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Norma

NP
EN 14509

Portuguesa
2016

Painéis sanduíche autoportantes, isolantes, com dupla face metálica


Produtos manufaturados
Especificações

Panneaux sandwiches autoportants, isolants, double peau à parements métalliques


Produits manufacturés
Spécifications

Self-supporting double skin metal faced insulating panels


Fatory made products
Specifications

ICS HOMOLOGAÇÃO
91.100.60 Termo de Homologação n.º 29/2016, de 2016-03-03
A presente Norma substitui a NP EN 14509:2013 (Ed. 1)

CORRESPONDÊNCIA
Versão portuguesa da EN 14509:2013 ELABORAÇÃO
CTCV

2ª EDIÇÃO
2016-03-15

CÓDIGO DE PREÇO
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Preâmbulo nacional
À Norma Europeia EN 14509:2013, foi dado o estatuto de Norma Portuguesa em 2014-03-16 (Termo de
Adoção n.º 38/2014, de 2014-03-16).
NORMA EUROPEIA EN 14509
EUROPÄISCHE NORM
NORME EUROPÉENNE
EUROPEAN STANDARD outubro 2013

ICS: 91.100.60 Substitui a EN 14509:2006

Versão portuguesa

Painéis sanduíche autoportantes, isolantes, com dupla face metálica


Produtos manufaturados
Especificações

Selbstragende Sandwich- Panneaux sandwiches Self-supporting double skin


Elemente mit beidseitigen autoportants, isolants, double peau metal faced insulating panels
Metalldeckschichten à parements métalliques Fatory made products
Werkmäβig hergestellte Produkte Produits manufacturés Specifications
Spezifikationen Spécifications

A presente Norma é a versão portuguesa da Norma Europeia EN 14509:2013 e tem o mesmo estatuto que
as versões oficiais. A tradução é da responsabilidade do Instituto Português da Qualidade.
Esta Norma Europeia foi ratificada pelo CEN em 2013-07-18.
Os membros do CEN são obrigados a submeter-se ao Regulamento Interno do CEN/CENELEC que define
as condições de adoção desta Norma Europeia, como norma nacional, sem qualquer modificação.
Podem ser obtidas listas atualizadas e referências bibliográficas relativas às normas nacionais
correspondentes junto do Secretariado Central ou de qualquer dos membros do CEN.
A presente Norma Europeia existe nas três versões oficiais (alemão, francês e inglês). Uma versão noutra
língua, obtida pela tradução, sob responsabilidade de um membro do CEN, para a sua língua nacional, e
notificada ao Secretariado Central, tem o mesmo estatuto que as versões oficiais.
Os membros do CEN são os organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha,
Antiga República Jugoslava da Macedónia, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca,
Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália,
Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República
Checa, Roménia, Suécia, Suíça e Turquia.

CEN
Comité Europeu de Normalização
Europäisches Komitee für Normung
Comité Européen de Normalisation
European Committee for Standardization

Secretariado Central: Avenue Marnix 17, B-1000 Bruxelas

 2013 CEN Direitos de reprodução reservados aos membros do CEN

Ref. nº EN 14509:2013 Pt
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Sumário Página
Preâmbulo nacional ................................................................................................................................. 2 
Preâmbulo ................................................................................................................................................. 11 
1 Objetivo e campo de aplicação ............................................................................................................. 12 
2 Referências normativas......................................................................................................................... 12 
3 Termos e definições ............................................................................................................................... 14 
4 Símbolos e abreviaturas ........................................................................................................................ 16 
5 Requisitos, propriedades e métodos de ensaio .................................................................................... 19 
5.1 Requisitos para materiais componentes ............................................................................................... 19 
5.2 Propriedades dos painéis ...................................................................................................................... 21 
5.3 Ações e requisitos de nível de segurança ............................................................................................. 28 
6 Avaliação da conformidade, métodos de ensaio, de avaliação e de amostragem............................. 29 
6.1 Generalidades ....................................................................................................................................... 29 
6.2 Ensaios de tipo inicial (ETI)................................................................................................................. 29 
6.3 Controlo da produção em fábrica (CPF) .............................................................................................. 35 
6.4 Valores caraterísticos de famílias de ensaios ....................................................................................... 42 
7 Classificação e designação .................................................................................................................... 43 
8 Marcação, etiquetagem e embalagem.................................................................................................. 44 
8.1 Marcação e etiquetagem ....................................................................................................................... 44 
8.1 Embalagem, transporte, armazenamento e manuseamento .................................................................. 44 
Anexo A (normativo) Procedimentos de ensaio para as propriedades dos materiais ......................... 45 
A.1 Ensaio de tração perpendicular ao painel ....................................................................................... 45 
A.1.1 Princípio ........................................................................................................................................... 45 
A.1.2 Aparelhos e utensílios ...................................................................................................................... 45 
A.1.3 Especímenes de ensaio ..................................................................................................................... 45 
A.1.4 Procedimento .................................................................................................................................... 46 
A.1.5 Cálculos e resultados ........................................................................................................................ 46 
A.1.6 Módulo de elasticidade à tração perpendicular ao painel a alta temperatura ................................... 47 
A.2 Resistência à compressão e módulo do material do núcleo ........................................................... 48 
A.2.1 Princípio ........................................................................................................................................... 48 
A.2.2 Aparelhos e utensílios ...................................................................................................................... 48 
A.2.3 Especímenes de ensaio ..................................................................................................................... 48 
A.2.4 Procedimento .................................................................................................................................... 48 
A.2.5 Cálculos e resultados ........................................................................................................................ 48 
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A.3 Ensaio ao corte do material do núcleo ............................................................................................. 49 


A.3.1 Princípio ........................................................................................................................................... 49 
A.3.2 Aparelhos e utensílios....................................................................................................................... 49 
A.3.3 Especímenes de ensaio ..................................................................................................................... 50 
A.3.4 Procedimento .................................................................................................................................... 51 
A.3.5 Cálculos e resultados – carga a curto termo ..................................................................................... 51 
A.3.6 Procedimentos de ensaio, cálculos e resultados – carga a longo termo ............................................ 54 
A.4 Ensaio para determinar as propriedades de corte de um painel completo .................................. 55 
A.4.1 Princípio ........................................................................................................................................... 55 
A.4.2 Aparelhos e utensílios....................................................................................................................... 55 
A.4.3 Especímenes de ensaio ..................................................................................................................... 56 
A.4.4 Procedimento .................................................................................................................................... 57 
A.4.5 Resultados e cálculos ........................................................................................................................ 57 
A.5 Ensaio para determinação da capacidade do momento-fletor de um painel simplesmente
apoiado ...................................................................................................................................................... 60 
A.5.1 Princípio ........................................................................................................................................... 60 
A.5.2 Aparelhos e utensílios....................................................................................................................... 60 
A.5.3 Especímenes de ensaio ..................................................................................................................... 63 
A.5.4 Procedimento .................................................................................................................................... 63 
A.5.5 Resultados e cálculos ........................................................................................................................ 63 
A.6 Determinação do coeficiente de fluência (t)................................................................................... 69 
A.6.1 Princípio ........................................................................................................................................... 69 
A.6.2 Aparelhos e utensílios....................................................................................................................... 69 
A.6.3 Especímenes de ensaio ..................................................................................................................... 69 
A.6.4 Procedimento .................................................................................................................................... 69 
A.7 Interação entre momento-fletor e reações nos apoios .................................................................... 71 
A.7.1 Princípio ........................................................................................................................................... 71 
A.7.2 Aparelhos e utensílios....................................................................................................................... 71 
A.7.3 Especímenes de ensaio ..................................................................................................................... 72 
A.7.4 Procedimento .................................................................................................................................... 73 
A.7.5 Cálculos e resultados ........................................................................................................................ 73 
A.8 Determinação da massa volúmica aparente do núcleo e da massa do painel............................... 74 
A.8.1 Determinação da massa volúmica aparente do núcleo ..................................................................... 74 
A.9 Ensaio de resistência a cargas pontuais e a cargas repetidas de acesso ........................................ 75 
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A.9.1 Painéis submetidos a cargas pontuais ............................................................................................... 75 


A.9.2 Painéis submetidos a cargas repetidas .............................................................................................. 76 
A.10 Método de cálculo para a determinação da transmissão térmica de um painel (U).................. 78 
A.10.1 Generalidades ................................................................................................................................. 78 
A.10.2 Determinação da condutibilidade térmica dos materiais componentes .......................................... 78 
A.10.3 Cálculo da transmissão térmica de um painel (U) .......................................................................... 79 
A.10.4 Método simplificado para o cálculo da transmissão térmica de um painel (Ud,S) .......................... 82 
A.11 Permeabilidade à água – resistência à chuva tocada pela pressão de ar pulsado...................... 84 
A.11.1 Princípio ......................................................................................................................................... 84 
A.11.2 Aparelhos e utensílios .................................................................................................................... 85 
A.11.3 Especímenes de ensaio ................................................................................................................... 85 
A.11.4 Procedimento .................................................................................................................................. 85 
A.11.5 Cálculos e resultados ...................................................................................................................... 85 
A.12 Permeabilidade ao ar ...................................................................................................................... 85 
A.12.1 Princípio ......................................................................................................................................... 85 
A.11.2 Aparelhos e utensílios .................................................................................................................... 85 
A.11.3 Especímenes de ensaio ................................................................................................................... 85 
A.12.4 Procedimento .................................................................................................................................. 85 
A.12.5 Cálculos e resultados ...................................................................................................................... 86 
A.13 Isolamento aos sons aéreos ............................................................................................................. 86 
A.13.1 Princípio ......................................................................................................................................... 86 
A.13.2 Aparelhos e utensílios .................................................................................................................... 86 
A.13.3 Especímenes de ensaio ................................................................................................................... 86 
A.13.4 Procedimento .................................................................................................................................. 86 
A.13.5 Cálculos e resultados ...................................................................................................................... 86 
A.14 Absorção acústica ............................................................................................................................ 86 
A.14.1 Princípio ......................................................................................................................................... 86 
A.14.2 Aparelhos e utensílios .................................................................................................................... 86 
A.14.3 Especímenes de ensaio ................................................................................................................... 86 
A.14.4 Procedimento .................................................................................................................................. 87 
A.14.5 Cálculos e resultados ...................................................................................................................... 87 
A.15 Capacidade de reação de um apoio na extremidade de um painel ............................................. 87 
A.15.1 Princípio ......................................................................................................................................... 87 
A.15.2 Aparelhos e utensílios .................................................................................................................... 87 
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A.15.3 Especímenes de ensaio ................................................................................................................... 88 


A.15.4 Procedimento .................................................................................................................................. 88 
A.15.5 Cálculos e resultados ...................................................................................................................... 88 
A.16 Registo e interpretação de resultados dos ensaios ........................................................................ 89 
A.16.1 Ensaios ETI .................................................................................................................................... 89 
A.16.2 Ensaios CPF ................................................................................................................................... 90 
A.16.3 Determinação de valores característicos a partir dos ensaios ......................................................... 90 
A.16.4 Interpolação e extrapolação dos resultados dos ensaios ................................................................. 91 
Anexo B (normativo) Método de ensaios de durabilidade para painéis sanduíche ............................. 92 
B.1 Princípio ............................................................................................................................................. 92 
B.2 Ensaio DUR1 ...................................................................................................................................... 92 
B.2.1 Princípio............................................................................................................................................ 92 
B.2.2 Aparelhos e utensílios ....................................................................................................................... 92 
B.2.3 Especímenes de ensaio ..................................................................................................................... 92 
B.2.4 Procedimento .................................................................................................................................... 93 
B.2.5 Resultados dos ensaios e critérios de aceitação – DUR1 .................................................................. 94 
B.3 Ensaio DUR2 ...................................................................................................................................... 94 
B.3.1 Princípio............................................................................................................................................ 94 
B.3.2 Aparelhos e utensílios ....................................................................................................................... 94 
B.3.3 Especímenes de ensaio ..................................................................................................................... 95 
B.3.4 Procedimento .................................................................................................................................... 96 
B.3.5 Resultados dos ensaios e critérios de aceitação – DUR2 .................................................................. 97 
B.4 Relatório de ensaio dos ensaios de durabilidade ............................................................................. 97 
B.5 Ligação adesiva entre as faces e o material do núcleo pré-fabricado (ensaio de cunha) ............. 98 
B.5.1 Princípio............................................................................................................................................ 98 
B.5.2 Aparelhos e utensílios ....................................................................................................................... 98 
B.5.3 Especímenes de ensaio ..................................................................................................................... 99 
B.5.4 Procedimento .................................................................................................................................... 99 
B.5.5 Resultados dos ensaios e critérios de aceitação ................................................................................ 100 
B.6 Ensaio de carga repetida ................................................................................................................... 101 
B.6.1 Princípio............................................................................................................................................ 101 
B.6.2 Aparelhos e utensílios ....................................................................................................................... 101 
B.6.3 Especímenes de ensaio ..................................................................................................................... 101 
B.6.4 Procedimento .................................................................................................................................... 101 
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B.6.5 Cálculos e resultados ........................................................................................................................ 101 


B.7 Ensaio de choque térmico ................................................................................................................. 102 
B.7.1 Princípio ........................................................................................................................................... 102 
B.7.2 Aparelhos e utensílios ....................................................................................................................... 102 
B.7.3 Especímenes de ensaio ..................................................................................................................... 102 
B.7.4 Procedimento .................................................................................................................................... 103 
B.7.5 Cálculos e resultados ........................................................................................................................ 103 
Anexo C (normativo) Ensaios de desempenho com fogo – instruções adicionais e campo de
aplicação direto......................................................................................................................................... 104 
C.1 Reação ao fogo ................................................................................................................................... 104 
C.1.1 Ensaio de fogo EN 13823 (SBI) – especímenes, montagem e fixação............................................. 104 
C.1.2 Ensaios de fogo EN ISO 11925-2 (ensaio de inflamabilidade) ........................................................ 108 
C.1.3 Campo de aplicação direto dos resultados do ensaio de reação ao fogo .......................................... 108 
C.2 Resistência ao fogo............................................................................................................................. 112 
C.2.1 Generalidades ................................................................................................................................... 112 
C.2.2 Ensaio de resistência ao fogo EN 1365-1 – Paredes......................................................................... 112 
C.2.3 Ensaio de resistência ao fogo EN 1365-2 – Telhados ...................................................................... 115 
C.2.4.1 Painéis de telhado .......................................................................................................................... 117 
C.3 Ensaios de fogo ENV 1187 – desempenho de telhados com fogo exterior .................................... 118 
C.3.1 Classificação sem mais ensaios (CWFT) ......................................................................................... 118 
C.3.2 Método de ensaio 1 CEN/TS 1187 ................................................................................................... 118 
C.3.3 Método de ensaio 2 CEN/TS 1187 ................................................................................................... 119 
C.3.4 Método de ensaio 3 CEN/TS 1187 ................................................................................................... 119 
C.3.5 Método de ensaio 4 CEN/TS 1187 ................................................................................................... 119 
C.4 Determinação da quantidade e da espessura da camada adesiva ................................................. 119 
C.4.1 Generalidades ................................................................................................................................... 119 
C.4.2 Medições num painel fabricado ........................................................................................................ 120 
C.4.3 Medições durante a produção ........................................................................................................... 121 
Anexo D (normativo) Tolerâncias dimensionais.................................................................................... 122 
D.1 Generalidades .................................................................................................................................... 122 
D.2 Tolerâncias dimensionais .................................................................................................................. 122 
D.2.1 Espessura do painel e conformidade da junção ................................................................................ 122 
D.2.2 Desvio da planeza............................................................................................................................. 123 
D.2.3 Profundidade do perfil metálico ....................................................................................................... 124 
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D.2.4 Altura dos reforços sobre faces ligeiramente perfiladas ................................................................... 125 
D.2.5 Comprimento .................................................................................................................................... 125 
D.2.6 Largura útil ....................................................................................................................................... 126 
D.2.7 Desvio da perpendicularidade .......................................................................................................... 127 
D.2.8 Desvio de retilinearidade .................................................................................................................. 128 
D.2.9 Arqueamento .................................................................................................................................... 128 
D.2.10 Passo do perfil ................................................................................................................................ 129 
D.2.11 Larguras de nervuras e de vales...................................................................................................... 130 
Anexo E (normativo) Procedimentos de cálculo .................................................................................... 131 
E.1 Definições e símbolos ......................................................................................................................... 131 
E.1.1 Propriedades de um painel sanduíche ............................................................................................... 131 
E.1.2 Símbolos utilizados no Anexo E ....................................................................................................... 132 
E.1.3 Sinais por convenção usados no Anexo E ........................................................................................ 133 
E.2 Generalidades....................................................................................................................................... 134 
E.3 Ações ................................................................................................................................................... 134 
E.3.1 Generalidades.................................................................................................................................... 134 
E.3.2 Ações permanentes ........................................................................................................................... 134 
E.3.3 Ações variáveis ................................................................................................................................. 135 
E.3.4 Ações devidas a efeitos de longo prazo ............................................................................................ 135 
E.4 Resistência .......................................................................................................................................... 135 
E.4.1 Generalidades.................................................................................................................................... 135 
E.4.2 Resistência residual à flexão num apoio intermédio ......................................................................... 136 
E.4.3 Capacidade de reação de um apoio de extremidade.......................................................................... 137 
E.5 Regras de combinação ....................................................................................................................... 138 
E.5.1 Generalidades.................................................................................................................................... 138 
E.5.2 Estado limite último .......................................................................................................................... 138 
E.5.3 Combinação dos efeitos das ações para o estado limite último ........................................................ 139 
E.5.4 Estado limite de serviço .................................................................................................................... 139 
E.5.5 Combinação dos efeitos de ações para os estados limite de serviço ................................................. 140 
E.6 Coeficientes de combinação e fatores de segurança ....................................................................... 141 
E.6.1 Coeficientes de combinação ............................................................................................................. 141 
E.6.2 Fatores de carga ................................................................................................................................ 141 
E.6.3 Fatores materiais ............................................................................................................................... 142 
E.7 Cálculo dos efeitos das ações ............................................................................................................. 143 
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E.7.1 Generalidades ................................................................................................................................... 143 


E.7.2 Métodos de análise............................................................................................................................ 143 
E.7.2.8 Expansão e contração térmica........................................................................................................ 147 
E.7.3 Sistema estático, geometria e espessura............................................................................................ 148 
E.7.4 Painéis sanduíche de faces planas ou ligeiramente perfiladas .......................................................... 148 
E.7.5 Painéis sanduíche com faces fortemente perfiladas .......................................................................... 149 
Anexo F (informativo) Alterações técnicas significativas entre esta Norma Europeia e a
edição anterior .......................................................................................................................................... 154 
Anexo ZA (informativo) Secções desta Norma Europeia relativas a requisitos essenciais ou
a outras disposições da Diretiva da UE Produtos de Construção ........................................................ 158 
ZA.1 Objetivo, campo de aplicação e características relevantes.......................................................... 158 
ZA.2 Procedimento para atestação da conformidade de painéis sanduíche ....................................... 161 
ZA.2.1 Sistema de atestação da conformidade........................................................................................... 161 
ZA.2.2 Certificado CE e declaração de conformidade ............................................................................... 165 
ZA.3 Marcação CE e etiquetagem .......................................................................................................... 166 
ZA.3.1 Generalidades................................................................................................................................. 166 
ZA.3.2 Informação que acompanha o símbolo da marcação CE – paredes interiores e tetos .................... 166 
ZA.3.3 Informação que acompanha o símbolo da Marcação CE – Paredes exteriores .............................. 167 
ZA.3.4 Informação que acompanha o símbolo da Marcação CE – Tetos .................................................. 169 
ZA.3.5 Exemplo da Marcação CE e informação descritiva ....................................................................... 171 
Bibliografia ............................................................................................................................................... 178 
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Preâmbulo
O presente documento (EN 14509:2013) foi elaborado pelo Comité Técnico CEN/TC 128 “Roof covering
products for descontinuous laying and products for wall cladding ”, cujo secretariado é assegurado pelo NBN.
A esta Norma Europeia deve ser atribuído o estatuto de Norma Nacional, seja por publicação de um texto
idêntico, seja por adoção, o mais tardar em abril de 2014, e todas as normas nacionais divergentes devem ser
anuladas o mais tardar em outubro de 2014.
Pode acontecer que alguns dos elementos do presente documento sejam objeto de direitos de propriedade.
CEN (e/ou o CENELEC) não deve ser responsabilizado pela identificação de alguns ou todos esses direitos.
A presente Norma foi elaborada no âmbito de um Mandato atribuído ao CEN pela Comissão Europeia e pela
Associação Europeia de Comércio Livre, e vem apoiar requisitos essenciais da(s) Diretiva(s) UE.
No que se refere às relações com a(s) Diretiva(s) UE, consultar o Anexo informativo ZA que constitui parte
integrante desta Norma.
O Anexo F fornece detalhes de alterações técnicas significativas entre esta Norma e a edição prévia.
Os dados obtidos de ensaios anteriores de acordo com a EN 14509:2006 poderão ser utilizados sem a
necessidade de ensaios posteriores aos procedimentos revistos (6.2.2) desde que os dados declarados não se
alterem significativamente.
De acordo com o Regulamento Interno do CEN/CENELEC, a presente Norma Europeia deve ser
implementada pelos organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha, Antiga República
Jugoslava da Macedónia, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia,
Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo,
Malta, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia, Suécia, Suíça e
Turquia.
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1 Objetivo e campo de aplicação


Esta Norma especifica os requisitos para painéis sanduíche autoportantes, isolantes, com dupla face metálica,
de fabrico industrial, previstos para colocação descontínua nas seguintes aplicações:
a) telhados e revestimentos de telhados;
b) revestimento de paredes exteriores e interiores;
c) paredes (incluindo divisórias) e tetos no interior da envolvente dos edifícios.
Os materiais isolantes interiores abrangidos pela presente Norma são o poliuretano rígido, o polistireno
expandido, espuma de polistireno extrudido, espuma fenólica, vidro celular e lã mineral.
NOTA: O poliuretano (PUR) inclui o poliisocianurato (PIR).

Estão incluídos na presente Norma os painéis com detalhes dos bordos que utilizam materiais diferentes do
material isolante interno principal.
Estão incluídos na presente Norma os painéis utilizados em aplicações de recintos para armazenagens a frio.
Os painéis colocados no mercado como componentes de câmaras frigoríficas, de edifícios e/ou de
equipamentos da envolvente de edifícios são abrangidos pela ETA-Guideline 021 ”Cold storage premises
kits”.
A presente Norma Europeia não abrange o seguinte:
i. painéis sanduíche de condutibilidade térmica declarada para o isolante interior maior que 0,06 W/m.K a
10 ºC.
ii. produtos contendo duas ou mais camadas claramente definidas de diferentes materiais interiores isolantes
(multicamadas);
iii. painéis com lâmina(s) exterior(es) perfurada(s).
iv. painéis curvos.

2 Referências normativas
A presente Norma inclui, no todo ou em parte, por referência, datada ou não, disposições relativas a outras
normas. Estas referências normativas são citadas nos lugares apropriados do texto e as normas são listadas a
seguir.
Para referências datadas, as emendas ou revisões subsequentes de qualquer destas normas, só se aplicam à
presente Norma se nela incorporadas por emenda ou revisão. Para as referências não datadas, aplica-se a
última edição da norma referida (incluindo as emendas).
EN 485-2 Aluminium and aluminium alloys – Sheet, strip and plate – Part 2: Mechanical
properties
EN 485-4 Aluminium and aluminium alloys – Sheet, strip and plate – Part 4: Tolerances on shape
and dimensions for cold-rolled products
EN 508-1 Roofing products from metal sheet – Specification for self-supporting products of steel,
aluminium or stainless steel sheet – Part 1: Steel
EN 826 Thermal insulation products for building applications – Determination of compression
behaviour
EN 1172 Copper and copper alloys – Sheet and strip for building purposes
NP
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CEN/TS 1187 Test methods for external fire exposure to roofs


EN 1363-1 Fire resistance tests – Part 1: General requirements
EN 1364-1 Fire resistance tests for non-load bearing elements – Part 1: Walls
EN 1364-2 Fire resistance tests for non-load bearing elements – Part 2: Ceilings
EN 1365-2 Fire resistance tests for load bearing elements – Part 2: Floors and roofs
EN 1396 Aluminium and aluminium alloys – Coil coated sheet and strip for general applications -
Specifications
EN 1602 Thermal insulating products for building applications – Determination of the apparent
density
EN 1607 Thermal insulating products for building applications – Determination of tensile
strength perpendicular to faces
EN 1990 Eurocode – Basis of structural design
EN 10088-1 Stainless steels – Part 1: List of stainless steels
EN 10143 Continuously hot-dip coated steel sheet and strip – Tolerances on dimensions and shape
EN 10169 Continuously organic coated (coil coated) steel flat products – Technical delivery
conditions
EN 10204 Metallic products – Types of inspection documents
EN 10346:2009 Continuously hot-dip coated steel flat products – Technical delivery conditions
EN 12085 Thermal insulating products for building applications – Determination of linear
dimensions of test specimens
EN 12114 Thermal performance of buildings – Air permeability of building components and
building elements – Laboratory test method
EN 12865 Hygrothermal performance of building components and building elements –
Determination of the resistance of external wall systems to driving rain under pulsating
air pressure
EN 13162 Thermal insulating products for buildings – Fatory made mineral wool (MW) products –
Specification
EN 13163 Thermal insulating products for buildings – Fatory made products of expanded
polystyrene (EPS) – Specification
EN 13164 Thermal insulating products for buildings – Fatory made products of extruded
polystyrene foam (XPS) – Specification
EN 13165 Thermal insulating products for buildings – Fatory made rigid polyurethane foam (PU)
products – Specification
EN 13166 Thermal insulating products for buildings – Fatory made products of phenolic foam
(PF) – Specification
EN 13167 Thermal insulating products for buildings – Fatory made cellular glass (CG) products –
Specification
NP
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CEN/TS 13381-1 Test methods for determining the contribution to the fire resistance of structural
members – Part 1: Horizontal protective membranes
ENV 13381-2 Test methods for determining the contribution to the fire resistance of structural
members – Part 2: Vertical protective membranes
EN 13501-1 Fire classification of construction products and building elements – Part 1:
Classification using test data from reaction to fire tests
EN 13501-2 Fire classification of construction products and building elements – Part 2:
Classification using data from fire resistance tests, excluding ventilation services
EN 13501-5 Fire classification of construction products and building elements – Part 5:
Classification using data from external fire exposure to roof tests
EN 13823 Reaction to fire tests for building products – Building products excluding floorings
exposed to the thermal attack by a single burning item
EN 14135 Coverings – Determination of fire protection ability
EN 15254-5 Extended application of results from fire resistance tests – Non-loadbearing wall –
Part 5: Metal sandwich panel construction
EN ISO 354:2003 Acoustics – Measurement of sound absorption in a reverberation room (ISO 354)
EN ISO 717-1 Acoustics – Rating of sound insulation in buildings and of building elements – Part 1:
Airborne sound insulation (ISO 717-1)
EN ISO 1182 Reaction to fire tests for building products – Non-combustibility test (ISO 1182)
EN ISO 1716 Reaction to fire tests for products – Determination of the gross heat of combustion
(calorific value) (ISO 1716)
EN ISO 6946 Building components and building elements – Thermal resistance and thermal
transmittance – Calculation method (ISO 6946:1996)
EN ISO 9445 (todas Continuously cold-rolled stainless steel narrow strip, wide strip, plate-sheet and cut
as partes) lengths – Tolerances on dimensions and form (ISO 9445:2002)
EN ISO 10140 Acoustics – Laboratory measurement of sound insulation of building elements
(todas as partes) (ISO 10140)
EN ISO 10211-1 Thermal bridges in building construction – Heat flows and surface temperatures –
Part 1: Detailed calculations (ISO 10211-1)
EN ISO 10456 Building materials and products – Hygrothermal properties – Tabulated design values
and procedures for determining declared and design thermal values (ISO 10456)
EN ISO 11654 Acoustics – Sound absorbers for use in buildings – Rating of sound absorption
(ISO 11654)
EN ISO 11925-2 Reaction to fire tests – Ignitability of building products subjected to direct impingement
of flame – Part 2: Single-flame source test (ISO 11925-2)
ISO 12491 Statistical methods for quality control of building materials and components

3 Termos e definições
Para os fins da presente Norma, aplicam-se os seguintes termos e definições:
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3.1 auto aderência


Aderência própria do isolante interior à(s) face(s) ocorrendo automaticamente sem utilização de um adesivo.

3.2 carga de rotura


Carga de rotura registada durante um ensaio de um painel individual.

3.3 resistência à flexão


Valor característico da carga de rotura determinada com base numa série de ensaios.

3.4 colar, colagem


Aderência entre a(s) face(s) e o isolante interior normalmente providenciada por um adesivo.

3.5 teto
Cobertura sobre uma área interior.

3.6 núcleo
Camada de material apresentando propriedades de isolamento térmico, a qual é ligada entre duas faces
metálicas.

3.7 durabilidade
Capacidade do painel para suportar os efeitos ambientais e adaptar-se à consequente diminuição da resistência
mecânica com o tempo, provocada por fatores tais como temperatura, humidade, ciclos de gelo-degelo e as
suas diversas combinações.

3.8 bordo, bordo longitudinal


Lado do painel em que os painéis adjacentes se juntam no mesmo plano.

3.9 faces
Revestimentos metálicos finos, planos, ligeiramente perfilados ou perfilados firmemente ligados ao núcleo
isolante.

3.10 face plana


Revestimento sem qualquer perfil laminado ou prensado, ou sem qualquer nervura de reforço embutida.

3.11 face incompletamente ligada


Face de metal cuja ligação ao núcleo é adequada para uma ação sanduíche mas que não inclui a superfície total
do núcleo.

NOTA 1: Um exemplo é uma face perfilada trapezoidalmente que tem vazios entre os perfis em relevo e o núcleo

3.12 painel incompletamente ligado


Painel no qual uma ou ambas as faces são incompletamente ligadas.

3.13 junção
Interface entre dois painéis cujos bordos de contacto foram concebidos de tal forma que permite aos painéis
serem montados no mesmo plano.

NOTA 1 à secção: A junção poderá incorporar elementos de encaixe que melhoram as propriedades mecânicas do sistema, que
incrementam também os desempenhos térmico e acústico e o comportamento ao fogo e restringem a movimentação do ar.
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NOTA 2 à secção: O termo junção não se refere a uma ligação entre painéis cortados ou a uma ligação em que os painéis não são
colocados no mesmo plano.

3.14 lamela
Material interior consistindo em lã mineral que foi cortada e orientada com as fibras perpendiculares às faces
metálicas, antecedendo a fixação.

3.15 face ligeiramente nervurada


Revestimento com perfil laminado ou prensado não apresentando profundidade superior a 5 mm.

3.16 pré-fabricado, pré-moldado


Componente ou material que é fornecido ao produtor pronto para ser diretamente incorporado no painel
sanduíche.

3.17 painel sanduíche


Produto de construção que consiste em duas faces metálicas posicionadas de cada lado de um núcleo interior
que é um material isolante térmico, firmemente fixado às duas faces de forma que os três componentes atuem
simultaneamente sob carga.

3.18 painel autoportante


Painel capaz de suportar, devido aos seus materiais constituintes e forma, o seu peso próprio e no caso de
painéis fixos a suportes estruturais espaçados, transmitir todas as cargas aplicadas (por exemplo, neve, vento,
pressão interior do ar) a esses suportes.

3.19 turno
Período de produção durante um dia de trabalho, normalmente 6 h a 8 h, podendo ser menos.

3.20 recobrimento lateral


Secção formada por um ou pelos dois materiais de revestimento situados sobre o bordo longitudinal do painel
que se une ao painel adjacente para constituir uma junta por encaixe ou por recobrimento.
3.21 força de enrugamento
Valor característico da tensão de enrugamento.

3.22 tensão de enrugamento


Tensão na face comprimida de um painel sujeito a falha por flexão, onde o modo de falha toma a forma de um
"enrugamento" estendendo-se sobre toda a largura do painel, perto do ponto de momento de flexão máximo.

4 Símbolos e abreviaturas
Para os fins desta Norma, aplicam-se os seguintes símbolos e abreviaturas.
A área da secção reta (pode ser largura total do painel ou por unidade de largura)
B rigidez de flexão (pode ser largura total do painel ou por unidade de largura), largura total do
painel/espécime
C relação
D profundidade total do painel
E módulo de elasticidade
F força, carga, reações nos apoios
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G módulo de elasticidade ao corte, ação permanente


I momento de inércia
L vão, distância, largura do suporte (Ls)
M momento-fletor
N força de compressão axial
Q ação variável
R resistência, índice de atenuação acústica (Rw), refletividade (RG), resistência à tração (RDUR, R24)
S rigidez ao corte, valor do efeito de carga, efeito de uma ação
T temperatura
U transmitância térmica, transmitância térmica incluindo a influência das juntas Ud,s
V esforço de corte
a espaçamento das fixações (A.10.4)
b largura do espécimen de ensaio, largura duma placa, largura das nervuras/vales, arqueamento
d altura de um perfil de face ou de reforços, altura do núcleo interior (dc)
e distância entre os centros de gravidade das faces, base dos logaritmos naturais (e = 2,718 282)
f resistência, tensão limite de elasticidade, fator de contribuição da condutibilidade térmica (fjunção)
h altura do perfil, espessura (por exemplo, da cola)
k parâmetro (E.4.3.2 capacidade de reação de um apoio), fator de correção
l comprimento, desvio
m massa
n número de ensaios, número de parafusos, número de núcleos interiores
p passo do perfil
q ação variável
r raio
s comprimento do núcleo interior (sw1)
t espessura da face de revestimento
v fator de variância
w deflexão, deslocamento, compressão, largura útil
x, y, z coordenadas
 parâmetro (A.5.5.4), coeficiente de dilatação térmica, absorção acústica (w), relação (A.4.5.3)
 parâmetro (A.5.5.4 e Quadro E.10.2 Equações de cálculo)
 desvio
 ângulo
 deformação de corte, fator de segurança parcial
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 condutibilidade térmica, projeto (valor de cálculo), relação (A.4.5.2)


 coeficiente de fluência
 parâmetro (Quadro E.10.1 Equações de cálculo)
 tensão, resistência à compressão m, desvio-padrão
 tensão de corte
 coeficiente de combinação (Anexo E), condutibilidade térmica linear das junções (A.10.3)
 coeficiente, massa volúmica aparente
Índices
C núcleo interior
D valor declarado (RD)
F face, ação (F)
G peso próprio, grau
M material (M)
Q ação variável
S parte sanduíche da secção reta
adj ajustado
b flexão, alongamento elástico
c compressão, núcleo interior, substrato (C.4.3.2), fixação (fjunção,c)
d conceção
e exterior, espessura adicional dos principais perfis (e)
eff efetivo
f carga, faces (fi)
i interior (fi)
i, j índices
k valor característico
lin linear
m material
n nominal
nc sem fixação (fjunção,nc)
obs observado (por exemplo, resultado)
q carga uniforme
s suporte (Ls = largura do suporte), reforços, superfície (Rs1)
t tensão, tempo
tol tolerância (normal ou especial)
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tr tráfego (Ctr)
u última (Fu)
v corte, variância
w vento, núcleo, enrugamento (w), ponderado (Rw)
y limite elástico
0 valor de base, largura unitária, tempo (por exemplo, t = 0)
1 face exterior, face superior
2 face interior, face inferior
Abreviaturas
CG vidro celular
CWFT classificado sem ensaios adicionais
EPS poliestireno expandido
FPC controlo da produção em fábrica (CPF)
ITT ensaio de tipo inicial (ETI)
MW lã mineral
NPD desempenho não determinado (DND)
PCS poder calorífico superior
PUR espuma de poliuretano rígido (a abreviatura PUR inclui a espuma de poliisocianurato (PIR))
PF espuma fenólica
XPS espuma de poliestireno extrudido

5 Requisitos, propriedades e métodos de ensaio

5.1 Requisitos para materiais componentes

5.1.1 Generalidades
O produto deve ser produzido com materiais e componentes em conformidade com as secções 5.1.2 a 5.1.4.
5.1.2 Faces metálicas

5.1.2.1 Aço

5.1.2.1.1 Faces de aço


As faces de aço (não considerando o aço inoxidável) devem ser de aço de construção de acordo com a
EN 10346:2009, Quadro 1 e ter um limite elástico mínimo de 220 N/mm2 e devem estar em conformidade com
os requisitos da norma apropriada indicada no Quadro 1.
Para aços de acordo com a EN 10346:2009, Quadro 1, o grau do aço, espessura nominal e sistema de
tolerância de cada face devem ser declarados. Tolerâncias na espessura devem estar de acordo com as
tolerâncias “especial” e “normal” como descritas nas normas relevantes.
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Quadro 1 – Normas para aços com revestimentos metálicos


Revestimento metálico Norma Europeia
Zinco, 5 % Al-Zn, 55 % Al-Zn e Alumínio-silício EN 10346
As massas nominais mínimas dos revestimentos metálicos devem ser as especificadas na EN 508-1.
Revestimento de zinco diferencial deve ser permitido para a face externa de um painel exposto ao clima
para todos os núcleos de materiais.

Os revestimentos orgânicos de proteção devem ser escolhidos de acordo com a sua durabilidade no ambiente
de aplicação. As faces de aço com revestimentos orgânicos devem estar em conformidade com os requisitos da
EN 10169. Os revestimentos multicamadas devem estar em conformidade com a EN 508-1.
O produtor dos painéis deve declarar o grau do metal, espessura e sistema de tolerâncias em cada face. As
tolerâncias de espessura devem estar de acordo com tolerâncias “especiais” ou “normais” tal como descrito nas
normas relevantes. A espessura das faces de aço deve ser determinada de acordo com a EN 10143.
NOTA: Nem todos os aços indicados no Quadro 1 são adequados para painéis sanduíche em todas as utilizações finais previstas.

5.1.2.1.2 Revestimento da face de trás


Se a face de metal é ligada ao longo de toda a sua área a um núcleo de espuma rígida com uma estrutura de
célula fechada, a massa de revestimento metálico da face de trás deve ser no mínimo de 50 g / m2.

Quando relevante para a prevista aplicação de uso final, a resistência de revestimentos protetores metálicos e
revestimento orgânico da face de trás (revestimento duplex) contra a corrosão deve ser assegurada por ensaios
laboratoriais. A resistência mínima do revestimento da face de trás deve ser CPI2 de acordo com EN 10169.
Adicionalmente aos requisitos da EN 10169 apenas uma ligeira mudança de cor (DE <= 2,0) deve ser aceitável
no ensaio de água de condensação (EN ISO 6270 1) acima de 1000 h.
NOTA: Os requisitos em 5.1.2.1.2 só são aplicáveis a revestimentos de face de trás.

5.1.2.2 Faces de aço inoxidável


As faces de aço inoxidável devem ter um limite de elasticidade mínimo de 220 N/mm2. A composição química
destas faces e as suas propriedades físicas devem estar em conformidade com a EN 10088-1.
O produtor dos painéis deve declarar o grau do metal, a espessura e sistema de tolerâncias de cada face. As
tolerâncias de espessura devem estar de acordo com tolerâncias “especiais” ou “normais” tal como descrito nas
normas relevantes. A espessura da face de aço deve ser determinada de acordo com a EN ISO 9445.
NOTA: Nem todos os aços indicados na EN 10088-1 são adequados para painéis sanduíche em todas as utilizações finais previstas.
Pode ser feita referência à EN 508-3, para os graus convenientes para coberturas.

5.1.2.3 Faces de alumínio


As faces de alumínio devem ter um valor mínimo de conceção para a tensão, no limite da deformação, de
0,2 % (para simplificar designado por “limite de elasticidade”) de 140 N/mm2. A composição química, a
têmpera e as propriedades mecânicas do alumínio devem estar em conformidade com a EN 485-2 ou a
EN 1396.
As faces de alumínio com um revestimento orgânico devem estar em conformidade com os requisitos da
EN 1396.
O produtor dos painéis deve declarar o grau do metal, a espessura e sistema de tolerâncias de cada face. As
tolerâncias de espessura devem estar de acordo com tolerâncias “especiais” ou “normais” tal como descrito nas
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normas relevantes. A espessura das faces de alumínio deve ser determinada de acordo com a EN 485-4 ou
EN 1396.
NOTA: Nem todas as ligas de alumínio cobertas pela EN 485-2 ou pela EN 1396 são adequados para painéis sanduíche em todas as
utilizações finais previstas. Pode ser feita referência nà EN 508-2.

5.1.2.4 Faces de cobre


As faces de cobre devem ter um valor mínimo de conceção para a tensão, no limite da deformação, de 0,2 %
(para simplificar designado por “limite de elasticidade”) de 180 N/mm2. A composição química, a têmpera e
as propriedades mecânicas das faces de cobre devem estar em conformidade com a EN 1172.
O produtor dos painéis deve declarar o grau do metal, a espessura e sistema de tolerâncias de cada face. As
tolerâncias de espessura devem estar de acordo com tolerâncias “especiais” ou “normais” tal como descrito nas
normas relevantes. A espessura das faces de cobre deve ser determinada de acordo com a EN 1172.
Nem todas as ligas de alumínio indicadas na EN 1172 são adequados para painéis sanduíche em todas as
utilizações finais previstas. Deverá ser feita referência à EN 506.
NOTA: Apenas os graus R240 e R290 satisfazem o requisito de 180 N/mm2.

5.1.3 Materiais do núcleo

5.1.3.1 Desempenho térmico


A condutibilidade térmica declarada e de conceção dos materiais do núcleo deve ser determinada de acordo
com a secção 5.2.2.

5.1.3.2 Estabilidade térmica dos materiais do núcleo


A estabilidade térmica dos materiais isolantes do núcleo num painel sanduíche deve ser avaliada usando
métodos de ensaio de durabilidade de acordo com 5.2.3.

5.1.4 Adesivos e aglutinantes


Os adesivos e aglutinantes devem estar em conformidade com as secções 5.2.1.6 e 5.2.3.1.
A aderência entre o núcleo e as faces do painel tem um papel fundamental no desempenho satisfatório do
painel. A preparação da superfície do material das faces deve ser apropriada para o adesivo ou para o método
de ligação.

5.2 Propriedades dos painéis

5.2.1 Resistência mecânica do painel

5.2.1.1 Generalidades
Para as propriedades mecânicas, a menos que tenha sido estabelecido de forma diferente, o valor médio e o
valor característico (percentil de 5 % assumindo um nível de confiança de 75 % para cada população de
resultados de ensaio) devem ser determinados de acordo com a ISO 12491.
Os valores declarados devem apresentar dois ou três algarismos significativos, como especificado no
Anexo ZA.
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5.2.1.2 Resistência ao corte (fCv) e módulo de elasticidade ao corte (Gc)


Os valores declarados da resistência ao corte e do módulo de elasticidade ao corte do núcleo interior devem ser
determinados de acordo com os procedimentos de ensaio de A.3 ou A.4 de acordo com o Quadro 2. O mesmo
procedimento de ensaio deve ser usado para determinar a resistência ao corte e o módulo de elasticidade ao
corte de um painel. Em princípio, cada procedimento de ensaio é adequado para painéis com faces planas,
ligeiramente nervuradas ou nervuradas.
O valor declarado caraterístico da resistência ao corte deve ser igual ou inferior ao valor caraterístico e deve
ser declarado pelo produtor em megapascal (MPa).
Apenas o valor médio do módulo de elasticidade ao corte obtido a partir dos resultados de ensaio disponíveis
deve ser declarado. O valor do percentil 5 % deve ser registado para fins do CPF de acordo com A.3 ou A.4.

Quadro 2 – Métodos de ensaio de corte alternativos

Procedimento de Materiais do núcleo e Fórmula para avaliação Comentários


ensaio da face
Resistência ao Módulo de
corte elasticidade ao
corte
A.3 - 2 pontos de Todo os materiais do A.5 A.7 Procedimento
carga núcleo e da face básico. Poderá ser
usado em todas as
(em amostra
situações, a menos
pequena)
requisitos práticos
ditem o contrário

A.4 - 2 pontos de Todos os materiais do A.10 A.7 Alternativo a A.3


carga núcleo.
Para os painéis com
(no painel inteiro) Faces planas ou uma ou duas faces
levemente nervuradas nervuradas podendo
ocorrer o
Uma ou ambas as A.12 A.11
enrugamento das
faces nervuradas
faces
A.4 – Aplicação da Todos os materiais do A.10 A.13 Alternativo ao uso
carga numa câmara núcleo. de 2 pontos de
de vácuo ou com a carga
Faces planas ou
ajuda de saco de ar
levemente nervuradas
Uma ou ambas as A.15 A.14
faces nervuradas

5.2.1.3 Coeficiente de fluência (t)


O coeficiente de fluência deve ser determinado de acordo com A.6 e apresentado como um valor numérico.
O coeficiente de fluência deve ser determinado para todos os painéis utilizados como telhado ou teto
concebidos para suportar cargas a longo termo ou permanentes, por exemplo, neve e peso próprio.
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5.2.1.4 Resistência à compressão (m) ou tensão de compressão (10)


A resistência à compressão do núcleo m ou a sua tensão de compressão a 10 % de deformação 10 (contando
a que primeiro for atingida) deve ser determinada de acordo com o método apresentado em A.2 e deve ser
declarado pelo produtor em megapascal (MPa).

5.2.1.5 Resistência ao corte após carga a longo termo (fCv longo termo)
Quando requerido, a resistência ao corte após carga de longo termo deve ser determinada de acordo com
A.3.6.
Este valor deve ser determinado para todos os painéis utilizados como telhado ou teto concebidos para
suportar cargas de longo termo ou cargas permanentes, por exemplo, neve ou peso próprio. O valor declarado
deve ser inferior ou igual ao valor característico (fCv) e deve ser declarado pelo produtor em megapascal
(MPa).
NOTA: A redução obtida a partir do ensaio de longa duração em pequena escala pode ser aplicada a painéis em que a resistência ao
corte foi determinado com base em ensaios de grande escala para A.4 ou calculadas com base em A.3.5.3.

5.2.1.6 Resistência à tração perpendicular ao painel (fCt)


O valor caraterístico para a resistência à tração perpendicular ao painel, perpendicularmente às faces do painel,
deve ser superior a 0,018 MPa quando ensaiada de acordo com A.1 e deve ser declarada pelo produtor em
megapascal (MPa).
O valor declarado deve ser inferior ou igual ao valor característico.
NOTA: Uma fraca resistência à tração pode reduzir a resistência ao enrugamento e incrementar a sua variabilidade. Isto é tido em
conta em A.5.5.5 (fator k2).

