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NP
EN 14509
Portuguesa
2016
ICS HOMOLOGAÇÃO
91.100.60 Termo de Homologação n.º 29/2016, de 2016-03-03
A presente Norma substitui a NP EN 14509:2013 (Ed. 1)
CORRESPONDÊNCIA
Versão portuguesa da EN 14509:2013 ELABORAÇÃO
CTCV
2ª EDIÇÃO
2016-03-15
CÓDIGO DE PREÇO
X045
Versão portuguesa
A presente Norma é a versão portuguesa da Norma Europeia EN 14509:2013 e tem o mesmo estatuto que
as versões oficiais. A tradução é da responsabilidade do Instituto Português da Qualidade.
Esta Norma Europeia foi ratificada pelo CEN em 2013-07-18.
Os membros do CEN são obrigados a submeter-se ao Regulamento Interno do CEN/CENELEC que define
as condições de adoção desta Norma Europeia, como norma nacional, sem qualquer modificação.
Podem ser obtidas listas atualizadas e referências bibliográficas relativas às normas nacionais
correspondentes junto do Secretariado Central ou de qualquer dos membros do CEN.
A presente Norma Europeia existe nas três versões oficiais (alemão, francês e inglês). Uma versão noutra
língua, obtida pela tradução, sob responsabilidade de um membro do CEN, para a sua língua nacional, e
notificada ao Secretariado Central, tem o mesmo estatuto que as versões oficiais.
Os membros do CEN são os organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha,
Antiga República Jugoslava da Macedónia, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca,
Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália,
Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República
Checa, Roménia, Suécia, Suíça e Turquia.
CEN
Comité Europeu de Normalização
Europäisches Komitee für Normung
Comité Européen de Normalisation
European Committee for Standardization
Ref. nº EN 14509:2013 Pt
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Sumário Página
Preâmbulo nacional ................................................................................................................................. 2
Preâmbulo ................................................................................................................................................. 11
1 Objetivo e campo de aplicação ............................................................................................................. 12
2 Referências normativas......................................................................................................................... 12
3 Termos e definições ............................................................................................................................... 14
4 Símbolos e abreviaturas ........................................................................................................................ 16
5 Requisitos, propriedades e métodos de ensaio .................................................................................... 19
5.1 Requisitos para materiais componentes ............................................................................................... 19
5.2 Propriedades dos painéis ...................................................................................................................... 21
5.3 Ações e requisitos de nível de segurança ............................................................................................. 28
6 Avaliação da conformidade, métodos de ensaio, de avaliação e de amostragem............................. 29
6.1 Generalidades ....................................................................................................................................... 29
6.2 Ensaios de tipo inicial (ETI)................................................................................................................. 29
6.3 Controlo da produção em fábrica (CPF) .............................................................................................. 35
6.4 Valores caraterísticos de famílias de ensaios ....................................................................................... 42
7 Classificação e designação .................................................................................................................... 43
8 Marcação, etiquetagem e embalagem.................................................................................................. 44
8.1 Marcação e etiquetagem ....................................................................................................................... 44
8.1 Embalagem, transporte, armazenamento e manuseamento .................................................................. 44
Anexo A (normativo) Procedimentos de ensaio para as propriedades dos materiais ......................... 45
A.1 Ensaio de tração perpendicular ao painel ....................................................................................... 45
A.1.1 Princípio ........................................................................................................................................... 45
A.1.2 Aparelhos e utensílios ...................................................................................................................... 45
A.1.3 Especímenes de ensaio ..................................................................................................................... 45
A.1.4 Procedimento .................................................................................................................................... 46
A.1.5 Cálculos e resultados ........................................................................................................................ 46
A.1.6 Módulo de elasticidade à tração perpendicular ao painel a alta temperatura ................................... 47
A.2 Resistência à compressão e módulo do material do núcleo ........................................................... 48
A.2.1 Princípio ........................................................................................................................................... 48
A.2.2 Aparelhos e utensílios ...................................................................................................................... 48
A.2.3 Especímenes de ensaio ..................................................................................................................... 48
A.2.4 Procedimento .................................................................................................................................... 48
A.2.5 Cálculos e resultados ........................................................................................................................ 48
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D.2.4 Altura dos reforços sobre faces ligeiramente perfiladas ................................................................... 125
D.2.5 Comprimento .................................................................................................................................... 125
D.2.6 Largura útil ....................................................................................................................................... 126
D.2.7 Desvio da perpendicularidade .......................................................................................................... 127
D.2.8 Desvio de retilinearidade .................................................................................................................. 128
D.2.9 Arqueamento .................................................................................................................................... 128
D.2.10 Passo do perfil ................................................................................................................................ 129
D.2.11 Larguras de nervuras e de vales...................................................................................................... 130
Anexo E (normativo) Procedimentos de cálculo .................................................................................... 131
E.1 Definições e símbolos ......................................................................................................................... 131
E.1.1 Propriedades de um painel sanduíche ............................................................................................... 131
E.1.2 Símbolos utilizados no Anexo E ....................................................................................................... 132
E.1.3 Sinais por convenção usados no Anexo E ........................................................................................ 133
E.2 Generalidades....................................................................................................................................... 134
E.3 Ações ................................................................................................................................................... 134
E.3.1 Generalidades.................................................................................................................................... 134
E.3.2 Ações permanentes ........................................................................................................................... 134
E.3.3 Ações variáveis ................................................................................................................................. 135
E.3.4 Ações devidas a efeitos de longo prazo ............................................................................................ 135
E.4 Resistência .......................................................................................................................................... 135
E.4.1 Generalidades.................................................................................................................................... 135
E.4.2 Resistência residual à flexão num apoio intermédio ......................................................................... 136
E.4.3 Capacidade de reação de um apoio de extremidade.......................................................................... 137
E.5 Regras de combinação ....................................................................................................................... 138
E.5.1 Generalidades.................................................................................................................................... 138
E.5.2 Estado limite último .......................................................................................................................... 138
E.5.3 Combinação dos efeitos das ações para o estado limite último ........................................................ 139
E.5.4 Estado limite de serviço .................................................................................................................... 139
E.5.5 Combinação dos efeitos de ações para os estados limite de serviço ................................................. 140
E.6 Coeficientes de combinação e fatores de segurança ....................................................................... 141
E.6.1 Coeficientes de combinação ............................................................................................................. 141
E.6.2 Fatores de carga ................................................................................................................................ 141
E.6.3 Fatores materiais ............................................................................................................................... 142
E.7 Cálculo dos efeitos das ações ............................................................................................................. 143
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Preâmbulo
O presente documento (EN 14509:2013) foi elaborado pelo Comité Técnico CEN/TC 128 “Roof covering
products for descontinuous laying and products for wall cladding ”, cujo secretariado é assegurado pelo NBN.
A esta Norma Europeia deve ser atribuído o estatuto de Norma Nacional, seja por publicação de um texto
idêntico, seja por adoção, o mais tardar em abril de 2014, e todas as normas nacionais divergentes devem ser
anuladas o mais tardar em outubro de 2014.
Pode acontecer que alguns dos elementos do presente documento sejam objeto de direitos de propriedade.
CEN (e/ou o CENELEC) não deve ser responsabilizado pela identificação de alguns ou todos esses direitos.
A presente Norma foi elaborada no âmbito de um Mandato atribuído ao CEN pela Comissão Europeia e pela
Associação Europeia de Comércio Livre, e vem apoiar requisitos essenciais da(s) Diretiva(s) UE.
No que se refere às relações com a(s) Diretiva(s) UE, consultar o Anexo informativo ZA que constitui parte
integrante desta Norma.
O Anexo F fornece detalhes de alterações técnicas significativas entre esta Norma e a edição prévia.
Os dados obtidos de ensaios anteriores de acordo com a EN 14509:2006 poderão ser utilizados sem a
necessidade de ensaios posteriores aos procedimentos revistos (6.2.2) desde que os dados declarados não se
alterem significativamente.
De acordo com o Regulamento Interno do CEN/CENELEC, a presente Norma Europeia deve ser
implementada pelos organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha, Antiga República
Jugoslava da Macedónia, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia,
Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo,
Malta, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia, Suécia, Suíça e
Turquia.
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Estão incluídos na presente Norma os painéis com detalhes dos bordos que utilizam materiais diferentes do
material isolante interno principal.
Estão incluídos na presente Norma os painéis utilizados em aplicações de recintos para armazenagens a frio.
Os painéis colocados no mercado como componentes de câmaras frigoríficas, de edifícios e/ou de
equipamentos da envolvente de edifícios são abrangidos pela ETA-Guideline 021 ”Cold storage premises
kits”.
A presente Norma Europeia não abrange o seguinte:
i. painéis sanduíche de condutibilidade térmica declarada para o isolante interior maior que 0,06 W/m.K a
10 ºC.
ii. produtos contendo duas ou mais camadas claramente definidas de diferentes materiais interiores isolantes
(multicamadas);
iii. painéis com lâmina(s) exterior(es) perfurada(s).
iv. painéis curvos.
2 Referências normativas
A presente Norma inclui, no todo ou em parte, por referência, datada ou não, disposições relativas a outras
normas. Estas referências normativas são citadas nos lugares apropriados do texto e as normas são listadas a
seguir.
Para referências datadas, as emendas ou revisões subsequentes de qualquer destas normas, só se aplicam à
presente Norma se nela incorporadas por emenda ou revisão. Para as referências não datadas, aplica-se a
última edição da norma referida (incluindo as emendas).
EN 485-2 Aluminium and aluminium alloys – Sheet, strip and plate – Part 2: Mechanical
properties
EN 485-4 Aluminium and aluminium alloys – Sheet, strip and plate – Part 4: Tolerances on shape
and dimensions for cold-rolled products
EN 508-1 Roofing products from metal sheet – Specification for self-supporting products of steel,
aluminium or stainless steel sheet – Part 1: Steel
EN 826 Thermal insulation products for building applications – Determination of compression
behaviour
EN 1172 Copper and copper alloys – Sheet and strip for building purposes
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CEN/TS 13381-1 Test methods for determining the contribution to the fire resistance of structural
members – Part 1: Horizontal protective membranes
ENV 13381-2 Test methods for determining the contribution to the fire resistance of structural
members – Part 2: Vertical protective membranes
EN 13501-1 Fire classification of construction products and building elements – Part 1:
Classification using test data from reaction to fire tests
EN 13501-2 Fire classification of construction products and building elements – Part 2:
Classification using data from fire resistance tests, excluding ventilation services
EN 13501-5 Fire classification of construction products and building elements – Part 5:
Classification using data from external fire exposure to roof tests
EN 13823 Reaction to fire tests for building products – Building products excluding floorings
exposed to the thermal attack by a single burning item
EN 14135 Coverings – Determination of fire protection ability
EN 15254-5 Extended application of results from fire resistance tests – Non-loadbearing wall –
Part 5: Metal sandwich panel construction
EN ISO 354:2003 Acoustics – Measurement of sound absorption in a reverberation room (ISO 354)
EN ISO 717-1 Acoustics – Rating of sound insulation in buildings and of building elements – Part 1:
Airborne sound insulation (ISO 717-1)
EN ISO 1182 Reaction to fire tests for building products – Non-combustibility test (ISO 1182)
EN ISO 1716 Reaction to fire tests for products – Determination of the gross heat of combustion
(calorific value) (ISO 1716)
EN ISO 6946 Building components and building elements – Thermal resistance and thermal
transmittance – Calculation method (ISO 6946:1996)
EN ISO 9445 (todas Continuously cold-rolled stainless steel narrow strip, wide strip, plate-sheet and cut
as partes) lengths – Tolerances on dimensions and form (ISO 9445:2002)
EN ISO 10140 Acoustics – Laboratory measurement of sound insulation of building elements
(todas as partes) (ISO 10140)
EN ISO 10211-1 Thermal bridges in building construction – Heat flows and surface temperatures –
Part 1: Detailed calculations (ISO 10211-1)
EN ISO 10456 Building materials and products – Hygrothermal properties – Tabulated design values
and procedures for determining declared and design thermal values (ISO 10456)
EN ISO 11654 Acoustics – Sound absorbers for use in buildings – Rating of sound absorption
(ISO 11654)
EN ISO 11925-2 Reaction to fire tests – Ignitability of building products subjected to direct impingement
of flame – Part 2: Single-flame source test (ISO 11925-2)
ISO 12491 Statistical methods for quality control of building materials and components
3 Termos e definições
Para os fins da presente Norma, aplicam-se os seguintes termos e definições:
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3.5 teto
Cobertura sobre uma área interior.
