta a redução na tensão de enrugamento provocada por temperaturas mais altas (k1) e a variabilidade
adicional no caso de um valor fraco da resistência à tração perpendicular ao painel (k2).

k = k1. k2
Para painéis destinados a utilizações finais no exterior, com faces ligeiramente perfiladas ou planas em
compressão (enrugamento) e com temperatura da face superior a +20 ºC, de acordo com o procedimento de
cálculo (E.3), os resultados individuais de ensaio devem ser reduzidos de acordo com a Fórmula (A.24):
2
E 
k1  3  Ct , 80 ºC 
 (A.24)
 ECt , 20 ºC 
onde:
ECt,+20 ºC é o módulo característico de elasticidade à tração perpendicular ao painel a 20 ºC
ECt,+80 ºC é o módulo característico de elasticidade à tração perpendicular ao painel a 80 ºC
Em todos os outros casos k1 = 1,0.
Para a rutura da face plana ou ligeiramente perfilada em compressão (enrugamento) os resultados dos ensaios
individuais devem ser adicionalmente ajustados de acordo com o seguinte procedimento:
k2 = (6,10 fCt + 0,39)
e k2  1,0
onde:
fCt é a resistência característica à tração perpendicular ao painel (em MPa)
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k2 deve ser unicamente utilizado no caso de uma carga uniformemente distribuída, por exemplo, uma
câmara em depressão, saco insuflável ou similar

A.6 Determinação do coeficiente de fluência (t)


A.6.1 Princípio
Quando requerido para a conceção dos painéis de telhado ou de teto, deve ser suficiente um só ensaio de um
painel simplesmente apoiado com aplicação de uma carga uniforme e constante para determinar o coeficiente
de fluência de um dado material do núcleo.

A.6.2 Aparelhos e utensílios


O ensaio deve ser realizado submetendo um painel simplesmente apoiado (Figura A.10) a uma carga
permanente (peso morto) uniformemente distribuída.
NOTA: O ensaio de fluência é geralmente levada a cabo por carregamento do painel com pesos, devido à dificuldade de manutenção
de qualquer outro tipo de carga constante durante o tempo necessário.

A.6.3 Especímenes de ensaio


O ensaio deve ser realizado com um painel completo com vão “L” igual ao utilizado no ensaio de flexão
apresentado em A.5.
Quando a faixa de espessura atinge 200 mm o painel de espessura mais grossa deve ser ensaiado. Se a
espessura do painel exceder 200 mm, é suficiente ensaiar um painel de 200 mm de espessura. No entanto, é
permitido ensaiar maiores espessuras.

A.6.4 Procedimento
O ensaio deve ser realizado submetendo um painel simplesmente apoiado a uma carga permanente (peso
morto) uniformemente distribuída. O painel deve ser apoiado em duas linhas de apoio a distância inter-apoios
'L' com a face exterior para cima. A carga utilizada para o ensaio de fluência deve ser escolhida para dar
origem a uma tensão de rutura máxima no núcleo superior ou igual a 30 % da resistência ao corte declarada.
Depois da aplicação, esta carga deve permanecer constante por um mínimo de 1000 h. Deflexões a meio vão
devem ser medidas em dois locais próximos às bordas longitudinais do painel usando medidores com
mostrador ou transdutores equivalentes, capazes de uma resolução de 1 % da deflexão estática prevista.
NOTA: A carga utilizada nos ensaios de fluência não é demasiado crítica.

Aparelhos de medição da deformação devem ser colocados no zero com o painel apoiado livremente sob seu
próprio peso. Antes da colocação da carga, o painel deve ser apoiado a partir de baixo sobre um mínimo de
duas linhas situadas nos terceiros pontos da extensão de tal maneira que o escoramento pode ser removido
rapidamente e sem problemas, a fim de dar início ao ensaio. É conveniente remover, hidráulicamente ou
pneumaticamente, o suporte. As escoras devem estar localizadas em níveis que permitam o painel manter a sua
forma original quando a carga é aplicada. As deflexões devidas ao peso próprio poderão então ser calculadas e
os escoramentos poderão ser colocados de modo a levantar o painel a partir da altura calculada.
Alternativamente, as deflexões iniciais poderão ser corrigidas no fim do ensaio, para ter em conta a deflexão
devida ao peso próprio calculado. As medições da deflexão a meio vão devem ser iniciadas logo que a carga
total é aplicada e os escoramentos removidos e devem ser registadas regularmente durante o ensaio. Como
mínimo, as deflexões são registadas a 30 s, 1 h e 24 h após a remoção dos escoramentos e, em seguida, em
intervalos de 24 h para a primeira semana e 48 h depois. A deflexão final deve ser registada antes da remoção
da carga. O gráfico de deflexão em função do tempo deverá ser suavemente contínuo durante toda a duração
do ensaio caso contrário, o ensaio deve ser repetido.
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A deflexão inicial 'w0' no tempo t = 0 deve ser determinada por extrapolação da deflexão versus a curva até ao
tempo de partida. Alternativamente, este valor poderá ser determinado por cálculo.

A.6.5 Cálculos e resultados

A.6.5.1 Registos e interpretação


Os registos e a interpretação dos resultados dos ensaios devem estar em conformidade com A.16.
Com base nos resultados dos ensaios realizados no intervalo de tempo 0 > t  1000 h, os coeficientes de
fluência requeridos para a conceção devem ser determinados por extrapolação utilizando uma aproximação
linear da curva deflexão versus tempo sobre um diagrama semilogarítmico.
NOTA 1: O comportamento de fluência e o seu tratamento para fins de conceção é descrito no Anexo E.
NOTA 2: O coeficiente de fluência é geralmente requerido a t = 2000 h para carga de neve e t = 100000 h para ações permanentes
(peso próprio), ver secção E.7.6.

