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Os levantamentos topográficos requerem cuidados e procedimentos de segurança a

serem adotados pelos profissionais da área, pois dessa conduta depende o bom
andamento das atividades, incorrendo em ganho de tempo, praticidade e minimização
de riscos de acidentes de trabalho. No Brasil ainda é insípida a segurança em
levantamentos topográficos, uma vez que as Normas Regulamentadoras (NRs) do
Ministério do Trabalho, como a NR 18, são em grande parte aplicáveis a construção
civil. Nestas normas não há abordagem alguma relacionada à topografia, que por sua
natureza também não se enquadra em trabalhos rurais, estando desprotegida dos
amparos legais.
A falta de planejamento dos trabalhos de campo, o desconhecimento dos procedimentos
de segurança e a falta ou emprego de equipamentos de proteção coletiva e individual
inadequados podem trazer consequências irreparáveis aos profissionais atuantes na área.
Dessa forma, é fundamental a elaboração de normas específicas, visando o bem-estar e
a segurança da equipe de campo, seja no deslocamento ao local de trabalho, transporte
de materiais e utilização de equipamentos de segurança. A preocupação com a
segurança no trabalho é uma questão que vem crescendo anualmente no Brasil, tendo
em vista, inclusive, o grande número de acidentes de trabalho e, consequentemente, os
valores dispendidos com o tratamento dos acidentados.
Conforme Glassey (2004), os levantamentos topográficos apresentam riscos de
acidentes de trabalho constantes. Segundo o autor, os dados estatísticos indicam 20
acidentes fatais a cada 50 mil levantamentos realizados nos Estados Unidos, sendo uma
parcela considerável devido aos acidentes de trajeto e trabalhos ao longo de rodovias.
Quando se realizam trabalhos nessa área, alguns riscos estão presentes, tais como: queda
de pessoa de mesmo nível; queda de materiais, equipamentos; queda de nível diferente;
exposição à poeira; impacto de objeto projetado; queda de ferramentas e materiais;
atropelamentos; corte; etc..
PGR
Neste sentido, um Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) é bastante apropriado.
A primeira etapa de um PGR está voltada à elaboração e implementação, com a
antecipação dos riscos ambientais, denominada prevenção, que envolve a análise de
projeto de novas instalações, métodos ou processos de trabalho, ou de modificações das
já existentes, objetivando a identificação de riscos potenciais e a introdução de medidas
de proteção para sua redução ou eliminação.
A etapa seguinte refere-se ao reconhecimento dos riscos existentes nos locais de
trabalho, estabelecendo prioridades, avaliando fatores de risco e exposição dos
trabalhadores, acompanhamento das medidas de controle implementadas, monitorização
da exposição aos fatores de riscos, registro e manutenção dos dados e avaliação
periódica do programa.
Dentro dos programas de gestão de segurança estão contempladas algumas ferramentas
de prevenção, como o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), Programa
de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) e Análise Preliminar de Riscos
(APR).
De acordo com Souza (2009), dentre os conceitos básicos em análises de riscos podem-
se citar:
• Risco – condição onde existe probabilidade considerável de causar danos;
• Perigo – exposição expressa em graus com relação a um risco que favorece sua
materialização em danos;
• Dano – resultante da perda de controle sobre um risco, acarretando uma lesão ou perda
física;
• Causa – o que provoca acidentes, podendo ser, por exemplo, falhas, descuidos,
omissões, etc.;
• Segurança – definida como isenção de riscos;
• Perda – prejuízo sofrido, sendo que sobre ele não exista garantia de ressarcimento;
• Sinistro – prejuízo sofrido, existindo sobre ele garantia de ressarcimento por seguros
ou outros meios;
• Incidente – qualquer evento que pode causar danos não visíveis, um “quase acidente”;
• Acidente – evento não desejado que resulte em lesão, doença, danos à propriedade,
interrupções de processos produtivos ou agressões ao meio ambiente.
Os riscos ambientais podem ser entendidos como tudo o que tem potencial para gerar
acidentes no trabalho, em função de sua natureza, concentração, intensidade e tempo de
exposição, dividindo-se em agentes físicos, químicos, biológicos e ergonômicos.
Os agentes físicos são representados pelas condições físicas no ambiente de trabalho,
tais como vibração, radiação, ruído, calor e frio que, de acordo com as características do
posto de trabalho, podem causar danos à saúde.
Muitos fatores de ordem física exercem influências de ordem psicológica sobre o ser
humano, interferindo de maneira positiva ou negativa em seu comportamento humano
conforme as condições em que se apresentam.
Os agentes químicos, por sua vez, podem ser encontrados na forma gasosa, líquida,
sólida e/ou pastosa. Quando absorvidos pelo organismo, produzem, na grande maioria
dos casos, reações diversas, dependendo da natureza, da quantidade e da forma da
exposição à substância.
Os agentes biológicos são micro-organismos presentes no ambiente de trabalho tais
como: bactérias, fungos, vírus, bacilos, parasitas e outros, capazes de produzir doenças,
deterioração de alimentos, mau cheiro, etc..
Por agentes ergonômicos entende-se um conjunto de conhecimentos sobre o homem e
seu trabalho. Tais conhecimentos são fundamentais ao planejamento de tarefas, postos e
ambientes de trabalho, ferramentas, máquinas e sistema de produção a fim de que sejam
utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência.
Os casos mais comuns de problemas ergonômicos são: esforço físico intenso;
levantamento e transporte manual de peso; exigência de postura inadequada; monotonia;
e repetitividade. Trabalhos repetitivos podem ocasionar Lesão por Esforço Repetitivo
(LER) e Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT), caso não sejam
considerados os agentes ergonômicos presentes no ambiente de trabalho.