3.6 núcleo
Camada de material apresentando propriedades de isolamento térmico, a qual é ligada entre duas faces
metálicas.
3.7 durabilidade
Capacidade do painel para suportar os efeitos ambientais e adaptar-se à consequente diminuição da resistência
mecânica com o tempo, provocada por fatores tais como temperatura, humidade, ciclos de gelo-degelo e as
suas diversas combinações.
3.9 faces
Revestimentos metálicos finos, planos, ligeiramente perfilados ou perfilados firmemente ligados ao núcleo
isolante.
NOTA 1: Um exemplo é uma face perfilada trapezoidalmente que tem vazios entre os perfis em relevo e o núcleo
3.13 junção
Interface entre dois painéis cujos bordos de contacto foram concebidos de tal forma que permite aos painéis
serem montados no mesmo plano.
NOTA 1 à secção: A junção poderá incorporar elementos de encaixe que melhoram as propriedades mecânicas do sistema, que
incrementam também os desempenhos térmico e acústico e o comportamento ao fogo e restringem a movimentação do ar.
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NOTA 2 à secção: O termo junção não se refere a uma ligação entre painéis cortados ou a uma ligação em que os painéis não são
colocados no mesmo plano.
3.14 lamela
Material interior consistindo em lã mineral que foi cortada e orientada com as fibras perpendiculares às faces
metálicas, antecedendo a fixação.
3.19 turno
Período de produção durante um dia de trabalho, normalmente 6 h a 8 h, podendo ser menos.
4 Símbolos e abreviaturas
Para os fins desta Norma, aplicam-se os seguintes símbolos e abreviaturas.
A área da secção reta (pode ser largura total do painel ou por unidade de largura)
B rigidez de flexão (pode ser largura total do painel ou por unidade de largura), largura total do
painel/espécime
C relação
D profundidade total do painel
E módulo de elasticidade
F força, carga, reações nos apoios
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tr tráfego (Ctr)
u última (Fu)
v corte, variância
w vento, núcleo, enrugamento (w), ponderado (Rw)
y limite elástico
0 valor de base, largura unitária, tempo (por exemplo, t = 0)
1 face exterior, face superior
2 face interior, face inferior
Abreviaturas
CG vidro celular
CWFT classificado sem ensaios adicionais
EPS poliestireno expandido
FPC controlo da produção em fábrica (CPF)
ITT ensaio de tipo inicial (ETI)
MW lã mineral
NPD desempenho não determinado (DND)
PCS poder calorífico superior
PUR espuma de poliuretano rígido (a abreviatura PUR inclui a espuma de poliisocianurato (PIR))
PF espuma fenólica
XPS espuma de poliestireno extrudido
5.1.1 Generalidades
O produto deve ser produzido com materiais e componentes em conformidade com as secções 5.1.2 a 5.1.4.
5.1.2 Faces metálicas
5.1.2.1 Aço
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Os revestimentos orgânicos de proteção devem ser escolhidos de acordo com a sua durabilidade no ambiente
de aplicação. As faces de aço com revestimentos orgânicos devem estar em conformidade com os requisitos da
EN 10169. Os revestimentos multicamadas devem estar em conformidade com a EN 508-1.
O produtor dos painéis deve declarar o grau do metal, espessura e sistema de tolerâncias em cada face. As
tolerâncias de espessura devem estar de acordo com tolerâncias “especiais” ou “normais” tal como descrito nas
normas relevantes. A espessura das faces de aço deve ser determinada de acordo com a EN 10143.
NOTA: Nem todos os aços indicados no Quadro 1 são adequados para painéis sanduíche em todas as utilizações finais previstas.
Quando relevante para a prevista aplicação de uso final, a resistência de revestimentos protetores metálicos e
revestimento orgânico da face de trás (revestimento duplex) contra a corrosão deve ser assegurada por ensaios
laboratoriais. A resistência mínima do revestimento da face de trás deve ser CPI2 de acordo com EN 10169.
Adicionalmente aos requisitos da EN 10169 apenas uma ligeira mudança de cor (DE <= 2,0) deve ser aceitável
no ensaio de água de condensação (EN ISO 6270 1) acima de 1000 h.
NOTA: Os requisitos em 5.1.2.1.2 só são aplicáveis a revestimentos de face de trás.
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normas relevantes. A espessura das faces de alumínio deve ser determinada de acordo com a EN 485-4 ou
EN 1396.
NOTA: Nem todas as ligas de alumínio cobertas pela EN 485-2 ou pela EN 1396 são adequados para painéis sanduíche em todas as
utilizações finais previstas. Pode ser feita referência nà EN 508-2.
5.2.1.1 Generalidades
Para as propriedades mecânicas, a menos que tenha sido estabelecido de forma diferente, o valor médio e o
valor característico (percentil de 5 % assumindo um nível de confiança de 75 % para cada população de
resultados de ensaio) devem ser determinados de acordo com a ISO 12491.
Os valores declarados devem apresentar dois ou três algarismos significativos, como especificado no
Anexo ZA.
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5.2.1.5 Resistência ao corte após carga a longo termo (fCv longo termo)
Quando requerido, a resistência ao corte após carga de longo termo deve ser determinada de acordo com
A.3.6.
Este valor deve ser determinado para todos os painéis utilizados como telhado ou teto concebidos para
suportar cargas de longo termo ou cargas permanentes, por exemplo, neve ou peso próprio. O valor declarado
deve ser inferior ou igual ao valor característico (fCv) e deve ser declarado pelo produtor em megapascal
(MPa).
NOTA: A redução obtida a partir do ensaio de longa duração em pequena escala pode ser aplicada a painéis em que a resistência ao
corte foi determinado com base em ensaios de grande escala para A.4 ou calculadas com base em A.3.5.3.
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resistência de acordo com E.2 é usualmente levada a efeito em termos de tensões. Se o painel tem uma ou mais faces perfiladas, a
determinação da tensão de compressão última (enrugamento) a partir da capacidade do momento-fletor requer cálculos de acordo
com E.7.5. É recomendado que este cálculo seja efetuado ao mesmo tempo que os ensaios.
Os painéis PUR fabricados com utilização de agentes de expansão, abrangidos pela EN 13165 e uma
combinação destes agentes de expansão, mas excluindo as espumas sopradas com CO2, devem ser
considerados como satisfazendo os requisitos de durabilidade sem ensaios. Os painéis PUR fabricados com
outros agentes de expansão devem ser ensaiados de acordo com o ensaio DUR1 e os níveis de refletividade
das cores devem ser declarados (B.2.5).
Quadro 3 – Ensaios de durabilidade e critérios “julgados satisfatórios”
Material isolante do Método de ensaio Nota
núcleo (Anexo B)
Lã mineral (MW) DUR2 DUR2 incluindo o ensaio dos bordos (B.5)
Poliestireno (EPS ou XPS) DUR1 DUR1 incluindo o ensaio dos bordos (B.5)
Não é requerido o ensaio dos painéis fabricados com
utilização dos agentes de expansão abrangidos pela
norma EN 13165 e combinações destes agentes, mas
Poliuretano (PUR) – DUR1
excluindo as espumas sopradas com CO2
ligação auto-adesiva
Outros agentes de expansão devem ser ensaiados pelo
DUR1
(continua)
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Os painéis de teto deverão ser protegidos quando são utilizados sobre vias de passagem regular ou de áreas de
trabalho, tanto durante a fase de instalação como durante a utilização final. Os painéis deverão proporcionar
um apoio largo e seguro para um pé e não deverão estar sujeitos a deformações permanentes em condições de
tráfego pedonal ocasional para acesso ou manutenção. Por necessidades de manutenção, apenas deverá ser
autorizada uma pessoa de cada vez a deslocar-se sobre o painel.
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segurança ao fogo e com justificação explícita os reguladores poderão, para utilizações previstas específicas, estabelecer requisitos
adicionais para assegurarem a segurança ao fogo das construções, de acordo com a EN 13501-1. Outras classificações, tais como a
resistência ao fogo, poderão também ser requeridas para atingir os objetivos de segurança ao fogo pretendidos. Além disso, em casos
excecionais, outros instrumentos, tais como a engenharia de segurança ao fogo específica para a incorporação dos produtos e
montagens características associadas nos edifícios, poderão ser utilizados para avaliar a segurança ao fogo do edifício.
As montagens de ensaio para os ensaios de desempenho com fogo exterior devem estar de acordo com a
CEN/TS 1187 juntamente com as adições enunciadas em C.3.2 a C.3.5.
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5.2.7 Permeabilidade ao ar
Quando requerido, a permeabilidade ao ar de uma montagem completa de painéis sanduíche deve ser avaliada,
isto é, a montagem destinada a ser instalada num edifício, incluindo o produto e os seus revestimentos, os
vedantes aplicados em fábrica, junções padrão, vedantes aplicados em obra, cobre-juntas representativos e um
método de fixação apropriado para o ensaio.
A medição da permeabilidade ao ar da montagem do painel sanduíche deve ser feita em conformidade com
A.12. O método de ensaio deve ser utilizado tanto para as aplicações em paredes exteriores como em
coberturas exteriores.
Os painéis sanduíche abrangidos pela presente Norma são revestidos por faces metálicas. Quando
corretamente manufaturados e satisfazendo um controlo visual apropriado, poderão ser considerados
impermeáveis ao ar. A estanquicidade ao ar do conjunto depende da sua instalação. A permeabilidade ao ar é
apenas relevante para as junções e as fixações.
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A segurança do produto deve ser verificada por procedimentos de cálculo baseados no conceito de estado
limite. Isto requer que o “valor de cálculo da resistência” deve ser maior que o “valor de cálculo do efeito das
ações” e deve ser satisfeito tanto para o estado limite de serviço como para o estado limite último. A
verificação deve ser feita por cálculo de acordo com o Anexo E.