A.6.5.2 Coeficiente de fluência (núcleo) para painéis ligeiramente perfilados (t)


O coeficiente de fluência para o núcleo de um painel sanduíche ligeiramente perfilado deve ser determinado
utilizando a Fórmula (A.25):
wt  w0
t  (A.25)
w0  wb
onde:
wt é a deflexão medida no tempo t
w0 é a deflexão inicial no tempo t = 0 e
wb é a deflexão provocada pela extensão elástica das faces (sem deformação de corte)
Se, antes do início do ensaio, a deflexão zero, o painel é suportado de tal forma que o seu peso próprio é
transportado pelo sistema de suporte, w0 deve ser multiplicada pelo fator de (1 + g / q) em que g é o peso
próprio do painel e q é a carga aplicada.
NOTA: Se as deflexões são determinadas do gráfico da deflexão versus tempo a t1 = 200 h e t2 = 1000 h, os coeficientes de fluência
requeridos poderão ser determinados da seguinte forma:
2000 = 1,2 (1,43 1000 – 0,43 200) = 1,7 (1000 – 0,3 200)
10000 = 3,86 1000 – 2,86 200

A.6.5.3 Coeficiente de fluência (núcleo) para painéis profundamente perfilados (t)


As deflexões provocadas pelas deformações de flexão e de corte de um painel sanduíche com faces
profundamente perfiladas não podem ser separadas na expressão para a deflexão porque a distribuição do
momento-fletor na componente do painel sanduíche MS e nas faces componentes MF1, MF2 depende da rigidez
ao corte do núcleo (ver secção E.7.2.4). O coeficiente de fluência deve ser avaliado com base nas deflexões
medidas como uma função do tempo.
Se uma ou ambas as faces de um painel sanduíche são perfiladas, o coeficiente de fluência deve ser avaliado
pela Fórmula (A.26).
 C D  1
t  (A.26)
1 (1     (C D  1))
onde:
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CD = wt/w0 é a relação entre a deflexão depois de um tempo de carga t e a deflexão inicial


 = 0,5 é um coeficiente de relaxação, tendo aqui o valor de 0,5
 = IF/IW
IW = IF + IS/(1 + k)
onde:
IF é o momento de inércia da(s) face(s) perfilada(s) (soma se ambas as faces são perfiladas)
IS é o momento de inércia da parte sanduíche (ver o Anexo E)
 2  E F 2  AF 2 e 2
k
 AF 2 
  1  GC  AC  L2
A
 F1 
k
1 
1 k
onde:
e é a profundidade medida entre os centros de gravidade das faces
L é o vão do painel no ensaio de fluência
NOTA: Se as deflexões são determinadas a partir do gráfico de deflexão versus tempo a t1 = 200 h e t2 = 1000 h, os coeficientes de
fluência requeridos poderão ser determinados com as equações apresentadas em A.6.5.2:NOTA.

Para declaração, 2000 deve ser declarado para aplicações em que a neve permanece durante períodos
significativos e 100000 deve ser declarado para aplicações gerais de telhados e tetos.

A.7 Interação entre momento-fletor e reações nos apoios


A.7.1 Princípio
Este ensaio é utilizado para determinar a interação entre momento de flexão e força de apoio no estado limite
de utilização. Ele simula as condições num suporte interno de um painel que é contínuo ao longo de dois ou
mais vãos. A resistência à flexão deve ser determinado primeiro e a tensão de enrugamento correspondente
para faces planas ou ligeiramente perfiladas ou as tensões de empeno ou de limite elástico para faces perfiladas
devem então ser determinadas por cálculo.
A interação entre o momento-fletor e a força de reação nos apoios deve ser determinada a partir de um painel
de vão simples sujeito a uma carga linear.
NOTA 1: Isto é muitas vezes referido como “ensaio de apoio central simulado”porque simula as condições no suporte central de uma
viga de duplo vão (ver Figuras A.14 e A.15).
NOTA 2: O estado limite último é determinado para momento de flexão zero no apoio interno, ver E.4.3.2.

A.7.2 Aparelhos e utensílios


A montagem de ensaio para a interação entre momento-fletor e força de reação nos apoios deve ser um painel
de vão simples submetido a uma carga linear.
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Legenda:
z face situada na prática contra o apoio
y banda metálica com aproximadamente 60 mm  4 mm
L vão
o saliência em balanço para além da extremidade da placa de suporte não excedendo 50 mm

Figura A.14 – Ensaio de apoio central simulado – carga descendente

Legenda:
z face situada na prática contra o apoio
s parafusos
L vão
o saliência em balanço para além da extremidade da placa de suporte não excedendo 50 mm

Figura A.15 – Ensaio de apoio central simulado – carga ascendente

A.7.3 Especímenes de ensaio


Os ensaios devem ser realizados com uma largura total e um vão completo de painel de acordo com A.7.4.
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Para o ensaio com carga ascendente os detalhes das fixações e o número e tipo de parafusos e anilhas devem
estar em conformidade com os utilizados na prática.

A.7.4 Procedimento
A fim de determinar a tensão de enrugamento num suporte intermédio devem ser realizados dois tipos de
ensaios:
a) ensaios que simulam cargas descendentes (ver Figura A.14);
b) ensaios que simulam cargas ascendentes (ver Figura A.15).
É importante que o vão seja suficiente para garantir que:
- para o ensaio a), a força de compressão entre o painel e o apoio (sob a carga linear) no instante da rutura
por enrugamento deve ser inferior à capacidade de reação do apoio do painel. Para os fins deste ensaio, a
capacidade de reação do apoio deve ser determinada como sendo o produto da resistência característica à
compressão do material do núcleo pela área da superfície de contacto da placa de carga simulando o apoio;
- e para o ensaio b), as forças nos sistemas de fixação no instante da rutura por enrugamento do painel são
inferiores aos seus valores de conceção.
NOTA 1: Isto garante que todos os modos de rutura (enrugamento das faces, esmagamento do núcleo e rutura à tração da ligação)
são concebidos para níveis de segurança aproximadamente iguais.
NOTA 2: Se o ensaio é realizado com um espécimen mais curto que o descrito, o modo de rutura é susceptível de ser dominado pelo
esmagamento do núcleo e será obtido um valor de segurança da tensão de enrugamento.

