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Disciplina: Proteção do Meio Ambiente

Estudante:

Na Unidade 4 você percebeu o quanto a ventilação industrial é importante para


garantir e promover um ambiente ideal proporcionando condições de conforto
térmico e umidade para o homem e demais máquinas e equipamentos.

Além disso, a sua implantação promove o controle de poluente na atmosfera e


isto afeta de forma positiva na qualidade de vida e salubridade dos
trabalhadores envolvidos nestes ambientes.

Portanto, a definição e implantação do projeto de ventilação visa promover a


diluição ou retirada de substâncias nocivas ou incômodas presentes no
ambiente de trabalho, de forma a não ultrapassar os limites de tolerância (LT)
estabelecidos na legislação e garantir a segurança e saúde dos profissionais
envolvidos nos processos produtivos em que exista esta exposição ambiental.

Diante disso, você deverá responder as seguintes questões:

Questão 1 – Um funcionário recebeu uma ordem de serviço para realizar uma


soldagem no interior do moinho da empresa. Quais as etapas para garantir que
a atividade aconteça com segurança? Quais as normas regulamentadoras e
quais os itens que deverão ser cumpridos pelo SESMT da companhia? Qual o
tipo de ventilação será aplicado? Por quê? Dado: Moinho de Bolas,
posicionado na Horizontal.

Nota: Responda a cada pergunta na mesma ordem, pesquise a respeito e


desenvolva cada resposta. Não serão aceitas respostas do tipo “control C” e
“control V”. O arquivo deverá ser enviado no formato Doc.

Dado as características do exercício estou considerando a título de


exemplificação como atividade em pé com Trabalho moderado com dois
braços.
A avaliação quantitativa do calor deverá ser realizada com base na metodologia
e procedimentos descritos na Norma de Higiene Ocupacional NHO 06 (2ª
edição - 2017) da FUNDACENTRO nos seguintes aspectos: a) determinação
de sobrecarga térmica por meio do índice IBUTG - Índice de Bulbo Úmido
Termômetro de Globo; b) equipamentos de medição e formas de montagem,
posicionamento e procedimentos de uso dos mesmos nos locais avaliados; c)
procedimentos quanto à conduta do avaliador; e d) medições e cálculos.

A caracterização da exposição ocupacional ao calor deve ser objeto de laudo


técnico que contemple, no mínimo, os seguintes itens: a) introdução, objetivos
do trabalho e justificativa; b) avaliação dos riscos, descritos no item 3.2 do
Anexo III da NR-09; c) descrição da metodologia e critério de avaliação,
incluindo locais, datas e horários das medições; d) especificação, identificação
dos aparelhos de medição utilizados e respectivos certificados de calibração
conforme a NHO 06 da Fundacentro, quando utilizado o medidor de IBUTG; e)
avaliação dos resultados; f) descrição e avaliação de medidas de controle
eventualmente já adotadas; e g) conclusão com a indicação de caracterização
ou não de insalubridade.

Primeiro passo é definir as situações térmicas, identificando cada parte do ciclo


de exposição na qual as condições do ambiente que interferem na carga
térmica a que o trabalhador está exposto podem ser consideradas estáveis.

O profissional deve definir os regimes de trabalho-descanso, para as condições


de operação mais críticas, nas quais o trabalhador deve respeitar a sequência
das tarefas, bem como deve determinar períodos de trabalho alternados por
descanso, que são realizados num outro local de trabalho.

Caso o trabalhador esteja exposto a duas ou mais situações térmicas


diferentes, o índice de bulbo úmido termômetro de globo (IBUTG) deve ser
determinado por ponderação temporal, utilizando-se os valores de IBUTG
representativos de cada uma das situações térmicas que compõem o ciclo de
exposição do trabalhador avaliado, de modo a atender às referências do
Quadro 1 do Anexo 3 da NR-15.
Uma vez determinados o índice de bulbo úmido termômetro de globo (IBUTG)
e a taxa metabólica média ponderada no tempo (M), o limite de exposição ao
calor será considerado ultrapassado quando o IBUTG exceder o IBUTGMÁX
correspondente à M obtida, conforme definido na Tabela para indivíduos não
aclimatizados e pela Tabela para indivíduos aclimatizados.