As informações relativas a todos os valores necessários à produção de quadros de cargas de cálculo e aos
valores característicos correspondentes obtidos durante os ensaios de tipo inicial e de controlo da produção em
fábrica devem ser fornecidas. Para os fins desta Norma, a disponibilização desta informação deve ser
considerada como fazendo parte integrante do produto.
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As características necessárias para aplicações específicas, por exemplo, permeabilidades ou acústica, devem
ser ensaiadas na base “quando requerido”.
6.2.3.1 Generalidades
As amostras devem ser representativas dos produtos a colocar no mercado e o produtor deve conservar os
registos em boas condições como parte do seu controlo da produção em fábrica.
De preferência, todas as amostras devem provir do mesmo lote ou, se tal não for praticável, o produtor deve
garantir provas suficientes permitindo a comparação dos resultados dos ETI ou de auditorias por sondagem
com os das amostras colhidas de outros lotes.
O número de especímenes de ensaio (para ETI) deve estar de acordo com os métodos de ensaio do Quadro 5.
A amostra recolhida, isto é um painel, deve ser uma amostra aleatória simples, retirada de uma população
finita de painéis.
Quando os especímenes de ensaio são provenientes de um só painel, estes especímenes devem ser recolhidos
em diversos pontos repartidos por toda a largura do painel. Pelo menos um espécimen deve ser colhido do
meio do painel e pelo menos um espécimen deve ser colhido junto ao bordo do painel, devendo o primeiro
pedaço cortado situar-se a menos de 10 % da largura do painel, partindo de um bordo exterior.
A menos que tenha sido especificado de forma diferente no método de ensaio, os especímenes não devem ser
condicionados, nem antes nem depois do ensaio.
A idade mínima dos especímenes para os ensaios de tipo inicial deve ser de 24 h. A data e hora da produção
devem ser registadas na altura da amostragem.
Os especímenes de ensaio são muito sensíveis ao processo de corte e à exatidão dos ensaios, em especial a
medição nos ensaios de tração. É requerido cuidado acrescido no processo de corte, especialmente se o
material do núcleo interior é relativamente fraco ou tem tendência a ser friável. O corte pode ser feito com
uma serra de fita, com lâmina de dentes finos. Poderá ser vantajoso colocar o espécimen entre duas faces de
contraplacado ou material similar a fim de reduzir as vibrações durante o processo de corte. Sugere-se que os
especímenes deverão ser cuidadosamente inspecionados depois de serem cortados. Os especímenes que
evidenciarem descolamentos provocados pelo processo de corte deverão ser rejeitados (até um máximo de
30 % dos que foram cortados para qualquer família de ensaios).
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6.2.5.1 Geral
Se existe apenas uma alteração do material do núcleo ou da cola para uma família de painel, um programa de
ensaio encurtado (não toda a gama do ETI) - ver Quadro 6 poderá ser usado para comparar os valores de
resistência ao corte e módulo de elasticidade ao corte; resistência à compressão e módulo de elasticidade ao
corte; resistência à compressão e o módulo de elasticidade do núcleo; e fluência contra os valores dos ETI
originais.
)
CWFT: Classification Without Further Testing = Classificação Sem Ensaios Adicionais (nota nacional).
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Desde que todos os valores característicos destes materiais para o novo material de núcleo sejam melhores ou
iguais aos valores declarados como um resultado do ensaio ETI original, os valores declarados existentes para
as propriedades mecânicas do painel poderá ser retidos sem mais ETI.
Se existe apenas uma alteração no grau do material de revestimento um programa de ensaio encurtado para
comparar os valores da capacidade do momento-fletor deve ser utilizado (ver Quadro 6).
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Quadro 5 – Métodos de ensaio, especímenes de ensaio, tipo de ensaio e condições para ETI
Critérios de
Nº mínimo de
Método de Espessura do conformidade
Característica Tipo de ensaio especímenes
ensaio painel ensaiado e condições
ETI
específicas
5.1.2. Propriedades mecânicas EN ISO 6892-1 a) 3 a)
de uma face
Propriedades técnicas de um
painel e do material do núcleo
5.2.1.2. Resistência ao corte e A.3 ou A.4 ETI Mínimo, máximo e 3
modulo de elasticidade intermédio
(Máx, Mín, I)
5.2.1.4. Resistência à A.2 ETI 6 Estabelecimento
compressão e modulo de de valores
elasticidade declarados
5.2.1.5. Resistência ao corte A.3.2 ETI 1/10d)
reduzida c)
5.2.1.6. Resistência à tração A.1 ETI 6
transversal ao painel: (e
modulo b)
5.2.1.7. Capacidade de A.5 ETI 3
momento flector e tensão de
enrugamento
5.2.1.8. Capacidade de A.7 ETI (Máx, Mín, I) 3 -
momento flector e tensão de
enrugamento sobre um suporte
central
5.2.1.3. Coeficiente de fluência A.6 ETI Máx 1 [Número]
c)
(continua)
NP
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Quadro 5 – Métodos de ensaio, especímenes de ensaio, tipo de ensaio e condições para ETI (conclusão)
Critérios de
Nº mínimo de
Método de Espessura do conformidade
Característica Tipo de ensaio especímenes
ensaio painel ensaiado e condições
ETI
específicas
5.2.4.2. Resistência ao fogo e) EN 1364-1 ou ETI Escolha do produtor 1 Classificação de
1364-2 acordo com
EN 13501-2
Para condições
específicas ver
C.2
EN 1365-2 ou Escolha do produtor 1
CEN/TS 13381-1
EN 14135 Escolha do produtor 1
5.2.4.3. Telhados – CEN/TS 1187 CWFT ou ETI Escolha do produtor Ver CEN/TS Classificação de
desempenho ao fogo exterior e) 1187 acordo com
EN 13501-5
Para condições
específicas ver
C.3
5.2.6 Permeabilidade à água e) EN 12865 ETI Escolha do produtor 1 EN 12865 e de
acordo com A.11
5.2.7 Permeabilidade ao ar e) EN 12114 ETI Escolha do produtor 1 EN 12114 e de
acordo com A.12
5.2.9 Isolamento de som aéreo EN ISO 10140 ETI Escolha do produtor 1 Declaração
Rw(C:Ctr) (ver
A.13)
5.2.10 Absorção sonora e) EN ISO 354 ETI Escolha do produtor 1 EN ISO 11654
(ver A.14)
5.2.5 Tolerâncias dimensionais Anexo D ETI Escolha do produtor 1 -
a)
Estes valores são requeridos para ajustar resultados de ensaios de acordo com A.5.5.4.
b)
Requerido apenas para fins de conceção – não declarado.
c)
Apenas para aplicações de telhados/tetos.
d)
1/10 = uma só série de ensaios com 10 especímenes.
e)
Quando requerido.
f)
Não declarado. Requerido para calcular a tensão de enrugamento a temperaturas elevadas.
g)
Alternativamente usar valores declarados do produtor. Valores devem ser na mesma orientação como no painel.
NP
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Quadro 6 – Programa de ensaios reduzido, especímenes de ensaio, tipo de ensaio e condições para ETI
Nº mínimo
Tipo Espessura
Método de de Critérios de
Característica de do painel
ensaio espécimene conformidade
ensaio ensaiado
s ETI
5.2.1.2 Resistência ao corte e A.3 ou A.4 ETI Máximo 3 GC e fCv ≥ valor
módulo original
6.3.1 Generalidades
O produtor deve estabelecer, documentar e manter um sistema CPF para garantir que os produtos colocados no
mercado estão conformes com as características de desempenho declaradas. O sistema CPF deve constar de
procedimentos, inspeções regulares e ensaios e/ou avaliações e na utilização dos resultados para controlar
matérias-primas e outros materiais rececionados, equipamentos, o processo produtivo e o produto.
Um sistema CPF em conformidade com os requisitos da EN ISO 9001, e orientado especificamente pelos
requisitos desta Norma, deve ser considerado como satisfazendo os requisitos acima indicados.
Onde esta Norma permite alternativa aos métodos de ensaio usados, todos os ensaios de CPF devem ser
realizados usando o método de ensaio que foi usado para os ensaios ETI correspondentes.
Onde a marcação CE é baseada no uso dos dados de ensaio de existentes ETI de acordo com 6.2.2, e onde uma
alteração subsequente na velocidade dos ensaios requerida resulta numa mudança significativa nos resultados
do CPF, é permitido o uso da mesma velocidade de ensaio para os ensaios de CPF que foi usada para os
ensaios ETI originais.
Os resultados das inspeções, ensaios ou avaliações que requeiram ações devem ser registados, assim como
qualquer ação desenvolvida. O procedimento e ações a desenvolver em casos de não conformidades devem ser
claramente estabelecidos.
Quando produtos da mesma família (ver secção 6.1) são produzidos utilizando o mesmo equipamento de
processo produtivo, o produtor poderá utilizar resultados ETI comuns desde que possa ser evidenciada a
conformidade, caso em que os procedimentos do controlo da produção em fábrica devem ser os mesmos.
NP
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Quando um produtor opera diferentes linhas de produção ou unidades na mesma fábrica ou linhas de produção
ou unidades em diferentes fábricas e estas são abrangidas por um único sistema CPF geral, o produtor deve
conservar os registos de controlo para cada linha de produção separada ou unidade.
Adicionalmente aos resultados de ensaio, deve também ser registada a seguinte informação mínima:
- data e hora de produção;
- tipo de produto;
- especificação de produto, incluindo materiais e componentes.
Quando os resultados do CPF excedem consistentemente o valor declarado, estes resultados poderão ser
utilizados para determinar um valor de percentil 5 % que poderá ser utilizado como base para um incremento
do valor declarado.
6.3.3 Equipamento
Os ensaios para demonstrar a conformidade do produto acabado com a presente Norma devem ser realizados
utilizando equipamento descrito nos métodos de ensaio relevantes referidos na presente Norma.
Todo o equipamento de pesagem, medição e ensaio necessário para atingir, ou evidenciar a conformidade deve
ser calibrado ou verificado e regularmente inspecionado de acordo com procedimentos, frequências e critérios
documentados. As calibrações e/ou verificações devem utilizar equipamento ou provetes de ensaio rastreáveis
a especímenes de ensaio de referência (padrões) reconhecidos como relevantes a nível internacional ou
nacional. Quando esses especímenes de referência não existirem, a base utilizada para as calibrações e
verificações internas deve ser documentada.
Todo o equipamento utilizado no processo produtivo deve ser regularmente inspecionado e mantido para
garantir que a utilização, o desgaste ou as ruturas não provocam inconsistência do processo produtivo.
As inspeções e a manutenção devem ser realizadas e registadas de acordo com os procedimentos escritos do
produtor e os registos mantidos durante o período definido nos procedimentos CPF do produtor.
O produtor deve garantir que o manuseamento, preservação e armazenagem do equipamento de ensaio são
feitos de forma que a sua exatidão e adfórmula ao uso são mantidas.
NP
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Quando a produção é intermitente, o produtor deve assegurar que qualquer equipamento de ensaio que poderá
ser afetado pela interrupção é adequadamente verificado e/ou calibrado antes de ser utilizado.
A calibração de todos os equipamentos de ensaio deve ser repetida se ocorrer qualquer reparação ou avaria que
possa prejudicar a calibração do equipamento de ensaio.
6.3.4.1 Generalidades
As especificações de todas as matérias-primas e componentes rececionados devem ser documentadas, assim
como o esquema de inspeção para verificar a sua conformidade.