Igualmente importantes são as proteções coletivas e individuais adotadas, uma vez que
estão diretamente ligadas à preservação da saúde e da integridade física do trabalhador,
e indiretamente ao aumento da produtividade. Entende-se por equipamentos de proteção
coletiva as medidas de ordem geral executadas no ambiente de trabalho, máquinas e nos
equipamentos, bem como instruções quanto ao comportamento dos trabalhadores para
evitar os atos inseguros e medidas preventivas.
De acordo com a NR 06 (MTE, 1978), Equipamento de Proteção Individual (EPI) é
todo dispositivo ou produto utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos
suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
Dessa forma, o EPI deve possuir o Certificado de Aprovação (CA), expedido pelo
Ministério do Trabalho e Emprego, pois é proibido ao empregador fornecer tais
equipamentos sem a referida certificação, conforme alínea “c” do item 6.6.1 da NR-06.
Como exemplos destes equipamentos citam-se capacetes, protetores auditivos, calçados
de proteção, entre outros.
Sejam os levantamentos topográficos realizados em áreas urbanas ou rurais, os
principais agentes e riscos presentes, em função do local de trabalho, são apresentados
na tabela da próxima página.
Quando o levantamento é realizado às margens de estradas, a preocupação maior está
diretamente relacionada à sinalização no local, devido a exposição em que se encontra o
trabalhador em relação aos veículos que trafegam pelas vias, por vezes em velocidades
acentuadas.
Nas encostas de rios, por exemplo, a atenção deve ser redobrada, pois existe o risco de
morte por afogamento.
Em levantamentos topográficos em regiões de matas e mato, os agentes biológicos são
representados por animais peçonhentos como cobras, aranhas, escorpiões, além de
pernilongos, mosquitos e insetos do gênero. Nestes casos, o mais adequado seria a
utilização de vestimentas adequada (botas, calças e camisetas com mangas longas) e
acessória, como óculos de sol e chapéu, além do uso de protetor solar e repelente.
Em vista dos riscos apresentados, são mostradas na próxima tabela abaixo as principais
causas, efeitos e sugestões de combate em função dos locais de trabalho.

Considerando-se estes fatores, ressalta-se a importância da elaboração da APR,


subsidiando a intervenção em alguns postos de trabalho, em função do maior grau de
risco aos trabalhadores.
De forma geral, a segurança em levantamentos topográficos necessita de debates com
profissionais e entidades de classes, de forma que possam ser elaboradas normas com
vistas ao desempenho das atividades em situações de riscos controladas, pois em
primeiro lugar está a saúde e o bem estar do trabalhador.