5.2.1.7 Capacidade do momento-fletor (Mu) e tensão de enrugamento (w)


A capacidade do momento-fletor deve ser obtida por ensaios de acordo com A.5.
Para painéis com faces planas ou ligeiramente perfiladas, a tensão de enrugamento deve ser calculada de
acordo com A.5.5 e deve ser declarada pelo produtor em megapascal (MPa).
A tensão de enrugamento declarada deverá geralmente ser determinada a partir dos resultados de ensaios de
flexão. No entanto, A.5.5.3 também permite que um valor de segurança da tensão de enrugamento seja
calculado de acordo com a Fórmula (A.20) e declarado.
A tensão de enrugamento está relacionado com momento-fletor por uma relação matemática simples, de modo
que não é necessário declarar a resistência à flexão e a força de enrugamento.
Para um painel com uma face nervurada em compressão, a resistência à flexão deve ser declarada em conjunto
com a extensão do espécime de ensaio. Opcionalmente, a tensão de enrugamento pode ser declarada.
Se se pretender que a conceção deva ser realizada com base em cálculos em conformidade com o Anexo E, é
preferível declarar a força de enrugamento sempre que possível.
NOTA: A declaração do momento-fletor é essencial para a conceção, com base em ensaios.

5.2.1.8 Capacidade do momento-fletor e tensão de enrugamento sobre um suporte central


Quando requerido, a capacidade do momento-fletor sobre um suporte central deve ser determinada de acordo
com A.7. Para painéis com faces planas ou ligeiramente perfiladas, a tensão de enrugamento deve então ser
calculada de acordo com A.5.5.
NOTA: A capacidade do momento-fletor aplicado sobre um suporte central é requerida quando painéis que são contínuos sobre dois
ou mais vãos são concebidos por cálculo de acordo com o Anexo E. Em tais casos, a comparação dos valores de conceção da
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resistência de acordo com E.2 é usualmente levada a efeito em termos de tensões. Se o painel tem uma ou mais faces perfiladas, a
determinação da tensão de compressão última (enrugamento) a partir da capacidade do momento-fletor requer cálculos de acordo
com E.7.5. É recomendado que este cálculo seja efetuado ao mesmo tempo que os ensaios.

5.2.2 Transmissão térmica


O valor da transmissão térmica para o painel (U), incorporando a condutibilidade térmica declarada para o
material do núcleo (Declarado) e para as junções assim como eventuais faces perfiladas, deve ser determinado de
acordo com A.10.
Os valores de Declarado e Ud,s devem ser declarados.

5.2.3 Durabilidade e outros efeitos a longo termo

5.2.3.1 Redução da resistência à tração com o tempo como consequência do envelhecimento


(durabilidade)
Os painéis devem satisfazer os critérios para a redução da resistência à tração de acordo com o método de
ensaio relevante DUR1 e DUR2 (ver Quadro 3) tal como descrito no Anexo B.
Os ensaios de durabilidade devem ser aplicados a painéis concebidos para aplicações externas. São baseados
no efeito de envelhecimento acelerado da temperatura ou humidade e, por experiência a longo prazo, são
críticos para cada material de núcleo interior.
Quando requerido, os ensaios de durabilidade poderão ser utilizados para avaliar o desempenho de painéis
sanduíche interiores.
NOTA 1: Estes ensaios avaliam a redução da resistência à tração como resultado da ação da temperatura ou humidade num critério
de aceitação/rejeição.
NOTA 2: O requisito de durabilidade abrange o desempenho de todos os componentes estruturais do painel, por exemplo,
revestimentos da face de trás, camadas de adesão e material do núcleo.

Os painéis PUR fabricados com utilização de agentes de expansão, abrangidos pela EN 13165 e uma
combinação destes agentes de expansão, mas excluindo as espumas sopradas com CO2, devem ser
considerados como satisfazendo os requisitos de durabilidade sem ensaios. Os painéis PUR fabricados com
outros agentes de expansão devem ser ensaiados de acordo com o ensaio DUR1 e os níveis de refletividade
das cores devem ser declarados (B.2.5).
Quadro 3 – Ensaios de durabilidade e critérios “julgados satisfatórios”
Material isolante do Método de ensaio Nota
núcleo (Anexo B)
Lã mineral (MW) DUR2 DUR2 incluindo o ensaio dos bordos (B.5)
Poliestireno (EPS ou XPS) DUR1 DUR1 incluindo o ensaio dos bordos (B.5)
Não é requerido o ensaio dos painéis fabricados com
utilização dos agentes de expansão abrangidos pela
norma EN 13165 e combinações destes agentes, mas
Poliuretano (PUR) – DUR1
excluindo as espumas sopradas com CO2
ligação auto-adesiva
Outros agentes de expansão devem ser ensaiados pelo
DUR1
(continua)
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Quadro 3 – Ensaios de durabilidade e critérios “julgados satisfatórios”


Material isolante do Método de ensaio Nota
núcleo (Anexo B)
Não é requerido o ensaio dos painéis fabricados com
utilização dos agentes de expansão abrangidos pela
EN 13165 e combinações destes agentes, mas excluindo
Poliuretano (PUR) – DUR1
as espumas sopradas com CO2. Outros agentes de
ligação adesiva
expansão devem ser ensaiados pelo DUR1 incluindo o
ensaio dos bordos (B.5)
O ensaio dos bordos (B.5) deve ser realizado
Fenólico (PF) DUR1, choque Os painéis PF com ligação adesiva devem ser ensaiados
térmico B.7 e carga pelo DUR1 incluindo o ensaio dos bordos (B.5)
repetida B.6
DUR1, choque
Vidro celular (CG) térmico B.7 e carga Incluindo o ensaio dos bordos (B.5)
repetida B.6

5.2.3.2 Resistência a cargas pontuais e cargas de acesso – painéis de teto


Quando requerido, a capacidade do painel sanduíche para resistir a cargas pontuais e a cargas de acesso deve
ser determinada de acordo com A.9.1. Para aplicações em que será mais frequente o acesso do que um
ocasional tráfego pedonal (ver NOTA 2), o procedimento descrito em A.9 deve também ser aplicado.
NOTA 1: Cargas pontuais são cargas resultantes de uma única pessoa que caminhe no painel, para o acesso ocasional durante e após
a montagem.
As capacidades de extensão de um painel de teto e seu sistema de apoio deverão ser verificados antes de o acesso ser permitido.
NOTA 2: Em geral, os painéis de teto não são adequados para um tráfego pedonal regular.

Os painéis de teto deverão ser protegidos quando são utilizados sobre vias de passagem regular ou de áreas de
trabalho, tanto durante a fase de instalação como durante a utilização final. Os painéis deverão proporcionar
um apoio largo e seguro para um pé e não deverão estar sujeitos a deformações permanentes em condições de
tráfego pedonal ocasional para acesso ou manutenção. Por necessidades de manutenção, apenas deverá ser
autorizada uma pessoa de cada vez a deslocar-se sobre o painel.

5.2.4 Características de fogo

5.2.4.1 Reação ao fogo


A classificação de um produto relativa à reação ao fogo deve ser determinada de acordo com a EN 13501-1. A
classificação deve corresponder às aplicações do painel definidas na secção 1 (Objetivo e campo de aplicação)
da presente Norma.
Os dispositivos de ensaio da reação ao fogo devem ser conformes com as seguintes normas, em função da
classe prevista:
- EN ISO 1182;
- EN ISO 1716 incluindo a determinação dos adesivos enunciada no Anexo C.4;
- EN 13823 e EN ISO 11925-2 juntamente com as adições enunciadas em C.1.
NOTA: A Comissão Europeia fez a seguinte declaração após consulta ao Comité referido no Artigo 19 da Diretiva 89/106/CEE. A
classificação da reação ao fogo derivada das disposições desta Norma habilita os reguladores e outros utilizadores com um
parâmetro essencial relativo ao desempenho com fogo dos painéis sanduíche. Baseando-se exclusivamente em necessidades de
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segurança ao fogo e com justificação explícita os reguladores poderão, para utilizações previstas específicas, estabelecer requisitos
adicionais para assegurarem a segurança ao fogo das construções, de acordo com a EN 13501-1. Outras classificações, tais como a
resistência ao fogo, poderão também ser requeridas para atingir os objetivos de segurança ao fogo pretendidos. Além disso, em casos
excecionais, outros instrumentos, tais como a engenharia de segurança ao fogo específica para a incorporação dos produtos e
montagens características associadas nos edifícios, poderão ser utilizados para avaliar a segurança ao fogo do edifício.

5.2.4.2 Resistência ao fogo


Quando requerido, a classificação de resistência ao fogo do produto deve ser determinada de acordo com a
EN 13501-2. Os métodos de ensaio para os painéis sanduíche devem estar de acordo com as seguintes normas:
- EN 1364-1 (paredes não resistentes) com as adições enunciadas em C.2.3;
- EN 1364-2 (tetos);
- CEN/TS 13381-1 (tetos – proteção horizontal);
- ENV 13381-2 (paredes);
- EN 1365-2 (coberturas portantes) com as adições enunciadas em C.2.3;
- EN 14135 (capacidade de proteção contra o fogo).

5.2.4.3 Comportamento ao fogo exterior – coberturas


Quando o produtor pretende declarar o desempenho com fogo exterior (por exemplo quando sujeito a
requisitos regulamentares), o produto deve ser ensaiado e classificado de acordo com a EN 13501-5.
Os painéis sanduíche que satisfazem os critérios enunciados em C.3.1 devem ser considerados como
satisfazendo os requisitos de desempenho característico com fogo exterior sem necessidade de ensaios
adicionais, de acordo com a Decisão 2006/600/CE. Estes produtos devem receber uma classificação BROOF (t1, te
e t3) satisfazendo a CEN/TS 1187 Métodos de Ensaio 1, 2 e 3.

As montagens de ensaio para os ensaios de desempenho com fogo exterior devem estar de acordo com a
CEN/TS 1187 juntamente com as adições enunciadas em C.3.2 a C.3.5.

5.2.5 Tolerâncias dimensionais para os painéis sanduíche


As tolerâncias dimensionais para os painéis sanduíche devem estar de acordo com o Quadro 4.
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Quadro 4 – Tolerâncias dimensionais para painéis


Dimensão Tolerância (máximo admissível) Método de medição
a)
Espessura do painel D  100 mm  2 mm D.2.1
D > 100 mm 2%
Desvio de planeza (de Para L = 200 mm – Desvio de planeza 0,6 mm
acordo com o comprimento Para L = 400 mm – Desvio de planeza 1,0 mm D.2.2
de medição L) Para L > 700 mm – Desvio de planeza 1,5 mm
Profundidade do perfil 5 < h  50 mm  1 mm D.2.3
metálico (nervuras) mm 50 < h  100 mm  2,5 mm
Profundidade dos reforços ds  1 mm  30 % de ds
principais e secundários 1 mm < ds  3 mm  0,3 mm D.2.4
3 mm < ds  5 mm  10% de ds
Comprimento do painel L  3 m  5 mm D.2.5
L > 3 m  10 mm
Largura útil do painel w  2 mm D.2.6
Desvio da 0,006  w (largura útil nominal) D.2.7
perpendicularidade
Desvio da retilinearidade 1 mm por metro, máximo 5 mm D.2.8
(no comprimento)
2 mm por metro de comprimento, máximo 20 mm
8,5 mm por metro de largura para perfis planos –
Arqueamento D.2.9
h  10 mm
10 mm por metro de largura para perfis – h > 10 mm
Passo do perfil (p) Se h  50 mm p:  2 mm D.2.10
Se h > 50 mm p:  3 mm
Largura das nervuras (b1) e Para b1  1 mm D.2.11
largura dos vales (b2) Para b2  2 mm
a)
Para o cálculo da espessura dos painéis com faces perfiladas, ver Figura D.1

5.2.6 Permeabilidade à água


Quando requerido, a permeabilidade à água (resistência à chuva tocada pelo vento) da montagem completa de
painéis sanduíche deve ser avaliada, isto é, a montagem a instalar num edifício, incluindo o produto e os seus
revestimentos, os vedantes aplicados em fábrica, junções padrão, vedantes aplicados em obra, cobre-juntas
representativos e um método de fixação apropriado para o ensaio.
A classificação da resistência da montagem do painel sanduíche sob chuva tocada por pressão de ar pulsado
deve ser determinada em conformidade com a secção A.11. O método de ensaio deve ser utilizado tanto para
as aplicações em paredes exteriores como em coberturas exteriores.
Os painéis sanduíche abrangidos pela presente Norma são revestidos por faces metálicas. Quando
corretamente manufaturados e satisfazendo um controlo visual apropriado, poderão ser considerados
impermeáveis à água. A estanquicidade à água do conjunto depende da sua instalação. A permeabilidade à
água é apenas relevante para as junções e as fixações.
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5.2.7 Permeabilidade ao ar
Quando requerido, a permeabilidade ao ar de uma montagem completa de painéis sanduíche deve ser avaliada,
isto é, a montagem destinada a ser instalada num edifício, incluindo o produto e os seus revestimentos, os
vedantes aplicados em fábrica, junções padrão, vedantes aplicados em obra, cobre-juntas representativos e um
método de fixação apropriado para o ensaio.
A medição da permeabilidade ao ar da montagem do painel sanduíche deve ser feita em conformidade com
A.12. O método de ensaio deve ser utilizado tanto para as aplicações em paredes exteriores como em
coberturas exteriores.
Os painéis sanduíche abrangidos pela presente Norma são revestidos por faces metálicas. Quando
corretamente manufaturados e satisfazendo um controlo visual apropriado, poderão ser considerados
impermeáveis ao ar. A estanquicidade ao ar do conjunto depende da sua instalação. A permeabilidade ao ar é
apenas relevante para as junções e as fixações.

5.2.8 Permeabilidade ao vapor de água


Para os fins da presente Norma, o coeficiente de transmissão de vapor de água das faces metálicas utilizadas é
considerado infinito. Os painéis sanduíche com faces metálicas são portanto considerados como sendo
impermeáveis ao vapor de água.

5.2.9 Isolamento aos sons aéreos (Rw(C;Ctr))


Quando requerido, o isolamento aos sons aéreos de uma montagem de painel sanduíche deve ser determinado
em conformidade com A.13. O resultado deve ser declarado como Rw(C;Ctr) de acordo com a EN ISO 717-1.
C é um termo de adaptação espectral calculado com um ruído rosa ponderado A. Ctr é um termo de adaptação
espectral calculado para um ruído de tráfego urbano ponderado A.

5.2.10 Atenuação acústica (w)


Quando requerido, a atenuação acústica de uma montagem de painel sanduíche deve ser determinada em
conformidade com A.14. O resultado deve ser declarado como um número simples, classificado segundo a
EN ISO 11654.

5.2.11 Substâncias perigosas


A regulamentação nacional relativa às substâncias perigosas poderá exigir a verificação e a declaração de
emissão, e algumas vezes o teor, quando os produtos de construção são cobertos por esta Norma e colocados
nestes mercados.
Na ausência de métodos de ensaio harmonizados europeus, verificação e declaração da emissão/teor deve ser
feita tomando em consideração disposições nacionais no local de uso.
NOTA: Uma base de dados informativa cobrindo as provisões Europeias e nacionais nas substâncias perigosas está disponível no
website da Construção em EUROPA acessível no link: http://ec.europa.eu/enterprise/construction/cpd-ds/

5.3 Ações e requisitos de nível de segurança

5.3.1 Resistência mecânica a cargas de conceção


O produto deve ter suficiente resistência mecânica às cargas de conceção resultantes de ações do peso próprio,
neve, vento, gradientes de temperatura e de pressão, de acessos, devendo estas cargas ser ponderadas como tal,
isoladas ou combinadas, de forma a não prejudicarem o desempenho do produto quando em serviço.
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A segurança do produto deve ser verificada por procedimentos de cálculo baseados no conceito de estado
limite. Isto requer que o “valor de cálculo da resistência” deve ser maior que o “valor de cálculo do efeito das
ações” e deve ser satisfeito tanto para o estado limite de serviço como para o estado limite último. A
verificação deve ser feita por cálculo de acordo com o Anexo E.
As informações relativas a todos os valores necessários à produção de quadros de cargas de cálculo e aos
valores característicos correspondentes obtidos durante os ensaios de tipo inicial e de controlo da produção em
fábrica devem ser fornecidas. Para os fins desta Norma, a disponibilização desta informação deve ser
considerada como fazendo parte integrante do produto.

5.3.2 Ações e combinações de ações


No que se refere ao cálculo da resistência mecânica as seguintes ações: ações permanentes, ações variáveis e
ações devidas a efeitos de longo termo devem ser tidas em conta nos cálculos. Devem ser consideradas quer
individualmente quer combinadas, utilizando os fatores de combinação do Anexo E.

6 Avaliação da conformidade, métodos de ensaio, de avaliação e de amostragem


6.1 Generalidades
A conformidade de um painel sanduíche com os requisitos da presente Norma e com os valores estabelecidos
incluindo classes deve ser demonstrada por:
- ensaios de tipo inicial (ETI);
- controlo da produção em fábrica (CPF) pelo produtor, incluindo avaliação do produto;
- quando requerido, inspeção inicial (CPF);
- quando requerido, supervisão contínua (CPF).
O princípio do agrupamento dos produtos em famílias poderá ser aplicado para obter valores de caraterísticas
mais uniformes e fatores de segurança do material quando os parâmetros dentro de uma gama de produtos
similares são variados, ou para reduzir os custos dos ensaios.
Quando o produtor manufatura produtos que têm as mesmas características físicas e químicas em mais do que
uma linha de produção ou em mais do que uma fábrica, não devem ser repetidos os ETI para as diferentes
linhas de produção.
Se existirem diferenças entre os valores característicos para produtos de duas linhas diferentes, devem ser
utilizados os valores mais desfavoráveis.

6.2 Ensaios de tipo inicial (ETI)

6.2.1 Avaliação de tipo inicial


Os ensaios de tipo inicial devem ser realizados para evidenciar a conformidade com a presente Norma, de
acordo com o Quadro 4.
Sempre que ocorra uma alteração no produto, matérias-primas ou fornecedor dos componentes, ou no processo
produtivo (sujeito à definição de família), a qual possa alterar significativamente uma ou mais características,
os ensaios de tipo devem ser repetidos para a(s) característica(s) apropriada(s).
Adicionalmente, os ensaios de tipo inicial devem ser realizados no início da produção de um novo tipo de
painel (a menos que seja membro da mesma família) ou no início de um novo método de produção se isso
puder afetar as propriedades declaradas ou a conformidade do produto.
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As características necessárias para aplicações específicas, por exemplo, permeabilidades ou acústica, devem
ser ensaiadas na base “quando requerido”.

6.2.2 Dados de ensaios existentes de ETI


Em geral, não é necessário repetir os ETI previamente realizados de acordo com as disposições da
EN 14509:2006 (mesmo produto, mesmas caraterísticas, método de ensaio, procedimento de amostragem,
sistema de comprovação da conformidade, etc.). Dados obtidos de ensaios anteriores poderão ser usados sem a
necessidade de ensaios posteriores aos procedimentos revistos desde que os dados declarados não mudem
significativamente. Existem as duas exceções que se seguem:
a) Ensaio de reação ao fogo EN ISO 11925-2. Nos casos em que o bordo estava protegido no ensaio inicial e
não está protegido no novo ensaio (Ver C.1.2) o produto deve ser ensaiado novamente.
b) Quando a transmissão térmica foi calculada usando os valores tabelados em A.10, a transmitância térmica
deve ser recalculada.

6.2.3 Amostragem para ETI e auditorias por sondagem

6.2.3.1 Generalidades
As amostras devem ser representativas dos produtos a colocar no mercado e o produtor deve conservar os
registos em boas condições como parte do seu controlo da produção em fábrica.
De preferência, todas as amostras devem provir do mesmo lote ou, se tal não for praticável, o produtor deve
garantir provas suficientes permitindo a comparação dos resultados dos ETI ou de auditorias por sondagem
com os das amostras colhidas de outros lotes.
O número de especímenes de ensaio (para ETI) deve estar de acordo com os métodos de ensaio do Quadro 5.
A amostra recolhida, isto é um painel, deve ser uma amostra aleatória simples, retirada de uma população
finita de painéis.
Quando os especímenes de ensaio são provenientes de um só painel, estes especímenes devem ser recolhidos
em diversos pontos repartidos por toda a largura do painel. Pelo menos um espécimen deve ser colhido do
meio do painel e pelo menos um espécimen deve ser colhido junto ao bordo do painel, devendo o primeiro
pedaço cortado situar-se a menos de 10 % da largura do painel, partindo de um bordo exterior.
A menos que tenha sido especificado de forma diferente no método de ensaio, os especímenes não devem ser
condicionados, nem antes nem depois do ensaio.
A idade mínima dos especímenes para os ensaios de tipo inicial deve ser de 24 h. A data e hora da produção
devem ser registadas na altura da amostragem.
Os especímenes de ensaio são muito sensíveis ao processo de corte e à exatidão dos ensaios, em especial a
medição nos ensaios de tração. É requerido cuidado acrescido no processo de corte, especialmente se o
material do núcleo interior é relativamente fraco ou tem tendência a ser friável. O corte pode ser feito com
uma serra de fita, com lâmina de dentes finos. Poderá ser vantajoso colocar o espécimen entre duas faces de
contraplacado ou material similar a fim de reduzir as vibrações durante o processo de corte. Sugere-se que os
especímenes deverão ser cuidadosamente inspecionados depois de serem cortados. Os especímenes que
evidenciarem descolamentos provocados pelo processo de corte deverão ser rejeitados (até um máximo de
30 % dos que foram cortados para qualquer família de ensaios).

6.2.3.2 Marcação e registos relativos à amostragem


Todas as amostras destinadas a fins de ETI devem ser marcadas como se segue:
- data e hora da amostragem;
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- linha de produção ou unidade;


- marca de identificação.
Os registos da amostragem devem disponibilizar pelo menos a seguinte informação:
- fábrica de produção;
- local de amostragem;
- as existências ou lotes (donde foram recolhidas as amostras);
- quantidade de amostras;
- referência à presente Norma, isto é, EN 14509;
- marcação do produto pelo produtor;
- marca de identificação das amostras;
- propriedades a ensaiar;
- local e data;
- assinatura(s) da(s) pessoa(s) responsável(eis) pela amostragem.
Se uma parte terceira é responsável pela amostragem, poderão ser utilizados os registos de amostragem dessa
parte terceira.

6.2.4 Ensaios e critérios de conformidade – ETI


Todas as características do Quadro 5, quando relevante, devem ser submetidas a ensaios ETI com excepção do
desempenho com fogo exterior, quando se utiliza a opção CWFT), em que é requerida medição de acordo
com C.3.1 para garantir que o produto satisfaz a definição requerida pela CWFT.
A menos que o método de ensaio requeira outras condições, todos os ensaios devem ser realizados nas
condições ambientais do laboratório, sem quaisquer condições especiais.
Para as propriedades mecânicas, salvo especificação em contrário, o valor médio do valor característico
(percentil de 5 % assumindo um nível de confiança de 75 %) para cada população de resultados de ensaio deve
ser determinado de acordo com a ISO 12491 utilizando os fatores de fórmula e percentils de A.16.3.
Os resultados de todos os ensaios de tipo devem ser registados e conservados pelo produtor pelo menos
durante 10 anos após a última data de produção do(s) produto(s) a que se reportam.

6.2.5 Programa de ensaios encurtado – ETI (mudança de produto)

6.2.5.1 Geral
Se existe apenas uma alteração do material do núcleo ou da cola para uma família de painel, um programa de
ensaio encurtado (não toda a gama do ETI) - ver Quadro 6 poderá ser usado para comparar os valores de
resistência ao corte e módulo de elasticidade ao corte; resistência à compressão e módulo de elasticidade ao
corte; resistência à compressão e o módulo de elasticidade do núcleo; e fluência contra os valores dos ETI
originais.

)
CWFT: Classification Without Further Testing = Classificação Sem Ensaios Adicionais (nota nacional).
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Desde que todos os valores característicos destes materiais para o novo material de núcleo sejam melhores ou
iguais aos valores declarados como um resultado do ensaio ETI original, os valores declarados existentes para
as propriedades mecânicas do painel poderá ser retidos sem mais ETI.
Se existe apenas uma alteração no grau do material de revestimento um programa de ensaio encurtado para
comparar os valores da capacidade do momento-fletor deve ser utilizado (ver Quadro 6).

6.2.5.2 Critérios de cálculo e comparação – propriedades mecânicas


O programa de ensaios reduzido requer que as caraterísticas seguintes sejam ensaiadas de acordo com o
Quadro 6:
 resistência ao corte fcv (ver Fórmula (A.5)) e módulo de elasticidade ao corte do núcleo Gc (ver Fórmula
(A.7));
 resistência à tração fct (ver Fórmula (A.1)) e módulo de elasticidade à tração do núcleo Ect (ver Fórmula
(A.4));
 resistência à compressão fcc (ver Fórmula (A.3)) e módulo de elasticidade à compressão do núcleo Ecc (ver
Fórmula (A.4));
 coeficiente de fluência;
 capacidade de momento-fletor e tensão de enrugamento (ver 6.2.5.1).
Se o desempenho das 6 características acima for melhor ou igual aos valores do ETI existente, mas há uma
redução do desempenho no que diz respeito à fluência, onde relevante, então os valores existentes de
resistência à tração, corte e compressão poderão ser mantidos, mas a ensaio de fluência deve ser repetido e um
novo coeficiente de fluência deve ser declarado.

6.2.5.3 Programa não encurtado – outras caraterísticas


Sempre que houver uma alteração do material do núcleo ou da cola para uma família de painel, não há um
programa de ensaio encurtado para as restantes características listadas no Quadro 5 – massa volúmica,
transmitância térmica, durabilidade, fogo, e permeabilidade e som. Novos ensaios ETI devem ser realizados
quando aplicável.
No caso das características ao fogo qualquer requisito de um novo ensaio deve estar em conformidade com as
regras de aplicação direta, C.1.3 - reação ao fogo e C.2.4 - resistência ao fogo.
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Quadro 5 – Métodos de ensaio, especímenes de ensaio, tipo de ensaio e condições para ETI
Critérios de
Nº mínimo de
Método de Espessura do conformidade
Característica Tipo de ensaio especímenes
ensaio painel ensaiado e condições
ETI
específicas
5.1.2. Propriedades mecânicas EN ISO 6892-1 a) 3 a)
de uma face
Propriedades técnicas de um
painel e do material do núcleo
5.2.1.2. Resistência ao corte e A.3 ou A.4 ETI Mínimo, máximo e 3
modulo de elasticidade intermédio
(Máx, Mín, I)
5.2.1.4. Resistência à A.2 ETI 6 Estabelecimento
compressão e modulo de de valores
elasticidade declarados
5.2.1.5. Resistência ao corte A.3.2 ETI 1/10d)
reduzida c)
5.2.1.6. Resistência à tração A.1 ETI 6
transversal ao painel: (e
modulo b)
5.2.1.7. Capacidade de A.5 ETI 3
momento flector e tensão de
enrugamento
5.2.1.8. Capacidade de A.7 ETI (Máx, Mín, I) 3 -
momento flector e tensão de
enrugamento sobre um suporte
central
5.2.1.3. Coeficiente de fluência A.6 ETI Máx 1 [Número]
c)

Módulo de elasticidade ao A.1.6 ETI (Máx, Mín, I)


corte transversal ao painel a
elevadas temperaturas b) f)

ETI (Máx, Mín, I) O valor médio


Densidade A.8 deve ser
registo declarado
(Máx, Mín, I)g) Valor limite de
5.2.2. Transmitância térmica A.10 ETI Ver A.10
acordo com A.10
Máx, Mín Aceite (ver 5.2.3
5.2.3. Durabilidade e) Anexo B ETI
e Anexo B)

EN ISO 1716 Como Classificação de


5.2.4.1 Reação ao fogo ETI especificado na acordo com
EN ISO 1182 EN 13501-1 EN 13501-1

(continua)
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Quadro 5 – Métodos de ensaio, especímenes de ensaio, tipo de ensaio e condições para ETI (conclusão)
Critérios de
Nº mínimo de
Método de Espessura do conformidade
Característica Tipo de ensaio especímenes
ensaio painel ensaiado e condições
ETI
específicas
5.2.4.2. Resistência ao fogo e) EN 1364-1 ou ETI Escolha do produtor 1 Classificação de
1364-2 acordo com
EN 13501-2
Para condições
específicas ver
C.2
EN 1365-2 ou Escolha do produtor 1
CEN/TS 13381-1
EN 14135 Escolha do produtor 1
5.2.4.3. Telhados – CEN/TS 1187 CWFT ou ETI Escolha do produtor Ver CEN/TS Classificação de
desempenho ao fogo exterior e) 1187 acordo com
EN 13501-5
Para condições
específicas ver
C.3
5.2.6 Permeabilidade à água e) EN 12865 ETI Escolha do produtor 1 EN 12865 e de
acordo com A.11
5.2.7 Permeabilidade ao ar e) EN 12114 ETI Escolha do produtor 1 EN 12114 e de
acordo com A.12
5.2.9 Isolamento de som aéreo EN ISO 10140 ETI Escolha do produtor 1 Declaração
Rw(C:Ctr) (ver
A.13)
5.2.10 Absorção sonora e) EN ISO 354 ETI Escolha do produtor 1 EN ISO 11654
(ver A.14)
5.2.5 Tolerâncias dimensionais Anexo D ETI Escolha do produtor 1 -
a)
Estes valores são requeridos para ajustar resultados de ensaios de acordo com A.5.5.4.
b)
Requerido apenas para fins de conceção – não declarado.
c)
Apenas para aplicações de telhados/tetos.
d)
1/10 = uma só série de ensaios com 10 especímenes.
e)
Quando requerido.
f)
Não declarado. Requerido para calcular a tensão de enrugamento a temperaturas elevadas.
g)
Alternativamente usar valores declarados do produtor. Valores devem ser na mesma orientação como no painel.
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Quadro 6 – Programa de ensaios reduzido, especímenes de ensaio, tipo de ensaio e condições para ETI
Nº mínimo
Tipo Espessura
Método de de Critérios de
Característica de do painel
ensaio espécimene conformidade
ensaio ensaiado
s ETI
5.2.1.2 Resistência ao corte e A.3 ou A.4 ETI Máximo 3 GC e fCv ≥ valor
módulo original

5.2.1.3 Coeficiente de fluência c A.6 ETI Máximo 1 [Número ≤ valor


original]
5.2.1.4 Resistência à compressão e A.2 ETI Máximo 6 ECc e fCc ≥ valor
módulo original

5.2.1.6 Resistência à tração A.1 ETI Máximo 3 ECt e fCt ≥ valor


transversal ao painel: (e módulo b) original

5.2.1.6 Resistência à tração A.1.6 ETI Máximo 1 ECt e fCt ≥ valor


transversal ao painel a elevadas original
temperaturas (fCt)

5.2.1.7 Capacidade de momento A.5 ETI Máximo 1 [Número ≥


fletor (Mu)
Valor original]
e tensão de enrugamento

6.3 Controlo da produção em fábrica (CPF)

6.3.1 Generalidades
O produtor deve estabelecer, documentar e manter um sistema CPF para garantir que os produtos colocados no
mercado estão conformes com as características de desempenho declaradas. O sistema CPF deve constar de
procedimentos, inspeções regulares e ensaios e/ou avaliações e na utilização dos resultados para controlar
matérias-primas e outros materiais rececionados, equipamentos, o processo produtivo e o produto.
Um sistema CPF em conformidade com os requisitos da EN ISO 9001, e orientado especificamente pelos
requisitos desta Norma, deve ser considerado como satisfazendo os requisitos acima indicados.
Onde esta Norma permite alternativa aos métodos de ensaio usados, todos os ensaios de CPF devem ser
realizados usando o método de ensaio que foi usado para os ensaios ETI correspondentes.
Onde a marcação CE é baseada no uso dos dados de ensaio de existentes ETI de acordo com 6.2.2, e onde uma
alteração subsequente na velocidade dos ensaios requerida resulta numa mudança significativa nos resultados
do CPF, é permitido o uso da mesma velocidade de ensaio para os ensaios de CPF que foi usada para os
ensaios ETI originais.
Os resultados das inspeções, ensaios ou avaliações que requeiram ações devem ser registados, assim como
qualquer ação desenvolvida. O procedimento e ações a desenvolver em casos de não conformidades devem ser
claramente estabelecidos.
Quando produtos da mesma família (ver secção 6.1) são produzidos utilizando o mesmo equipamento de
processo produtivo, o produtor poderá utilizar resultados ETI comuns desde que possa ser evidenciada a
conformidade, caso em que os procedimentos do controlo da produção em fábrica devem ser os mesmos.
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Quando um produtor opera diferentes linhas de produção ou unidades na mesma fábrica ou linhas de produção
ou unidades em diferentes fábricas e estas são abrangidas por um único sistema CPF geral, o produtor deve
conservar os registos de controlo para cada linha de produção separada ou unidade.
Adicionalmente aos resultados de ensaio, deve também ser registada a seguinte informação mínima:
- data e hora de produção;
- tipo de produto;
- especificação de produto, incluindo materiais e componentes.

6.3.2 Resultados de ensaios CPF


Cada valor individual de uma propriedade mecânica determinada pelo CPF deve ser igual ou superior ao valor
declarado como um resultado de ETI. Se um ou mais valores são inferiores, deve ser efetuada uma avaliação
estatística desta propriedade durante o ano anterior e determinado o valor do percentil 5 % ou, se o CPF
relativo a esta propriedade foi efetuado há menos de um ano, todos os resultados disponíveis devem ser
incluídos na avaliação. Este valor do percentil 5 % deve ser igual ou superior ao valor declarado.
Para cada valor declarado, se o valor do percentil é inferior ao valor declarado, devem ser realizados ensaios
adicionais CPF com material do mesmo lote e determinado um valor do percentil 5 % corrigido. Se este valor
é inferior ao valor declarado, o lote deve ser rejeitado.
Se resultados sustentados do CPF indicam que o valor declarado não pode ser atingido, deve ser ou reduzido o
valor declarado na base dos ensaios ETI existentes, ou ser realizada uma nova série de ensaios ETI e declarado
um novo valor para a propriedade relevante.
Onde os valores devem ser reduzidos, quaisquer caraterísticas relacionadas que não são objeto do CPF devem
ser ajustadas.
NOTA: O número de ensaios adicionais requerido é da responsabilidade do produtor.

Quando os resultados do CPF excedem consistentemente o valor declarado, estes resultados poderão ser
utilizados para determinar um valor de percentil 5 % que poderá ser utilizado como base para um incremento
do valor declarado.

6.3.3 Equipamento
Os ensaios para demonstrar a conformidade do produto acabado com a presente Norma devem ser realizados
utilizando equipamento descrito nos métodos de ensaio relevantes referidos na presente Norma.
Todo o equipamento de pesagem, medição e ensaio necessário para atingir, ou evidenciar a conformidade deve
ser calibrado ou verificado e regularmente inspecionado de acordo com procedimentos, frequências e critérios
documentados. As calibrações e/ou verificações devem utilizar equipamento ou provetes de ensaio rastreáveis
a especímenes de ensaio de referência (padrões) reconhecidos como relevantes a nível internacional ou
nacional. Quando esses especímenes de referência não existirem, a base utilizada para as calibrações e
verificações internas deve ser documentada.
Todo o equipamento utilizado no processo produtivo deve ser regularmente inspecionado e mantido para
garantir que a utilização, o desgaste ou as ruturas não provocam inconsistência do processo produtivo.
As inspeções e a manutenção devem ser realizadas e registadas de acordo com os procedimentos escritos do
produtor e os registos mantidos durante o período definido nos procedimentos CPF do produtor.
O produtor deve garantir que o manuseamento, preservação e armazenagem do equipamento de ensaio são
feitos de forma que a sua exatidão e adfórmula ao uso são mantidas.
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Quando a produção é intermitente, o produtor deve assegurar que qualquer equipamento de ensaio que poderá
ser afetado pela interrupção é adequadamente verificado e/ou calibrado antes de ser utilizado.
A calibração de todos os equipamentos de ensaio deve ser repetida se ocorrer qualquer reparação ou avaria que
possa prejudicar a calibração do equipamento de ensaio.

6.3.4 Matérias-primas e componentes

6.3.4.1 Generalidades
As especificações de todas as matérias-primas e componentes rececionados devem ser documentadas, assim
como o esquema de inspeção para verificar a sua conformidade.
O produtor deve dispor de procedimentos escritos que especifiquem qual o tratamento que é dado às matérias-
primas e componentes não conformes. Qualquer desses casos deve ser registado logo que ocorra e esses
registos devem ser mantidos por um período definido nos procedimentos escritos do produtor.
A conformidade das faces metálicas deve estar de acordo com a secção 6.3.4.2, os componentes prefabricados
do núcleo com a secção 6.3.4.3 e os adesivos com a secção 6.3.4.4.

6.3.4.2 Faces metálicas


Se disponibilizadas pelo produtor das faces, as declarações devem estar de acordo com a EN 10204,
documento Tipo 3.1, e devem ser disponibilizadas por cada 50 t de material metálico em bobina. Para todos os
metais que não têm um limite de elasticidade garantido, deve ser fornecido um certificado de material para
cada lote.

6.3.4.3 Lamelas prefabricadas e materiais do núcleo pré-moldados


O material pré-moldado para os núcleos de painéis sanduíche deve ser submetido a ensaios de controlo da
produção em fábrica (ver Quadro 7). O produtor dos painéis deve determinar ou obter uma declaração do
produtor para as seguintes propriedades, de acordo com a norma relevante de produto isolante (EN 13162 a
EN 13167):
- tolerâncias (em particular a consistência da espessura);
- condutibilidade térmica.
NOTA: No contexto desta Norma, a declaração significa a declaração formal das propriedades pelo produtor.

6.3.4 Adesivos
O produtor dos painéis deve obter a declaração do fornecedor para o seguinte:
- descrição e especificação;
- viscosidade/velocidade;
- tempo de armazenagem.

6.3.5 Ensaios do produto e avaliação – CPF

6.3.5.1 Generalidades
O produtor deve estabelecer procedimentos para assegurar que os valores declarados de todas as características
são mantidos de acordo com as secções 6.3.5.2 e 6.3.5.3.
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Os procedimentos do controlo da produção em fábrica devem ser organizados de modo que cada tipo de
produto apareça no controlo estatístico da qualidade em proporção aproximada ao volume da produção.
Os fornecedores que compram o produto a um produtor cujas instalações fabris se situam fora do EEE devem
estabelecer procedimentos para garantir que os valores estabelecidos para todas as características são mantidos
de acordo a secção 6.3.6.

6.3.5.2 Procedimentos CPF para painéis


O procedimento mínimo do controlo da produção em fábrica para a produção de painéis deve incluir ensaios
de acordo com o Quadro 7.
Os ensaios do controlo da produção em fábrica devem ser realizados quer em especímenes recolhidos em
armazém, quer em especímenes recolhidos imediatamente após a produção.
O número de especímenes de ensaio para CPF deve estar de acordo com os métodos de ensaio indicados no
Quadro 7.
Os especímenes devem ser recolhidos de uma série de posições cobrindo a largura do painel. Pelo menos um
espécimen deve ser retirado do meio do painel e pelo menos um espécimen de junto do bordo do painel,
devendo o primeiro pedaço cortado situar-se a menos de 10 % da largura do painel, partindo de um bordo
exterior.
NOTA 1: Os especímenes de ensaio são muito sensíveis ao processo de corte e à exatidão dos ensaios, em especial a medição nos
ensaios de tração. É requerido cuidado acrescido no processo de corte, especialmente se o material do núcleo interior é relativamente
fraco ou tem tendência a ser friável. O corte pode ser feito com uma serra de fita, com lâmina de dentes finos. Poderá ser vantajoso
colocar o espécimen entre duas faces de contraplacado ou material similar a fim de reduzir as vibrações durante o processo de corte.
Sugere-se que os especímenes deverão ser cuidadosamente inspecionados depois de serem cortados. Os especímenes que evidenciarem
descolamentos das faces metálicas provocados pelo processo de corte poderão ser rejeitados (até um máximo de 30 % dos que foram
submetidos ao corte para uma dada família de ensaios).

Para os painéis sem juntas no núcleo, se as Fórmulas (A.20) (A.5.5.3) forem usadas ou se a força de
enrugamento e a resistência à flexão forem determinadas através de cálculos com base em A.5, não é
necessário realizar os ensaios de tensão de enrugamento. Em consequência, o controle CPF de módulos de
tração e compressão deve ser realizado em conformidade com o Quadro 7.
Se o momento de flexão final for controlado, pelo menos, uma vez por semana, então, não há nenhum
requisito para controlar os módulos de tensão e compressão.
Quadro 7 – Procedimentos CPF para painéis
Número
Tipo de ensaio Método de Frequência
mínimo de
ensaio mínima
especímenes
Massa volúmica aparente do material do núcleo A.8 3 1 por turno/6 h a 8 h a)

Resistência à tração perpendicular ao painel e módulo A.1 3 1 por turno/6 h a 8 h a)


de elasticidade à tração (com as faces)
Resistência à compressão e módulo de elasticidade à A.2 3 1 por semana a)
compressão do material do núcleo
Resistência ao corte e módulo de elasticidade ao corte A.3 3 1 por semana a)
do material do núcleo e)
Resistência à tração do material das faces (ou  3 Todas as remessas
declaração – secção 6.3.4.2)
(continua)
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Quadro 7 – Procedimentos CPF para painéis (conclusão)


Número
Tipo de ensaio Método de Frequência
mínimo de
ensaio mínima
especímenes
Espessura do material das faces (ou declaração –  3 Todas as remessas
secção 6.3.4.2)
Resistência ao corte e módulo de elasticidade ao corte A.4 1 1 por 2 semanas a)
do material do núcleo baseado no ensaio do painel
completo b)
Tensão de enrugamento (opcional ver texto acima) A.5 1 1 por semana a)

Controlo dimensional: 
- Espessura do painel D.2.1
- Desvio da planeza D.2.2
- Altura do perfil 1 1 por turno/6 h a 8 h
D.2.3
- Altura dos reforços D.2.4
- Comprimento do painel D.2.5
- Largura útil D.2.6
- Desvio de perpendicularidade D.2.7
- Desvio da retilinearidade D.2.8
- Arqueamento (curvatura) D.2.9
- Passo do perfil D.2.10
- Largura dos vales/nervuras D.2.11
Reação ao fogo – (secção 6.3.5.3) c)
Resistência ao fogo – (secção 6.3.5.3) c)   Especificação
Desempenho com fogo exterior – (6.3.5.3) c) ou CWFT Registo
Desempenho do isolamento térmico A.10.2.1.1 d) 1 1 por mês

Permeabilidade à água – secção 5.2.6 Inspeção  


Permeabilidade ao ar – secção 5.2.7 visual a)
Permeabilidade ao vapor de água – secção 5.2.8
a)
Quando os valores de produção estão abaixo de 2000 m2 por turno, o produtor apenas deve ensaiar cada 2000 m2 ou pelo menos
cada três meses. Os ensaios do controlo dimensional e inspeções de permeabilidade, contudo, devem ser realizados em cada
turno.
b)
Isto pode ser uma alternativa para painéis com núcleo isolante em lamelas MW e outros painéis com juntas no núécleo, ver
A.4.1.
c)
Registos de especificação do produtor (ver secção 6.3.5.3) ou declaração do fornecedor do desempenho com fogo dos
componentes.
d)
Os ensaios de procedimento i (resultado individual de ensaio da condutibilidade térmica) de acordo com a norma de produto
apropriada para o material do núcleo (secção A.10.2.1.1) devem ser representativos do material no momento da produção do
painel.
e)
Quando um ensaio de corte a um painel completo for usado no ETI para medir a resistência ao corte e módulo de resistência ao
corte ele deve também ser usado no CPF
NOTA 1: O controlo da espessura de material pré-moldado do núcleo ou lamelas e o posicionamento das junções entre placas
individuais são de importância fundamental e a sua frequência verificadadeverão ser verificados frequentemente por exemplo, (por
exemplo cada 2 h).
NOTA 2: Diferença típica admissível de espessura de corte entre painéis preé-ffabricados adjacentes para manufatura de placas
rígidas é  0,5 mm.

6.3.5.3 Controlos CPF para características de fogo


Os controlos CPF para características de fogo devem ser realizados como se segue:
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a) Painéis com isolamento criado por espuma (ação química) durante o processo produtivo devem ser
controlados registando a especificação precisa de todos os componentes químicos, retardantes do fogo, etc.
para cada lote de produção, incluindo origem e fornecedor; proporções utilizadas, etc. No caso de sistemas
químicos fornecidos por um produtor externo deve ser disponibilizada uma declaração suficiente da
especificação. O modelo/tipo de painel deve ser registado para confirmar o detalhe das montagens entre
painéis.
b) Painéis com isolamento pré-moldado ou em lamelas produzidos por ligação devem ser controlados
registando a especificação exata de todos os componentes pré-moldados ou em lamelas para cada lote de
produção incluindo, quando aplicável, a especificação química completa; massa volúmica aparente;
retardantes do fogo; ligantes; adesivos; ou outro material orgânico, incluindo as subcamadas de
revestimento etc. No caso de componentes pré-moldados ou em lamelas e outros componentes (por
exemplo, adesivos) fornecidos por um fornecedor externo, é suficiente fornecer uma declaração das
especificações correspondentes. O modelo/tipo de painel deve ser registado para confirmar o detalhe das
montagens entre painéis.
Devem ser realizados ensaios indiretos de componentes de acordo com o Quadro 8.

Quadro 8 – Frequências mínimas de ensaio das características de reação ao fogo de componentes


Componente Método de ensaio Frequência
Verificação das matérias-primas ou da
Material do núcleo 1 por turno/6 h ou 8 h
composição química e massa volúmica
aparente (secção A.8)
Adesivo Verificação da quantidade máxima e
1 por turno/6 h ou 8 h
espessura de camada adesiva (secção C.4)
Revestimentos Declaração do produtor 1 por semana

6.3.6 Conformidade do Controlo da Produção em Fábrica – compras dos fornecedores

6.3.6.1 Generalidades
Quando um fornecedor compra o produto a um produtor cujas instalações fabris se situam fora do EEE, ele
assume total responsabilidade pela demonstração da conformidade do produto de acordo a secção 6.3.6.2.
Quando o fornecedor compra o produto a um produtor que não opera um sistema CPF tal como descrito na
secção 6.3, ou o produtor deve ser obrigado a operar um tal sistema ou o fornecedor deve tomar a
responsabilidade total pelo produto de acordo com a secção 6.3.6.2.