O produtor deve dispor de procedimentos escritos que especifiquem qual o tratamento que é dado às matérias-
primas e componentes não conformes. Qualquer desses casos deve ser registado logo que ocorra e esses
registos devem ser mantidos por um período definido nos procedimentos escritos do produtor.
A conformidade das faces metálicas deve estar de acordo com a secção 6.3.4.2, os componentes prefabricados
do núcleo com a secção 6.3.4.3 e os adesivos com a secção 6.3.4.4.
6.3.4 Adesivos
O produtor dos painéis deve obter a declaração do fornecedor para o seguinte:
- descrição e especificação;
- viscosidade/velocidade;
- tempo de armazenagem.
6.3.5.1 Generalidades
O produtor deve estabelecer procedimentos para assegurar que os valores declarados de todas as características
são mantidos de acordo com as secções 6.3.5.2 e 6.3.5.3.
NP
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Os procedimentos do controlo da produção em fábrica devem ser organizados de modo que cada tipo de
produto apareça no controlo estatístico da qualidade em proporção aproximada ao volume da produção.
Os fornecedores que compram o produto a um produtor cujas instalações fabris se situam fora do EEE devem
estabelecer procedimentos para garantir que os valores estabelecidos para todas as características são mantidos
de acordo a secção 6.3.6.
Para os painéis sem juntas no núcleo, se as Fórmulas (A.20) (A.5.5.3) forem usadas ou se a força de
enrugamento e a resistência à flexão forem determinadas através de cálculos com base em A.5, não é
necessário realizar os ensaios de tensão de enrugamento. Em consequência, o controle CPF de módulos de
tração e compressão deve ser realizado em conformidade com o Quadro 7.
Se o momento de flexão final for controlado, pelo menos, uma vez por semana, então, não há nenhum
requisito para controlar os módulos de tensão e compressão.
Quadro 7 – Procedimentos CPF para painéis
Número
Tipo de ensaio Método de Frequência
mínimo de
ensaio mínima
especímenes
Massa volúmica aparente do material do núcleo A.8 3 1 por turno/6 h a 8 h a)
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Controlo dimensional:
- Espessura do painel D.2.1
- Desvio da planeza D.2.2
- Altura do perfil 1 1 por turno/6 h a 8 h
D.2.3
- Altura dos reforços D.2.4
- Comprimento do painel D.2.5
- Largura útil D.2.6
- Desvio de perpendicularidade D.2.7
- Desvio da retilinearidade D.2.8
- Arqueamento (curvatura) D.2.9
- Passo do perfil D.2.10
- Largura dos vales/nervuras D.2.11
Reação ao fogo – (secção 6.3.5.3) c)
Resistência ao fogo – (secção 6.3.5.3) c) Especificação
Desempenho com fogo exterior – (6.3.5.3) c) ou CWFT Registo
Desempenho do isolamento térmico A.10.2.1.1 d) 1 1 por mês
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a) Painéis com isolamento criado por espuma (ação química) durante o processo produtivo devem ser
controlados registando a especificação precisa de todos os componentes químicos, retardantes do fogo, etc.
para cada lote de produção, incluindo origem e fornecedor; proporções utilizadas, etc. No caso de sistemas
químicos fornecidos por um produtor externo deve ser disponibilizada uma declaração suficiente da
especificação. O modelo/tipo de painel deve ser registado para confirmar o detalhe das montagens entre
painéis.
b) Painéis com isolamento pré-moldado ou em lamelas produzidos por ligação devem ser controlados
registando a especificação exata de todos os componentes pré-moldados ou em lamelas para cada lote de
produção incluindo, quando aplicável, a especificação química completa; massa volúmica aparente;
retardantes do fogo; ligantes; adesivos; ou outro material orgânico, incluindo as subcamadas de
revestimento etc. No caso de componentes pré-moldados ou em lamelas e outros componentes (por
exemplo, adesivos) fornecidos por um fornecedor externo, é suficiente fornecer uma declaração das
especificações correspondentes. O modelo/tipo de painel deve ser registado para confirmar o detalhe das
montagens entre painéis.
Devem ser realizados ensaios indiretos de componentes de acordo com o Quadro 8.
6.3.6.1 Generalidades
Quando um fornecedor compra o produto a um produtor cujas instalações fabris se situam fora do EEE, ele
assume total responsabilidade pela demonstração da conformidade do produto de acordo a secção 6.3.6.2.
Quando o fornecedor compra o produto a um produtor que não opera um sistema CPF tal como descrito na
secção 6.3, ou o produtor deve ser obrigado a operar um tal sistema ou o fornecedor deve tomar a
responsabilidade total pelo produto de acordo com a secção 6.3.6.2.
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O conceito de famílias é descrito na secção 6.1. Este conceito é geralmente aplicado a caraterísticas mecânicas
e os parâmetros, que poderão variar dentro de uma família, incluem a profundidade do núcleo, geometria das
faces, características do material de extensão e face.
A avaliação de famílias de resultados de ensaios deve seguir os princípios enunciados na EN 1990:2002,
Anexo D. O procedimento que se segue é uma versão simplificada do procedimento mais geral dado na
EN 1990, que é considerada adequada para os fins da presente Norma.
As resistências características dos membros da família devem ser determinadas com base na expressão de
cálculo adequada “Xdes'', que relaciona os resultados do ensaio com todos os parâmetros relevantes. Esta
expressão de conceção poderá tanto ser baseada em fórmulas apropriadas de mecânica estrutural como
determinada numa base empírica.
A expressão de cálculo deve ser modificada para prever a resistência medida mais exata possível, ajustando os
coeficientes de modo a otimizar a correlação.
NOTA 1: A expressão cálculo ótima poderá ser determinada na base de uma análise de regressão, mas isto não é essencial. Uma
quantidade limitada de tentativa e erro é suficiente para atender os requisitos da presente secção.
Sempre que possível, as expressões de cálculo com uma variação linear entre o parâmetro variável (s) e os
valores necessários deverão ser preferidas.
NOTA 2: Este método continua a ser válido se a "expressão de cálculo" necessária for um valor constante.
De modo a calcular o desvio padrão, cada resultado de ensaio ‘x’ deverá primeiro ser normalizado dividindo-o
pelo valor correspondente previsto pela expressão de cálculo.
x
xn
xdes
O número de ensaios ‘n’ deverá ser tomado como o número total de ensaios numa família completa. Para uma
família de pelo menos quatro ensaios, a resistência caraterística Rk deve depois ser obtida usando a seguinte
fórmula:
( yn k yn )
Rk x p xdes e
onde:
xp é o valor percentil 5 % da população x
yn = Ln(xn)
yn é o valor médio de yn
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7 Classificação e designação
Os painéis sanduíche devem ser classificados e designados de acordo com o Quadro 10 se requerido, por
exemplo quando sujeitos a requisitos regulamentares. Os valores declarados devem ser apresentados com dois
ou três algarismos significativos.
Quadro 10 – Classificação e designação
Secção Designação Unidades ou classes
5.2.1 Propriedades mecânicas:
- grau do metal / espessura / sistema de tolerâncias Declaração
- resistência à tração perpendicular ao painel MPa
- resistência ao corte (núcleo) MPa
- módulo de elasticidade ao corte (núcleo) MPa
- coeficiente de fluência a) (número)
- resistência à compressão (núcleo) MPa
a)
- resistência ao corte a longo termo MPa
- resistência de enrugamento c) MPa
ou resistência à flexão c) kNm/m
-
Massa volúmica Kg/m3
5.2.2 Transmissão térmica e conductibilidade térmica W/m2.K e W/m.k
5.2.3 Propriedades mecânicas a longo termo – Durabilidade Aceitação (cores - ver Anexo B)/Rejeição
5.2.4.1 Reação ao fogo Ver EN 13501-1
5.2.4.2 Resistência ao fogo Ver EN 13501-2 b)
b)
5.2.4.3 Desempenho de telhados com fogo exterior BROOF(t1,t2,t3) (CWFT) ou EN 13501-5
5.2.6 Permeabilidade à água Classe : por exemplo A (1200 Pa):
B (600 Pa): C (300 Pa). b)
5.2.7 Permeabilidade ao ar Valores C e n b)
b)
5.2.9 Isolamento aos sons aéreos Coeficiente: Rw(C:Ctr)
5.2.10 Atenuação acústica Coeficiente com um valor único: w b)
a)
Característica requerida apenas para painéis destinados a utilização como telhados e tetos.
b)
Estas características poderão ser designadas DND (Desempenho Não Determinado, ver secção ZA.3) quando a utilização
prevista não está sujeita a exigências regulamentares.
c)
Deve ser declarada quer a tensão de enrugamento quer a resistência à flexão. Deve ser declarada a tensão de enrugamento ou a
resistência à flexão quer para a flexão positiva, quer para a flexão negativa. Quando uma ou ambas as faces são planas ou
ligeiramente perfiladas, a tensão de enrugamento deve ser declarada para essas faces (secção A.5.5.3).
NP
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Os produtores poderão desejar fornecer informação adicional com o produto quando apropriado.
Quaisquer instruções relativas ao transporte, armazenamento e manuseamento devem ser claramente visíveis
na embalagem ou na documentação que a acompanha.
Se são esperadas condições de serviço severas durante o transporte, armazenagem ou processamento, o
produto poderá ser fornecido com uma proteção adicional de um temporário, filme strippable, cera ou óleo.
O tipo, espessura, propriedades de adesão, formabilidade, resistência ao rasgamento e resistência à luz deverão
ser tomados em consideração na escolha de filmes protetores. Todos os filmes protetores podem ser expostos
ao intemperismo exterior apenas por um período limitado, sem deterioração.
NP
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Anexo A
(normativo)
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Quando não é possível cortar um espécimen com duas faces planas, devido ao perfil das faces, o espécimen
deve ser preparado com uma peça de enchimento apropriadamente conformada, a qual é colada à face
perfilada (ver exemplos na Figura A.2).
Poderão ser coladas às faces camadas finas adicionais de forma a garantir que as placas de carga da máquina
de ensaios estão paralelas no início do ensaio de carga.
NOTA: Como alternativa à utilização de peças de enchimento conformadas e se a forma do perfil da face é adequada, poderá ser
possível colar dois especímenes juntos de tal forma que as faces perfilados se encaixam.
A.1.4 Procedimento
O ensaio deve ser realizado carregando o espécimen de forma contínua, ou pelo menos em 10 incrementos,
utilizando uma máquina de ensaios de tração. A velocidade de deformação deve ter um valor mínimo de 1 %
de dc por minuto e não deve exceder 3 % de dc por minuto. Durante o ensaio a extensão deve ser medida com
exatidão de 0,01 mm.
O ensaio deve ser prosseguido até que a carga última (Fu) é atingida (Figura A.3). Se o espécimen não
evidencia uma carga última claramente definida o ensaio deve ser descontinuado quando a deformação relativa
excede 20 %.
Os ensaios devem ser realizados em condições normais de temperatura e humidade no laboratório, exceto
quando é realizado o ensaio a alta temperatura (secção A.1.6).
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Figura A.3 – Curva de carga versus deflexão (Fu contra deslocamento “w”)
Os registos e interpretação dos resultados dos ensaios devem estar em conformidade com a secção A.16.