A.7.5 Cálculos e resultados


O registo e interpretação dos resultados dos ensaios devem estar em conformidade com A.16.
A carga de rutura e a natureza e localização da rutura devem ser registadas. Deve ser traçada uma curva carga-
deflexão para o deslocamento no ponto de aplicação da carga.
A capacidade do momento-fletor deve ser dada pela Fórmula (A.27):
F F  (A.27)
M u   u  G L
4 8 
onde:
Fu é a carga última incluindo o peso do sistema de carga
FG é o peso próprio do painel
Os valores do momento-fletor determinados desta forma devem ser corrigidos pelos fatores de correção
apresentados nas secções A.5.5.4 e A.5.5.5 antes de serem obtidos os valores característicos a utilizar na
conceção (ver secção E.4.2). A tensão de enrugamento deve depois ser determinada a partir do momento final
caraterístico usando o procedimento dado em A.5.5.3.
Para um painel com uma ou ambas as faces totalmente perfiladas, o ensaio deve ser avaliado da seguinte
forma:
O componente sanduíche do momento fletor MS deve ser avaliado da seguinte forma:
NP
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  
2
  
 sinh     cosh    1 
FL 1  2    FG L  1  2 
Ms  u  
1    4  sinh     1    8 
    2 cosh   
    2

A face componente do momento fletor MD deve ser avaliada como se segue:

  
2
  

Fu L  1
sinh     1 cosh  2   1 
MD    2    FG L      
1    4   sinh     1    8   2 cosh    
    
    2

Os componentes da capacidade do momento-fletor determinado desta forma deve ser corrigida utilizando os
procedimentos indicados em A.5.5.4 e A.5.5.5, antes da determinação dos valores característicos a ser usados
na conceção (ver secção E.4.2). A tensão de enrugamento da face em compressão deve então ser determinada
a partir dos componentes do último momento, utilizando as fórmulas indicadas em E.7.2.5.

A.8 Determinação da massa volúmica aparente do núcleo e da massa do painel


A.8.1 Determinação da massa volúmica aparente do núcleo

A.8.1.1 Princípio
A massa volúmica aparente c deve ser determinada de acordo com a EN 1602.

A.8.1.2 Aparelhos e utensílios


A aparelhagem deve ser tal como definida na EN 1602.

A.8.1.3 Especímenes de ensaio


Os especímenes devem ser colhidos durante a produção dos painéis sanduíche como se segue:
a) Painéis cujos materiais do núcleo são blocos isolantes ou lamelas colados às faces:
Devem ser colhidos três especímenes do material do núcleo com dimensões 100 mm  100 mm  espessura
antes da ligação.
b) Painéis com núcleo de ligação auto-adesiva PUR:
Devem ser cortados de posições cobrindo a largura do painel três especímenes incluindo as faces, com
dimensões 100 mm  100 mm  espessura (ver Figura A.16).
NP
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Dimensões em milímetro

Figura A.16 – Localização dos especímenes – ensaio da massa volúmica aparente


As faces devem ser cuidadosamente removidas (por exemplo, por corte) devendo os restantes especímenes do
núcleo serem ortogonais. A espessura do material do núcleo cortado não deve exceder os 3 mm em cada face.
No caso das faces perfiladas os especímenes devem ser cortados na espessura predominante (ver exemplos na
Figura A.1).

A.8.1.4 Procedimento
O procedimento deve seguir o definido na EN 1602.

A.8.1.5 Cálculos e resultados


Os cálculos devem ser feitos tal como definido na EN 1602. Os registos e interpretação de resultados de
ensaios devem estar em conformidade com A.16.

A.8.2 Determinação da massa do painel


A massa do painel deve ser determinada por cálculo baseado nas dimensões nominais e massas volúmicas
nominais do material do núcleo e das faces.
A massa do painel é requerida para a conceção de telhados e tetos e também para cálculos sísmicos para certas
aplicações. É também útil para fins de manuseamento e deve ser registada na documentação de
acompanhamento.

A.9 Ensaio de resistência a cargas pontuais e a cargas repetidas de acesso


A.9.1 Painéis submetidos a cargas pontuais

A.9.1.1 Princípio
Este ensaio verifica a segurança e o bom estado de funcionamento dos painéis de telhados e de tetos por
exemplo, relativamente a uma pessoa isolada caminhando sobre o painel, para acessos ocasionais quer durante
quer depois da colocação em obra.

A.9.1.2 Aparelhos e utensílios


Painel simplesmente apoiado com uma carga central.
NP
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A.9.1.3 Especímenes de ensaio


O espécimen deve ser um só painel com largura plena. O comprimento (vão) deve ser o maior que seja
possível considerar na prática.

A.9.1.4 Procedimento
Os ensaios devem ser realizados em painéis de vão simples em toda a sua largura.
Deve ser aplicada uma carga de 1,2 kN a menos que os regulamentos nacionais exijam valor diferente. A carga
deve ser aplicada a meio vão sobre a nervura do bordo ou sobre o bordo dum painel plano por meio de um
bloco de madeira medindo 100 mm  100 mm. A fim de evitar tensões localizadas, deve ser colocada uma
camada de feltro ou de borracha com espessura de 10 mm entre o bloco de madeira e a superfície metálica do
painel.

A.9.1.5 Observações e recomendações


Os painéis devem suportar uma carga pontual que dê origem a três resultados possíveis:
a) se o painel suporta a carga aplicada sem danos permanentes visíveis, não há restrições a eventuais acessos
acima do telhado ou teto quer durante quer depois da aplicação em obra;
b) se o painel suporta a carga aplicada com danos permanentes visíveis, devem ser tomadas medidas para
evitar danos durante a colocação em obra (por exemplo, passadiços). Além disso, não deve existir
possibilidade de acesso ao telhado após conclusão do trabalho de construção;
c) se o painel não suporta a carga aplicada ele deve ser utilizado apenas em telhados ou tetos onde não é
possível/permitido o acesso. Esta limitação deve ser claramente indicada no painel (ou noutro local).
NOTA: Este é principalmente um problema para painéis com uma face superior plana.

Os registos e interpretação dos resultados devem estar em conformidade com a secção A.16.

A.9.2 Painéis submetidos a cargas repetidas

A.9.2.1 Princípio
Este ensaio verifica a segurança e o bom estado de funcionamento dos painéis de telhados e de tetos por
exemplo, relativamente a uma pessoa isolada caminhando sobre o painel, para acessos repetidos quer durante
quer depois da colocação em obra.
NOTA: Na ausência de um ensaio em pequena escala, que pode replicar de forma satisfatória o efeito de impactos de salto repetidos
em diferentes localizações dentro de um painel, este ensaio tem como objetivo reproduzir o comportamento real sobre uma pequena
área de um painel de tamanho completo.

A.9.2.2 Especímenes
Deve ser colhido um único painel de comprimento, aproximadamente, 5,7 m de largura de cobertura total. Este
painel deve ser condicionado pelo menos durante 24 h sob condições normais de temperatura e humidade do
laboratório antes do ensaio.
NP
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Uma linha deve ser desenhada para baixo da linha central do painel e oito quadrados, cada um medindo
100 mm × 100 mm, devem ser claramente marcados na face superior do painel a 600 mm do centro como
mostrado na Figura A.17. Linhas rígidas de apoio, cada uma com uma largura de rolamento de 75 mm ± 5 mm
devem ser fornecidas a 1200 mm do centro como mostrado. Deve ser fornecida uma retenção suficiente para
assegurar que o painel não se mova em relação aos pontos de apoio quando uma pessoa caminha sobre o
painel.