6.3.6.2 Procedimentos CPF – produtos comprados por fornecedores


Quando um produto é comprado por um fornecedor nas condições apresentadas na secção 6.3.6.1, o
fornecedor deve assumir total responsabilidade pela demonstração da conformidade do produto e deve operar
um sistema CPF, incluindo equipamento de ensaio e procedimentos de não conformidades, para garantir que a
conformidade é mantida com o mesmo grau de certeza que resultaria da operação de um sistema CPF
completo de acordo com a secção 6.3.
A conformidade deve ser baseada em ensaios de produto ao painel inteiro ou a especímenes cortados de um
painel de acordo com o Quadro 9.
Devem ser disponibilizados valores das seguintes características, de acordo com as secções 6.3.4.2 e 6.3.4.3:
- resistência à compressão e módulo do material do núcleo;
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- resistência ao corte e módulo do material do núcleo;


- resistência à tração do material das faces (ou declaração – secção 6.3.4.2);
- espessura do material das faces (ou declaração – secção 6.3.4.2).
A frequência dos ensaios destas características deve ser a cada 2000 m2 e pelo menos uma vez por remessa.

Quadro 9 – Compras ao fornecedor: requisitos do sistema CPF para painéis


Tipo de ensaio Método de ensaio Número mínimo Frequência
de especímenes mínima
Massa volúmica aparente do material do núcleo A.8 3
Resistência à tração perpendicular ao painel e A.1 3 Todas as
módulo (com as faces) remessas
Resistência ao corte do painel completo a) A.4 1
Controlo dimensional:   
- Espessura do painel D.2.1
- Desvio da planeza D.2.2
- Altura do perfil D.2.3
- Altura dos reforços D.2.4
- Comprimento do painel D.2.5
- Largura útil D.2.6 1 Todas as
remessas
- Desvio da perpendicularidade D.2.7 Todas as
- Desvio da retilinearidade D.2.8 remessas
- Arqueamento (curvatura) D.2.9
- Passo do perfil D.2.10
- Largura dos vales/nervuras D.2.11
Reação ao fogo – (6.3.5.3) b)   Especificação
b)
Resistência ao fogo – (6.3.5.3)   Registo
b)
Desempenho com fogo exterior – (6.3.5.3) ou  
CWFT
Desempenho do isolamento térmico – 5.2.2 A.10 Cada 3 meses
Permeabilidade à água – 5.2.6
Permeabilidade ao ar – 5.2.7 Inspeção visual  Todas as
Permeabilidade ao vapor de água – 5.2.8 remessas
a)
Apenas para painéis com núcleos isolantes em lamelas de MW e painéis parcialmente ligados.
b)
Registo da especificação do produtor (ver 6.3.5.3) ou declaração do fornecedor do desempenho dos componentes com fogo.
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6.4 Valores caraterísticos de famílias de ensaios

O conceito de famílias é descrito na secção 6.1. Este conceito é geralmente aplicado a caraterísticas mecânicas
e os parâmetros, que poderão variar dentro de uma família, incluem a profundidade do núcleo, geometria das
faces, características do material de extensão e face.
A avaliação de famílias de resultados de ensaios deve seguir os princípios enunciados na EN 1990:2002,
Anexo D. O procedimento que se segue é uma versão simplificada do procedimento mais geral dado na
EN 1990, que é considerada adequada para os fins da presente Norma.
As resistências características dos membros da família devem ser determinadas com base na expressão de
cálculo adequada “Xdes'', que relaciona os resultados do ensaio com todos os parâmetros relevantes. Esta
expressão de conceção poderá tanto ser baseada em fórmulas apropriadas de mecânica estrutural como
determinada numa base empírica.
A expressão de cálculo deve ser modificada para prever a resistência medida mais exata possível, ajustando os
coeficientes de modo a otimizar a correlação.
NOTA 1: A expressão cálculo ótima poderá ser determinada na base de uma análise de regressão, mas isto não é essencial. Uma
quantidade limitada de tentativa e erro é suficiente para atender os requisitos da presente secção.

Sempre que possível, as expressões de cálculo com uma variação linear entre o parâmetro variável (s) e os
valores necessários deverão ser preferidas.
NOTA 2: Este método continua a ser válido se a "expressão de cálculo" necessária for um valor constante.

De modo a calcular o desvio padrão, cada resultado de ensaio ‘x’ deverá primeiro ser normalizado dividindo-o
pelo valor correspondente previsto pela expressão de cálculo.

x
xn 
xdes

O número de ensaios ‘n’ deverá ser tomado como o número total de ensaios numa família completa. Para uma
família de pelo menos quatro ensaios, a resistência caraterística Rk deve depois ser obtida usando a seguinte
fórmula:

( yn  k yn )
Rk  x p  xdes e
onde:
xp é o valor percentil 5 % da população x
yn = Ln(xn)
yn é o valor médio de yn

k é o valor percentil dado no Quadro A.5


σyn é o desvio padrão de yn.
1 n
yn   Ln  xn.i 
n i 1
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7 Classificação e designação
Os painéis sanduíche devem ser classificados e designados de acordo com o Quadro 10 se requerido, por
exemplo quando sujeitos a requisitos regulamentares. Os valores declarados devem ser apresentados com dois
ou três algarismos significativos.
Quadro 10 – Classificação e designação
Secção Designação Unidades ou classes
5.2.1 Propriedades mecânicas:
- grau do metal / espessura / sistema de tolerâncias Declaração
- resistência à tração perpendicular ao painel MPa
- resistência ao corte (núcleo) MPa
- módulo de elasticidade ao corte (núcleo) MPa
- coeficiente de fluência a) (número)
- resistência à compressão (núcleo) MPa
a)
- resistência ao corte a longo termo MPa
- resistência de enrugamento c) MPa
ou resistência à flexão c) kNm/m
-
Massa volúmica Kg/m3
5.2.2 Transmissão térmica e conductibilidade térmica W/m2.K e W/m.k
5.2.3 Propriedades mecânicas a longo termo – Durabilidade Aceitação (cores - ver Anexo B)/Rejeição
5.2.4.1 Reação ao fogo Ver EN 13501-1
5.2.4.2 Resistência ao fogo Ver EN 13501-2 b)
b)
5.2.4.3 Desempenho de telhados com fogo exterior BROOF(t1,t2,t3) (CWFT) ou EN 13501-5
5.2.6 Permeabilidade à água Classe : por exemplo A (1200 Pa):
B (600 Pa): C (300 Pa). b)
5.2.7 Permeabilidade ao ar Valores C e n b)
b)
5.2.9 Isolamento aos sons aéreos Coeficiente: Rw(C:Ctr)
5.2.10 Atenuação acústica Coeficiente com um valor único: w b)

a)
Característica requerida apenas para painéis destinados a utilização como telhados e tetos.
b)
Estas características poderão ser designadas DND (Desempenho Não Determinado, ver secção ZA.3) quando a utilização
prevista não está sujeita a exigências regulamentares.
c)
Deve ser declarada quer a tensão de enrugamento quer a resistência à flexão. Deve ser declarada a tensão de enrugamento ou a
resistência à flexão quer para a flexão positiva, quer para a flexão negativa. Quando uma ou ambas as faces são planas ou
ligeiramente perfiladas, a tensão de enrugamento deve ser declarada para essas faces (secção A.5.5.3).
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8 Marcação, etiquetagem e embalagem


8.1 Marcação e etiquetagem
Deve ser disponibilizada pelo produtor a seguinte informação, junta ou fixada a cada embalagem ou lote de
painéis sanduíche ou disponibilizada com a documentação comercial:
a) nome e identificação legal do produtor e morada da instalação de produção ou identificação, quando
aplicável, do seu representante dentro do EEE;
b) número desta Norma, isto é, EN 14509;
c) informação sobre o tipo do produto, incluindo a referência/nome do produto;
d) massa do produto em kg/m2;
e) espessura do produto;
f) descrição das faces metálicas incluindo grau do metal, e revestimentos, conforme aplicável;
g) descrição do material do núcleo incluindo a identificação do material, espessura, massa volúmica aparente,
etc.;
h) valores das características no Quadro 10.
NOTA: Quando a secção ZA.3 abrange a mesma informação que a secção 8.1, os requisitos desta secção são satisfeitos.

Os produtores poderão desejar fornecer informação adicional com o produto quando apropriado.

8.1 Embalagem, transporte, armazenamento e manuseamento

Quaisquer instruções relativas ao transporte, armazenamento e manuseamento devem ser claramente visíveis
na embalagem ou na documentação que a acompanha.
Se são esperadas condições de serviço severas durante o transporte, armazenagem ou processamento, o
produto poderá ser fornecido com uma proteção adicional de um temporário, filme strippable, cera ou óleo.
O tipo, espessura, propriedades de adesão, formabilidade, resistência ao rasgamento e resistência à luz deverão
ser tomados em consideração na escolha de filmes protetores. Todos os filmes protetores podem ser expostos
ao intemperismo exterior apenas por um período limitado, sem deterioração.
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Anexo A
(normativo)

Procedimentos de ensaio para as propriedades dos materiais

A.1 Ensaio de tração perpendicular ao painel


A.1.1 Princípio
Este ensaio mede a resistência do painel à tração perpendicular e o módulo E do material do núcleo.
O valor característico da resistência do painel à tração perpendicular deve ser determinada de acordo com a
EN 1607 e as seguintes secções.

A.1.2 Aparelhos e utensílios


O equipamento de ensaio deve estar de acordo com a EN 1607.

A.1.3 Especímenes de ensaio


A amostragem e o condicionamento dos especímenes devem estar de acordo com as secções 6.2.2 e 6.2.3.
O ensaio deve ser realizado com as faces metálicas do painel intactas (aplicadas) a fim de incluir a resistência
à tração da ligação entre as faces e o núcleo ou para demonstrar a adfórmula da ligação.
Para painéis com faces perfiladas os especímenes devem ser cortados da espessura predominante (ver
exemplos na Figura A.1).

Figura A.1 – Corte dos especímenes


Os especímenes de ensaio devem ter secção reta quadrada com dimensão do lado entre 100 mm e 300 mm.
Quando aplicável, o espécimen deve incluir a largura total das lamelas.
Para os painéis parcialmente ligados, os especímenes devem ser cortados da parte totalmente ligada da secção
reta (ver o exemplo da direita na Figura A.1).
As dimensões do espécimen devem ser medidas de acordo com a EN 12085. A tolerância na dimensão do lado
deve ser  3 mm.
Os especímenes de ensaio são muito sensíveis ao processo de corte e à exatidão dos ensaios, em especial a
medição nos ensaios de tração. É requerido cuidado acrescido no processo de corte, especialmente se o
material do núcleo interior é relativamente fraco ou tem tendência a ser friável. O corte pode ser feito com
uma serra de fita, com lâmina de dentes finos. Poderá ser vantajoso colocar o espécimen entre duas faces de
contraplacado ou material similar a fim de reduzir as vibrações durante o processo de corte. Sugere-se que os
especímenes deverão ser cuidadosamente inspecionados depois de serem cortados. Os especímenes que
evidenciarem descolamentos das faces provocados pelo processo de corte devem ser rejeitados (até um
máximo de 30 % dos que foram submetidos ao corte para uma dada família de ensaios).
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Quando não é possível cortar um espécimen com duas faces planas, devido ao perfil das faces, o espécimen
deve ser preparado com uma peça de enchimento apropriadamente conformada, a qual é colada à face
perfilada (ver exemplos na Figura A.2).
Poderão ser coladas às faces camadas finas adicionais de forma a garantir que as placas de carga da máquina
de ensaios estão paralelas no início do ensaio de carga.
NOTA: Como alternativa à utilização de peças de enchimento conformadas e se a forma do perfil da face é adequada, poderá ser
possível colar dois especímenes juntos de tal forma que as faces perfilados se encaixam.

Figura A.2 – Exemplos de especímenes com peças de enchimento conformadas

A.1.4 Procedimento
O ensaio deve ser realizado carregando o espécimen de forma contínua, ou pelo menos em 10 incrementos,
utilizando uma máquina de ensaios de tração. A velocidade de deformação deve ter um valor mínimo de 1 %
de dc por minuto e não deve exceder 3 % de dc por minuto. Durante o ensaio a extensão deve ser medida com
exatidão de 0,01 mm.
O ensaio deve ser prosseguido até que a carga última (Fu) é atingida (Figura A.3). Se o espécimen não
evidencia uma carga última claramente definida o ensaio deve ser descontinuado quando a deformação relativa
excede 20 %.
Os ensaios devem ser realizados em condições normais de temperatura e humidade no laboratório, exceto
quando é realizado o ensaio a alta temperatura (secção A.1.6).

A.1.5 Cálculos e resultados

A.1.5.1 Resistência à tração perpendicular ao painel (fCt)


Deve ser traçada uma curva de carga-deflexão (ver Figura A.3) e a resistência à tração deve ser calculada
como se segue.
A resistência à tração fCt é dada pela Fórmula (A.1):
Fu
f Ct  (A.1)
A
onde:
Fu é a carga última
A é a área da secção reta do espécimen determinada com as dimensões medidas
NOTA: Para especímenes que não evidenciem uma carga última bem definida, Fu poderá ser definida alternativamente como a carga
a uma deformação relativa especificada. Para espumas de poliuretano, uma deformação relativa de 10 % (0,1.dc) poderá ser um limite
apropriado. Para materiais com uma estrutura celular mais rígida ou com estrutura não-celular poderá ser utilizado um valor
inferior.
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Figura A.3 – Curva de carga versus deflexão (Fu contra deslocamento “w”)
Os registos e interpretação dos resultados dos ensaios devem estar em conformidade com a secção A.16.
O relatório de ensaio deve estabelecer o valor característico (secção 6.2.3) para a resistência à tração e deve
estabelecer o modo de rutura, isto é, se a rutura ocorreu na camada de aderência ou no núcleo.
Deverá ser dada atenção especial aos casos em que a rutura ocorre junto da camada de aderência para
determinar a localização da rutura.

A.1.5.2 Módulo de elasticidade à tração E do núcleo (ECt)


O relatório de ensaio deve igualmente apresentar o módulo característico E do material do núcleo.
O módulo de elasticidade à tração ECt é dado pela Fórmula (A.2):
Fu d C
ECt  (A.2)
wu A
onde:
Fu é a carga última
dc é a espessura
wu é o deslocamento ideal à carga última baseado na parte linear da curva tal como mostra a Figura A.3
A é a área da secção reta do espécimen determinada a partir das dimensões medidas

A.1.6 Módulo de elasticidade à tração perpendicular ao painel a alta temperatura


Quando requerido por procedimentos de cálculo e de ETI mas não para o CPF de painéis exteriores, o ensaio
descrito nas secções A.1.1 a A.1.5 deve também ser realizado com especímenes que tenham sido aquecidos de
20 h a 24 h numa câmara de aquecimento a uma temperatura de 80 13 ºC. O ensaio de tração deve ser realizado
imediatamente antes do espécimen arrefecer.
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O ensaio poderá ser realizado aquecendo os especímenes juntamente com as placas de distribuição até uma
temperatura ligeiramente acima de 80 ºC e aplicar então a carga de ensaio, antes do espécimen arrefecer
abaixo dos 80 ºC (limites 80 13 ºC).
O valor característico do módulo E a alta temperatura deve ser indicado no relatório de ensaio.

A.2 Resistência à compressão e módulo do material do núcleo


A.2.1 Princípio
Este ensaio mede a resistência à compressão e o módulo E de elasticidade à compressão do material do núcleo.
O valor característico da resistência à compressão do material do núcleo deve ser determinado de acordo com
a EN 826 e as secções seguintes.

A.2.2 Aparelhos e utensílios


Os aparelhos e utensílios devem estar de acordo com a EN 826.

A.2.3 Especímenes de ensaio


A amostragem e o condicionamento dos especímenes devem estar de acordo com as secções 6.2.2 e 6.2.3.
A preparação dos especímenes deve ser feita tal como descrito na secção A.1.3. Se o perfil da(s) face(s) requer
a utilização de peças de enchimento estas não devem ser coladas às placas de carga.

A.2.4 Procedimento
O espécimen deve ser colocado entre as duas placas de carga rígidas e paralelas duma máquina de ensaios de
compressão. A velocidade de carga deve ser suficiente para provocar um deslocamento com um valor mínimo
de 1 % de dc por minuto e não deve exceder 3 % de dc por minuto. Durante o ensaio o deslocamento deve ser
medido com exatidão de 0,01 mm e deve ser traçada uma curva carga-deflexão (ver Figura A.3).
Os ensaios devem ser realizados em condições normais de temperatura e humidade no laboratório.

A.2.5 Cálculos e resultados

A.2.5.1 Resistência à compressão (fCc)


A resistência à compressão fCc do material do núcleo deve ser calculada utilizando a Fórmula (A.3):
Fu
f Cc  (A.3)
A
onde:
Fu é a carga última
A é a área da secção reta do espécimen determinada a partir das dimensões medidas
NOTA: Para especímenes que não evidenciem uma carga última bem definida, Fu poderá ser definida alternativamente como a carga
a uma deformação relativa especificada. Para espumas de poliuretano, uma deformação relativa de 10 % (0,1 dc) poderá ser um limite
apropriado ( ver Figura A.3). Para materiais com uma estrutura celular mais rígida ou com estrutura não-celular poderá ser utilizado
um valor inferior.

A.2.5.2 Módulo de elasticidade à compressão E do núcleo (ECc)


O relatório de ensaio deve também apresentar o módulo E do material do núcleo.
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O módulo de elasticidade à compressão ECc do material do núcleo deve ser calculado utilizando a Fórmula
(A.4):
Fu d C
ECc  (A.4)
wu A
onde:
Fu é a carga última
dC é a espessura
wu é o deslocamento ideal à carga última baseada na parte linear da curva, tal como mostrado na
Figura A.3
A é a área da secção reta do espécimen determinada a partir das dimensões medidas
Os registos e interpretação dos resultados dos ensaios devem estar em conformidade com a secção A.16.
O relatório de ensaio deve estabelecer o valor característico (secção 6.2.3) para a resistência à compressão e
módulo do material do núcleo.

A.3 Ensaio ao corte do material do núcleo


A.3.1 Princípio
Este ensaio determina a resistência ao corte e o módulo de elasticidade ao corte do material do núcleo. A carga
de rutura suportada pelo espécimen em rutura ao corte deve ser medida e o módulo de elasticidade ao corte
calculado da curva carga-deflexão.

A.3.2 Aparelhos e utensílios


O aparelho de ensaio de flexão é mostrado na Figura A.4.
São requeridas placas de aço de repartição das cargas (p) sob os pontos de carga e sobre os suportes. A
espessura das placas de repartição das cargas deve estar entre 8 mm e 12 mm.
A largura Ls das placas de repartição das cargas nos pontos de suporte e de carga deve ser no mínimo de
60 mm. Este valor deve ser aumentado como necessário, a fim de evitar esmagamentos localizados do núcleo e
atingir a tensão de corte máxima na rotura. A distância livre entre o prato de carga e o prato de suporte não
deve ser inferior a 1,2 dc.
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Legenda
F carga aplicada
r rolos, com raio 15 mm
w deflexão medida
p placas metálicas de repartição de cargas com largura Ls
o saliência em balanço não excedendo 50 mm
Figura A.4 – Ensaio com dois pontos de aplicação da carga

A.3.3 Especímenes de ensaio


O condicionamento dos especímenes de ensaio deve estar em conformidade com as secções 6.2.2 e 6.2.3.
Os especímenes devem ser cortados na direção do comprimento do painel. A posição deve ser escolhida de tal
forma que as faces do espécimen sejam planas e paralelas.
NOTA 1: As faces poderão incorporar perfis ligeiros.

Para todos os materiais de núcleo, exceto lamelas MW, a largura do espécimen deve ser 100 mm  2 mm. Para
lamelas MW a largura a ser usada deve ser  100 mm e deve ser escolhida de forma a incorporar pelo menos
uma largura completa de lamelas. Não deve haver topos de lamelas cortados ou de material do núcleo pré-
moldado dentro do comprimento do espécimen de ensaio.
NOTA 2: Com painéis mais espessos e painéis com núcleos de lamelas, poderá ser preferível utilizar o ensaio descrito na secção A.4
para determinar a resistência ao corte e o módulo de painéis.

O vão L deve ser escolhido de forma a conseguir uma rutura ao corte. O vão recomendado é 1000 mm. Se o
vão recomendado não gera uma rutura ao corte similar à mostrada na Figura A.5, o vão deve ser reduzido a
incrementos de 100 mm até que seja conseguida uma rutura ao corte. Os ensaios subsequentes devem então ser
realizados com o vão reduzido.
NOTA 3: Com painéis mais espessos poderá ser vantajoso utilizar vãos maiores que 1000 mm.

Se o ensaio não resultar em rutura ao corte, os resultados poderão ser utilizados para o ETI e o CPF e o
resultado será seguro.
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Figura A.5 – Rutura ao corte típica

A.3.4 Procedimento
O espécimen deve ser carregado tal como mostra a Figura A.4. A velocidade de carga deve ser suficiente para
causar uma rutura entre 1 min a 5 min depois do início do ensaio. Durante o ensaio a deflexão deve ser medida
com exatidão de 0,01 mm. A carga deve prosseguir até que a rutura ocorra e deve ser traçada uma curva carga-
deflexão.
No caso de painéis espessos, procedimentos de ensaio usando quatro pontos de carga poderão ser usados para
alcançar rutura por corte.
Os ensaios devem ser realizados em condições normais de temperatura e humidade no laboratório.
A espessura do metal, excluindo todos os revestimentos de proteção de ambas as faces de cada espécimen,
deve ser medida e registada.

A.3.5 Cálculos e resultados – carga a curto termo

A.3.5.1 Resistência ao corte do material e do núcleo (fCv)


A resistência ao corte na rutura fCv do material do núcleo deve ser calculada da carga máxima atingida num
espécimen em rutura ao corte como se segue (A.5):
Fu
f Cv  k v (A.5)
2 Be
onde:
Fu é a carga última suportada pelo espécimen em rutura ao corte
B é a largura medida do espécimen
e é a profundidade medida entre os centros de gravidade das faces
kv é o fator de redução para topos cortados em núcleos pré-moldados ou em lamelas
A resistência ao corte para painéis com núcleos descentrados pré-moldados ou com núcleos de lamelas deve
ser reduzida para ter em conta o facto de que os topos cortados dos materiais dos núcleos têm resistência ao
corte reduzida ou nula. Para painéis com núcleos pré-moldados, sem lamelas, não deve ser considerada
redução na resistência ao corte quando as junções estão coladas.
Se nenhuma redução é tomada em consideração, é importante que as juntas entre as extremidades das lamelas
sejam completamente coladas, geralmente por aderência. O produtor deverá demonstrar que o desempenho é
adequado.
Para painéis com espuma aplicada em obra como material do núcleo, ou com o núcleo pré-moldado numa só
peça, ou para painéis com topos cortados os quais são colados, kv = 1,0. Para outros painéis, com núcleos pré-
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moldados ou com lamelas, a menos que um resultado melhor possa ser justificado ensaiando uma largura útil
total de um painel de acordo com a secção A.4, kv deve ser calculado pela Fórmula (A.6):

largura mínima do material não cortado do núcleo sobre uma linha de topos cortados (A.6)
kv =
largura total do painel

Quando as extremidades cortadas são mais próximas entre si do que 5 cm no sentido longitudinal, elas devem
ser tratadas como um corte final.
Os registos e a interpretação dos resultados de ensaio devem estar em conformidade com a secção A.16.
O relatório de ensaio deve estabelecer o valor característico (6.2.3) para a resistência ao corte em megapascal
(MPa). O vão deve ser declarado no relatório de ensaio.

A.3.5.2 Módulo de elasticidade ao corte do material do núcleo (GC)


Para cada espécimen de ensaio, o módulo de elasticidade ao corte GC deve ser calculado da inclinação da parte
 F 
reta da curva carga-deflexão  como se segue (A.7):
 w 

E F 1 . AF 1 .E F 2 AF 2 2
Rigidez à flexão BS  .e
E F 1 . AF 1  E F 2 . AF 2

Deflexão em flexão FL3


wB 
56,34 BS

Deflexão em corte wS = w - wB

Módulo de elasticidade ao corte FL (A.7)


GC 
6 AC wS

onde:
EF1 é o módulo E da face superior
EF2 é o módulo E da face inferior
AF1 é a área medida da secção reta da face superior baseada na espessura medida do aço
AF2 é a área medida da secção reta da face inferior baseada na espessura medida do aço
e é a profundidade medida entre os centros de gravidade das faces
w é a deflexão a meio vão para um incremento de carga F tirada da inclinação da parte reta da curva
carga-deflexão
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dC é a profundidade do material do núcleo (ver secção D.2.1 onde dC = D – (t1 + t2) isto é, a espessura das
duas faces)
Ac é a área da secção reta do núcleo baseada na profundidade medida dc
L é o vão do espécimen de ensaio na rutura por corte
Os registos e a interpretação dos resultados de ensaio devem estar em conformidade com a secção A.16.
O relatório de ensaio deve estabelecer os valores médio e característico (secção 6.2.3) para o módulo de
elasticidade ao corte em megapascal (MPa). O vão deve ser declarado no relatório de ensaio.

A.3.5.3 Painéis parcialmente ligados


Se o núcleo não está completamente ligado com as faces os valores declarados devem ser calculados
utilizando os seguintes procedimentos com base nas dimensões como ilustrado na Figura A.6.

É importante que a superfície não aderente sobre a largura total do painel modular não seja muito grande e que
as áreas de ligação tenham uma dimensão mínima de segurança. O produtor deverá ensaiar para garantir que
há uma dimensão funcional segura entre áreas não aderentes.

Legenda:
a área não ligada (bnd = largura não ligada)
b área ligada
dc profundidade continua do núcleo

Figura A.6 – Painel parcialmente ligado

onde b nd  2  d c  0,58 a área não ligada tem apenas uma pequena influência nos valores registados.

O valor declarado da resistência ao corte fCv deve ser determinado usando a Fórmula (A.5) e o módulo de
elasticidade ao corte Gc usando a Fórmula (A.7).

Onde b nd  2  d c  0,58 os valores declarados devem ser reduzidos de acordo com as Fórmulas (A.8) e (A.9).
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 b  1.16 d c 
fCv ,red  f Cv  1  nd 
 p  (A.8)

 b  1.16 dc 
GC ,red  GC 1  nd 
 p  (A.9)

onde:

fCv e GC são determinados usando a Fórmula (A.5) e a Fórmula (A.7)

p é o passo de acordo com a Figura A.18

Alternativamente, a resistência ao corte fCv e o módulo de elasticidade ao corte Gc devem ser determinados de
acordo com A.4.

A.3.6 Procedimentos de ensaio, cálculos e resultados – carga a longo termo

A.3.6.1 Princípio
Quando requerido para fins de cálculo para aplicações em telhados e tetos, e não havendo ensaios disponíveis,
a resistência ao corte a longo termo com 2000 h e 100000 h deve ser calculada como:
40 % do valor a curto termo, se t é inferior ou igual a 2,4 com 2000 h
30 % do valor a curto termo, se t é superior a 2,4 com 2000 h.

Onde t é o coeficiente de fluência de acordo com A.6.5.

A.3.6.2 Procedimento
Utilizando o aparelho descrito na Figura A.4 devem ser realizados pelo menos 10 ensaios de carga a longo
termo. Estes ensaios devem ser realizados com especímenes nominalmente idênticos sujeitos a um conjunto de
cargas, que devem ser mantidas constantes após a aplicação inicial. As cargas devem ser escolhidas de tal
forma que as ruturas de n  10 especímenes sejam repartidas ao longo do intervalo de tempo de
6 min  t  1000 h. Os especímenes que entram em rutura após t > 1000 h poderão também ser incorporados
na análise.
Não são requeridas medições da deformação.
Os ensaios devem ser realizados em condições normais de temperatura e humidade no laboratório.

A.3.6.3 Resultados e cálculos


Com base nos resultados de ensaios para as cargas de rutura, deve ser traçada uma linha reta de regressão
linear (ver Figura A.7), a fim de evidenciar a relação entre a resistência média de longo termo ao corte e a
resistência inicial ao corte (resistência a curto termo) como função do tempo de carga medido em escala
logarítmica.
A resistência ao corte a longo termo em 2000 h ou 100000 h deve ser determinada por extrapolação utilizando
a reta de regressão do valor médio.
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Legenda:
t tempo (horas)
 tensão de corte no espécimen
fv resistência ao corte (a curto termo)
Figura A.7 – Reta de regressão evidenciando a resistência ao corte a longo termo

A.4 Ensaio para determinar as propriedades de corte de um painel completo


A.4.1 Princípio
Este ensaio é uma alternativa a A.3 e disponibiliza um método mais fiável para determinação da resistência ao
corte e dos módulos de elasticidade ao corte dos painéis com núcleos de lamelas e pré-moldados, quando as
junções entre os elementos do núcleo possam afetar as propriedades de corte. O valor determinado pelo ensaio
tem em conta a influência da junta da extremidade sobre o módulo de elasticidade ao corte.
NOTA 1: Quando este ensaio é utilizado para painéis com faces perfiladas poderá haver uma falha primária devido ao enrugamento
na face perfilada e apenas uma falha secundária devido ao cisalhamento do núcleo. O valor obtido pode ser utilizado como a
resistência ao corte.
NOTA 2: As expressões para determinar as propriedades de corte de painéis com faces perfiladas (ver A.4.5.3 e A.4.5.5) tornam-se
relativamente complicadas e requerem o uso de gráficos de cálculo ou software de computador para encontrar soluções numéricas.
Informação adicional na fórmula para painéis sanduíche de todos os tipos é dada em “construção em sanduíche leve' [3].

A.4.2 Aparelhos e utensílios


A carga de ensaio deve ser aplicada usando quer cargas de linha estendendo-se por toda a largura do painel,
como ilustrado na Figura A.4, quer na forma de uma carga distribuída uniformemente usando quer pressão do
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ar ou um vácuo parcial. Quando usando uma carga distribuída uniformente, a carga aplicada deve ser medida
por meio de células de carga e não por medição da pressão do ar.
São necessárias placas de aço para repartição de cargas sob os pontos de carga e sobre os apoios. Quando se
ensaiam amostras com faces perfiladas e são usadas cargas de linha, a carga deve ser aplicada através de vigas
transversais de carga de madeira ou aço em conjunto com placas de carga da madeira (ver Figura A.12).
A largura Ls das placas de repartição de cargas não deve ser menor que 60 mm. Esta largura poderá ser
aumentada, se necessário, a fim de evitar esmagamentos localizados do núcleo. A distância livre entre as
placas de carga e as placas de apoio não deve ser inferior a 1,2 dc. A espessura das placas de repartição de
cargas deve estar entre 8 mm e 12 mm.
As condições de suporte devem ser tais que não se aplique nenhuma restrição à rotação do painel sobre as
linhas de suporte.

A.4.3 Especímenes de ensaio


A amostragem e condicionamento dos especímenes devem estar em conformidade com as secções 6.2.2 e
6.2.3.
O vão L deve ser escolhido de forma a permitir uma rutura por corte.
Para painéis com material do núcleo descontínuo, devem ser realizados ensaios sobre toda a largura útil com
as junções no material do núcleo dispostas na forma mais desfavorável que possa ser conseguida na prática
mas não a uma distância do suporte menor que metade da espessura do painel.
O vão deverá ser escolhido de modo a ser próximo, mas menor do que o vão maior que dá origem a uma rutura
ao corte fiável, reconhecido pelo modo de falha mostrado na Figura A.5. O vão recomendado para uso geral é
de 1000 mm, mas para painéis profundos (dc > 100 mm) um vão maior poderá ser recomendado. Se o vão
recomendado escolhido não resulta numa rutura ao corte similar à ilustrada na Figura A.5, o vão deverá ser
reduzido em incrementos de 100 mm até que seja obtida uma rutura ao corte. Os ensaios subsequentes deverão
ser realizados com o vão reduzido.
NOTA : Junções no material do núcleo próximas do suporte são mais críticas do que as junções próximas do meio vão.

O produtor poderá, se pretender, tomar em consideração uma rutura ao corte sem deformação visível por
compressão do material do núcleo nos suportes. Se for este o caso as deflexões visíveis ws1 e ws2 nos suportes
devem ser medidas durante os ensaios. A deflexão w a utilizar nos cálculos do módulo de elasticidade ao corte
deve então ser modificada por subtração do valor.
 ws1  ws 2  a partir da deflexão medida w
 
 2 
onde:
ws1 e ws2 são as deflexões medidas da face superior do espécimen nos apoios esquerdo e direito,
respetivamente
Na EN 14509:2006, a dedução para a compressão visível nos apoios era obrigatória. No entanto, análises de
elementos finitos detalhados posteriores sugeriram que fazer essa dedução nem sempre poderá resultar no
valor mais preciso do módulo de elasticidade ao corte. Por esta razão, após novas pesquisas, fazer esta
dedução está agora a ser considerada como opcional. Não existe nenhum procedimento "seguro", porque
introduzindo um valor baixo do módulo de elasticidade ao corte nos cálculos de dimensionamento irá
geralmente resultar em desvios mais críticos em conjunto com tensões menos críticas nas faces, e vice-versa.
A decisão do produtor deverá refletir qual destes é considerado o fator mais importante no cálculo.
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A espessura líquida do metal, excluindo todos os revestimentos de proteção, de ambas as faces de cada
espécimen de ensaio (tf1, tf2) deve ser medida e registada. A disposição das junções utilizada nos ensaios deve
ser descrita no relatório de ensaio.

A.4.4 Procedimento
O ensaio deve ser realizado submetendo uma largura total útil de um painel simplesmente apoiado seja a duas
cargas lineares aplicadas a igual distância, seja a carga uniformemente distribuída.
Uma carga uniformemente distribuída poderá ser aplicada usando pressão de ar gerado por um aparelho de
ensaio de câmara de vácuo ou bolsas de ar (A.5).
Outras posições da carga poderão ser usadas e as propriedades calculadas em conformidade.
A velocidade de carga deve ser uniforme e tal que resulte em rutura entre 1 min e 5 min após o início do
ensaio. Durante o ensaio, a deformação deve ser medida com uma exatidão de 0,01 mm. A carga deve ser
continuada até a rutura e a curva de carga-deformação deve ser traçada.
Os ensaios devem ser realizados em condições normais de temperatura e humidade no laboratório.

A.4.5 Resultados e cálculos

A.4.5.1 Generalidades
A carga Fu na rutura dá a resistência ao corte do painel completo incluindo a contribuição tanto do núcleo
como das faces.

A.4.5.2 Painéis com faces planas ou levemente perfiladas carregados sujeitos a cargas lineares
Para painéis com faces planas ou ligeiramente perfiladas sujeitos a duas cargas lineares aplicadas nos terços do
vão, o cálculo da resistência ao corte fCv deve ser feito como se segue (A.10):
Fu (A.10)
f Cv 
2 Be
onde:
Fu é a carga última suportada pelo espécimen colapsado ao corte incluindo o próprio peso e o peso de
qualquer equipamento de carga
B é a largura do núcleo do espécimen
e é a profundidade medida entre os centros de gravidade das faces
e o módulo de elasticidade ao corte GC deve ser conforme indicado na secção A.3.5.2 (Fórmula (A.7)).
Nos casos em que uma caixa de vácuo é utilizada e a área de apoio não é protegida e, portanto, afetada pela
pressão do ar, a reação do apoio medida deve ser reduzida pela multiplicação da carga total medida pela
relação

 L  Ls 
 
 L  Ls 

onde
Ls é a largura da placa de suporte
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A.4.5.3 Painéis com uma ou duas faces perfiladas sujeitos a cargas lineares
Para painéis com quer uma ou duas faces perfiladas sujeitos a dois pontos de carga aplicados nos três pontos
de carga do vão, o módulo de elasticidade ao corte Gc deve ser calculado a partir do declive da parte reta da
 F 
curva de deflexão  usando a Fórmula (A.11).
 w 
NOTA: Este cálculo é iterativo pois λ depende do módulo de elasticidade ao corte, que é inicialmente desconhecido.

 F  2
  BS LdC
GC   ws 
6 AC e 2  BS  BD 1   
Módulo de elasticidade ao corte (A.11)

onde:

Deflexão ao corte ws  w  wB

Δw é a deflexão a meio-vão para um incremento de carga ΔF tomado a partir do declive da parte linear
da curva carga-deflexão

     
sinh   sinh   
Flexão de deflexão = F L3  23 1  3  2
wB     
BS  BD 1296 6   2   3 sinh    
 

Ac é a área de secção reta do núcleo

dC é a profundidade do núcleo

BD
α =
BS

BD = EF 1 I F 1  EF 2 I F 2

EF 1 AF 1 EF 2 AF 2 e2
BS =
EF 1 AF 1  EF 2 AF 2

BS dC
β=
Be2 GC L2

1 
λ=


e onde a geometria assumida e os restantes símbolos são dados em E.1.

A resistência ao corte fCv deve ser calculada como apresentado a seguir usando a Fórmula (A.12)):
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   2 
 sinh    sinh  
Fu 3  3  (A.12)
fCv  1 
2 1    AC  sinh    
 

A.4.5.4 Painéis com faces planas ou ligeiramente perfiladas sujeitos a câmara de vácuo ou saco de carga
aérea

Para os painéis sujeitos a uma carga uniformemente distribuída, a resistência ao corte fCv deve ser calculada
usando a Fórmula A.10.

O módulo de elasticidade ao corte deve ser calculado a partir do declive da parte reta da curva de carga-
 F 
deflexão  usando a fórmula (A.13).
 w 

F L3
Flexão deflexão wB 
76,8 BS

Deflexão ao corte wS  w  wB

 F  2
  BS L dC
GC   ws 
8 AC e 2  BS  BD 1   
Módulo de elasticidade ao corte (A.13)

A.4.5.5 Painéis com uma ou duas faces perfiladas sujeito a câmara de vácuo ou saco de carga aérea

Para painéis sujeitos a uma carga uniformemente distribuída, o módulo de elasticidade ao corte deve ser
 F 
calculado a partir do declive da parte reta da curva de carga-deflexão  usando a fórmula (A.14), onde a
 w 
geometria assumida e símbolos são dados em E.1:

NOTA: Este cálculo é iterativo pois depende do módulo de elasticidade ao corte, que é inicialmente desconhecido.

 F 
  BS LdC
 ws 
Módulo de elasticidade ao corte GC  (A.14)
8 Be 2  BS  BD 1   

onde:

  
 cosh    1 
F L 3
5 2
Flexão deflexão wB    
 BS  BD   384   4 cosh    
  
 2 
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Deflexão ao corte ws  w  wB

A resistência ao corte fCv deve ser calculada usando a Fórmula (A.15)

  
 sinh   
Fu 1 2 
fCv   
(1   ) AC  2  
 cosh   
  2   (A.15)

Para os painéis com outros sistemas de carregamento, a resistência ao corte e o módulo de elasticidade ao
corte do material do núcleo devem ser determinadas por cálculo. Onde relevante, este cálculo deve ter em
conta as faces perfiladas.

Registo e interpretação dos resultados dos ensaios devem ser conformes com A.16. O relatório de ensaio deve
indicar tanto a média como os valores caraterísticos (6.2.3) do módulo de elasticidade ao corte e resistência ao
corte em megapascal (MPa). Apenas o valor médio do módulo de elasticidade ao corte obtidos a partir dos
resultados do ensaio disponíveis devem ser declarados. O valor do percentil 5 % deve ser registrado para fins
CPF.

A.5 Ensaio para determinação da capacidade do momento-fletor de um painel


simplesmente apoiado
A.5.1 Princípio
Este ensaio é utilizado para determinar o momento-fletor de painéis nos quais o vão L é suficientemente
grande para assegurar uma rutura à flexão, isto é, enrugamento, fluência ou empeno das faces. A tensão de
enrugamento de faces planas ou ligeiramente perfiladas, ou as tensões de empeno ou de fluência para faces
perfiladas devem então ser determinadas por cálculo.
NOTA: Há vários sistemas de carga alternativos que simulam uma carga uniformemente distribuída sobre um painel. Todos eles dão
resultados similares para a resistência à flexão do painel.

A.5.2 Aparelhos e utensílios

A.5.2.1 Disposição das cargas


O ensaio deve ser realizado submetendo um painel simplesmente apoiado a quatro cargas lineares (ver Figura
A.8 ou Figura A.9) aplicadas sobre toda a largura útil do painel, ou a pressão de ar criada por um equipamento
de ensaio com câmara de vácuo parcial ou sacos insufláveis (ver Figura A.10).
NOTA: Cada um destes sistemas de carga dá origem ao mesmo momento fletor máximo.

Fu L
Mu 
8
onde:
Fu é a carga final total do painel, incluindo o peso próprio do próprio painel e o peso do equipamento
de carga
NP
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Em geral, a carga deve ser medida por células de carga localizadas debaixo dos suportes. Alternativamente, se
a carga é aplicada por um macaco e vigas de carga, ela poderá ser medida por uma célula de carga no ponto de
aplicação da carga.

Figura A.8 – Painel simplesmente apoiado: 4 cargas lineares

Figura A.9 – Painel simplesmente apoiado: 4 cargas lineares (alternativa)

Legenda:
w carga por unidade de comprimento
Figura A.10 – Painel simplesmente apoiado: pressão de ar

A.5.2.2 Condições de suporte


As condições de suporte devem ser tais que não se aplique nenhuma restrição à rotação do painel sobre as
linhas de suporte.
Na Figura A.11 é mostrado em detalhe um suporte de painel adequado. A largura dos suportes deve ser
suficientemente larga para evitar esmagamentos localizados do núcleo.
Poderão ser utilizados blocos de madeira para evitar a deformação de uma nervura lateral que não contenha
espuma.
NP
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Figura A.11 – Detalhe dos apoios do painel


A.5.2.3 Aplicação da carga às faces do painel
Quando as cargas lineares são aplicadas a painéis com faces ligeiramente perfiladas, elas devem ser aplicadas
por meio de placas de carga (ver Figura A.4).
São necessárias placas de repartição de cargas sob os pontos de carga e sobre os suportes. A largura Ls das
placas de repartição de cargas no suporte e os pontos de carga deve ser de no mínimo 60 mm. Este valor deve
ser aumentado até 200 mm, se necessário, a fim de evitar o esmagamento local do núcleo. A espessura das
placas de repartição de cargas deve ser de 8 mm a 12 mm.
Se as cargas lineares são aplicadas a uma face perfilada, elas devem ser aplicadas por meio de vigas
transversais de carga em madeira ou em aço, juntamente com placas de carga em madeira colocadas nas
caleiras do perfil (ver Figura A.12). A largura das placas de carga deve ser suficiente para evitar a rutura à
compressão do núcleo abaixo das placas.
Poderá ser colocada uma camada de feltro, borracha ou outro material similar entre as placas de carga e o
painel a fim de reduzir a possibilidade de danos localizados.
Cargas de linha não devem ser aplicadas diretamente a uma face perfilada parcialmente ligado, ou seja, uma
face onde existem vazios abaixo do perfil.
As cargas devem ser mantidas perpendicularmente ao painel ao longo do ensaio.

Figura A.12 – Placas de carga para faces perfiladas


Se a caleira do perfil inclui reforços secundários integrados, as placas de carga devem ser conformadas
apropriadamente (ver Figura A.13).
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Figura A.13 – Placas de carga para faces com reforços

A.5.3 Especímenes de ensaio


O vão necessário depende de vários fatores incluindo a altura total dc do painel e deve ser escolhido para
proporcionar uma rutura à flexão.
NOTA 1: Os valores do Quadro A.1 são disponibilizados para orientação

Quadro A.1 – Critérios indicativos do vão para proporcionar rutura à flexão


Profundidade total do painel (dc) Vão indicativo (L)
dc < 40 mm 3,0 m
40 mm  dc < 60 mm 4,0 m
60 mm  dc < 100 mm 5,0 m
dc  100 mm 6,0 m

Se os valores de vão do Quadro A.1 dão origem a uma rutura por corte, eles devem ser aumentados em
incrementos de 1,0 m até que seja obtida uma rutura por flexão.
No caso de painéis do mesmo tipo mas com diferentes espessuras de faces, devem ser ensaiados pelo menos os
painéis com a face mais fina.
NOTA 2: Poderá ser vantajoso ensaiar mais do que uma espessura de face de modo a obter valores de tensão de enrugamento
melhorados.

A.5.4 Procedimento
Para todos os painéis, incluindo aqueles com faces superiores e inferiores similares, este ensaio deve ser
realizado em ambas as orientações do painel porque a tensão de enrugamento poderá ser grandemente
influenciada pelo facto de, no momento da produção, a face estar situada na parte superior ou inferior do
painel.
Antes do ensaio deve ser aplicada uma pequena carga, a qual não deve ser superior a 10 % da carga de rutura,
durante não mais de cinco minutos e depois retirada.
Os ensaios devem ser realizados em condições normais de temperatura e humidade no laboratório.
O painel deve ser carregado de forma constante em pelo menos 10 incrementos até que ocorra a rutura. A
velocidade de deflexão deve ser tal que resulte em rutura entre 5 mina 15 min depois do começo do ensaio.
Tanto a carga como a deflexão central devem ser registadas. Os transdutores de deslocamento devem ter uma
exatidão de 0,1 mm.
Após conclusão do ensaio, a espessura líquida do metal excluindo todos os revestimentos de proteção e a
tensão de fluência de cada face também devem ser determinadas com um mínimo de três especímenes por
painel e registadas.

A.5.5 Resultados e cálculos

A.5.5.1 Generalidades
Os registos e a interpretação dos resultados de ensaio devem estar em conformidade com A.16.
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A carga de rutura e a natureza e localização da rutura devem ser registadas. Deve ser traçada uma curva
carga-deflexão para o deslocamento central.

A.5.5.2 Determinação da capacidade do momento-fletor (Mu)


A capacidade do momento-fletor Mu deve ser dada pela Fórmula (A.16):
Fu L (A.16)
Mu 
8
onde:
Mu é o momento-fletor último registado no ensaio incluindo o efeito do peso próprio do provete e da
massa do equipamento de carga
Fu é a carga total registada no ensaio incluindo a compensação para o peso próprio do painel e o peso do
equipamento de carga
Os valores do momento-fletor determinados a partir dos ensaios devem adicionalmente ser corrigidos pelos
fatores de correção apresentados na secção A.5.5.4 e A.5.5.5 antes de obter os valores característicos para
serem declarados.