O relatório de ensaio deve estabelecer o valor característico (secção 6.2.3) para a resistência à tração e deve
estabelecer o modo de rutura, isto é, se a rutura ocorreu na camada de aderência ou no núcleo.
Deverá ser dada atenção especial aos casos em que a rutura ocorre junto da camada de aderência para
determinar a localização da rutura.
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O ensaio poderá ser realizado aquecendo os especímenes juntamente com as placas de distribuição até uma
temperatura ligeiramente acima de 80 ºC e aplicar então a carga de ensaio, antes do espécimen arrefecer
abaixo dos 80 ºC (limites 80 13 ºC).
O valor característico do módulo E a alta temperatura deve ser indicado no relatório de ensaio.
A.2.4 Procedimento
O espécimen deve ser colocado entre as duas placas de carga rígidas e paralelas duma máquina de ensaios de
compressão. A velocidade de carga deve ser suficiente para provocar um deslocamento com um valor mínimo
de 1 % de dc por minuto e não deve exceder 3 % de dc por minuto. Durante o ensaio o deslocamento deve ser
medido com exatidão de 0,01 mm e deve ser traçada uma curva carga-deflexão (ver Figura A.3).
Os ensaios devem ser realizados em condições normais de temperatura e humidade no laboratório.
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O módulo de elasticidade à compressão ECc do material do núcleo deve ser calculado utilizando a Fórmula
(A.4):
Fu d C
ECc (A.4)
wu A
onde:
Fu é a carga última
dC é a espessura
wu é o deslocamento ideal à carga última baseada na parte linear da curva, tal como mostrado na
Figura A.3
A é a área da secção reta do espécimen determinada a partir das dimensões medidas
Os registos e interpretação dos resultados dos ensaios devem estar em conformidade com a secção A.16.
O relatório de ensaio deve estabelecer o valor característico (secção 6.2.3) para a resistência à compressão e
módulo do material do núcleo.
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Legenda
F carga aplicada
r rolos, com raio 15 mm
w deflexão medida
p placas metálicas de repartição de cargas com largura Ls
o saliência em balanço não excedendo 50 mm
Figura A.4 – Ensaio com dois pontos de aplicação da carga
Para todos os materiais de núcleo, exceto lamelas MW, a largura do espécimen deve ser 100 mm 2 mm. Para
lamelas MW a largura a ser usada deve ser 100 mm e deve ser escolhida de forma a incorporar pelo menos
uma largura completa de lamelas. Não deve haver topos de lamelas cortados ou de material do núcleo pré-
moldado dentro do comprimento do espécimen de ensaio.
NOTA 2: Com painéis mais espessos e painéis com núcleos de lamelas, poderá ser preferível utilizar o ensaio descrito na secção A.4
para determinar a resistência ao corte e o módulo de painéis.
O vão L deve ser escolhido de forma a conseguir uma rutura ao corte. O vão recomendado é 1000 mm. Se o
vão recomendado não gera uma rutura ao corte similar à mostrada na Figura A.5, o vão deve ser reduzido a
incrementos de 100 mm até que seja conseguida uma rutura ao corte. Os ensaios subsequentes devem então ser
realizados com o vão reduzido.
NOTA 3: Com painéis mais espessos poderá ser vantajoso utilizar vãos maiores que 1000 mm.
Se o ensaio não resultar em rutura ao corte, os resultados poderão ser utilizados para o ETI e o CPF e o
resultado será seguro.
NP
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A.3.4 Procedimento
O espécimen deve ser carregado tal como mostra a Figura A.4. A velocidade de carga deve ser suficiente para
causar uma rutura entre 1 min a 5 min depois do início do ensaio. Durante o ensaio a deflexão deve ser medida
com exatidão de 0,01 mm. A carga deve prosseguir até que a rutura ocorra e deve ser traçada uma curva carga-
deflexão.
No caso de painéis espessos, procedimentos de ensaio usando quatro pontos de carga poderão ser usados para
alcançar rutura por corte.
Os ensaios devem ser realizados em condições normais de temperatura e humidade no laboratório.
A espessura do metal, excluindo todos os revestimentos de proteção de ambas as faces de cada espécimen,
deve ser medida e registada.
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moldados ou com lamelas, a menos que um resultado melhor possa ser justificado ensaiando uma largura útil
total de um painel de acordo com a secção A.4, kv deve ser calculado pela Fórmula (A.6):
largura mínima do material não cortado do núcleo sobre uma linha de topos cortados (A.6)
kv =
largura total do painel
Quando as extremidades cortadas são mais próximas entre si do que 5 cm no sentido longitudinal, elas devem
ser tratadas como um corte final.
Os registos e a interpretação dos resultados de ensaio devem estar em conformidade com a secção A.16.
O relatório de ensaio deve estabelecer o valor característico (6.2.3) para a resistência ao corte em megapascal
(MPa). O vão deve ser declarado no relatório de ensaio.
E F 1 . AF 1 .E F 2 AF 2 2
Rigidez à flexão BS .e
E F 1 . AF 1 E F 2 . AF 2
onde:
EF1 é o módulo E da face superior
EF2 é o módulo E da face inferior
AF1 é a área medida da secção reta da face superior baseada na espessura medida do aço
AF2 é a área medida da secção reta da face inferior baseada na espessura medida do aço
e é a profundidade medida entre os centros de gravidade das faces
w é a deflexão a meio vão para um incremento de carga F tirada da inclinação da parte reta da curva
carga-deflexão
NP
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dC é a profundidade do material do núcleo (ver secção D.2.1 onde dC = D – (t1 + t2) isto é, a espessura das
duas faces)
Ac é a área da secção reta do núcleo baseada na profundidade medida dc
L é o vão do espécimen de ensaio na rutura por corte
Os registos e a interpretação dos resultados de ensaio devem estar em conformidade com a secção A.16.
O relatório de ensaio deve estabelecer os valores médio e característico (secção 6.2.3) para o módulo de
elasticidade ao corte em megapascal (MPa). O vão deve ser declarado no relatório de ensaio.
É importante que a superfície não aderente sobre a largura total do painel modular não seja muito grande e que
as áreas de ligação tenham uma dimensão mínima de segurança. O produtor deverá ensaiar para garantir que
há uma dimensão funcional segura entre áreas não aderentes.
Legenda:
a área não ligada (bnd = largura não ligada)
b área ligada
dc profundidade continua do núcleo
onde b nd 2 d c 0,58 a área não ligada tem apenas uma pequena influência nos valores registados.
O valor declarado da resistência ao corte fCv deve ser determinado usando a Fórmula (A.5) e o módulo de
elasticidade ao corte Gc usando a Fórmula (A.7).
Onde b nd 2 d c 0,58 os valores declarados devem ser reduzidos de acordo com as Fórmulas (A.8) e (A.9).
NP
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b 1.16 d c
fCv ,red f Cv 1 nd
p (A.8)
b 1.16 dc
GC ,red GC 1 nd
p (A.9)
onde:
Alternativamente, a resistência ao corte fCv e o módulo de elasticidade ao corte Gc devem ser determinados de
acordo com A.4.
A.3.6.1 Princípio
Quando requerido para fins de cálculo para aplicações em telhados e tetos, e não havendo ensaios disponíveis,
a resistência ao corte a longo termo com 2000 h e 100000 h deve ser calculada como:
40 % do valor a curto termo, se t é inferior ou igual a 2,4 com 2000 h
30 % do valor a curto termo, se t é superior a 2,4 com 2000 h.
A.3.6.2 Procedimento
Utilizando o aparelho descrito na Figura A.4 devem ser realizados pelo menos 10 ensaios de carga a longo
termo. Estes ensaios devem ser realizados com especímenes nominalmente idênticos sujeitos a um conjunto de
cargas, que devem ser mantidas constantes após a aplicação inicial. As cargas devem ser escolhidas de tal
forma que as ruturas de n 10 especímenes sejam repartidas ao longo do intervalo de tempo de
6 min t 1000 h. Os especímenes que entram em rutura após t > 1000 h poderão também ser incorporados
na análise.
Não são requeridas medições da deformação.
Os ensaios devem ser realizados em condições normais de temperatura e humidade no laboratório.
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Legenda:
t tempo (horas)
tensão de corte no espécimen
fv resistência ao corte (a curto termo)
Figura A.7 – Reta de regressão evidenciando a resistência ao corte a longo termo
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ar ou um vácuo parcial. Quando usando uma carga distribuída uniformente, a carga aplicada deve ser medida
por meio de células de carga e não por medição da pressão do ar.
São necessárias placas de aço para repartição de cargas sob os pontos de carga e sobre os apoios. Quando se
ensaiam amostras com faces perfiladas e são usadas cargas de linha, a carga deve ser aplicada através de vigas
transversais de carga de madeira ou aço em conjunto com placas de carga da madeira (ver Figura A.12).
A largura Ls das placas de repartição de cargas não deve ser menor que 60 mm. Esta largura poderá ser
aumentada, se necessário, a fim de evitar esmagamentos localizados do núcleo. A distância livre entre as
placas de carga e as placas de apoio não deve ser inferior a 1,2 dc. A espessura das placas de repartição de
cargas deve estar entre 8 mm e 12 mm.
As condições de suporte devem ser tais que não se aplique nenhuma restrição à rotação do painel sobre as
linhas de suporte.
O produtor poderá, se pretender, tomar em consideração uma rutura ao corte sem deformação visível por
compressão do material do núcleo nos suportes. Se for este o caso as deflexões visíveis ws1 e ws2 nos suportes
devem ser medidas durante os ensaios. A deflexão w a utilizar nos cálculos do módulo de elasticidade ao corte
deve então ser modificada por subtração do valor.
ws1 ws 2 a partir da deflexão medida w
2
onde:
ws1 e ws2 são as deflexões medidas da face superior do espécimen nos apoios esquerdo e direito,
respetivamente
Na EN 14509:2006, a dedução para a compressão visível nos apoios era obrigatória. No entanto, análises de
elementos finitos detalhados posteriores sugeriram que fazer essa dedução nem sempre poderá resultar no
valor mais preciso do módulo de elasticidade ao corte. Por esta razão, após novas pesquisas, fazer esta
dedução está agora a ser considerada como opcional. Não existe nenhum procedimento "seguro", porque
introduzindo um valor baixo do módulo de elasticidade ao corte nos cálculos de dimensionamento irá
geralmente resultar em desvios mais críticos em conjunto com tensões menos críticas nas faces, e vice-versa.
A decisão do produtor deverá refletir qual destes é considerado o fator mais importante no cálculo.
NP
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A espessura líquida do metal, excluindo todos os revestimentos de proteção, de ambas as faces de cada
espécimen de ensaio (tf1, tf2) deve ser medida e registada. A disposição das junções utilizada nos ensaios deve
ser descrita no relatório de ensaio.
A.4.4 Procedimento
O ensaio deve ser realizado submetendo uma largura total útil de um painel simplesmente apoiado seja a duas
cargas lineares aplicadas a igual distância, seja a carga uniformemente distribuída.
Uma carga uniformemente distribuída poderá ser aplicada usando pressão de ar gerado por um aparelho de
ensaio de câmara de vácuo ou bolsas de ar (A.5).
Outras posições da carga poderão ser usadas e as propriedades calculadas em conformidade.
