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VII COGITE - COLÓQUIO SOBRE GÊNEROS & TEXTOS

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CADERNO DE RESUMOS E PROGRAMAÇÃO - ISSN 2318-5937
ISSN 2318-5937

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ


PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS
NÚCLEO DE PESQUISA EM TEXTO, GÊNERO E DISCURSO - CATAPHORA

VII COGITE – COLÓQUIO SOBRE GÊNEROS & TEXTOS

CADERNO DE RESUMOS E PROGRAMAÇÃO

Organização

Camila Rayssa Barbosa da Silva


Jancen Sérgio Lima de Oliveira
Lafity dos Santos Alves
Leila Rachel Barbosa Alexandre

Teresina (PI), 24, 25, 26, 27 e 28 de agosto de 2020

VII COGITE - COLÓQUIO SOBRE GÊNEROS & TEXTOS


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CADERNO DE RESUMOS E PROGRAMAÇÃO - ISSN 2318-5937
Heron Ferreira da Silva
Jéssica Catarine Santos Moura
Josimar do Nascimento Silva
VII COGITE – COLÓQUIO SOBRE Maria do Amparo Passos Silva
Matheus dos Santos de Mendonça
GÊNEROS & TEXTOS
Mizaely Batista de Brito Freire
Realização
Rômulo de Lima Sousa
CATAPHORA: Núcleo de Pesquisa em
Thaís Raynna Lopes dos Santos
Texto, Gênero e Discurso
Thiago Vieira de Freitas
Programa de Pós-Graduação em Letras Walkíria Gomes Cavalcante
(PPGeL/UFPI)
Coordenação do Curso de Letras – LIBRAS
Monitores
Allana Cristina Sales Meneses (UFPI)
Apoio
Amanda Gabriella Lima Leal (UFPI)
Centro de Ciências Humanas e Letras
Ana Jackelline Pinheiro Porto (UFPI)
(CCHL)
Antônio Artur Silva Cantuário (UFPI)
Mestrado Acadêmico em Letras da UESPI
Bárbara Olímpia Ramos de Melo (UESPI)
Camila Rayssa Barbosa da Silva (UFPI)
Coordenação Geral
Carolina Áurea Cunha Rio Lima (UFPI)
Bárbara Olímpia Ramos de Melo (UESPI) Cíntia Maria Barbosa de Sousa (UFPI)
Conceição de Maria Ferreira de Macêdo Francisco Alves Filho (UFPI)
(Intérprete - UFPI) Jancen Sérgio Lima de Oliveira (UFPI)
Francisco Alves Filho (UFPI)
José Mateus Abreu Reis (UFPI)
Leila Rachel Barbosa Alexandre (UFPI)
Lafity dos Santos Alves (IDB/UFPI)
Leila Rachel Barbosa Alexandre (UFPI)
Comissão Organizadora Letícea Maria Alves Braga (UFPI)
Amanda Gabriella Lima Leal (UFPI) Tâmara Ramalho da Silva (UFPI)
Ana Jackelline Pinheiro Porto (UFPI) Tristan Nathanael Veras Pedrosa (UFPI)
Antônio Artur Silva Cantuário (UFPI)
Bárbara Olímpia Ramos de Melo (UESPI) Comissão Científica
Camila Rayssa Barbosa da Silva (UFPI) Antônio Aílton Ferreira de Cerqueira
Carolina Áurea Cunha Rio Lima (UFPI) (UFPI)
Francisco Alves Filho (UFPI) Bárbara Olímpia Ramos de Melo (UESPI)
Jancen Sérgio Lima de Oliveira (UFPI) Beatrice Nascimento Monteiro (UESPI)
José Mateus Abreu Reis (UFPI) Camila Rayssa Barbosa da Silva (UFPI)
Leila Rachel Barbosa Alexandre (UFPI) Carolina Aurea Cunha Rio Lima (UFPI)
Lafity dos Santos Alves (IDB/UFPI) Dawton Lima Valentim (UECE)
Tâmara Ramalho da Silva (UFPI) Eliane Pereira dos Santos (UFMA)
Tristan Nathanael Veras Pedrosa (UFPI) Emanoel Barbosa de Sousa (UFPI)
Francisca Verônica Araújo (IDB)
Comissão de Apoio Intérpretes de Héberton Mendes Cassiano (SEDUC/CE)
LIBRAS João Benvindo de Moura (UFPI)
Amanda Raquel Lemos da Fonseca John Hélio Porangaba de Oliveira
Andrea Estefania Pace Rodriguez (UNICAP)
Beth Borges Barbosa Láfity dos Santos Alves (UFPI/IDB)
Claudio Alves Silva Leila Rachel Barbosa Alexandre (UFPI)
Conceição de Maria Ferreira de Macêdo Luciana Maria Libório Eulálio (UESPI)
Crislane Morais da Silva Sousa Luizir Oliveira (UFPI)
Denise Cabral Ibiapina Maraisa Lopes (UFPI)
Deuselania de Sousa Ferreira Marcos Helam Alves da Silva (UESPI)
Edney Rodrigo da Cunha Silva
Edson Silva de Sousa
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Margareth Torres de Alencar Costa Shirlei Marly Alves (UESPI)
(UESPI-UFPI) Tâmara Lyz Milhomem de Oliveira (IFPI)
Maria Angélica Freire de Carvalho (UFPI) Valdeny Costa de Aragão Campelo (UFPI)
Maria de Jesus Torres Medeiros (UFPI) Valdulce Ribeiro Cruz (ANHANGUERA)
Maria Ladjane dos Santos Pereira
(UNICAP) Capa, Diagramação e Composição
Maria Lourdilene Vieira Barbosa (UFPI) Camila Rayssa Barbosa da Silva
Meryane Sousa Oliveira (UFPI) Jancen Sérgio Lima de Oliveira
Nícollas Oliveira Abreu (UECE) Lafity dos Santos Alves
Raimunda da Conceição Silva (UFPI) Leila Rachel Barbosa Alexandre.
Raimunda Gomes de Carvalho Belini
(IFPI/UFPI)

Colóquio sobre Gêneros & Textos (7.: 2020: Teresina, PI).


C718c Caderno de Resumos e Programação [do] VII Colóquio
sobre Gêneros & Textos / Organização: Camila Rayssa Barbosa
da Silva, Jancen Sérgio Lima de Oliveira, Lafity dos Santos Alves,
Leila Rachel Barbosa Alexandre. – Teresina: Núcleo
Cataphora/UFPI, 2020.
177 p.

ISSN 2318-5937
1. Linguística. 2. Gêneros do Discurso. 3. Referenciação. 4.
Análise do Discurso. I. Título.

CDD: 410

VII COGITE - COLÓQUIO SOBRE GÊNEROS & TEXTOS


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CADERNO DE RESUMOS E PROGRAMAÇÃO - ISSN 2318-5937
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

Reitor: José Arimatéia Dantas Lopes


Pró-reitor de Pós-Graduação: Regina Lucia Ferreira Gomes.
Pro-reitor de Pesquisa: João Xavier da Cruz Neto.
Diretor do Centro de Ciências Humanas e Letras: Carlos Sait Pereira de Andrade.
Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Letras: Francisco Alves Filho.
Coordenadora do Curso de Letras Libras: Ádila Silva Araújo Marques.

NÚCLEO DE PESQUISA CATAPHORA

Coordenador: Francisco Alves Filho.


Subcoordenadora: Leila Rachel Barbosa Alexandre.
Secretárias: Bárbara Olímpia Ramos de Melo, Camila Rayssa Barbosa da Silva, Carolina Áurea
Cunha Rio Lima e Láfity dos Santos Alves.
Comissão de Divulgação: Amanda Gabriella Lima Leal, Ana Jackelline Pinheiro Porto, Antônio
Artur Silva Cantuário, Jancen Sérgio Lima de Oliveira, José Mateus Abreu Reis, Tâmara
Ramalho da Silva e Tristan Nathanael Veras Pedrosa.

Universidade Federal do Piauí


Centro de Ciências Humanas e Letras
Campus Universitário Ministro Petrônio Portella Bairro Ininga, Teresina, Piauí.
E-mail: cataphora@ufpi.edu.br
Site: http://www.cataphora.com.br
Instagram: NucleoCataphora

VII COGITE - COLÓQUIO SOBRE GÊNEROS & TEXTOS


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APRESENTAÇÃO

O Núcleo Cataphora - Núcleo de Pesquisa em Texto, Gênero e Discurso - teve origem


em 2008 como Grupo de Pesquisa. Surgiu como resultado de pesquisas na área de gêneros
realizadas por mestrandos do Curso de Letras (UFPI), orientados pelo Professor Doutor
Francisco Alves Filho. Em 2013, o Grupo tornou-se oficialmente um núcleo de pesquisa da
Universidade Federal do Piauí. Diante das várias pesquisas realizadas pelo Grupo, nasceu a
necessidade de socializar e discutir os resultados desses estudos, o que culminou com a
criação do I COGITE – Colóquio sobre Gêneros & Textos, realizado em 2011.
O COGITE vem se firmando como um evento de divulgação de pesquisas e de
discussão teórica sobre gêneros e textos e suas relações com a vida social, e se configura
como um espaço em que as pesquisas desenvolvidas pelo Núcleo Cataphora são divulgadas
e discutidas com outros pesquisadores, professores e estudantes.
As duas primeiras edições do COGITE aconteceram em 2011 e 2012, tendo sido os dois
eventos restritos a apresentações e pesquisas realizadas pelo Grupo Cataphora. Já em 2013,
o III COGITE avançou, abrindo espaço para apresentações de trabalhos de pesquisadores
externos ao Núcleo e, também, pela primeira vez, os trabalhos apresentados foram
publicados em ANAIS, práticas ampliadas durante o IV, V e VI COGITE.
O VII COGITE — Colóquio de Estudos sobre Gêneros e Texto — é um evento tanto de
divulgação como de discussão de pesquisas sobre gêneros de texto/discurso e suas relações
com a vida social. A realização do VII COGITE atende à necessidade da promoção de reuniões
científicas que visem discutir temáticas bem delimitadas de modo a se avançar teórica e
metodologicamente na abordagem de fenômenos da vida sociocultural no Brasil e no Piauí.
Este evento também se justifica face à necessidade de fortalecer os grupos e núcleos de
pesquisa locais — caso do Núcleo Cataphora — contribuindo para a formação e fixação de
jovens pesquisadores em nosso Estado. Também agrega a função de criação de um espaço
para divulgação das pesquisas individuais realizadas por professores, pesquisadores, alunos
de graduação, de pós-graduação e de estudantes que realizam iniciação científica.
O VII COGITE, dentre outros objetivos, busca divulgar e rediscutir os fundamentos
teóricos e as ferramentas metodológicas das principais teorias em voga para estudos de
gêneros do texto/discurso, promover um espaço de discussão teórico-metodológica de
questões que gravitam em torno das práticas sociais de linguagem, além de divulgar
pesquisas atuais sobre as relações entre gêneros, textos e discurso. Assim, promove um
espaço de discussão teórico-metodológica de questões que gravitam em torno das práticas
sociais de linguagem. Nesta edição, por conta da pandemia e das recomendações dos órgãos
de saúde pública, o evento será realizado inteiramente on-line. Serão usadas as plataformas
“streamyard.com”, “doity.com.br” e o canal do CATAPHORA no “YouTube”. Além disso, o
VII COGITE será totalmente acessível em LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais.

Bem-vindos ao VII COGITE!


Comissão Organizadora

VII COGITE - COLÓQUIO SOBRE GÊNEROS & TEXTOS


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CADERNO DE RESUMOS E PROGRAMAÇÃO - ISSN 2318-5937
SUMÁRIO

PROGRAMAÇÃO GERAL .............................................................................................................8


RESUMOS DE CONFERÊNCIA E MESA-REDONDA......................................................................14
RESUMOS DOS SIMPÓSIOS TEMÁTICOS....................................................................................17
PROGRAMAÇÃO DAS APRESENTAÇÕES....................................................................................27
RESUMOS DAS APRESENTAÇÕES.............................................................................................48

ÍNDICE REMISSIVO....................................................................................................................173

VII COGITE - COLÓQUIO SOBRE GÊNEROS & TEXTOS


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PROGRAMAÇÃO GERAL

24 de agosto de 2020 (segunda-feira)

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08:00 - 10:00 (Simpósio Temático)
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ST 4: GÊNEROS DISCURSIVOS: COMPREENSÕES PELO OLHAR DA ANÁLISE DE DISCURSO -
SESSÃO 1

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09:30 - 11:50 (Simpósio Temático)
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ST 1: GÊNERO TEXTUAL E MÚLTIPLAS LINGUAGENS: DESAFIOS E POSSIBILIDADES NAS
PRÁTICAS ESCOLARES - SESSÃO 1

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10:00 - 12:00 (Simpósio Temático)
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ST 2: ENSINO DE LÍNGUA MATERNA E ESTRANGEIRA BASEADO EM GÊNEROS
TEXTUAIS/DISCURSIVOS - SESSÃO 1

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14:00 - 16:00 (Simpósio Temático)
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ST 5: ESTUDOS DO TEXTO: ASPECTOS TEÓRICOS E ANALÍTICOS - SESSÃO 1

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14:00 - 16:20 (Simpósio Temático)
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ST 8: INTERFACES ENTRE ESTUDOS LINGUÍSTICOS DE LIBRAS E TEXTO, GÊNERO E DISCURSO
- SESSÃO 1

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16:00 - 18:00 (Simpósio Temático)
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ST 11: ENSINO DE GÊNEROS: A PRÁTICA DOCENTE EM SALA DE AULA - SESSÃO 1

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18:30 - 19:00 (Abertura)
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Abertura do VII COGITE

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19:00 - 20:00 (Conferência de Abertura)
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"Inovação e convenção em gêneros acadêmicos: questões teóricas e aplicadas"

Prof. Dr. Benedito Gomes Bezerra (UNICAP/UPE)

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25 de agosto de 2020 (terça-feira)

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08:00 - 10:00 (Simpósio Temático)
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ST 4: GÊNEROS DISCURSIVOS: COMPREENSÕES PELO OLHAR DA ANÁLISE DE DISCURSO -
SESSÃO 2

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09:00 - 10:40 (Simpósio Temático)
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ST 9: A INTERFACE TEXTO E GRAMÁTICA: O ENSINO DE LÍNGUA COMO PRÁTICA CIENTÍFICA
- SESSÃO ÚNICA

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10:00 - 11:40 (Simpósio Temático)
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ST 2: ENSINO DE LÍNGUA MATERNA E ESTRANGEIRA BASEADO EM GÊNEROS
TEXTUAIS/DISCURSIVOS - SESSÃO 2

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14:00 - 17:00 (Simpósio Temático)
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ST 6: ESFERA, COMUNIDADES, CULTURAS E GÊNEROS ACADÊMICOS: UM OLHAR MÚLTIPLO
SOBRE AS PRÁTICAS LINGUÍSTICAS NA UNIVERSIDADE - SESSÃO ÚNICA

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14:00 - 16:00 (Simpósio Temático)
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ST 7: ENSINO DE GÊNEROS TEXTUAIS/DISCURSIVOS À LUZ DA BNCC: EXPERIÊNCIAS E
REFLEXÕES - SESSÃO 1

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16:00 - 18:00 (Simpósio Temático)
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
ST 5: ESTUDOS DO TEXTO: ASPECTOS TEÓRICOS E ANALÍTICOS - SESSÃO 2

ST 12: ESCRITA E LEITURA EM CONTEXTOS DE (SENS)AÇÕES PARA COMUNICAR E ATUAR NO


SÉCULO XXI - SESSÃO 1

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18:00 - 19:30 (Mesa-redonda I)
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"Gêneros literários na contemporaneidade"

Prof. Dr. Alcione Correa Alves (UFPI)

Profa. Dra. Margareth Torres de Alencar (UESPI/UFPI)

Prof. Me. Israel Alves Correa Noleto (IFPI/UFPI)

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26 de agosto de 2020 (quarta-feira)

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08:00 - 10:00 (Simpósio Temático)
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ST 4: GÊNEROS DISCURSIVOS: COMPREENSÕES PELO OLHAR DA ANÁLISE DE DISCURSO -
SESSÃO 3

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09:30 - 11:50 (Simpósio Temático)
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
ST 1: GÊNERO TEXTUAL E MÚLTIPLAS LINGUAGENS: DESAFIOS E POSSIBILIDADES NAS
PRÁTICAS ESCOLARES - SESSÃO 2

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10:00 - 11:40 (Simpósio Temático)


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ST 2: ENSINO DE LÍNGUA MATERNA E ESTRANGEIRA BASEADO EM GÊNEROS
TEXTUAIS/DISCURSIVOS - SESSÃO 3

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14:00 - 15:40 (Simpósio Temático)
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ST 7: ENSINO DE GÊNEROS TEXTUAIS/DISCURSIVOS À LUZ DA BNCC: EXPERIÊNCIAS E
REFLEXÕES - SESSÃO

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14:00 - 16:00 (Simpósio Temático)
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ST 8: INTERFACES ENTRE ESTUDOS LINGUÍSTICOS DE LIBRAS E TEXTO, GÊNERO E DISCURSO
- SESSÃO 2

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14:00 - 15:20 (Simpósio Temático)
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ST 13: GÊNEROS DISCURSIVOS: PRÁTICAS DE LEITURA E DE ESCRITA NA MÍDIA IMPRESSA E
DIGITAL - SESSÃO 1

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14:00 - 15:40 (Simpósio Temático)
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ST 14: DISCURSO, LINGUAGEM E TEXTO: PRÁTICAS EM ANÁLISE DE DISCURSO - SESSÃO 1

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16:00 - 17:20 (Simpósio Temático)
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
ST 14: DISCURSO, LINGUAGEM E TEXTO: PRÁTICAS EM ANÁLISE DE DISCURSO - SESSÃO 2

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16:00 - 17:40 (Simpósio Temático)
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ST 3: ANÁLISE SOCIORRETÓRICA DE GÊNEROS TEXTUAIS ACADÊMICOS A PARTIR DA
DESCRIÇÃO DE CULTURAS DISCIPLINARES - SESSÃO 1

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16:00 - 18:00 (Simpósio Temático)
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ST 12: ESCRITA E LEITURA EM CONTEXTOS DE (SENS)AÇÕES PARA COMUNICAR E ATUAR NO


SÉCULO XXI - SESSÃO 2

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18:00 - 19:00 (Mesa-redonda II)
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"Práticas letradas em projetos e pareceres no contexto de pesquisa"

Profa. Dra. Désirée Motta-Roth (UFSM)

Prof. Dr. Francisco Alves Filho (UFPI)

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27 de agosto de 2020 (quinta-feira)

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08:00 - 09:40 (Simpósio Temático)
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ST 4: GÊNEROS DISCURSIVOS: COMPREENSÕES PELO OLHAR DA ANÁLISE DE DISCURSO -
SESSÃO 4

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10:00 - 11:20 (Simpósio Temático)
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ST 15: OS GÊNEROS LITERÁRIOS: O LÍRICO, O ÉPICO/NARRATIVO, O DRAMÁTICO E O
ENSAÍSTICO - SESSÃO 1

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14:00 - 15:40 (Simpósio Temático)
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ST 3: ANÁLISE SOCIORRETÓRICA DE GÊNEROS TEXTUAIS ACADÊMICOS A PARTIR DA
DESCRIÇÃO DE CULTURAS DISCIPLINARES - SESSÃO 2

ST 7: ENSINO DE GÊNEROS TEXTUAIS/DISCURSIVOS À LUZ DA BNCC: EXPERIÊNCIAS E


REFLEXÕES - SESSÃO 3

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14:00 - 15:40 (Simpósio Temático)
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ST 12: ESCRITA E LEITURA EM CONTEXTOS DE (SENS)AÇÕES PARA COMUNICAR E ATUAR NO
SÉCULO XXI - SESSÃO 3
VII COGITE - COLÓQUIO SOBRE GÊNEROS & TEXTOS
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14:00 - 15:20 (Simpósio Temático)
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ST 13: GÊNEROS DISCURSIVOS: PRÁTICAS DE LEITURA E DE ESCRITA NA MÍDIA IMPRESSA E
DIGITAL - SESSÃO 2

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16:00 - 17:30 (Mesa-redonda III)
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"Leitura em ambientes digitais: da escola à universidade"

Profa. Dra. Carla Viana Coscarelli (UFMG)

Profa. Dra. Tâmara Milhomem (IFPI)

Profa. Dra. Leila Rachel Barbosa Alexandre (UFPI)

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28 de agosto de 2020 (sexta-feira)

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08:00 - 09:20 (Simpósio Temático)
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ST 15: OS GÊNEROS LITERÁRIOS: O LÍRICO, O ÉPICO/NARRATIVO, O DRAMÁTICO E O
ENSAÍSTICO - SESSÃO 2

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09:30 - 11:30 (Simpósio Temático)
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ST 1: GÊNERO TEXTUAL E MÚLTIPLAS LINGUAGENS: DESAFIOS E POSSIBILIDADES NAS
PRÁTICAS ESCOLARES - SESSÃO 3

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14:00 - 15:40 (Simpósio Temático)
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ST 5: ESTUDOS DO TEXTO: ASPECTOS TEÓRICOS E ANALÍTICOS - SESSÃO 3

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14:00 - 16:20 (Simpósio Temático)


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ST 10: PRÁTICAS DE LETRAMENTO EM AMBIENTES DIGITAIS - SESSÃO ÚNICA

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16:00 - 18:00 (Simpósio Temático)
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ST 11: ENSINO DE GÊNEROS: A PRÁTICA DOCENTE EM SALA DE AULA - SESSÃO 2

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19:00 - 20:00 (Conferência de Encerramento)
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"La multidimensionalidad de la literacidad: escritos, escritores y contextos"

Prof. Dr. Federico Navarro (Universidad de O’Higgins)

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RESUMOS DE CONFERÊNCIA E MESA-REDONDA

CONFERÊNCIA DE ABERTURA

“INOVAÇÃO E CONVENÇÃO EM GÊNEROS ACADÊMICOS: QUESTÕES TEÓRICAS E


APLICADAS”

Prof. Dr. Benedito Gomes Bezerra (UNICAP/UPE)

A escrita acadêmica coloca questões bastante complexas para os estudos da linguagem e


para o ensino de língua, as quais demandam respostas pertinentes para os contextos
disciplinares específicos em que são levantadas. Entre essas questões, destaca-se a relação,
em geral tensa e pouco transparente, entre os polos da inovação e convenção na escrita de
gênero acadêmicos, com implicações tanto teóricas como aplicadas ao ensino. Diante disso,
o objetivo desta conferência é discutir diversos aspectos atinentes ao par inovação-
convenção em gêneros acadêmicos escritos. Particularmente, interessa discutir qual o lugar
da inovação nas concepções de gênero em diferentes teorias; de que forma aspectos
inovadores da escrita são percebidos e negociados entre autores/escritores e seus leitores,
por exemplo, estudantes e seus professores/avaliadores; que critérios seriam aplicáveis (se
é que há tais critérios) para se avaliar um texto acadêmico como inovador ou desviante; que
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condições sócio-históricas e comunicativas possibilitariam a inovação; e que aspectos


poderiam ser considerados para se atribuir a qualidade de inovador a um texto, entre outras
possíveis questões. A discussão proposta se orientará pela abordagem dos Estudos Retóricos
de Gênero, especialmente pelo trabalho de Tardy (2015, 2016) sobre a inovação na escrita de
gêneros acadêmicos. Assim, pretende-se contribuir para uma maior reflexão sobre o lugar da
relação entre estabilidade (convenção) e dinamicidade (inovação) na escrita acadêmica,
assim como no seu ensino e nos processos de letramento no ambiente acadêmico.