Figura A.17 – Esquema geral do painel para ensaios de carga repetidos

A.9.2.3 Procedimento de carga repetida


O ensaio deve ser realizado por uma pessoa que carrega uma caixa de ferramentas (se necessário). O peso total
da pessoa, mais a caixa de ferramentas deve ser de pelo menos 90 kg e a pessoa deve usar calçado de proteção
padrão com nenhum desgaste significativo no calcanhar, que entra em contacto com o painel ao caminhar. A
pessoa deve andar para trás e para a frente sobre o painel, fazendo meia-volta em cada extremidade sobre uma
plataforma não solidária do painel. Durante cada passagem do painel, deve ser tomado cuidado para assegurar
que o impacto do calcanhar ocorre dentro de cada um dos quadrados desenhados sobre a superfície do painel.
A localização real desses impactos dentro dos quadrados deve ser aleatória, isto é, é importante que o
calcanhar não tenha impacto sobre os mesmos pontos em cada passagem.
Depois de 500 passagens, uma folha de madeira compensada de espessura mínima de 12 mm deve ser
colocado sobre dois dos quadrados, um num vão e o outro sobre um suporte, de modo a que estes sejam
protegidos de qualquer impacto adicional direto do calcanhar. Depois de um total de 1000 passagens, mais
dois desses quadrados devem ser protegido de modo semelhante. Esta parte do ensaio deve ser encerrada após
um total de 2000 passagens através de todo o espécimen. Os oito quadrados marcados devem ser depois
cuidadosamente cortadas do painel. Três quadrados semelhantes também devem ser cortados a partir de partes
aleatórias da linha por onde se caminha.
As faces de metal das 11 amostras do painel devem ser ligadas a placas de tração com um adesivo e elas
devem ser ensaiadas para determinar a sua resistência à tração perpendicular ao painel de acordo com A.1.4.

A.9.2.4 Cálculos e resultados


Calcular a resistência à tração perpendicular ao painel (fCt), para cada espécimen segundo A.1.5.1
utilizando fCr = Fu/A.
A resistência à tração média deve ser calculada (fCt, 0) para os três espécimens colhidos de pontos distantes do
percurso a pé.
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Os resultados dos ensaios devem ser traçados num gráfico de resistência à tração versus o número de impactos
do calcanhar incluindo fCt,0. A série de ensaios é válida quando houver uma deterioração progressiva da
resistência à tração com o número de ciclos.
NOTA: Devido à natureza deste ensaio, é de esperar uma dispersão significativa dos resultados de ensaio. Os resultados também
poderão ser influenciados pelo cuidado tomado no corte dos espécimens de ensaio, que poderão já ter sido enfraquecidos por
impactos repetidos, dos painéis completos. Seria, por conseguinte, otimista esperar que os resultados do ensaio dessem origem a
curvas suavizadas, uma tendência geralmente decrescente com o número de ciclos é tudo o que é necessário.

O ensaio deve ser interpretado com base nos quatro resultados para espécimens submetidos a 2000 ciclos de
carga. Se estes formam um bloco compacto de resultados, o valor característico da resistência à tração
reduzida, a fCt,2000, deve ser tomado como a média dos quatro valores relevantes de fCt menos 2,68 desvios-
padrão. Se os resultados para espécimens de mais de um suporte são significativamente diferentes daqueles
para os espécimes no vão, fCt,2000 deve ser tomado como o menor dos quatro valores de fCt. Se o padrão de
resultados não permite uma interpretação racional, então a série de ensaios completa deve ser repetida com um
painel diferente.
Se fCt,2000 > 0,8 fCt,0, então o painel deve ser considerado apropriado para o tráfego de pedestres ocasionais para
o acesso ou manutenção sem proteção adicional.

A.10 Método de cálculo para a determinação da transmissão térmica de um


painel (U)
A.10.1 Generalidades
A transmissão térmica (U) dos painéis sanduíche isolantes com faces metálicas deve ser determinada de
acordo com os procedimentos de A.10.2, A.10.3 e A.10.4.

A.10.2 Determinação da condutibilidade térmica dos materiais componentes

A.10.2.1 Material do núcleo

A.10.2.1.1 Condutibilidade térmica declarada


A condutibilidade térmica declarada (declarada) deve ser determinada de acordo com os procedimentos descritos
na norma de produto apropriada para o material do núcleo:
- EN 13162 para MW;
- EN 13163 para EPS;
- EN 13164 para XPS;
- EN 13165 para PUR;
- EN 13166 para PF;
- EN 13167 para CG.
Devem ser tidas em conta as seguintes variações das condições descritas nos procedimentos da norma de
produto:
- a superfície do material do núcleo deve ter a mesma orientação, relativa à direção do fluxo de calor, que
teria no painel,
- a superfície do material do núcleo deve ser normal à direção do fluxo de calor no equipamento de ensaio.
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A.10.2.1.2 Condutibilidade térmica de cálculo


A condutibilidade térmica de cálculo (projeto) deve ser determinada de acordo com a EN ISO 10456, exceto no
caso em que o valor declarado é o valor após envelhecimento, quando não é necessário utilizar os cálculos de
envelhecimento na EN ISO 10456.
O valor da condutibilidade térmica declarada (declarada) para o núcleo, determinado com a orientação correta,
deve ser utilizado na determinação do valor da condutibilidade térmica de cálculo (projeto).
Para os painéis, criados por colagem separada de faces metálicas a um núcleo pré-moldado, que estão
submetidos ao envelhecimento em termos de condutibilidade térmica na ausência das faces metálicas, os
valores declarados 90/90 devem ser determinados utilizando a condutibilidade térmica medida do núcleo pré-
moldado no momento da colagem como valor inicial e adicionando envelhecimento incremental em
conformidade com a EN 13164 para XPS, EN 13165 para PUR e EN 13166 para PF (incrementos de
envelhecimento para os produtos com revestimentos de difusão apertados). Como alternativa deve ser
utilizado o valor 90/90 declarado de envelhecimento citado pelo produtor para o produto do núcleo pré-
moldado.
Para os núcleos PUR auto-adesivos, o valor de condutibilidade térmica de cálculo do núcleo corretamente
envelhecido deve ser deduzido da EN 13165, quer por aplicação do procedimento de envelhecimento
apresentado na secção C.4.2, quer do procedimento de incrementos fixos apresentado na secção C.5.