A.5.5.3 Determinação da tensão de enrugamento (w) de uma face plana levemente perfilada ou a tensão
de empeno local de uma face perfilada
A tensão de enrugamento w é apenas diretamente relevante para painéis em que a face em compressão é
completamente ligada e quer plana ou levemente perfilada. Contudo, com base nesta Norma , o termo “tensão
de enrugamento w“ é também considerado para incluir o empeno local de uma face perfilada em compressão,
quer completamente ou parcialmente ligada ao núcleo.
A tensão de enrugamento de um painel deve ser obtida determinando o momento-fletor último. A tensão de
rutura da face é depois obtida por cálculo.
Para painéis com faces interiores e exteriores similares, a conceção deve ser baseada na tensão de enrugamento
menos favorável.
NOTA 1: Devido à forma como a espuma ou adesivo é fixado durante a fabricação, é possível que as faces superiores e inferiores
nominalmente idênticas tenham tensões de enrugamento significativamente diferentes. Este requisito reconhece que poderá não ser
possível identificar qual face foi a mais elevada durante o fabrico uma vez o produto ter deixado a fábrica.

Se a face sob tensão é plana ou ligeiramente perfilada a tensão de enrugamento w deve ser dada a partir do
momento fletor de acordo com a Fórmula (A.17):
Mu
w  (A.17)
eA1
onde:
e é a profundidade entre os centros de gravidade das faces
AF1 é a área da secção reta da face em compressão
Se a face sob tensão neste ensaio é perfilada, a tensão de enrugamento w deve ser determinada a partir da
última carga de ensaio de acordo com a Fórmula (A.18):
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  
 cosh    1 
Fu L 1 2 
w    (A.18)
1    e AF 1  8  2 cosh    
  
 2
Onde a geometria assumida é dada em E.1 e os símbolos são os definidos com a Fórmula (A.11).

NOTA 2: λ é dependente do módulo de elasticidade ao corte (ver A.3 ou A.4).

A tensão de enrugamento calculado desta forma não deve exceder a tensão de limite elástico do material da
face.
Os valores da tensão de enrugamento determinados dos ensaios devem ser adicionalmente corrigidos pelos
fatores de correção apresentados em A.5.5.4 e A.5.5.5 antes de serem obtidos os valores característicos a
declarar.
No caso de painéis do mesmo tipo mas com diferentes espessuras de faces, em que apenas foram ensaiados
painéis com as faces mais finas, as tensões de enrugamento devem ser determinadas utilizando a Fórmula
(A.19):
 w,t  f . w,t
2 1
(A.19)

onde:
w,t2 é a tensão de enrugamento da face mais espessa, t2
w,t1 é a tensão de enrugamento da face mais fina, t1

A1  3 I 2
f é o fator de redução =
A2  3 I1
A1, I1 são a área da secção reta e o momento de inércia da face com t1
A2, I2 são a área da secção reta e o momento de inércia da face com t2
Para painéis sem junções no núcleo a tensão de enrugamento w poderá ser determinada, em alternativa aos
ensaios, pela Fórmula (A.20):
 w   3 GC  EC  EF (A.20)

onde EC é a média dos valores características dos módulos de elasticidade à tração e compressão do material
do núcleo, Fórmula (A.21).
ECt  ECc
EC  (A.21)
2
GC é o módulo de elasticidade ao corte característico do material do núcleo
EF é o módulo de elasticidade à compressão do material da face
 é um valor numérico que é geralmente maior que 0,5. Na ausência de ensaios de grande escala,
 w poderá ser determinado por cálculo com 
NOTA 3: Embora seja possível, na maior parte dos casos, obter o valor teórico da tensão de enrugamento por cálculo, valores mais
favoráveis dessa tensão serão geralmente obtidos por ensaios.
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NOTA 4: O empeno local de uma face perfilada em compressão geralmente provoca uma distribuição da tensão não uniforme nos
elementos do perfil e esta por sua vez, provoca uma redução aparente da tensão de fluência aparente. Este efeito é contrariado pelo
material do núcleo e é, portanto, mais significativa quando o perfil não está preenchido com material de núcleo totalmente ligado
como num painel ligado de forma incompleta. Para os fins desta Norma, a tensão de enrugamento σyr é a tensão de fluência aparente
quando este efeito é tomado em consideração.

Se a face em compressão é perfilada e a outra face é plana ou ligeiramente perfilada, a tensão de enrugamento
σyr deve ser determinada a partir do momento de flexão de acordo com a Fórmula (A.22):

M Su M Du EF 1 d11
 yr   (A.22)
e AF 1 BF
onde

  
 cosh    1 
Fu L 1 2 
M Su   
1  8 
 2 cosh   
  2  

  
 cosh    1 
Fu L  1 2
M Du    
1  8   
  cosh  
2
  2  
Se ambas as faces são completamente perfiladas, a Fórmula (A.22) deve ser substituída pela fórmula
apropriada a partir de E.7.2.5.

A.5.5.4 Fatores de correção a aplicar a resultados de ensaios para o momento-fletor e a tensão de


enrugamento
Os seguintes fatores de correção devem ser utilizados dentro do intervalo de tolerância de espessura, sempre
que o tobs medido é menor do que o valor de conceção t e/ou a tensão de fluência medida fy,obs é maior do que a
resistência à fluência de cálculo.
Para a rutura da face metálica perfilada à compressão enrugamento os resultados de ensaio individuais
devem ser ajustados de acordo com a Fórmula (A.23a) e (A.23b):
 
 fy   t 
Radj ,i  Robs ,i     [cálculo da tensão de enrugamento] (A.23a)
f 
 y ,obs   t obs 

NOTE 1: A Fórmula (A.23 a) é também aplicável a todos os ensaios destinados exclusivamente para o cálculo por meio de ensaios.

α β
 fy   B 
Radj,i  Robs,i     [cálculos para a capacidade de momento-fletor] (A.23b)
 f B
 y,obs   obs 

onde:
Robs,i é o resultado do ensaio número i
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Radj,i é o resultado do ensaio modificado para corresponder aos valores de conceção da espessura do
metal e da tensão de limite elástico
fy é a tensão de limite elástico de conceção
fy,obs é a tensão de limite elástico medida no espécimen de ensaio
B  BF  BS Rigidez de flexão com t e e

Bobs  BF ,obs  BS ,obs Rigidez de flexão com tobs e eobs

onde:

BF  EF 1 I F 1  EF 2 I F 2

t1,obs t2,obs
BF ,obs  EF 1 I F 1  EF 2 I F 2
t1 t2

EF 1 AF 1 EF 2 AF 2 e 2
BS 
 EF 1 AF 1  EF 2 AF 2 
t1,obs t
EF 1 AF 1 EF 2 AF 2 2,obs eobs
2

t1 t2
BS ,obs 
 t t 
 EF 1 AF 1 1,obs  EF 2 AF 2 2,obs 
 t1 t2 

E todos os AF e IF são calculados com geometria nominal


t é a espessura do metal na conceção
tobs é a espessura do metal medida no espécimen de ensaio
e é a distância de conceção entre os centróides das faces
eobs é a distância entre as faces na base da geometria medida
=0 se fy,obs  fy e para faces planas e levemente perfiladas
=1 se fy,obs > fy
exceto para o modo de rutura à compressão de uma face perfilada:

=0,5 se fy,obs > fy e b  1,27 E F


t fy

em geral:
 = 0 quando se calcula a tensão de enrugamento a partir de resultados de ensaio, ou
 = 1,0
exceto para o modo de rutura à compressão de uma face perfilada:
 = 1,0 se tobs  t
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Ef
 = 1,0 se tobs > t e b  1,27
t fy

Ef
 = 2,0 se tobs > t e b  1,27
t fy

onde:
b/t = relação largura/espessura da parte mais larga da face perfilada
e
b é a largura da parte de cima da face perfilada (rib) (ver Figura D.15)
t é a espessura do material do rebordo
Os valores Radj,i devem ser utilizados para representar os resultados individuais dos ensaios na avaliação dos
esforços e das resistências características.
NOTA 2: Para faces de aço o valor de cálculo para a resistência ao enrugamento σw poderá ser escolhido igual ao valor caraterístico
da resistência de limite elástico fy se cada valor individual ensaiado para a resistência ao enrugamento σw,obs,i exceder a resistência de
limite elástico medida da face do material.

A.5.5.5 Fatores de correção para a capacidade do momento-fletor e tensão de enrugamento


A tensão de enrugamento ou a capacidade do momento-fletor obtidas dos ensaios originais devem ser
corrigidas com o seguinte fator de correção k de modo a obter o valor a declarar.
NOTA: Este fator tem em conta a redução na tensão de enrugamento provocada por temperaturas mais altas (k1) e a variabilidade
adicional no caso de um valor fraco da resistência à tração perpendicular ao painel (k2).

k = k1. k2
Para painéis destinados a utilizações finais no exterior, com faces ligeiramente perfiladas ou planas em
compressão (enrugamento) e com temperatura da face superior a +20 ºC, de acordo com o procedimento de
cálculo (E.3), os resultados individuais de ensaio devem ser reduzidos de acordo com a Fórmula (A.24):
2
E 
k1  3  Ct , 80 ºC 
 (A.24)
 ECt , 20 ºC 
onde:
ECt,+20 ºC é o módulo característico de elasticidade à tração perpendicular ao painel a 20 ºC
ECt,+80 ºC é o módulo característico de elasticidade à tração perpendicular ao painel a 80 ºC
Em todos os outros casos k1 = 1,0.
Para a rutura da face plana ou ligeiramente perfilada em compressão (enrugamento) os resultados dos ensaios
individuais devem ser adicionalmente ajustados de acordo com o seguinte procedimento:
k2 = (6,10 fCt + 0,39)
e k2  1,0
onde:
fCt é a resistência característica à tração perpendicular ao painel (em MPa)
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k2 deve ser unicamente utilizado no caso de uma carga uniformemente distribuída, por exemplo, uma
câmara em depressão, saco insuflável ou similar

A.6 Determinação do coeficiente de fluência (t)


A.6.1 Princípio
Quando requerido para a conceção dos painéis de telhado ou de teto, deve ser suficiente um só ensaio de um
painel simplesmente apoiado com aplicação de uma carga uniforme e constante para determinar o coeficiente
de fluência de um dado material do núcleo.

A.6.2 Aparelhos e utensílios


O ensaio deve ser realizado submetendo um painel simplesmente apoiado (Figura A.10) a uma carga
permanente (peso morto) uniformemente distribuída.
NOTA: O ensaio de fluência é geralmente levada a cabo por carregamento do painel com pesos, devido à dificuldade de manutenção
de qualquer outro tipo de carga constante durante o tempo necessário.

A.6.3 Especímenes de ensaio


O ensaio deve ser realizado com um painel completo com vão “L” igual ao utilizado no ensaio de flexão
apresentado em A.5.
Quando a faixa de espessura atinge 200 mm o painel de espessura mais grossa deve ser ensaiado. Se a
espessura do painel exceder 200 mm, é suficiente ensaiar um painel de 200 mm de espessura. No entanto, é
permitido ensaiar maiores espessuras.

A.6.4 Procedimento
O ensaio deve ser realizado submetendo um painel simplesmente apoiado a uma carga permanente (peso
morto) uniformemente distribuída. O painel deve ser apoiado em duas linhas de apoio a distância inter-apoios
'L' com a face exterior para cima. A carga utilizada para o ensaio de fluência deve ser escolhida para dar
origem a uma tensão de rutura máxima no núcleo superior ou igual a 30 % da resistência ao corte declarada.
Depois da aplicação, esta carga deve permanecer constante por um mínimo de 1000 h. Deflexões a meio vão
devem ser medidas em dois locais próximos às bordas longitudinais do painel usando medidores com
mostrador ou transdutores equivalentes, capazes de uma resolução de 1 % da deflexão estática prevista.
NOTA: A carga utilizada nos ensaios de fluência não é demasiado crítica.

Aparelhos de medição da deformação devem ser colocados no zero com o painel apoiado livremente sob seu
próprio peso. Antes da colocação da carga, o painel deve ser apoiado a partir de baixo sobre um mínimo de
duas linhas situadas nos terceiros pontos da extensão de tal maneira que o escoramento pode ser removido
rapidamente e sem problemas, a fim de dar início ao ensaio. É conveniente remover, hidráulicamente ou
pneumaticamente, o suporte. As escoras devem estar localizadas em níveis que permitam o painel manter a sua
forma original quando a carga é aplicada. As deflexões devidas ao peso próprio poderão então ser calculadas e
os escoramentos poderão ser colocados de modo a levantar o painel a partir da altura calculada.
Alternativamente, as deflexões iniciais poderão ser corrigidas no fim do ensaio, para ter em conta a deflexão
devida ao peso próprio calculado. As medições da deflexão a meio vão devem ser iniciadas logo que a carga
total é aplicada e os escoramentos removidos e devem ser registadas regularmente durante o ensaio. Como
mínimo, as deflexões são registadas a 30 s, 1 h e 24 h após a remoção dos escoramentos e, em seguida, em
intervalos de 24 h para a primeira semana e 48 h depois. A deflexão final deve ser registada antes da remoção
da carga. O gráfico de deflexão em função do tempo deverá ser suavemente contínuo durante toda a duração
do ensaio caso contrário, o ensaio deve ser repetido.
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A deflexão inicial 'w0' no tempo t = 0 deve ser determinada por extrapolação da deflexão versus a curva até ao
tempo de partida. Alternativamente, este valor poderá ser determinado por cálculo.

A.6.5 Cálculos e resultados

A.6.5.1 Registos e interpretação


Os registos e a interpretação dos resultados dos ensaios devem estar em conformidade com A.16.
Com base nos resultados dos ensaios realizados no intervalo de tempo 0 > t  1000 h, os coeficientes de
fluência requeridos para a conceção devem ser determinados por extrapolação utilizando uma aproximação
linear da curva deflexão versus tempo sobre um diagrama semilogarítmico.
NOTA 1: O comportamento de fluência e o seu tratamento para fins de conceção é descrito no Anexo E.
NOTA 2: O coeficiente de fluência é geralmente requerido a t = 2000 h para carga de neve e t = 100000 h para ações permanentes
(peso próprio), ver secção E.7.6.

A.6.5.2 Coeficiente de fluência (núcleo) para painéis ligeiramente perfilados (t)


O coeficiente de fluência para o núcleo de um painel sanduíche ligeiramente perfilado deve ser determinado
utilizando a Fórmula (A.25):
wt  w0
t  (A.25)
w0  wb
onde:
wt é a deflexão medida no tempo t
w0 é a deflexão inicial no tempo t = 0 e
wb é a deflexão provocada pela extensão elástica das faces (sem deformação de corte)
Se, antes do início do ensaio, a deflexão zero, o painel é suportado de tal forma que o seu peso próprio é
transportado pelo sistema de suporte, w0 deve ser multiplicada pelo fator de (1 + g / q) em que g é o peso
próprio do painel e q é a carga aplicada.
NOTA: Se as deflexões são determinadas do gráfico da deflexão versus tempo a t1 = 200 h e t2 = 1000 h, os coeficientes de fluência
requeridos poderão ser determinados da seguinte forma:
2000 = 1,2 (1,43 1000 – 0,43 200) = 1,7 (1000 – 0,3 200)
10000 = 3,86 1000 – 2,86 200

A.6.5.3 Coeficiente de fluência (núcleo) para painéis profundamente perfilados (t)


As deflexões provocadas pelas deformações de flexão e de corte de um painel sanduíche com faces
profundamente perfiladas não podem ser separadas na expressão para a deflexão porque a distribuição do
momento-fletor na componente do painel sanduíche MS e nas faces componentes MF1, MF2 depende da rigidez
ao corte do núcleo (ver secção E.7.2.4). O coeficiente de fluência deve ser avaliado com base nas deflexões
medidas como uma função do tempo.
Se uma ou ambas as faces de um painel sanduíche são perfiladas, o coeficiente de fluência deve ser avaliado
pela Fórmula (A.26).
 C D  1
t  (A.26)
1 (1     (C D  1))
onde:
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CD = wt/w0 é a relação entre a deflexão depois de um tempo de carga t e a deflexão inicial


 = 0,5 é um coeficiente de relaxação, tendo aqui o valor de 0,5
 = IF/IW
IW = IF + IS/(1 + k)
onde:
IF é o momento de inércia da(s) face(s) perfilada(s) (soma se ambas as faces são perfiladas)
IS é o momento de inércia da parte sanduíche (ver o Anexo E)
 2  E F 2  AF 2 e 2
k
 AF 2 
  1  GC  AC  L2
A
 F1 
k
1 
1 k
onde:
e é a profundidade medida entre os centros de gravidade das faces
L é o vão do painel no ensaio de fluência
NOTA: Se as deflexões são determinadas a partir do gráfico de deflexão versus tempo a t1 = 200 h e t2 = 1000 h, os coeficientes de
fluência requeridos poderão ser determinados com as equações apresentadas em A.6.5.2:NOTA.

Para declaração, 2000 deve ser declarado para aplicações em que a neve permanece durante períodos
significativos e 100000 deve ser declarado para aplicações gerais de telhados e tetos.

A.7 Interação entre momento-fletor e reações nos apoios


A.7.1 Princípio
Este ensaio é utilizado para determinar a interação entre momento de flexão e força de apoio no estado limite
de utilização. Ele simula as condições num suporte interno de um painel que é contínuo ao longo de dois ou
mais vãos. A resistência à flexão deve ser determinado primeiro e a tensão de enrugamento correspondente
para faces planas ou ligeiramente perfiladas ou as tensões de empeno ou de limite elástico para faces perfiladas
devem então ser determinadas por cálculo.
A interação entre o momento-fletor e a força de reação nos apoios deve ser determinada a partir de um painel
de vão simples sujeito a uma carga linear.
NOTA 1: Isto é muitas vezes referido como “ensaio de apoio central simulado”porque simula as condições no suporte central de uma
viga de duplo vão (ver Figuras A.14 e A.15).
NOTA 2: O estado limite último é determinado para momento de flexão zero no apoio interno, ver E.4.3.2.

A.7.2 Aparelhos e utensílios


A montagem de ensaio para a interação entre momento-fletor e força de reação nos apoios deve ser um painel
de vão simples submetido a uma carga linear.
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Legenda:
z face situada na prática contra o apoio
y banda metálica com aproximadamente 60 mm  4 mm
L vão
o saliência em balanço para além da extremidade da placa de suporte não excedendo 50 mm

Figura A.14 – Ensaio de apoio central simulado – carga descendente

Legenda:
z face situada na prática contra o apoio
s parafusos
L vão
o saliência em balanço para além da extremidade da placa de suporte não excedendo 50 mm

Figura A.15 – Ensaio de apoio central simulado – carga ascendente

A.7.3 Especímenes de ensaio


Os ensaios devem ser realizados com uma largura total e um vão completo de painel de acordo com A.7.4.
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Para o ensaio com carga ascendente os detalhes das fixações e o número e tipo de parafusos e anilhas devem
estar em conformidade com os utilizados na prática.

A.7.4 Procedimento
A fim de determinar a tensão de enrugamento num suporte intermédio devem ser realizados dois tipos de
ensaios:
a) ensaios que simulam cargas descendentes (ver Figura A.14);
b) ensaios que simulam cargas ascendentes (ver Figura A.15).
É importante que o vão seja suficiente para garantir que:
- para o ensaio a), a força de compressão entre o painel e o apoio (sob a carga linear) no instante da rutura
por enrugamento deve ser inferior à capacidade de reação do apoio do painel. Para os fins deste ensaio, a
capacidade de reação do apoio deve ser determinada como sendo o produto da resistência característica à
compressão do material do núcleo pela área da superfície de contacto da placa de carga simulando o apoio;
- e para o ensaio b), as forças nos sistemas de fixação no instante da rutura por enrugamento do painel são
inferiores aos seus valores de conceção.
NOTA 1: Isto garante que todos os modos de rutura (enrugamento das faces, esmagamento do núcleo e rutura à tração da ligação)
são concebidos para níveis de segurança aproximadamente iguais.
NOTA 2: Se o ensaio é realizado com um espécimen mais curto que o descrito, o modo de rutura é susceptível de ser dominado pelo
esmagamento do núcleo e será obtido um valor de segurança da tensão de enrugamento.

A.7.5 Cálculos e resultados


O registo e interpretação dos resultados dos ensaios devem estar em conformidade com A.16.
A carga de rutura e a natureza e localização da rutura devem ser registadas. Deve ser traçada uma curva carga-
deflexão para o deslocamento no ponto de aplicação da carga.
A capacidade do momento-fletor deve ser dada pela Fórmula (A.27):
F F  (A.27)
M u   u  G L
4 8 
onde:
Fu é a carga última incluindo o peso do sistema de carga
FG é o peso próprio do painel
Os valores do momento-fletor determinados desta forma devem ser corrigidos pelos fatores de correção
apresentados nas secções A.5.5.4 e A.5.5.5 antes de serem obtidos os valores característicos a utilizar na
conceção (ver secção E.4.2). A tensão de enrugamento deve depois ser determinada a partir do momento final
caraterístico usando o procedimento dado em A.5.5.3.
Para um painel com uma ou ambas as faces totalmente perfiladas, o ensaio deve ser avaliado da seguinte
forma:
O componente sanduíche do momento fletor MS deve ser avaliado da seguinte forma:
NP
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  
2
  
 sinh     cosh    1 
FL 1  2    FG L  1  2 
Ms  u  
1    4  sinh     1    8 
    2 cosh   
    2

A face componente do momento fletor MD deve ser avaliada como se segue:

  
2
  

Fu L  1
sinh     1 cosh  2   1 
MD    2    FG L      
1    4   sinh     1    8   2 cosh    
    
    2

Os componentes da capacidade do momento-fletor determinado desta forma deve ser corrigida utilizando os
procedimentos indicados em A.5.5.4 e A.5.5.5, antes da determinação dos valores característicos a ser usados
na conceção (ver secção E.4.2). A tensão de enrugamento da face em compressão deve então ser determinada
a partir dos componentes do último momento, utilizando as fórmulas indicadas em E.7.2.5.

A.8 Determinação da massa volúmica aparente do núcleo e da massa do painel


A.8.1 Determinação da massa volúmica aparente do núcleo

A.8.1.1 Princípio
A massa volúmica aparente c deve ser determinada de acordo com a EN 1602.

A.8.1.2 Aparelhos e utensílios


A aparelhagem deve ser tal como definida na EN 1602.

A.8.1.3 Especímenes de ensaio


Os especímenes devem ser colhidos durante a produção dos painéis sanduíche como se segue:
a) Painéis cujos materiais do núcleo são blocos isolantes ou lamelas colados às faces:
Devem ser colhidos três especímenes do material do núcleo com dimensões 100 mm  100 mm  espessura
antes da ligação.
b) Painéis com núcleo de ligação auto-adesiva PUR:
Devem ser cortados de posições cobrindo a largura do painel três especímenes incluindo as faces, com
dimensões 100 mm  100 mm  espessura (ver Figura A.16).
NP
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Dimensões em milímetro

Figura A.16 – Localização dos especímenes – ensaio da massa volúmica aparente


As faces devem ser cuidadosamente removidas (por exemplo, por corte) devendo os restantes especímenes do
núcleo serem ortogonais. A espessura do material do núcleo cortado não deve exceder os 3 mm em cada face.
No caso das faces perfiladas os especímenes devem ser cortados na espessura predominante (ver exemplos na
Figura A.1).

A.8.1.4 Procedimento
O procedimento deve seguir o definido na EN 1602.

A.8.1.5 Cálculos e resultados


Os cálculos devem ser feitos tal como definido na EN 1602. Os registos e interpretação de resultados de
ensaios devem estar em conformidade com A.16.

A.8.2 Determinação da massa do painel


A massa do painel deve ser determinada por cálculo baseado nas dimensões nominais e massas volúmicas
nominais do material do núcleo e das faces.
A massa do painel é requerida para a conceção de telhados e tetos e também para cálculos sísmicos para certas
aplicações. É também útil para fins de manuseamento e deve ser registada na documentação de
acompanhamento.

A.9 Ensaio de resistência a cargas pontuais e a cargas repetidas de acesso


A.9.1 Painéis submetidos a cargas pontuais

A.9.1.1 Princípio
Este ensaio verifica a segurança e o bom estado de funcionamento dos painéis de telhados e de tetos por
exemplo, relativamente a uma pessoa isolada caminhando sobre o painel, para acessos ocasionais quer durante
quer depois da colocação em obra.

A.9.1.2 Aparelhos e utensílios


Painel simplesmente apoiado com uma carga central.
NP
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A.9.1.3 Especímenes de ensaio


O espécimen deve ser um só painel com largura plena. O comprimento (vão) deve ser o maior que seja
possível considerar na prática.

A.9.1.4 Procedimento
Os ensaios devem ser realizados em painéis de vão simples em toda a sua largura.
Deve ser aplicada uma carga de 1,2 kN a menos que os regulamentos nacionais exijam valor diferente. A carga
deve ser aplicada a meio vão sobre a nervura do bordo ou sobre o bordo dum painel plano por meio de um
bloco de madeira medindo 100 mm  100 mm. A fim de evitar tensões localizadas, deve ser colocada uma
camada de feltro ou de borracha com espessura de 10 mm entre o bloco de madeira e a superfície metálica do
painel.

A.9.1.5 Observações e recomendações


Os painéis devem suportar uma carga pontual que dê origem a três resultados possíveis:
a) se o painel suporta a carga aplicada sem danos permanentes visíveis, não há restrições a eventuais acessos
acima do telhado ou teto quer durante quer depois da aplicação em obra;
b) se o painel suporta a carga aplicada com danos permanentes visíveis, devem ser tomadas medidas para
evitar danos durante a colocação em obra (por exemplo, passadiços). Além disso, não deve existir
possibilidade de acesso ao telhado após conclusão do trabalho de construção;
c) se o painel não suporta a carga aplicada ele deve ser utilizado apenas em telhados ou tetos onde não é
possível/permitido o acesso. Esta limitação deve ser claramente indicada no painel (ou noutro local).
NOTA: Este é principalmente um problema para painéis com uma face superior plana.

Os registos e interpretação dos resultados devem estar em conformidade com a secção A.16.

A.9.2 Painéis submetidos a cargas repetidas

A.9.2.1 Princípio
Este ensaio verifica a segurança e o bom estado de funcionamento dos painéis de telhados e de tetos por
exemplo, relativamente a uma pessoa isolada caminhando sobre o painel, para acessos repetidos quer durante
quer depois da colocação em obra.
NOTA: Na ausência de um ensaio em pequena escala, que pode replicar de forma satisfatória o efeito de impactos de salto repetidos
em diferentes localizações dentro de um painel, este ensaio tem como objetivo reproduzir o comportamento real sobre uma pequena
área de um painel de tamanho completo.

A.9.2.2 Especímenes
Deve ser colhido um único painel de comprimento, aproximadamente, 5,7 m de largura de cobertura total. Este
painel deve ser condicionado pelo menos durante 24 h sob condições normais de temperatura e humidade do
laboratório antes do ensaio.
NP
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Uma linha deve ser desenhada para baixo da linha central do painel e oito quadrados, cada um medindo
100 mm × 100 mm, devem ser claramente marcados na face superior do painel a 600 mm do centro como
mostrado na Figura A.17. Linhas rígidas de apoio, cada uma com uma largura de rolamento de 75 mm ± 5 mm
devem ser fornecidas a 1200 mm do centro como mostrado. Deve ser fornecida uma retenção suficiente para
assegurar que o painel não se mova em relação aos pontos de apoio quando uma pessoa caminha sobre o
painel.

Figura A.17 – Esquema geral do painel para ensaios de carga repetidos

A.9.2.3 Procedimento de carga repetida


O ensaio deve ser realizado por uma pessoa que carrega uma caixa de ferramentas (se necessário). O peso total
da pessoa, mais a caixa de ferramentas deve ser de pelo menos 90 kg e a pessoa deve usar calçado de proteção
padrão com nenhum desgaste significativo no calcanhar, que entra em contacto com o painel ao caminhar. A
pessoa deve andar para trás e para a frente sobre o painel, fazendo meia-volta em cada extremidade sobre uma
plataforma não solidária do painel. Durante cada passagem do painel, deve ser tomado cuidado para assegurar
que o impacto do calcanhar ocorre dentro de cada um dos quadrados desenhados sobre a superfície do painel.
A localização real desses impactos dentro dos quadrados deve ser aleatória, isto é, é importante que o
calcanhar não tenha impacto sobre os mesmos pontos em cada passagem.
Depois de 500 passagens, uma folha de madeira compensada de espessura mínima de 12 mm deve ser
colocado sobre dois dos quadrados, um num vão e o outro sobre um suporte, de modo a que estes sejam
protegidos de qualquer impacto adicional direto do calcanhar. Depois de um total de 1000 passagens, mais
dois desses quadrados devem ser protegido de modo semelhante. Esta parte do ensaio deve ser encerrada após
um total de 2000 passagens através de todo o espécimen. Os oito quadrados marcados devem ser depois
cuidadosamente cortadas do painel. Três quadrados semelhantes também devem ser cortados a partir de partes
aleatórias da linha por onde se caminha.
As faces de metal das 11 amostras do painel devem ser ligadas a placas de tração com um adesivo e elas
devem ser ensaiadas para determinar a sua resistência à tração perpendicular ao painel de acordo com A.1.4.

A.9.2.4 Cálculos e resultados


Calcular a resistência à tração perpendicular ao painel (fCt), para cada espécimen segundo A.1.5.1
utilizando fCr = Fu/A.
A resistência à tração média deve ser calculada (fCt, 0) para os três espécimens colhidos de pontos distantes do
percurso a pé.
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Os resultados dos ensaios devem ser traçados num gráfico de resistência à tração versus o número de impactos
do calcanhar incluindo fCt,0. A série de ensaios é válida quando houver uma deterioração progressiva da
resistência à tração com o número de ciclos.
NOTA: Devido à natureza deste ensaio, é de esperar uma dispersão significativa dos resultados de ensaio. Os resultados também
poderão ser influenciados pelo cuidado tomado no corte dos espécimens de ensaio, que poderão já ter sido enfraquecidos por
impactos repetidos, dos painéis completos. Seria, por conseguinte, otimista esperar que os resultados do ensaio dessem origem a
curvas suavizadas, uma tendência geralmente decrescente com o número de ciclos é tudo o que é necessário.

O ensaio deve ser interpretado com base nos quatro resultados para espécimens submetidos a 2000 ciclos de
carga. Se estes formam um bloco compacto de resultados, o valor característico da resistência à tração
reduzida, a fCt,2000, deve ser tomado como a média dos quatro valores relevantes de fCt menos 2,68 desvios-
padrão. Se os resultados para espécimens de mais de um suporte são significativamente diferentes daqueles
para os espécimes no vão, fCt,2000 deve ser tomado como o menor dos quatro valores de fCt. Se o padrão de
resultados não permite uma interpretação racional, então a série de ensaios completa deve ser repetida com um
painel diferente.
Se fCt,2000 > 0,8 fCt,0, então o painel deve ser considerado apropriado para o tráfego de pedestres ocasionais para
o acesso ou manutenção sem proteção adicional.

A.10 Método de cálculo para a determinação da transmissão térmica de um


painel (U)
A.10.1 Generalidades
A transmissão térmica (U) dos painéis sanduíche isolantes com faces metálicas deve ser determinada de
acordo com os procedimentos de A.10.2, A.10.3 e A.10.4.

A.10.2 Determinação da condutibilidade térmica dos materiais componentes

A.10.2.1 Material do núcleo

A.10.2.1.1 Condutibilidade térmica declarada


A condutibilidade térmica declarada (declarada) deve ser determinada de acordo com os procedimentos descritos
na norma de produto apropriada para o material do núcleo:
- EN 13162 para MW;
- EN 13163 para EPS;
- EN 13164 para XPS;
- EN 13165 para PUR;
- EN 13166 para PF;
- EN 13167 para CG.
Devem ser tidas em conta as seguintes variações das condições descritas nos procedimentos da norma de
produto:
- a superfície do material do núcleo deve ter a mesma orientação, relativa à direção do fluxo de calor, que
teria no painel,
- a superfície do material do núcleo deve ser normal à direção do fluxo de calor no equipamento de ensaio.
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A.10.2.1.2 Condutibilidade térmica de cálculo


A condutibilidade térmica de cálculo (projeto) deve ser determinada de acordo com a EN ISO 10456, exceto no
caso em que o valor declarado é o valor após envelhecimento, quando não é necessário utilizar os cálculos de
envelhecimento na EN ISO 10456.
O valor da condutibilidade térmica declarada (declarada) para o núcleo, determinado com a orientação correta,
deve ser utilizado na determinação do valor da condutibilidade térmica de cálculo (projeto).
Para os painéis, criados por colagem separada de faces metálicas a um núcleo pré-moldado, que estão
submetidos ao envelhecimento em termos de condutibilidade térmica na ausência das faces metálicas, os
valores declarados 90/90 devem ser determinados utilizando a condutibilidade térmica medida do núcleo pré-
moldado no momento da colagem como valor inicial e adicionando envelhecimento incremental em
conformidade com a EN 13164 para XPS, EN 13165 para PUR e EN 13166 para PF (incrementos de
envelhecimento para os produtos com revestimentos de difusão apertados). Como alternativa deve ser
utilizado o valor 90/90 declarado de envelhecimento citado pelo produtor para o produto do núcleo pré-
moldado.
Para os núcleos PUR auto-adesivos, o valor de condutibilidade térmica de cálculo do núcleo corretamente
envelhecido deve ser deduzido da EN 13165, quer por aplicação do procedimento de envelhecimento
apresentado na secção C.4.2, quer do procedimento de incrementos fixos apresentado na secção C.5.

A.10.2.2 Materiais de faces, de estanquicidade e de fixação


Para materiais que não sejam os do núcleo, para os quais não é dada a condutibilidade térmica de conceção,
devem ser utilizados valores tabelados de acordo com a EN ISO 10456.

A.10.3 Cálculo da transmissão térmica de um painel (U)


Na determinação da transmissão térmica do painel, aplicam-se as seguintes condições:
- os ensaios e cálculos devem ter em conta o efeito térmico dos perfis das faces exterior e interior;
- os cálculos devem ter em conta as junções entre bordos de painéis (A.10.4)
A transmissão térmica (Ud,S) do painel deve ter em conta a geometria do perfil do painel e a influência térmica
da junta longitudinal e deve ser determinada quer por cálculo (Fórmula (A.28)), quer utilizando um programa
de computador de acordo com a EN ISO 10211 (Método dos Elementos Finitos).
U d , S  U n , S  U j (A.28)

onde:
U n,S a transmissão térmica do painel incluindo a geometria do perfil do painel

1
U n,S 
tni d c  e tne
Rsi     Rse
 fi c  fe
e
U j a influência térmica da junta longitudinal
NP
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j
U j 
B
onde:
dc é a espessura nominal do núcleo (ignorando a espessura das faces) (m) e a geometria dos perfis
principais), ver Figura A.18 e Figura A.19
tni é a espessura nominal da face interior (m)
tne é a espessura nominal da face exterior (m)
cé a condutibilidade térmica do núcleo declarada (W/m.K)
fi é a condutibilidade térmica declarada para a face interior (W/m.K)
fe é a condutibilidade térmica declarada para a face exterior (W/m.K)
e é a espessura adicional devida aos perfis principais de ambas as daces (m) (ver Quadros A.2 e A.3)
onde:
∆e = ∆ei + ∆ee

Ψj é a transmissão térmica linear das juntas por metro de comprimento do painel (W/m⋅K) de acordo
com a EN ISO 10211

B é a largura total do painel (m)

Rsi é a resistência da superfície interna (m2K/W)

Rse é a resistência da superfície externa (m2K/W)

índices:
S painel sandwich
d valor de conceção
n valor nominal
j junta
A condutibilidade térmica declarada (c) para o material do núcleo deve ser determinada de acordo com
A.10.2.1.2.
A condutibilidade térmica declarada para os materiais das faces, de estanquicidade e de fixação deve ser
determinada de acordo com A.10.2.2.
A transmissão térmica linear das junções (j) deve ser determinada de acordo com a EN ISO 10211.
A resistência superficial interior (Rsi) e a resistência superficial exterior (Rse) devem ser determinadas de
acordo com a EN ISO 6946.
Para painéis perfilados a espessura adicional devida aos perfis principais (ei,e) deve ser calculada de acordo
com a EN ISO 10211. São dados exemplos nos Quadros A.2 e A.3.
NOTA: Para painéis planos e ligeiramente perfilados (altura do perfil inferior a 10 mm) (ei,e) é igual a zero.
NP
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Quadro A.2 – Exemplos de espessuras adicionais devidas aos perfis principais (ei,e), mm para geometria
trapezoidal

Geometria da folha trapezoidal Cálculo


numérico
h b1 b2 p r Δ ei,e
[mm] [mm] [mm] [mm] [%] [mm]
42 48 25 333 11 1
35 63 31 333 14 2
38 72 23 333 14 2
39 72 23 333 14 2
37 55 20 250 15 2
35 86 40 334 19 2
39 88 39 333 19 2
40 88 40 334 19 2
18 64 36 100 50 4
35 160 114 200 69 15
25 160 116 200 69 12

onde r no Quadro A.2 é definido pela Fórmula (A.29)

0,5   b1  b2 
r (A.29)
p

Quadro A.3 – Exemplos de espessuras adicionais devidas aos perfis principais (∆ei,e), mm para
geometria sinusoidal

Folha de geometria Cálculo


sinusoidal numérico
h [mm] b [mm] Δe [mm]
20 77 6
20 125 7
25 125 8
27 125 9
NP
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Figura A.18 – Definição de símbolos nos Quadros A.2 e A.3

Figure A.19 – Definição da espessura nominal dc

A.10.4 Método simplificado para o cálculo da transmissão térmica de um painel (Ud,S)


Alternativamente a transmissão térmica de um painel Ud,S pode ser calculada com um método simplificado
usando a Fórmula (A.30) negligenciando o efeito das faces perfiladas e utilizando o fator de contribuição de
transmissão térmica linear das juntas (fjoint) obtido do Quadro A.4 para faces em aço de acordo com o tipo
genérico de junta (ver Figura A.20).

1  1,0 
U d ,S   1  f jo int   (A.30)
dc B
Rsi   Rse 
c
NP
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onde:

fjunção fator de contribuição de transmissão térmica linear das juntas calculado para uma distância de junta
de 1,0 m (ver Quadro A.4);

A espessura de conceção dd (ver Quadro A.4), para determinar o efeito da ponte-térmica da junta longitudinal
é dado pela Fórmula (A.31):

d d  t ni  d c  t ne (A.31)

Quadro A.4 – Fator de contribuição na transmissão térmica (fjunção) em faces de aço

fjunção
Tipo II
dd
Tipo I Sem Com Tipo III Tipo IV Tipo V Tipo VI Tipo VII Tipo VIII
[mm] agrafo agrafo
(fjunção,nc) (fjunção,c)
30 - - - - 0,057 - - - 0,061
40 0,160 - - - 0,045 0,144 - 0,098 0,044
60 0,083 0,111 0,818 0,244 0,031 0,072 0,227 0,049 0,030
80 0,052 0,063 1,016 0,105 0,024 0,044 0,094 0,036 0,024
100 0,039 0,047 1,184 0,072 0,021 0,032 0,064 0,029 0,020
120 0,032 0,039 1,325 0,057 0,019 0,026 0,049 - -
160 0,025 0,030 1,555 0,041 0,015 0,019 0,034 - -
200 0,020 0,025 1,733 0,033 0,013 0,015 0,026 - -

NOTA 1: Junções tipo I, II, III, IV, VII, VIII são calculadas com faixas de vedação com λs = 0,05 W/m⋅K, a condutibilidade térmica
de cálculo do selante. Junções tipo V and VI são calculadas sem faixas de vedação.

NOTE 2: Fórmula (A.32) para determinação do fjunção da junta tipo II (ver Quadro A.4):

a  bc b
f joint  f joint, nc  f joint,c c (A.32)
a a
onde:

fjunção,nc é o fator de contribuição da transmissão térmica das juntas sem agrafos

fjunção,c é o fator de contribuição da transmissão térmica das juntas com agrafos

a é a distância dos agrafos (se nenhuma outra informação estiver disponível, a = 2500 mm deve
ser usada)

bc é a largura dos agrafos (se nenhuma outra informação estiver disponível, bc = 120 mm deve
ser usada)
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NOTE 3: É possível fazer interpolação entre a espessura dd no Quadro A.4.

Figura A.20 – Tipos genéricos de juntas longitudinais

A.11 Permeabilidade à água – resistência à chuva tocada pela pressão de ar


pulsado
A.11.1 Princípio
Quando requerido, a resistência de uma montagem de painel sanduíche à chuva tocada pela pressão de ar
pulsado deve ser ensaiada de acordo com a EN 12865.
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A.11.2 Aparelhos e utensílios


A aparelhagem de ensaio deve estar de acordo com a EN 12865.

A.11.3 Especímenes de ensaio


As dimensões do espécimen de ensaio devem ser as especificadas na EN 12865. Tanto as junções horizontais
como as verticais devem ser tidas em conta quando são parte integrante da montagem do painel.

A.11.4 Procedimento
O ensaio deve ser realizado de acordo com a EN 12865 – Procedimento A.

A.11.5 Cálculos e resultados


Devem ser utilizados os seguintes critérios para definir a estanquicidade à água:
- não há penetração de água através da montagem do painel para o interior do edifício, a qual molharia
continuamente ou repetidamente a face interior da montagem ou qualquer outra parte do espécimen
destinada a permanecer seca;
- qualquer penetração de água através do sistema de junções ou fixações é apenas de algumas gotas pequenas
que deverão secar.
Deve ser utilizada uma das seguintes três classes:
- Classe A: Aplicações com chuva forte e vento. A montagem deve ser estanque até 1200 Pa;
- Classe B: Aplicações normais. A montagem deve ser estanque até 600 Pa;
- Classe C: Aplicações com requisitos moderados. A montagem deve ser estanque até 300 Pa.

A.12 Permeabilidade ao ar
A.12.1 Princípio
Quando requerido, a estanquicidade ao ar de uma montagem de painel sanduíche deve ser ensaiada de acordo
com a EN 12114, incluindo os seguintes requisitos adicionais.

A.11.2 Aparelhos e utensílios


A aparelhagem de ensaio deve estar de acordo com a EN 12114.

A.11.3 Especímenes de ensaio


As dimensões do espécimen de ensaio devem ser tão grandes quanto necessário para serem representativas da
utilização prevista. A montagem não deve ser inferior a 1200 mm  2400 mm.
As junções dos módulos da montagem de ensaio devem ser representativas, isto é, terem o mesmo
comprimento por m2 que na utilização final. Tanto as junções horizontais como as verticais devem ser tidas em
conta quando são parte integrante da montagem do painel.

A.12.4 Procedimento
O ensaio deve ser realizado de acordo com a EN 12114.
NP
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A.12.5 Cálculos e resultados


A permeabilidade ao ar (perdas de ar) deve ser determinada de acordo com a EN 12114.
A permeabilidade ao ar deve começar com uma diferença de pressão pmax de pelo menos 200Pa entre o
interior e o exterior da montagem de ensaio.
Os valores n e C devem ser declarados com base nos resultados dos ensaios (de acordo com a EN 12114,
.
app. B, Fórmula (B.8). A perda de ar V pode ser calculada usando C = exp(α) and V = C⋅Δpn (EN 12114, app.
B, Fórmula (B.1).

A.13 Isolamento aos sons aéreos


A.13.1 Princípio
Quando requerido, o isolamento aos sons aéreos de uma montagem de painel sanduíche deve ser ensaiada de
acordo com a EN ISO 10140 incluindo os seguintes requisitos adicionais.

A.13.2 Aparelhos e utensílios


A aparelhagem de ensaio deve estar de acordo com a EN ISO 10140.

A.13.3 Especímenes de ensaio


A montagem dos especímenes na abertura de ensaio deve estar em conformidade com a montagem normal
num edifício com as mesmas ligações e vedantes entre os elementos.
O espécimen deve ser montado de acordo com a EN ISO 140-3, secção 5.2.1, Divisória.

A.13.4 Procedimento
O índice de atenuação acústica R em cada banda de um terço de oitava indo de 100 Hz a 3150 Hz deve ser
determinado utilizando o método descrito na EN ISO 10140.

A.13.5 Cálculos e resultados


O valor único seguinte deve ser declarado de acordo com a EN ISO 717-1: Rw(C;Ctr).

A.14 Absorção acústica


A.14.1 Princípio
Quando requerido, a absorção acústica deve ser determinada de acordo com a EN ISO 354.

A.14.2 Aparelhos e utensílios


A aparelhagem de ensaio deve estar de acordo com a EN ISO 354.

A.14.3 Especímenes de ensaio


A montagem dos especímenes de ensaio deve estar em conformidade com a montagem normal num edifício
com as mesmas ligações e vedantes entre os elementos. O espécimen deve ser colocado diretamente contra
uma das superfícies interiores (parede, teto ou pavimento) da câmara de acordo com a EN ISO 354:2003,
Anexo B Tipo A. Um quadro refletor deve ser instalado em volta do espécimen de ensaio.
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A.14.4 Procedimento
O ensaio deve ser realizado de acordo com a EN ISO 354.

A.14.5 Cálculos e resultados


O resultado deve ser declarado como um coeficiente com um número simples (w) em conformidade com a
EN ISO 11654.

A.15 Capacidade de reação de um apoio na extremidade de um painel


A.15.1 Princípio
Quando requerido para fins de conceção e como uma alternativa ao cálculo de acordo com a secção E.4.3.2, a
capacidade de reação na extremidade de um painel onde a face de contacto é plana ou ligeiramente perfilada
deve ser determinada por meio de ensaios realizados sobre a largura total dos painéis, de acordo com a secção
A.15.5.
NOTA: Este ensaio também poderá ser utilizado para determinar um valor experimental do fator de 'k', a fim de melhorar o cálculo
da capacidade de reação a um apoio interno.