Contato com cimento não garante adicional de insalubridade a pedreiro


 

A Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho reformou decisão que concedeu


adicional de insalubridade a um trabalhador da construção civil. Para os ministros, a
jurisprudência do TST firmou-se no sentido de ser necessária, para a concessão do
adicional, a classificação da atividade na relação oficial elaborada pelo Ministério do
Trabalho de trabalhos insalubres.

O pedreiro prestava serviços em obras de construção civil executadas pela empresa


Zechlinski Engenharia e Construção Ltda., aplicando chapisco e reboco de massa de
cimento em alvenaria. De acordo com laudo pericial, tinha contato permanente com
produtos alcalinos e cáusticos, como cimento, massa de cimento, cal e areia. Segundo o
trabalhador, ao fim da jornada era comum que estivesse com as roupas e partes do corpo
impregnadas por pó ou calda da massa de cimento, ainda que usasse luvas e botas para
proteção.

O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) considerou relevante, para justificar


a concessão do adicional, o fato de o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
(PPRA) da empresa considerar a função de pedreiro insalubre em grau médio e o local
de trabalho (canteiro de obra) ambiente insalubre, segundo laudo técnico das condições
ambientais de trabalho.

Inconformada, a construtora recorreu ao TST e foi absolvida da condenação ao


pagamento do adicional, deferido em grau médio. Ao relatar o processo, a ministra
Maria de Assis Calsing destacou que a jurisprudência do TST está pacificada no sentido
de que é insuficiente a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial. Para que
o empregado garanta o direito ao respectivo adicional, a atividade tem de ser
classificada como insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho e
Emprego (Orientação Jurisprudencial 4, item I, da Subseção 1 Especializada em
Dissídios Individuais-SDI-1).

A relatora destacou que o Anexo 13 da Norma Regulamentadora 15 do MTE não


contempla, dentre as atividades e operações envolvendo agentes químicos considerados
insalubres, a manipulação do cimento no exercício da atividade de pedreiro. A
classificação como insalubridade de grau mínimo restringe-se à fabricação e transporte
de cal e cimento nas fases de grande exposição a poeiras, e não a simples manipulação
do produto. A decisão foi unânime.

(Cristina Gimenes/CF)

Processo: RR-423-26.2011.5.04.0102

O TST possui oito Turmas julgadoras, cada uma composta por três ministros, com a
atribuição de analisar recursos de revista, agravos, agravos de instrumento, agravos
regimentais e recursos ordinários em ação cautelar. Das decisões das Turmas, a parte
ainda pode, em alguns casos, recorrer à Subseção I Especializada em Dissídios
Individuais (SBDI-1).

Esta matéria tem caráter informativo, sem cunho oficiac050746l.


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Artigos

ANÁLISE E PREVENÇÃO DE ACIDENTES EM SERVIÇOS DE TOPOGRAFIA

1 - Introdução

As atividades relacionadas a trabalhos topográficos, como em qualquer outro trabalho


de engenharia, têm riscos de acidentes. Dependendo do tipo de trabalho, localização e
condições do tempo o grau de risco de acidentes varia de uma simples picada de insetos
- e se for uma abelha ou marimbondo não é tão simples assim - ou uma queda que pode
resultar em fraturas, cortes ou demais lesões em diversas partes do corpo.

Trabalhos desenvolvidos em matas, principalmente em períodos quentes, podem contar


com acidentes ocasionados por mordidas de cobras, em especial as cobras peçonhentas,
comuns em algumas regiões brasileiras.

A topografia de minas subterrâneas tem certo grau de periculosidade embora à


permanência da equipe de topografia seja breve em alguns casos.

O traçado da linha de transmissão de energia elétrica, em terrenos muito acidentados,


encosta de serras, por exemplo, requer dos membros da equipe um cuidado especial,
pois é de todas as atividades a primeira a chegar ao local. Levantamentos topográficos
em áreas de litígio entre proprietários, por questões de limites, também pode
ocorrer acidentes, inclusive por arma de fogo. A prática tem demonstrado que
profissionais, nesta atividade, foram alvejados por balas.