A.10.2.2 Materiais de faces, de estanquicidade e de fixação


Para materiais que não sejam os do núcleo, para os quais não é dada a condutibilidade térmica de conceção,
devem ser utilizados valores tabelados de acordo com a EN ISO 10456.

A.10.3 Cálculo da transmissão térmica de um painel (U)


Na determinação da transmissão térmica do painel, aplicam-se as seguintes condições:
- os ensaios e cálculos devem ter em conta o efeito térmico dos perfis das faces exterior e interior;
- os cálculos devem ter em conta as junções entre bordos de painéis (A.10.4)
A transmissão térmica (Ud,S) do painel deve ter em conta a geometria do perfil do painel e a influência térmica
da junta longitudinal e deve ser determinada quer por cálculo (Fórmula (A.28)), quer utilizando um programa
de computador de acordo com a EN ISO 10211 (Método dos Elementos Finitos).
U d , S  U n , S  U j (A.28)

onde:
U n,S a transmissão térmica do painel incluindo a geometria do perfil do painel

1
U n,S 
tni d c  e tne
Rsi     Rse
 fi c  fe
e
U j a influência térmica da junta longitudinal
NP
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j
U j 
B
onde:
dc é a espessura nominal do núcleo (ignorando a espessura das faces) (m) e a geometria dos perfis
principais), ver Figura A.18 e Figura A.19
tni é a espessura nominal da face interior (m)
tne é a espessura nominal da face exterior (m)
cé a condutibilidade térmica do núcleo declarada (W/m.K)
fi é a condutibilidade térmica declarada para a face interior (W/m.K)
fe é a condutibilidade térmica declarada para a face exterior (W/m.K)
e é a espessura adicional devida aos perfis principais de ambas as daces (m) (ver Quadros A.2 e A.3)
onde:
∆e = ∆ei + ∆ee

Ψj é a transmissão térmica linear das juntas por metro de comprimento do painel (W/m⋅K) de acordo
com a EN ISO 10211

B é a largura total do painel (m)

Rsi é a resistência da superfície interna (m2K/W)

Rse é a resistência da superfície externa (m2K/W)

índices:
S painel sandwich
d valor de conceção
n valor nominal
j junta
A condutibilidade térmica declarada (c) para o material do núcleo deve ser determinada de acordo com
A.10.2.1.2.
A condutibilidade térmica declarada para os materiais das faces, de estanquicidade e de fixação deve ser
determinada de acordo com A.10.2.2.
A transmissão térmica linear das junções (j) deve ser determinada de acordo com a EN ISO 10211.
A resistência superficial interior (Rsi) e a resistência superficial exterior (Rse) devem ser determinadas de
acordo com a EN ISO 6946.
Para painéis perfilados a espessura adicional devida aos perfis principais (ei,e) deve ser calculada de acordo
com a EN ISO 10211. São dados exemplos nos Quadros A.2 e A.3.
NOTA: Para painéis planos e ligeiramente perfilados (altura do perfil inferior a 10 mm) (ei,e) é igual a zero.
NP
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Quadro A.2 – Exemplos de espessuras adicionais devidas aos perfis principais (ei,e), mm para geometria
trapezoidal

Geometria da folha trapezoidal Cálculo


numérico
h b1 b2 p r Δ ei,e
[mm] [mm] [mm] [mm] [%] [mm]
42 48 25 333 11 1
35 63 31 333 14 2
38 72 23 333 14 2
39 72 23 333 14 2
37 55 20 250 15 2
35 86 40 334 19 2
39 88 39 333 19 2
40 88 40 334 19 2
18 64 36 100 50 4
35 160 114 200 69 15
25 160 116 200 69 12

onde r no Quadro A.2 é definido pela Fórmula (A.29)

0,5   b1  b2 
r (A.29)
p

Quadro A.3 – Exemplos de espessuras adicionais devidas aos perfis principais (∆ei,e), mm para
geometria sinusoidal

Folha de geometria Cálculo


sinusoidal numérico
h [mm] b [mm] Δe [mm]
20 77 6
20 125 7
25 125 8
27 125 9
NP
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Figura A.18 – Definição de símbolos nos Quadros A.2 e A.3

Figure A.19 – Definição da espessura nominal dc

A.10.4 Método simplificado para o cálculo da transmissão térmica de um painel (Ud,S)


Alternativamente a transmissão térmica de um painel Ud,S pode ser calculada com um método simplificado
usando a Fórmula (A.30) negligenciando o efeito das faces perfiladas e utilizando o fator de contribuição de
transmissão térmica linear das juntas (fjoint) obtido do Quadro A.4 para faces em aço de acordo com o tipo
genérico de junta (ver Figura A.20).

1  1,0 
U d ,S   1  f jo int   (A.30)
dc B
Rsi   Rse 
c
NP
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onde:

fjunção fator de contribuição de transmissão térmica linear das juntas calculado para uma distância de junta
de 1,0 m (ver Quadro A.4);

A espessura de conceção dd (ver Quadro A.4), para determinar o efeito da ponte-térmica da junta longitudinal
é dado pela Fórmula (A.31):

d d  t ni  d c  t ne (A.31)

Quadro A.4 – Fator de contribuição na transmissão térmica (fjunção) em faces de aço

fjunção
Tipo II
dd
Tipo I Sem Com Tipo III Tipo IV Tipo V Tipo VI Tipo VII Tipo VIII
[mm] agrafo agrafo
(fjunção,nc) (fjunção,c)
30 - - - - 0,057 - - - 0,061
40 0,160 - - - 0,045 0,144 - 0,098 0,044
60 0,083 0,111 0,818 0,244 0,031 0,072 0,227 0,049 0,030
80 0,052 0,063 1,016 0,105 0,024 0,044 0,094 0,036 0,024
100 0,039 0,047 1,184 0,072 0,021 0,032 0,064 0,029 0,020
120 0,032 0,039 1,325 0,057 0,019 0,026 0,049 - -
160 0,025 0,030 1,555 0,041 0,015 0,019 0,034 - -
200 0,020 0,025 1,733 0,033 0,013 0,015 0,026 - -

NOTA 1: Junções tipo I, II, III, IV, VII, VIII são calculadas com faixas de vedação com λs = 0,05 W/m⋅K, a condutibilidade térmica
de cálculo do selante. Junções tipo V and VI são calculadas sem faixas de vedação.