A velocidade de carga deve ser uniforme e tal que resulte em rutura entre 1 min e 5 min após o início do
ensaio. Durante o ensaio, a deformação deve ser medida com uma exatidão de 0,01 mm. A carga deve ser
continuada até a rutura e a curva de carga-deformação deve ser traçada.
Os ensaios devem ser realizados em condições normais de temperatura e humidade no laboratório.
A.4.5.1 Generalidades
A carga Fu na rutura dá a resistência ao corte do painel completo incluindo a contribuição tanto do núcleo
como das faces.
A.4.5.2 Painéis com faces planas ou levemente perfiladas carregados sujeitos a cargas lineares
Para painéis com faces planas ou ligeiramente perfiladas sujeitos a duas cargas lineares aplicadas nos terços do
vão, o cálculo da resistência ao corte fCv deve ser feito como se segue (A.10):
Fu (A.10)
f Cv
2 Be
onde:
Fu é a carga última suportada pelo espécimen colapsado ao corte incluindo o próprio peso e o peso de
qualquer equipamento de carga
B é a largura do núcleo do espécimen
e é a profundidade medida entre os centros de gravidade das faces
e o módulo de elasticidade ao corte GC deve ser conforme indicado na secção A.3.5.2 (Fórmula (A.7)).
Nos casos em que uma caixa de vácuo é utilizada e a área de apoio não é protegida e, portanto, afetada pela
pressão do ar, a reação do apoio medida deve ser reduzida pela multiplicação da carga total medida pela
relação
L Ls
L Ls
onde
Ls é a largura da placa de suporte
NP
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A.4.5.3 Painéis com uma ou duas faces perfiladas sujeitos a cargas lineares
Para painéis com quer uma ou duas faces perfiladas sujeitos a dois pontos de carga aplicados nos três pontos
de carga do vão, o módulo de elasticidade ao corte Gc deve ser calculado a partir do declive da parte reta da
F
curva de deflexão usando a Fórmula (A.11).
w
NOTA: Este cálculo é iterativo pois λ depende do módulo de elasticidade ao corte, que é inicialmente desconhecido.
F 2
BS LdC
GC ws
6 AC e 2 BS BD 1
Módulo de elasticidade ao corte (A.11)
onde:
Δw é a deflexão a meio-vão para um incremento de carga ΔF tomado a partir do declive da parte linear
da curva carga-deflexão
sinh sinh
Flexão de deflexão = F L3 23 1 3 2
wB
BS BD 1296 6 2 3 sinh
dC é a profundidade do núcleo
BD
α =
BS
BD = EF 1 I F 1 EF 2 I F 2
EF 1 AF 1 EF 2 AF 2 e2
BS =
EF 1 AF 1 EF 2 AF 2
BS dC
β=
Be2 GC L2
1
λ=
A resistência ao corte fCv deve ser calculada como apresentado a seguir usando a Fórmula (A.12)):
NP
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2
sinh sinh
Fu 3 3 (A.12)
fCv 1
2 1 AC sinh
A.4.5.4 Painéis com faces planas ou ligeiramente perfiladas sujeitos a câmara de vácuo ou saco de carga
aérea
Para os painéis sujeitos a uma carga uniformemente distribuída, a resistência ao corte fCv deve ser calculada
usando a Fórmula A.10.
O módulo de elasticidade ao corte deve ser calculado a partir do declive da parte reta da curva de carga-
F
deflexão usando a fórmula (A.13).
w
F L3
Flexão deflexão wB
76,8 BS
F 2
BS L dC
GC ws
8 AC e 2 BS BD 1
Módulo de elasticidade ao corte (A.13)
A.4.5.5 Painéis com uma ou duas faces perfiladas sujeito a câmara de vácuo ou saco de carga aérea
Para painéis sujeitos a uma carga uniformemente distribuída, o módulo de elasticidade ao corte deve ser
F
calculado a partir do declive da parte reta da curva de carga-deflexão usando a fórmula (A.14), onde a
w
geometria assumida e símbolos são dados em E.1:
NOTA: Este cálculo é iterativo pois depende do módulo de elasticidade ao corte, que é inicialmente desconhecido.
F
BS LdC
ws
Módulo de elasticidade ao corte GC (A.14)
8 Be 2 BS BD 1
onde:
cosh 1
F L 3
5 2
Flexão deflexão wB
BS BD 384 4 cosh
2
NP
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sinh
Fu 1 2
fCv
(1 ) AC 2
cosh
2 (A.15)
Para os painéis com outros sistemas de carregamento, a resistência ao corte e o módulo de elasticidade ao
corte do material do núcleo devem ser determinadas por cálculo. Onde relevante, este cálculo deve ter em
conta as faces perfiladas.
Registo e interpretação dos resultados dos ensaios devem ser conformes com A.16. O relatório de ensaio deve
indicar tanto a média como os valores caraterísticos (6.2.3) do módulo de elasticidade ao corte e resistência ao
corte em megapascal (MPa). Apenas o valor médio do módulo de elasticidade ao corte obtidos a partir dos
resultados do ensaio disponíveis devem ser declarados. O valor do percentil 5 % deve ser registrado para fins
CPF.
Fu L
Mu
8
onde:
Fu é a carga final total do painel, incluindo o peso próprio do próprio painel e o peso do equipamento
de carga
NP
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Em geral, a carga deve ser medida por células de carga localizadas debaixo dos suportes. Alternativamente, se
a carga é aplicada por um macaco e vigas de carga, ela poderá ser medida por uma célula de carga no ponto de
aplicação da carga.
Legenda:
w carga por unidade de comprimento
Figura A.10 – Painel simplesmente apoiado: pressão de ar
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Se os valores de vão do Quadro A.1 dão origem a uma rutura por corte, eles devem ser aumentados em
incrementos de 1,0 m até que seja obtida uma rutura por flexão.
No caso de painéis do mesmo tipo mas com diferentes espessuras de faces, devem ser ensaiados pelo menos os
painéis com a face mais fina.
NOTA 2: Poderá ser vantajoso ensaiar mais do que uma espessura de face de modo a obter valores de tensão de enrugamento
melhorados.
A.5.4 Procedimento
Para todos os painéis, incluindo aqueles com faces superiores e inferiores similares, este ensaio deve ser
realizado em ambas as orientações do painel porque a tensão de enrugamento poderá ser grandemente
influenciada pelo facto de, no momento da produção, a face estar situada na parte superior ou inferior do
painel.
Antes do ensaio deve ser aplicada uma pequena carga, a qual não deve ser superior a 10 % da carga de rutura,
durante não mais de cinco minutos e depois retirada.
Os ensaios devem ser realizados em condições normais de temperatura e humidade no laboratório.
O painel deve ser carregado de forma constante em pelo menos 10 incrementos até que ocorra a rutura. A
velocidade de deflexão deve ser tal que resulte em rutura entre 5 mina 15 min depois do começo do ensaio.
Tanto a carga como a deflexão central devem ser registadas. Os transdutores de deslocamento devem ter uma
exatidão de 0,1 mm.
Após conclusão do ensaio, a espessura líquida do metal excluindo todos os revestimentos de proteção e a
tensão de fluência de cada face também devem ser determinadas com um mínimo de três especímenes por
painel e registadas.
A.5.5.1 Generalidades
Os registos e a interpretação dos resultados de ensaio devem estar em conformidade com A.16.
NP
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A carga de rutura e a natureza e localização da rutura devem ser registadas. Deve ser traçada uma curva
carga-deflexão para o deslocamento central.
A.5.5.3 Determinação da tensão de enrugamento (w) de uma face plana levemente perfilada ou a tensão
de empeno local de uma face perfilada
A tensão de enrugamento w é apenas diretamente relevante para painéis em que a face em compressão é
completamente ligada e quer plana ou levemente perfilada. Contudo, com base nesta Norma , o termo “tensão
de enrugamento w“ é também considerado para incluir o empeno local de uma face perfilada em compressão,
quer completamente ou parcialmente ligada ao núcleo.
A tensão de enrugamento de um painel deve ser obtida determinando o momento-fletor último. A tensão de
rutura da face é depois obtida por cálculo.
Para painéis com faces interiores e exteriores similares, a conceção deve ser baseada na tensão de enrugamento
menos favorável.
NOTA 1: Devido à forma como a espuma ou adesivo é fixado durante a fabricação, é possível que as faces superiores e inferiores
nominalmente idênticas tenham tensões de enrugamento significativamente diferentes. Este requisito reconhece que poderá não ser
possível identificar qual face foi a mais elevada durante o fabrico uma vez o produto ter deixado a fábrica.
Se a face sob tensão é plana ou ligeiramente perfilada a tensão de enrugamento w deve ser dada a partir do
momento fletor de acordo com a Fórmula (A.17):
Mu
w (A.17)
eA1
onde:
e é a profundidade entre os centros de gravidade das faces
AF1 é a área da secção reta da face em compressão
Se a face sob tensão neste ensaio é perfilada, a tensão de enrugamento w deve ser determinada a partir da
última carga de ensaio de acordo com a Fórmula (A.18):
NP
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cosh 1
Fu L 1 2
w (A.18)
1 e AF 1 8 2 cosh
2
Onde a geometria assumida é dada em E.1 e os símbolos são os definidos com a Fórmula (A.11).
A tensão de enrugamento calculado desta forma não deve exceder a tensão de limite elástico do material da
face.
Os valores da tensão de enrugamento determinados dos ensaios devem ser adicionalmente corrigidos pelos
fatores de correção apresentados em A.5.5.4 e A.5.5.5 antes de serem obtidos os valores característicos a
declarar.
No caso de painéis do mesmo tipo mas com diferentes espessuras de faces, em que apenas foram ensaiados
painéis com as faces mais finas, as tensões de enrugamento devem ser determinadas utilizando a Fórmula
(A.19):
w,t f . w,t
2 1
(A.19)
onde:
w,t2 é a tensão de enrugamento da face mais espessa, t2
w,t1 é a tensão de enrugamento da face mais fina, t1
A1 3 I 2
f é o fator de redução =
A2 3 I1
A1, I1 são a área da secção reta e o momento de inércia da face com t1
A2, I2 são a área da secção reta e o momento de inércia da face com t2
Para painéis sem junções no núcleo a tensão de enrugamento w poderá ser determinada, em alternativa aos
ensaios, pela Fórmula (A.20):
w 3 GC EC EF (A.20)
onde EC é a média dos valores características dos módulos de elasticidade à tração e compressão do material
do núcleo, Fórmula (A.21).
ECt ECc
EC (A.21)
2
GC é o módulo de elasticidade ao corte característico do material do núcleo
EF é o módulo de elasticidade à compressão do material da face
é um valor numérico que é geralmente maior que 0,5. Na ausência de ensaios de grande escala,
w poderá ser determinado por cálculo com
NOTA 3: Embora seja possível, na maior parte dos casos, obter o valor teórico da tensão de enrugamento por cálculo, valores mais
favoráveis dessa tensão serão geralmente obtidos por ensaios.
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NOTA 4: O empeno local de uma face perfilada em compressão geralmente provoca uma distribuição da tensão não uniforme nos
elementos do perfil e esta por sua vez, provoca uma redução aparente da tensão de fluência aparente. Este efeito é contrariado pelo
material do núcleo e é, portanto, mais significativa quando o perfil não está preenchido com material de núcleo totalmente ligado
como num painel ligado de forma incompleta. Para os fins desta Norma, a tensão de enrugamento σyr é a tensão de fluência aparente
quando este efeito é tomado em consideração.