A.15.2 Aparelhos e utensílios


A aparelhagem de ensaio deve estar de acordo com a indicada na Figura A.21.
O apoio situado do lado direito deve ser uma placa de aço de 10 mm de espessura firmemente mantida com
uma inclinação de 1:20. A extremidade direita do especimen deve ser alinhada verticalmente com a
extremidade direita do apoio, ou seja, não deve haver saliência. A largura do apoio Ls deve ser a largura
mínima utilizada na prática ou, doutro modo, devem ser realizados ensaios para cada largura de apoio utilizada
na prática. As dimensões L1, L2 e L3 devem ser escolhidas de forma que ocorra a rutura do espécimen por
compressão ao nível do apoio do lado direito ou, se o modo de rutura é de corte entre a placa de carga (F) e a
placa de apoio (FR1), a capacidade de reação deve ser considerada como sendo a força de reação do apoio no
instante da rutura por corte. L1 deve ser > 1,5 e.

Legenda:
w deflexão à compressão
Ls largura do apoio
e altura entre os centros de gravidade das faces
Figura A.21 – Montagem de ensaio para a determinação da resistência de reação no apoio de extremidade
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A.15.3 Especímenes de ensaio


A amostragem e condicionamento dos especímenes de ensaio devem estar em conformidade com as secções
6.2.2 e 6.2.3.
O ensaio deve ser realizado em especímenes de comprimento L, em que o comprimento é o especificado na
secção A.15.2. São realizados três ensaios por cada largura de apoio.
Se uma série de ensaios se destina a cobrir uma gama de profundidades do núcleo, é suficiente ensaiar uma
profundidade do núcleo em cada extremidade da gama e uma perto do meio e a utilizar interpolação e / ou
extrapolação. Valores característicos da resistência de reação no apoio FR1 devem então ser calculados
tratando os resultados do ensaio como uma família de acordo com 6.4.

A.15.4 Procedimento
A velocidade de carga deve ser tal que a relação w/e aumente de 1 % a 3 % por minuto. Deve ser realizado um
mínimo de três ensaios por cada largura de suporte. A resistência à compressão fCc do material do núcleo do
espécimen de ensaio deve ser determinada de acordo com a secção A.2.
O valor de ensaio da capacidade de reação, FR1, deve ser quer medido com uma célula de carga quer calculado
pela Fórmula (A.33):
L2
FR1  Fu (A.33)
L1  L2
onde Fu é a carga máxima medida no ensaio ou a carga correspondente a uma deflexão de compressão de
w = 0,1 e (em que e é a profundidade entre os centros de gravidade das faces) se esta deflexão é atingida na
parte ascendente da curva carga-deflexão e é inferior à carga máxima (ver Figura A.22).

Legenda:
F reação no apoio
Flin carga no final da parte linear da curva
w compressão
Figura A.22 – Definição da carga de rutura a partir da curva carga-deflexão por um ensaio de reação de apoio
de extremidade

A.15.5 Cálculos e resultados


Os resultados dos ensaios devem ser corrigidos multiplicando-os pela relação fCc/fC.
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O valor característico corrigido de FR1 deve ser o valor a utilizar no cálculo (ver secção E.4.3).
Quando requerido para uso na secção E.4.3, o parâmetro de distribuição k poderá ser determinado usando a
Fórmula (A.34).
2  FR1  f c B Ls 
k 
fc B e (A.34)

onde:
B é a largura do painel
Ls é a largura do apoio
e é a distância entre os centros de gravidade das faces
fc é a resistência à compressão média
fCc é o valor declarado da resistência à compressão do núcleo após os ensaios de tipo inicial

Sempre que os valores de FR1 em três ou mais profundidades do núcleo forem tratados como uma família, os
valores correspondentes de fc devem ser tratada de uma forma semelhante.

A.16 Registo e interpretação de resultados dos ensaios


A.16.1 Ensaios ETI
Para cada série de ensaios ETI devem ser preparados documentos formais apresentando todos os dados
relevantes de forma que as séries de ensaios possam ser reproduzidas com exatidão. Em particular,
adicionalmente aos resultados dos ensaios, os especímenes devem ser descritos de forma completa e exata em
termos de dimensões e propriedades dos materiais. Quaisquer observações feitas durante os ensaios devem ser
também registadas.
Em todos os relatórios de ensaio ETI deve ser registada a seguinte informação:
a) data e hora da produção;
b) método de produção e orientação do painel durante a manufatura (por exemplo, qual a face que estava
virada para cima, qual era o bordo de ataque durante a aplicação de espuma em contínuo);
c) data dos ensaios;
d) condições durante os ensaios (temperatura e humidade);
e) método de carga e detalhes de instrumentação;
f) condições de apoio (número e comprimento dos vãos, largura e detalhes dos apoios, número e detalhes de
ligações à estrutura de suporte, etc.);
g) orientação do painel durante os ensaios;
h) tipo e propriedades do material das faces (espessura, tensão de fluência, geometria, etc.);
i) tipo e propriedades do material do núcleo (massa volúmica aparente, resistência, módulos, etc.);
j) tipo e detalhes do adesivo;
k) medições feitas durante os ensaios (carga, leituras de deflexões, temperatura, etc.);
l) modo de rutura.
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A análise dos resultados de um ensaio deve ser baseada nas dimensões medidas e propriedades dos materiais
dos especímenes de ensaio, em vez dos valores nominais assumidos na conceção.

A.16.2 Ensaios CPF


Deve ser registada a seguinte informação em todos os relatórios de ensaios CPF:
a) data de produção;
b) método de produção e orientação do painel durante a produção;
c) data dos ensaios;
d) orientação do painel durante os ensaios;
e) tipo e propriedades do material das faces (espessura, tensão de fluência, geometria, etc.);
f) tipo e propriedades do material do núcleo (massa volúmica aparente, resistência, módulos, etc.)
g) tipo e detalhes do adesivo;
h) medições feitas durante os ensaios (carga, leituras de deflexões, temperatura, etc.);
i) modo de rutura.
A análise dos resultados de um ensaio deve ser baseada nas dimensões medidas e propriedades dos materiais
dos especímenes de ensaio, em vez dos valores nominais assumidos na conceção.

A.16.3 Determinação de valores característicos a partir dos ensaios


Os valores característicos das propriedades relevantes, para cada um dos procedimentos de ensaio que resulte
em parâmetros de cálculo quantificados, devem ser determinados de acordo com o procedimento seguinte.
Este tratamento estatístico deve ser utilizado a menos que uma norma horizontal apresente especificação em
contrário.
Para cada população “x“ de resultados de ensaios, o valor médio e o valor do percentil 5 % devem ser
determinados assumindo um limite de confiança de 75 % de acordo com a ISO 12491.
O valor do percentil 5 % deve ser utilizado como o valor característico Rk e determinado de acordo com a
Fórmula (A.35):
( y  k y )
Rk = x p  e (A.35)

onde:
xp é o valor do percentil 5 % da população x
y = Ln(x)
y é o valor médio de y (A.36)

k é o fator de percentil dado no Quadro A.5


y é o desvio-padrão de y (A.37)
_
1 n
y  Ln ( xi )
n i 1
(A.36)
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1 n _
y  
n  1 i 1
( Ln ( x i )  y )2 (A.37)

Quadro A.5 – Fator de percentil k assumindo um nível de confiança de 75 %


Número de
especímenes 3 4 5 6 7 8 9 10 15 20 30 60 100
(n)
kσ 3,15 2,68 2,46 2,34 2,25 2,19 2,14 2,10 1,99 1,93 1,87 1,80 1,76

A.16.4 Interpolação e extrapolação dos resultados dos ensaios


No caso de painéis do mesmo tipo o requisito mínimo é que a maior e a menor espessura devem ser ensaiadas
em conjunto com um painel do meio da gama. Se apenas três espessuras são ensaiadas, os valores para
produtos de espessura intermédia e de maior espessura até 20 %, mas não mais do que 30 mm, poderão ser
interpolados ou extrapolados linearmente.
No entanto, recomenda-se que a interpolação e a extrapolação devem ser realizadas tratando os resultados
como uma família de acordo com 6.4. Se mais do que três espessuras forem ensaiadas, os mesmos limites de
extrapolação aplicam-se mas interpolação e extrapolação devem ser levadas a cabo tratando os resultados
como uma família.
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Anexo B
(normativo)

Método de ensaios de durabilidade para painéis sanduíche

B.1 Princípio
A influência do envelhecimento nos painéis sanduíche ou nos seus materiais constituintes é ensaiada pela
medição das modificações na resistência à tração através da profundidade do painel. A durabilidade é definida
pela modificação na resistência à tração de um espécimen de ensaio que é submetido a ciclos de ensaios
climáticos designados por DUR1 e DUR2. O ciclo DUR1 é definido na secção B.2 e o ciclo DUR2 na secção
B.3.

B.2 Ensaio DUR1


B.2.1 Princípio
O efeito do envelhecimento (durabilidade) deve ser medido determinando a modificação da resistência à
tração de acordo com a EN 1607, o que é realizado em amostras de painéis que tenham sido submetidos a um
ciclo de ensaio de durabilidade DUR1.
O ensaio deve ser utilizado em tipos de painéis para os quais o efeito da temperatura é conhecido como sendo
a principal causa de envelhecimento (ver secção 5.2.3.1, Quadro 2).
O ensaio deve ser realizado a um dos três níveis de temperatura (T) que refletem as temperaturas máximas que
poderão ser alcançadas na utilização final, de acordo com a cor da face exposta:
- temperatura de ensaio de 90 ºC para cores escuras;
- temperatura de ensaio de 75 ºC para cores claras;
- temperatura de ensaio de 65 ºC para cores muito claras.
A definição de refletividade para estas três gamas de cores está listada na nota da secção E.3.3.

B.2.2 Aparelhos e utensílios


1) Equipamento de ensaio para o ensaio de durabilidade de acordo com DUR1 compreendendo uma câmara
de ensaio com temperatura constante de (T  2) ºC (ver secção B.2.1) e condições de secura (humidade
relativa não superior a 15 %).
2) Equipamento de ensaio da resistência à tração de acordo com a EN 1607.

B.2.3 Especímenes de ensaio

B.2.3.1 Dimensões dos especímenes


A espessura dos especímenes deve ser a espessura total do produto incluindo, quando aplicável, qualquer perfil
irregular.
Os especímenes de 100 mm × 100 mm devem ser cortados da área central de painéis sanduíche e distantes do
bordo de 250 mm. As amostras devem ser tomadas quatro semanas após a produção mas imediatamente antes
do envelhecimento artificial. Todos os especímenes para o programa de ensaios devem ser cortados do mesmo
painel de acordo com a secção A.1.3.
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B.2.3.2 Número de especímenes de ensaio


Devem ser utilizados seis especímenes de ensaio para a determinação da resistência inicial à tração (ensaio
inicial) e um mínimo de cinco especímenes devem ser utilizados para cada fase seguinte da sequência de
ensaios.
Especímenes DUR1: Conjunto 1 (conjunto inicial) + dois conjuntos de cinco especímenes.
NOTA: Quando existe uma larga dispersão dos resultados da resistência à tração no ensaio inicial, poderá ser necessário ensaiar
mais cinco especímenes.

Se os painéis são produzidos em mais do que uma espessura, os ensaios devem ser realizados com amostras de
painéis da espessura máxima e da espessura mínima. O resultado mais desfavorável deve ser aplicado aos
painéis de todas as espessuras intermédias.

B2.3.3 Preparação dos especímenes


Antes do início dos ensaios, os especímenes devem ser armazenados pelo menos por 24 h em condições
normais do laboratório.

B.2.4 Procedimento

B.2.4.1 Generalidades
As dimensões de todos os especímenes devem ser medidas antes e depois dos ensaios e devem estar de acordo
com a EN 12085.
A resistência do produto à tração deve ser determinada de acordo com a secção A.1 utilizando o conjunto
inicial de especímenes de ensaio (ver secção B.2.4.2). O valor da resistência obtido deve ser designado fCt0 e
deve ser determinado como a resistência média dos especímenes ensaiados.
Após os ensaios, os especímenes devem ser visualmente inspecionados, dando especial atenção ao tipo de
rutura (rutura coesiva do núcleo, rutura na aderência do material de qualquer superfície aglutinada, zona
proporcional da rutura adesiva, etc.). A descrição dos resultados destas observações deve ser incluída no
relatório de ensaio.
Se as faces metálicas de qualquer dos especímenes sofreu corrosão ao longo do seu bordo durante a exposição
e se a corrosão se propagou mais de 10 mm dentro da junta entre a folha superficial e o núcleo sobre um
comprimento de bordo maior que 50 % do perímetro do espécimen, este deve ser rejeitado e os seus resultados
não devem ser incluídos no cálculo dos resultados dos ensaios. No relatório de ensaio deve ser incluída uma
nota relatando esta rejeição.
A estatística da resistência à tração deve referir os valores médios.

B.2.4.2 Ensaio de temperatura DUR1


O ensaio deve ser realizado a um nível de temperatura selecionado, T = 90 ºC, 75 ºC, ou 65 ºC, tal como
definido na secção B.2.1.
O programa de ensaio deve ser como se segue:
Conjunto 1 (conjunto inicial): Condicionamento durante 1 dia em condições normais de laboratório seguido do
ensaio de tração;
Conjunto 2: Condicionamento durante 42 dias a T ºC seguido do ensaio de tração;
Conjunto 3: Condicionamento durante 84 dias a T ºC seguido do ensaio de tração;

Onde:
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T é a temperatura de ensaio selecionada.

B.2.4.3 Ensaio de resistência mecânica


Os ensaios de resistência à tração devem ser realizados em condições normais de laboratório. A resistência à
tração deve ser determinada com ambas as faces metálicas intactas.

B.2.5 Resultados dos ensaios e critérios de aceitação – DUR1


Se os painéis são produzidos com mais do que uma espessura, os ensaios devem ser realizados com amostras
de painéis de espessuras máxima e mínima. O resultado mais desfavorável deve ser aplicado aos painéis com
espessuras intermédias.
Os critérios de durabilidade devem ser satisfeitos contanto que sejam preenchidas as seguintes condições:
- fCt42 ou fCt84, contando o valor mais baixo, não deve ser inferior a 50 % do valor da resistência à tração
inicial fCt0;
- o valor médio da resistência à tração fC42 ou fCt84, contando o valor mais baixo, das amostras com T ºC
não deve ser inferior a 0,02 MPa;
- a variação de espessura nas três direções das secções a T ºC no procedimento de ensaio DUR1 para
todas as amostras ensaiadas não deve ser maior que 5 %, na área mais afetada.
O relatório de ensaio deve estabelecer a temperatura à qual o espécimen passou com sucesso no ensaio DUR1.
A limitação de cor e a gama de refletividade devem ser declaradas de acordo com os seguintes critérios de
aceitação:
- Aceitação na durabilidade: adequado para todas as cores (ensaio com T = 90 ºC);
- Aceitação na durabilidade: adequado para cores claras e muito claras. Refletividade de 40-90. (ensaio
com T = 75 ºC);
- Aceitação na durabilidade: adequado apenas para cores muito claras. Refletividade de 75-90. (ensaio
com T = 65 ºC);

B.3 Ensaio DUR2


B.3.1 Princípio
O ensaio deve ser utilizado com tipos de painéis em que o efeito da humidade é conhecido como sendo a causa
principal de envelhecimento (ver secção 5.2.3.1, Quadro 2).
Quando se avalia o efeito no material do núcleo o efeito de envelhecimento (durabilidade) deve ser medido
pela determinação da variação de resistência à tração de acordo com A.1, realizada em amostras de painéis que
tenham sido submetidas ao ensaio do ciclo DUR2.
NOTA 1: O ensaio DUR 2 abrange ambos, o ensaio do material do núcleo tal qual, a camada de aderência e o revestimento da face
traseira.
NOTA 2: Para materiais de núcleo ensaiados de acordo com ambos DUR 1 e 2 DUR (ver 5.2.3.1, Quadro 3) o ensaio DUR 2 é
utilizado para verificar o risco de corrosão do revestimento da face de trás.

B.3.2 Aparelhos e utensílios

B.3.2.1 Equipamento para o ensaio de humidade


O ensaio de humidade deve ser realizado utilizando a câmara de ensaio DUR2.
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B.3.2.1.1 Câmara de ensaio DUR2


O equipamento para o ensaio de humidade de acordo com DUR2 inclui uma câmara a condições constantes:
temperatura do ar de (65  3) ºC e humidade do ar saturado (app. humidade relativa de 100 %) são obtidas por
aquecimento de água no fundo da câmara.
A câmara de ensaio deve consistir numa caixa na qual é aquecida a água até cerca de +70 ºC, (ver Figura B.1).
Deve ser atingida a temperatura uniforme do ar antes de dar início ao ensaio.
NOTA: Normalmente não é necessário disponibilizar qualquer permuta térmica por meio de ventiladores na câmara de ensaio.
Colocando o elemento de aquecimento de um lado, é garantida a circulação da água.

Legenda:
a cobertura estanque – isolada
b termómetros de temperatura do ar – (25  10) mm acima do nível da água
c especímenes
d caixa isolada (0,9 < R < 1,1, onde R é a resistência térmica da caixa)
e grelha para os especímenes – acima do nível da água
f elemento de aquecimento
Figura B.1 – Câmara de ensaio para o ensaio de durabilidade DUR2

B.3.2.2 Equipamento de ensaio para o ensaio de resistência à tração


O equipamento de ensaio para o ensaio de resistência à tração deve estar de acordo com a EN 1607.

B.3.3 Especímenes de ensaio

B.3.3.1 Dimensões dos especímenes


Todos os especímenes de ensaio devem ser cortados do mesmo painel e devem estar de acordo com A.1.3.
A espessura dos especímenes deve ser a espessura total do produto incluindo, quando aplicável, qualquer perfil
irregular.
Os especímenes retirados de painéis com outros materiais de núcleo que não lã mineral, devem ter uma forma
plana quadrada com os bordos cortados perpendicularmente de acordo com a EN 12085 tendo lados de
100 mm e uma exatidão de 0,5 %.

B.3.3.2 Número de especímenes


Para a determinação de resistência à tração em cada série deve ser utilizado um mínimo de cinco especímenes:
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Especímenes DUR2: Conjunto 1 (conjunto inicial) + três conjuntos de cinco especímenes.


Se os painéis são produzidos com mais do que uma espessura, os ensaios devem ser realizados com amostras
de painéis com as espessuras máxima e mínima. O resultado mais desfavorável deve ser aplicado aos painéis
de todas as espessuras intermédias.

B.3.3.3 Preparação dos especímenes de ensaio


Os bordos cortados nas folhas das faces metálicas nas amostras devem ser protegidos dos efeitos da corrosão
por aplicação de uma camada de silicone neutro resistente à água.
Antes de iniciados os ensaios, os especímenes devem ser armazenados pelo menos durante 24 h em condições
normais de laboratório.

B.3.4 Procedimento

B.3.4.1 Generalidades
As dimensões exatas de todos os especímenes de ensaio devem ser medidas antes e depois dos ensaios e as
alterações dimensionais para todas as três direções devem estar de acordo com a EN 12085.
A resistência à tração do produto deve ser determinada de acordo com A.1 utilizando o conjunto inicial dos
especímenes de ensaio (ver secção B.3.4.2). O valor da resistência média obtido deve ser designado por fCt0 e
deve ser determinado como sendo a resistência média dos especímenes ensaiados.
Após os ensaios, os especímenes devem ser inspecionados visualmente, dando especial atenção ao tipo de
rutura (rutura coesiva do núcleo, rutura na aderência do material de qualquer superfície aglutinada, zona
proporcional da rutura adesiva, etc.). A descrição dos resultados destas observações deve ser incluída no
relatório de ensaio.
Se as faces metálicas de qualquer dos especímenes sofreu corrosão ao longo do seu bordo durante a exposição
e se a corrosão se propagou mais de 10 mm dentro da junta entre a folha superficial e o núcleo sobre um
comprimento de bordo maior que 50 % do perímetro do espécimen, este deve ser rejeitado e os seus resultados
não devem ser incluídos no cálculo dos resultados dos ensaios. No relatório de ensaio deve ser incluída uma
nota relatando esta rejeição.
A estatística da resistência à tração deve referir os valores médios.

B.3.4.2 Ensaio de humidade DUR2


Conjunto 1 (conjunto inicial): Condicionamento durante 1 semana em condições normais de laboratório
seguido do ensaio de tração;
Conjunto 2: Manutenção em condições constantes durante 7 d a (65  3) ºC e 100 % HR (B.3.2.1) seguido do
ensaio de tração;
Conjunto 3: Manutenção em condições constantes durante 28 d a (65  3) ºC e 100 % HR (B.3.2.1) seguido do
ensaio de tração;
Quando requerido (ver B.3.4.3):
Conjunto 4: Manutenção em condições constantes durante 56 d a (65  3) ºC e 100 % HR (B.3.2.1) seguido do
ensaio de tração.
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B.3.4.3 Ensaio de resistência mecânica (fCt) – DUR2


Os ensaios de resistência à tração devem ser realizados em condições normais de laboratório. A resistência à
tração deve ser determinada com ambas as faces metálicas intactas.
O ensaio de resistência à tração após os ciclos de 7 d, 28d, 56 d deve ser realizado com amostras estabilizadas.
Depois do ensaio de envelhecimento, as amostras devem ser armazenadas até que a massa tenha estabilizado
nas condições ambientais do laboratório. A massa constante deve ser atingida quando a variação em massa
entre duas pesagens subsequentes com um intervalo de 24 h é inferior a 1 % da massa total. As condições
ambientais do laboratório devem ser incluídas no relatório de ensaio.
Os valores médios da resistência à tração obtidos com as amostras iniciais devem ser designados por fCt0; após
sete dias de condicionamento, por fCt7; e após 28 d, por fCt28.
Se os resultados dos ensaios evidenciam um declínio contínuo com o tempo da resistência à tração, deve ser
ensaiado mais um conjunto de especímenes que tenham sido expostos ao ciclo do ensaio DUR2 durante 56
dias. O valor da resistência obtido deve ser designado por fCt56.

B.3.5 Resultados dos ensaios e critérios de aceitação – DUR2


Os critérios de durabilidade devem ser satisfeitos contanto que as seguintes condições sejam cumpridas:
- fCt7-fCt28 deve ser igual ou inferior a 3 (fCt0-fCt7);
- fCt28 não deve ser inferior a 40 % de fCt0.
- a alteração dimensional da amostra para todas as três direções após exposição a cada condição no
procedimento de ensaio DUR2 para todas as amostras ensaiadas não deve ser superior a 5 %, na área
mais afetada.
Se estas condições não forem cumpridas, os especímenes devem ser expostos ao ensaio DUR2 durante 56 dias.
Os critérios de aceitação devem ser os seguintes:
fCt28-fCt56 deve ser inferior a fCt7-fCt28
e
fCt56 não deve ser inferior a 40 % de fCt0.

B.4 Relatório de ensaio dos ensaios de durabilidade


O relatório de ensaio deve incluir a seguinte informação:
a) referência a esta Norma , isto é, EN 14509;
b) identificação do produto:
1) nome do produto, fábrica, produtor e fornecedor;
2) tipo do produto;
3) embalagem;
4) forma na qual o produto chegou ao laboratório;
5) presença de faces ou revestimentos;
6) tipo de adesivo;
7) tipo de material do núcleo;
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8) outra informação conforme apropriado, por exemplo, espessura nominal, massa volúmica
aparente nominal, condições em que o produto foi armazenado e transportado antes da chegada ao
laboratório;
c) procedimento de ensaio:
1) condicionamento;
2) quaisquer desvios da presente Norma (B.2 e B.3);
3) data do ensaio;
4) informação geral relativa aos ensaios:
i. o ciclo de ensaio básico utilizado;
ii. utilização, quando aplicável, dos 56 dias adicionais de exposição;
5) fatores que poderão ter afetado os resultados:
i. corrosão das amostras expostas;
ii. interrupções no programa de ciclos de ensaio e o tratamento dos especímenes durante os mesmos;
iii. rejeição dos especímenes individuais devido a falha da proteção anti-corrosão do bordo.
A informação sobre os equipamentos e identidade do técnico deve estar disponível no laboratório, mas não
necessita de ser registada no relatório de ensaio,
d) resultados:
1) todos os valores individuais e médios;
2) quaisquer observações visuais dos especímenes após os ensaios:
i. tipo de rutura dos especímenes nos ensaios à tração (falha coesiva do núcleo, falha adesiva entre a
superfície da face e o núcleo, falha entre a superfície da face e o seu revestimento, etc.);
ii. qualquer corrosão dos especímenes de ensaio;
3) uma declaração relativa ao cumprimento ou não dos critérios de aceitação pelo produto.

B.5 Ligação adesiva entre as faces e o material do núcleo pré-fabricado (ensaio de


cunha)
B.5.1 Princípio
O ensaio de cunha deve ser utilizado para controlo da aderência entre os adesivos e a normal superfície interior
revestida das faces.

B.5.2 Aparelhos e utensílios


O equipamento para o ensaio de cunha compreende uma pequena cunha de alumínio ou aço inoxidável tal
como indicado na Figura B.2.

Dimensões em milímetro
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Figura B.2 – Ensaio de cunha – cunha de alumínio ou de aço inoxidável

B.5.3 Especímenes de ensaio


Devem ser utilizados cinco especímenes para o ensaio de cunha. Os especímenes devem ser fabricados a partir
de duas bandas do material das faces com uma largura de 20 mm e um comprimento de 100 mm. A face
ensaiada deve estar entre 0,5 mm e 0,6 mm. Se o produtor está a utilizar apenas faces mais espessas, deve ser
utilizada a mais fina face disponível.
Estas bandas devem ser ou cortadas da bobina de material a ser utilizado no processo produtivo ou, no caso de
painéis produzidos por ligação auto-adesiva, devem ser cortadas dos painéis produzidos. Quando cortadas de
painéis acabados, o material do núcleo deve ser removido cuidadosamente sem danificar a camada de ligação
com a superfície da face metálica.
As bandas do material das faces devem então ser ligadas entre si.
As amostras para o ensaio de cunha poderão ser produzidas das seguintes maneiras:
Um pedaço de material da face poderá ser ligado ao material do núcleo, durante a produção normal dos
painéis. Após a produção esta área poderá ser removida e os especímenes de ensaio cortados. Antes de aplicar
a cunha, uma parte da cola deve ser removida para facilitar a penetração.
Em alternativa, as tiras necessárias de material poderão ser cortadas diretamente da bobina. A cola deverá
então ser aplicada diretamente sobre as tiras que poderão então ser montadas com a ajuda de um espaçador
adicional. A cola deverá ser semelhante à que é utilizada na produção, mas sem quaisquer propriedades
expansivas. A quantidade de cola utilizada não é crítica para o ensaio.

B.5.4 Procedimento
A cunha deve ser pressionada entre as duas faces, provocando uma fenda inicial cujo comprimento deve ser
medido (Figura B.3). A cunha deve ser carregada com uma força de 3 N. O espécimen deve então ser
mergulhado durante 24 h em água aquecida a 70 ºC.
NOTA: A carga de 3 N pode ser aplicada por meio de uma faixa de borracha simples, de tamanho apropriado ou mantendo os
especímenes de ensaio verticalmente usando pequenos pesos.
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Legenda:

a fenda inicial na camada da cola


b zona livre de cola
c zona colada
l comprimento inicial da fenda (mm)
2 crescimento da fenda após exposição (mm)

Figura B.3 – Ensaio de cunha utilizando uma cunha de alumínio ou de aço inoxidável

B.5.5 Resultados dos ensaios e critérios de aceitação


A fenda inicial não deve exceder 30 mm e não deve crescer mais do que 20 mm a 25 mm adicionais após
imersão durante 24 h em água aquecida, a fim de assegurar um nível de tensão razoável na camada de cola. Os
resultados do ensaio são apenas válidos se estes critérios forem seguidos.
O ensaio é aceite, quando a fenda apenas se estende dentro da camada adesiva. O ensaio não é aceite se a
fenda atinge a face de trás do revestimento.
NOTA: É aceitável para um ensaio aceite que quatro dos cinco especímenes cumpram os critérios de aceitação.
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B.6 Ensaio de carga repetida


B.6.1 Princípio
O ensaio de carga repetida é parte da avaliação da durabilidade para painéis sanduíche identificada na secção
5.2.3.1 (Quadro 3). O requisito é o de que a tensão de enrugamento não deve diminuir mais do que o limite
admissível indicado em B.6.5.

B.6.2 Aparelhos e utensílios


As disposições de carregamento e condições de suporte para sujeição de um painel simplesmente apoiado a
quatro cargas lineares devem estar de acordo com A.5.2.

B.6.3 Especímenes de ensaio


Deve ser realizado um só ensaio por cada família de produto.
A amostragem e o condicionamento dos especímenes de ensaio devem estar de acordo com as secções 6.2.2 e
6.2.3.
Os especímenes devem estar de acordo com A.5.3. O ensaio deve ser realizado no painel de maior espessura
na família de produto.

B.6.4 Procedimento
A carga aplicada deve ser aplicada ciclicamente entre os limites superior e inferior. O limite inferior não deve
ser maior que o peso do painel + 0,5 kN. O limite superior deve ser a carga determinada de acordo com A.5
(valor do percentil 5 %) para atingir a tensão de enrugamento no estado limite de serviço, isto é, o valor
característico dividido por FM, onde F é o fator de carga para ações varáveis e M é o fator de segurança do
material para a rutura por enrugamento. Este limite superior deve ser aplicado com uma tolerância de  5 %.
A carga deve ser aplicada em 5000 ciclos com uma frequência de carga não inferior a (1  0,25) Hz.
Se a frequência coincide com a frequência natural do espécimen, a frequência de carga deve ser reduzida até
que este efeito não ocorra.
Depois do carregamento cíclico, a carga deve ser incrementada estaticamente até que ocorra a rutura.
A deflexão no centro do espécimen deve ser medida em contínuo por meio de um transdutor adequado tanto
durante o carregamento cíclico como durante o carregamento estático até à rutura.
Os ensaios devem ser realizados em condições normais do laboratório de temperatura e de humidade.

B.6.5 Cálculos e resultados


Os painéis devem passar o ensaio com sucesso desde que a redução da resistência ao enrugamento
característica do painel após carregamento repetido seja menor que o valor característico inicial dividido por
M.
O aumento da deflexão máxima em resultado do carregamento cíclico deve ser inferior a 5 % da deflexão
máxima observada durante o primeiro ciclo.
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B.7 Ensaio de choque térmico


B.7.1 Princípio
O ensaio de choque térmico faz parte do procedimento de avaliação da durabilidade para painéis sanduíche
identificado na secção 5.2.3.1 (Quadro 3). O requisito é de que não ocorra rutura ao corte, empolamentos ou
descolamentos.

B.7.2 Aparelhos e utensílios


Um quadro concebido para suportar uma montagem de dois painéis de largura total com painéis de meia
largura no topo e no fundo para completar a montagem está indicado na Figura B.4.
Alternativamente, um conjunto de 3 painéis com a largura total pode ser utilizado, dependendo da maneira
como os painéis são normalmente fixados.
O quadro deve ter uma viga de suporte central e duas vigas de apoio localizadas na extremidade do vão
(Figura B.4) para suportar os painéis. As vigas de apoio devem ser rígidas e totalmente imóveis.
O quadro deve ser vertical ou quase horizontal com uma inclinação 0: -10° para facilitar o funcionamento fora
da água de refrigeração.

Legenda:
◘ Sensores de temperatura no lado exposto e no lado não exposto

Figura B.4 Montagem de ensaio com sensores de temperatura

B.7.3 Especímenes de ensaio


A amostragem e o condicionamento dos especímenes de ensaio deve estar em conformidade com as secções
6.2.2 e 6.2.3.
O ensaio deve ser realizado com o painel de maior espessura da família de produto com as faces mais finas.
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Os especímenes de ensaio devem ter um comprimento compreendido entre 4 m e 7 m estendendo-se


igualmente de ambos os lados do suporte central (Figura B.4). As fixações devem ser as utilizadas na prática.
Sempre que o conjunto compreende dois painéis de largura total e dois painéis de meia largura apenas os
painéis de largura total devem ser considerados como a zona de ensaio.

B.7.4 Procedimento
A montagem dos painéis deve ser submetida a quatro ciclos de carga térmica que devem ser aplicados em
sequência, após o que os painéis devem ser submetidos ao choque térmico.
Ciclos 1, 2 e 3: os painéis devem ser aquecidos em cinco etapas de tal forma que a diferença de temperaturas
média entre as duas faces é 10 ºC ± 2ºC, 20 ºC ± 2ºC, 30 ºC ± 2ºC, 40 ºC ± 2ºC e 50 ºC ± 2ºC respetivamente.
A cada etapa, a temperatura deve ser mantida constante durante uma hora e os deslocamentos medidos.
No quarto ciclo deve haver uma sexta etapa com uma diferença de temperatura de 60 ºC ± 2ºC. A temperatura
final deve então ser mantida por mais duas horas, após o que os painéis devem ser submetidos ao choque
térmico por aspersão de água até que a diferença de temperatura entre as faces tenha diminuído para menos de
5 ºC em menos de 10 min.
Os painéis devem ser cuidadosamente inspecionados durante cada ciclo e deve ser registada a localização e
tamanho de qualquer rutura ao corte, de empolamentos, ondas na face que perturba o aspecto estético do painel
ou descolamentos.
NOTA 1: Os empolamentos em bolhas são muito mais facilmente observados quando o painel está quente. Os descolamentos podem
muitas vezes ser detetados batendo no painel com um objeto duro.
NOTA 2: Medições opcionais.

1. A força exercida sobre o suporte interno devida a um gradiente de temperatura no painel deve ser medida.
Com este objetivo, o dispositivo de ensaio deve incorporar uma célula de carga em cada extremidade do
suporte. Os resultados da medição no final de cada ciclo podem ser tabelados. Esta informação pode ser útil ao
produtor para efeitos de comparação com os dados calculados.
2. Os deslocamentos médios no meio de cada vão também podem ser medidos. Com este objetivo, os
deslocamentos são medidos no fim de cada ciclo, quer no meio do vão quer no meio da largura dos 2 painéis
do meio, ou no caso de 3 painéis completos, no meio do vão e no meio de cada largura do painel. Todos os
dados podem ser tabelados em conjunto com um cálculo da deformação média do painel em cada vão. Se o
enrugamento ocorre durante o ensaio, o momento de enrugamento poderá ser registado nesta tabela. Esta
informação pode ser útil ao produtor para comparar com os dados calculados.

B.7.5 Cálculos e resultados


Os painéis devem passar no ensaio com sucesso desde que não sejam detetadas ruturas ao corte, empolamentos
ou descolamentos na conclusão dos ciclos de ensaio.
Pequenas ondas na face da frente são normalmente consideradas como um problema estético. Elas devem ser
classificadas como uma falha nos ensaios se o painel já não satisfaz os requisitos de tolerância dimensional da
Norma.
Um enrugamento claramente definido no suporte interior não deve ser classificado como uma falha.
NOTA 1: Medições opcionais obtidas não fazem parte do ensaio de choque térmico.
NOTA 2: Resultados de ensaios realizados usando condições mais rigorosas, por exemplo usando mais ciclos e temperaturas mais
elevadas, são igualmente válidos.
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Anexo C
(normativo)

Ensaios de desempenho com fogo – instruções adicionais e campo de aplicação


direto

C.1 Reação ao fogo


C.1.1 Ensaio de fogo EN 13823 (SBI) – especímenes, montagem e fixação

C.1.1.1 Generalidades
Todos os produtos de painéis sanduíche, incluindo tipos de telhados, tetos e paredes horizontais, devem ser
ensaiados verticalmente na montagem de ensaio com uma junção vertical painel-painel no lado mais longo.
Para painéis sanduíche utilizados em aplicações exteriores de telhados e de paredes, a face interior e/ou a face
exterior devem ser ensaiadas, dependendo das condições de utilização final e dos requisitos regulamentares em
vigor no Estado-Membro de destino.
Para aplicações de utilização final no interior, em que ambas as faces poderão estar expostas ao fogo interior,
deve aplicar-se o seguinte:
- produtos com faces similares (por exemplo, mesmo tipo de metal, perfil e revestimento – ver Quadro
C.1) e com geometria simétrica do painel para a junta do painel devem ser ensaiados apenas de um
lado;
- produtos com faces assimétricas ou dissimilares (por exemplo, diferentes tipos de material, de
geometria de perfil ou revestimento – ver Quadro C.1) devem ser ensaiados nos dois lados. Neste
caso, duas opções são possíveis para a declaração:
- ou o resultado do pior ensaio deve ser utilizado para declarar a classe de reação ao fogo do
painel (válido para ambas as faces expostas);
- ou uma declaração da classe de reação ao fogo de cada face deve ser feita, desde que a
identificação das faces seja claramente visível na marcação e rotulagem do painel.
No caso de uma declaração Euroclasse F para uma das faces, nenhum ensaio deve ser realizado nessa face.

C.1.1.2 Espécimen
As dimensões dos especímenes devem ser:
Lado curto. Tamanho do painel: (495  5) mm  1,5 m  5 mm (altura)
Lado longo . Tamanhos dos painéis: a) (200 + D  5) mm  1,5 m  5 mm (altura)
b) (795  5) mm  1,5 m  5 mm (altura)
e (a + b)(1000 + D) 05 mm

onde D é a espessura do painel.


NOTA: A espessura máxima de painel que pode ser acomodada na montagem de ensaio é 150 mm. Isto é medido no ponto de maior
espessura do painel e permite uma folga mínima de 35 mm entre o espécimen e a placa traseira por trás do painel.
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O espécimen de ensaio deve incluir sempre ambas as faces do painel.


Em casos onde a profundidade do perfil da face a ensaiar vai de 10 mm a 50 mm, as faces devem ser cortadas
para passarem por cima do perfil em U – ver C.1.1.3.1.4 e a Figura C.2.

C.1.1.3 Montagem e fixação

C.1.1.3.1 Configuração geral

C.1.1.3.1.1 Generalidades
Os painéis sanduíche devem ser instalados e fixados tal como descrito na EN 13823 na configuração mostrada
na Figura C.1 e de acordo com C.1.1.3.1 e C.1.1.3.2.
Dimensões em milímetro

Legenda:
D espessura do painel
1 junção do painel com vedantes aplicados em fábrica
2 parafusos ou rebites pop a cada 400 mm
3 cobre-juntas de canto interior
4 parafusos ou rebites pop a cada 400 mm
5 parafusos, rebites pop ou placa de fixação
6 cobre-juntas de canto exterior
Figura C.1 – Detalhe de montagem e de canto para montagem padrão, ensaio de fogo EN 13823

C.1.1.3.1.2 Cobre-juntas de canto e vedantes


a) Montagem padrão – Cobre-juntas de aço:
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- os dois painéis que formam o lado longo devem ser montados com a junta apertada de acordo com
C.1.1.3.2;
- o bordo de corte do lado curto do painel deve ser colocado contra a montagem do lado longo para
formar um canto interior tal que a junção vertical no lado longo está a 200 mm do canto interior. Os
dois lados devem então ser apertados a 90º um ao outro utilizando cobre-juntas de canto interiores e
exteriores e parafusos de aço ou rebites tipo “pop” espaçados de 400 mm. O posicionamento das
fixações medido desde o fundo do espécimen deve situar-se nos seguintes centros: 50 mm; 450 mm;
850 mm; 1250 mm e 1450 mm (ver Figura C.1);
- os cobre-juntas de canto em aço devem ter as seguintes dimensões:
o cobre-juntas interior: 50 mm  50 mm  0,5 mm ou 0,6 mm de espessura;
o cobre-juntas exterior: 50 mm  (D + 50) mm  0,5 mm ou 0,6 mm de espessura;
- os cobre-juntas de canto interior devem ter o mesmo revestimento que o espécimen;
- os bordos de corte do painel no topo, nos lados e no fundo do espécimen não devem ser cobertos por
cobre-juntas, folha metálica fina ou outros materiais.
- painéis que são produzidos e fabricados com o material do núcleo coberto por revestimentos de metal
de todos os lados e não são cortados ou perfurados na aplicação de uso final, devem ser ensaiados com
as bordas cobertas. Os painéis devem ser produzidos para ensaio de acordo com as dimensões
especificadas em C.1.1.2.
b) Cobre-juntas de canto alternativos e vedantes – montagem e configuração de utilização final:
Quando requerido para aplicações específicas de utilização final, outros tipos de cobre-juntas de canto, por
exemplo alumínio, plástico devem ser utilizados no ensaio da EN 13823. Os vedantes internos, por exemplo
pára-vapores de câmara fria que são normalmente aplicados em obra, devem também ser incorporados na
montagem. Os materiais utilizados nos ensaios devem ser representativos daqueles que são utilizados nas
aplicações de utilização final.
O tipo de materiais alternativos, dimensões, entreeixos das fixações, revestimentos etc., deve ser registado no
relatório de ensaio.
Painéis utilizados sem cobre-juntas de canto em utilizações finais devem ser ensaiados de acordo com a
EN 12823 sem cobre-juntas. Isto deve ser registado no relatório de ensaio.
NOTA: A montagem poderá ser preparada e construída fora da câmara de ensaio. A montagem completa pode então ser colocada no
carro de transporte.

C.1.1.3.1.3 Placas traseiras e intervalo de ar


As placas traseiras devem ser posicionadas de acordo com a EN 13823 com uma distância mínima de 35 mm
entre placa e painel espécimen utilizando uma barra de espaçamento em cima e em baixo. O quadro entre a
placa traseira e o espécimen deve ser aberto para possibilitar a ventilação desse espaço.

C.1.1.3.1.4 Faces perfiladas


Quando as faces são perfiladas, os produtos não planos devem ser submetidos ao ensaio de modo que pelo
menos 30 % de uma superfície “quadrada” de 250 mm, representativa da face a ensaiar, isto é, B > 0,7  A na
Figura D.1, se encontra a mais de 10 mm atrás do plano vertical que passa pelo lado traseiro do perfil em U.
Os produtos não planos devem ser reconformados (cortados) para se estenderem parcialmente por cima do
perfil em U para o lado do queimador a fim de satisfazerem este requisito (ver Figura C.2). Um produto não
deve estender-se sobre o queimador (isto é, a máxima extensão sobre o perfil em U é de 40 mm).
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A secção de corte deve ser coberta com um cobre-juntas (Figura C.2 a)) produzido com o mesmo material que
a face a ser ensaiada. A aresta do fundo do painel atrás deste cobre-juntas não deve ser coberta (ver Figura
C.2).

Legenda:
a cobre-junta acima da face ensaiada
b perfil U
c fixação
Figura C.2 – Corte de faces perfiladas sobre o perfil em U

C.1.1.3.2 Fixação da junção painel com painel


Devem ser aplicados os seguintes princípios para a fixação da montagem sobre o lado longo:
- Painéis que são normalmente fixados nos suportes estruturais espaçados isto é, aplicações de telhados
e paredes exteriores, devem ser montados numa das seguintes formas:
- utilizando fixações por rebites e parafusos para manter o painel montado em posição. Isto
representa a montagem estanque obtida na utilização final. As fixações devem ser colocadas a
40 mm do cimo e do fundo do espécimen (nas dimensões da abertura formada pela placa
superior e pelo perfil inferior em U). Tanto as faces interiores como as exteriores devem ser
fixadas firmemente. A face interior deve ser fixada em primeiro lugar;
- para painéis onde a conceção das junções não permite a utilização de um tipo de fixação com
parafusos, poderá ser utilizada uma fixação com uma placa fina de tamanho máximo
100 mm  100 mm  2 mm para manter as junções apertadamente unidas.
- Painéis sanduíche que são normalmente mantidos unidos com um sistema de fecho interno, por
exemplo, alguns painéis para câmaras frigoríficas devem ser fixados juntos utilizando o método de
fecho. Os painéis devem ser cortados de modo que o sistema de fecho seja posicionado
simetricamente entre a parte superior e inferior da amostra de ensaio.
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Se o sistema de fecho não mantém a junção unida ao longo de todo o comprimento do espécimen, poderá ser
utilizada uma fixação adicional quer no cimo quer na base do espécimen.

C.1.2 Ensaios de fogo EN ISO 11925-2 (ensaio de inflamabilidade)

C.1.2.1 Espécimen
As dimensões dos especímenes devem estar de acordo com a EN ISO 11925-2.
Quando a espessura do painel sanduíche é superior a 60 mm, o espécimen deve ser preparado reduzindo a
espessura para 60 mm cortando a face exterior não exposta do painel e parte do isolamento. A face poderá ser
reposta por meio de uma folha metálica com ligação adesiva ao espécimen de 60 mm.

C.1.2.2 Método
Os ensaios devem estar de acordo com a EN ISO 11925-2.
a) Método padrão
Na borda de exposição do ensaio, a chama deve ser aplicada diretamente no núcleo isolante do painel
sanduíche sem qualquer face, cobre-juntas ou cobertura e deve ser realizado a meio da espessura do núcleo
isolante (espécimen rodado a 90º). Para a presente Norma , outras camadas isto é, camadas de adesivo
devem ser consideradas não essenciais e não devem ser ensaiadas individualmente.
b) Método para painéis com faces fechadas
No caso de painéis que são concebidos e fabricados de modo a que o material do núcleo seja coberto pelas
faces em todos os lados não sendo cortado ou perfurado na aplicação de uso final, apenas o ataque da
chama na superfície deve ser realizado.

C.1.2.3 Resultados
a) Resultados dos métodos de ensaio padrão
Os resultados devem ser registados para ambos os métodos de ensaio de ataque da chama na superfície e
no bordo.
Os resultados devem ser validados para todas as aplicações de utilização final onde o bordo dos painéis
sanduiche está, ou não protegido, ou protegido pela face metálica, ou cobre-juntas de face separada.
b) Resultados dos métodos de ensaio em painéis com faces fechadas
No caso dos painéis que são projetados e fabricados em que o material do núcleo é coberto pelas faces em
todos os lados, o resultado deve ser validado apenas para essa aplicação de utilização final.