MESA-REDONDA I

“GÊNEROS LITERÁRIOS NA CONTEMPORANEIDADE”

Prof. Dr. Alcione Correa Alves (UFPI)


Profa. Dra. Margareth Torres de Alencar (UESPI/UFPI)
Prof. Me. Israel Alves Correa Noleto (IFPI/UFPI)

Desde os gêneros clássicos, épico (narrativo), lírico e dramático, diversos subgêneros


literários consolidaram-se e contam hoje já com longas tradições. Vale ressaltar que não há
limites claros entre os diversos gêneros literários, ou seus subgêneros, já que em um único
texto pode-se encontrar vários subgêneros literários, sendo a narrativa romanesca capaz de
conter os mais diversos subgêneros literários. É também interessante observar como os
diversos gêneros literários e respectivos subgêneros dialogam com outros gêneros textuais
ou são traduzidos intersemioticamente para outras formas de arte. Ressalte-se ainda a
interrelação dos gêneros literários e respectivos subgêneros com as novas tecnologias de
informação e redes sociais possibilitadas por novas tecnologias, observando como gêneros
literários tradicionais são transformados ou mesmo inventados em função de novas
tecnologias e de novas formas de divulgação de textos. Essas são algumas das questões a
serem observadas nessa mesa-redonda, com o objetivo primordial de refletir um pouco sobre
a reprodução, reformulação ou criação de gêneros literários na contemporaneidade.

MESA-REDONDA II

“PRÁTICAS LETRADAS EM PROJETOS E PARECERES NO CONTEXTO DE PESQUISA”

Profa. Dra. Désirée Motta-Roth (UFMS)


Prof. Dr. Francisco Alves Filho (UFPI)

Neste bate-bola acadêmico iremos discutir práticas letradas que são constitutivas de dois
gêneros discursivos cruciais na vida de pesquisadores: projetos de pesquisa e pareceres.
Algumas perguntas a serem debatidas são as seguintes: qual o impacto do caráter ocluso
destes dois gêneros para a inserção de novos pesquisadores na esfera acadêmica? Em que
medida as culturas disciplinares são “ouvidas” quando da elaboração de critérios para
avaliação de projetos e para guiar a formulação de pareceres? Em que medida os pareceres

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podem contribuir para a aculturação de novos pesquisadores e para a compreensão de


valores e crenças das culturas disciplinares? Há espaço para estes dois gêneros se tornarem
mais acessíveis a novos pesquisadores? Que mudanças poderiam ser implementadas para
que os pareceres contribuíssem ainda mais para a qualidade dos artigos?

MESA-REDONDA III

"LEITURA EM AMBIENTES DIGITAIS: DA ESCOLA À UNIVERSIDADE"

Profa. Dra. Carla Viana Coscarelli (UFMG)


Profa. Dra. Tâmara Milhomem (IFPI)
Profa. Dra. Leila Rachel Barbosa Alexandre (UFPI)

Seja na escola ou na universidade, as atividades de navegação e leitura em ambientes digitais


costumam fazer parte das práticas dos estudantes. Nessas atividades, textos de múltiplas
fontes são buscados, selecionados, coletados e lidos com a utilização de recursos
tecnológicos. Entretanto, se, por um lado, há certo consenso de que tanto escola como
universidade devem ajudar os alunos a desenvolverem suas habilidades de leitura e escrita,
por outro, há lacunas quanto ao papel das duas para o desenvolvimento das habilidades
relacionadas especificamente ao letramento digital. Considerando esse cenário, nosso
objetivo, nesta mesa-redonda, é conversar sobre os caminhos para que escola e universidade
possam se conectar no sentido de propiciar um desenvolvimento efetivo das habilidades de
letramento digital que sirvam às práticas de leitura dos alunos. Para isso, tomaremos como
base achados de pesquisas sobre as características dos caminhos de leitura percorridos por
estudantes em ambientes digitais, desde o ensino básico até o ensino superior, o que nos
permitirá discutir como as especificidades desses percursos se relacionam à construção das
habilidades de leitura em ambientes digitais.

CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO

"LA MULTIDIMENSIONALIDAD DE LA LITERACIDAD: ESCRITOS, ESCRITORES Y


CONTEXTOS"

Prof. Dr. Federico Navarro (UNIVERSIDAD DE O’HIGGINS)

La lectura y la escritura constituyen una tecnología retórica compleja para participar en


prácticas situadas fundamentales en la sociedad del conocimiento. Involucran dimensiones
diversas y complementarias: linguísticas, individuales, situacionales, educativas, culturales,
históricas. En particular, la literacidad en educación superior es central en las trayectorias
formativas: sirve para aprender contenidos y habilidades en las asignaturas, para demostrar
esos aprendizajes, para comunicarse de formas disciplinarmente específicas, para expresar y
negociar identidades, y para aportar miradas novedosas y críticas sobre la realidad. Por lo
tanto, las investigaciones e intervenciones educativas sobre lectura y escritura en educación

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superior deben adoptar una perspectiva multidimensional que incluya las características de
los textos que comprenden y producen los estudiantes, los aprendizajes que movilizan los
textos, las formas de enseñanza propuestas en el aula, los diseños curriculares en los que se
insertan, y las concepciones, identidades y prácticas letradas de la comunidad. En esta
investigación, se ofrecerá un estudio multidimensional de la lectura y la escritura en una
universidad latinoamericana. Se aportarán evidencias empíricas de la aparición de la
literacidad en los planes de estudio; se reconstruirán las concepciones, experiencias y
prácticas de escritores en formación; se medirán los efectos de la enseñanza de la escritura
en la elaboración de textos científicos; y se identificarán las estrategias de cita y construcción
de voz autoral en distintas carreras.

RESUMOS DOS SIMPÓSIOS TEMÁTICOS

SIMPÓSIO TEMÁTICO I

GÊNERO TEXTUAL E MÚLTIPLAS LINGUAGENS: DESAFIOS E POSSIBILIDADES NAS


PRÁTICAS ESCOLARES

Bárbara Olímpia Ramos de Melo


(UESPI/PROFLETRAS/MESTRADO ACADÊMICO EM LETRAS)

Shirlei Marly Alves


(UESPI/PROFLETRAS)

No contexto escolar brasileiro ainda há fortes marcas da tradição do ensino de língua


materna, muitas vezes sendo priorizado um trabalho com a leitura e a escrita desvinculado
das práticas sociais de usos da linguagem, mantendo-se, geralmente, o privilégio da norma
padrão. Esse quadro, porém, vem se modificando com o desenvolvimento das pesquisas
linguísticas, as quais dão subsídios para se repensar o ensino de língua, destacando-se os
estudos do texto, que contribuíram para elucidar as dinâmicas envolvidas nas atividades
linguageiras para além do estritamente normativo. Nesse sentido, no final da década de
1990, os Parâmetros Curriculares Nacionais e, atualmente, a Base Nacional Comum Curricular
orientam para a abordagem da língua em uso, em correlação com outras linguagens, na
configuração de textos orais, escritos e multimodais. Privilegia-se o texto como objeto de
estudo, tendo-se como referências os usos sociais. Nesse sentido, Schneuwly e Dolz (2004)
enfatizam que o gênero funciona como meio de articulação entre práticas sociais de
linguagem e os objetos escolares, envolvendo o oral, o escrito e, acrescentamos, o
multimodal. Tais concepções configuram um ensino de língua materna calcado nos diversos
gêneros, fortalecendo-se, assim, no trabalho escolar, a vida em sociedade. Nessa
perspectiva, o objetivo deste simpósio é reunir pesquisas sobre os gêneros textuais (orais,
escritos, multimodais) e sua relação com o ensino-aprendizagem na Educação Básica, dando
visibilidade aos estudos sobre gêneros e suas contribuições para o desenvolvimento de
competências relacionadas à leitura e à produção textual. Primando pela heterogeneidade
das correntes de estudo, serão aceitos trabalhos de pesquisa que tenham como escopo os
princípios teórico-metodológicos do interacionismo sociodiscursivo, da sociossemântica, da
sociorretórica e de outros relacionados à temática do simpósio.

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PALAVRAS-CHAVE: Ensino de língua materna. Interacionismo. Gêneros textuais. Leitura.


Produção textual.

SIMPÓSIO TEMÁTICO II

ENSINO DE LÍNGUA MATERNA E ESTRANGEIRA BASEADO EM GÊNEROS


TEXTUAIS/DISCURSIVOS

John Hélio Porangaba de Oliveira (UNICAP)


Maria Ladjane dos Santos Pereira (UNICAP)

As produções de gêneros da linguagem constituem características de letramentos


acadêmicos. Essas produções são requeridas para o ensino superior como parte do processo
de desenvolvimento do estudante, professor e pesquisador no universo acadêmico.
Atualmente no cenário do ensino superior percebemos um desafio ao conhecimento
existente quando surge um ensino baseado em gêneros textuais/discursivos, pois diferentes
são as definições de gêneros, suas abordagens e os modos de estudo e ensino. Mas, em todas
as diferenças, há um ponto em comum, todas veem texto e contexto como aspectos
importantes para análise, estudo e ensino de gêneros específicos seja no ensino superior.
Assim, as necessidades de ensino baseado em gêneros são grandes e pensando nisso, este
Simpósio Temático tem por objetivo convidar você aluno, professore e pesquisador da
graduação e da pós-graduação para participar deste Simpósio com um trabalho de pesquisa
sobre qualquer assunto relacionado à leitura, escrita e oralidade que se relacionem com os
seguintes tópicos: 1) Ensino explicito como processo de produção da linguagem em gêneros;
2) Inter-relações entre gêneros; 3) Relações entre texto e contexto com ênfase na produção
escrita de gêneros; 4) Leitura, oralidade e escrita com foco nos letramentos acadêmica; e 5)
Aspectos retóricos, linguístico-gramaticais e contextuais como facilitadores analíticos e de
aplicação ao ensino e aprendizagem na compreensão da leitura e escrita em contextos
específicos.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de Línguas. Letramentos Acadêmicos. Gêneros. Escrita na


Universidade. Ensino Explicito.

SIMPÓSIO TEMÁTICO III

ANÁLISE SOCIORRETÓRICA DE GÊNEROS TEXTUAIS ACADÊMICOS A PARTIR DA


DESCRIÇÃO DE CULTURAS DISCIPLINARES

Nícollas Oliveira Abreu (PosLA/UECE)


Dawton Lima Valentim (PosLA/UECE)

A Análise de Gêneros Textuais/Discursivos se consolidou por meio de pesquisas sobre a


linguagem que demonstram um forte interesse nos processos de produção e compreensão
de gêneros textuais/discursivos, uma vez compreendidos como fundamentais para a
realização de práticas sociais, com investigações voltadas tanto a âmbitos acadêmicos como
profissionais. Ainda que possa ser aplicada a diversos contextos, é na análise de gêneros

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textuais acadêmicos que a vertente sociorretórica (SWALES, 1990) mais inspira pesquisas,
apresentando-se como uma perspectiva de estudo e descrição de gêneros por meio da qual
pesquisadores e pesquisadoras têm se debruçado sobre os gêneros produzidos e entendidos
pelos grupos sociais que os constroem, com destaque para trabalhos de descrição
esquemática de movimentos e passos retóricos por meio da Metodologia CARS, que, em
2020, completa 30 anos. Partindo dessa asserção, têm-se observado estudos que visam
construir um percurso analítico ainda mais específico do contexto acadêmico, aliando a
análise sociorretórica de gêneros típicos de tal esfera da atividade humana à descrição das
culturas disciplinares (HYLAND, 2000) em que estão inseridos, são produzidos e
compreendidos, uma vez que uma cultura disciplinar constrói e reconhece os gêneros
acadêmicos a partir de características próprias do âmbito científico, tais como práticas
discursivas disciplinares e crenças epistêmicas. Nesse sentido, este simpósio busca reunir
trabalhos de análise e descrição de gêneros acadêmicos que aliem a perspectiva
sociorretórica à descrição das culturas disciplinares que constituem a academia, sendo bem-
vindos estudos que tratem tanto de questões de natureza teórica como de caráter
metodológico. Desse modo, convidamos para esse debate pesquisadores e pesquisadoras
que tenham desenvolvido ou estejam desenvolvendo estudos a partir dessa articulação
teórica, posto que acreditamos que as pesquisas que forem propostas a este simpósio
temático possam contribuir para a iniciação de novos membros em práticas de letramento
acadêmico de suas respectivas culturas disciplinares.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros acadêmicos. Sociorretórica. Culturas disciplinares.

SIMPÓSIO TEMÁTICO IV

GÊNEROS DISCURSIVOS: COMPREENSÕES PELO OLHAR DA ANÁLISE DE DISCURSO

João Benvindo de Moura (UFPI/NEPAD)


Maraisa Lopes (UFPI/NEPAD)

Todos os campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem e o emprego da


língua efetua-se em forma de enunciados orais e escritos, proferidos pelos integrantes desse
ou daquele campo da atividade humana. Tais enunciados refletem as condições específicas e
as finalidades de cada campo referido, por seu conteúdo, estilo de linguagem e por sua
construção composicional, e, estes três elementos, por sua vez, estão ligados ao todo do
enunciado e são determinados pela especificidade de um dado campo da comunicação.
Segundo Bakhtin (1995/2006), cada enunciado é individual e cada campo de utilização da
língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados, os quais são denominados
gêneros do discurso. Para ele, os gêneros do discurso são dotados de grande riqueza e
diversidade, funcionando na relação entre a história da sociedade e da língua. Compreender
a língua fazendo sentido, enquanto trabalho simbólico, parte do trabalho social geral,
constitutivo do homem e de sua história é foco da Análise de Discurso. A Análise de Discurso
concebe a linguagem enquanto mediação necessária entre o homem e a realidade
natural/social, base da produção da existência humana. Assim, este simpósio tem por
objetivo congregar trabalhos que visem compreender os funcionamentos próprios aos mais
diversos gêneros discursivos que circulam em nossa sociedade a partir dos dispositivos
teórico-analíticos da Análise de Discurso em suas diferentes vertentes.

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PALAVRAS-CHAVE: Gêneros discursivos. Análise de Discurso. Produção de sentidos.

SIMPÓSIO TEMÁTICO V

ESTUDOS DO TEXTO: ASPECTOS TEÓRICOS E ANALÍTICOS

Marcos Helam Alves da Silva (UESPI)


Héberton Mendes Cassiano (SEDUC/CE)

O propósito deste simpósio centra-se na necessidade de apresentar aspectos da pesquisa em


Linguística realizada por algumas de suas ramificações: a Linguística do Texto, doravante LT.
Assim, nosso objetivo com esta proposta é congregar e debater estudos em LT, enfocando,
em especial, nos principais desafios oriundos de sua atual conjuntura como área de pesquisa,
sobretudo, no sentido de sua aplicação ao ensino. A LT, tal como afirma Bentes (2012),
constitui-se como uma área de grande esforço teórico que contempla perspectivas e
métodos diferenciados para a sua construção. Assim, o objetivo da LT é esmiuçar os diversos
processos que estão presentes no texto e em sua construção de sentidos. Ao longo dos anos,
a LT vem aperfeiçoando suas pesquisas, métodos e categorias de análise sobre o texto e tem
encarado, também, o desafio de estabelecer propostas para analisá-lo, tarefa nada fácil para
um objeto tão completo. Se as pesquisas desenvolvidas em LT, por muito tempo, focaram
em aspectos como coesão e coerência, hoje, abarcam um universo enorme de possibilidades
com temas como a Referenciação, a Intertextualidade, a Argumentação, a Multimodalidade,
entre outros, que se fazem constar na agenda atual e que trazem a ela o desafio de explicar
como, através dos textos e seus fenômenos, se dá o funcionamento da linguagem. Dada essa
configuração, como já pontuado, nosso interesse neste simpósio é congregar estudos
voltados ao campo do texto e, em especial, estudos que buscam na LT suas bases para
melhorar o processo de ensino-aprendizagem em Língua Portuguesa.

PALAVRAS-CHAVE: Texto. Métodos de Análise. Ensino de Língua Portuguesa.

SIMPÓSIO TEMÁTICO VI

ESFERA, COMUNIDADES, CULTURAS E GÊNEROS ACADÊMICOS: UM OLHAR MÚLTIPLO


SOBRE AS PRÁTICAS LINGUÍSTICAS NA UNIVERSIDADE

Carolina Aurea Cunha Rio Lima (UFPI/Cataphora)


Emanoel Barbosa de Sousa (UFPI/Cataphora)

Este simpósio tem por objetivo promover discussões acerca das práticas acadêmicas que se
encontram refletidas nos gêneros acadêmicos. Tendo em vista que as pesquisas sobre
gêneros acadêmicos se encontram em franco desenvolvimento no Brasil e que estas
possibilitam uma reflexão sobre o fazer científico, consideramos importante que os
resultados de pesquisas desenvolvidas e em desenvolvimento sejam discutidos na
comunidade acadêmica. Então, promoveremos discussões sobre como as características
linguísticas e extralinguísticas estão imbricadas na composição dos gêneros acadêmicos,
refletindo ainda sobre a produção, a leitura e a função social do gênero, que são opções para
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elaboração de trabalhos nesta área. Em razão de o estudo de práticas acadêmicas poder


ocorrer com a utilização de diversos pontos de vista teóricos, não fazemos aqui nenhuma
restrição quanto a este aspecto. Para o atendimento do objetivo mencionado inicialmente
para este simpósio, sugerimos para as comunicações algumas questões que estão
contempladas em nosso horizonte de discussão: relação entre esfera acadêmica,
comunidade discursiva (acadêmica), comunidade discursiva disciplinar e gêneros;
implicações das características de comunidades discursivas no emprego efetivo de gêneros
acadêmicos; relação entre as características formais do gênero e o contexto acadêmico;
gênero acadêmico: produção, leitura e ensino; função(ões) da organização retórica de
determinado gênero; a influência da cultura acadêmica ou da cultura disciplinar no
funcionamento dos gêneros, dentre outras. Acreditamos que as discussões deste simpósio
podem contribuir para a área de estudo de gêneros, em especial aos gêneros utilizados na
academia, promovendo debates sobre a teoria e os métodos utilizados, difundindo
diagnósticos sobre o que a comunidade espera dos produtores desses gêneros, bem como
criar um ambiente de interação e compartilhamento de experiências e resultados de
pesquisas desenvolvidas por nós e nossos colegas de área sobre essa temática.