Se a face em compressão é perfilada e a outra face é plana ou ligeiramente perfilada, a tensão de enrugamento
σyr deve ser determinada a partir do momento de flexão de acordo com a Fórmula (A.22):
M Su M Du EF 1 d11
yr (A.22)
e AF 1 BF
onde
cosh 1
Fu L 1 2
M Su
1 8
2 cosh
2
cosh 1
Fu L 1 2
M Du
1 8
cosh
2
2
Se ambas as faces são completamente perfiladas, a Fórmula (A.22) deve ser substituída pela fórmula
apropriada a partir de E.7.2.5.
NOTE 1: A Fórmula (A.23 a) é também aplicável a todos os ensaios destinados exclusivamente para o cálculo por meio de ensaios.
α β
fy B
Radj,i Robs,i [cálculos para a capacidade de momento-fletor] (A.23b)
f B
y,obs obs
onde:
Robs,i é o resultado do ensaio número i
NP
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Radj,i é o resultado do ensaio modificado para corresponder aos valores de conceção da espessura do
metal e da tensão de limite elástico
fy é a tensão de limite elástico de conceção
fy,obs é a tensão de limite elástico medida no espécimen de ensaio
B BF BS Rigidez de flexão com t e e
onde:
BF EF 1 I F 1 EF 2 I F 2
t1,obs t2,obs
BF ,obs EF 1 I F 1 EF 2 I F 2
t1 t2
EF 1 AF 1 EF 2 AF 2 e 2
BS
EF 1 AF 1 EF 2 AF 2
t1,obs t
EF 1 AF 1 EF 2 AF 2 2,obs eobs
2
t1 t2
BS ,obs
t t
EF 1 AF 1 1,obs EF 2 AF 2 2,obs
t1 t2
em geral:
= 0 quando se calcula a tensão de enrugamento a partir de resultados de ensaio, ou
= 1,0
exceto para o modo de rutura à compressão de uma face perfilada:
= 1,0 se tobs t
NP
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Ef
= 1,0 se tobs > t e b 1,27
t fy
Ef
= 2,0 se tobs > t e b 1,27
t fy
onde:
b/t = relação largura/espessura da parte mais larga da face perfilada
e
b é a largura da parte de cima da face perfilada (rib) (ver Figura D.15)
t é a espessura do material do rebordo
Os valores Radj,i devem ser utilizados para representar os resultados individuais dos ensaios na avaliação dos
esforços e das resistências características.
NOTA 2: Para faces de aço o valor de cálculo para a resistência ao enrugamento σw poderá ser escolhido igual ao valor caraterístico
da resistência de limite elástico fy se cada valor individual ensaiado para a resistência ao enrugamento σw,obs,i exceder a resistência de
limite elástico medida da face do material.
k = k1. k2
Para painéis destinados a utilizações finais no exterior, com faces ligeiramente perfiladas ou planas em
compressão (enrugamento) e com temperatura da face superior a +20 ºC, de acordo com o procedimento de
cálculo (E.3), os resultados individuais de ensaio devem ser reduzidos de acordo com a Fórmula (A.24):
2
E
k1 3 Ct , 80 ºC
(A.24)
ECt , 20 ºC
onde:
ECt,+20 ºC é o módulo característico de elasticidade à tração perpendicular ao painel a 20 ºC
ECt,+80 ºC é o módulo característico de elasticidade à tração perpendicular ao painel a 80 ºC
Em todos os outros casos k1 = 1,0.
Para a rutura da face plana ou ligeiramente perfilada em compressão (enrugamento) os resultados dos ensaios
individuais devem ser adicionalmente ajustados de acordo com o seguinte procedimento:
k2 = (6,10 fCt + 0,39)
e k2 1,0
onde:
fCt é a resistência característica à tração perpendicular ao painel (em MPa)
NP
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k2 deve ser unicamente utilizado no caso de uma carga uniformemente distribuída, por exemplo, uma
câmara em depressão, saco insuflável ou similar
A.6.4 Procedimento
O ensaio deve ser realizado submetendo um painel simplesmente apoiado a uma carga permanente (peso
morto) uniformemente distribuída. O painel deve ser apoiado em duas linhas de apoio a distância inter-apoios
'L' com a face exterior para cima. A carga utilizada para o ensaio de fluência deve ser escolhida para dar
origem a uma tensão de rutura máxima no núcleo superior ou igual a 30 % da resistência ao corte declarada.
Depois da aplicação, esta carga deve permanecer constante por um mínimo de 1000 h. Deflexões a meio vão
devem ser medidas em dois locais próximos às bordas longitudinais do painel usando medidores com
mostrador ou transdutores equivalentes, capazes de uma resolução de 1 % da deflexão estática prevista.
NOTA: A carga utilizada nos ensaios de fluência não é demasiado crítica.
Aparelhos de medição da deformação devem ser colocados no zero com o painel apoiado livremente sob seu
próprio peso. Antes da colocação da carga, o painel deve ser apoiado a partir de baixo sobre um mínimo de
duas linhas situadas nos terceiros pontos da extensão de tal maneira que o escoramento pode ser removido
rapidamente e sem problemas, a fim de dar início ao ensaio. É conveniente remover, hidráulicamente ou
pneumaticamente, o suporte. As escoras devem estar localizadas em níveis que permitam o painel manter a sua
forma original quando a carga é aplicada. As deflexões devidas ao peso próprio poderão então ser calculadas e
os escoramentos poderão ser colocados de modo a levantar o painel a partir da altura calculada.
Alternativamente, as deflexões iniciais poderão ser corrigidas no fim do ensaio, para ter em conta a deflexão
devida ao peso próprio calculado. As medições da deflexão a meio vão devem ser iniciadas logo que a carga
total é aplicada e os escoramentos removidos e devem ser registadas regularmente durante o ensaio. Como
mínimo, as deflexões são registadas a 30 s, 1 h e 24 h após a remoção dos escoramentos e, em seguida, em
intervalos de 24 h para a primeira semana e 48 h depois. A deflexão final deve ser registada antes da remoção
da carga. O gráfico de deflexão em função do tempo deverá ser suavemente contínuo durante toda a duração
do ensaio caso contrário, o ensaio deve ser repetido.
NP
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A deflexão inicial 'w0' no tempo t = 0 deve ser determinada por extrapolação da deflexão versus a curva até ao
tempo de partida. Alternativamente, este valor poderá ser determinado por cálculo.
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Para declaração, 2000 deve ser declarado para aplicações em que a neve permanece durante períodos
significativos e 100000 deve ser declarado para aplicações gerais de telhados e tetos.
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Legenda:
z face situada na prática contra o apoio
y banda metálica com aproximadamente 60 mm 4 mm
L vão
o saliência em balanço para além da extremidade da placa de suporte não excedendo 50 mm
Legenda:
z face situada na prática contra o apoio
s parafusos
L vão
o saliência em balanço para além da extremidade da placa de suporte não excedendo 50 mm
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Para o ensaio com carga ascendente os detalhes das fixações e o número e tipo de parafusos e anilhas devem
estar em conformidade com os utilizados na prática.
A.7.4 Procedimento
A fim de determinar a tensão de enrugamento num suporte intermédio devem ser realizados dois tipos de
ensaios:
a) ensaios que simulam cargas descendentes (ver Figura A.14);
b) ensaios que simulam cargas ascendentes (ver Figura A.15).
É importante que o vão seja suficiente para garantir que:
- para o ensaio a), a força de compressão entre o painel e o apoio (sob a carga linear) no instante da rutura
por enrugamento deve ser inferior à capacidade de reação do apoio do painel. Para os fins deste ensaio, a
capacidade de reação do apoio deve ser determinada como sendo o produto da resistência característica à
compressão do material do núcleo pela área da superfície de contacto da placa de carga simulando o apoio;
- e para o ensaio b), as forças nos sistemas de fixação no instante da rutura por enrugamento do painel são
inferiores aos seus valores de conceção.
NOTA 1: Isto garante que todos os modos de rutura (enrugamento das faces, esmagamento do núcleo e rutura à tração da ligação)
são concebidos para níveis de segurança aproximadamente iguais.
NOTA 2: Se o ensaio é realizado com um espécimen mais curto que o descrito, o modo de rutura é susceptível de ser dominado pelo
esmagamento do núcleo e será obtido um valor de segurança da tensão de enrugamento.
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2
sinh cosh 1
FL 1 2 FG L 1 2
Ms u
1 4 sinh 1 8
2 cosh
2
2
Fu L 1
sinh 1 cosh 2 1
MD 2 FG L
1 4 sinh 1 8 2 cosh
2
Os componentes da capacidade do momento-fletor determinado desta forma deve ser corrigida utilizando os
procedimentos indicados em A.5.5.4 e A.5.5.5, antes da determinação dos valores característicos a ser usados
na conceção (ver secção E.4.2). A tensão de enrugamento da face em compressão deve então ser determinada
a partir dos componentes do último momento, utilizando as fórmulas indicadas em E.7.2.5.
A.8.1.1 Princípio
A massa volúmica aparente c deve ser determinada de acordo com a EN 1602.
p. 75 de 178
Dimensões em milímetro
A.8.1.4 Procedimento
O procedimento deve seguir o definido na EN 1602.
A.9.1.1 Princípio
Este ensaio verifica a segurança e o bom estado de funcionamento dos painéis de telhados e de tetos por
exemplo, relativamente a uma pessoa isolada caminhando sobre o painel, para acessos ocasionais quer durante
quer depois da colocação em obra.
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A.9.1.4 Procedimento
Os ensaios devem ser realizados em painéis de vão simples em toda a sua largura.
Deve ser aplicada uma carga de 1,2 kN a menos que os regulamentos nacionais exijam valor diferente. A carga
deve ser aplicada a meio vão sobre a nervura do bordo ou sobre o bordo dum painel plano por meio de um
bloco de madeira medindo 100 mm 100 mm. A fim de evitar tensões localizadas, deve ser colocada uma
camada de feltro ou de borracha com espessura de 10 mm entre o bloco de madeira e a superfície metálica do
painel.
Os registos e interpretação dos resultados devem estar em conformidade com a secção A.16.
A.9.2.1 Princípio
Este ensaio verifica a segurança e o bom estado de funcionamento dos painéis de telhados e de tetos por
exemplo, relativamente a uma pessoa isolada caminhando sobre o painel, para acessos repetidos quer durante
quer depois da colocação em obra.
NOTA: Na ausência de um ensaio em pequena escala, que pode replicar de forma satisfatória o efeito de impactos de salto repetidos
em diferentes localizações dentro de um painel, este ensaio tem como objetivo reproduzir o comportamento real sobre uma pequena
área de um painel de tamanho completo.
A.9.2.2 Especímenes
Deve ser colhido um único painel de comprimento, aproximadamente, 5,7 m de largura de cobertura total. Este
painel deve ser condicionado pelo menos durante 24 h sob condições normais de temperatura e humidade do
laboratório antes do ensaio.