Todos esses aspectos citados são uteis aos técnicos para a elaboração dos
Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), ações para
caracterização do risco, ações de fiscalização, perícias e processos judiciais.

O P.P.R.A. deve seguir a metodologia: Identificação do risco; Determinação e


localização das fontes geradoras; Identificação de possíveis trajetórias;
Identificação das funções e o número de trabalhadores expostos;
Caracterização da atividade e o tipo de exposição; Descrição de medidas de
controle existentes.

Periodicamente deve ser realizadas avaliações quantitativas para: Comprovar o


controle da exposição ou da inexistência de riscos identificados na etapa de
reconhecimento; dimensionar a exposição dos trabalhadores; subsidiar o
equacionamento da medida de controle.

De acordo com a doutrina estudada para caracterização de atividades ou


operações insalubres, devem ser aplicadas as disposições previstas na NR-15
- Atividades e operações insalubres, NR-16 - Atividades e operações perigosas
e NHO 06: Avaliação da exposição ocupacional ao calor.

A ventilação ideal seria a local exaustora com captor, para captar os poluentes
diretamente na fonte e inibir a dispersão deles no ambiente de trabalho. Porém
em ambiente industrial dificilmente há possibilidade de implantação do sistema
de captação.
Questão 2 – Uma empresa possui dois setores com intuito de acomodar os
clientes fumantes e não fumantes. Cada setor possui ocupação máxima de 90
e 120, respectivamente. Determine qual o volume de ar necessário para
ventilar cada setor. Dados: setor 1 – 30 x 30 x 4 m e setor 2 – 40 x 40 x 4.
Considere a quantidade de ar necessário para percorrer todo o recinto, a fim de
melhorar o conforto térmico (ref: 1,5 m/min).

O ar externo necessário em m³/h pessoa conforme tabela a seguir:

Atividade / Pessoa Ideal (m³/h)


Fumando 50
Não Fumante 13

Trocas de ar recomendada por tipo de ambiente


Tipo de Ambiente Ciclo Ciclo (Troca/hora)
(Troca/minuto)
Auditório 5 – 10 6 – 12
Sala de Reunião 5 – 10 6 – 12
Oficina 15 – 20 6 – 12
Escritório 5 – 10 6 – 12

Caso considere que todos os participantes são fumantes teremos, 50 m³/h


pessoa o que representa um total de 90 x 50 = 4.500 m³/h

Logo, temos: 30 x 30 x 4 = 30*30*4 = 3.600 m³ então, 12 x 3.600 m³ = 43.200


m³/h.

Outra forma de cálculo é baseada na velocidade de 1,5 a 15 m/min. Considere


duas áreas de passagens de 4 x 10 = 40 m² x 2 = 80 m²

V = 4.500 m³/h / 80 m² = 56,25 m/h >>> 56,25/60 = 0,9375 m / min (ref: 1,5
m/min).

Q = 1,5 m/min / 80 m² = 120 m³/ min = 7.200 m³/h

4.500 m³/h << 7.200 m³/h << 43.200 m³/h.

Valor ideal = 43.200*0,60 = 25.920 m³/h


Caso considere que todos os participantes são não fumantes teremos, 13 m³/h
pessoa o que representa um total de 120 x 13 = 1.560 m³/h

Logo, temos: 30 x 30 x 4 = 30*30*4 = 3.600 m³ então, 12 x 3.600 m³ = 43.200


m³/h.

Outra forma de cálculo é baseada na velocidade de 1,5 a 15 m/min. Considere


duas áreas de passagens de 4 x 10 = 40 m² x 2 = 80 m²

V = 1.560 m³/h / 80 m² = 19,5 m/h >>> 19,5/60 = 0,325 m / min (ref: 1,5 m/min).

Q = 1,5 m/min / 80 m² = 120 m³/ min = 7.200 m³/h

1.560 m³/h << 7.200 m³/h << 43.200 m³/h.

Valor ideal = 43.200*0,60 = 25.920 m³/h

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