NOTE 2: Fórmula (A.32) para determinação do fjunção da junta tipo II (ver Quadro A.4):

a  bc b
f joint  f joint, nc  f joint,c c (A.32)
a a
onde:

fjunção,nc é o fator de contribuição da transmissão térmica das juntas sem agrafos

fjunção,c é o fator de contribuição da transmissão térmica das juntas com agrafos

a é a distância dos agrafos (se nenhuma outra informação estiver disponível, a = 2500 mm deve
ser usada)

bc é a largura dos agrafos (se nenhuma outra informação estiver disponível, bc = 120 mm deve
ser usada)
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NOTE 3: É possível fazer interpolação entre a espessura dd no Quadro A.4.

Figura A.20 – Tipos genéricos de juntas longitudinais

A.11 Permeabilidade à água – resistência à chuva tocada pela pressão de ar


pulsado
A.11.1 Princípio
Quando requerido, a resistência de uma montagem de painel sanduíche à chuva tocada pela pressão de ar
pulsado deve ser ensaiada de acordo com a EN 12865.
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A.11.2 Aparelhos e utensílios


A aparelhagem de ensaio deve estar de acordo com a EN 12865.

A.11.3 Especímenes de ensaio


As dimensões do espécimen de ensaio devem ser as especificadas na EN 12865. Tanto as junções horizontais
como as verticais devem ser tidas em conta quando são parte integrante da montagem do painel.

A.11.4 Procedimento
O ensaio deve ser realizado de acordo com a EN 12865 – Procedimento A.

A.11.5 Cálculos e resultados


Devem ser utilizados os seguintes critérios para definir a estanquicidade à água:
- não há penetração de água através da montagem do painel para o interior do edifício, a qual molharia
continuamente ou repetidamente a face interior da montagem ou qualquer outra parte do espécimen
destinada a permanecer seca;
- qualquer penetração de água através do sistema de junções ou fixações é apenas de algumas gotas pequenas
que deverão secar.
Deve ser utilizada uma das seguintes três classes:
- Classe A: Aplicações com chuva forte e vento. A montagem deve ser estanque até 1200 Pa;
- Classe B: Aplicações normais. A montagem deve ser estanque até 600 Pa;
- Classe C: Aplicações com requisitos moderados. A montagem deve ser estanque até 300 Pa.

A.12 Permeabilidade ao ar
A.12.1 Princípio
Quando requerido, a estanquicidade ao ar de uma montagem de painel sanduíche deve ser ensaiada de acordo
com a EN 12114, incluindo os seguintes requisitos adicionais.

A.11.2 Aparelhos e utensílios


A aparelhagem de ensaio deve estar de acordo com a EN 12114.

A.11.3 Especímenes de ensaio


As dimensões do espécimen de ensaio devem ser tão grandes quanto necessário para serem representativas da
utilização prevista. A montagem não deve ser inferior a 1200 mm  2400 mm.
As junções dos módulos da montagem de ensaio devem ser representativas, isto é, terem o mesmo
comprimento por m2 que na utilização final. Tanto as junções horizontais como as verticais devem ser tidas em
conta quando são parte integrante da montagem do painel.

A.12.4 Procedimento
O ensaio deve ser realizado de acordo com a EN 12114.
NP
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A.12.5 Cálculos e resultados


A permeabilidade ao ar (perdas de ar) deve ser determinada de acordo com a EN 12114.
A permeabilidade ao ar deve começar com uma diferença de pressão pmax de pelo menos 200Pa entre o
interior e o exterior da montagem de ensaio.
Os valores n e C devem ser declarados com base nos resultados dos ensaios (de acordo com a EN 12114,
.
app. B, Fórmula (B.8). A perda de ar V pode ser calculada usando C = exp(α) and V = C⋅Δpn (EN 12114, app.
B, Fórmula (B.1).

A.13 Isolamento aos sons aéreos


A.13.1 Princípio
Quando requerido, o isolamento aos sons aéreos de uma montagem de painel sanduíche deve ser ensaiada de
acordo com a EN ISO 10140 incluindo os seguintes requisitos adicionais.

A.13.2 Aparelhos e utensílios


A aparelhagem de ensaio deve estar de acordo com a EN ISO 10140.

A.13.3 Especímenes de ensaio


A montagem dos especímenes na abertura de ensaio deve estar em conformidade com a montagem normal
num edifício com as mesmas ligações e vedantes entre os elementos.
O espécimen deve ser montado de acordo com a EN ISO 140-3, secção 5.2.1, Divisória.

A.13.4 Procedimento
O índice de atenuação acústica R em cada banda de um terço de oitava indo de 100 Hz a 3150 Hz deve ser
determinado utilizando o método descrito na EN ISO 10140.

A.13.5 Cálculos e resultados


O valor único seguinte deve ser declarado de acordo com a EN ISO 717-1: Rw(C;Ctr).

A.14 Absorção acústica


A.14.1 Princípio
Quando requerido, a absorção acústica deve ser determinada de acordo com a EN ISO 354.

A.14.2 Aparelhos e utensílios


A aparelhagem de ensaio deve estar de acordo com a EN ISO 354.

A.14.3 Especímenes de ensaio


A montagem dos especímenes de ensaio deve estar em conformidade com a montagem normal num edifício
com as mesmas ligações e vedantes entre os elementos. O espécimen deve ser colocado diretamente contra
uma das superfícies interiores (parede, teto ou pavimento) da câmara de acordo com a EN ISO 354:2003,
Anexo B Tipo A. Um quadro refletor deve ser instalado em volta do espécimen de ensaio.
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A.14.4 Procedimento
O ensaio deve ser realizado de acordo com a EN ISO 354.

A.14.5 Cálculos e resultados


O resultado deve ser declarado como um coeficiente com um número simples (w) em conformidade com a
EN ISO 11654.

A.15 Capacidade de reação de um apoio na extremidade de um painel


A.15.1 Princípio
Quando requerido para fins de conceção e como uma alternativa ao cálculo de acordo com a secção E.4.3.2, a
capacidade de reação na extremidade de um painel onde a face de contacto é plana ou ligeiramente perfilada
deve ser determinada por meio de ensaios realizados sobre a largura total dos painéis, de acordo com a secção
A.15.5.
NOTA: Este ensaio também poderá ser utilizado para determinar um valor experimental do fator de 'k', a fim de melhorar o cálculo
da capacidade de reação a um apoio interno.