PALAVRAS-CHAVE: Esfera acadêmica. Comunidade acadêmica. Culturas acadêmicas.


Gêneros acadêmicos.

SIMPÓSIO TEMÁTICO VII

ENSINO DE GÊNEROS TEXTUAIS/DISCURSIVOS À LUZ DA BNCC: EXPERIÊNCIAS E REFLEXÕES

Beatrice Nascimento Monteiro (UESPI)


Francisca Verônica Araújo (IDB)

Desde os PCN’s (BRASIL, 1998), o enfoque na abordagem de gêneros textuais/discursivos no


ensino de língua portuguesa já fazia parte das diretrizes curriculares nacionais. Contudo, com
os novos parâmetros trazidos pela BNCC (BRASIL, 2019), a qual traz um currículo mínimo a
ser adotado pelas escolas, podemos dizer que este foco no ensino de gêneros ganhou um
nova faceta através da descrição mais detalhada das habilidades a serem trabalhadas para
cada gênero feita pela Base, bem como pela diversificação das práticas textuais abordadas,
abrangendo textos digitais, orais, multimodais, entre outros. Tendo em vista este cenário de
transição, o qual traz para o ensino de língua portuguesa novas propostas e desafios,
convidamos professores, estudantes e pesquisadores a apresentarem discussões referentes
à abordagem dos gêneros textuais-discursivos nas aulas de língua portuguesa. As propostas
para comunicação podem corresponder a análises e reflexões acerca de materiais didáticos
de língua portuguesa, propostas curriculares ou do próprio texto da BNCC, assim como
narrativas de experiência docente e/ou sequências didáticas que coloquem em prática as
habilidades propostas pela Base no ensino de gêneros. Nosso objetivo é promover um
espaço de discussão sobre a temática proposta, englobando diferentes trabalhos que
possam dialogar de modo a contribuir para a prática docente e, consequentemente, o ensino-
aprendizagem de língua portuguesa.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros Textuais/Discursivos. BNCC. Ensino de Língua Portuguesa.

SIMPÓSIO TEMÁTICO VIII

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INTERFACES ENTRE ESTUDOS LINGUÍSTICOS DE LIBRAS E TEXTO, GÊNERO E DISCURSO

Maria Lourdilene Vieira Barbosa (UFPI/Cataphora)


Valdeny Costa de Aragão Campelo (UFPI)

Considerando que o evento Cogite (Colóquio sobre Gêneros e Textos) incentiva a reflexão
sobre múltiplos olhares de texto, gênero e discurso, a proposta deste simpósio é promover
um espaço de discussão entre pesquisadores, docentes, discentes e profissionais em geral
que refletem a Língua Brasileira de Sinais sob um viés linguístico. As características das
línguas de sinais permitem identificá-las com as demais línguas naturais, segundo Karnopp e
Quadros (2007), uma vez que uma língua natural promove uma realização específica da
faculdade de linguagem, com um sistema abstrato de regras finitas, que permitem a
produção de um número ilimitado de enunciados. Entendemos que, ao se pensar a Libras do
ponto de vista da ciência Linguística, na atualidade, é preciso se considerar as noções de
texto, gênero e discurso, uma vez que se trata de noções que permeiam boa parte das
pesquisas sobre língua/linguagem. A utilização efetiva do sistema linguístico de uma língua
viso-espacial, com um fim social, permite a comunicação entre os sujeitos, que se dá por meio
de situações concretas de utilização dessa língua. Logo, a comunicação por meio da Libras,
por exemplo, dá-se, fundamentalmente, através da produção de textos sinalizados, que,
semelhantemente às línguas orais, participam de gêneros textuais e são permeados por
discursos. Karnopp e Quadros (2007) argumentam que as palavras faladas representam para
as línguas orais o que as palavras sinalizadas representam para as línguas de sinais, de modo
que os enunciados produzidos em línguas de sinais são representáveis em termos de uma
sequência dessas unidades e se organizam seguindo as regras específicas do sistema
linguístico a que pertencem. Os sinais não são imagens, mas símbolos abstratos complexos,
com uma complexa estrutura interior, de organização e de combinação na comunicação
efetiva. Cada sinal apresenta pelo menos três partes independentes, que são a localização, a
configuração de mãos e o movimento, sendo que cada parte possui um número limitado de
combinações. Neste simpósio, serão aceitos trabalhos que discutam aspectos linguísticos da
Libras, voltados, especialmente, para a interação entre os sujeitos, incluindo a aplicação e a
proposição de metodologias de ensino de Libras como L1 e/ou como L2 nas escolas.

PALAVRAS-CHAVE: Libras. Estudos Linguísticos. Texto. Gênero. Discurso.

SIMPÓSIO TEMÁTICO IX

A INTERFACE TEXTO E GRAMÁTICA: O ENSINO DE LÍNGUA COMO PRÁTICA CIENTÍFICA

Maria de Jesus Torres Medeiros (UFPI)


Meryane Sousa Oliveira (UFPI)
Raimunda da Conceição Silva (UFPI)

O ensino de língua materna no Brasil é um tema que suscita inúmeros debates no meio
acadêmico, principalmente, no que diz respeito ao lugar do componente gramatical nas aulas
de análise linguística. Isso porque, mesmo depois de vários anos de vida escolar, o aluno não
consegue desenvolver, de maneira satisfatória, outras habilidades, como a de leitura e
escrita. Além disso, são poucos aqueles que conseguem, nas mais diversas situações

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comunicativas, utilizar a língua na modalidade que lhes é exigida, sobretudo na modalidade


padrão da Língua Portuguesa. Sendo assim, faz-se necessário refletir sobre as práticas
pedagógicas que permeiam as aulas de língua materna, com o intuito de reavaliar a
pertinência da manutenção do componente gramatical como elemento central das aulas de
Língua Portuguesa. Para tanto, é preciso considerar as propostas apresentadas nos
documentos oficiais que balizam o ensino de língua em todo o país, como os PCN (1998) e a
BNCC, homologada em 2017. No geral, esses documentos preconizam que a escola deve
desenvolver atividades de ensino que aprimorem no aluno as habilidades de leitura e escrita,
a fim de que ele seja capaz de atuar nas mais diversas práticas sociais. Nesse sentido, o
objetivo deste simpósio é discutir, apresentar e refletir a respeito de propostas que busquem
alternativas metodológicas para o melhoramento do ensino de língua no Brasil, a partir da
interface entre texto e gramática, além de ser um espaço para divulgação de trabalhos e
pesquisas que versem sobre a temática proposta. Serão aceitos, pois, trabalhos que
contemplem práticas de leitura e escrita, reconhecendo estruturas formais e utilizando-as,
sempre visando à produção do texto oral ou escrito. O simpósio não priorizará uma única
linha teórica, assim, serão aceitas propostas relacionadas ao estudo do texto em interface
com conteúdos gramaticais que podem, inclusive, incluir uma perspectiva historiográfica
desses estudos.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de língua materna. Gramática. Texto.

SIMPÓSIO TEMÁTICO X

PRÁTICAS DE LETRAMENTO EM AMBIENTES DIGITAIS

Leila Rachel Barbosa Alexandre (UFPI/Cataphora)


Tâmara Lyz Milhomem de Oliveira (IFPI)

Sabemos que o processo de letramento é construído de múltiplas etapas e dimensões, nas


quais autor, texto e leitor, imbricados em configurações, sociais, culturais e contextuais,
mobilizam habilidades e utilizam estratégias para dar conta de seus objetivos. Entretanto,
considerando a profusão de práticas de leitura e escrita realizadas em ambiente digital para
atender aos mais diversos propósitos comunicativos e demandas sociais, entendemos ser
necessário divulgar e discutir pesquisas que tenham esse foco para conhecer e entender as
características específicas das práticas de letramento realizadas nesse ambiente, bem como
suas diferenças e semelhanças em relação às práticas realizadas em ambiente não-digital. Por
isso, este simpósio tem como objetivo reunir trabalhos que tratem: de implicações sociais,
ideológicas e pragmáticas das práticas de letramento digital; de aspectos relacionados aos
letramentos digitais e suas interfaces com outros tipos de letramentos; de habilidades e
estratégias de leitura e escrita mobilizadas em ambiente digital; de relações de semelhança
e diferença entre práticas de leitura e escrita em ambientes digitais e não-digitais; de leitura
e pesquisa em múltiplas fontes; da relação entre procedimentos de leitura e de navegação;
de práticas de letramento que envolvam gêneros digitais. Serão bem-vindos trabalhos
guiados por diversas abordagens teóricas que lidem com os conceitos de letramento,
letramento digital e/ou multiletramentos, dentre outros relacionados ao escopo da proposta
do simpósio.

PALAVRAS-CHAVE: Letramento digital. Leitura e escrita. Ambiente digital.

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SIMPÓSIO TEMÁTICO XI

ENSINO DE GÊNEROS: A PRÁTICA DOCENTE EM SALA DE AULA

Camila Rayssa Barbosa da Silva (PPGeL_UFPI/CATAPHORA)


Láfity dos Santos Alves (PPGeL_UFPI/CATAPHORA/IDB)

Muitos dos estudos sobre gêneros são configurados por diferentes enfoques teóricos:
vinculação às práticas dos sujeitos em diferentes situações de uso da linguagem, enfoque no
texto e na sua materialidade linguística, bem como foco no discurso ideológico resultante
das práticas de linguagem dos sujeitos em suas ações sociais. Muitas pesquisas têm abordado
amplamente a análise de gêneros pautada em pressupostos teóricos fundamentados em
Bakhtin (1997), Dolz e Schneuwly (1999), Bronckart (1999), Bazerman (2005), Miller (2009),
Bathia (2009), Swales (2004), entre outros. E sabendo que são várias as vertentes que nos
remetem à importância da utilização dos gêneros em nossas práticas sociais, cabe, portanto,
às instituições de ensinos e aos professores utilizarem-se dos gêneros como elemento
facilitador no processo de ensino e aprendizagem de uma ação sócio-discursiva na escola.
Nesse sentido, este simpósio pretende ser um espaço para divulgação de trabalhos que
versam sobre a leitura e/ou escrita de gêneros no âmbito da esfera escolar, bem como de
resultados de pesquisas que retratam as práticas de escrita de gêneros na esfera acadêmica.
O simpósio não priorizará uma única vertente teórica de estudo dos gêneros, de modo que
serão bem-vindas propostas que se situem ou façam uso de princípios teórico-metodológicos
da Nova Retórica, do sociointeracionismo discursivo, dos estudos bakhtinianos e/ou da
abordagem das Tradições Discursivas, concebida pela Filologia Românica alemã.

PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Escrita. Gêneros. Esfera escolar. Esfera acadêmica.

SIMPÓSIO TEMÁTICO XII

ESCRITA E LEITURA EM CONTEXTOS DE (SENS)AÇÕES PARA COMUNICAR E ATUAR NO


SÉCULO XXI

Maria Angélica Freire de Carvalho (UFPI)


Raimunda Gomes de Carvalho Belini (IFPI/UFPI)

O texto, em feições e estilos diversos, porta a realidade do homem na língua e espelha


acontecimentos e evolução sociais. Atrelado ao tempo e à história do homem, o texto se
renova, pois, em configuração e conceito, é o que se percebe com os avanços tecnológicos
que se vislumbram multiformes em (sens)ação. Partindo desses pressupostos, é
fundamental pensarmos o texto em seus múltiplos formatos e linguagens, observando os
processos de leitura e de escrita em diversos contextos e em ambientes escolares. Essa
complexidade em que se mostram os textos e se pratica leituras, nos vários ambientes,
especialmente do ensino, é tratada com atenção na Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
(BRASIL, 2018), que parte do pressuposto de um aluno-leitor integrado à cultura digital, que
se comunica por meio de modalidades plurais de linguagem. É esse o sujeito na e da escola,
de quem se exigem novos e diferentes modos de ler e de interagir. Essas ideias
contextualizam e estabelecem o esteio de fundamentos teóricos e metodológicos que
assumem a língua imersa em um sistema histórico, político, cultural, social, e o texto como
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fruto de sua realização, sendo elo entre o homem e o outro no mundo. É o princípio fundador
das linguísticas discursivas, a exemplo da Análise do Discurso (AD), da Linguística Textual (LT)
e da Semântica de textos. A título de fomentar debates, fortalecer teorias e compartilhar
avanços metodológicos, abrimos um espaço para estudos e práticas sob tais alinhamentos
conceituais que abordem o texto e a leitura como objeto de investigação. Para tanto,
ensejamos abrigar no Simpósio “Leitura e escrita em contextos de (sens)ações para
comunicar e atuar no século XXI” reflexões teórico-metodológicas sobre texto e leitura na
perspectiva de produção de sentidos circulantes para atuação social na esteira das
diversidades.

PALAVRAS-CHAVE: Cultura digital. Texto. Leitura. Compreensão. Ensino.

SIMPÓSIO TEMÁTICO XIII

GÊNEROS DISCURSIVOS: PRÁTICAS DE LEITURA E DE ESCRITA NA MÍDIA IMPRESSA E


DIGITAL

Eliane Pereira dos Santos (UFMA)


Valdulce Ribeiro Cruz (Anhanguera)

O presente simpósio objetiva promover discussões acerca do ensino de gêneros na Educação


Básica, a partir de diferentes concepções teóricas. Muitas pesquisas relacionadas a gêneros
discursivos e ensino têm sido desenvolvidas. Embasados nisso, consideramos relevante
dialogar com essas pesquisas, contemplando tanto gêneros impressos, quanto gêneros
digitais nas atividades de leitura e produção textual. Partimos do pensamento de Bakhtin
(2015 [1934-1936]) sobre a ideia de estilística do gênero, segundo o qual o gênero deve ser o
fio condutor do estudo sobre linguagem. Considerando as muitas transformações ocorridas
nas práticas de linguagem como o advento das mídias digitais, pensamos ser de suma
importância discussões que contemplem não apenas gêneros impressos, mas também os
gêneros digitais das diferentes esferas da comunicação: cotidiano, jornalística, literária, etc.
Tanto no texto impresso quanto digital, o ensino de gêneros dialoga com diferentes áreas,
uma vez que as atividades de oralidade, leitura, produção textual e análise linguística têm
como eixo central o gênero discursivo. Conforme Rojo (2013), precisamos dialogar sobre as
novas formas de letramento que os gêneros digitais suscitam, trazendo em um mesmo texto
diferentes semioses, novas possibilidades de leitura, dentre elas, a leitura hipertextual, como
discutem Xavier e Marcuschi (2012). Este simpósio está ancorado na estilística do gênero, e
busca reflexão sobre práticas de leitura e de escrita voltadas para os aspectos sociais da
linguagem, que visam também, o debate sobre as relações dialógicas, intertextuais e
interdiscursivas, ampliando assim, as reflexões sobre o ensino de gêneros que ultrapassem
os aspectos formais, enquanto estrutura do gênero e da língua, priorizando a função social,
questões de estilo e de atualização de sentidos em diferentes contextos de uso.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros discursivos. Ensino. Leitura. Escrita.

SIMPÓSIO TEMÁTICO XIV

VII COGITE - COLÓQUIO SOBRE GÊNEROS & TEXTOS


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DISCURSO, LINGUAGEM E TEXTO: PRÁTICAS EM ANÁLISE DE DISCURSO

Luciana Maria Libório Eulálio (UESPI/PPGeL-UFPI)


Antônio Aílton Ferreira de Cerqueira (IFPI/ PPGeL-UFPI)

Este simpósio tem como objetivo apresentar pesquisas e discussões sobre o campo do
discurso, englobando a Análise do Discurso de origem francesa, fundamentada em autores
como Michel Pêcheux, Dominique Maingueneau e Ruth Amossy; a produzida no Brasil, com
base nos trabalhos de Eni Orlandi; a Teoria Semiolinguística (TS), desenvolvida por Patrick
Charaudeau; e a Análise de Discurso Crítica (ADC), a partir das reflexões de Norman
Fairclough e Teun Van Dijk. Apesar de apresentarem distinções do ponto de vista
epistemológico, teórico e metodológico, esses autores escolhidos consideram a linguagem
como um fenômeno complexo que não se reduz ao manejo de aspectos como regras
gramaticais; além disso, partilham da convicção de que os enunciados linguísticos são,
essencialmente, produtos históricos, são acontecimentos; e que a língua é um instrumento
portador de sentido e criador de vínculo social, por exemplo. Pretende-se discutir - através
da análise de textos verbais, imagéticos e/ou multimodais, em Língua Portuguesa ou Línguas
Estrangeiras – conceitos como gestos de leitura, efeitos de sentido, condições de produção,
contrato de comunicação, gêneros discursivos e/ou textuais, ideologia e relações de poder.
Dessa forma, a noção de discurso que se pretende acolher, neste simpósio, tem múltiplas
filiações (pragmática, psicossociológica, retorico-enunciativa, ou socioideológica, por
exemplo) e é, necessariamente, pluridisciplinar.

PALAVRAS-CHAVE: Análise do Discurso. Efeitos de sentido. Condições de Produção. Contrato


de Comunicação. Ideologia.

SIMPÓSIO TEMÁTICO XV

OS GÊNEROS LITERÁRIOS: O LÍRICO, O ÉPICO/NARRATIVO, O DRAMÁTICO E O ENSAÍSTICO

Luizir Oliveira (UFPI)


Margareth Torres de Alencar Costa (UESPI-UFPI)

Desde Platão e Aristóteles, o problema do gênero literário constitui-se como uma questão
geradora de variadas respostas teóricas, algumas mais, outras menos polêmicas. Benedetto
Croce (1886-1962), por exemplo, combateu o conceito de imitação, de origem aristotélica, de
gênero e de historiografia da obra literária defendendo a tese de que todo conhecimento ou
é intuitivo, ou é lógico, e produz respectivamente imagens ou conceitos. Isto lhe permitiu
negar a substancialidade dos gêneros e admitir a sua instrumentalidade para a construção da
história literária, cultural e social. Mesmo entre os teóricos contemporâneos percebe-se uma
repercussão do pensamento de Croce, dentre as quais podemos destacar as propostas da
Nova Crítica, do Formalismo russo e da Teoria do estranhamento de Chklovski, ou ainda dos
princípios de função, sistema e dominante de Tynianov. Com Bakhtin temos um novo olhar
para a concepção de gênero como percepção; e Emil Staiger, em seu livro Conceitos
Fundamentais da Poética (1946) afasta-nos das classificações fechadas e substantivas de
herança clássica ressaltando que traços estilísticos, líricos, épicos ou dramáticos podem ou
não estar presentes em um texto independentemente do gênero. Frye, em sua Anatomia da
Crítica (1957), recoloca a questão dos gêneros; Jauss e Iser oferecem-nos as contribuições
teóricas da recepção e do efeito. Com o Modernismo surge a discussão sobre liberdade

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estética, e o sujeito pós-moderno, que passa a ser pensado como fragmentado, angustiado
e cuja identidade nunca é dada integralmente. No Brasil, essa concepção encontra-se, a título
de exemplo, na contística de Caio Fernando Abreu ou mesmo na obra de João Gilberto Noll,
só para citar alguns autores contemporâneos. Com base nesses aportes gerais, propomos
este simpósio para discutir os gêneros literários em seus aspectos teóricos de um modo
dialógico, aproximando-os dos próprios textos literários de todas essas épocas.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros Literários. Discussões teóricas. Textos literários.