C.1.3 Campo de aplicação direto dos resultados do ensaio de reação ao fogo


Deve ser tido em conta o campo de aplicação direto dos ensaios de reação ao fogo para os parâmetros padrão
de painéis sanduíche descritos no Quadro C.1.
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Quadro C.1 – Reação ao fogo: Campo de aplicação direto dos resultados dos ensaios
Parâmetro Fatores Validade do ensaio
Grau do metal Válido para todos os graus do tipo de
metal ensaiado
Espessura da face metálica excluindo Válido para todas as espessuras entre
revestimentos orgânicos todas as espessuras ensaiadas e até +
100 % da espessura ensaiada
Geometria do perfil da face interior
Faces metálicas a) plano ou ligeiramente perfilado até 5 mm Válido para outros tipos de perfil plano
ou ligeiramente perfilado
b) perfis maiores que 5 mm Válido para quaisquer perfis de maior
profundidade
Revestimento superficial – face ensaiada
a) valor de PCS de 0 MJ/m2 a 4 MJ/m2 Válido para todo o revestimento no
intervalo de 0 MJ/m2 a 4 MJ/m2
b) valor de PCS > 4 MJ/m2 Válido para valores do PCS inferiores
aos ensaiados dentro das tolerâncias de
produção
c) cor do revestimento Válido para todas as cores
Tipos semelhantes de juntas da face ensaiada Válido para tipos semelhantes de
Conceção da junta com faces do mesmo perfil – ver “Faces” sobreposição da junta, onde a faixa de
acima e Figura C.3 sobreposição do metal na face interna é
Tipos de juntas I a VIII ≥ 15 milímetros
Junta de topo (Tipo IX). Pior cenário. Válido para todos os tipos de junta
Alteração da quantidade e / ou tipo ensaiado: Válido para menor quantidade de
a) Quantidade única adesivo ensaiado (expresso em g/m2)
Adesivo (quando relevante) b) Tipo único a) Válido para um adesivo alternativo
c) Quantidade e Tipo a) com valor calorífico ≤ ao ensaiado
(expresso como PCS em MJ/kg)
Válido para um adesivo alternativo e
quantidade diferente, com poder
calorífico ≤ ao ensaiado (expresso
como PCS em MJ/m2)
Válido para os tipos de vedantes e
Vedantes e junções de Vedantes e junções de vedação (integrados no
junções de vedação ensaiados e para
vedação painel)
aqueles com PCS igual ou inferior
a) massa volúmica aparente b) Válido para  15 % das massas
volúmicas ensaiadas
b) orientação das fibras – lamela ou blocos Não válido para variações de direção
Núcleo isolante MW c) junções entre lamelas Válido para variação do número de
junções
d) fibras MW e ligantes Válido para o mesmo tipo de fibra com
ligante ensaiado tendo o mesmo PCS
ou menor
(continua)
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Quadro C.1 – Reação ao fogo: Campo de aplicação direto dos resultados dos ensaios (conclusão)

Parâmetro Fatores Validade do ensaio


a) composição química Válido para o mesmo sistema químico
Núcleos isolantes PUR, XPS, e agente de expansão
EPS, PF b) massa volúmica aparente b) Válido para  15 % da massa volúmica
aparente ensaiada
Válido para  15 % das espessuras
ensaiadas (ensaio simples)
Quando os mesmos painéis são
Painéis produzidos em diferentes espessuras produzidos em diferentes espessuras,
devem ser ensaiadas tanto a máxima
Espessura do painel (D) como a mínima espessura e declarada a
classificação inferior.
Os resultados de especímenes com
espessuras 100  D <150 mm devem
ser válidos para qualquer painel de
espessura superior a 150 mm
Aplicação vertical ou horizontal de painéis Ensaio (vertical) também válido para
Orientação dos painéis sanduíche todos os painéis instalados
horizontalmente e tetos
Válido para cobre-juntas de utilização
final do mesmo material do ensaiado e
de pelo menos a mesma largura e
Cobre-juntas metálicos de espessura
canto c) Os ensaios realizados sem cobre-juntas
de canto ou cobre-juntas de aço devem
ser válidos para todos os tipos de
cobre-juntas de aço
Válidos para cobre-juntas de utilização
Cobre-juntas plásticos de
final do mesmo material; sem cobre-
canto
juntas; ou cobre-juntas metálicos
Fixações para cobre-juntas Espaçamentos padrão de 400 mm Válido para espaçamentos de 400 mm
metálicos ou menos
Vedantes que são aplicados em utilização Válido para vedantes do mesmo tipo
Vedantes d) final, mas que não são parte do painel que o ensaiado com o mesmo PCS ou
produzido inferior
a)
Valores PCS expressos como PCS em MJ/m2 devem ser calculados utilizando a velocidade de aplicação máxima, tal como indicado
na especificação de fabricação.
b)
Massa volúmica aparente: Quando os mesmos painéis são produzidos com diferentes massas volúmicas, as massas volúmicas
máxima e mínima devem ser ensaiadas. Devem ser declaradas a classificação inferior ou uma classificação acompanhada da
respetiva massa volúmica aparente.
c)
Cobre-juntas: As dimensões dos cobre-juntas e a espessura do metal declaradas em C.1.1.3.1.2 representam a espessura e
dimensões mínimas da utilização final. Os resultados são válidos para quaisquer cobre-juntas metálicos de maior espessura e
dimensões utilizadas na prática.
d)
Vedantes: Quando os vedantes são incorporados durante a produção do painel sanduíche eles devem ser ensaiados como parte do
produto, de acordo com a EN 13823.
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Figura C.3 – Ilustração dos tipos de juntas


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C.2 Resistência ao fogo


C.2.1 Generalidades
Esta secção aplica-se aos métodos de ensaio da secção 5.2.4.2 quando aplicável.

C.2.2 Ensaio de resistência ao fogo EN 1365-1 – Paredes

C.2.2.1 Generalidades
Requisitos suplementares para ensaios não-resistentes, painéis sanduíche auto-sustentáveis como paredes
externas ou internas apoiadas por elementos estruturais verticais.

C.2.2.2 Dimensões do espécimen


As dimensões da montagem experimental para o espécimen/painel devem ser no mínimo 3 m × 3 m e ter
enchimento suficiente na abertura do suporte de ensaio.

C.2.2.3 Regras de montagem e fixação

C.2.2.3.1 Face exposta


A face exposta a ser ensaiado para painéis sanduíche usados em aplicações de telhados e paredes externas e
internas deve depender das condições de utilização final e das exigências regulamentares no Estado-Membro
de utilização. Poderá haver um requisito para ensaiar ambas as faces. No entanto, se as faces são simétricas e
têm a mesma composição, o ensaio para um lado deve ser suficiente para a classificação.
NOTA: Quando uma face é a face externa do edifício, esta face pode ser ensaiada como a face exposta usando a curva tempo-
temperatura para aplicações externas [EN 1363-2] onde requeridas, em conformidade com os regulamentação nacional.

C.2.2.3.2 Regras gerais de fixação


O número de fixações não deve ser maior do que o utilizado em aplicações de utilização final. O diâmetro dos
meios de fixação utilizados não deve ser maior do que as fixações utilizadas em aplicações de utilização final.
Poderão ser utilizadas independentemente fixações para garantir tanto os revestimentos expostos como os não
expostos (normalmente para partições). Alternativamente, um meio de fixação pode ser usado para proteger
ambas as faces como para revestimentos externos. O método por meio de fixação representa o pior caso e os
resultados são válidos para o método de fixação independentemente.
A fixação entre painéis (stitching) poderá ser utilizada como em condições de utilização final, mas deve ser
declarada no relatório de classificação.
As fixações só devem estar protegidas dentro do forno se o mesmo método é aplicado na utilização final.
NOTA: Poderá ser necessário utilizar um método de proteção contra incêndios para ambas as cobre-juntas e as fixações para obter
as classes de resistência ao fogo superiores a 2 h.

C.2.2.3.3 Painéis de parede com orientação vertical


C.2.2.3.3.1 Generalidades
A amostra deve ser montada com uma borda fixa e uma livre vertical (ver Figura C.4). Isto abrange a maioria
das aplicações de utilização final. No entanto ambas as bordas podem ser desenfreadas, onde isto esteja em
conformidade com a aplicação de utilização final, mas deve ser declarado no relatório de classificação.
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Legenda
a borda livre

Figure C.4 – Montagem e fixação dos painéis de parede com juntas de orientação vertical

C.2.2.3.3.2 Fixação na parte de cima do espécimen – orientação vertical


O método de fixação na parte superior do espécimen deve estar a um perfil de ângulo ou entre perfis de
ângulo, onde a parede está repartida entre um pavimento e um teto. Qualquer diferença acima dos painéis deve
ser vedada ao fogo (como na prática no caso de partições). O método de fixação do perfil (s) de ângulo em
relação ao suporte de ensaio de betão deve simular uma estrutura de suporte rígida.
NOTA: A diferença acima dos painéis não proporciona um meio para a expansão, porque o movimento do painel é restringido pelas
fixações e quaisquer resultados de expansão no encurvamento do painel.

C.2.2.3.3.3 Encerramento da borda livre vertical – orientação vertical


A borda livre vertical é mostrada na Figura C.4. A borda livre (min. 30 mm de diferença entre espécimen e
estrutura de ensaio) deve ser cheia com um material não-combustível isolante de classe A2 (por exemplo, lã
mineral). Este material deve ser mantido no lugar com perfis que são fixados ao painel sandwiche, não fixados
à estrutura de ensaio de betão. Alternativamente duas camadas de MW com uma folha de alumínio num dos
lados para proporcionar menos atrito etc., poderão ser utilizadas.
NOTA: A borda livre não é uma parte do espécimen de ensaio.

C.2.2.3.3.4 Fixação na parte inferior do espécimen – orientação vertical


Os painéis devem ser fixados à parte inferior da estrutura de ensaio de betão utilizando pelo menos um ângulo
do perfil no lado exposto dos painéis e utilizando meios de fixação ou fixadores apenas no lado exposto. O
ângulo do perfil deve ser suficiente para simular um elemento de construção rígida da estrutura de suporte. O
produtor deve decidir e mostrar na documentação de ensaio como deve ser posicionada a perna horizontal do
perfil em L na parte inferior da estrutura de ensaio, de acordo com a utilização final.
NOTA: Para partições, a instalação com a perna horizontal sob o painel é a forma mais prática e representa um pior cenário em
relação a pontes térmicas.

Perfis de ângulo no lado exterior ou um perfil em U pode também ser usado. Um perfil em U abrange todos os
métodos de fixação. Os painéis representativos de aplicações externas são geralmente fixadas na parte inferior
com o perfil do ângulo virado para fora do painel (lado exposto). No entanto, esta não é a condição do pior
caso, se ambas as aplicações forem consideradas no ensaio.
Um enchimento com um material isolante não combustível de classe A2 poderá ser utilizado sob os painéis.
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C.2.2.3.3.5 Fixação ao longo da borda do espécimen fixada na direção vertical – orientação vertical
Ao nível do bordo vertical fixo os perfis de ângulo devem ser fixados à estrutura de ensaio de betão para
restringir o movimento do painel na direção horizontal. O painel deve ser fixado ao perfil (s) de ângulo como
em condição de utilização final. Este método de fixação do painel é considerado igualmente válido para
partição ou aplicações de parede externa. O perfil (s) de ângulo não deve cobrir a face do painel mais do que
em condições de utilização final.
Se um painel deve ser cortado em largura para caber na montagem da estrutura de ensaio, o painel cortado
deve ser montado no lado vertical restringido.

C.2.2.3.4 Painéis de parede de orientação horizontal

C.2.2.3.4.1 Generalidades
O espécimen deve ser montado com uma borda horizontal fixa (parte inferior) e uma livre (parte superior) (ver
Figura C.5). Isto abrange a maioria das aplicações de utilização final. Contudo, ambas as bordas podem ser
não restringidas, quando isto está em conformidade com a aplicação de utilização final.

Legenda:
a borda livre

Figure C.5 – Montagem e fixação de painéis de parede com juntas orientadas horizontalmente

C.2.2.3.4.2 Fixação ao longo do lado vertical fixo do espécimen – orientação horizontal


Na borda vertical fixa, o perfil(s) de ângulo deve ser fixado è estrutura de ensaio em betão para restringir o
movimento do painel na direção horizontal. O painel deve ser fixado para o perfil (s) de ângulo como em
condição de utilização final. Este método de fixação do painel é considerado ser igualmente válido tanto para
aplicações de parede divisória como externa. O perfil (s) de ângulo não deve cobrir a face do painel mais do
que em condições de utilização final.
NOTA 1: A fixação de ambos os lados expostos e não expostos de forma independente ou utilizando um meio de fixação espera-se que
tenha o mesmo efeito. O primeiro método é usado com mais frequência em partições, o segundo em aplicações externas.
NOTA 2: Pode ser esperado movimento de expansão dos painéis em ambas as extremidades entre a estrutura de betão e a borda do
painel.
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C.2.2.3.4.3 Encerramento na borda superior livre do espécimen – orientação horizontal


O painel superior deve ser ou um painel com menor largura ou um painel com a borda de corte. Isto
corresponde a aplicações de utilização final onde a largura do painel completo está sempre na parte inferior. A
diferença entre o painel superior e a estrutura deve ser de pelo menos 30 mm e deve ser preenchida com um
material isolante não combustível de classe A2 (por exemplo, lã mineral). Este material deve ser mantido no
lugar com perfis que são fixos ao painel sandwiche, não fixos à estrutura de ensaio de betão.
NOTA: Pode ser esperado um movimento de expansão entre o painel e a estrutura por experiência, nas aplicações de utilização final
(no caso de divisórias internas contra um teto ou construção horizontal.

C.2.2.3.4.4 Fixação na parte inferior do espécimen – orientação horizontal


Os painéis são fixados à parte inferior da estrutura de ensaio de betão utilizando pelo menos um perfil de
ângulo sobre o lado exposto dos painéis e utilizando quer meios de fixação ou fixadores apenas no lado
exposto. O perfil de ângulo deve ser suficiente para simular um elemento de construção rígido da estrutura de
suporte. O produtor deve decidir e mostrar na documentação de ensaio como a perna horizontal do perfil em L
na parte inferior da estrutura de ensaio deve ser posicionada de acordo com a utilização final.
NOTA 1: Para partições, a instalação com a perna horizontal sob o painel é a forma mais prática e representa o pior cenário em
relação a pontes térmicas.

Perfis de ângulo no lado exterior ou um perfil em U pode também ser utilizado. Um perfil em U abrange todos
os métodos de fixação. Os painéis representativos de aplicações externas são geralmente fixados na parte
inferior com o perfil de ângulo virado para longe do painel (lado exposto). No entanto, esta não é a condição
pior, se ambas as aplicações são considerados no ensaio.
NOTA 2: Um enchimento com um material isolante não combustível de classe A2 poderá ser utilizado sob os painéis. Se em condições
de utilização final, o painel não é fixo ao chão, o enchimento pode ser mantido no lugar na parte inferior pelos perfis que não são
fixados à estrutura de ensaio de betão.

C.2.2.4 Medições de ensaios adicionais e relatório de ensaio


Devem ser realizadas medições adicionais cobrindo a curvatura de painéis entre juntas, e a abertura das juntas
como descrito na EN 15254-5. Estas medições devem ser registadas no relatório de ensaio além dos requisitos
de informação padrão em conformidade com a EN 1363-1, secção 12.

C.2.3 Ensaio de resistência ao fogo EN 1365-2 – Telhados


C.2.3.1 Generalidades
Os telhados de painéis sanduíche poderão ser sujeitos a sobrecargas. Apenas em conceções excecionais (por
exemplo, coberturas atuando como diafragmas) esses telhados suportam parte da carga primária da estrutura
do edifício.

C.2.3.2 Aparelhos e utensílios


A estrutura deve ser concebida para suportar a montagem do painel tal como na utilização final.
O espécimen deve ser ensaiado na posição horizontal.

C.2.3.3 Procedimento
A carga aplicada deve estar de acordo com regulamentos nacionais válidos no país de aplicação e determinada
de acordo com a EN 1365-2 para a condição de utilização final.

C.2.3.4 Resultados e declaração


A carga deve ser declarada com a classificação de resistência ao fogo.
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C.2.4 Campo de aplicação dos resultados dos ensaios de resistência ao fogo

C.2.4.1 Painéis de parede


O campo de aplicação dos resultados dos ensaios de resistência ao fogo para painéis sanduíche utilizados para
aplicação de parede devem estar em conformidade com a EN 15254-5 em conjunto com o adicional descrito
no Quadro C.2.
Quadro C.2 – Resistência ao fogo: Campo de aplicação direta adicional dos resultados de ensaios – painéis de parede

Parâmetro Fatores Validade do ensaio


Revestimentos de superfície – lado Válido para todos os revestimentos
ensaiado
Faces metálicas a) cor do revestimento Válido para todas as cores
b) faces não revestidas Ensaios em faces revestidas não são válidos
para faces não revestidas

C.2.4.2 Painéis de teto


O campo de aplicação dos resultados de ensaio de resistência ao fogo para painéis sanduíche utilizados para
aplicações de teto para os parâmetros padrão, para painéis de sanduíche descritos no Quadro C.3 deve aplicar-
se.
Quadro C.3 – Resistência ao fogo: Campo de aplicação direta dos resultados de ensaios – painéis de teto

Parâmetro Fatores Validade do ensaio


Grau do metal Válido para todos os graus do tipo de metal
ensaiado
Espessura do metal das faces Válido até  50 % da espessura ensaiada
Geometria do perfil das faces
a) perfis planos ou ligeiros até 5 mm Válido para qualquer alteração de perfil
b) perfis superiores a 5 mm Válido para variações + 50 % da
Faces metálicas
profundidade do perfil
Revestimentos de superfície – lado Válido para todos os revestimentos
ensaiado
a) cor do revestimento Válido para todas as cores
b) faces não revestidas Ensaios em faces revestidas não são válidos
para faces não revestidas
Válido dentro das tolerâncias normais (ver
secção 5.2.5)
Conceção das junções
Não válido para mudanças de forma ou
configuração
Quantidade e tipo de adesivo
a) Valor PCS de 0 MJ/m2 a 4 MJ/m2 Válido para todos os adesivos de  50 % da
massa ensaiada
b) Valor PCS > 4 MJ/m2 Válido para valores PCS inferiores ao do
Adesivo (quando relevante) adesivo ensaiado dentro das tolerâncias de
produção
c) PCS > 4 MJ/m2 e > 1,15*PCS Resultados de ensaio reduzidos da mesma %
que o valor PCS sobre o produto adesivo
inicialmente ensaiado

(continua)
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Quadro C.3 – Resistência ao fogo: Campo de aplicação direta dos resultados de ensaios – painéis de teto
(conclusão)

Parâmetro Fatores Validade do ensaio


Vedantes e junções de Válido apenas para os tipos ensaiados de
vedação (solidários com o vedantes e junções de vedação das junções e
painel) para os de valor PCS igual ou inferior
Não válido se as fibras MW ou ligantes
diferem dos materiais originalmente
a) fibras MW e ligantes ensaiados
Válido para um aumento de + 20 % do teor
de ligante ou para quantidades inferiores de
ligante
Válido para todas as massas volúmicas
MW
superiores à ensaiada na gama de massas
volúmicas aparentes 50 kg/m3 a 150 kg/m3
b) massa volúmica aparente Válido até – 10 % da massa volúmica
aparente ensaiada
c) orientação das fibras – lamelas ou Não válido para mudanças de orientação
blocos de isolante
d) junções entre lamelas Válido para redução do número de junções
Válido para o mesmo sistema químico e
agente de expansão
PUR Composição química
Válido até  10 % da massa volúmica
aparente ensaiada
Válido para a mesma composição química,
PF Composição química massa volúmica aparente e agente de
expansão
Válido para qualquer incremento na
Espessura do painel Incremento da espessura do painel espessura utilizando o mesmo material
isolante do núcleo
a) redução da largura do painel Ensaio válido (ver EN 1364-1)
Largura
b) incremento da largura do painel Válido para incrementos não superiores a
+ 20 %
Válido apenas para o tipo de vedante
ensaiado e para os de valor PCS igual ou
Vedantes que são aplicados na
inferior
Vedantes utilização final mas não fazem parte
do painel produzido Válido para os mesmos painéis sem vedantes
para núcleos MW e CG. Não válido para
outros materiais de núcleo

C.2.4.1 Painéis de telhado


Esta Norma não prevê regras para o campo de aplicação direto dos resultados de ensaio de resistência ao fogo
para painéis de teto, que são considerados sobrecarga.
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C.3 Ensaios de fogo ENV 1187 – desempenho de telhados com fogo exterior
C.3.1 Classificação sem mais ensaios (CWFT)
Os seguintes tipos de painel de telhado foram aprovados para CWFT contanto que sejam concebidos para
aplicações exteriores em telhados satisfazendo as especificações abaixo e sejam sujeitos a controlos CPF das
suas características de segurança ao fogo (secção 6.3.5.3).
Painéis com faces exteriores perfiladas em metal e um material de núcleo PUR ou MW incorporando:
- Espessura mínima de 0,4 mm para faces de aço e aço inoxidável;
- Espessura mínima de 0,9 mm para faces de alumínio;
- um recobrimento de retorno estendendo-se por um mínimo de 15 mm para baixo da face oposta do cume;
ou uma banda metálica de proteção cobrindo completamente as junções dos cumes na junção longitudinal;
ou uma costura de junção levantada na junção longitudinal;
- ao nível de cada montagem entre dois painéis, quando aplicável, um recobrimento superior ou igual a 75
mm;
- um revestimento protetor anti-intempéries constituído por uma pintura PVC líquida com um máximo de
espessura nominal de película seca de 0,200 mm, um PCS não superior a 8,0 MJ/m2 e uma massa seca
máxima de 300 g/m2;
ou por qualquer outro revestimento de pintura menos espesso que o acima indicado;
- classificação de reação ao fogo mínima do painel de D-s3,d0 sem proteção dos bordos de acordo com a
EN 13501-1;
- massa volúmica aparente nominal do núcleo > 35 kg/m3 para núcleos isolantes PUR;
- massa volúmica aparente nominal do núcleo > 80 kg/m3 para MW com núcleos de lamelas;
- massa volúmica aparente nominal do núcleo > 110 kg/m3 para núcleos de MW com placas de largura plena.
NOTA: O perfil levantado do revestimento metálico externo pode ser trapezoidal ou de forma sinusoidal (ver Figura A.18). A coroa é
a parte superior ou ponto do perfil. A face oposta da coroa é a face reversa para formas trapezoidais ou medido a partir da parte
superior da curva para os perfis sinusoidais.

C.3.2 Método de ensaio 1 CEN/TS 1187

C.3.2.1 Especímenes e montagem – ensaio de recobrimento lateral


Os especímenes devem ser cortados de modo que a extremidade da chapa de recobrimento se situe pelo menos
a 250 mm do bordo cortado do painel.
Os painéis devem ser fixados a três perfis de suporte (em U invertido ou em cantoneiras) no topo, no centro e
na base e os recobrimentos laterais devem ser fixados todos os 400 mm.

C.3.2.2 Especímenes e montagem – ensaio de recobrimento longitudinal


Os especímenes devem ser cortados para criar um recobrimento longitudinal tal que o bordo de corte do painel
superior está posicionado a 750 mm do bordo inferior do espécimen.
Ao nível do recobrimento longitudinal, cada vale do perfil do painel deve ser fixado a uma cantoneira de
suporte sobre uma superfície de apoio mínima de 75 mm e a chapa de recobrimento deve ser fixada em cada
vale a 50 mm do bordo de corte.
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C.3.3 Método de ensaio 2 CEN/TS 1187


Os especímenes e a sua montagem devem estar em conformidade com as especificações do CEN/TS 1187.

C.3.4 Método de ensaio 3 CEN/TS 1187

C.3.4.1 Especímenes
a) Ensaio de recobrimento lateral e ensaio de recobrimento longitudinal:
O espécimen deve ser feito com duas partes de painéis com uma junção central padrão para o recobrimento
lateral. O eixo central deve ser o bordo do recobrimento e não o bordo do painel. O painel do lado esquerdo
deve ter um recobrimento longitudinal padrão situado a 500 mm do bordo inferior.
b) Ensaio de recobrimento lateral apenas:
O espécimen deve ser feito com duas partes de comprimento total dos painéis com uma junção lateral
padrão. Do bordo esquerdo ao bordo de corte do recobrimento, não o bordo do painel, deve haver uma
distância de 785 mm.

C.3.4.2 Montagem e fixação


a) Ensaio de recobrimento lateral e ensaio de recobrimento longitudinal:
A nível do recobrimento longitudinal cada vale do perfil do painel deve ser fixado a uma cantoneira de
suporte com uma superfície de apoio mínima de 75 mm e a chapa de recobrimento deve ser fixada em cada
vale a 50 mm do bordo de corte.
Os painéis devem ser fixados a três perfis de suporte (em U invertido ou em cantoneiras) no topo, no centro
e na base e os recobrimentos laterais devem ser fixados todos os 400 mm.
b) Ensaio de recobrimento lateral apenas:
Os painéis devem ser fixados a três perfis de suporte (em U invertido ou em cantoneiras) no topo, no centro e
na base e os recobrimentos laterais devem ser fixados todos os 400 mm.
NOTA: Para os ensaios do CEN/TS 1187, a posição do bordo de corte estipulada nos requisitos do ensaio refere-se à posição do
bordo da chapa de recobrimento superior e não à posição da junção ao painel subjacente.

C.3.5 Método de ensaio 4 CEN/TS 1187


O espécimen deve ser preparado com uma junção longitudinal do painel posicionada centralmente.
Os especímenes devem ser amarrados a uma estrutura não combustível utilizando fixações padrão de forma a
manter rigidamente a junção, tal como na utilização final.

C.4 Determinação da quantidade e da espessura da camada adesiva


C.4.1 Generalidades
Quando requerido, a quantidade e a espessura da camada adesiva devem ser determinadas de acordo com
C.4.2 para painéis após produção, ou de acordo com C.4.3 para medições de controlo em curso de produção.
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C.4.2 Medições num painel fabricado

C.4.2.1 Princípio
O método para recolher e calcular a quantidade e espessura de adesivo utilizado na produção de painéis
sanduíche deve ser determinado de acordo com C.4.2.2 a C.4.2.5.

C.4.2.2 Espécimen
Deve ser cortado um espécimen com 500 mm  500 mm das faces do painel (por exemplo, por serragem). O
comprimento e a largura da folha da face devem ser medidos com exatidão de 1 mm, em ambas as direções e a
área A deve ser calculada utilizando os valores médios medidos. A localização da amostra no painel deve ser
documentada.

C.4.2.3 Procedimento
O material isolante deve ser removido das faces. Qualquer felpa de lã ou de isolante deve ser cuidadosamente
retirado com uma espátula de forma a tornar visível uma superfície adesiva limpa.
A chapa da face deve ser pesada com o adesivo com exatidão de 0,1 g.
Um removedor de tinta deve ser espalhado ao longo do adesivo e o adesivo amolecido removido com uma
espátula de aço.
A chapa da face deve ser pesada sem o adesivo na mesma balança.

C.4.2.4 Cálculo dos resultados


A quantidade de adesivo deve ser calculada da Fórmula (C.1):
mcola = (m1 – m2)/A (C.1)
onde:
mcola é a quantidade de adesivo em grama por metro quadrado (g/m2)
m1 é a massa da face + cola em grama (g)
m2 é a massa da face em grama (g)
A é a área da folha da face em metro quadrado (m2)
A espessura média da camada de adesivo deve ser calculada a partir de:
hcola = m1 /
onde:
hcola é a espessura de adesivo em milímetro (mm)
mcola é a quantidade de adesivo em grama por metro quadrado (g/m2)
 é a massa volúmica aparente em quilograma por metro cúbico da cola utilizada, isto é, a massa
volúmica aparente da mistura da cola antes de endurecida, (kg/m3)

C.4.2.5 Relatório
O relatório de ensaio deve conter a seguinte informação:
a) data do ensaio;
b) método de ensaio utilizado;
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c) código do painel ou especificação;


d) localização da amostra no painel;
e) tipo de cola, lote da cola (quando conhecido), massa volúmica aparente da cola;
f) dimensões e área da folha das faces;
g) massa da folha das faces com e sem cola.

C.4.3 Medições durante a produção

C.4.3.1 Princípio
O método de recolha e de cálculo da quantidade e espessura do adesivo utilizado na produção dos painéis
sanduíche deve ser determinado de acordo com C.4.3.2 a C.4.3.3.

C.4.3.2 Procedimento
Pesar um substrato apropriado por exemplo, uma folha de papel de formato A3 (mc). O comprimento e largura
do substrato devem ser medidos com exatidão de 1 mm em três pontos em ambas as direções e a área deve ser
calculada utilizando os valores medidos.
Colocar o substrato na chapa inferior do painel sanduíche sobre a qual passa a cabeça de distribuição do
adesivo. A localização do substrato sobre a folha da face deve ser documentada.
Revestir o substrato como parte do processo de aplicação normal e remover da linha.
Pesar o substrato e o adesivo (ma+c).

C.4.3.3 Cálculo dos resultados


Cálculo da quantidade de adesivo (C.2):
madesivo = (ma+c – mc) / A (C.2)
onde:
ma+c é a massa do substrato e adesivo
mc é a massa do substrato
A é a área do substrato
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Anexo D
(normativo)

Tolerâncias dimensionais

D.1 Generalidades
As tolerâncias têm impacto na resistência de um painel e na sua segurança em utilização. As tolerâncias
definidas na secção 5.2.5, Quadro 3 são os máximos admissíveis.
Devem ser aplicadas as tolerâncias seguintes às medições feitas na fábrica, antes do fornecimento, em painéis
que tenham atingido uma condição estável. Antes das medições exclusivamente feitas para os ensaios de tipo
inicial ETI, os painéis com espuma devem ser mantidos totalmente apoiados numa superfície plana à
temperatura ambiente pelo menos por 24 h. Quando apropriado, as medições devem ser corrigidas para
variações de temperatura para 20 ºC.
Medições do passo, do cume, do vale das nervuras e da largura útil devem ser realizadas a 200 mm da
extremidade do painel.
Quando as medições são feitas, o painel deve ser colocado sobre pelo menos três suportes igualmente
espaçados, os quais estão sobre uma superfície plana rígida.

D.2 Tolerâncias dimensionais


D.2.1 Espessura do painel e conformidade da junção
A espessura medida (D) do painel deve ser a distância nominal entre as superfícies exteriores planas das faces
excluindo das medições quaisquer perfis trapezoidais ou reforços e incluindo a espessura de ambas as faces
metálicas (ver Figura D.1).
Estas medições devem ser tomadas em cada extremidade do painel sobre linhas a 200 mm das extremidades do
painel e a uma distância mínima de 100 mm do bordo longitudinal. Duas destas medições devem situar-se
sobre os bordos opostos do painel e uma no centro.
No caso de painéis que têm faces perfiladas, as medições devem ser feitas na posição da espessura
predominante. Os registos do controlo da produção em fábrica CPF devem indicar onde, dentro da geometria
do painel, esta medição deve ser feita, devendo ser utilizada uma localização consistente da medição.
Tolerâncias: D  100 mm  2 mm,
D > 100 mm  2 %
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Figura D.1 – Espessura dos painéis

D.2.2 Desvio da planeza


Esta medição é apenas relevante no caso de painéis com faces nominalmente planas ou ligeiramente
perfiladas.
O desvio da planeza () deve ser definido como sendo a distância entre qualquer ponto da superfície e a
superfície horizontal teórica tal como mostrado na Figura D.2. A planeza deve ser medida em ambas as
direções longitudinal e transversal sobre uma distância mínima de L = 200 mm.
A localização da distância medida L deve ser pelo menos 100 mm a partir do bordo do painel e 200 mm a
partir da extremidade do painel.
Deve ser colocada sobre a superfície do painel uma barra metálica retilínea e medido o intervalo máximo entre
a barra e o painel, com um micrómetro de precisão.
Tolerâncias: Para L = 200 mm  = 0,6 mm,
Para L = 400 mm  = 1,0 mm
Para L > 700 mm  = 1,5 mm
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Legenda:

L distância medida no plano


 desvio da planeza
a barra metálica retilínea
Figura D.2 – Planeza

D.2.3 Profundidade do perfil metálico


A profundidade do perfil (h) deve ser a distância entre o cume e a base da nervura medida no mesmo lado da
folha (ver Figura D.3), a 200 mm da extremidade dessa folha. Esta medição deve ser tomada apenas em
painéis que têm pelo menos uma face ligeiramente perfilada ou perfilada.
Tolerâncias: 5 mm < h  50 mm  1 mm,
50 mm < h  100 mm  2,5 mm.

Legenda:
a barra metálica retilínea
Figura D.3 – Verificação dimensional da profundidade do perfil h
A altura de cada nervura ao longo da folha deve ser medida por meio de uma bitola ou de uma régua graduada
em ambos os flancos da nervura (ver Figura D.3). As tolerâncias devem ser aplicadas ao valor médio de cada
vale:
h = (h1 + h2) / 2 mm
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D.2.4 Altura dos reforços sobre faces ligeiramente perfiladas


A altura de quaisquer reforços (ds, ver Figura D.4), no cume, vale ou flanco, ou a altura de perfis aligeirados,
deve ser medida ao longo da folha sobre uma linha a 200 mm da extremidade por meio de uma bitola ou régua
graduada e um micrómetro de precisão.
A altura média obtida nos ensaios de tipo inicial ETI deve ser o valor utilizado para altura dos reforços (ds).
Tolerâncias:
ds  1 mm  30 % de ds,
1 mm < ds  3 mm  0,3 mm,
3 mm < ds  5 mm  10 % de ds.

Figura D.4 – Altura de reforços e perfis aligeirados


Quando as propriedades dos painéis de faces planas são utilizadas como a base da conceção da resistência
mecânica, não é necessário considerar a tolerância dos reforços ou perfis aligeirados.

D.2.5 Comprimento
O comprimento (L) deve ser medido ao longo do eixo central do painel (ver Figura D.5) com o painel
continuamente apoiado numa superfície plana. O comprimento do painel deve ser verificado pelo menos uma
vez durante cada turno (6 h a 8 h).
Se o comprimento do painel acima da espuma é diferente do comprimento acima da folha de aço, a tolerância
deve basear-se no comprimento da folha metálica. Deve ser aplicada uma tolerância distinta para o
recobrimento.
Tolerâncias: Para L  3000 mm 5 mm,
Para L > 3000 mm 10 mm
NOTA 1: O produtor e o comprador poderão acordar outros requisitos específicos no momento da encomenda.
NOTA 2: Os painéis destinados a aplicações em câmaras frigoríficas requerem geralmente tolerâncias mais apertadas.

Legenda:
c/l eixo central do painel
Figura D.5 – Comprimento da chapa
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D.2.6 Largura útil


A largura útil, w, deve ser declarada pelo produtor. Para os painéis perfilados com um recobrimento lateral, a
largura útil é a distância entre os eixos centrais de dois perfis exteriores, tal como mostrado na Figura D.6.
Para painéis planos ou painéis com uma junção macho-fêmea ou painéis com uma junção construída em obra,
a largura útil é a distância entre os eixos das junções. Neste caso, os pontos de medição dependem dos detalhes
das junções. O produtor deve definir com clareza os pontos de medição e os mesmos pontos devem ser
utilizados de cada vez que é feita uma medição (ver exemplos nas Figuras D.7 e D.8).
A largura útil da chapa deve ser medida ao longo da chapa por meio de um calibre especial (ver a Figura D.9)
ou como sendo a distância entre duas chapas colocadas sobre os flancos laterais (ver a Figura D.14 como
exemplo de método).
As larguras úteis w1 e w2 devem ser medidas a uma distância de 200 mm das extremidades do painel (ver
Figura D.6). Ambas as medições devem situar-se dentro da tolerância especificada.
Deve ser feita uma terceira medição w3 da largura útil ao longo do eixo central da chapa para determinar a
contração ou o arqueamento do painel. Esta medição w3 deve situar-se dentro da tolerância declarada referida
ao valor médio para w1 e w2:
w3 = (w1+ w2) / 2
Tolerâncias:  2 mm para todos os perfis.

Figura D.6 – Largura útil (w) de painéis perfilados

Dimensões em milímetro

Figura D.7 – Largura de conceção (w) no caso de uma junção macho-fêmea


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Dimensões em milímetro

Figura D.8 – Medição da largura útil (w)

Legenda:
p passo
w largura útil
Figura D.9 – Verificação dimensional da largura útil w e passo p utilizando um calibre de perfil calibrado

D.2.7 Desvio da perpendicularidade


O desvio da perpendicularidade da extremidade da chapa perfilada é definido como dimensão s na
Figura D.10.
Tolerância: s  0,6 % da largura útil nominal w.

Figura D.10 – Perpendicularidade


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D.2.8 Desvio de retilinearidade


O desvio de retilinearidade da linha reta teórica é definido pela dimensão  na Figura D.11.
A retilinearidade de um painel deve ser medida por meio de um arame de aço fino firmemente esticado entre
dois pontos do mesmo bordo a 200 mm de cada extremidade do painel. A medição deve ser feita no centro do
painel.
Tolerância: 1,0 mm/m, não excedendo 5 mm
Dimensões em milímetro

Figura D.11 – Desvio de retilinearidade

D.2.9 Arqueamento
O arqueamento do painel é uma medida do deslocamento entre a superfície do painel e a linha reta unindo as
duas extremidades (ver Figura D.12).
Um arame de aço fino deve ser firmemente esticado entre duas extremidades do painel ao longo do eixo
central longitudinal ou através da largura. O deslocamento máximo entre o arame e a superfície do painel deve
ser medido utilizando uma régua metálica graduada. Alternativamente, a linha recta entre as duas
extremidades do painel poderá ser definida por meio de um feixe laser.
A localização da tolerância medida b deve ser pelo menos a 100 mm do bordo do painel e a 200 mm da
extremidade do painel.
Deve haver o cuidado de não aplicar ao painel qualquer carga transversal durante a medição. De preferência,
este ensaio poderá ser realizado com o painel apoiado sobre o seu lado de forma a eliminar a influência do
peso próprio.
Tolerância: 2,0 mm por cada metro de comprimento, mas não mais de 20 mm;
8,5 mm por cada metro de largura para perfis planos – h  10 mm (ver D.2.3);
10 mm por cada metro de largura para outras profundidades de perfil – h > 10 mm (ver D.2.3).
Painéis estratificados em contínuo poderão arquear desta forma durante o endurecimento/secagem. A medição
não deverá ser feita até o painel endurecer/secar à temperatura ambiente.
Uma diferença de temperatura entre faces deve ser evitada durante o ensaio.
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Painéis com faces diferentes por exemplo, de aço/alumínio em especial deverão ser verificados quanto ao
arqueamento.

Legenda:
b deslocamento do arqueamento
Figura D.12 – Arqueamento do painel

D.2.10 Passo do perfil


O passo p do perfil (ver Figura D.13) deve ser a distância entre os centros de nervuras adjacentes, medida a
200 mm das extremidades da chapa.
As medições devem ser feitas por um dos seguintes métodos, dos quais a) é preferível:
a) como sendo a distância medida entre duas placas colocadas nos flancos, tal como mostrado na Figura D.14;
b) como sendo o desvio para uma bitola;
c) por meio de um calibre de perfil (ver Figura D.9).
Tolerâncias: onde h  50 mm  2 mm;
h > 50 mm  3 mm.
NOTA: Esta medição poderá também ser relacionada com a largura útil definida na secção D.2.6. Na prática poderão surgir
problemas se a relação entre o perfil e o bordo não é correta.

Figura D.13 – Passo (p)


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Figura D.14 – Verificação dimensional do passo

D.2.11 Larguras de nervuras e de vales


As larguras de uma nervura (b1) e de um vale (b2) (ver Figura D.15) devem ser medidas a 200 mm das
extremidades das chapas.
As larguras de nervuras e de vales devem ser medidas sobre uma linha ao longo da chapa por meio de uma
bitola.
Tolerâncias: nervuras  1 mm, vales  2 mm.

Figura D.15 – Larguras de nervuras e de vales


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Anexo E
(normativo)

Procedimentos de cálculo
NOTA: Este Anexo abrange as características de resistência mecânica requeridas pela Norma e descreve os métodos requeridos para
o seu cálculo. As características de resistência mecânica podem igualmente ser obtidas por ensaios. A secção E.7.2.8 é um guia
informativo para o cálculo de tensões adicionais devidas a expansão. A secção E.8 é um guia informativo na conceção de painéis com
perfis específicos.

E.1 Definições e símbolos


E.1.1 Propriedades de um painel sanduíche
A secção reta e as propriedades materiais de um painel sanduíche devem ser tal como mostrado nas
Figuras E.1 a) e E.1 b) e Quadro E.1.

Figura E.1 a) – Secção reta de um painel com faces planas, ligeiramente perfiladas ou microperfiladas

Figura E.1 b) – Secção reta de um painel sanduíche com faces perfiladas e propriedades dos materiais
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Quadro E.1 – Propriedades do painel


Camada Geometria Propriedades dos materiais Propriedades estruturais
Face 1 t1, d1, d11, d12, AF1, IF1 EF1, F1 BF1
Núcleo dC EC, GC S
Face 2 t2, d2, d21, d22, AF2, IF2 EF2, F2 BF2

E.1.2 Símbolos utilizados no Anexo E


Neste Anexo aplicam-se os seguintes símbolos.
A área da secção reta
B largura total do painel, rigidez à flexão
NOTA: A, a área de secção reta e B, a rigidez à flexão poderão ser aplicadas tanto para a largura de um painel (por exemplo no
Anexo A, ao interpretar os resultados do ensaio) como a uma unidade (metro) de largura de painel aquando da realização de cálculos
de conceção ou preparação de tabelas de carga.

C valor de cálculo de um critério de aptidão


D altura total do painel
E módulo de elasticidade, valor de cálculo do efeito de uma ação
F força, carga
G módulo de corte, ação permanente
I momento de inércia
L vão, distância
M momento-fletor
N força de compressão axial
Q ação variável
R resistência, refletividade (RG)
S rigidez de corte, valor característico de uma ação
T temperatura
V esforço de corte
d altura do perfil da face ou dos reforços, altura do núcleo (dC)
e distância entre centros de gravidade das faces, base dos logaritmos naturais (e = 2,718282)
f resistência, tensão de fluência
h altura do perfil
k parâmetro (E.4.3.2 capacidade de reação dos apoios), fator de correção
n número do flanco
q carga variável
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s comprimento do flanco (sw1)


t espessura da chapa da face
v fator de variância
 coeficiente de dilatação térmica
 parâmetro (Fórmulas de cálculo do Quadro E.10.2)
 ângulo
 coeficiente parcial de segurança, fator de carga (F)
 coeficiente de fluência
 parâmetro (Fórmulas de cálculo do Quadro E.10.1)
 tensão, resistência à compressão m, desvio-padrão
 tensão de corte
 coeficiente de combinação
Índices
C núcleo
F face, ação (F)
G carga permanente, grau
M material (M)
Q ação variável
S parte sanduíche da secção reta
c compressão, núcleo
d valor de cálculo
i,j índices
k valor característico
nom nominal
s suporte (Ls = largura do suporte), superfície (Rs1)
t tempo
tol tolerância (normal ou especial)
0 valor de base
1 face externa, face superior
2 face interna, face inferior

E.1.3 Sinais por convenção usados no Anexo E


Quando relevante, as fórmulas neste Anexo assumem os sinais por convenção seguintes:
Momentos de flexão são positivos (face 1 em tensão)
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Forças de compressão e tensões são positivas


Cargas descendentes são positivas
Deflexões descendentes são positivas

E.2 Generalidades
Os valores de cálculo Ed dos efeitos das ações devem ser calculados e devem ser comparados com os valores
de cálculo da correspondente resistência Rd ou o valor de cálculo de um critério de aptidão relevante Cd tendo
em conta os fatores parciais do material apropriados M.
Deve ser verificado por cálculo e/ou ensaios que as Fórmulas (E.1 a E.4) são satisfeitas utilizando os
procedimentos de E.5 a E.7.
Estado limite último: EULS:d  Rd (E.1)
Estado limite de serviço: ESLS:d  Cd (E.2)
onde:
EULS:d e ESLS:d são os valores de conceção dos efeitos das ações, isto é:
Ed = efeito de  f  Ski (E.3)
Rd = Rk / M = valor de cálculo da resistência no estado limite último (E.4)
Cd = valor de cálculo limite do critério de aptidão relevante, expresso como a tensão de cálculo do
estado limite de serviço máximo ou limite na deflexão tendo em conta o fator parcial do material para o
cálculo do estado limite de serviço M
Ski = valor característico de uma ação
f = fator de carga relevante
 = fator de combinação relevante
M = fator parcial relevante de segurança do material
Rk = valor calculado ou experimental da resistência característica
NOTA 1: Os procedimentos que se seguem estão em conformidade com as “European Recommendations for Sandwich Panels: Part 1:
Design” 2 e apresentam um subconjunto de procedimentos mais detalhados que são dados nestas Recomendações.
NOTA 2: Esta Norma de produto trata principalmente dos valores Rd e Cd. Os níveis de carga e os níveis de segurança poderão ser
especificados por cada Estado-Membro.

E.3 Ações
E.3.1 Generalidades
As ações referidas em E.3.2 a E.3.4 devem ser tidas em conta nos cálculos. Elas devem ser consideradas quer
individualmente quer em combinação utilizando os fatores de combinação de E.5 e E.6.

E.3.2 Ações permanentes


As ações permanentes a serem tidas em conta no cálculo devem incluir o seguinte:
- peso próprio do painel (calculado das dimensões nominais e massas volúmicas aparentes médias);
- massa de quaisquer componentes permanentes da estrutura e instalação que aplicam carga ao painel;
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- deformações permanentes impostas, por exemplo devidas a temperaturas em câmaras frigoríficas


(calculadas utilizando valores nominais relevantes para a aplicação específica).

E.3.3 Ações variáveis


As ações variáveis incluem o seguinte, quando são relevantes:
- neve (ação quase permanente);
- ações intermitentes (por exemplo, devidas a acesso a um telhado ou a um teto);
- cargas do vento;
- cargas da construção;
- efeitos climáticos (por exemplo, devidos a diferenças de temperatura entre as faces de um painel).
Os gradientes de temperatura resultantes das diferenças entre temperaturas exteriores T1 e temperaturas
interiores T2 são ações variáveis.
NOTA 1: Se as especificações nacionais não derem valores para temperaturas exteriores, poderão ser utilizados os valores seguintes
como temperatura da face exterior:
Dependendo da latitude, da altitude acima do nível do mar e da distância para o mar, são utilizados no continente europeu quatro
níveis mínimos de temperaturas de Inverno (T1): 0 ºC, -10 ºC, -20 ºC e -30 ºC. A temperatura da face exterior de um painel de telhado
coberto com uma camada de neve é 0 ºC.
A temperatura T1 da face exterior tem um valor máximo de Verão que depende da cor e da refletividade da sua superfície. Os valores
de T1, que são mínimos para os cálculos do estado último e que são adequados para os cálculos do estado limite de serviço, poderão
ser tomados assim:
(i) Cores muito claras RG = 75-90 T1 = +55 ºC
(ii) Cores claras RG = 40-74 T1 = +65 ºC
(iii) Cores escuras RG = 8-39 T1 = +80 ºC
em que RG é o grau de reflexão relativo ao óxido de magnésio = 100 %.
Em casos especiais, a temperatura máxima de uma face exposta ao sol poderá ser determinada mais precisamente em função da cor
efetiva utilizada.
Se as especificações nacionais não dão valores para as temperaturas internas (ambiente), poderão ser utilizados os seguintes valores
para a temperatura da face interior. Quando as temperaturas internas são específicas para a utilização do edifício (por exemplo,
câmaras frigoríficas, padarias) a temperatura deverá ser fornecida pelo designer ou utilizador do edifício.
Verão: T2 = +25 ° C Inverno: T2 = +20 ° C
NOTA 2: A maior diferença entre as temperaturas do interior e exterior poderão surgir durante a instalação.