A.15.2 Aparelhos e utensílios


A aparelhagem de ensaio deve estar de acordo com a indicada na Figura A.21.
O apoio situado do lado direito deve ser uma placa de aço de 10 mm de espessura firmemente mantida com
uma inclinação de 1:20. A extremidade direita do especimen deve ser alinhada verticalmente com a
extremidade direita do apoio, ou seja, não deve haver saliência. A largura do apoio Ls deve ser a largura
mínima utilizada na prática ou, doutro modo, devem ser realizados ensaios para cada largura de apoio utilizada
na prática. As dimensões L1, L2 e L3 devem ser escolhidas de forma que ocorra a rutura do espécimen por
compressão ao nível do apoio do lado direito ou, se o modo de rutura é de corte entre a placa de carga (F) e a
placa de apoio (FR1), a capacidade de reação deve ser considerada como sendo a força de reação do apoio no
instante da rutura por corte. L1 deve ser > 1,5 e.

Legenda:
w deflexão à compressão
Ls largura do apoio
e altura entre os centros de gravidade das faces
Figura A.21 – Montagem de ensaio para a determinação da resistência de reação no apoio de extremidade
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A.15.3 Especímenes de ensaio


A amostragem e condicionamento dos especímenes de ensaio devem estar em conformidade com as secções
6.2.2 e 6.2.3.
O ensaio deve ser realizado em especímenes de comprimento L, em que o comprimento é o especificado na
secção A.15.2. São realizados três ensaios por cada largura de apoio.
Se uma série de ensaios se destina a cobrir uma gama de profundidades do núcleo, é suficiente ensaiar uma
profundidade do núcleo em cada extremidade da gama e uma perto do meio e a utilizar interpolação e / ou
extrapolação. Valores característicos da resistência de reação no apoio FR1 devem então ser calculados
tratando os resultados do ensaio como uma família de acordo com 6.4.

A.15.4 Procedimento
A velocidade de carga deve ser tal que a relação w/e aumente de 1 % a 3 % por minuto. Deve ser realizado um
mínimo de três ensaios por cada largura de suporte. A resistência à compressão fCc do material do núcleo do
espécimen de ensaio deve ser determinada de acordo com a secção A.2.
O valor de ensaio da capacidade de reação, FR1, deve ser quer medido com uma célula de carga quer calculado
pela Fórmula (A.33):
L2
FR1  Fu (A.33)
L1  L2
onde Fu é a carga máxima medida no ensaio ou a carga correspondente a uma deflexão de compressão de
w = 0,1 e (em que e é a profundidade entre os centros de gravidade das faces) se esta deflexão é atingida na
parte ascendente da curva carga-deflexão e é inferior à carga máxima (ver Figura A.22).

Legenda:
F reação no apoio
Flin carga no final da parte linear da curva
w compressão
Figura A.22 – Definição da carga de rutura a partir da curva carga-deflexão por um ensaio de reação de apoio
de extremidade

A.15.5 Cálculos e resultados


Os resultados dos ensaios devem ser corrigidos multiplicando-os pela relação fCc/fC.
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O valor característico corrigido de FR1 deve ser o valor a utilizar no cálculo (ver secção E.4.3).
Quando requerido para uso na secção E.4.3, o parâmetro de distribuição k poderá ser determinado usando a
Fórmula (A.34).
2  FR1  f c B Ls 
k 
fc B e (A.34)

onde:
B é a largura do painel
Ls é a largura do apoio
e é a distância entre os centros de gravidade das faces
fc é a resistência à compressão média
fCc é o valor declarado da resistência à compressão do núcleo após os ensaios de tipo inicial

Sempre que os valores de FR1 em três ou mais profundidades do núcleo forem tratados como uma família, os
valores correspondentes de fc devem ser tratada de uma forma semelhante.

A.16 Registo e interpretação de resultados dos ensaios


A.16.1 Ensaios ETI
Para cada série de ensaios ETI devem ser preparados documentos formais apresentando todos os dados
relevantes de forma que as séries de ensaios possam ser reproduzidas com exatidão. Em particular,
adicionalmente aos resultados dos ensaios, os especímenes devem ser descritos de forma completa e exata em
termos de dimensões e propriedades dos materiais. Quaisquer observações feitas durante os ensaios devem ser
também registadas.
Em todos os relatórios de ensaio ETI deve ser registada a seguinte informação:
a) data e hora da produção;
b) método de produção e orientação do painel durante a manufatura (por exemplo, qual a face que estava
virada para cima, qual era o bordo de ataque durante a aplicação de espuma em contínuo);
c) data dos ensaios;
d) condições durante os ensaios (temperatura e humidade);
e) método de carga e detalhes de instrumentação;
f) condições de apoio (número e comprimento dos vãos, largura e detalhes dos apoios, número e detalhes de
ligações à estrutura de suporte, etc.);
g) orientação do painel durante os ensaios;
h) tipo e propriedades do material das faces (espessura, tensão de fluência, geometria, etc.);
i) tipo e propriedades do material do núcleo (massa volúmica aparente, resistência, módulos, etc.);
j) tipo e detalhes do adesivo;
k) medições feitas durante os ensaios (carga, leituras de deflexões, temperatura, etc.);
l) modo de rutura.
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A análise dos resultados de um ensaio deve ser baseada nas dimensões medidas e propriedades dos materiais
dos especímenes de ensaio, em vez dos valores nominais assumidos na conceção.

A.16.2 Ensaios CPF


Deve ser registada a seguinte informação em todos os relatórios de ensaios CPF:
a) data de produção;
b) método de produção e orientação do painel durante a produção;
c) data dos ensaios;
d) orientação do painel durante os ensaios;
e) tipo e propriedades do material das faces (espessura, tensão de fluência, geometria, etc.);
f) tipo e propriedades do material do núcleo (massa volúmica aparente, resistência, módulos, etc.)
g) tipo e detalhes do adesivo;
h) medições feitas durante os ensaios (carga, leituras de deflexões, temperatura, etc.);
i) modo de rutura.
A análise dos resultados de um ensaio deve ser baseada nas dimensões medidas e propriedades dos materiais
dos especímenes de ensaio, em vez dos valores nominais assumidos na conceção.