PROGRAMAÇÃO DAS APRESENTAÇÕES

SIMPÓSIO TEMÁTICO I

ST 1 _ GÊNERO TEXTUAL E MÚLTIPLAS LINGUAGENS: DESAFIOS E POSSIBILIDADES NAS


PRÁTICAS ESCOLARES

SESSÃO 1 - 24 de agosto – 9h30 às 11h30

Maria do Desterro Vieira de


A DIDATIZAÇÃO DO GÊNERO TEXTUAL TIRAS EM Araújo (NEAD-UESPI)
9h30 LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA
APROVADO PELO PNLD 2017-2019 Wellington Carvalho de Arêa
Leão (CEAD-UFPI)

Emanuelle de Souza Silva


Almeida (UESB)
O INTERACIONISMO SOCIO-HISTÓRICO NA
9h50 CONSTRUÇÃO CONJUNTA DA NARRATIVA ORAL Marian Oliveira (UESB)
POR JOVENS COM SÍNDROME DE DOWN
Rayana Thyara de Lima Rêgo
Ladeia (UESB)

A COMPREENSÃO LEITORA: UM ESTUDO SOBRE O Denise Maria de Oliveira


10h10 USO DO PROCESSO INFERENCIAL NA Torres (UFPI)
COMPREENSÃO DE TIRINHAS DA MAFALDA

PROPOSTAS DE ATIVIDADES DE LINGUAGENS COM Evando Luiz e Silva Soares da


OS GÊNEROS TEXTUAIS DIGITAIS MEMES E POST DE Rocha (SEME – Palmeirais/PI)
10h30 FACEBOOK

Márcia Barbosa de Moura


(UFPI)
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ABORDAGEM DOS PRESSUPOSTOS E


10h50 SUBENTENDIDOS, NAS QUESTÕES DO GÊNERO Damarys Alves da Silva
POEMA, NA PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO Barbosa (UFPI)
ENEM - 2019

Jine Kácia de Lucena


11h10 EDUARDO E MÔNICA: DA MÚSICA AO RELATO, Monteiro Calado (UPE)
UMA PROPOSTA DE RETEXTUALIZAÇÃO E ANÁLISE
LINGUÍSTICA Martinha Mari de Souza
(UPE)
CENAS DE ESCRITA NO ENSINO FUNDAMENTAL: O Clênia Maria Oliveira Lima
11h30 FILME COMO ESTRATÉGIA DIDÁTICA PARA A (UESPI)
PRODUÇÃO DO GÊNERO COMENTÁRIO CRÍTICO
Shirlei Marly Alves (UESPI)

SESSÃO 2 - 26 de agosto - 9h30 às 11h50

Francisca das Chagas Bezerra


GÊNEROS TEXTUAIS MULTIMODAIS:
(SEDUC-PI)
9h30 DESENVOLVENDO CAPACIDADES LEITORAS POR
MEIO DO LETRAMENTO VISUAL Wellington Carvalho de Arêa
Leão (CEAD-UFP
PRÁTICAS SOCIAIS DA ORALIDADE NO AMBIENTE Maria Caroline da Luz Sousa
9h50
ESCOLAR (UESPI)
A CONSTRUÇÃO DA SEQUÊNCIA INJUNTIVA EM Meyssa Maria Bezerra
10h10
TEXTO DE PROPAGANDA Cavalcante dos Santos (UFC)
DO VISUAL AO ESCRITO: O PROCESSO DE
RETEXTUALIZAÇÃO COM GÊNEROS DA ESFERA Pérola de Sousa Santos
10h30
JORNALÍSTICA NO CONTEXTO DO ENSINO (SEMEC – Teresina)
FUNDAMENTAL

Priscila Azevedo da Fonseca


PLANEJAMENTO DE SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS NO
Lanferdini (Colégio Estadual
CONTEXTO DO PIBID: CONSTRUINDO ESPAÇOS
10h50 Liane Marta da Costa -EFM)
PARA O DESENVOLVIMENTO DO ALUNO-
PROFESSOR DE LÍNGUA INGLESA Vera Lúcia Lopes Cristovão
(UEL)
LINGUAGENS, GÊNEROS E NÃO HUMANOS: UMA
11h10 Angela Dionísio (UFCG/UFPE)
TENTATIVA DE HUMANIZAR OS HUMANOS

O TRABALHO COM TIRINHAS E A CONSTRUÇÃO DE Bruna Agliardi Verastegui


11h30 TEXTOS ARGUMENTATIVOS NOS ANOS FINAIS DO (ULBRA/ Prefeitura de
ENSINO FUNDAMENTAL Gravataí)

SESSÃO 3 - 28 de agosto - 9h30 às 11h30

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OS CONTOS DE FADA COMO ESTRATÉGIAS DE Dilmar Rodrigues da Silva


9h30
LEITURA DOS EDUCANDOS NOS ANOS INICIAIS Júnior (SEMECT CAXIAS)

MEMES COMO FACILITADORES NA CONSTRUÇÃO


9h50 Hellen dos Santos Lira (UERJ)
DE SENTIDOS EM SALA DE AULA

Lays Christine Santos de


PROVAS DO NOVO ENEM (2015-2019) COMO Andrade (UESPI)
10h10 GÊNERO TEXTUAL: POSSIBILIDADES PARA O
ENSINO DA LÍNGUA INGLESA NO ENSINO MÉDIO Renata Cristina da Cunha
(IFPI)

O SARAU COMO UM HIPERGÊNERO TEXTUAL


10h30 Marcelo de Castro (UFMG)
MULTIMODAL
ARTICULAÇÃO DA SOCIORRETÓRICA E
SOCIOSSEMIÓTICA: UMA ANÁLISE DOS Maria Eliana Ferreira
10h50
PROPÓSITOS COMUNICATIVOS DO RÓTULO DE Fernandes (UESPI)
EMBALAGENS DE PRODUTOS CAPILARES

Nathalee Paloma Souza Vieira


ABORDAGEM DO GÊNERO ANÚNCIO PUBLICITÁRIO
(UESPI)
11h10 EM LIVROS DIDÁTICOS: REPERCUSSÕES DO
PARECER CNE/CEB Nº 15/2000
Shirlei Marly Alves (UESPI)

SIMPÓSIO TEMÁTICO II

ST 2 _ ENSINO DE LÍNGUA MATERNA E ESTRANGEIRA BASEADO EM GÊNEROS


TEXTUAIS/DISCURSIVOS

SESSÃO 1 - 24 de agosto - 10h às 12h

RETEXTUALIZAÇÃO NO ENSINO DE ORTOGRAFIA Lucirene da Silva Carvalho


10h
NO SEXTO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL (UESPI)
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O USO DO
Marcia Brandão de Almeida
10h20 GÊNERO VLOG COMO OBJETO DE ENSINO E
(UFMA)
APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO BÁSICA
ORGANIZAÇÃO RETÓRICA E SEQUÊNCIAS TEXTUAIS Eduardo de Souza Moreira
10h40
NO GÊNERO NOTA DE ESCLARECIMENTO (PUC/SP)
O DISCURSO CONSTRUÍDO PELOS LIVROS Natália Elvira Sperandio
11h
DIDÁTICOS SOBRE OS GÊNEROS TEXTUAIS (UFSJ)
LETRAMENTOS ACADÊMICOS: UMA EXPERIÊNCIA
Amanda Cavalcante de
11h20 DE ENSINO DOS GÊNEROS ARTIGO E PÔSTER EM
Oliveira Lêdo (UPE)
UMA TURMA DE LETRAS

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O USO DO GÊNERO ROMANCE POLICIAL PARA O Anesio Marreiros Queiroz


11h40
ENSINO DE LÍNGUA INGLESA (UESPI)

SESSÃO 2 - 25 de agosto - 10h às 11h40

ENSINO DA LÍNGUA INGLESA POR MEIO DE


Ariane Peronio Maria Fortes
10h GÊNEROS: PRÁTICA ORAL E ESCRITA COM
(IFRS)
RESENHAS DE FILMES
REDES DE LEITURA NO MUNICÍPIO DE SERRA
TALHADA: GÊNEROS TEXTUAIS, COMPREENSÃO Daniela Paula de Lima Nunes
10h20
LEITORA E LETRAMENTO LITERÁRIO NO "PROJETO Malta (UFPE)
LITERA SERRA"
A UTILIZAÇÃO DE QUADRINHOS NO PAES: UMA Denise Maia Pereira Laurindo
10h40
ANÁLISE DAS PROVAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA (UEMA)
A APROPRIAÇÃO DA NOÇÃO DE GÊNEROS DO
Jakelyne Santos Apolônio
11h DISCURSO BAKHTINIANA EM PRODUÇÕES
(UERN)
CIENTÍFICAS NACIONAIS
COLÔNIA DE GÊNEROS RESUMO EM EVENTO
John Hélio Porangaba de
11h20 ACADÊMICO: INTER-RELAÇÃO E ANÁLISE
Oliveira (UNICAP)
CONTEXTUAL

SESSÃO 3 - 26 de agosto - 10h às 11h40

Micilane Nascimento dos


Santos (UFPI)
O GÊNERO MANUAL DE INSTRUÇÕES DE
10h CONDICIONADORES DE AR: UM ESTUDO DE SEU(S) Maria Cândida de Lima Bento
PROPÓSITO(S) COMUNICATIVO(S) (UFPI)

Silvestre José Pinto (UFPI)

DISCURSOS SOBRE A PANDEMIA: POSSIBILIDADES Paulo Henrique Carvalho dos


10h20
NO ENSINO DO GÊNERO CHARGE Santos (UFMA)

MÉTODOS E ABORDAGENS NO ENSINO DE LÍNGUA Tatiele Francisca Meneses


10h40
EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE PICOS – PI (UFPI)

OS GÊNEROS DISCURSIVOS E A FORMAÇÃO DE


PROFESSORES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE) Thays Costa Lisboa De Sá
11h
ORALMENTE COMPETENTES: EM BUSCA DA (UFMA)
COMPETÊNCIA LINGUÍSTICO-COMUNICATIVA

Maria Ladjane dos Santos


Pereira (UNICAP)
ELOGIO E CRÍTICA EM PEDAGOGIA, DIREITO E
11h20
ENFERMAGEM: COMO ESCREVEM OS ESTUDANTES? Silvânia Maria da Silva
Amorim Cruz (Faculdade Vale
do Pajeú)

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SIMPÓSIO TEMÁTICO III

ST 3 _ ANÁLISE SOCIORRETÓRICA DE GÊNEROS TEXTUAIS ACADÊMICOS A PARTIR


DA DESCRIÇÃO DE CULTURAS DISCIPLINARES

SESSÃO 1 - 26 de agosto - 16h às 17h40

MEMORIAIS EM CONFLITO? MEMORIAIS Antonio Lailton Moraes


ACADÊMICOS E MEMORIAIS DE CANDIDATURA A Duarte (UFC)
16h
REITOR E VICE-REITOR DE UMA IESP: UM ESTUDO
SOCIORETÓRICO COMPARATIVO Arnaldo César Almeida de
Oliveira (APEOC)

Cibele Karine de Oliveira


DESCRIÇÃO RETÓRICA EM RESUMOS ACADÊMICOS Araújo (UESPI)
16h20
DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E CIÊNCIAS DA SAÚDE
Bárbara Olímpia Ramos de
Melo (UESPI)
“SEU TRABALHO FOI ACEITO’’: UMA ANÁLISE
SOCIORRETÓRICA DE INTRODUCÕES DE Renata Freitas de Oliveira
6h40
ARTIGOS ORIGINAIS EM DIFERENTES CULTURAS (IFPI)
DISCIPLINARES

Ana Jackelline Pinheiro


SEÇÃO DE METODOLOGIA EM MONOGRAFIAS DE Porto (UFPI)
17h
LETRAS: UMA ANÁLISE SOCIORRETÓRICA
Amanda Gabriella Lima Leal
(UFPI)
ANÁLISE SOCIORRETÓRICA DA SEÇÃO DE
Camila Rayssa Barbosa da
17h20 RESULTADOS E DISCUSSÃO DO RELATÓRIO FINAL
Silva (UFPI)
DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA ÁREA DE LINGUÍSTICA

SESSÃO 2 - 27 de agosto - 14h às 15h40

Francisca Natália Leite


Lopes (UECE)
A CONSTRUÇÃO RETÓRICA DA SEÇÃO DE
14h RESULTADOS EM ARTIGOS ORIGINAIS NA SAÚDE Jorge Tércio Soares Pacheco
COLETIVA (UECE)

Ilgner Fernando de Paula


Soares (UECE)
AS AÇÕES RETÓRICAS ESPERADAS E OS PASSOS Jancen Sérgio Lima de
14h20
RETÓRICOS ENCONTRADOS NA IDENTIFICAÇÃO DO Oliveira (UFPI)

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PROBLEMA DE PESQUISA EM PROJETOS DE


PESQUISA DE LINGUÍSTICA

ORGANIZAÇÃO RETÓRICA DA SEÇÃO DE José Mateus Abreu Reis


14h40 METODOLOGIA DE PROJETOS DE PESQUISA DE (UFPI)
DOUTORANDOS EM LINGUÍSTICA
Francisco Alves Filho (UFPI)
DESCRIÇÃO SOCIORRETÓRICA DAS SEÇÕES DE
INTRODUÇÃO E METODOLOGIA NO ARTIGO Nícollas Oliveira Abreu
15h
ACADÊMICO EMPÍRICO DA CULTURA DISCIPLINAR (UECE)
DA ÁREA DE PSICOLOGIA
DISCUTINDO ESCRITA CIENTÍFICA NA CULTURA Valfrido da Silva Nunes
15h20
DISCIPLINAR DA ENGENHARIA ELÉTRICA (IFPE)

SIMPÓSIO TEMÁTICO IV

ST 4 _ GÊNEROS DISCURSIVOS: COMPREENSÕES PELO OLHAR DA ANÁLISE DE DISCURSO

SESSÃO 1 - 24 de agosto - 8h às 10h

Fátima Ingrid Bezerra


OS GÊNEROS DISCURSIVOS PRESENTES NAS
Bonfim (UECE)
8h PRÁTICAS DE LETRAMENTO DO CAMPO: UMA
ABORDAGEM CRÍTICO-DISCURSIVA José Ribamar Lopes Batista
Júnior (UFPI)
O GÊNERO DIÁRIO DE LEITURAS NO CAMPO DA Ângela Alves de Araújo
8h20
ATIVIDADE ACADÊMICA Barbosa (UNICAP)

Margareth Valdivino da Luz


ANÁLISE CRÍTICA DO GÊNERO DISCURSIVO
Carvalho (SEDUC-PI)
8h40 HISTÓRIA EM QUADRINHOS DA REVISTA ZÉ
CARIOCA Jacqueline Wanderley
Marques Dantas (SEDUC-PI)
TURISMO NA PANDEMIA:O QUE DIZEM O DISCURSO Maria Francisca da Silva
9h
JORNALÍSTICO ON-LINE DE PAÍSES HISPÂNICOS (UFMA)
O ASPECTO INTENCIONAL NOS DISCURSOS DA
Ana Carolina Carneiro de
9h20 MÍDIA: A ORGANIZAÇÃO DA VISADA DE CAPTAÇÃO
Sousa (UFPI)
EM REPORTAGENS
CONSTRUÇÃO SOCIAL DO ETHOS DE PRINCESA:
9h40 UMA ANÁLISE DISCURSIVA DE MÍDIAS VISUAIS DA Ariane Castro Alencar (UFPI)
EMPRESA O BOTICÁRIO

SESSÃO 2 - 25 de agosto - 8h às 10h

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Edivaldo Gomes Barbosa


AS RELAÇÕES ENTRE MEMÓRIA DISCURSIVA E
8h (UFPI)
TRANSFOBIA NO GÊNERO NOTÍCIA
Maraisa Lopes (UFPI)
ANÁLISE INTERCULTURAL DE MÚSICAS HISPÂNICAS Gustavo Costa Sabry de
8h20
EM TEMPOS DE PANDEMIA Oliveira (UFMA)
O MODO DE ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
Izabella Pimentel Franco
8h40 DESCRITIVO EM CAPITÃES DA AREIA, DE JORGE
(UFPI)
AMADO
OS DISCURSOS DOS INFLUENCIADORES
Jammilly Costa Mourao
9h DIGITAIS: UMA ANÁLISE VERBO – VISUAL NA
(UFMA)
PERSPECTIVA DIALÓGICA
COVID-19: IMAGEM INTERNACIONAL DO BRASIL EM Pricila Santos Silva Lima
9h20
NOTÍCIAS ON-LINE (UFMA)
LEITURA EM (DIS) CURSO: UMA RELAÇÃO POSSÍVEL Vanessa Raquel Soares
9h40
ENTRE ENSINO, HISTÓRIA E MEMÓRIA Borges (UFPI)

SESSÃO 3 - 26 de agosto - 8h às 10h

Adriana Rodrigues de Sousa


(UFPI)
8h NARRATIVAS DE VIDA E ANÁLISE DO DISCURSO
João Benvindo de Moura
(UFPI)
A LÓGICA E ENCENAÇÃO NARRATIVA EM TODOS Ana Caroline de Carvalho
8h20
OS NOMES, DE JOSÉ SARAMAGO Paiva (UFPI)
CENA ENGLOBANTE, CENA GENÉRICA E
Francisca das Chagas Natália
8h40 CENOGRAFIA: A ENCENAÇÃO DISCURSIVA EM
Castro Reis (UFPI)
"BEIRA RIO, BEIRA VIDA"
PRECES ESPÍRITAS EM SUA VERSÃO "MODERNA
Graziella Steigleder Gomes
9h E DE FÁCIL LEITURA": UM ESTUDO SOBRE
(PUCRS)
GÊNEROS DO DISCURSO
CORPOS E SUJEITOS QUEER: PRODUÇÃO DE
9h20 SENTIDOS NO/DO DISCURSO DE ATIVISTAS Iago Ferraz Nunes (UFPI)
TRANS
UMA ANÁLISE DISCURSIVA DAS ESTRATÉGIAS
9h40 DE PATEMIZAÇÃO NO CONTO “AQUELES DOIS” Janiele Sousa Coelho (UFPI)
DE CAIO FERNANDO ABREU

SESSÃO 4 - 27 de agosto - 8h às 9h40

OS IMAGINÁRIOS SOCIODISCURSIVOS PRESENTES


Jaqueline Salviano de Sousa
8h NA REPORTAGEM “A CIDADE MUSICADA”, DA
(UFPI)
REVISTA REVESTRÉS
UMA ANÁLISE DISCURSIVA DO CONTO "TRINTA E
Luis Felipe da Silva Castelo
8h20 DOIS", DE FONTES IBIAPINA, SOB A PERSPECTIVA
Branco (UFPI)
DA CENA DE ENUNCIAÇÃO

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O DIALOGISMO INTERLOCUTIVO E
Maiara Amorim Pereira
8h40 INTERDISCURSIVO NO GÊNERO COMENTÁRIO
(UFMA)
ONLINE
OS EFEITOS DISCURSIVOS PRESENTES EM FAKE
Maria de Fátima dos Santos
9h NEWS: A MANIPULAÇÃO DE INFORMAÇÕES SOBRE
Barros (UESPI)
A COVID-19
UM GRITO DE LIBERDADE: AS PROVAS RETÓRICAS Teônia Mikaelly Pereira de
9h20
EM CARTAS DO EX-PRESIDENTE LULA Sousa (UFPI)

SIMPÓSIO TEMÁTICO V

ST 5 _ ESTUDOS DO TEXTO: ASPECTOS TEÓRICOS E ANALÍTICOS

SESSÃO 1 - 24 de agosto - 14h às 16h

PROCESSOS REFERENCIAIS EM CONVERSAS NO


Thaís Ludmila da Silva
14h WHATSAPP: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES PARA O
Ranieri (UFRPE)
ESTUDO DO TEXTO
A (RE)CONSTRUÇÃO DO REFERENTE LULA EM
14h20 Valeria Pinho (UESPI)
NOTÍCIAS DE SITES PIAUIENSES
O FENÔMENO DA INTERGENERIDADE NA Caroline Bezerra Lima
14h40
CONSTRUÇÃO DO SENTIDO DO GÊNERO ANÚNCIO (UESPI)

Taila Jesus da Silva Oliveira


O ENSINO NA VISÃO DE MAFALDA E SUA TURMA: (UFBA)
15h
UM ESTUDO À LUZ DA LINGUÍSTICA TEXTUAL
Lícia Maria Bahia Heine
(UFBA)

Tatiane da Silva Sousa


O PROCESSO DE REFERENCIAÇÃO EM NOTÍCIAS QUE
(UESPI)
15h20 RELATAM OS DISPAROS DE ESPINGARDAS
EFETUADOS POR UMA GAROTA EM MT Josielma Pacheco Vaz
(UESPI)

Djanes Lemos Ferreira


PROCESSOS INTERTEXTUAIS NA CONSTRUÇÃO DE Gabriel (UESPI)
15h40
SENTIDO NA SOFRÊNCIA MUSICAL
Elizandra Dias Brandão
(UESPI)

SESSÃO 2 - 25 de agosto - 16h às 18h

A REFERENCIAÇÃO E A CONSTRUÇÃO DA Francisco Eduardo Mendes


16h
PERSONAGEM FEMININA POR MEIO DOS dos Santos (UESPI)

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PROCESSOS REFERENCIAIS NO CONTO “A MISSA DO


GALO”, DE MACHADO DE ASSIS.
O GÊNERO HORÓSCOPO E SUA ESTRUTURA
Leudson da Silva Coelho
16h20 TEXTUAL E DISCURSIVA NA PÁGINA
(UFMA)
ASTROLOUCAMENTE DO INSTAGRAM
RELAÇÕES DE INTERTEXTUALIDADE: UM RECURSO
Mariana Machado de Sousa
16h40 À PRODUÇÃO DE SENTIDOS NAS TIRAS “UM
(UESPI)
SÁBADO QUALQUER”.
OS ARGUMENTOS QUASE LÓGICOS NO DISCURSO
17h TEOLÓGICO: EM CENA, OS ORADORES JESUS Max Silva da Rocha (UFAL)
CRISTO E NICODEMOS
A INTERTEXTUALIDADE COMO CARACTERÍSTICA
ESSENCIAL PARA O HUMOR, CRÍTICA SOCIAL E Camila Karen Araújo
17h20
COMPREENSÃO DAS TIRINHAS DA MAFALDA E Rodrigues (UFPI)
ARMANDINHO
ESTRATÉGIAS DE REFERENCIAÇÃO: UMA ANÁLISE
Cíntia Maria Barbosa de
17h40 DOS STICKERS NAS INTERAÇÕES DE
Sousa (UFPI)
UNIVERSITÁRIOS NO WHATSAPP

SESSÃO 3 - 28 de agosto - 14h às 15h40

PROCESSOS DE RETEXTUALIZAÇÃO E
14h REFERENCIAÇÃO EM TEXTOS DISSERTATIVO- Isabel Maria Santos (UFS)
ARGUMENTATIVOS
ATELIÊ DA ESCRITA: PRÁTICAS DE PRODUÇÃO Isis Gabrielle Silva da Penha
14h20
TEXTUAL E ORIENTAÇÃO DE PROFESSORES (UFS)
LINGUÍSTICA TEXTUAL, REDAÇÃO ENEM E
ENSINO: A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO Jefferson Gomes Fernandes
14h40
TEÓRICO-PRÁTICA PARA GRADUANDOS EM (UFC)
LETRAS

Marcos Helam Alves da Silva


A RECATEGORIZAÇÃO EM MEMES VERBO- (UESPI)
15h
IMAGÉTICOS
Héberton Mendes Cassiano
(SEDUC – CE)
AS TIPOLOGIAS INTERTEXTUAIS NO PORTAL
WEB EDUCATIVO “EDUCAÇÃO.PORTUGUÊS”:
Mirna Bispo Viana Soares
15h20 ANÁLISES DAS CLASSIFICAÇÕES TIPOLÓGICAS
(SEDUC-MA)
NA PERSPECTIVA DA LINGUÍSTICA TEXTUAL E DA
TEORIA DOS GÊNEROS.