E.3.4 Ações devidas a efeitos de longo prazo


Quando relevante, a fluência do material do núcleo deve ser tida em conta no cálculo.
NOTA 1: A fluência do núcleo poderá causar uma alteração tanto nas tensões como nas deformações, com o tempo.
NOTA 2: A fluência é relevante apenas para os painéis utilizados em telhados e em tetos.

E.4 Resistência
E.4.1 Generalidades
Os valores de resistência necessários para o cálculo devem ser determinados de acordo com a secção 5.2.
Além disso, dependendo da aplicação, os procedimentos das secções E.4.1 e E.4.2 poderão ser requeridos.
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NOTA: São requeridos os seguintes valores característicos de resistência a fim de realizar o dimensionamento por cálculo de acordo
com este Anexo – ver Quadro E.2.

Quadro E.2 – Valores característicos da resistência


Valores característicos da resistência Secção Ensaio
Limite de elasticidade das faces 5.1.2 
Resistência ao corte do material do núcleo 5.2.1.2 A.3 ou A.4
Resistência à compressão do material do núcleo A.2
5.2.1.4
(e/ou capacidade de reação de um apoio) (A.15)
Resistência ao corte após cargas de longo termo
5.2.1.5 A.3.6
(apenas para painéis de telhados e de tetos)
Tensão de enrugamento (flexão positiva e negativa) a temperaturas normais e a
altas temperaturas (ou capacidade do momento-fletor para painéis com uma ou 5.2.1.7 A.5 e A.5.5.5
duas faces perfiladas)
Tensão de enrugamento sobre um apoio central (flexão positiva e negativa, a
temperatura normal e alta) determinada a partir da capacidade do momento-fletor 5.2.1.8 A.7 e A.5.5.5
(apenas para painéis contínuos sobre dois ou mais vãos)
NOTA: No Quadro E.2, o termo resistência ao enrugamento inclui a tensão ao empeno local de uma face perfilada em compressão.

Adicionalmente, é requerido o seguinte a fim de realizar os cálculos necessários – ver Quadro E.3.
Quadro E.3 – Requisitos de cálculo adicionais

Valores característicos Secção Ensaio


Espessura de conceção das faces E.7.3 
Módulo de elasticidade ao corte do material do núcleo 5.2.1.2 A.3 ou A.4
Coeficiente de fluência (apenas para telhados e tetos) 5.2.1.3 A.6

A comparação entre valores de cálculo das ações e os valores de cálculo da resistência de acordo com a secção
E.2 é usualmente feita em termos de tensões, que são determinadas a partir das tensões resultantes de acordo
com E.7.2.5 e E.7.2.6. A determinação da resistência à compressão (tensão de enrugamento) de uma face
perfilada a partir da capacidade do momento-fletor do painel requer um cálculo com utilização das equações
dadas em E.7.5.2 (Quadro E.10.2).

E.4.2 Resistência residual à flexão num apoio intermédio


Se a curva carga-deflexão, determinada de acordo com A.7, tem a forma apresentada na Figura E.2 a) a
obtenção de um momento-fletor máximo num apoio interior corresponde ao estado limite de serviço. Além
disso, quando requerido, um momento residual diferente de zero deve ser determinado e incorporado nos
cálculos no estado limite último. Se a curva carga-deflexão cai bruscamente, tal como mostrado na Figura E.2
b), a obtenção de um momento-fletor máximo num apoio interior deve ser considerada como correspondente
ao estado limite último.
Um valor apropriado para o momento residual diferente de zero Mrest deve ser determinado a partir de um tipo
de curva carga-deflexão (a) subtraindo a componente elástica da deflexão e escolhendo Mrest como sendo o
momento correspondente a uma rotação de 3º da “rótula plástica” sobre a parte descendente da curva.
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Legenda:
F carga
W deflexão
Figura E.2 a) – Curva carga-deflexão (rutura gradual Figura E.2 b) – Curva carga-deflexão (rutura brusca
com porção descendente longa) com perda de carga rápida)

Poderá ser feita uma avaliação da resistência residual à flexão considerando a redução do momento de apoio
último com uma rotação da “rótula plástica” de 3º. Se a redução é superior a 40 % do momento máximo
obtido, ela deverá ser considerada como uma “rutura brusca” e o momento residual deverá ser considerado
zero.

E.4.3 Capacidade de reação de um apoio de extremidade

E.4.3.1 Generalidades
A capacidade de reação na extremidade de um painel onde a superfície de contacto é ou lisa, ou ligeiramente
perfilada, deve ser determinada quer por cálculo de acordo com E.4.3.2 ou por ensaios em painéis de largura
total de acordo com A.15.5.
A capacidade de reação num apoio interior deve ser determinada por cálculo de acordo com E.4.3.2. Este
cálculo poderá ser melhorado pela utilização de um valor de "k" determinada pelo ensaio de acordo com
A.15.5.
A capacidade de reação a um suporte interno no estado limite de serviço deve ser determinado pelo ensaio de
acordo com A.7.

E.4.3.2 Cálculo da capacidade de reação de um apoio


A capacidade de compressão de um apoio de extremidade sem uma saliência ou com uma saliência menor que
0,6e (Figura A.21) deve ser dada pela Fórmula (E.5):
FR1 = B  (LS + 0,5  k  e)  fCc (E.5)
Uma extremidade do apoio com uma saliência maior que 0,6e deve ser tratada como um apoio interno. Para a
capacidade ao corte numa extremidade do apoio, ver A.15.
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A capacidade num apoio interno deve ser dada pela Fórmula (E.6):
FR2 = B  (LS + k  e)  fCc (E.6)
onde:
B é a largura do painel
LS é a largura do apoio
e é a distância entre os centros de gravidade das faces
fCc é o valor declarado da resistência à compressão na sequência dos ensaios de tipo
k é o parâmetro de distribuição
k deve ser determinado por ensaios de acordo com A.15.5, ou então devem ser utilizados os seguintes valores:
- para núcleos de espumas plásticas rígidas ou de vidro celular em que e < 100 mm, k = 0,5;
- para núcleos de espumas plásticas rígidas ou de vidro celular em que e  100 mm, k = 0,5 com
e = 100 mm nas Fórmulas (E.4) e (E.5);
- para todos os outros casos, k = 0.

E.5 Regras de combinação

E.5.1 Generalidades
Os princípios segundo os quais as combinações relevantes de ações devem ser comparadas com as resistências
correspondentes para fornecer os níveis de segurança apropriados quer para o estado limite último quer para o
estado limite de serviço, devem estar de acordo com E.5.2 a E.5.5.
Os princípios e os procedimentos deste Anexo estão de acordo com a EN 1990. Contudo, os valores
recomendados dos fatores de combinação e dos fatores parciais de material são particulares para os painéis
sanduíche e refletem as características específicas deste produto, especialmente a importância acrescida das
tensões de temperaturas e deflexões, a natureza potencialmente altamente variável das características
influenciadas pelas propriedades do material do núcleo e a influência da fluência.
Valores determinados de acordo com Requisitos Regulamentares Nacionais de qualquer destes fatores poderão
ser utilizados desde que tenham sido formalmente declarados como sendo apropriados para painéis sanduíche.
NOTA: A temperatura é frequentemente o caso de carga dominante e poderá provocar maiores tensões e/ou deflexões do que o vento,
neve ou cargas impostas.

E.5.2 Estado limite último


O estado limite último, que corresponde à capacidade de carga máxima do painel, deve ser caracterizada pelo
mais crítico dos seguintes modos de rutura quer individualmente, quer em combinação:
- cedência de uma das faces do painel com a consequente rutura;
- enrugamento (empeno localizado) de uma face de um painel com a consequente rutura;
- rutura do núcleo ao corte;
- rutura da ligação entre a face e o núcleo;
- rutura ao corte de uma camada de uma face perfilada;
- esmagamento do núcleo num suporte;
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- rutura dos painéis nos pontos de fixação à estrutura de suporte.

E.5.3 Combinação dos efeitos das ações para o estado limite último
Para cada caso de carga, o valor de cálculo para os efeitos das ações no estado limite último deve ser obtido
pela soma dos efeitos das ações separadas multiplicado pelos fatores de carga apropriados e coeficientes de
combinação tal como indicado no Quadro E.4.
Quadro E.4 – Valores de conceção de efeitos das ações para utilização quando da combinação de ações para o
estado limite último de acordo com a EN 1990
Ações variáveis Qd
Ações permanentes Gd
Dominante com o seu valor Outras com os seus valores de
(peso próprio, etc.)
característico combinação
G  Gk Q1  Qk1 Qi  0i  Qki

Os valores de cálculo do Quadro E.4 devem ser combinados de acordo com a Fórmula (E.7) da seguinte
forma:
S d   G Gk   Q1Qk 1    Qi 0i Qki (E.7)
i 1

Onde:
Gk é o valor característico da ação permanente
Qk1 é o valor característico da ação variável dominante
Qki é o valor característico da ação variável i (i > 1) não dominante
G é o fator de segurança parcial para a ação permanente
Qi é o fator de segurança parcial para a ação variável i
0 é o coeficiente de combinação da ação variável i (ver Quadro E.6)

E.5.4 Estado limite de serviço


A verificação do estado limite de serviço deve ser suficiente para assegurar o correto funcionamento dos
painéis submetido a cargas de serviço. O estado limite de serviço deve ser caracterizado por um dos seguintes
elementos:
- cedência de uma face do painel sem rutura consequente;
- enrugamento (empeno localizado) de uma face de um painel sem a consequente rutura;
- rutura do núcleo ao corte;
- rutura da ligação entre a face e o núcleo;
- obtenção de uma deflexão limite especificada.
- obtenção de determinados montantes de movimento axial no painel devido à expansão térmica e contração
nas faces.

Na falta de qualquer outra informação de normas nacionais, poderão ser utilizados os seguintes limites de
deflexão indicativos.
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Telhados e tetos - cargas de curto termo vão/200


Tetos - cargas de longo termo (incluindo fluência) vão/100
Paredes vão/100
NOTA: Houve uma perceção de que a expansão térmica e contração nas faces causa curva térmica tal que o movimento axial nas
extremidades dos painéis pode ser negligenciado. Uma pesquisa recente mostrou que isso nem sempre é verdadeiro. Curva térmica
reduz o movimento axial mas não o elimina. O movimento que permanece poderá ser significativo e tem de ser considerado nos
pormenores das ligações. Este efeito é suscetível de ser um problema potencial em casos especiais, por exemplo com painéis
compridos por exemplo 20 m com revestimentos de alumínio, particularmente em voltas finais.

E.5.5 Combinação dos efeitos de ações para os estados limite de serviço


Para cada caso de carga, o valor de cálculo para os efeitos das ações no estado limite de serviço deve ser
obtido somando os efeitos das ações em separado multiplicado pelos seus fatores de carga apropriados e
coeficientes de combinação tal como indicado no Quadro E.5.
A verificação do estado limite de serviço deve incluir a consideração tanto das tensões como das deflexões.
A primeira (rara) combinação deve ser utilizada para garantir que não ocorrem danos visíveis no painel no
estado limite de serviço.
NOTA: Para tal fim, é geralmente suficiente verificar que não existe enrugamento ou cedência no material da face em compressão
num apoio intermédio.

A segunda (frequente) combinação deve ser utilizada para controlar as deflexões.


Os fatores de carga G e Q devem ser considerados iguais a 1,0 exceto quando houver especificação diferente.
Quadro E.5 – Valores de efeitos de ações de conceção para utilização na combinação de ações para estados
limite de serviço
Ações permanentes Ações variáveis Qd
Combinação
Gd Dominante Outras
Característica (rara) Gk Qk1 0i  Qki
Frequente Gk 11  Qk1 0i 1i  Qki

a) Combinação característica (rara) (para resistência em apoios intermédios) de acordo com a Fórmula (E.8):
S d   Gkj  Qk1   0i Qki (E.8)
j 1 i 1

b) Combinação frequente (para deflexões) de acordo com a Fórmula (E.9):


S d   Gkj  11Qk1   0i 1i Qki (E.9)
j 1 i 1

Onde:
0i é o coeficiente de combinação de uma ação variável i (i > 1) a ser utilizado em combinações
características
11 é o coeficiente de combinação do efeito de uma ação dominante Qk1 a ser utilizado em
combinações frequentes e
1i é o coeficiente de combinação de outros efeitos de ações Qki (i > 1) a ser utilizado em
combinações frequentes
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Os valores dos coeficientes de combinação 0i e1i devem ser os dados no Quadro E.6.

E.6 Coeficientes de combinação e fatores de segurança


E.6.1 Coeficientes de combinação
Os valores dos coeficientes 0 e 1 definidos em E.5.3 e E.5.5 devem ser os dados no Quadro E.6 a menos que
estes sejam dados no todo ou em parte em requisitos regulamentares nacionais relativos a painéis sanduíche
(Quadro E.7). Não é admissível remover o fator de combinação para a temperatura se não for dado um valor
nos requisitos regulamentares nacionais.
Quadro E.6 – Valores dos coeficientes de combinação 0 e 1
Coeficientes Fatores
de
Neve Vento Temperatura
combinação
0 0,6 0,6 0,6 / 1,0 a)
1 0,75 / 1,0 b) 0,75 / 1,0 b) 1,0
a)
O coeficiente 0 = 1,0 é utilizado se a temperatura de Inverno T1 = 0 ºC é combinada com neve.
b)
O coeficiente 1 = 0,75 para neve e vento é utilizado se a combinação inclui os efeitos de ação de duas ou mais ações variáveis
e o coeficiente 1 = 1,0 para neve e vento é utilizado se existe, na combinação, apenas um efeito de ação simples representando
as ações variáveis e é gerado quer pela carga isolada da neve, quer pela carga isolada do vento, atuando isoladas.
NOTA: O Quadro E.6 deverá ser lido em conjunto com o Quadro E.8

Como alternativa aos valores do Quadro E.6, poderão ser utilizados os valores do Quadro E.7, que estão de
acordo com a EN 1990, quando requerido por requisitos regulamentares nacionais.
Quadro E.7 – Valores alternativos dos coeficientes de combinação 0 e 1
Coeficientes Fatores
de
Neve Vento Temperatura
combinação
0 0,5 ou 0,7 a)
0,6 0,6
1 0,2 ou 0,5 a)
0,2 0,5
a)
Os valores mais altos do coeficiente de carga da neve são aplicáveis na Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia (ver EN 1991-1-3)
e nos restantes Estados-Membros do CEN para locais a uma altitude superior a 1000 m acima do nível do mar.

E.6.2 Fatores de carga


Os valores dos fatores de carga F dados no Quadro E.8 devem ser utilizados a menos que requisitos
regulamentares nacionais requeiram outros valores. Não é permitido remover a ação da temperatura se não for
dado um fator de carga nos requisitos regulamentares nacionais. O fator entre parêntesis para ações
permanentes deve ser utilizado se o efeito da ação é favorável.
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Quadro E.8 – Fatores de carga F


Estado limite
Ações
Estado limite último Estado limite de serviço
Ações permanentes G 1,35 (1,00) 1,00
Ações variáveis 1,50 1,00
Ações da temperatura 1,50 a) 1,00
Efeitos de fluência 1,00 1,00
a)
As ações da temperatura poderão ser substituídas por 1,35 quando disposições regulamentares válidas no país de utilização do
painel assim o requerem.

E.6.3 Fatores materiais

E.6.3.1 Generalidades
Os fatores de segurança do material M devem refletir a variabilidade das propriedades mecânicas dos painéis
sanduíche, tal como indicado pelos resultados dos ensaios de tipo inicial e do controlo da produção em fábrica.
Duas abordagens alternativas são dadas e uma ou outra devem ser usadas.
Em E.6.3.2, M é determinado com base nos resultados de ensaio. Inicialmente, esta determinação poderá ser
baseada nos valores obtidos durante os ensaios de tipo inicial mas, subsequentemente, deve ser verificado
contra os resultados do controlo da produção em fábrica e os fatores de segurança do material atualizados
conforme for necessário. Este procedimento é também aplicável a famílias de resultados de ensaios definidas e
avaliadas de acordo com a secção 6.3.3.
Em E.6.3.3, os valores nominais de M dados são baseados em experiência passada.
Estes valores devem ser usados a menos que as normas nacionais requeiram a utilização de outros valores.

E.6.3.2 Determinação de M baseado nos resultados dos ensaios


Os fatores de segurança do material M para os estados limite último e de serviço devem ser determinados de
acordo com a EN 1990. Poderão ser utilizadas as seguintes equações:
Para o estado limite último (E.10):

 M  1,05e 2,115v (E.10)


Para o estado limite de serviço (E.11):
 M  1,0e0, 755v (E.11)
onde:
v é a variância de Ln(x)
x é a população dos resultados de ensaio (ver E.6.3.1)
As fórmulas acima mencionadas também poderão ser utilizadas para obter fatores de segurança unificado em
famílias completos de resultados de ensaio avaliados de acordo com a secção 6.3.3, em que:
v é a variância de Ln(xn)
x é a população normalizada dos resultados de ensaio
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E.6.3.3 Valores nominais de M baseados em experiência passada


Os valores de M dados no Quadro E.9 devem ser usados.
NOTA: Os fatores de segurança do material apresentados no Quadro E.9 são exemplos de valores que poderão ser obtidos para um
produto com propriedades relativamente consistente, tais como PUR ou PIR continuamente laminados. Eles poderão não ser fiáveis
para produtos com propriedades menos consistentes.

Quadro E.9 – Fatores de segurança do material M


Estado limite
Propriedade à qual se aplica M
Estado limite último Estado limite de serviço
Cedência de uma face metálica 1,1 1,0
Enrugamento de uma face metálica no vão (v  0,09) 1,25 1,1
Enrugamento de uma face metálica num apoio
1,25 a) 1,1
intermédio (interação com a reação no apoio)
Corte no núcleo (v  0,16) 1,5 1,1
Rutura ao corte numa face perfilada 1,1 1,0
Esmagamento do núcleo (v  0,13) 1,4 1,1
Capacidade de reação do apoio numa face perfilada 1,1 1,0
b)
Rutura de uma fixação 1,33 1,0 b)
Rutura de um elemento num ponto de ligação 1,33 b) 1,0 b)
a)
O fator do material para o enrugamento no estado limite último é necessário se a conceção é baseada em análise elástica ou se é
utilizada uma resistência à flexão não nula em apoios intermédios numa conceção baseada em análise plástica.

b)
Se o valor característico da resistência de uma ligação não é baseado num número suficiente de ensaios para obtenção de um
valor estatisticamente fiável, devem ser utilizados valores mais altos dos fatores de segurança do material.

E.7 Cálculo dos efeitos das ações


E.7.1 Generalidades
Na determinação das tensões internas resultantes e das deflexões, a flexibilidade do núcleo ao corte deve ser
tida em conta. Para tal, deve ser utilizado um valor constante do módulo de elasticidade ao corte do núcleo,
correspondendo a um valor médio nas condições normais de temperatura interior. Os resultados das tensões
devem então ser determinados utilizando os métodos descritos em E.7.2.

E.7.2 Métodos de análise

E.7.2.1 Generalidades
Deve ser utilizado um ou outro dos seguintes métodos de análise:
- análise elástica;
- análise plástica.
A análise elástica deve ser utilizada para o estado limite de serviço e poderá ser utilizada para o estado limite
último.
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A análise plástica deve apenas ser utilizada para o estado limite último e deve ser utilizada sempre que o
cálculo é controlada por tensões de flexão num apoio interno. A análise plástica não deve ser utilizada quando
o primeiro modo de rutura é a rutura ao corte do núcleo, a menos que o material do núcleo apresente uma
adequada capacidade plástica de resistência ao corte.

E.7.2.2 Análise elástica


Os efeitos de ação S (momentos fletores, forças normais e de corte, deflexões, movimentos axiais devidos a
expansão ou contração térmica) resultando da combinação de todas as ações aplicadas ao painel sanduíche
devem ser encontrados utilizando a teoria da elasticidade tendo em conta a flexibilidade ao corte do material
do núcleo.
Fórmulas para alguns casos frequentes são dadas nas secções:
- E.7.4 para painéis com faces ligeiramente perfiladas;
- E.7.5 para painéis com faces perfiladas.

E.7.2.3 Análise plástica


A distribuição do momento-fletor no estado último num elemento sanduíche contínuo poderá ser escolhida
arbitrariamente, desde que as tensões internas resultantes estejam em equilíbrio com as ações, que devem ser
iguais ou superiores à combinação mais desfavorável de ações ponderadas, e que as resultantes das tensões
internas nunca ultrapassem a resistência plástica da secção reta.
Em cálculos de análise plástica no estado limite último, um painel sanduíche contínuo de vãos múltiplos
poderá ser substituído por uma série de painéis simplesmente apoiados com resistência à flexão nula nos
apoios intermédios. Neste modelo de cálculo, as tensões geradas pela diferença de temperaturas entre as faces
desaparecem nos painéis sanduíche com faces planas ou ligeiramente perfiladas.
Uma alternativa consiste na aplicação do procedimento de ensaio dado em E.4.2 que permite determinar um
momento residual não nulo num apoio interno. Os momentos fletores dos apoios interiores no estado limite
último poderão ser escolhidos como inferiores ou iguais ao momento plástico da resistência determinada desta
forma e diminuídos por um fator de segurança do material de acordo com o Quadro E.9.

E.7.2.4 Princípios estruturais gerais


Deve ser assumido que, para a gama de deformações a considerar, os materiais do núcleo e das faces
permanecem linearmente elásticos, exceto se no cálculo plástico são assumidas “rótulas plásticas”. Deve
também ser assumido que a rigidez do núcleo ao alongamento é tão pequena em comparação com a das faces
que a influência das tensões normais longitudinais no núcleo poderá ser negligenciada. A capacidade de carga
de um painel sanduíche deve então ser dividida em duas componentes (ver Figuras E.3 e E.4):
a) Para momentos-fletores:
num momento componente MF nas faces metálicas e num momento componente MS (parte sanduíche)
resultando das forças normais NF1 e NF2 nas faces multiplicadas pela distância entre os centros de
gravidade e.
b) Para forças de corte:
numa componente de força de corte VF nas faces e uma componente de força de corte VS na parte
sanduíche da secção.
Se as faces de um painel sanduíche são finas e planas ou se são ligeiramente perfiladas, a rigidez das faces à
flexão (BF1 = EF1.IF1, BF2 = EF2.IF2) é pequena e tem efeito negligenciável nas distribuições das tensões e
deflexões do painel, caso em que a rigidez das faces à flexão deve ser negligenciada (BF1 = BF2 = 0) na análise
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e os cálculos devem ser baseados unicamente nas resultantes das tensões MS = e × NF1 = e × NF2 e VS (ver
Figuras E.3 e E.4, Fórmulas (E.12) e (E.15)).
NOTA 1: As forças normais NF1 e NF2 geram uma distribuição uniforme de tensões de compressão e de tração sobre as faces
interiores e exteriores, enquanto que os momentos-fletores MF1 e MF2 resultam em tensões normais que variam linearmente nas
profundidades das faces. O empeno local de um flanco comprimido de uma face perfilada torna a distribuição das tensões normais na
face não linear.
NOTA 2: A força de corte Vs dá lugar a uma distribuição constante da tensão de corte TC na profundidade do núcleo, quando é
ignorada a rigidez à tração e à compressão da camada do núcleo no sentido longitudinal do painel. As forças de corte VF1 e VF2
originam as tensões TF1 e TF2 nas camadas das faces apresentando rigidez à flexão persistente.

Estas tensões de corte TF1 e TF2 devem ser consideradas constantes ao longo das profundidades dos flancos das
faces metálicas perfiladas (ver Figura E.6 e Fórmula (E.16)).
As figuras e as fórmulas que se seguem assumem o seguinte convenção de sinais:
- "Flacidez" momentos de flexão (tensão sobre a face inferior) são positivos
- As forças de tração da face 'N' são positivas
- Tensões de tração são positivas.

Legenda:
a face 1
b núcleo
c face 2

Figura E.3 – Tensões resultantes num painel sanduíche com faces finas (plano ou ligeiramente perfilado)

Legenda:
Como na Figura E.3

Figura E.4 – Distribuição de tensões ao longo da secção reta num painel sanduíche de faces finas
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Legenda:
Como na Figura E.3
Figura E.5 – Resultantes das tensões num painel sanduíche com faces perfiladas

Em painéis com uma ou ambas as faces perfiladas (espessas), a rigidez à flexão das faces não deve ser
negligenciada (BF1 + BF2  0). As tensões resultantes na secção reta devem ser M = MS + MF1 + MF2 e V = VS +
VF1 + VF2 (ver Figuras E.5 e E.6 e as Fórmulas (E.13), (E.15) e (E.16)).

Legenda:
Como na Figura E.3
Figura E.6 – Distribuição das tensões ao longo da secção recta num painel sanduíche com faces perfiladas

E.7.2.5 Tensões de flexão


Após a realização uma análise adequada de acordo com E.7.2, E.7.3 e E.7.4, as tensões de flexão nas faces
devem ser determinadas utilizando as Fórmulas (E.12 a E.14):
N F1 M NF2 M S
 F1    S ,  F2   (E.12 a, b)
AF 1 eAF 1 AF 2 eAF 2
M F1 M F1
 F 11   F 1  d11 ,  F 12   F 1  d12 (E.13 a, b)
I F1 I F1
M F2 M F2
 F 21   F 2  d 21 ,  F 22   F 2  d 22 (E.14 a, b)
IF2 IF2
onde:
AF1 e AF2 são as áreas das secções retas das faces
IF1 e IF2 são os momentos de inércia de flexão das faces
e os outros símbolos são definidos na Figura E.1 e Figuras E.3 a E.6
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E.7.2.6 Tensões de corte


Após a realização uma análise adequada de acordo com E.7.2, E.7.3 e E.7.4, as tensões de corte no núcleo e
nas faces respetivamente devem ser determinadas utilizando as Fórmulas (E.15) e (E.16):
VS
C  (E.15)
eB
VF 1 VF 2
 F1  ,  F2  (E.16 a, b)
n1 s w1t1 n2 s w 2 t 2
onde:
sw1 e ws2 são os comprimentos dos flancos das faces perfiladas
n1 e n2 são os números dos flancos nas faces perfiladas do painel

E.7.2.7 Reações nos apoios


As reações nos apoios internos e das extremidades devem ser determinados por ensaios ou análises de acordo
com E.7.3.

E.7.2.8 Expansão e contração térmica


A expansão e contração térmica nas extremidades de um painel surgem como uma combinação da expansão e
contração térmica linear das faces de metal devido a mudanças de temperatura e as tensões axiais devido à
curvatura térmica. As tensões axiais devidas à curvatura térmica tendem a reduzir o movimento da face
exterior e induzir movimentos de compensação na face interior. Sempre que necessário para os pormenores de
ligações, estes movimentos poderão ser calculados integrando as tensões da face resultantes da componente de
sanduíche dos momentos de flexão associados com curvatura térmica.
NOTA 1: Ver secção E.5.4 NOTA em relação ao estado limite de serviço e onde este efeito se considera ser um potencial problema.

Uma aproximação segura para o movimento térmico livre ao longo do comprimento L de um painel longo
poderá ser determinada. Uma estimativa segura do movimento térmico livre ao longo do comprimento L de
um painel longo poderá ser determinada como se segue:

 E A E A 
Momento fletor do componente sanduíche, M S  e  F 1 F 1 F 2 F 2  T2  2  T1 1 
 EF 1 AF 1  EF 2 AF 2 

MS L
Alongamento da face 1 = L 1 T1  
e AF 1 EF 1

MS L
Alongamento da face 2 = L  2 T2  
e AF 2 EF 2

Onde  é um coeficiente de redução para efeitos de extremidade que, na ausência de um valor mais
exato, poderá ser considerado como sendo 0,85 para uma face externa exposta de aço, e 0,7 para uma face
externa exposta de alumínio.
NOTA 2: Neste contexto, "longo" poderá ser entendido como um painel contínuo ao longo de 6 ou mais vãos. Para os painéis
mais curtos esta aproximação tenderá a subestimar o movimento líquido como consequência de efeitos finais.
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NOTA 3: Os próprios painéis são muito rígidos de modo que qualquer movimento relativo das faces, devido à expansão e contração
térmica é principalmente retomado pelas ligações. A experiência tem mostrado que, na maioria dos casos, os movimentos que surgem
podem ser acomodados por sistemas de fixação convencionais. Situações em que a conexão detalhada pode requerer uma atenção
mais detalhada são painéis longos, painéis com uma face exterior de alumínio e telhados longos onde os painéis acabam numa
extremidade final. Combinações destes fatores são suscetíveis de ser particularmente críticas.

E.7.3 Sistema estático, geometria e espessura


O sistema estático utilizado no cálculo de painéis sanduíche deve estar de acordo com o número e localização
dos apoios nas aplicações práticas tanto para cargas de pressão como de levantamento. Os comprimentos dos
vãos são determinados como sendo as distâncias entre as linhas médias dos apoios. Os painéis sanduíche são
geralmente considerados como podendo efetuar uma rotação e deslocar-se axialmente sobre os apoios sem
restrições de encastramento, o que corresponde então a condições de apoio “simples” entre o painel sanduíche
e o suporte. Se o cálculo dos valores toma em consideração uma rigidez parcial ou total contra a rotação nos
apoios, a validade dessa hipótese deve ser verificada experimentalmente.
As dimensões que são significativas para o comportamento estático e a resistência, tais como a altura e a
largura assim como as dimensões dos perfis das faces, devem corresponder às dimensões efetivas do painel
sanduíche em questão. Se os cálculos se baseiam sobre as dimensões nominais, as dimensões efetivas devem
corresponder às utilizadas nos cálculos tendo em conta as tolerâncias dadas na secção 5.2.5.
A espessura de cálculo de uma folha de aço das faces deve ser tomada como td = tnom – tzinco – 0,5 ttol, em que
tnom é a espessura nominal da folha de aço, tzinco é a espessura total das camadas de zinco (ou revestimento de
proteção similar) e ttol a tolerância normal ou especial de acordo com a EN 10143. Se a tolerância especial é
fixada de acordo com a EN 10143, a espessura de cálculo deve ser tomada como td = tnom – tzinco (sem qualquer
redução). A espessura de cálculo de outras folhas metálicas das faces, tais como as feitas com alumínio, aço
inoxidável ou cobre deve ser determinada de forma a representar valores de espessura mínimos
estatisticamente fiáveis. Para estes materiais, a espessura de cálculo deve ser deduzida como td = tnom – 0,5 ttol
para tolerâncias normais e td = tnom para tolerâncias especiais. Em todas as equações desta Norma a espessura
de cálculo é designada por t.

E.7.4 Painéis sanduíche de faces planas ou ligeiramente perfiladas

E.7.4.1 Generalidades
Em painéis com faces planas ou com faces que são apenas ligeiramente perfiladas, a rigidez à flexão das faces
deve ser negligenciada em comparação com a rigidez à flexão da parte sanduíche da secção reta. As
resultantes das tensões globais nos componentes não devem ser divididas.
NOTA: O momento-fletor total é sustentado pelas forças normais nas faces e a força de corte total resulta das tensões de corte no
núcleo.

E.7.4.2 Painéis de vão simples


O comportamento estático dos painéis sanduíche de vão simples deve ser ilustrado pelas expressões das
resultantes das tensões e das deflexões provocadas por uma carga uniformemente distribuída e uma diferença
de temperatura (resultantes das tensões por unidade de largura) tal como estipulado no Quadro E.10.1.

E.7.4.3 Painéis contínuos de vãos múltiplos


NOTA: Com painéis sanduíche contínuos (painéis de vãos múltiplos), a flexibilidade do núcleo ao corte dá lugar, a nível dos apoios
internos, a momentos mais fracos do que aqueles que se produziriam com uma ligação rígida ao corte entre as faces.

O comportamento estático dos painéis sanduíche contínuos deve ser figurado pelas expressões para o
momento-fletor, reação nos apoios e força de corte a meio suporte e a deflexão nos vãos causada por uma
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carga uniformemente distribuída e uma diferença de temperatura sobre um painel sanduíche contínuo com dois
ou três vãos (resultantes das tensões por unidade de largura) como estipulado no Quadro E.10.1.

E.7.5 Painéis sanduíche com faces fortemente perfiladas

E.7.5.1 Generalidades
NOTA: Quando a rigidez à flexão de uma face num painel sanduíche não pode ser negligenciada, o painel é ele mesmo hiperstático
independentemente de qualquer hiperstaticidade estrutural global que poderá estar presente.

São fornecidas soluções explícitas nas referências para alguns casos simples mas, em geral, devem ser
utilizados métodos numéricos de análise, por exemplo o método dos elementos finitos.

E.7.5.2 Painéis de vão simples


Soluções para uma viga sanduíche com faces fortemente perfiladas ou com faces apresentando forte espessura
de material, simplesmente apoiada e sujeita a uma carga uniformemente distribuída ou a uma diferença de
temperatura, devem estar de acordo com as mencionadas no Quadro E.10.2. As tensões resultantes são
definidas por unidade de largura.
E.7.5.3 Painéis contínuos de vãos múltiplos
Os painéis sanduíche de vãos múltiplos e com faces perfiladas (espessas) devem ser concebidos quer por
cálculo (ver NOTA 2) quer por ensaios.
NOTA 1: As tensões resultantes e as deflexões de painéis sanduíche contínuos com faces espessas podem ser determinadas
analiticamente para os casos simples mais importantes. Contudo, em muitos casos, (por exemplo, painéis com vãos desiguais) as
expressões tornam-se relativamente complicadas e requerem a utilização quer de sistemas de cálculo gráfico quer de programas de
computador para encontrar soluções numéricas para conceções práticas.
NOTA 2: Informação adicional sobre cálculos de valores para painéis sanduíche de todos os tipos, incluindo painéis de vãos
múltiplos, painéis de faces espessas, é disponibilizada em vários textos, por exemplo, “Lightweight sandwich construction”, Editor J.
M. Davies. 3

E.7.6 A influência do tempo nas deformações do núcleo ao corte


NOTA 1: Os materiais típicos de núcleo, especialmente as espumas plásticas, são materiais visco-elásticos nos quais as deformações
aumentam com o decurso do tempo, mesmo se as cargas permanecem constantes. As cargas de longo termo provocam no núcleo uma
fluência de corte que poderá ser considerada como uma redução no módulo de elasticidade ao corte GC do núcleo.
NOTA 2: As tensões e deformações devidas à fluência de corte do núcleo requerem um cálculo separado de acordo com E.7 utilizando
o valor reduzido do módulo de corte GC.

Quando relevante, o valor reduzido do módulo de corte, GCt, deve ser determinado para um período de tempo
de 2000 h com carga de neve e 100000 h para ações permanentes (peso próprio). O módulo de corte reduzido é
dado pela Fórmula (E.17):
GC (E.17)
GCt 
1  t

onde:
t é o coeficiente de fluência
t deve ser determinado por ensaios de acordo com A.6 utilizando os seguintes valores:
Para espumas plásticas rígidas (PUR, EPS, XPS):
t = 2,4 para t = 2000 h
t = 7,0 para t = 100000 h
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Para lã mineral:
t = 1,5 para t = 2000 h
t = 4,0 para t = 100000 h
A fluência sob carga da neve deve ser negligenciada em regiões onde não cai neve com regularidade durante
não mais do que alguns dias.
Se t é inferior a 0,5 os efeitos da fluência devem ser negligenciados em painéis sanduíche com faces finas,
isto é, painéis com faces planas ou micro ou ligeiramente perfiladas.

E.8 Painéis com perfis especiais

E.8.1 Generalidades
Para os fins desta secção, painéis com perfis especiais são tipificados por um painel com uma face interna
convencional e uma face externa que tem um perfil que não é uniforme ao longo do comprimento do painel.
No entanto, outras situações são possíveis, desde que sejam passíveis de conceção usando princípios e
procedimentos semelhantes aos descritos nesta seção.
NOTA: Um exemplo típico de um perfil especial é uma face de metal externo o qual é formado em 3-dimensões para simular um perfil
de azulejos.

Painéis com perfis especiais devem ser concebidos utilizando os princípios e os procedimentos descritos no
presente Anexo modificado apenas quando necessário, para ter em conta as características específicas do perfil
especial.

E.8.2 Determinação das propriedades efetivas das faces e do núcleo

As propriedades devem ser determinadas com base em ensaios de flexão de acordo com A.5, a fim de
determinar o momento fletor característico positivo e negativo.
Se o modo de falha em flexão à tração é negativo na face perfilada, um outro conjunto de ensaios de flexão
deve ser realizado no qual a face perfilada é substituída por uma face plana de espessura semelhante. Os
resultados destes ensaios são depois usados para determinar a resistência ao enrugamento da face inferior, em
conformidade com A.5.
NOTA: Isto poderá ser conseguido através da remoção do perfil e maquinação do núcleo plano e, em seguida, ligando uma face de
substituição utilizando adesivos ou poderá ser uma produção especial com um material de núcleo nominalmente idêntico.

A resistência à fluência da face perfilada é algo arbitrária e é suficiente utilizar o valor garantido como base
para os cálculos. A resistência à flexão da face perfilada deve ser negligenciada. A profundidade efetiva da
secção deve ser tomada como a distância a partir do centro da face interior de um ponto arbitrário no centro da
face perfilada.
Uma área efetiva da face positiva para os objetivos da conceção deve agora ser calculada com base na
resistência à compressão utilizando a teoria de flexão simples. Se o painel está a ser concebido para uma gama
de profundidades de núcleo, esta área efetiva poderá variar com a profundidade do painel. Se o escoamento da
face perfilada também foi o modo de rutura na flexão negativa, uma área efetiva para este caso também deve
ser calculada. A área efetiva para a conceção é, então, a mais baixa das duas áreas efetivas.
A resistência ao corte e módulo do núcleo devem ser determinados de acordo com A.3 com a face perfilada
substituída por uma face plana adequada, como descrito acima.
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E.8.3 Conceção de painéis com perfis especiais


A sequência indicada em E.8.2 fornece informação suficiente para que as fórmulas de cálculo convencional
sejam utilizadas. O modelo resultante inclui uma estimativa da deflexão. Isto deve ser verificado em relação às
curvas de deflexão da carga dos ensaios de flexão. Se isto não é conservativo, deve ser corrigido através da
inserção de um módulo de Young efetivo para a face exterior nas fórmulas de cálculo.
NOTA: A correção de deflexão não é considerada crítica quando, com perfis deste tipo, os vãos são relativamente
pequenos e a deflexão é raramente significativa.
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Quadro E.10.1 – Equações de conceção para painéis com um, dois e três vãos com faces planas ou ligeiramente perfiladas
Corte no apoio de Corte no apoio Reação no apoio Momento-fletor no Momento-fletor no Deflexão máxima no vão
extremidade interior intermédio (extremidade) vão apoio interno

Vão simples de L qL qL2 5qL4


2
1  3, 2k 
Carga uniforme q 8 384 BS

Diferença de  L2
temperaturas T1 – T2 8
2
Vão duplo de L qL  1  qL  1   1  qL2  1  qL2 1 qL4 0, 26  2, 6k  2k 2
1   1   qL 1    1   
Carga uniforme q 2  4 1  k   2  4 1  k    4 1  k   8  4 1  k   8 1 k 48BS 1 k

Diferença de 3BS 1 3BS 1 3BS 1 3BS 1 3BS 1  L2 1,1  4k


  
temperaturas T1 – T2 2L 1  k 2L 1  k L 1 k 4 1 k 2 1 k 32 1 k
Vão triplo de L qL  1  qL  1   1  qL2  1 
2
qL2 qL4 0,83  5, 6k  2k 2
1   1   qL 1   1   
Carga uniforme q 2  5  2k  2  5  2k   2(5  2k )  8  5  2k  10  4k 24 BS 5  2k

Diferença de 6 BS 1 6 BS 1 6 BS 1 1 1  L2 1, 06  k


 3BS 6 BS
temperaturas T1 – T2 L 5  2k L 5  2k L 5  2k 5  2k 5  2k 4 5  2k
EF 1 AF 1 EF 2 AF 2 e2 3BS  2T2  1T1
BS  k   
 EF 1 AF 1  EF 2 AF 2 
2
L GC AC e

AC = área da seção reta do núcleo (GCAC = S = rigidez ao corte do núcleo)

NOTA: Para a geometria e propriedades da secção ver a Figura E.1. Para sistemas de tensões ver Figuras E.3 e E.4.
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Quadro E.10.2 – Equações de conceção para painéis com um vão, com uma face perfilada e uma face plana ou ligeiramente perfilada
Corte no apoio de Momento fletor na Momento fletor
Corte no apoio interior Deflexão máxima no vão
extremidade (extremidade) vão MF1 sanduíche no vão MS

Vão simples de L qL qL2 qL2 5qL4


 1    1  3, 2k 1   
Carga uniforme q 2 8 8 384 BS

Diferença de temperaturas
 BF 1 1    BF 1 1   
 L2
T 1 – T2
0 1   
8
BF 1 BF 1
Para carga uniforme,   Para diferença de temperatura,  
BS BS
BF 1  BF 1 
1  3.2k 1  2.67 k

NOTA 1: Para outras grandezas ver o Quadro E.10.1

NOTA 2: Para a geometria e propriedades da secção ver a Figura E.1. Para sistemas de tensões ver Figuras E.5 e E.6.
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Anexo F
(informativo)

Alterações técnicas significativas entre esta Norma Europeia e a edição anterior

O Anexo F fornece detalhes das alterações técnicas significativas entre esta Norma e a edição anterior.

NOTA: As alterações técnicas referidas incluem as alterações técnicas significativas da EN revista mas não é uma lista exaustiva de
todas as modificações da edição anterior.

Quadro F.1 – Alterações técnicas nesta Norma Europeia


Tipo de
Secção Secção/Quadro/Figura Nota
alteração
2 Referências Nova EN 506: EN 508–2: EN 508–3: EN 1363–2:
normativas CEN/TS 13381–2: EN 15254–5: EN ISO 6270-1
Modificada EN 10326 a EN 10346
Eliminada EN 502, EN 10327
3 Termos e Nova 3.2: 3.3: 3.11: 3.12: 3.21: 3.22
definições
4 Símbolos, Modificada A: B: L:U: α: λ: PVC
abreviaturas
5 Requisitos, 5.1.2.1.1 e Quadro 1 Modificada Clarificação dos tipos de aço
propriedades e
métodos de 5.1.2.1.2 Nova Nova secção no revestimento da face de trás
ensaio 5.1.2.2; 5.1.2.3; 5.1.2.4 Modificada Notas nos tipos de material da face
5.1.3.2 Modificada
5.2.1.2 e Quadro 2 Nova Revisão maior – resistência ao corte e módulo
5.2.1.5 Modificada
5.2.1.7 Modificada Aproximação modificada da resistência à flexão
e resistência de enrugamento
5.2.2 Nova λ a ser declarado
5.2.3.1 e Quadro 3 Modificada
5.2.3.2 Modificada ‘Telhados’ adicionado
5.2.4.1 Eliminada
5.2.4.1(nova, era Modificada Nova Nota na Classificação ao Fogo adicionada
5.2.4.2)
5.2.4.2 Modificada CEN/TS 13381–2 adicionada
5.2.4.3 Modificada Referência ao CWFT
5.2.5 Quadro 4 Modificada Alteração em D.2.9
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Tipo de
Secção Secção/Quadro/Figura Nota
alteração
5.2.7 Modificada Valores declarados alterados
6 Avaliação da 6.1 Nova Agrupamento de produtos em famílias clarificado
conformidade,
ensaio, avaliação 6.2.2 Nova Uso dos dados de ensaio existentes
e amostragem 6.2.4 Quadro 5 Nova Espessura do painel ensaiado adicionada
6.2.5 e Quadro 6 Nova Encurtado o programa de ensaios ETI
6.3.1 Modificada Uso de dados de ensaio existentes
6.3.2 Nova Esclarecimento sobre se os valores têm de ser
reduzidos
6.3.4.2 Modificada
6.3.5.2 e Quadro 7 Modificada Modificações relativas à tensão, compressão e
ensaio de resistência ao corte
6.3.5.2 Quadro 8 Modificada Revista a frequência de ensaio
6.3.6.2 Quadro 9 Modificada Referência a painéis parcialmente ligados
incluída
6.4 Nova Uso de valores de famílias de ensaios
7 Classificação Secção 7 e Quadro 10 Modificada 5.2.1, 5.2.2, 5.2.5.4, 5.2.7 e Nota ‘c’
8 8.1 Modificada ‘f’ e Nota
Anexo A A.1.3 Modificada Referência a painéis parcialmente ligados
incluída
A.1.4: A.2.4 Modificada Procedimento de ensaio modificado
A.3.1: A.3.2: Modificada Clarificação de procedimentos. Revista
Figura A.4
A.3.3 Modificada Clarificação – painéis de espessura maior
A.3.3 Figura A.5 Nova Figura corrigida
A.3.4 Modificada Procedimento de ensaio modificado
A.3.5.1: A.3.5.2 Modificada Clarificação de definições
A.3.5.3 e Figura A.6 Nova Secção cobrindo painéis parcialmente ligados
A.3.6.1 Modificada Procedimento de cálculo modificado
A.4.1: A.4.2: A.4.3: Modificada Revisão importante cobrindo equipamentos,
A.4.4 especímenes e procedimento
A.4.5 Nova Procedimentos de cálculo revistos para cobrir
tipos diferentes de faces e métodos de carga
A.5.1: A.5.2: A.5.3 Modificada Clarificação da carga, apoio e procedimentos
A.5.4 Modificada Procedimento de ensaio modificado
A.5.5.3: A.5.5.4 Modificada Revisões maiores
A.5.6 Anulada
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Tipo de
Secção Secção/Quadro/Figura Nota
alteração
A.6.2: A.6.3 Modificada Clarificação
A.6.4 Modificada Revisto procedimento de ensaio
A.6.5.2 Modificada Clarificação
A.7.5 Modificada Procedimento em que ambas as faces são
totalmente perfiladas
A.9.2 Nova Procedimento revisto para cargas repetidas
A.10.2.1.2 Modificada Critério para λ revisto
A.10.3: A.10.4 Modificada Métodos de cálculo revistos para o valor ‘U’
A.12.5 Modificada Métodos de cálculo revistos para a
permeabilidade ao ar
A.13.3 Modificada Clarificação da montagem e fixação
Anexo A A.14.3 Modificada Clarificação da montagem e fixação
continuado
A.15.2 Modificada Clarificação da montagem e fixação
A.16.4 Nova Interpolação e extrepolação dos resultados de
ensaio
Anexo B B.2.3.1 Modificada Procedimento de amostragem revisto
B.2.4.2: B.2.5 Modificada Procedimento de ensaio revisto e critérios de
aceitação
B.3.2.1.1 e Figura B.1 Modificada Modificada a câmara de ensaio
B.3.3.1: B.3.3.2 Modificada Clarificação em relação aos especímenes de
ensaio
B.3.5 Modificada Critérios de aceitação revistos
B.5.3 Modificada Clarificação em relação aos especímenes de
ensaio
B.5.5 Modificada Critérios de aceitação revistos
B.7.2: B.7.3: B.7.4: Modificada Clarificação em relação aos especímenes de
B.7.5 ensaio, equipamento, ensaios e cálculos
Annex C C.1.1 Modificada Clarificação de princípios
C.1.1.3.1.1: C.1.1.3.1.4; Modificada Clarificação da montagem e fixação
C.1.1.3.2
C.1.2.1: C.1.2.2: C.1.2.3 Modificada Montagem e fixação e método de ensaio revistos
C.1.3 Quadro C.1 Modificada Conceção da junção e Figura C.3; adesivo; Nota
‘a’
C.1.3 Quadro 3.1 Anulada ‘Proteção sobre bordas cortadas’
C.2.1 Anulada
C.2.1 Nova Secção geral nova
C.2.2 Nova Clarificação na montagem e fixação - paredes
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Tipo de
Secção Secção/Quadro/Figura Nota
alteração
C.2.3.1: C.2.3.2: C.2.3.3 Modificada Clarificação na montagem e fixação e
cargamento
C.2.4: Quadro C.2: Nova Novas secções separadas para aplicação de
Quadro C.3 parede e telhado
C.3 Modificada Alterado de acordo com CWFT
Anexo D D.2.9 Modificada Tolerâncias
Anexo E Nota introdutória Nova
E.1.3 Nova Clarificação na convenção do sinal
E.5.4 Modificada Adicionada caracterização e nota
E.6.3.1: E.6.3.2: E.6.3.3 Modificada Clarificação
E.7.2.4 Figura E.6 Modificada Figura corrigida
E.7.2.8 Nova
E.7.3 Modificada Clarificação nas tolerâncias
E.8 Nova
Anexo ZA Quadros ZA.1.1 e Modificada
ZA.1.2
Quadros ZA.2 e ZA.3.1 Modificada
ZA.3.2: ZA.3.3: ZA.3.4 Modificada Modificada de acordo com as alterações nas
secções normativas
Figuras ZA.1, ZA.2, Modificada Modificada de acordo com as alterações nas
ZA.3 e ZA.4 secções normativas
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Anexo ZA
(informativo)

Secções desta Norma Europeia relativas a requisitos essenciais ou a outras


disposições da Diretiva da UE Produtos de Construção

ZA.1 Objetivo, campo de aplicação e características relevantes


Esta Norma Europeia foi elaborada no âmbito dum Mandato M/121 “Internal and external wall and ceiling
finishes” e o Mandato M/122 “Roof coverings” atribuídos ao CEN pela Comissão Europeia e pela
Associação Europeia de Comércio Livre.
As secções da presente Norma apresentadas neste Anexo suportam os requisitos dos Mandatos M/121 e
M/122 no âmbito da Diretiva UE relativa aos Produtos de Construção (89/106/CEE).
O cumprimento das secções desta Norma confere uma presunção da aptidão dos painéis sanduíche
abrangidos por este Anexo para as utilizações indicadas neste documento; deve ser feita referência às
informações que acompanham a marcação CE.