Os riscos de acidentes de trânsito também são preocupantes, pois para chegar ao local


de trabalho, às vezes, são utilizadas estradas vicinais em péssimas condições de
trafegabilidade.

Enfim, a atividade de topografia com menor grau de risco de acidentes é a de gabinete,


mesmo assim dia 11 de setembro de 2001, dois aviões derrubaram as duas torres do
WTC em Nova York e com certeza algum profissional de engenharia estava
em trabalho de gabinete.

2 - Principais causas de acidentes e ações para prevenção


2.1 - Mordidas de cobras - Acidente ofídico
O desenvolvimento de trabalhos topográficos em áreas rurais, em matas ou capoeiras,
que requer a abertura de picadas, pode encontrar cobras peçonhentas ou não. Em ambos
os casos o socorro ao acidentado deve ser rápido, principalmente se for cobra venenosa.

Prevenção:
a) Contratar trabalhadores braçais na região, que conheçam a área de trabalho, para a
abertura de picadas. Estes profissionais, mesmo sendo analfabetos, têm experiência
no campo e podem detectar a presença de serpentes e inclusive identificá-las.

b) Localizar nas proximidades, hospitais ou postos de saúde que possuem soros


antiofídicos específicos para cada grupo de serpentes ou genéricos.
Não se recomenda a presença destes soros junto com a equipe de topografia, pois
necessitam de refrigeração e técnicas de aplicação.

c) Em locais onde as evidências apontam para a presença maciça de serpentes deve-se


usar botas de borracha de cano longo.

Primeiros Socorros
Em caso de acidente ofídico, por cobras peçonhentas, deve-se transportar o acidentado
para um hospital/posto de saúde mais próximo. O sucesso do socorro depende
fundamentalmente do tempo de ação. Para o transporte do acidentado, a equipe
de topografia deve ter sempre um veículo próximo.

Nota: Atendendo sugestões de órgãos ambientais deve-se, sempre que possível, afastar a


serpente da “picada” principalmente se for do tipo “não peçonhenta”, para a
preservação da fauna silvestre. Matar somente se houver riscos de ataque. A prática tem
demonstrado que ao avistar uma serpente a primeira reação do “foiceio”, a frente da
picada, é atingi-la com um golpe fatal.

2.2 - Acidentes com ferramentas (foice, machado, facão)


Para a abertura de picadas é necessário a utilização de foices, machados e facões
(pequenas capoeiras). Em situação especiais e em mata densa utiliza-se também a
motosserra que deve ser operada por profissional experiente, especialmente
contratado para esta atividade.

Alguns acidentes ocorrem pela liberação da ferramenta do cabo.

Prevenção:
a) Antes do início dos trabalhos verificar o encaixe da ferramenta no cabo e reforçar se
for necessário.

b) Utilizar ferramentas em bom estado de conservação. Levar com a equipe lima para


afiar as lâminas.

c) O “foiceiro” da frente da picada deve usar perneiras de couro que amenisa ou elimina


o risco de um corte e ainda auxilia na prevenção de ataques de serpentes nas pernas.

d) Ao derrubar uma árvore planejar o lado em que a mesma deve cair e deixar os demais
elementos da equipe em alerta.

Primeiros Socorros
Levar o acidentado para atendimento ambulatorial em caso de pequenos
ferimentos. Para ferimentos mais graves levar o acidentado para o pronto socorro do
hospital mais próximo.

2.3 - Acidentes por queda


Nos levantamentos topográficos em áreas muito acidentadas as quedas, principalmente
em superfícies escorregadias, são frequentes.

Em algumas situações a equipe pratica uma verdadeira atividade de alpinismo,


necessitando, as vezes, de cordas para subir em ladeiras íngremes. Uma queda pode
ocasionar uma fratura em casos mais graves.

Em traçados de linha de transmissão, onde a passagem por áreas acidentadas é


inevitável, a equipe deve ter alguma acessória tais como cordas, pinos entre outros.

Mesmo em topografia de minas, de superfícies encontram-se áreas acidentadas como


algumas regiões de ocorrência de calcário.