SIMPÓSIO TEMÁTICO VI

ST 6_ ESFERA, COMUNIDADES, CULTURAS E GÊNEROS ACADÊMICOS: UM OLHAR


MÚLTIPLO SOBRE AS PRÁTICAS LINGUÍSTICAS NA UNIVERSIDADE

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SESSÃO ÚNICA - 25 de agosto - 14h às 17h

ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO RETÓRICA DE Nayra Cristina Lima Araújo


14h
RESUMOS DE PROJETOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (UESPI)

Anne Carolline Dias Rocha


ESTILO INDIVIDUAL E ESTILO DE GÊNERO NO
Prado (UESB)
14h20 PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE UMA RESENHA E
DE UM RESUMO: AS FORÇAS GENÉRICAS EM AÇÃO Márcia Helena de Melo
Pereira (UESB)
METAGÊNERO ACADÊMICO NÃO
INSTITUCIONALIZADO: O QUE DIZEM OS TUTORIAIS Antonio Artur Silva
14h40
DE YOUTUBE SOBRE A PRODUÇÃO DE TRABALHO Cantuário (UFPI)
DE CONCLUSÃO DE CURSO-TCC?
COMO MANUAIS DE METODOLOGIA DESTINADOS A
Joelma da Costa Barbosa
15h UMA ÚNICA ÁREA DO CONHECIMENTO EVIDENCIAM
Oliveira (UFPI)
SUA CULTURA DISCIPLINAR?
COMUNIDADE DISCURSIVA DOS DOMÍNIOS
ESPECIALIZADOS: UMA ANÁLISE EM GÊNEROS
15h20 TEXTUAIS ESPECIALIZADOS A PARTIR DE UM Luís Henrique Serra (UFMA)
DIÁLOGO ENTRE A TERMINOLOGIA E AS TEORIAS
DO DISCURSO

UM ESTUDO COMPARATIVO EM RESUMOS DE Marcos Vitor Nascimento de


ARTIGOS CIENTÍFICOS PUBLICADOS EM PERIÓDICOS Sousa (UESPI)
15h40
QUALIS A1 NAS ÁREAS DE LINGUÍSTICA E DE
LITERATURA Bárbara Olímpia Ramos de
Melo (UESPI)

Nevelyn Martins de
Carvalho (UFPI)
AS AÇÕES EXTENSIONISTAS DO PROJETO LPT
16h ACADÊMICO: UM OLHAR CONSTRUTIVO SOBRE Maria Lizandra Mendes de
LEITURA E ESCRITA ACADÊMICA Sousa (UFPI)

José Ribamar Lopes Batista


Júnior (UFPI)

ANÁLISE RETÓRICA DA SEÇÃO IDENTIFICAÇÃO DO Tâmara Ramalho da Silva


16h20 PROBLEMA DE PESQUISA EM PROJETOS DE (UFPI)
PESQUISA DE DOUTORANDOS DE LINGUÍSTICA
Francisco Alves Filho (UFPI)
ESTRATÉGIAS RETÓRICAS DO GÊNERO PROJETO DE
PESQUISA NA ÁREA DE LINGUÍSTICA: RELATANDO Tristan Veras Pedrosa (UFPI)
16h40
PESQUISAS PRÉVIAS E INDICANDO LACUNA DE
PESQUISA Francisco Alves Filho (UFPI)

VII COGITE - COLÓQUIO SOBRE GÊNEROS & TEXTOS


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CADERNO DE RESUMOS E PROGRAMAÇÃO - ISSN 2318-5937
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SIMPÓSIO TEMÁTICO VII

ST 7_ ENSINO DE GÊNEROS TEXTUAIS/DISCURSIVOS À LUZ DA BNCC: EXPERIÊNCIAS E


REFLEXÕES

SESSÃO 1 - 25 de agosto - 14h às 16h

Joaquina Maria Portela


Cunha Melo (UNISINOS)
AS MULTIMODALIDADES TEXTUAIS NO CONTEXTO
14h INCLUSIVO COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO DE Tania Maria dos Santos
LÍNGUA PORTUGUESA PARA SURDOS (UNISINOS)

Cátia Azevedo Fronza


(UNISINOS)

Leonildes Lima Colaço


ABORDAGENS E ENSINO DE GÊNEROS TEXTUAIS: Teixeira de Arêa Leão
14h20
UMA VISÃO GERAL DOS PCNs E DA BNCC (UFMA)

Luís Henrique Serra (UFMA)


FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DOCENTE PARA A
Adriana Paula da Silva
14h40 FORMAÇÃO DOS MULTILETRAMENTOS NO ENSINO
Amorim (SEDUC-CE)
MÉDIO
UMA ABORDAGEM DIALÓGICA PARA O ENSINO DE
LÍNGUA MATERNA NA EJA: OS GÊNEROS Carolina Gonçalves da Silva
15h
DISCURSIVOS COMO ALTERNATIVA À LACUNA DA (IFSP)
BNCC
O GÊNERO INFOGRÁFICO EM AULAS DE LEITURA NO
2º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA ANÁLISE Gerson Sousa Félix Teixeira
15h20
DE ATIVIDADES MULTIMODAIS EM CONTEXTOS DE (UESPI)
ALFABETIZAÇÃO

Marina Oliveira Lélis Viana


PRODUÇÃO COLETIVA DE CONTO DE INVESTIGAÇÃO
(IDB)
15h40 NO 4º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA Skarllethe Jardannya Batista
Cavalcante (UESPI)

SESSÃO 2 - 26 de agosto - 14h às 15h40

Tania Maria dos Santos


BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E O ENSINO (UNISINOS)
14h DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ALUNOS SURDOS,
USUÁRIOS DA LIBRAS Joaquina Maria Portela
Cunha Melo (UNISINOS)

VII COGITE - COLÓQUIO SOBRE GÊNEROS & TEXTOS


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Cátia Azevedo Fronza


(UNISINOS)
O ENSINO DE GÊNEROS TEXTUAIS DO CAMPO
JORNALÍSTICO MIDIÁTICO NA SALA DE AULA: UM Alexandre Antonio de
14h20
RELATO DE EXPERIÊNCIA NO ENSINO Amorim Filho (UFPE)
FUNDAMENTAL II

Beatrice Nascimento
PROPOSTAS DE ESCRITA COLABORATIVA: O QUE Monteiro (UESPI)
14h40 DIZ A BNCC E COMO SÃO ABORDADAS NO LIVRO
DIDÁTICO Francisca Verônica Araújo
Oliveira (Instituto Dom
Barreto)
GÊNEROS ORAIS E ENSINO: UMA ANÁLISE DAS Darlene Ribeiro da Silva
15h
PRÁTICAS DOCENTES Andrade (UNICAP)
O SUJEITO NO TEXTO E O TEXTO NA SALA DE AULA:
Francisco Renato Lima
15h20 PERSPECTIVAS DIALÓGICAS E O DISCURSO OFICIAL
(UFPI)
SOBRE O ENSINO DA LÍNGUA MATERNA

SESSÃO 3 - 27 de agosto - 14h às 15h40

ANÁLISE LINGUÍSTICA, HUMOR E QUADRINHOS OU Geraldo Jose Rodrigues


14h
TIRINHAS NA BNCC Liska (UFMG/UNIFAL)
REPRESENTAÇÕES DE LÍNGUA/LINGUAGEM EM
Herman Wagner de Freitas
14h20 GÊNEROS TEXTUAIS/DISCURSIVOS À LUZ DO
Regis (UNICAP)
CÍRCULO DE BAKHTIN
PRÁTICA DE LEITURA INTERDISCIPLINAR:
Maria Goreth de Sousa
14h40 FORMAÇÃO DO LEITOR PARA/NA
Varão (UFPI)
CONTEMPORANEIDADE

Júlia Vieira Correia (UFF)


DA LEITURA À ESCRITA: UM ESTUDO
15h
COMPARATIVO ENTRE PCNS E BNCC Lucas de Souza Mathias
(UFF)

Tamiris Machado Gonçalves


LÍNGUA PORTUGUESA NA BNCC: UMA LEITURA A (PNPD/CAPES/UFFS)
15h20
PARTIR DO IDEÁRIO DO CÍRCULO DE BAKHTIN
Angela Derlise Stübe
(PPGEL-UFFS)

SIMPÓSIO TEMÁTICO VIII

ST 8_ INTERFACES ENTRE ESTUDOS LINGUÍSTICOS DE LIBRAS E TEXTO, GÊNERO E


DISCURSO

SESSÃO 1 - 24 de agosto - 14h às 16h20

VII COGITE - COLÓQUIO SOBRE GÊNEROS & TEXTOS


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Francilane Lima de Sousa


O SURDO E SUA LÍNGUA ESCRITA: UMA ANÁLISE
(UFPI)
14h DOS ELEMENTOS DA TEXTUALIDADE NA ESCRITA
DO SURDO A PARTIR DO GÊNERO COMENTÁRIO José Ribamar Lopes Batista
Júnior (UFPI)

Ádila Silva Araújo Marques


O LEITOR PRESUMIDO E O PROPÓSITO
(UFPI)
14h20 COMUNICATIVO NAS POESIAS EM LIBRAS: MÃOS
QUE RESISTEM! Geisymeire Pereira do
Nascimento (UFPI)
O PROCESSO DE RETEXTUALIZAÇÃO DE
TRADUTORES INTÉRPRETES DE LIBRAS DA FALA DE Edney Rodrigo da Cunha
14h40
SURDOS E PROFESSORES DO CURSO DE LETRAS Silva (UFPI)
LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI

Maria do Socorro de Sousa


ESCRITA DE SINAIS: ELEMENTO ESSENCIAL NA
Pereira Oliveira (UFPI)
15h AMPLIAÇÃO DA COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO DO
SURDO NO ENSINO APRENDIZAGEM DE LIBRAS? Maria Gabriela de Sousa
Oliveira (UFPI)

Sanatiana Gomes Alencar


A LÍNGUA DE SINAIS NA RECONTAÇÃO DE (UFPI)
15h20
HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS SURDAS
Natália de Almeida Simeão
(UFPI)
LITERATURA SURDA: PRODUÇÕES POÉTICAS
Heron Ferreira da Silva
15h40 SINALIZADAS POR SURDOS DO/NO ESPAÇO
(UFPI)
ACADÊMICO
A RETEXTUALIZAÇÃO PRÁTICA ELUCIDANDO Luana Maria Landim de
16h
QUESTÕES DE PROCESSOS DE TRANSCRIÇÃO Lucena (UFPI)

SESSÃO 2 - 26 de agosto - 14h às 16h

SURDEZ E APRENDIZAGEM: UM ESTUDO DE CASO Maria de Lourdes


14h SOBRE AS PRÁTICAS DE ENSINO DE SURDOS EM Nascimento Rocha (UFPI)
UMA ESCOLA PÚBLICA EM TERESINA-PI
Iago Ferraz Nunes (UFPI)
SEQUENCIAMENTO NARRATIVO PERCEBIDO POR Mário Augusto Silva Sousa
14h20
SURDOS NA NOVELA “A FAMÍLIA SILVA” Júnior (UFPI)
O QUE SURDOS E OUVINTES APRENDEM JUNTOS?: Natália de Almeida Simeão
14h40
O ENTRELAÇAR DE LÍNGUAS NO ENSINO SUPERIOR (UFPI)
A INTERPRETAÇÃO/TRADUÇÃO PARA
Paulo Alves de Carvalho
15h LIBRAS/PORTUGUÊS E PARA PORTUGUÊS/LIBRAS
(UFPI)
EM AULAS DE GRADUAÇÃO
VARIAÇÕES SOCIOLINGUÍSTICAS E A LÍNGUA Maria da Luz Oliveira Dias
15h20
BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS (UFPI)

VII COGITE - COLÓQUIO SOBRE GÊNEROS & TEXTOS


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SURDOS NO ENSINO SUPERIOR: DO “SILÊNCIO” À Valdeny Costa de Aragão


15h40
RESISTÊNCIA (UFPI)

SIMPÓSIO TEMÁTICO IX

ST 9_ A INTERFACE TEXTO E GRAMÁTICA: O ENSINO DE LÍNGUA COMO PRÁTICA


CIENTÍFICA

SESSÃO ÚNICA - 25 de agosto - 9h às 10h40

Meryane Sousa Oliveira


A PROPOSTA PEDAGÓGICA DE LUIZ CARLOS (UFPI)
TRAVAGLIA PARA O ENSINO DE GRAMÁTICA EM NA
9h TRILHA DA GRAMÁTICA – CONHECIMENTO Raimunda da Conceição
LINGUÍSTICO NA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: Silva (UFPI)
UMA ANÁLISE CRÍTICA
Thiago de Sousa Amorim
(UFPI)

A MULTIFUNCIONALIDADE DO MODO SUBJUNTIVO: Vânia Raquel Santos


9h20 UM FENÔMENO A SER REFLETIDO NA MODALIDADE Amorim (UESB)
ORAL E ESCRITA
Valéria Viana Sousa (UESB)
A FLUTUAÇÃO DE USO DO VERBO NO PRESENTE DO
9h40 SUBJUNTIVO NAS REDAÇÕES DOS ESTUDANTES DO Joelma Pereira Silva (UFMA)
ENSINO MÉDIO

Lafity dos Santos Alves


SABERES GRAMATICAIS E GRAMÁTICA NA ESCOLA:
(UFPI/IDB)
10h UMA REFLEXÃO LINGUÍSTICA SOBRE O ENSINO DE
GRAMÁTICA Darkyana Francisca Ibiapina
(UFPI)
O GÊNERO VERBETE EM LIVROS DIDÁTICOS DE
10h20 LÍNGUA PORTUGUESA: REFLEXÕES SOB Rodrigo Alves Silva (UFPI)
LEXICOGRAFIA E ENSINO DE LÍNGUA

SIMPÓSIO TEMÁTICO X

ST 10_ PRÁTICAS DE LETRAMENTO EM AMBIENTES DIGITAIS

VII COGITE - COLÓQUIO SOBRE GÊNEROS & TEXTOS


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SESSÃO ÚNICA - 28 de agosto - 14h às 16h20

Agnaldo Rodrigues
O LETRAMENTO MULTIMODAL NA COMPREENSÃO
Vieira (UFPI)
14h DO INFOGRÁFICO EM AULA DE LÍNGUA
PORTUGUESA NO ENSINO MÉDIO Naziozênio Antonio Lacerda
(UFPI)
UM OLHAR SOBRE A REVISÃO E REESCRITA DE
José Cezinaldo Rocha Bessa
14h20 TEXTOS CIENTÍFICOS EM PRÁTICAS
(UERN)
COMUNICATIVAS DO UNIVERSO DIGITAL

José Wesley Vieira Matos


(UFC)
PRÁTICAS DE ENSINO DE METODOLOGIA CIENTÍFICA
14h40 MEDIADAS POR TECNOLOGIAS DIGITAIS: IMPACTOS Lucas Rodrigues Memória
E MUDANÇAS DISCURSIVAS Ávila (UFC)

Maria das Dores Nogueira


Mendes (UFC)
O BIOMA ECOLÓGICO DA PÓS-MODERNIDADE: UM
Klausney Muniz Sampaio
15h ESTUDO DO INSTAGRAM À LUZ DOS FENÔMENOS
(UECE)
DE LETRAMENTO DIGITAL
PRÁTICAS DE LETRAMENTO DIGITAL POR MEIO DE
NARRATIVAS MULTIMODAIS DE APRENDIZAGEM: Luciana Kinoshita
15h20
CRENÇAS SOBRE ENSINO-APRENDIZAGEM DE (Unifesspa)
LÍNGUAS EM AMBIENTE DIGITAL

Nara Karolina de Oliveira


REPRESENTAÇÕES SOBRE A ESCRITA CIENTÍFICA NO
Silva (UERN/CAPF)
15h40 UNIVERSO DIGITAL: UMA ANÁLISE DE VÍDEOS DO
YOUTUBE José Cezinaldo Rocha Bessa
(UERN)
LETRAMENTOS DIGITAIS NO COMBATE A FAKE Nayara Stefanie Mandarino
16h
NEWS NAS AULAS DE INGLÊS DA ESCOLA PÚBLICA Silva (UFS)

SIMPÓSIO TEMÁTICO XI

ST 11_ ENSINO DE GÊNEROS: A PRÁTICA DOCENTE EM SALA DE AULA

SESSÃO 1 - 24 de agosto - 16h às 18h

VII COGITE - COLÓQUIO SOBRE GÊNEROS & TEXTOS


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Edite Sampaio Sotero Leal


GÊNEROS TEXTUAIS JORNALÍSTICOS NO ENSINO DE
(UEMA)
16h LÍNGUA PORTUGUESA EM UMA ESCOLA MUNICIPAL
TIMONENSE Francisca Cardoso da Silva
(UEMA)

Eliete de Nazaré Barbosa


LEITURA DE TEXTO LITERÁRIO: NARRATIVAS Santos (UESPI)
16h20
MITOLENDÁRIAS EM SALA DE AULA
Stela Maria Viana Lima Brito
(UESPI)
A INTERDISCIPLINARIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA:
Renata Monteiro do Espírito
AS CONTRIBUIÇÕES DOS GÊNEROS CARTA PESSOAL
16h40 Santo (CIEP 369- Jornalista
E BIOGRAFIA PARA AS AULAS DE HISTÓRIA E
Sandro Moreyra)
LÍNGUA PORTUGUESA

Alcenir De Sousa Luz (UFPI)


LEITOR PRESUMIDO E PROPÓSITO COMUNICATIVO:
17h UM ESTUDO SOBRE ANÚNCIOS DE VESTIBULAR DE Maria Renilda Rodrigues
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Leal Ramos (UFPI)

Francisco Alves Filho (UFPI)


ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS: UMA ANÁLISE
Alexandre Carneiro Costa
17h20 DA SUA CONTRIBUIÇÃO NA CONSTRUÇÃO DO
(UFPI)
TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO

Amanda Loyse da Silva Alves


PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA DE GÊNEROS
(UFAL)
17h40 DISCURSIVOS: MAPEANDO PERCEPÇÕES E
PRÁTICAS Viviane Caline de Souza
Pinheiro (UFAL)
SESSÃO 2 - 28 de agosto - 16h às 18h

Delci Cleonice Bender


QUANDO A PALAVRA EMPODERA: UMA
(E.M.E.F. Mauricio Cardoso)
16h EXPERIÊNCIA COM O PROJETO "E SE FOSSE COM
VOCÊ?" Elisete Regina Groff
(E.M.E.F. Mauricio Cardoso)
O TRABALHO COM GÊNEROS TEXTUAIS NO ENSINO
Heriberto Francisco Xavier
16h20 REMOTO EM TEMPOS PANDÊMICOS: DESAFIOS E
(UFPB)
POSSIBILIDADES REAIS EM AULAS VIRTUAIS
ORALIDADE E GÊNEROS DISCURSIVOS: PRÁTICAS Maria Francisca Oliveira
16h40
EM SALA DE AULA Santos (UFAL)
CARTA PESSOAL NO ENSINO FUNDAMENTAL PARA
Rafael Rossi de Sousa (SME
17h ALÉM DA ESTRUTURA: REFLEXÃO A PARTIR DE
– Rio de Janeiro)
PRÁTICA

PERSPECTIVAS SOBRE O ENSINO DE GÊNERO Chrisllayne Farias da Silva


17h20 TEXTUAIS-DISCURSIVOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA: (UEPB)
EXPERIÊNCIA REALIZADA POR MEIO DO PIBID
Thaís Calixto Felipi (UEPB)

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A ABORDAGEM DOS GÊNEROS TEXTUAIS NO LIVRO


17h40 DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA DO ENSINO MÉDIO: Urandi Rosa Novais (UFS)
DESAFIOS E POSSIBILIDADES

SIMPÓSIO TEMÁTICO XII

ST 12_ ESCRITA E LEITURA EM CONTEXTOS DE (SENS)AÇÕES PARA COMUNICAR E ATUAR


NO SÉCULO XXI

SESSÃO 1 - 25 de agosto - 16h às 18h

Jaqueline dos Santos


LEITURA E ESCRITA: UM OLHAR SOBRE AS
Pereira (UFAL)
16h CONCEPÇÕES DE ALFABETIZAÇÃO E DE
LETRAMENTO Yana Liss Soares Gomes
(UFAL)

Priscila Mendes Fontenele


Mesquita Guimarães
(UESPI)
"RAPUNZEL SURDA": A MULTIMODALIDADE EM UM
16h20
TEXTO TRILÍNGUE Claudilene Sousa Alves
(UESPI)

Francisco Eduardo Mendes


dos Santos (UESPI)
ESCOLA, MÍDIA E ADOLESCÊNCIA: UMA ANÁLISE
Ayrla Victória Gomes da
16h40 ACERCA DA IDENTIFICAÇÃO PROJETIVA EM SALA DE
Silva (UFPI)
AULA
BOOKTUBER: PROPOSTA DE LEITURA E DISCUSSÃO
Karla Dayane Silva Monteiro
17h DE GÊNEROS NARRATIVOS EM PLATAFORMAS
(UFPI)
DIGITAIS DE LEITURA À LUZ DA BNCC

Roberta Shirleyjany de
Araújo (UFPI)
DIZER COM IMAGENS E PALAVRAS: UM OLHAR
SOBRE A LEITURA DE FIGURINHAS NO WHATSAPP E
17h20 Larissa Vitória Oliveira Melo
AS ESTRATÉGIAS DE COMPREENSÃO LEITORA PARA
(UFPI)
A GERAÇÃO DE SENTIDOS
Maria Angélica Freire de
Carvalho (UFPI)

A LEITURA DE IMAGENS EM MANGÁS: UMA Ana Karolina de Melo


ANÁLISE DA CONSTRUÇÃO TEXTUAL DENTRO DAS Pessoa Oliveira (UFPI)
17h40
IMAGENS SEGUNDO ASPECTOS DA GRAMÁTICA DO
DESIGN VISUAL Maria Angélica Freire de
Carvalho (UFPI)

VII COGITE - COLÓQUIO SOBRE GÊNEROS & TEXTOS


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SESSÃO 2 - 26 de agosto - 16h às 18h

GÊNEROS DIGITAIS E ENSINO: UM RELATO DE Elayne Cristina da Silva


16h
EXPERIÊNCIA SOBRE O GÊNERO MEME (UFMA)

Elisabeth Silva de Almeida


PRÁTICAS TRANSGRESSORAS DE ENSINO DA
Amorim (UESB)
16h20 LITERATURA: DESCONSTRUINDO A LÍNGUA(GEM)
EM REDE EM BUSCA DO LEITOR-AUTOR Nazarete Andrade Mariano
(UPE)
LEITURA E PRODUÇÃO DE SENTIDO: UMA ANÁLISE
Francisca Jaqueline Ferreira
16h40 ACERCA DA POESIA MULTIMÍDIA DE PAULO
de Oliveira (UFPI)
AQUARONE
O GÊNERO TEXTUAL TIRA CÔMICA: CONTRIBUIÇÕES Francisco Pereira da Silva
17h
NO ENSINO DE LEITURA Fontinele (UFPI)
FAKE NEWS E LINGUAGEM: ANALISANDO OS
17h20 FATORES DE TEXTUALIDADE PRESENTES NAS Juliana da Silva (IFPB)
FALSAS NOTÍCIAS SOBRE O CORONAVÍRUS

Letícia Rodrigues da Silva


O ESTUDO DOS GÊNEROS COMO ESTRATÉGIA DE
17h40 (UEMA)
ENSINO E APRENDIZAGEM
Maria José Nelo (UEMA)

SESSÃO 3 - 27 de agosto - 14h às 15h40

Lyvia Barreto Santos (UFAL)

Paula Roberta Galvão


O GÊNERO MEME NO ENSINO DE CIÊNCIAS:
14h Simplício (Faculdade
SIGNIFICADOS E EFEITOS DO CORONAVÍRUS
Raimundo Marinho)

Adriana Cavalcanti dos


Santos (UFAL)
UMA ANÁLISE DAS PRÁTICAS DE LEITURA E
ESCRITA EM AULAS DE LÍNGUA MATERNA NO
Manuela Solange Santos de
14h20 ENSINO FUNDAMENTAL AMARGOSENSE: COMO
Jesus (UFBA)
ENSINAR-APRENDER EM INTERFACE COM
TECNOLOGIAS?

Maria Cilania de Sousa


AS MÚLTIPLAS SEMIOSES NO LIVRO DIDÁTICO DE Caldas (UFC)
14h40
PORTUGUÊS
Maria Margarete Fernandes
de Sousa (UFC)
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA LEITURA Raimunda Gomes de
15h
ELABORADAS POR ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO Carvalho Belini (IFPI/UFPI)

VII COGITE - COLÓQUIO SOBRE GÊNEROS & TEXTOS


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Rayana Thyara de Lima Rêgo


Ladeia (UESB)
A COERÊNCIA TEXTUAL NA PRODUÇÃO ESCRITA DE
15h20 Andréia de Melo Costa
JOVENS COM SÍNDROME DE DOWN
Ferraz (UESB)

Carla Salati Almeida Ghirello-


Pires (UESB)

SIMPÓSIO TEMÁTICO XIII

ST 13_ GÊNEROS DISCURSIVOS: PRÁTICAS DE LEITURA E DE ESCRITA NA MÍDIA IMPRESSA


E DIGITAL

SESSÃO 1 - 26 de agosto - 14h às 15h20

Gabriele da Silva Alves


(UFMA)

14h INTERNETÊS: A INFLUÊNCIA NA ESCRITA ESCOLAR Isabele de Sousa Lima


(UFMA)

Catarina Maria Pereira


Carvalho (UFMA)
RELATO DE EXPERIÊNCIA: O GÊNERO NOTÍCIA Jonnathan Ferreira de Sousa
14h20
ONLINE COMO OBJETO DE ENSINO (UFMA)

Maria Clara da Silva Barbosa


GÊNEROS DOS JORNAIS : UMA ABORDAGEM (UEMA)
14h40
DIFERENTE DA LÍNGUA PORTUGUESA
Edite Sampaio Sotero Leal
(UEMA)

Eliane Pereira dos Santos


O GÊNERO COMENTÁRIO ONLINE NA ESCOLA:
(UFMA)
15h DESENVOLVENDO HABILIDADES PARA UMA
COMPREENSÃO RESPONSIVA E ÉTICA Maria Francisca da Silva
(UFMA)

SESSÃO 2 - 27 de agosto - 14h às 15h20

Jhussyenna Reis de Oliveira


A ORGANIZAÇÃO RETÓRICA E AÇÃO SOCIAL EM (UFPI)
14h
RESENHAS LITERÁRIAS DO INSTAGRAM
Francisco das Chagas
Gonçalves Oliveira (UFPI)

VII COGITE - COLÓQUIO SOBRE GÊNEROS & TEXTOS


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O GÊNERO CIBERPOESIA: REFLEXÕES SOBRE UMA Nayra Rayssa Gomes de


14h20
NOVA EXPRESSÃO POÉTICA DO NOSSO TEMPO Sousa (UFPI)
NOTÍCIA ONLINE: A FORMAÇÃO DE UM LEITOR
14h40 Rafaela Freitas Silva (UFMA)
RESPONSIVO
UM OLHAR SOBRE OS PROPÓSITOS
Simone Rego Fontinele
15h COMUNICATIVOS DO GÊNERO NOTÍCIA NO JORNAL
(UESPI)
FOLHA DE SÃO PAULO

SIMPÓSIO TEMÁTICO XIV

ST 14_ DISCURSO, LINGUAGEM E TEXTO: PRÁTICAS EM ANÁLISE DE DISCURSO

SESSÃO 1 - 26 de agosto - 14h às 15h40

Kerleiane de Sousa Oliveira


O PNAIC E A FORMAÇÃO CONTINUADA DE
(UFPI)
14h PROFESSORES ALFABETIZADORES, ALGUMAS
CONSIDERAÇÕES José Ribamar Lopes Batista
Júnior (UFPI)

Lucineide Matos Lopes


ETHOS, ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS E IMAGEM
(SME-Fortaleza)
14h20 FOTOGRÁFICA: O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DOS
EFEITOS DE SENTIDO Maria Margarete Fernandes
de Sousa (UFC)
FEMINISMO E ANÁLISE DO DISCURSO: A
Mayara Oliveira Feitosa
14h40 CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO NA OBRA O SEGUNDO
(SEDUC-SE)
SEXO DE SIMONE DE BEAUVOIR
O LUGAR DISCURSIVO DAS NOTAS DO TRADUTOR
NO PROCESSO TRADUTÓRIO: A TRADUÇÃO Débora de Castro Barros
15h
PENSADA PELO VIÉS DA ANÁLISE DE DISCURSO (UFRJ)
PÊCHEUXIANA
ANÁLISE DO DISCURSO E DIALETOLOGIA: UM
ESTUDO DOS EFEITOS DA MEMÓRIA A PARTIR DE Edmilson José de Sá (Centro
15h20 DENOMINAÇÕES PARA ASSASSINO PAGO, MARIDO de Ensino Superior de
ENGANADO E PROSTITUTA REGISTRADAS NO Arcoverde)
ATLAS LINGUÍSTICO DE PERNAMBUCO

SESSÃO 2 - 26 de agosto - 16h às 17h20

ANÁLISE DE DISCURSO E LETRAMENTO CRÍTICO NA


SALA DE AULA: UMA PROPOSTA DE LEITURA DO Luciana Maria Libório Eulálio
16h
LIVRO DIDÁTICO NO ENSINO DE LÍNGUA (UESPI)
ESPANHOLA.
ANÁLISE DISCURSIVA CRÍTICA E MULTIMODAL DE Rafael Seixas de Amoêdo
16h20
PRÁTICAS SOCIAIS CONTEMPORÂNEAS DO CAMPO (UEA)

VII COGITE - COLÓQUIO SOBRE GÊNEROS & TEXTOS


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POLÍTICO-ELEITORAL EM CONTEXTO DAS REDES


SOCIAIS DIGITAIS

Vinícius Nicéas do
COVID-19 NOS PRONUNCIAMENTOS PRESIDENCIAIS: Nascimento (CEP)
16h40
UMA ANÁLISE SOCIOCOGNITIVA
Maria Sirleidy de Lima
Cordeiro (UFPE)

Zoroastro Pereira de Araujo


Neto (IFAL)
"FOI AQUI SEU MOÇO QUE CONSTRUÍMOS NOSSA
17h MALOCA" - ENTRE O FATO E A MÍDIA: O AVESSO DO Lídia Fabiana Vasconcelos
SENTIDO DO DISCURSO Cavalcante de Araujo (IFAL)

Maria Francisca Oliveira


Santos (UFAL)

SIMPÓSIO TEMÁTICO XV

ST 15_ OS GÊNEROS LITERÁRIOS: O LÍRICO, O ÉPICO/NARRATIVO, O DRAMÁTICO E O


ENSAÍSTICO

SESSÃO 1 - 27 de agosto - 10h às 11h20

MARCAS DA HUMILHAÇÃO EM VIDAS SECAS, DE


Thiago de Sousa Amorim
10h GRACILIANO RAMOS: UM ESTUDO SOBRE O
(UFPI)
PERSONAGEM FABIANO

Cindy Conceição Oliveira


MITOS DO INDIVIDUALISMO MODERNO: O
Costa (UFPI)
10h20 (SUPOSTO) PACTO FÁUSTICO EM ATÉ VOCÊ SABER
QUEM É, DE DIOGO ROSAS G. Margareth Torres de
Alencar Costa (UFPI)
OS QUE BEBEM COMO OS CÃES, DE ASSIS BRASIL: Ederson Dias de Carvalho
10h40
UMA REUNIÃO DE GÊNEROS LITERÁRIOS (UESPI)
Israel Alves Correa Noletto
11h A THEORETICAL OVERVIEW OF SCIENCE FICTION
(IFPI)

SESSÃO 2 - 28 de agosto - 8h às 9h20

A INDICAÇÃO DESESTABILIZADORA DO GÊNERO EM Jeymeson de Paula Veloso


8h
ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA DE JOSÉ SARAMAGO (IFMA)
REFLEXÕES SOBRE O AMOR NA
Maria Iara Zilda Návea da
8h20 CONTEMPORANEIDADE A PARTIR DA PRESENÇA
Silva Mourão (UFPI)
DOS MITOS ECO-NARCISO E APOLO-DAFNE NO

VII COGITE - COLÓQUIO SOBRE GÊNEROS & TEXTOS


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CONTO “POMBA ENAMORADA OU UMA HISTÓRIA Margareth Torres de


DE AMOR” DE LYGIA FAGUNDES TELLES Alencar Costa (UFPI)
A CONCEPÇÃO DE ROMANCE NA CRONÍSTICA DE Octávio Augusto Ferreira
8h40
CLARICE LISPECTOR Soares (UFG)
A EVOLUÇÃO DOS GÊNEROS: A NARRATIVA
Vanessa de Carvalho Santos
9h TRANSMIDIÁTICA COMO UM PRODUTO PÓS-
(UFPI)
MODERNO

RESUMOS DOS APRESENTAÇÕES

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LEITOR PRESUMIDO E PROPÓSITO COMUNICATIVO: UM ESTUDO SOBRE ANÚNCIOS DE


VESTIBULAR DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Alcenir de Sousa Luz (UFPI)


Maria Renilda Rodrigues Leal Ramos (UFPI)
Francisco Alves Filho (UFPI)

Este artigo apresenta um estudo de anúncios de vestibular a distância, divulgados no ano de


2019, por 12 Instituições de Ensino Superior privadas que oferecem cursos de graduação na
modalidade supracitada em Teresina – PI. Para isso, selecionamos um corpus de 12 anúncios
– um anúncio de cada instituição –, nos quais foram analisados os seguintes aspectos: os itens
que caracterizam os anúncios (título, slogan, logotipo, período de inscrições, valores etc.),
quais desses itens são recorrentes e as categorias de leitor presumido e de propósito
comunicativo. Os anúncios foram retirados dos sites das próprias instituições, que
constituem nosso contexto de pesquisa. Compreendemos o gênero a partir da relação entre
texto e contexto, logo, essa concepção direcionou a análise para as abordagens de Bakhtin
(2016), Miller (2012), Bazerman (2005) e Askehave e Swales (2009), bem como para os
pressupostos teóricos de Bazerman (2005) e Motta-Roth (2004). Os resultados obtidos
evidenciaram que os anúncios apresentam traços recorrentes, tipificados e, embora
manifestem tipos de leitor presumido e propósitos comunicativos mais específicos,
demonstram, em cada categoria, aproximações, que são: o leitor presumido geral é aquele
que precisa de um ensino flexível quanto ao tempo e ao espaço, que permite uma
programação particular de estudos; e o propósito comunicativo geral é atrair a atenção dos
sujeitos que veem a necessidade de fazer um curso de graduação pela primeira vez ou como
segunda formação, sejam por razões pessoais, profissionais ou outras.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros discursivos. Anúncio. Composição.

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O GÊNERO MANUAL DE INSTRUÇÕES DE CONDICIONADORES DE AR: UM ESTUDO DE


SEU(S) PROPÓSITO(S) COMUNICATIVO(S)

Micilane Nascimento dos Santos (UFPI)


Maria Cândida de Lima Bento (UFPI)
Silvestre José Pinto (UFPI)

Atuamos e nos comunicamos nas diferentes esferas de atividade pelas quais circulam
diariamente enunciando e materializando nossos textos. Nesse sentido, os gêneros
discursivos, por serem as formas de dizer mais ou menos estáveis em nossa sociedade, nos
auxiliam nesses momentos de interação. Este trabalho tem como objeto de estudo a seção
controle remoto de aparelhos condicionadores de ar. Os objetivos delineados para esta
pesquisa foram os seguintes: identificar, por meio da linguagem, os propósitos
comunicativos contidos nos manuais de instruções dos condicionadores de ar das marcas
Consul, Electrolux, LG e Samsung; e analisar a seção destinada à instrução do uso do controle
remoto pelo usuário. Para tanto, por meio de uma pesquisa qualitativa e interpretativista,
realizamos uma investigação nos manuais de condicionadores de ar das marcas selecionadas,
visando a verificar se os propósitos comunicativos presentes nesses textos atendem a sua
função social, qual seja: instruir o usuário acerca da utilização adequada do produto. Para
fundamentar nosso trabalho, recorremos, principalmente, a Bakhtin (2016) acerca dos
gêneros discursivos; Swales (1990) e Askehave e Swales (2001) no que se refere ao papel do
propósito comunicativo na análise de gêneros; e Travaglia (1991) sobre a tipologia textual
injuntiva. A partir do corpus analisado, constatamos que as marcas investigadas atendem de
forma parcial aos propósitos comunicativos referentes ao gênero manual de instruções, a
linguagem apresentada segue a composição do texto injuntivo, trazendo verbos na 3ª pessoa
do imperativo, com frases, em geral, curtas e um vocabulário razoavelmente simples,
contudo, os manuais investigados são extensos, não são padronizados em relação à
nomenclatura dos aparelhos, à denominação da seção referente ao controle remoto, ao
tamanho da seção e à ordenação dos itens. Além disso, trazem algumas terminologias
técnicas e em língua inglesa, o que contribui para dificultar a compreensão da informação
por parte do consumidor leigo.

PALAVRAS-CHAVE: Manual de instruções. Condicionador de ar. Propósito comunicativo.