NP
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Uma linha deve ser desenhada para baixo da linha central do painel e oito quadrados, cada um medindo
100 mm × 100 mm, devem ser claramente marcados na face superior do painel a 600 mm do centro como
mostrado na Figura A.17. Linhas rígidas de apoio, cada uma com uma largura de rolamento de 75 mm ± 5 mm
devem ser fornecidas a 1200 mm do centro como mostrado. Deve ser fornecida uma retenção suficiente para
assegurar que o painel não se mova em relação aos pontos de apoio quando uma pessoa caminha sobre o
painel.
p. 78 de 178
Os resultados dos ensaios devem ser traçados num gráfico de resistência à tração versus o número de impactos
do calcanhar incluindo fCt,0. A série de ensaios é válida quando houver uma deterioração progressiva da
resistência à tração com o número de ciclos.
NOTA: Devido à natureza deste ensaio, é de esperar uma dispersão significativa dos resultados de ensaio. Os resultados também
poderão ser influenciados pelo cuidado tomado no corte dos espécimens de ensaio, que poderão já ter sido enfraquecidos por
impactos repetidos, dos painéis completos. Seria, por conseguinte, otimista esperar que os resultados do ensaio dessem origem a
curvas suavizadas, uma tendência geralmente decrescente com o número de ciclos é tudo o que é necessário.
O ensaio deve ser interpretado com base nos quatro resultados para espécimens submetidos a 2000 ciclos de
carga. Se estes formam um bloco compacto de resultados, o valor característico da resistência à tração
reduzida, a fCt,2000, deve ser tomado como a média dos quatro valores relevantes de fCt menos 2,68 desvios-
padrão. Se os resultados para espécimens de mais de um suporte são significativamente diferentes daqueles
para os espécimes no vão, fCt,2000 deve ser tomado como o menor dos quatro valores de fCt. Se o padrão de
resultados não permite uma interpretação racional, então a série de ensaios completa deve ser repetida com um
painel diferente.
Se fCt,2000 > 0,8 fCt,0, então o painel deve ser considerado apropriado para o tráfego de pedestres ocasionais para
o acesso ou manutenção sem proteção adicional.
p. 79 de 178
onde:
U n,S a transmissão térmica do painel incluindo a geometria do perfil do painel
1
U n,S
tni d c e tne
Rsi Rse
fi c fe
e
U j a influência térmica da junta longitudinal
NP
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j
U j
B
onde:
dc é a espessura nominal do núcleo (ignorando a espessura das faces) (m) e a geometria dos perfis
principais), ver Figura A.18 e Figura A.19
tni é a espessura nominal da face interior (m)
tne é a espessura nominal da face exterior (m)
cé a condutibilidade térmica do núcleo declarada (W/m.K)
fi é a condutibilidade térmica declarada para a face interior (W/m.K)
fe é a condutibilidade térmica declarada para a face exterior (W/m.K)
e é a espessura adicional devida aos perfis principais de ambas as daces (m) (ver Quadros A.2 e A.3)
onde:
∆e = ∆ei + ∆ee
Ψj é a transmissão térmica linear das juntas por metro de comprimento do painel (W/m⋅K) de acordo
com a EN ISO 10211
índices:
S painel sandwich
d valor de conceção
n valor nominal
j junta
A condutibilidade térmica declarada (c) para o material do núcleo deve ser determinada de acordo com
A.10.2.1.2.
A condutibilidade térmica declarada para os materiais das faces, de estanquicidade e de fixação deve ser
determinada de acordo com A.10.2.2.
A transmissão térmica linear das junções (j) deve ser determinada de acordo com a EN ISO 10211.
A resistência superficial interior (Rsi) e a resistência superficial exterior (Rse) devem ser determinadas de
acordo com a EN ISO 6946.
Para painéis perfilados a espessura adicional devida aos perfis principais (ei,e) deve ser calculada de acordo
com a EN ISO 10211. São dados exemplos nos Quadros A.2 e A.3.
NOTA: Para painéis planos e ligeiramente perfilados (altura do perfil inferior a 10 mm) (ei,e) é igual a zero.
NP
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Quadro A.2 – Exemplos de espessuras adicionais devidas aos perfis principais (ei,e), mm para geometria
trapezoidal
0,5 b1 b2
r (A.29)
p
Quadro A.3 – Exemplos de espessuras adicionais devidas aos perfis principais (∆ei,e), mm para
geometria sinusoidal
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1 1,0
U d ,S 1 f jo int (A.30)
dc B
Rsi Rse
c
NP
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onde:
fjunção fator de contribuição de transmissão térmica linear das juntas calculado para uma distância de junta
de 1,0 m (ver Quadro A.4);
A espessura de conceção dd (ver Quadro A.4), para determinar o efeito da ponte-térmica da junta longitudinal
é dado pela Fórmula (A.31):
d d t ni d c t ne (A.31)
fjunção
Tipo II
dd
Tipo I Sem Com Tipo III Tipo IV Tipo V Tipo VI Tipo VII Tipo VIII
[mm] agrafo agrafo
(fjunção,nc) (fjunção,c)
30 - - - - 0,057 - - - 0,061
40 0,160 - - - 0,045 0,144 - 0,098 0,044
60 0,083 0,111 0,818 0,244 0,031 0,072 0,227 0,049 0,030
80 0,052 0,063 1,016 0,105 0,024 0,044 0,094 0,036 0,024
100 0,039 0,047 1,184 0,072 0,021 0,032 0,064 0,029 0,020
120 0,032 0,039 1,325 0,057 0,019 0,026 0,049 - -
160 0,025 0,030 1,555 0,041 0,015 0,019 0,034 - -
200 0,020 0,025 1,733 0,033 0,013 0,015 0,026 - -
NOTA 1: Junções tipo I, II, III, IV, VII, VIII são calculadas com faixas de vedação com λs = 0,05 W/m⋅K, a condutibilidade térmica
de cálculo do selante. Junções tipo V and VI são calculadas sem faixas de vedação.
NOTE 2: Fórmula (A.32) para determinação do fjunção da junta tipo II (ver Quadro A.4):
a bc b
f joint f joint, nc f joint,c c (A.32)
a a
onde:
a é a distância dos agrafos (se nenhuma outra informação estiver disponível, a = 2500 mm deve
ser usada)
bc é a largura dos agrafos (se nenhuma outra informação estiver disponível, bc = 120 mm deve
ser usada)
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A.11.4 Procedimento
O ensaio deve ser realizado de acordo com a EN 12865 – Procedimento A.
A.12 Permeabilidade ao ar
A.12.1 Princípio
Quando requerido, a estanquicidade ao ar de uma montagem de painel sanduíche deve ser ensaiada de acordo
com a EN 12114, incluindo os seguintes requisitos adicionais.
A.12.4 Procedimento
O ensaio deve ser realizado de acordo com a EN 12114.
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A.13.4 Procedimento
O índice de atenuação acústica R em cada banda de um terço de oitava indo de 100 Hz a 3150 Hz deve ser
determinado utilizando o método descrito na EN ISO 10140.
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A.14.4 Procedimento
O ensaio deve ser realizado de acordo com a EN ISO 354.
Legenda:
w deflexão à compressão
Ls largura do apoio
e altura entre os centros de gravidade das faces
Figura A.21 – Montagem de ensaio para a determinação da resistência de reação no apoio de extremidade
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A.15.4 Procedimento
A velocidade de carga deve ser tal que a relação w/e aumente de 1 % a 3 % por minuto. Deve ser realizado um
mínimo de três ensaios por cada largura de suporte. A resistência à compressão fCc do material do núcleo do
espécimen de ensaio deve ser determinada de acordo com a secção A.2.
O valor de ensaio da capacidade de reação, FR1, deve ser quer medido com uma célula de carga quer calculado
pela Fórmula (A.33):
L2
FR1 Fu (A.33)
L1 L2
onde Fu é a carga máxima medida no ensaio ou a carga correspondente a uma deflexão de compressão de
w = 0,1 e (em que e é a profundidade entre os centros de gravidade das faces) se esta deflexão é atingida na
parte ascendente da curva carga-deflexão e é inferior à carga máxima (ver Figura A.22).
Legenda:
F reação no apoio
Flin carga no final da parte linear da curva
w compressão
Figura A.22 – Definição da carga de rutura a partir da curva carga-deflexão por um ensaio de reação de apoio
de extremidade
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O valor característico corrigido de FR1 deve ser o valor a utilizar no cálculo (ver secção E.4.3).
Quando requerido para uso na secção E.4.3, o parâmetro de distribuição k poderá ser determinado usando a
Fórmula (A.34).
2 FR1 f c B Ls
k
fc B e (A.34)
onde:
B é a largura do painel
Ls é a largura do apoio
e é a distância entre os centros de gravidade das faces
fc é a resistência à compressão média
fCc é o valor declarado da resistência à compressão do núcleo após os ensaios de tipo inicial
Sempre que os valores de FR1 em três ou mais profundidades do núcleo forem tratados como uma família, os
valores correspondentes de fc devem ser tratada de uma forma semelhante.
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A análise dos resultados de um ensaio deve ser baseada nas dimensões medidas e propriedades dos materiais
dos especímenes de ensaio, em vez dos valores nominais assumidos na conceção.
onde:
xp é o valor do percentil 5 % da população x
y = Ln(x)
y é o valor médio de y (A.36)
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1 n _
y
n 1 i 1
( Ln ( x i ) y )2 (A.37)
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Anexo B
(normativo)
B.1 Princípio
A influência do envelhecimento nos painéis sanduíche ou nos seus materiais constituintes é ensaiada pela
medição das modificações na resistência à tração através da profundidade do painel. A durabilidade é definida
pela modificação na resistência à tração de um espécimen de ensaio que é submetido a ciclos de ensaios
climáticos designados por DUR1 e DUR2. O ciclo DUR1 é definido na secção B.2 e o ciclo DUR2 na secção
B.3.
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Se os painéis são produzidos em mais do que uma espessura, os ensaios devem ser realizados com amostras de
painéis da espessura máxima e da espessura mínima. O resultado mais desfavorável deve ser aplicado aos
painéis de todas as espessuras intermédias.
B.2.4 Procedimento
B.2.4.1 Generalidades
As dimensões de todos os especímenes devem ser medidas antes e depois dos ensaios e devem estar de acordo
com a EN 12085.
A resistência do produto à tração deve ser determinada de acordo com a secção A.1 utilizando o conjunto
inicial de especímenes de ensaio (ver secção B.2.4.2). O valor da resistência obtido deve ser designado fCt0 e
deve ser determinado como a resistência média dos especímenes ensaiados.
Após os ensaios, os especímenes devem ser visualmente inspecionados, dando especial atenção ao tipo de
rutura (rutura coesiva do núcleo, rutura na aderência do material de qualquer superfície aglutinada, zona
proporcional da rutura adesiva, etc.). A descrição dos resultados destas observações deve ser incluída no
relatório de ensaio.
Se as faces metálicas de qualquer dos especímenes sofreu corrosão ao longo do seu bordo durante a exposição
e se a corrosão se propagou mais de 10 mm dentro da junta entre a folha superficial e o núcleo sobre um
comprimento de bordo maior que 50 % do perímetro do espécimen, este deve ser rejeitado e os seus resultados
não devem ser incluídos no cálculo dos resultados dos ensaios. No relatório de ensaio deve se