Prevenção:
a) Utilizar sapatões com garras mais acentuadas em terrenos escorregadios.

b) Localizar desvios para acesso às áreas muito íngremes. As vezes é melhor dispor de
algum tempo para transpor um aclive acentuado por um desvio a arriscar e sofrer uma
queda.

c) Aumentar o número de auxiliares (trabalhadores braçais) para ajudar a transportar os


equipamentos e acessórios.

d) Detectar pedras soltas em rampas acentuadas.

e) Não confiar em vegetação que nasce nas fendas das rochas. São frágeis e podem se
desprender.

Primeiros Socorros
Em pequenas quedas pode haver dores musculares localizadas. Em quedas com suspeita
de fratura deve-se imobilizar o acidentado e buscar socorro especializado.

No caso de fratura nos membros inferiores ou superiores os integrantes da equipe


podem levar o acidentado até o veículo e
daí até o hospital mais próximo.
São raros os casos de acidentes graves ocasionados por queda em topografia.

2.4 - Ataque de abelhas


Quando a picada atingir uma colmeia de abelhas silvestres o trabalho deve ser
interrompido momentaneamente até a definição de uma solução para continuidade, que
pode ser um desvio da linha ou a remoção das abelhas por profissional
especializado, que vai localizar a rainha e deslocá-la para outro local.

A fumaça pode acalmar as abelhas, mas o fogo pode também provocar um incêndio na


mata.

Prevenção:
a) Utilizar camisas de mangas compridas, que protegem contra as mordidas de outros
insetos, principalmente alguns mosquitos transmissores de doenças como a malária, a
dengue, entre outras.

b) Um adulto pode suportar a picada de algumas abelhas, embora seja bastante dolorido.


No entanto existem pessoas alérgicas as picadas e basta apenas uma abelha para
ocasionar uma reação alérgica.

c) Não avançar com a picada no habitat das abelhas.

Primeiros Socorros
Em caso de picadas de abelhas deve-se paralisar o trabalho e repousar. Em indivíduos
alérgicos desse-se conduzi-lo imediatamente para atendimento médico.

Observação
Não tente fazer fogo para produção de fumaça. Pode ocorrer um incêndio na mata.

2.5 - Ataque de “marimbondos” e “mamangavas”


A presença de marimbondos é bastante comum em algumas regiões brasileiras. A
picada deste inseto é mais dolorida do que a da abelha e menos dolorida do que a picada
de uma mamangava.

Prevenção
a) As mesmas indicadas para o ataque de abelhas.

b) Os marimbondos formam suas “cachopas” nos galhos de pequenas árvores. O


“foiceio”, o primeiro a detectar os insetos
e também o primeiro a ser picado por eles, poderá derrubar a cachopa com o auxílio de
uma vara e abandonar o local. Sem a sua “casa” os marimbondos mudam de local após
algum tempo.

c) Pode-se desviar a picada e retornar ao alinhamento mais a frente.

Primeiros Socorros
Mesmos procedimentos dos ataques de abelhas.

2.6 - Acidentes com lagartas/aranhas


Nas florestas brasileiras existe um grande número de lagartas e aranhas, algumas delas
com veneno bastante tóxico.

Prevenção
Em áreas de ocorrência destes animais deve-se utilizar luvas.

Primeiros Socorros
Como não é possível um leigo identificar o tipo de lagarta/aranha deve-se conduzir o
acidentado para atendimento médico. Para os demais tipos de acidentes com certa
gravidade o acidentado deve ser conduzido para atendimento ambulatorial/pronto
socorro.

3 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI


Cada membro da equipe deve usar no período de trabalha no campo:

- Capacetes com jugular;


- Sapato apropriado;
- Calça comprida;
- Camisa de manga comprida;
- Perneira.

Em trabalhos dentro de áreas industriais incluir:

- Protetor auricular;
- Óculos;
- Máscaras.

Um veículo deve ficar próximo e a disposição da equipe.

* Luiz Carlos da Silveira


Depto. de engenharia agrimensura - Unesc 
Editor Revista A Mira

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