Este Anexo tem o mesmo objetivo e campo de aplicação da secção 1 da presente Norma relativamente aos
produtos abrangidos. Ele estabelece as condições para a marcação CE dos painéis sanduíche previstos para
as utilizações indicadas adiante e evidencia as secções relevantes aplicáveis (ver Quadros ZA.1.1 e ZA.1.2).
Produto de construção: Painéis sanduíche autoportantes, isolantes, com dupla face metálica – Produtos
manufaturados em fábrica

Utilizações previstas: a) telhados e revestimento de telhados


b) paredes exteriores e revestimento de paredes; e
c) paredes (incluindo divisórias) e tetos dentro da envolvente do edifício.
As classificações para a reação ao fogo, resistência ao fogo e desempenho com fogo exterior devem ser
acompanhadas por uma descrição do sistema ensaiado. Para exemplos ver a Figura ZA.2. a Figura ZA.3 e a
Figura ZA.4.
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Quadro ZA.1.1 – Secções relevantes para os acabamentos de paredes interiores e exteriores e tetos

Características Secções relativas a Níveis ou classes Unidades e notas


essenciais requisitos constantes mandatados
desta Norma

Resistência mecânica 5.2.1  MPa

Transmissão térmica 5.2.2  W/m2K e W/mK

Reação ao fogo 5.2.4.1 e C.1 A1 a F Classificação

Resistência ao fogo 5.2.4.2 e C.2 Ver EN 13501-2 Classificação ou DND

Resistência à tração por Ver resistência 


flexão (tetos) mecânica a)

Permeabilidade à água 5.2.6  Classes de conveniência A, B


ou C (ver secção A.11.5) ou
DND

Permeabilidade ao ar 5.2.7  Valores n e C ou DND

Permeabilidade ao vapor 5.2.8  “Aceite” ou DND


de água

Isolamento aos sons 5.2.9  Rw (C:Ctr) ou DND


aéreos

Absorção acústica 5.2.10  Valor individual w ou DND

Durabilidade 5.2.3 b) e Anexo B  “Aceite”. Cor/Refletividade


quando aplicável

Substâncias perigosas 5.2.11 


a)
Resistência à tração por flexão (para tetos apenas) é abrangida pela resistência mecânica. Poderá ser DND para uso interno.
b)
O efeito de envelhecimento em desempenho térmico é abrangido pela transmissão térmica.
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Quadro ZA.1.2 – Secções relevantes para coberturas de telhados

Características Secções relativas a Níveis ou classes Unidades e notas


essenciais requisitos constantes mandatados
desta Norma
MPa
Resistência mecânica 5.2.1 
Fluência – valor numérico
Transmissão térmica 5.2.2  W/m2K e W/mK

Desempenho com fogo 5.2.4.3 e C.3 BTELHADO(t1), Classificação


exterior – telhados BTELHADO(t2), or
BTELHADO(t3) de
acordo com a
Decisão da
Comissão
2006/600/CE, ou
XTELHADO(t4)

Reação ao fogo 5.2.4.1 e C.1 A1 a F Classificação

Resistência ao fogo 5.2.4.2 e C.2 Ver EN 13501-2 Classificação ou DND

Permeabilidade à água 5.2.6  Classes de conveniência A, B


ou C (ver secção A.11.5) ou
DND

Permeabilidade ao ar 5.2.7  Valores n e C ou DND

Permeabilidade ao vapor 5.2.8  “Aceite” ou DND


de água

Isolamento aos sons 5.2.9  Rw (C:Ctr) ou DND


aéreos

Variação dimensional 5.2.5 e Anexo D  “Aceite”

Durabilidade 5.2.3 a) e Anexo B  “Aceite”. Cor/Refletividade


quando aplicável

Substâncias perigosas 5.2.11 


a)
O efeito de envelhecimento em desempenho térmico é abrangido pela transmissão térmica.

O requisito relativo a uma determinada característica não se aplica nos Estados-Membros que não possuem
exigências regulamentares relativas a essa característica, relacionada com a utilização prevista. Neste caso,
os produtores que colocam o seu produto no mercado desses Estados Membros não são obrigados a
determinar nem a declarar o desempenho dos seus produtos relativamente a essa característica e a opção
“Desempenho Não Determinado”(DND) poderá ser utilizada na informação que acompanha a marcação CE
(ver Secção ZA.3). A opção DND não poderá, contudo, ser utilizada quando esta propriedade está sujeita a
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um valor limite, ou para as características da resistência mecânica (secção 5.2.1) que determinam a aptidão
para a utilização prevista.

ZA.2 Procedimento para atestação da conformidade de painéis sanduíche


ZA.2.1 Sistema de atestação da conformidade
Os sistemas de atestação da conformidade para painéis sanduíche em:
- - Quadro ZA 0,1.1 de acordo com a Decisão da Comissão 98/436/CE, de 1998/06/22 (ver JOUE
L194 de 1998/07/10), retificada (ver JOUE L278 de 1998/10/15) e alterado por 2001/596/CE, de
2001/01/08 (ver JOUE L209 de 2001/08/02), como consta do Anexo III do Mandato para "Roof
coverings, roof lights, roof Windows and ancillary products”,
- - Quadro ZA 0,1.2 de acordo com a Decisão da Comissão 98/437/CE, de 1998/06/30 (ver JOUE
L194 de 1998/07/10), retificada (ver JOUE L278 de 1998/10/15) e alterado por 2001/596/CE, de
2001/01/08 (ver JOUE L209 de 2001/08/02), como consta do Anexo III do Mandato para " Internal
and external wall and ceiling finishes".
Estes sistemas são presentados no Quadro ZA.2 para as utilizações previstas e níveis indicados ou classes
relevantes.

Quadro ZA.2 – Sistemas de atestação da conformidade


Sistema de
Produto Utilização prevista Níveis ou classes atestação da
conformidade

Para utilizações finais sujeitas a


regulamentos de resistência ao fogo (por Qualquer 3
exemplo compartimentação ao fogo

A1*, A2*, B* e C* 1
Telhados exteriores sujeitos a regulamentos A1**, A2**, B**, C**, D e E 3
de reação ao fogo
(A1 a E)***, F 4
Painéis Produtos que necessitam de
sanduíche 3
ensaios
de produção Telhados exteriores sujeitos a regulamentos
Produtos "considerado que 4
industrial de desempenho com fogo exterior
satisfazem,
sem ensaios
Todas as utilizações finais sujeitas a
regulamentos de libertação de substâncias  3
perigosas

Telhados exteriores para todos os outros


usos  4

(continua)
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Quadro ZA.2 – Sistemas de atestação da conformidade (conclusão)


Sistema de
Produto Utilização prevista Níveis ou classes atestação da
conformidade

Acabamentos interiores ou exteriores, como


elementos completos, utilizados para a Qualquer 3
proteção contra o fogo de paredes e tetos
A1*, A2*, B* and C* 1
Acabamentos interiores ou exteriores em
paredes e tetos sujeitos a regulamentação de A1**, A2**, B**, C**, D e E 3
Painéis reação ao fogo
sanduíche de (A1 a E)***, F 4
produção Acabamentos interiores ou exteriores em
industrial paredes e tetos, quando relevante, sujeitos a
– 3
regulamentação referente a substâncias
perigosas
Acabamentos interiores ou exteriores em
paredes e tetos, para todas as outras – 4
aplicações referidas no mandato

* Produtos/materiais para os quais uma etapa claramente identificada no processo produtivo resulta num incremento da
classificação da reação ao fogo (por exemplo, uma adição de retardantes de fogo ou uma limitação de material orgânico).

** Produtos/materiais não abrangidos pela nota de rodapé (*).

*** Produtos/materiais que não têm requisitos de ensaio para reação ao fogo (por exemplo produtos/materiais de Classe A1 de
acordo com a Decisão da Comissão 96/603/EC).

Sistema 1: Ver Diretiva 89/106/EEC (DPC) Anexo III.2.(i), sem ensaios de auditoria de amostras.
Sistema 3:Ver Diretiva 89/106/EEC(DPC) Anexo III.2.(ii), Segunda possibilidade.
Sistema 4: Ver Diretiva 89/106/EEC (DPC) Anexo III.2.(ii), Terceira possibilidade.

A avaliação da conformidade dos painéis sanduíche indicados nos Quadros ZA.1.1 e ZA.1.2 deve ser
baseada nos procedimentos de avaliação da conformidade para níveis relevantes e classes (Quadro ZA.2)
indicados nos Quadros ZA.3.1 a ZA.3.3 resultando da aplicação das secções desta Norma Europeia referidas
adiante.

Para painéis sanduíche a nota de rodapé * dos Quadros ZA.2, ZA.3.1 e ZA.3.2 aplica-se exceto quando se
possa demonstrar ao organismo notificado, para um determinado produto que nenhuma fase do processo de
produção resultará numa melhoria da reação de classificação ao fogo (ver Quadro ZA.2, nota de rodapé **).
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Quadro ZA.3.1 – Atribuição das tarefas de avaliação da conformidade para painéis sanduíche no sistema 1
Avaliação da
Tarefas Objetivo da tarefa
conformidade
Secções a aplicar
Controlo da produção em fábrica Parâmetros relativos a todas as
(C.P.F.) características dos Quadros ZA.1.1
6.3
e/ou ZA.1.2 relevantes para a
utilização prevista
Todas as características dos Quadros
Ensaios adicionais de amostras
ZA.1.1 e/ou ZA.1.2 relevantes para a 6.3
recolhidas em fábrica
utilização prevista
Todas as características dos Quadros
ZA.1.1 e/ou ZA.1.2 relevantes para a
Ensaios de tipo inicial por um utilização prevista, isto é, resistência
Tarefas laboratório notificado ao fogo, desempenho com fogo 6.2
para o exterior que não seja CWFT,
produtor libertação de substâncias
regulamentadas, e reação ao fogo nas
classes A1*, A2*, B* e C*
Todas as restantes características dos
Ensaios de tipo inicial pelo
Quadros ZA.1.1 e/ou ZA.1.2
produtor
relevantes para a utilização prevista,
isto é, resistência mecânica, 6.2
isolamento/absorção acústica,
resistência térmica, permeabilidade
ao ar, permeabilidade à água,
durabilidade, tolerâncias
dimensionais
Reação ao fogo (Classes A1*, A2*,
Ensaios de tipo inicial 6.2
Tarefas B*, C*)
para o Parâmetros relativos às
Inspeção inicial da fábrica e do 6.3
organismo C.P.F. características dos Quadros ZA.1.1
de e/ou ZA.1.2 relevantes para a reação
certificação ao fogo
do produto Supervisão contínua, avaliação e Parâmetros relativos às
características dos Quadros ZA.1.1
aprovação do C.P.F.
e/ou ZA.1.2 relevantes para a reação 6.3
ao fogo
* Ver nota de rodapé no Quadro ZA.2
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Quadro ZA.3.2 – Atribuição das tarefas de avaliação da conformidade para painéis sanduíche no sistema 3
Avaliação da
Tarefas Objetivo da tarefa
conformidade
Secções a aplicar

Parâmetros relativos a todas as


Controlo da produção em fábrica características dos Quadros ZA.1.1
6.3
(C.P.F.) e/ou ZA.1.2 relevantes para a
utilização prevista
Todas as restantes características dos
Quadros ZA.1.1 e/ou ZA.1.2
relevantes para a utilização prevista,
isto é, resistência mecânica,
Tarefas Ensaios de tipo inicial pelo
isolamento/absorção acústica, 6.2
para o produtor
resistência térmica, permeabilidade ao
produtor
ar, permeabilidade à água,
durabilidade, variações dimensionais
que não sejam as mostradas abaixo
Reação ao fogo (Classes A1**, A2**,
B** e C**, D, E), resistência ao fogo,
Ensaios de tipo inicial por um
desempenho com fogo exterior que 6.2
laboratório notificado
não seja CWFT, libertação de
substâncias regulamentadas

** Ver nota de rodapé no Quadro ZA.2

Quadro ZA.3.3 – Atribuição das tarefas de avaliação da conformidade para painéis sanduíche no sistema 4
Avaliação da
conformidade
Tarefas Objetivo da tarefa
Secções a aplicar

Parâmetros relativos a todas as


Controlo da produção em fábrica características dos Quadros ZA.1.1
6.3
(C.P.F.) e/ou ZA.1.2 relevantes para a
utilização prevista

Tarefas Todas as restantes características dos


para o Quadros ZA.1.1 e/ou ZA.1.2
produtor relevantes para a utilização prevista,
Ensaios de tipo inicial pelo isto é, resistência mecânica,
6.2
produtor isolamento/absorção acústica,
resistência térmica, permeabilidade ao
ar, permeabilidade à água,
durabilidade, variações dimensionais
NP
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ZA.2.2 Certificado CE e declaração de conformidade


Para produtos no sistema 1: Quando a conformidade com os requisitos deste Anexo é obtida, o organismo
de certificação deve emitir um certificado de conformidade CE (Certificado de conformidade CE), o qual
habilita o produtor a afixar a marcação CE. Este certificado deve incluir:
- nome, morada e número de identificação do organismo de certificação;
- nome e morada do produtor, ou do seu representante autorizado estabelecido no EEE*), e o local de
produção;
NOTA 1: O produtor poderá também ser a pessoa responsável pela colocação do produto no mercado do EEE, se assumir a
responsabilidade pela marcação CE.

- descrição do produto (tipo, identificação, utilização, …);


- disposições com as quais o produto se encontra em conformidade (por exemplo, o Anexo ZA da presente
EN 14509);
- condições particulares aplicáveis à utilização do produto (como, por exemplo, disposições para a
utilização sob determinadas condições);
- número do certificado;
- condições e período de validade do certificado, quando aplicável;
- nome e função da pessoa habilitada a assinar o certificado.
Para produtos no sistema 3: Quando a conformidade com os requisitos deste Anexo é obtida o produtor ou
o seu agente estabelecido dentro do EEE deve redigir e manter uma declaração de conformidade (declaração
de conformidade CE), a qual habilita o produtor a afixar a marcação CE. Esta declaração deve incluir:
- nome e morada do produtor ou do seu representante estabelecido no EEE, e o local de produção;
NOTA 2: O produtor poderá também ser a pessoa responsável pela colocação do produto no mercado do EEE, se assumir a
responsabilidade pela marcação CE.

- descrição do produto (tipo, identificação, utilização, …) e uma cópia da informação que acompanha a
marcação CE;
NOTA 3: Quando alguma da informação requerida pela Declaração já está dada na informação CE, ela não carece de ser
repetida.

- disposições com as quais o produto se encontra em conformidade (por exemplo, o Anexo ZA da presente
EN 14509);
- condições particulares aplicáveis à utilização do produto (como, por exemplo, disposições para a
utilização sob determinadas condições);
- nome e morada do(s) laboratório(s) notificado(s);
- nome e função da pessoa habilitada para assinar a declaração em nome do produtor ou do seu
representante autorizado.
Para produtos no sistema 4: Quando a conformidade com os requisitos deste Anexo é obtida o produtor ou
o seu agente estabelecido dentro do EEE deve redigir e manter uma declaração de conformidade (declaração
de conformidade CE), a qual habilita o produtor a afixar a marcação CE. Esta declaração deve incluir:
- nome e morada do produtor ou do seu representante estabelecido no EEE, e o local de produção;

*)
EEE: Espaço Económico Europeu (nota nacional).
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NOTA 4: O produtor poderá também ser a pessoa responsável pela colocação do produto no mercado do EEE, se assumir a
responsabilidade pela marcação CE.

- descrição do produto (tipo, identificação, utilização, …) e uma cópia da informação que acompanha a
marcação CE;
NOTA 5: Quando alguma da informação requerida pela Declaração já está dada na informação CE, ela não carece de ser
repetida.

- disposições com as quais o produto se encontra em conformidade (por exemplo, o Anexo ZA da presente
EN 14509);
- condições particulares aplicáveis à utilização do produto (como, por exemplo, disposições para a
utilização sob determinadas condições);
- nome e função da pessoa habilitada para assinar a declaração em nome do produtor ou do seu
representante autorizado.
A declaração acima mencionada e o certificado devem ser apresentados na língua ou línguas oficiais do
Estado-Membro no qual o produto será utilizado.

ZA.3 Marcação CE e etiquetagem


ZA.3.1 Generalidades
O produtor ou o seu representante autorizado estabelecido dentro do EEE é responsável pela afixação da
marcação CE. O símbolo da marcação CE a afixar deve estar de acordo com a Diretiva 93/68/CE e deve
figurar na embalagem dos painéis sanduíche (cada embalagem deve ser marcada). Os painéis não devem ser
colocados no mercado sem embalagem.
O símbolo da marcação CE, isolado ou junto com alguma ou toda a seguinte informação no produto e as suas
características essenciais, poderá aparecer na embalagem (ver exemplo na Figura ZA.1) e/ou nos documentos
comerciais. Se na embalagem não consta toda a informação, então toda a informação, incluindo a repetição
da constante da embalagem, deve ser dada na documentação comercial (ver exemplos na Figura ZA.2
(telhados), Figura ZA.3 (paredes exteriores) e Figura ZA.4 (paredes interiores/tetos)).

ZA.3.2 Informação que acompanha o símbolo da marcação CE – paredes interiores e tetos


A seguinte informação deve acompanhar o símbolo da marcação CE:
- nome ou marca de identificação do produtor
- morada da unidade de produção (quando relevante);
- número de identificação do organismo notificado (apenas relevante para o sistema 1);
- número do certificado de conformidade (apenas relevante para o sistema 1);
- os dois últimos dígitos do ano em que a marcação CE foi aposta;
- referência à presente Norma Europeia (EN 14509) com data da revisão, por exemplo 2012;
- descrição do produto: nome genérico, grau e espessura dos materiais das faces, massa do revestimento
metálico e o tipo de revestimento e espessura, material do núcleo e espessura, massa, massa volúmica
aparente e utilização prevista;
- nome do produto e tipo;
- reação ao fogo (Classificação incluindo qualquer montagem e condições de fixação, ou Classe F);
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- resistência ao fogo (Classificação incluindo qualquer montagem e condições de fixação, ou DND);


- resistência à tração (Valor);
- resistência ao corte (Valor);
- resistência ao corte a longo termo reduzida – apenas tetos (Valor);
- módulo de corte (núcleo) (Valor);
- Resistência à compressão (núcleo) (Valor);
- Coeficiente de fluência (Valor para t=2000h e t=100000 h);
- resistência à flexãoa) no vão – flexão positiva e negativa (Valor);
- resistência à flexãoa) no suporte interno – flexão positiva e negativa (Valor);
- tensão de enrugamentoa) (Valor) e vão ensaiado:
face 1:
- tensão de enrugamentoa) no vão;
- tensão de enrugamentoa) num apoio (painéis contínuos) para cargas pressionando num apoio interno;
face 2:
- tensão de enrugamentoa) no vão:
- tensão de enrugamentoa) num apoio (painéis contínuos) para cargas pressionando num apoio interno;
- transmissão térmica Ud, s (Valor) e λ declarado (Valor);
- isolamento a sons aéreos (Classificação ou DND);
- absorção acústica (Classificação ou DND);
- resistência a cargas pontuais – tetos – sempre que necessário. A carga máxima atingida e vão ensaiado
deve ser declarada;
- resistência a cargas de acesso – tetos (para o tráfego ocasional a pé sem proteção adicional) - tetos - onde
necessário. “Aceite” requerido antes de aposição da marcação CE;
A opção “Desempenho Não Determinado” (DND) não deve ser utilizada quando a característica de
desempenho é sujeita a um valor limite, ou para características de resistência mecânica (secção 5.2.1), as
quais determinam a adfórmula para a utilização prevista. A opção DND poderá ser utilizada para outras
características quando e onde a característica, para uma determinada utilização prevista, não for sujeita a
exigências regulamentares.
NOTA: A reação ao fogo Classe F é equivalente a DND para esta característica.

ZA.3.3 Informação que acompanha o símbolo da Marcação CE – Paredes exteriores


A seguinte informação deve acompanhar o símbolo da Marcação CE:
- nome ou marca de identificação do produtor
- morada da unidade de produção (quando relevante);
- número de identificação do organismo notificado (apenas relevante para o sistema 1);

a)
Quer a resistência ao enrugamento quer a resistência à flexão devem ser declaradas.
NP
EN 14509
2016

p. 168 de 178

- número do certificado de conformidade (apenas relevante para o sistema 1);


- os dois últimos dígitos do ano em que a marcação CE foi aposta;
- referência à presente Norma Europeia (EN 14509) com data da revisão por exemplo 2012;
- descrição do produto: nome genérico, grau e espessura dos materiais das faces, massa de revestimento
metálico e tipo de revestimento e espessura, material do núcleo e espessura, massa, massa volúmica
aparente e utilização prevista;
- nome do produto e tipo;
- reação ao fogo (Classificação incluindo qualquer montagem e condições de fixação, ou Classe F);
- resistência ao fogo (Classificação incluindo qualquer montagem e condições de fixação, ou DND);
- resistência à tração (Valor);
- resistência ao corte (Valor);
- módulo de corte (núcleo) (Valor);
- resistência à compressão (núcleo) (Valor);
- resistência à flexão a) no vão – flexão positiva e negativa (Valor) e vão ensaiado:
- flexão positiva, à temperatura ambiente;
- flexão positiva, a alta temperatura (ver secção A.5.5.5);
- flexão negativa, à temperatura ambiente;
- flexão negativa, a alta temperatura (ver secção A.5.5.5);
- resistência à flexãoa) num apoio interior – flexão positiva e negativa (Valor):
- flexão positiva, à temperatura ambiente;
- flexão positiva, a alta temperatura (ver secção A.5.5.5);
- flexão negativa, à temperatura ambiente;
- flexão negativa, a alta temperatura (ver secção A.5.5.5);
- tensão de enrugamentoa) (Valor):
face interior:
- tensão de enrugamentoa) no vão, à temperatura ambiente;
- tensão de enrugamentoa) num apoio interno (painéis contínuos) para cargas pressionando num apoio, à
temperatura ambiente;
face exterior:
 tensão de enrugamentoa) no vão, à temperatura ambiente;
 tensão de enrugamentoa) no vão, a alta temperatura (ver secção A.5.5.5);
 tensão de enrugamentoa) num apoio (painéis contínuos) para cargas de sucção, à temperatura ambiente;

a)
Quer a resistência ao enrugamento quer a resistência à flexão devem ser declaradas.
NP
EN 14509
2016

p. 169 de 178

 tensão de enrugamentoa) num apoio (painéis contínuos) para cargas de sucção, a alta temperatura (ver
secção A.5.5.5);
 transmissão térmica Uds (Valor) e e λ declarado (Valor);
 permeabilidade à água (Classificação ou DND);
 permeabilidade ao ar (Valores ou DND);
 isolamento aos sons aéreos (Classificação ou DND);
 absorção acústica (Classificação ou DND);
 durabilidade (Declaração da cor e dos níveis de refletividade). Requerida a aceitação antes da aposição da
Marcação CE.
A opção “Desempenho Não Determinado” (DND) não deve ser utilizada quando a característica de
desempenho é sujeita a um valor limite, ou para características de resistência mecânica (secção 5.2.1), as
quais determinam a adfórmula para a utilização prevista. A opção DND poderá ser utilizada para outras
características quando e onde a característica, para uma determinada utilização prevista, não for sujeita a
exigências regulamentares.
NOTA: A reação ao fogo Classe F é equivalente a DND para esta característica.

ZA.3.4 Informação que acompanha o símbolo da Marcação CE – Tetos


A seguinte informação deve acompanhar o símbolo da Marcação CE:
- nome ou marca de identificação do produtor
- morada da unidade de produção (quando relevante);
- número de identificação do organismo notificado (apenas relevante para o sistema 1);
- número do certificado de conformidade (apenas relevante para o sistema 1);
- os dois últimos dígitos do ano em que a marcação CE foi aposta;
- referência à presente Norma Europeia (EN 14509) com data da revisão, por exemplo 2012;
- descrição do produto: nome genérico, grau e espessura dos materiais das faces, massa de revestimento
metálico e tipo de revestimento e espessura, material do núcleo e espessura, massa, massa volúmica
aparente e utilização prevista;
- nome do produto e tipo;
- reação ao fogo (Classificação incluindo qualquer montagem e condições de fixação, ou Classe F);
- resistência ao fogo (Classificação incluindo qualquer montagem e condições de fixação, ou DND);
- desempenho com fogo exterior – telhados (Classificação, ou Classe FTELHADO);
- resistência à tração (Valor);
- resistência ao corte (Valor);
- resistência ao corte a longo termo reduzida (Valor);
- módulo de corte (núcleo) (Valor);

a)
Quer a resistência ao enrugamento quer a resistência à flexão devem ser declaradas.
NP
EN 14509
2016

p. 170 de 178

- resistência à compressão (núcleo) (Valor);


- coeficiente de fluência (Valor para t=2000 h e t= 100000 h);
- resistência à flexãoa) no vão – flexão positiva e negativa (Valor) e vão ensaiado:
- flexão positiva, à temperatura ambiente;
- flexão positiva, a alta temperatura (ver secção A.5.5.5);
- flexão negativa, à temperatura ambiente;
- flexão negativa, a alta temperatura (ver secção A.5.5.5);
- resistência à flexãoa) num apoio interior – flexão positiva e negativa (Valor):
- flexão positiva, à temperatura ambiente;
- flexão positiva, a alta temperatura (ver secção A.5.5.5);
- flexão negativa, à temperatura ambiente;
- flexão negativa, a alta temperatura (ver secção A.5.5.5);
- tensão de enrugamentoa) (Valor):
face interior:
- tensão de enrugamentoa) no vão, à temperatura ambiente;
- tensão de enrugamentoa) num apoio interno (painéis contínuos) para cargas pressionando num apoio, à
temperatura ambiente;
face exterior:
 tensão de enrugamentoa) no vão, à temperatura ambiente;
 tensão de enrugamentoa) no vão, a alta temperatura (ver secção A.5.5.5);
 tensão de enrugamentoa) num apoio (painéis contínuos) para cargas de levantamento, à temperatura
ambiente;
 tensão de enrugamentoa) num apoio (painéis contínuos) para cargas de levantamento, a alta
temperatura (ver secção A.5.5.5);
 transmissão térmica Uds (Valor) e λ declarado (Valor);
 permeabilidade à água (Classificação ou DND);
 permeabilidade ao ar (Valores ou DND);
 isolamento aos sons aéreos (Classificação ou DND);
 resistência a cargas pontuais – telhados – onde necessário. A máxima carga atingida e vão ensaiado deve
ser declarada;
 resistência às cargas de acesso. (para tráfego ocasional a pé sem proteção adicional) – telhados – onde
necessário. Requerida a aceitação antes de aposição da Marcação CE;
 durabilidade (Declaração da cor e dos níveis de refletividade). Requerida a aceitação antes da aposição da
Marcação CE.

a)
Quer a resistência ao enrugamento quer a resistência à flexão devem ser declaradas.
NP
EN 14509
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p. 171 de 178

A opção “Desempenho Não Determinado” (DND) não deve ser utilizada quando a característica de
desempenho é sujeita a um valor limite, ou para características de resistência mecânica (secção 5.2.1), as
quais determinam a adfórmula para a utilização prevista. A opção DND poderá ser utilizada para outras
características quando e onde a característica, para uma determinada utilização prevista, não for sujeita a
exigências regulamentares.
NOTA: A reação ao fogo Classe F e desempenho ao fogo exterior Classe FTELHADO é equivalente a DND para estas características.

ZA.3.5 Exemplo da Marcação CE e informação descritiva


A Figura ZA.1 dá um exemplo da Marcação CE e informação descritiva a disponibilizar na embalagem. A
Figura ZA.2 (telhados), Figura ZA.3 (paredes exteriores) e Figura ZA.4 (paredes interiores e tetos) dão
exemplos da informação a disponibilizar nos documentos comerciais, a menos que toda a informação
relevante tenha sido colocada na embalagem
A marcação CE deve ser apresentada na língua ou línguas aceites no Estado Membro no qual o produto vai
ser utilizado.

Marcação de conformidade CE, consistindo no


símbolo “CE” definido na Diretiva 93/68/CEE

01234 Número de identificação do organismo notificado

AnyCo Ltd, PO Box 21, B-1050 Nome ou marca de identificação e morada da sede
social do produtor

XYZ Co Nome e morada da sede social do fornecedor (se


for diferente do produtor)

13 Dois últimos dígitos do ano de aposição da


marcação
01234-DPC-00234 Número do certificado (quando relevante)

EN 14509:2013 Número de Norma Europeia com revisão da data

Painel isolante com faces metálicas para utilização Descrição do produto


em edifícios
Aplicação de utilização final
Utilização: Telhados

Figura ZA.1 – Exemplo de marcação CE: com embalagem


NP
EN 14509
2016

p. 172 de 178

Marcação de conformidade CE, consistindo no


símbolo “CE” definido na Diretiva 93/68/CEE

Número de identificação do organismo de


01234 certificação (quando relevante)
AnyCo Ltd, PO Box 21, B-1050 Nome ou marca de identificação e morada da sede
social do produtor
XYZ Co Nome e morada da sede social do fornecedor (se não
for o produtor)
13 Dois últimos dígitos do ano de aposição da
marcação
01234-DPC-00234 Número do certificado (quando relevante)
EN 14509:2013 Número da Norma Europeia com data de Revisão
Painéis isolantes de faces metálicas para utilização em Descrição do produto
edifícios
Referência: XX1000. Isolante: PUR Massa volúmica e
aparente: 35 kg/m3. Espessura: 80 mm. Massa 12 kg/m2.
Para faces de metal padrão o grau do aço deve ser
Faces: Exterior: Aço 0,5 mm S 320GD (EN 10346):
declarado
Revestimento: PVC/100 m. Interior: Aço 0,4 mm S
280GD (EN 10346): Revestimento: SP/12 m. Para aços não padrão as propriedades da tensão de
fluência, resistência última e alongamento devem ser
Utilização: Telhados declaradas a partir dos ensaios
Transmissão térmica ………..…………...….. 0,25 W/m2 K
Condutibilidade térmica ………..…………. 0,020 W/m.K
Resistência mecânica:
Resistência à tração ……………….…..…...… 0,12 MPa Aplicação de utilização final
Resistência ao corte ……………………. …….. 0,10 MPa
Resistência ao corte de longo termo reduzida … 0,08 MPa Informação sobre as características regulamentadas
Módulo de corte (núcleo) ……..………………... 3,0 MPa
Resistência à compressão (núcleo) ………….... 0,14 MPa
Coeficiente de fluência t = 2000 h …………… 2,0
100000 h …………… 7,0
Resistência à flexão no vão (Vão ensaiado 1,8 m)
- Flexão positiva ………………………….... 3,70 kNm/m
- Flexão positiva, alta temperatura ………… 3,50 kNm/m
- Flexão negativa …………………………… 2,90 kNm/m Fluência: apenas em aplicações de telhados
- Flexão negativa, alta temperatura ………… 2,75 kNm/m
Resistência à flexão num suporte interno Quer a resistência ao enrugamento ou a resistência à
- Flexão positiva ………………………….. . 2,60 kNm/m flexão devem ser declaradas
- Flexão positiva, alta temperatura …….…… 2,50 kNm/m
- Flexão negativa …………………………… 3,00 kNm/m
- Flexão negativa, alta temperatura ………… 2,80 kNm/m
Tensão de enrugamento (face exterior)
- no vão …………….…………………..…...… 100 MPa
- no vão, alta temperatura…………….…. …….. 95 MPa
- no suporte central ………………………......… 80 MPa
- no suporte central, alta temperatura ……......… 75 MPa

Figura ZA.2 – Exemplo da marcação CE (telhados): informações de acompanhamento (continua)


NP
EN 14509
2016

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Tensão de enrugamento (face interior)


- no vão ……………….………………….…...… 100 MPa
- no suporte interior …………………………….. 90 MPa

Reação ao fogo: B-s2,d0 (com detalhes de cobre-juntas em


aço)

Resistência ao fogo: E240: EI 15 (carga 1,5 KN) Resistência ao fogo. A classificação deve ser
acompanhada por quaisquer condições de montagem
e de fixação. Quando requerido, declarar qualquer
carga utilizada e quaisquer outras restrições sobre a
aplicação direta a partir de ensaios

Desempenho com fogo exterior: BTELHADI(t1,t2, t3) ou Desempenho com fogo exterior. Declarar
BTELHADO (tX) classificação e inclinação(ões)
a que foi ensaiado
ou BTELHADO se CWFT

Permeabilidade à água: ………………………… Classe C Classificação ou DND


Permeabilidade ao ar …………………… n=0,9; C=0,001 Valores ou DND
Permeabilidade ao vapor de água: ……………Impermeável Classificação ou DND
Isolamento aos sons aéreos: RW (C:Ctr) Carga e vão ensaiado ou DND
Resistência a carga pontual 1,4 kN 5 m Valores/ aceite ou DND
Carga de acesso repetido 2000 ciclos: Aceite
Declaração das cores/refletividade se sujeito ao
Durabilidade: Aceite – cores claras: refletividade 40-90 ensaio de durabilidade DUR1

Figura ZA.2 – Exemplo da marcação CE (telhados): informações de acompanhamento (conclusão)


NP
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2016

p. 174 de 178

Marcação de conformidade CE, consistindo no


símbolo “CE” definido na Diretiva 93/68/CEE

01234 Número de identificação do organismo de


certificação (quando relevante)
AnyCo Ltd, PO Box 21, B-1050 Nome ou marca de identificação e morada da sede
social do produtor
XYZ Co Nome e morada da sede social do fornecedor (se não
for o produtor)
13 Dois últimos dígitos do ano de aposição da
marcação
01234-DPC-00234 Número do certificado (quando relevante)
EN 14509:2013 Número da Norma Europeia
Painéis isolantes de faces metálicas para utilização em Descrição do produto
edifícios
Referência: YY1000. Isolante: MW. Massa volúmica e
aparente: 120 kg/m3. Espessura: 120 mm. Massa 20 kg/m2.
Para faces de metal padrão o grau do aço deve ser
Faces: Exterior: Aço 0,5 mm S 320GD (EN 10346):
declarado
Revestimento: PVC/100m. Interior: Aço 0,4 mm S
280GD (EN 10346). Revestimento: SP/12m. Para aços não padrão as propriedades de tensão de
fluência, resistência última e alongamento devem ser
Utilização: Paredes exteriores declaradas a partir de ensaios

Transmissão térmica ………..…………...….. 0,25 W/m2 K


Condutibilidade térmica ……………………0,035 W/m.K
Resistência mecânica:
Resistência à tração ……………….…..…...… 0,12 MPa Aplicação de utilização final
Resistência ao corte ……………………. …….. 0,10 MPa
Módulo de corte (núcleo) ……..………………... 6,0 MPa Informação sobre as características regulamentadas
Resistência à compressão (núcleo) ………….... 0,08 MPa

Resistência à flexão no vão (Vão ensaiado 3 m)


- Flexão positiva ………………………….... 6,60 kNm/m
- Flexão positiva, alta temperatura ………… 6,30 kNm/m
- Flexão negativa …………………………… 6,60 kNm/m
- Flexão negativa, alta temperatura ………… 6,30 kNm/m
Resistência à flexão num suporte interno
- Flexão positiva ………………………….. . 5,30 kNm/m
- Flexão positiva, alta temperatura …….…… 5,00 kNm/m
- Flexão negativa …………………………… 4,60 kNm/m
- Flexão negativa, alta temperatura ………… 4,40 kNm/m

Figura ZA.3 – Exemplo de marcação CE (paredes): Informação de acompanhamento (continua)


NP
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Tensão de enrugamento (face exterior) Quer a tensão de enrugamento quer a resistência à


- no vão ……………….………………….…...… 120 MPa flexão devem ser declaradas
- no vão, alta temperatura……………….…. …….115 MPa
- no suporte central …………………………......… 85 MPa
- no suporte central, alta temperatura ………......… 80 MPa
Tensão de enrugamento (face interior)
Classificação ou DND. A classificação deve ser
- no vão …………………………….................... 120 MPa
acompanhada por quaisquer condições de montagem
- no suporte interior …………………………….. 110 MPa
e de fixação e deve ser acompanhada por quaisquer
restrições sobre a aplicação direta
Reação ao fogo: B-s1,d0 (todas as aplicações)
Classificação ou DND
Valor ou DND

Isolamento aos sons aéreos. Apenas para painéis


Resistência ao fogo: E240: EI 15
previstos para requisitos de isolamento acústico.
Classificação ou DND

Absorção acústica. Só para painéis previstos para


condicionamento acústico interior. Classificação ou
Permeabilidade à água: Classe C
DND
Permeabilidade ao ar; n=0,9 : C=0,001
Permeabilidade ao vapor de água: Impermeável
Declaração das cores/refletividade se sujeito ao
ensaio de durabilidade DUR1
Isolamento aos sons aéreos: RW (C:Ctr)

Absorção acústica: Coeficiente de um valor só w

Durabilidade: Aceite – todas as cores

Figura ZA.3 – Exemplo da marcação CE (paredes): informações de acompanhamento (conclusão)


NP
EN 14509
2016

p. 176 de 178

Marcação de conformidade CE, consistindo no


símbolo “CE” definido na Diretiva 93/68/CEE

01234 Número de identificação do organismo de


certificação (quando relevante)

AnyCo Ltd, PO Box 21, B-1050 Nome ou marca de identificação e morada da sede
social do produtor
XYZ Co Nome e morada da sede social do fornecedor (se não
for o produtor)
13 Dois últimos dígitos do ano de aposição da
marcação
01234-DPC-00234 Número do certificado (quando relevante)

EN 14509:2013 Número da Norma Europeia com data de Revisão


Painéis isolantes de faces metálicas para utilização em Descrição do produto
edifícios
Referência: ZZ1000. Isolante: MW. Massa volúmica e
aparente: 120 kg/m3. Espessura: 120 mm. Massa 20 kg/m2.
Para faces de metal padrão o grau do aço deve ser
Faces: Exterior: Aço 0,5 mm exterior (não padrão).
declarado
Revestimento: PVC/100m. Interior (EN 10346).
Revestimento : SP/12m. Para aços não padrão propriedades de tensão de
Propriedades mecânicas de aço não padrão, face exterior: fluência, resistência última e alongamento devem ser
Tensão de limite elástico 220 Mpa declaradas a partir dos ensaios
Resistência última 270 Mpa
Elongamento 22%
Aplicação de utilização final
Utilização: Paredes interiores e tetos
Informação sobre as características regulamentadas
Transmissão térmica ………..…………...….. 0,25 W/m2 K
Condutibilidade térmica ……………………0,035 W/m.K
Resistência mecânica:
Resistência à tração ……………….…..…...… 0,12 MPa
Resistência ao corte ……………………. …….. 0,10 MPa
Resistência ao corte a longo termo reduzida …. 0,08 MPa
Módulo de corte (núcleo) ……..………………... 6,0 MPa Tetos apenas (quando necessário)
Resistência à compressão (núcleo) ………….... 0,08 MPa Quer a tensão de enrugamento quer a resistência à
Coeficiente de fluência t=2000 h 2,0 flexão devem ser declaradas
t=100000 h 7,0
Resistência à flexão no vão (Vão ensaiado 6 m)
- Flexão positiva ………………………….... 6,60 kNm/m
- Flexão negativa …………………………… 6,60 kNm/m
Resistência à flexão num suporte interno
- Flexão positiva ………………………….. . 5,95 kNm/m
- Flexão negativa ………………………… 5,95 kNm/m
Tensão de enrugamento (face 1)
- no vão ……………….………………….…...… 120 MPa
NP
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- no suporte central …………………………...… 110 MPa


Tensão de enrugamento (face 2)
- no vão …………………………….................... 120 MPa
- no suporte central …………………………….. 110 MPa

Classificação ou DND. A classificação deve ser


Reação ao fogo: B-s1,d0 (todas as aplicações)
acompanhada por quaisquer condições de montagem
e de fixação e deve ser acompanhada por quaisquer
restrições sobre a aplicação direta

Classificação ou DND
Resistência ao fogo: E240: EI 15 (carga 1,5 KN)
Valor ou DND

Isolamento aos sons aéreos. Apenas para painéis


Permeabilidade à água: Classe C previstos para requisitos de isolamento acústico.
Classificação ou DND
Permeabilidade ao ar: n = 0,9 ; C = 0,001
Permeabilidade ao vapor de água: Impermeável
Absorção acústica. Só para painéis previstos para
Isolamento aos sons aéreos: RW (C:Ctr) condicionamento acústico interior. Classificação ou
DND

Apenas para tetos. Carga e vão ensaiado ou DND

Absorção acústica: Coeficiente de um valor só w


Apenas para tetos. Declaração se adequado para
cargas repetidas sem / com proteção adicional

Resistência a carga pontual 1,4 kN 5m

Resistência a cargas de acesso: Não adequado para cargas


repetidas sem proteção adicional

Figura ZA.4 – Exemplo da marcação CE (paredes interiores e tetos): informações de acompanhamento


(conclusão)
NP
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p. 178 de 178

Bibliografia

[1] Commission Decision 2006/600/EC of 04/09/06 amending Decision 2001/671/EC establishing the
classes of external fire performance of certain construction products products.
[2] European Recommendations for Sandwich Panels – Part 1: Design. ECCS/CIB Report – CIB
Publication Number 257: 23 Oct 2000. ISBN 90-6363-024-7
[3] Lightweight sandwich construction. Ed J M Davies, Blackwell Science on behalf of CIB Commission
W56 and ECCS Working Group TWG 7.9, ISBN 0-6322-004027-0, 2001
[4] EN 10002-1 Metallic materials – Tensile testing – Part 1: Method of test at ambient
temperature
[5] EN 12524 Building materials and products – Hygrothermal properties – Tabulated design
values
[6] EN 506 Roofing products of metal sheet – Specification for self-supporting products of
copper or zinc sheet
[7] EN 508-2 Roofing products from metal sheet – Specification for self-supporting products
of steel, aluminium or stainless steel sheet – Part 2: Aluminium
[8] EN 508-3 Roofing products from metal sheet – Specification for self-supporting products
of steel, aluminium or stainless steel sheet – Part 3: Stainless steel
[9] EN 1363-2 Fire resistance tests – Part 2: Alternative and additional procedures
[10] EN 1991(todas as Eurocode 1: Actions on structures
partes)
[11] EN ISO 9001 Quality management systems – Requirements (ISO 9001)

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