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O ENSINO NA VISÃO DE MAFALDA E SUA TURMA: UM ESTUDO À LUZ DA LINGUÍSTICA


TEXTUAL

Taila Jesus da Silva Oliveira (UFBA)


Lícia Maria Bahia Hein (UFBA)

O presente trabalho tem como objetivo apresentar a pesquisa de Mestrado intitulada “O


ENSINO NA VISÃO DE MAFALDA E SUA TURMA: UM ESTUDO À LUZ DA LINGUÍSTICA
TEXTUAL”. O foco da análise deste trabalho são as tiras de Mafalda (Quino, 2013), que
representam o ambiente escolar e seus agentes. O intuito é fazer uma análise sobre alguns
aspectos do ensino proposto por Mafalda. Dentre eles, destacam-se: verificar a relação entre

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os elementos verbais e não verbais na construção de sentido; fornecer subsídios teóricos


para analisar as questões ideológicas do ensino na visão de Mafalda; analisar o processo de
representação do ensino dos componentes curriculares nas tiras de Quino, a partir de um
enfoque ideológico-discursivo. Para isso, o alicerce teórico da pesquisa está pautado nos
estudos na Linguística Textual (LT), em que contará com as contribuições de teóricos tais
como, Heine et al. (2014), Bakhtin (1997), Marcuschi (2008), Faraco (2009), McCleary e Viotti
(2017), Koch (2009), Bentes (2006), entre outros. Os dados obtidos, a partir do corpus
selecionado, serão analisados de forma a conduzir a uma interpretação sobre as vivências de
Mafalda e sua turma na escola durante o período da Ditadura Militar na Argentina, no que
tange ao ensino das diferentes disciplinas. Dessa forma, compreender como se configura o
ensino na instância escolar argentina da época. Assim, a partir dos autores e da pesquisa,
podem-se analisar os aspectos linguístico-discursivos e as construções de sentido sobre a
representação escolar, em especial, como a construção do ensino se processa ao longo do
corpus selecionado para a análise. O estudo em questão, além de suscitar análises e
discussões acerca de questões relacionadas à educação básica, propõe um estudo relevante
para a área da Linguística Textual, investigando um importante gênero estudado nas aulas
de língua portuguesa, as tiras.

PALAVRAS-CHAVE: Linguística Textual. Tiras. Ensino.

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OS GÊNEROS DISCURSIVOS PRESENTES NAS PRÁTICAS DE LETRAMENTO DO CAMPO:


UMA ABORDAGEM CRÍTICO-DISCURSIVA

Fátima Ingrid Bezerra Bonfim (UECE)


José Ribamar Lopes Batista Júnior (UFPI)

O presente estudo tem como intuito analisar os aspectos retórico-linguísticos que permeiam
os gêneros discursivos presentes em práticas de letramento realizadas por educadoras e
educadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do estado Ceará.
Essas práticas foram realizadas na Escola do Campo “Florestan Fernandes”, situada no
assentamento Santana, em Monsenhor Tabosa-CE. Nessa perspectiva, o aporte teórico-
metodológico é delineado pela consonância entre a Análise de Discurso Crítica (ADC) e os
Novos Estudos do Letramento, sendo norteada, sobretudo, à luz dos ensinamentos de
Batista Jr, Sato e Melo (2018); Barton e Hamilton (2000); Fairclough (2001; 2003); Street (2012;
2014); e Vieira e Resende (2016). Dessa forma, a linguagem é concebida enquanto prática
social que desvela relações desiguais de poder na sociedade. A pesquisa também se debruça
em estudos acerca da trajetória do MST e da proposta de Educação do Campo do movimento,
como Caldart (2012); Orso, Gonçalves e Mattos (2013); e Stédile e Fernandes (2005). A
metodologia possui cunho qualitativo e interpretativo, além de contar com o viés
etnográfico, cujos instrumentos de coleta de dados foram determinados pela participação
ativa no cotidiano da comunidade por meio da observação participante. O corpus é
constituído pelas notas de campo, coleta de artefatos e entrevistas etnográficas. Os
principais resultados mostram que o envolvimento dos gêneros discursivos com as práticas
de letramento analisadas elucida um mecanismo pertinente de luta hegemônica, como

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também o fortalecimento de uma identidade Sem Terra pautada na coletividade e na


unidade.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros discursivos. Práticas de letramento do campo. Análise de


Discurso Crítica.

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PRÁTICAS TRANSGRESSORAS DE ENSINO DA LITERATURA: DESCONSTRUINDO A


LINGUA(GEM) EM REDE EM BUSCA DO LEITOR-AUTOR

Elisabeth Silva de Almeida Amorim (UESB)


Nazarete Andrade Mariano (UPE)

Este artigo visa discutir o ensino da literatura associado a outros signos e linguagens como
instrumento de reflexão sobre o fazer leitor-autor, num cenário educacional marcado pelas
diferentes sensações de (im)potências e carências de ações singulares. Dessa forma,
pretende-se ampliar a investigação sobre as táticas inventivas e transgressoras utilizadas por
estudantes da educação básica, com o uso das tecnologias digitais, como uma ação política
de desconstrução do literário para evitar o aprisionamento. A discussão sobre a literatura
aliada à semiótica no espaço virtual, além da fuga da captura do literário, modifica o status
do autor quando o texto passa de uma série para outra nas mãos dos estudantes. Assim, ao
optar pela teoria da intersemiose em consonância com a teoria da desconstrução, sob o viés
da crítica cultural, nomes como: Jacques Derrida(2001;2014), Roland Barthes(2001), Osmar
Moreira dos Santos(2016), Arena(2009) e Giorgio Agamben (2009) se farão presentes.
Através de vídeos produzidos por estudantes da educação básica, como resultados da junção
literatura e semiótica, para o estudo de caso, utilizou-se também produções estudantis no
ambiente virtual, mais especificamente do site Recanto das Letras, no qual o leitor
transforma-se em autor, posteriormente, leitor-autor. Percebe-se que a transvaloração do
signo literário promove a autonomia do estudante, contribui com a afirmação de identidade,
rompe com o ensino da tradição, aponta um novo olhar para o ensino da literatura e para o
estatuto do autor na sociedade contemporânea

PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Literatura. Desconstrutivismo.

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A ORGANIZAÇÃO RETÓRICA E AÇÃO SOCIAL EM RESENHAS LITERÁRIAS DO INSTAGRAM

Jhusyenna Reis de Oliveira (UFPI)


Francisco das Chagas Gonçalves Oliveira (UFPI)

A Internet, mais especificamente por meio das redes sociais, afetou de formas variadas as
noções de gênero, texto e discurso. Assim, tendo em vista a urgência e relevância de estudar
os gêneros da Web (e na Web), esta pesquisa propõe uma reflexão a partir de resenhas
literárias publicadas na rede social Instagram. Trata-se de uma pesquisa de natureza
descritiva e qualiquantitativa, cujo objetivo geral é analisar a organização retórica das
resenhas do Instagram. Para tanto, foram selecionados 10 perfis que promovem a leitura de

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obras literárias e que, além de indicar livros, fazem postagens regulares chamadas pelos
usuários de “resenhas”. Assim, o corpus foi constituído por 30 postagens, três de cada perfil,
sendo o critério de seleção as últimas publicações. O suporte teórico e metodológico para a
análise fundamenta-se principalmente em Swales (1990), Carvalho (2005), Bezerra (2002) e
Alves Filho (2018). As resenhas do Instagram apresentaram 10 subfunções já descritas por
Carvalho (2005), 2 descritas em Bezerra (2002) e 1 nova. Depreendemos três propósitos
comunicativos: oferecer um parecer para possíveis leituras, criar uma expectativa concreta
da leitura e estabelecer um vínculo com o leitor. Vale ressaltar o importante valor social
desempenhado pelas resenhas no Instagram à medida que incentivam a leitura de obras
literárias com um alcance considerável de usuários, entre estes leitores, novos leitores e
público em geral.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros textuais. Organização retórica. Resenha. Instagram.

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COMUNIDADE DISCURSIVA DOS DOMÍNIOS ESPECIALIZADOS: UMA ANÁLISE EM GÊNEROS


TEXTUAIS ESPECIALIZADOS A PARTIR DE UM DIÁLOGO ENTRE A TERMINOLOGIA E AS
TEORIAS DO DISCURSO

Luís Henrique Serra (UFMA)

O presente trabalho busca analisar a importância do conceito de comunidade discursiva


(SWALES, 1988) dentro do campo da Terminologia, campo de conhecimento que analisa o
termo – unidade do léxico especializada que depende do contexto e do aspecto
comunicativo para a sua configuração. A temática nasce porque, dentro do campo da
Terminologia, ainda são escassos os estudos que buscam observar aspectos comunicativos
do contexto especializado, elementos que estão na base do conceito de comunidade
discursiva. Parte-se do pressuposto de que assumir esses elementos na análise e na pesquisa
terminológica levaria a um aumento da percepção dos elementos da comunicação em
domínios técnicos-especializados e científicos. Nesse sentido, este trabalho tem como
objetivo apresentar aspectos do conceito de comunidade discursiva de Swales (1988, 1990)
e o de discurso especializado como produto dessa comunidade (CABRÉ, 2003), buscando
mostrar como o primeiro é muito importante para a compreensão mais ampla do conceito
de discurso especializado na Terminologia. Para ilustrar as questões aqui postas, são
apresentados alguns exemplos do campo da Terminologia da cana-de-açúcar e de gêneros
textuais próprios desse universo em contextos reais de uso (gêneros textuais especializados
com diferentes graus de especialização). Os resultados mostram que o conceito de
comunidade discursiva é um importante instrumento teórico para a compreensão da
comunicação nos universos discursivos especializados e para a ampliação das ideias da
Terminologia como um campo de conhecimento e discussão sobre o léxico e o discurso/texto
especializado.

PALAVRAS-CHAVE: Comunidade discursiva. Discurso especializado. Gêneros especializados.

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LEITURA EM (DIS) CURSO: UMA RELAÇÃO POSSÍVEL ENTRE ENSINO, HISTÓRIA E MEMÓRIA

Vanessa Raquel Soares Borges (PPGeL-UFPI/UESPI)

Este trabalho propõe uma discussão sobre como a Análise de Discurso (pode) direciona(r) o
percurso da leitura para fins de ensino, na tentativa de administrar os sentidos que subjazem
a materialidade simbólica, o texto, em meio à história e à memória discursiva. Para tanto,
tomaremos como arquivo as propostas de redação do Enem de 2018 e 2019 elaboradas pelo
Inep, as quais serão analisadas a partir da perspectiva teórica-metodológica da Análise de
Discurso francesa materialista, cujo principal expoente é Michel Pêcheux. Partindo da
concepção de que o conhecimento da língua não garante a compreensão do texto, Pêcheux
propõe um projeto de teoria não subjetiva da leitura. Assim, uma vez que “é preciso ensinar
a ler o real sob a superfície opaca, ambígua e plural do texto” (COURTINE, 1982, apud
ORLANDI, 2012, p. 33), compreende-se que o sentido não é dado, mas construído no e pelo
discurso, junto às suas condições de produção. Por isso, no arquivo selecionado, serão
analisadas como as concepções de interpretação e compreensão, à luz da AD, podem auxiliar
os sujeitos leitores a como ler o texto. Dessa forma, trata-se de um gesto de (e sobre a) leitura
(ORLANDI, 2014), tendo como arquivo os certames de redação do Enem, atentando-se para
a produção das temáticas e para a formulação de sentidos. Os resultados parciais a que
chegamos indicam uma tentativa de administração dos sentidos pela instituição elaboradora
da prova, que associada ao discurso contemporâneo sobre o ensino, recai no campo da
(ir)repetibilidade, revisitando a história e a memória da educação no país.

PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Discurso. Enem.

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ESCOLA, MÍDIA E ADOLESCÊNCIA: UMA ANÁLISE ACERCA DA IDENTIFICAÇÃO PROJETIVA


EM SALA DE AULA

Ayrla Victória Gomes da Silva (UFPI)

Dada a hodierna sociedade, a política de inclusão dos meios tecnológicos em sala de aula faz-
se mais necessária. Partindo desse pressuposto, o presente trabalho visa compreender como
os recursos midiáticos têm impacto sobre a educação dos adolescentes, uma vez que,
segundo Freud (2013), “a identificação é a mais antiga e original forma de ligação afetiva” e,
de acordo com Orlandi (1993), “a leitura é produzida em condições determinadas, ou seja,
em um contexto sócio-histórico que deve ser levado em conta”. É válido construir uma ponte
entre a identificação afetiva descrita por Freud com as teorias discursivas da leitura dadas
por Orlandi; o que constitui o tema do trabalho em questão: compreender como o uso de
séries cinematográficas em sala de aula pode contribuir, através de estudos psicanalíticos,
para a edificação do ensino de língua portuguesa para adolescentes. É necessário saber que
o escopo do presente estudo é somar as ideias freudianas de identificação pessoal com
relação às séries televisivas para a melhoria da relação ensino–aprendizagem no contexto de

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sala de aula. Para tanto, a âncora teórica está no já citado autor, Freud (2013); bem como em
Orlandi (1993. 2005); além de Durkheim (2007); somado a White (2008. 2014). Tais
pensadores corroboram a parte teórica do trabalho, enquanto a visita de campo à escola
Centro Cultural de Línguas Padre Raimundo José – Teresina/Piauí – consolidou a faceta
prática da pesquisa, com observação em sala de aula e pesquisa de opinião pública, aplicada
a um grupo de cinco alunos, com idade variante de dezessete a vinte anos. Por ainda estar
em andamento, os resultados parciais afirmam ser de grande valia a utilização de séries
cinematográficas em sala de aula, visando a melhoria e o aprimoramento do ensino.

PALAVRAS-CHAVE: Mídia. Identificação. Ensino.

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LEITURA DE TEXTO LITERÁRIO: NARRATIVAS MITOLENDÁRIAS EM SALA DE AULA

Eliete de Nazaré Barbosa Santos (UESPI)


Stela Maria Viana Lima Brito (UESPI)

A pesquisa investiga a leitura de narrativas mitolendárias no contexto de sala de aula como


estratégia para análise de aspectos histórico-culturais e identitários do leitor em formação.
Os objetivos são: (i) investigar aspectos sociais e históricos que conduziram a formação do
acervo de narrativas mitolendárias maranhenses; (ii) evidenciar a relevância dessas narrativas
para a formação leitora e identitária dos discentes; (iii) elaborar proposta de intervenção com
base nos dados coletados. Para tanto, procede-se com um estudo de campo, descritivo, de
cunho qualiquantitativo, tomando-se por base teórica os estudos realizados pelos seguintes
autores: Cascudo (2006), Coutinho (2003), Cândido (2000), Cosson (2006), Passarelli (2012),
Soares (2011), Eliade (2004), Cassirer (2003) e Durand (2000). A pesquisadora analisa dados
coletados em duas turmas do 7º ano do Ensino Fundamental, em uma escola pública de São
José de Ribamar – MA. Uma turma será submetida às oficinas de leitura, e a outra será turma
controle. Ambas responderão a um questionário e a uma atividade de sondagem no início e
no final do estudo para proceder com o cotejamento, cujo objetivo é verificar se haverá
mudança significativa no nível de leitura dos alunos da turma participante e comparar com o
nível alcançado pela turma controle, que não será submetida às oficinas de leitura. A pesquisa
está em andamento e os resultados parciais indicam que (i) a inserção de narrativas
mitolendárias em sala de aula promove, inicialmente, uma noção de reconhecimento, de
pertencimento e de valorização cultural, uma das competências pretendidas pela BNCC para
leitores em formação; (ii) os discentes da turma participante buscaram outros bens culturais
relacionados à temática apresentada nas oficinas; (iii) os alunos demonstraram interesse por
autores maranhenses cujas obras têm como espaço cidades maranhenses. Confirma-se a
hipótese inicial de que a leitura dessas narrativas pode influenciar na formação leitora e
identitária dos discentes.

PALAVRAS-CHAVE: Sala de aula. Leitura literária. Narrativas mitolendárias.

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O MODO DE ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO DESCRITIVO EM CAPITÃES DA AREIA, DE


JORGE AMADO

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Izabella Pimentel Franco (UFPI)

Este trabalho consiste num recorte de pesquisa de Iniciação Científica realizada na UFPI, cujo
objetivo é analisar a configuração do discurso literário na obra “Capitães da Areia”, de Jorge
Amado. Para tanto, nos deteremos, especificamente, no modo de organização do discurso
descritivo, um dos postulados da Teoria Semiolinguística. Trata-se de uma pesquisa
qualitativa e interpretativa que tem como corpus a obra já mencionada. Os primeiros
resultados revelam que, no tocante aos componentes da construção descritiva, há uma forte
recorrência do recurso descritivo localizar-situar, que determina o lugar dos seres, com o
propósito de transportar o leitor para dentro da cidade de Salvador e suas zonas de menor
prestígio, como os trapiches. As atividades de nomeação e qualificação também se mostram
abundantes à medida em que são apresentados os personagens em seus respectivos espaços
sociais. Cada um desses componentes possui procedimentos específicos que atuam na
construção da significação, propondo um contato sensível do interlocutor com os meninos
em situação de abandono. Apesar de o modo descritivo comumente ser visto como
subalterno ao narrativo, principalmente quando se tem uma obra literária como corpus,
apresenta-se como imprescindível na configuração do discurso, pois ele tem influência direta
na composição dos actantes, na transposição entre realidade e ficção, na caracterização do
locutor e narrador, entre outros. Conclui-se que o modo de organização descritivo do
discurso, na obra literária em análise, permite que se veja o mundo com um “olhar parado”,
que faz existir os seres ao nomeá-los, localizá-los e atribuir-lhes qualidades que os
singularizam.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Semiolinguística. Capitães da Areia.

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A LÓGICA E ENCENAÇÃO NARRATIVA EM TODOS OS NOMES, DE JOSÉ SARAMAGO

Ana Caroline de Carvalho Paiva (UFPI)

Este trabalho faz parte de uma pesquisa de Iniciação Científica, na Universidade Federal do
Piauí, e tem como objetivo analisar o modo de organização do discurso narrativo na obra
“Todos os nomes”, publicada em 1997, pelo escritor português José Saramago. O romance
conta a história de um escriturário do principal cartório de registro da cidade, que resolve
arranjar um hobby para distrair-se do trabalho monótono. Começa, então, a colecionar
recortes de pessoas famosas. Assim, trata-se de um trabalho de natureza qualitativa e
interpretativa, que tem como base teórica principal a Análise do Discurso Literário, proposta
por Maingueneau (2006), e a Teoria Semiolinguística, de Charaudeau (2008). Após as
primeiras análises, percebe-se que o romance, ao mostrar a vida do personagem Sr. José,
apresenta como temas principais a solidão e a relação vida x morte, a partir de um enfoque
exógeno, representado por um narrador impessoal de primeira instância. A lógica narrativa
possui três componentes: actantes, processos e sequências, que estão interligados entre si
e seguem uma sucessão de ações, construindo, assim, a trama da história. Segue uma
cronologia contínua em progressão e tem-se a expansão como procedimento principal
relacionado ao ritmo. A encenação narrativa é composta por quatro sujeitos: autor e leitor

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real, como parceiros; narrador e leitor destinatário, como protagonistas. Conclui-se que o
desvelamento da lógica e da encenação narrativa da obra permitem uma compreensão mais
abalizada da mesma.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Literatura. Todos os nomes.

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CENA ENGLOBANTE, CENA GENÉRICA E CENOGRAFIA: A ENCENAÇÃO DISCURSIVA EM


"BEIRA RIO, BEIRA VIDA"

Francisca das Chagas Natália Castro Reis (UFPI)

Este trabalho é o recorte de uma pesquisa de Iniciação Científica, realizada na UFPI, e tem
como objetivo analisar a obra “Beira rio, beira vida”, primeiro livro da série intitulada
Tetralogia piauiense, do escritor Assis Brasil. No livro, a prostituição que reina no cais de
Parnaíba marca uma geração de mulheres, as quais sufocadas pelo sistema, concebem-na
como sina, uma maldição para a qual restava apenas a subserviência. Trata-se de um estudo
de natureza qualitativa e interpretativa, que tem como corpus a obra já mencionada e como
base teórica a Análise do Discurso Literário, de Maingueneau (2008), com ênfase nas cenas
de enunciação. Os resultados preliminares mostram que a obra piauiense tem como cena
englobante o discurso literário, utilizando-se de uma encenação a qual permite o exercício da
liberdade de criação, inferindo singularidades e perspectivas em detrimento de uma
objetividade. A cena genérica equivale ao gênero romance, caracterizando-se a partir das
memórias narradas pela personagem principal e apresentando uma narrativa composta por
personagens, temporalidade e ambientação. A cenografia é representada pela temática da
prostituição e marginalização da realidade dos moradores e trabalhadores do cais de
Parnaíba, revelando o espaço-temporal, papéis discursivos dos actantes e legitimando suas
existências enquanto sujeitos enunciadores. Concluímos que as cenas de enunciação são
espaços de funcionamento da língua, os quais organizam o pensamento lógico e a produção
de sentidos, determinando os papéis sociais dos personagens dentro da narrativa e
legitimando a enunciação através das cenas validadas.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Literatura. Beira rio, beira vida.