A.16.3 Determinação de valores característicos a partir dos ensaios


Os valores característicos das propriedades relevantes, para cada um dos procedimentos de ensaio que resulte
em parâmetros de cálculo quantificados, devem ser determinados de acordo com o procedimento seguinte.
Este tratamento estatístico deve ser utilizado a menos que uma norma horizontal apresente especificação em
contrário.
Para cada população “x“ de resultados de ensaios, o valor médio e o valor do percentil 5 % devem ser
determinados assumindo um limite de confiança de 75 % de acordo com a ISO 12491.
O valor do percentil 5 % deve ser utilizado como o valor característico Rk e determinado de acordo com a
Fórmula (A.35):
( y  k y )
Rk = x p  e (A.35)

onde:
xp é o valor do percentil 5 % da população x
y = Ln(x)
y é o valor médio de y (A.36)

k é o fator de percentil dado no Quadro A.5


y é o desvio-padrão de y (A.37)
_
1 n
y  Ln ( xi )
n i 1
(A.36)
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1 n _
y  
n  1 i 1
( Ln ( x i )  y )2 (A.37)

Quadro A.5 – Fator de percentil k assumindo um nível de confiança de 75 %


Número de
especímenes 3 4 5 6 7 8 9 10 15 20 30 60 100
(n)
kσ 3,15 2,68 2,46 2,34 2,25 2,19 2,14 2,10 1,99 1,93 1,87 1,80 1,76

A.16.4 Interpolação e extrapolação dos resultados dos ensaios


No caso de painéis do mesmo tipo o requisito mínimo é que a maior e a menor espessura devem ser ensaiadas
em conjunto com um painel do meio da gama. Se apenas três espessuras são ensaiadas, os valores para
produtos de espessura intermédia e de maior espessura até 20 %, mas não mais do que 30 mm, poderão ser
interpolados ou extrapolados linearmente.
No entanto, recomenda-se que a interpolação e a extrapolação devem ser realizadas tratando os resultados
como uma família de acordo com 6.4. Se mais do que três espessuras forem ensaiadas, os mesmos limites de
extrapolação aplicam-se mas interpolação e extrapolação devem ser levadas a cabo tratando os resultados
como uma família.
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Anexo B
(normativo)

Método de ensaios de durabilidade para painéis sanduíche

B.1 Princípio
A influência do envelhecimento nos painéis sanduíche ou nos seus materiais constituintes é ensaiada pela
medição das modificações na resistência à tração através da profundidade do painel. A durabilidade é definida
pela modificação na resistência à tração de um espécimen de ensaio que é submetido a ciclos de ensaios
climáticos designados por DUR1 e DUR2. O ciclo DUR1 é definido na secção B.2 e o ciclo DUR2 na secção
B.3.

B.2 Ensaio DUR1


B.2.1 Princípio
O efeito do envelhecimento (durabilidade) deve ser medido determinando a modificação da resistência à
tração de acordo com a EN 1607, o que é realizado em amostras de painéis que tenham sido submetidos a um
ciclo de ensaio de durabilidade DUR1.
O ensaio deve ser utilizado em tipos de painéis para os quais o efeito da temperatura é conhecido como sendo
a principal causa de envelhecimento (ver secção 5.2.3.1, Quadro 2).
O ensaio deve ser realizado a um dos três níveis de temperatura (T) que refletem as temperaturas máximas que
poderão ser alcançadas na utilização final, de acordo com a cor da face exposta:
- temperatura de ensaio de 90 ºC para cores escuras;
- temperatura de ensaio de 75 ºC para cores claras;
- temperatura de ensaio de 65 ºC para cores muito claras.
A definição de refletividade para estas três gamas de cores está listada na nota da secção E.3.3.

B.2.2 Aparelhos e utensílios


1) Equipamento de ensaio para o ensaio de durabilidade de acordo com DUR1 compreendendo uma câmara
de ensaio com temperatura constante de (T  2) ºC (ver secção B.2.1) e condições de secura (humidade
relativa não superior a 15 %).
2) Equipamento de ensaio da resistência à tração de acordo com a EN 1607.

B.2.3 Especímenes de ensaio

B.2.3.1 Dimensões dos especímenes


A espessura dos especímenes deve ser a espessura total do produto incluindo, quando aplicável, qualquer perfil
irregular.
Os especímenes de 100 mm × 100 mm devem ser cortados da área central de painéis sanduíche e distantes do
bordo de 250 mm. As amostras devem ser tomadas quatro semanas após a produção mas imediatamente antes
do envelhecimento artificial. Todos os especímenes para o programa de ensaios devem ser cortados do mesmo
painel de acordo com a secção A.1.3.
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B.2.3.2 Número de especímenes de ensaio


Devem ser utilizados seis especímenes de ensaio para a determinação da resistência inicial à tração (ensaio
inicial) e um mínimo de cinco especímenes devem ser utilizados para cada fase seguinte da sequência de
ensaios.
Especímenes DUR1: Conjunto 1 (conjunto inicial) + dois conjuntos de cinco especímenes.
NOTA: Quando existe uma larga dispersão dos resultados da resistência à tração no ensaio inicial, poderá ser necessário ensaiar
mais cinco especímenes.

Se os painéis são produzidos em mais do que uma espessura, os ensaios devem ser realizados com amostras de
painéis da espessura máxima e da espessura mínima. O resultado mais desfavorável deve ser aplicado aos
painéis de todas as espessuras intermédias.

B2.3.3 Preparação dos especímenes


Antes do início dos ensaios, os especímenes devem ser armazenados pelo menos por 24 h em condições
normais do laboratório.

B.2.4 Procedimento

B.2.4.1 Generalidades
As dimensões de todos os especímenes devem ser medidas antes e depois dos ensaios e devem estar de acordo
com a EN 12085.
A resistência do produto à tração deve ser determinada de acordo com a secção A.1 utilizando o conjunto
inicial de especímenes de ensaio (ver secção B.2.4.2). O valor da resistência obtido deve ser designado fCt0 e
deve ser determinado como a resistência média dos especímenes ensaiados.
Após os ensaios, os especímenes devem ser visualmente inspecionados, dando especial atenção ao tipo de
rutura (rutura coesiva do núcleo, rutura na aderência do material de qualquer superfície aglutinada, zona
proporcional da rutura adesiva, etc.). A descrição dos resultados destas observações deve ser incluída no
relatório de ensaio.
Se as faces metálicas de qualquer dos especímenes sofreu corrosão ao longo do seu bordo durante a exposição
e se a corrosão se propagou mais de 10 mm dentro da junta entre a folha superficial e o núcleo sobre um
comprimento de bordo maior que 50 % do perímetro do espécimen, este deve ser rejeitado e os seus resultados
não devem ser incluídos no cálculo dos resultados dos ensaios. No relatório de ensaio deve se