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UM GRITO DE LIBERDADE: AS PROVAS RETÓRICAS EM CARTAS DO EX-PRESIDENTE LULA

Teônia Mikaelly Pereira de Sousa (UFPI)

Este trabalho em desenvolvimento é um recorte de pesquisa de iniciação científica realizada


na UFPI. Nosso objetivo é analisar as provas retóricas existentes em cartas do ex-presidente
Lula durante o período em que esteve encarcerado (abril de 2018 a novembro de 2019). Como
fundamentação teórica básica, utilizaremos a Teoria Semiolinguística, de Charaudeau (2009,
2017). Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de natureza qualitativa e interpretativa, cujo

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corpus é composto por treze cartas escritas pelo ex-presidente. Os resultados mostram que
o comportamento enunciativo mais recorrente nos discursos de Lula é o elocutivo, tendo em
vista que o uso da primeira pessoa é característico do gênero discursivo “carta pessoal”. A
lógica argumentativa (ou logos) apresenta a finalidade e a causa como principais modos de
encadeamento. Ainda no tocante às provas retóricas, podemos perceber os ethé de
injustiçado e de esperançoso. Há um constante apelo à patemização, caracterizado pelas
tópicas da dor/alegria e da angústia/esperança. Por fim, identificamos os imaginários
sociodiscursivos de “prisão” e de “liberdade”, veiculados através de saberes de
conhecimento (alusão a fatos históricos, dados, pesquisas etc.) e de saberes de crença
(sonhos, valores etc.). Concluímos que a enunciação do ex-presidente Lula está direcionada
para imagens de esperança e equilíbrio, com vistas a produzir no auditório (sociedade
brasileira) sentimentos de empatia e de adesão, que funcionem como elementos de pressão
para sua soltura, bem como de êxito eleitoral numa possível candidatura.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Retórica. Lula.

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PROVAS DO NOVO ENEM (2015-2019) COMO GÊNERO TEXTUAL: POSSIBILIDADES PARA O


ENSINO DA LÍNGUA INGLESA NO ENSINO MÉDIO

Lays Christine Santos de Andrade (UESPI)


Renata Cristina da Cunha (IFPI)

Este artigo é resultado de um projeto de pesquisa do Programa Institucional de Bolsas de


Iniciação Científica (PIBIC), da Universidade Estadual do Piauí (UESPI, 2019/2020), que trata
do Novo Enem. Esta modalidade avaliativa é significativa para a Educação Básica, pois as
provas abordam temas atuais de forma interdisciplinar, incentivando o pensamento crítico
dos estudantes na medida em que são incentivados a relacionar os conteúdos estudados na
escola com a sua realidade. A Língua Inglesa é um dos componentes do Novo Enem desde
2010, sendo cobrada em cinco questões objetivas. Diante disso, este artigo busca responder
a seguinte pergunta: Quais são os gêneros textuais e os temas das questões cobradas nas
provas de Língua Inglesa do Novo Enem (2015-2019)? Para responder a esta questão, foi
elaborado o seguinte objetivo geral: Identificar os gêneros textuais e os temas das questões
cobradas nas provas de Língua Inglesa do Novo Enem (2015-2019). Para alcançar este
objetivo, está sendo realizada uma pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa de
cunho exploratório, embasado em autores como Marcuschi (2003), Silva (2011), Brasil (2006)
dentre outros. Os dados preliminares revelam que os gêneros textuais, presentes nas provas
de Língua Inglesa do Novo Enem, são utilizados como base para enunciados que visam
instigar o raciocínio do estudante, fazendo-o analisar diversos temas envolvendo o inglês,
nas múltiplas situações propostas nas questões.

PALAVRAS-CHAVE: Novo Enem. Gênero Textual. Língua Inglesa.

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A PROPOSTA PEDAGÓGICA DE LUIZ CARLOS TRAVAGLIA PARA O ENSINO DE GRAMÁTICA


EM NA TRILHA DA GRAMÁTICA – CONHECIMENTO LINGUÍSTICO NA ALFABETIZAÇÃO E
LETRAMENTO: UMA ANÁLISE CRÍTICA

Meryane Sousa Oliveira (UFPI)


Raimunda da Conceição Silva (UFPI)
Thiago de Sousa Amorim (UFPI)

Partindo de Faraco (2017), no que diz respeito ao ensino de Língua Portuguesa, algumas
questões cruciais continuam sem resposta, as quais, no geral, estão relacionadas à falta de
sistematização e de progressão dos temas, aos quadros teóricos relevantes para tal
atividade, à nomenclatura utilizada e ao procedimento didático (por transmissão ou por
descoberta?). Diante disso, o objetivo deste artigo é apresentar uma análise crítica da obra
Na trilha da gramática: conhecimento linguístico na alfabetização e letramento, de Travaglia
(2013), a fim de verificar se a proposta do autor preenche as referidas lacunas, bem como
para verificar a funcionalidade e a efetivação da proposta no ensino de Língua Portuguesa
nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Para tanto, partiu-se de (i) discussões históricas
sobre o ensino de gramática, mais especificamente no Brasil, com base nas ideias de Mattos
e Silva (2004), Leite (2014) e Faraco (2006; 2017), Borges Neto (2013; 2018), entre outros; e
(ii) discussões sobre a questão da alfabetização e letramento, na esteira de Soares (2002;
2009) e Kleiman (2005). As análises apontam para o fato de que a proposta em tela, embora
estabeleça um avanço teórico no debate de como enfrentar pedagogicamente a atividade
metalinguística, não cumpre o propósito geral da obra (desenvolver a competência
comunicativa dos alunos), haja vista que o que, de fato, prevalece são exercícios de cunho
estruturalista que pouco estimulam o desenvolvimento das habilidades de leitura e de escrita
como práticas sociais.

PALAVRAS-CHAVE: Gramática. Ensino de gramática. Alfabetização e letramento. Proposta


pedagógica.

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OS IMAGINÁRIOS SOCIODISCURSIVOS PRESENTES NA REPORTAGEM “A CIDADE


MUSICADA”, DA REVISTA REVESTRÉS

Jaqueline Salviano de Sousa (UFPI)

É notório que os suportes midiáticos fazem uso de estratégias discursivas para obter efeito
de persuasão no público para o qual se destina a informação e que, para isso, o sujeito
enunciador recorre a determinados argumentos fundamentados em saberes. Tendo em vista
que esses saberes visam legitimar a informação expressa, o presente trabalho objetiva
analisar os imaginários sociodiscursivos presentes na reportagem intitulada “A cidade
musicada”, publicada na edição 42 de 2019, da revista Revestrés. Trata-se de um trabalho de
natureza qualitativa e interpretativa, pois, inicialmente, identificamos os saberes produzidos
na matéria selecionada, para, em seguida, serem classificados e analisados culminando com
a redação da pesquisa. O trabalho tem como base a Teoria Semiolinguística de Charaudeau
(2016, 2017), no que diz respeito aos imaginários sociodiscursivos, Procópio (2008), dentre
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outros. Como resultados, percebemos que a organização dos imaginários se dá,


majoritariamente, através de argumentos relacionados aos saberes de crença, uma vez que
o sujeito enunciador apresenta um discurso mais subjetivo da temática cultural em questão.
Observamos que essa característica subjetiva é vista na própria nomeação do título da
matéria “A cidade musicada”, em que é possível verificar apreciações acerca das músicas
voltadas para a cidade de Teresina, como também acrescenta opiniões de especialistas no
assunto.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Imaginários. Revista Revestrés.

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UM OLHAR SOBRE A REVISÃO E REESCRITA DE TEXTOS CIENTÍFICOS EM PRÁTICAS


COMUNICATIVAS DO UNIVERSO DIGITAL

José Cezinaldo Rocha Bessa (UERN)

Considerando a facilidade do acesso a informações e conteúdos que o universo digital tem


viabilizado em nosso tempo, assim como as possibilidades de uso, por estudantes, dessas
informações e conteúdos nem sempre de maneira crítica, visamos a examinar o tratamento
dado à revisão e à reescrita de textos científicos em sites e blogs que abordam a escrita
acadêmico-científica. Fundamentados em trabalhos situados em uma perspectiva
sociointeracionista da linguagem articulada ao ensino da produção textual (GERALDI, 1997;
ANTUNES, 2003; GARCEZ, 2010; SUASSUNA, 2011) e em estudos que abordam a escrita de
textos acadêmico-científicos (RUSSEL, 2009; NAVARRO, 2014; CARLINO, 2017), buscamos
realizar uma análise de natureza interpretativa e de base qualitativa de um corpus constituído
por 40 textos com conteúdo sobre a produção de artigos científicos e monografias coletados
em sites e blogs como enago, Ciência prática, Lendo.org, Monografia urgente e TCC pronto.
A análise realizada aponta que a maioria dos sites e blogs investigados contemplam, de
maneira precária, aspectos implicados na prática de escrever e reescrever textos científicos.
Compreendemos, assim, que os enunciados dos sites e blogs recortados contribuem para
produzir uma imagem fragmentada do que é efetivamente a atividade de produção de textos
acadêmico-científicos.

PALAVRAS-CHAVE: Revisão. Reescrita. Escrita científica. Universo digital.

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GÊNEROS ORAIS E ENSINO: UMA ANÁLISE DAS PRÁTICAS DOCENTES

Darlene Ribeiro da Silva Andrade (UNICAP)

O tratamento do ensino com “gêneros textuais” em salas de aula no contexto brasileiro


passou a ser frequentemente utilizado após a publicação dos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN), a divulgação da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e a partir das
discussões em torno dos gêneros textuais, em especial, orientadas pelos estudos no campo
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da Linguagem. As pesquisas como as de Bakhtin (1997), Marcuschi (2002, 2008), Bezerra


(2017), Dolz e Schneuwly (2011), Bawarshi e Reiff (2013) vêm propiciando um avanço, no que
diz respeito ao ensino da língua falada e escrita na escola, baseadas na abordagem de
gêneros textuais. A proposta deste trabalho é fazer uma análise das práticas docentes no
ensino e no desenvolvimento da oralidade e dos gêneros orais nas diversas disciplinas
escolares, uma vez que essa prática geralmente está centrada no ensino da língua
portuguesa. O tratamento metodológico faz-se a partir da análise de um questionário
respondido por 15 professores sobre o ensino da oralidade e dos gêneros orais nas práticas
docentes. A discussão teórica fundamenta-se nos trabalhos de Marcuschi (1997, 2001), Dolz
e Schneuwly (2011) entre outros. O corpus de análise mostrou que apesar do ensino da
oralidade se mostrar presente nas práticas docentes na maioria das disciplinas do ensino
médio, ainda há uma concepção superficial das práticas de produção oral no ensino, além de
um trabalho que não prioriza a produção oral fundamentada no trabalho com os gêneros
orais.

PALAVRAS-CHAVE: Oralidade. Gêneros orais. Ensino.

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UMA ANÁLISE DISCURSIVA DO CONTO "TRINTA E DOIS", DE FONTES IBIAPINA, SOB A


PERSPECTIVA DA CENA DE ENUNCIAÇÃO

Luís Felipe da Silva Castelo Branco (UFPI)

A análise do discurso literário é uma disciplina que vem promovendo um trabalho que vai
além das separações tradicionais entre o “interior” e o “exterior” das obras. Assim, os
gêneros do discurso passam a ser abordados como dispositivos de comunicação sócio-
historicamente definidos a partir dos quais, no caso da literatura, a obra é encenada.
Considerando isso, este trabalho tem por objetivo analisar o conto “Trinta e Dois”, do escritor
piauiense Fontes Ibiapina, mediante a noção de Cenas de Enunciação, proposta por
Maingueneau (2008), para melhor compreender o funcionamento dos gêneros do discurso.
A narrativa em questão apresenta o sertão piauiense diante do episódio da ‘seca’ de 1932,
abordando as suas consequências para a região e para o povo piauiense. Diante disso,
utilizou-se das contribuições de Maingueneau (2005, 2015, 2018) – para fundamentar o
trabalho com discurso literário – e Rabelo (2008) – para compreender a relação entre a obra
de Fontes Ibiapina e a conjuntura social e política do Piauí ao final da década de 1950.
Especificamente, enfatizou-se as categorias de cenografia e de ethos. Com isso, fazendo
parte de uma cena englobante literária e de uma cena genérica de conto, observou-se que
este incorpora, em sua enunciação, uma cenografia de relato histórico, cujo narrador
legitima-se a partir dos ethé implicados pela própria cenografia – de objetividade e
credibilidade –, assim como aqueles que, associados a ele e ao povo de Sambambaia (PI) –
de religiosidade, superstição e sofrimento – legitimam a sua autoridade para falar daquele
espaço e conferem a si e ao povo piauiense uma representação. Portanto, como as condições
sócio-históricas de emergência da obra foram marcadas por uma indefinição identitária e
geográfica do Piauí, observou-se uma suposta tentativa do escritor de elaborar uma
identidade regional piauiense por meio de cenas de fala e representações historicamente
associadas à região Nordeste.

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PALAVRAS-CHAVE: Análise do Discurso. Discurso Literário. Literatura Piauiense.

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UM ESTUDO COMPARATIVO EM RESUMOS DE ARTIGOS CIENTÍFICOS PUBLICADOS EM


PERIÓDICOS QUALIS A1 NAS ÁREAS DE LINGUÍSTICA E DE LITERATURA

Marcos Vitor Nascimento de Sousa (UESPI)


Bárbara Olímpia Ramos de Melo (UESPI)

A graduação é marcada por uma grande demanda de gêneros a serem escritos. Dentre eles,
o gênero que nos chama atenção é o resumo, mais especificamente, o resumo de artigo
científico publicado em revistas Qualis A1, pois este se apresenta como sendo uma espécie de
“condensação” de uma pesquisa em que são colocados os elementos de maior interesse e
importância (FLORES, 1994). Diante disso, o objetivo dessa pesquisa é analisar, com base no
modelo CARS – creat a research space – proposto por Swales (1990), como se configura a
distribuição das informações presentes em resumos de artigos científicos publicados em
revistas científicas classificadas com Qualis A1, comparando os resumos de Literatura e
Linguística, e verificar como é feita a construção de sentido levando em consideração texto,
contexto e contexto de produção. A pesquisa é classificada como bibliográfica e descritiva,
tendo como aportes teóricos John Swales (1990, 2004), que trabalha com a noção de gênero,
comunidade discursiva e propósito comunicativo; Van Dijk (2012) e Oliveira (2017) que
trabalham com a noção de contexto e modelos contextuais; Bezerra (2006) e Bhatia ([1997]
2009). Nosso corpus é constituído de vinte (20) resumos de artigos de revistas/periódicos
científicos com classificação Qualis A1, sendo dez (10) de Literatura e dez (10) de Linguística.
Diante das análises feitas, percebemos que a distribuição das informações presentes nos
resumos não segue um padrão único e que o gênero resumo, mesmo não seguindo um
padrão, constrói sentido na relação entre texto e contexto, pois a interpretação não se
restringe à distribuição das informações, mas tem a ver com os valores, normas e
reconhecimentos contextuais por parte dos produtores e receptores.

PALAVRAS-CHAVE: Gênero. Resumo. Comunidade Discursiva.

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O SUJEITO NO TEXTO E O TEXTO NA SALA DE AULA: PERSPECTIVAS DIALÓGICAS E O


DISCURSO OFICIAL SOBRE O ENSINO DA LÍNGUA MATERNA

‘ Francisco Renato Lima (UFPI)

Neste estudo, parte-se de uma concepção de texto como espaço/lugar de interação entre
sujeitos sociais, que no momento da leitura assumem um papel de protagonistas no ato de
ler, uma vez que transportam para o espaço do texto, suas experiências particulares,
revelando assim, a subjetividade leitora. Nesse sentido, tem-se como objetivo analisar as
orientações teórico-metodológicas propostas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN)
(BRASIL, 1998) e pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (BRASIL, 2018), para o

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trabalho com o texto na sala de aula, percebendo o movimento de rupturas, continuidades


e descontinuidades, avanços e desafios presente nesses discursos oficiais. Ancora-se,
principalmente, nas orientações teórico-legais e metodológicas desses documentos e na
abordagem dialógica e responsiva da linguagem, proposta por Bakhtin (2009), ao considerar
que “cada campo de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de
enunciados, os quais denominamos gêneros do discurso” (p. 262), apresentados por meio do
texto, entendido como um ato comunicativo e que, para sua construção e compreensão,
pressupõe uma “reação-resposta ativa responsiva” entre os interlocutores. Parte-se de uma
pesquisa bibliográfica e exploratória, de natureza sócio-histórica e caráter qualitativo,
realizada por meio da técnica de análise documental dos PCN e da BNCC, em um movimento
de produção, organização, categorização e análise dos dados, conforme Richardson (2012). A
leitura dos documentos oficiais revela um movimento de continuidade e avanço nas
concepções sobre texto. A continuidade ocorre pela reafirmação de que o texto é o centro
das atividades de ensino da língua; e avanço, no sentido de abarcar o conceito de texto, à luz
dos atuais parâmetros da Linguística Textual (LT), da Análise do Discurso (AD) e da Semântica
de textos, por exemplo, que ampliaram os conceitos e as concepções sobre texto,
evidenciando sobretudo, seu caráter multimodal e multissemiótico, que (des)estabiliza nos
múltiplos formatos e linguagens digitais, midiáticas e tecnológicas.

PALAVRAS-CHAVE: Texto. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Base Nacional Comum


Curricular (BNCC).

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O GÊNERO TEXTUAL TIRA CÔMICA: CONTRIBUIÇÕES NO ENSINO DE LEITURA

Francisco Pereira da Silva Fontinele (UFPI)

A presença de textos multimodais nas práticas de ensino amplia a competência leitora do


aluno, a exemplo das tiras cômicas, gênero comum nas práticas comunicativas dos alunos e
que tem boa receptividade dado o interesse leitor. Esse gênero apresenta muitos recursos
verbais e visuais que se integram para o processamento do conteúdo do texto. Essas
características tornam o gênero importante fonte para estudo que tem por objetivo refletir
sobre contribuições do gênero tira cômica no ensino de leitura, descrevendo recursos
verbovisuais que podem ser explorados para o desenvolvimento da competência leitora.
Para conduzir as reflexões, selecionamos o referencial teórico que contempla estudos sobre
leitura e o gênero tira cômica, com base em autores como Marcuschi (2008) ;Ramos (2017);
Van Dijk ((2004) ;Koch(2008),entre outros. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa
com abordagem exploratória e descritiva de tiras cômicas em que se observam os recursos
verbovisuais empregados e o que, a partir de seu emprego, é esperado do leitor em relação
à construção de sentidos ao longo da narrativa das tiras, bem como sua importância para o
ensino de leitura. Os resultados mostram que durante a leitura de tiras cômicas o leitor
precisa mobilizar conhecimentos de mundo, estabelecer inferências, compreender o
contexto de produção, relacionar e processar informações, observando sentidos construídos
no emprego dos recursos verbo-visuais. As conclusões parciais permitem afirmar que a
leitura de tiras cômicas contribui para o desenvolvimento de competências leitoras, pois além

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de ser um gênero atraente para o aluno, permite observar a integração necessária entre o
verbal e o não-verbal para que o sentido seja construído.

PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Tira cômica. Ensino.

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LEITURA E PRODUÇÃO DE SENTIDO: UMA ANÁLISE ACERCA DA POESIA MULTIMÍDIA DE


PAULO AQUARONE

Francisca Jaqueline F. de Oliveira (UFPI)

É inegável que atualmente nossa sociedade lida como a ascensão da cibercultura. Nesse
contexto digital, surge também a ciberliteratura ou literatura digital que, segundo Santaella
(2012), é aquela que nasce no meio digital e que se utiliza de recursos como sons, hiperlinks
e imagens que promovem a interatividade do leitor com o texto. Nessa perspectiva,
podemos citar Antunes (2017) que diz ser necessário que o professor procure incentivar a
prática de leitura e de análise de texto de todos os modelos. A autora afirma que é
importante que os alunos entendam a leitura de textos como uma atividade que envolva
sempre expressão de sentido e interação. Dessa forma, juntando estudos sobre a literatura
digital e as contribuições da linguística textual, o presente trabalho tem como objetivo
analisar o formato, a linguagem e os sentidos da poesia multimídia de Paulo Aquarone. Assim,
focaremos no texto dentro da cibercultura e nas novas formas de leitura, interação e
compreensão de sentidos que o ambiente digital nos proporciona. Para a elaboração desse
estudo, utilizaremos a seguinte metodologia: revisão bibliográfica acerca da poesia
multimídia e da literatura digital e também traremos como referencial as contribuições da
linguística textual. Faremos análises de imagens das poesias multimídias que serão retiradas
do site de Paulo Aquarone e formularemos atividades que envolvam a poesia multimídia em
sala de aula. Portanto, os resultados do estudo serão pautados nas análises feitas e na
elaboração de uma proposta de trabalho em sala de aula utilizando as poesias multimídias e
promovendo uma leitura interativa que busca um maior engajamento dos alunos.

PALAVRAS-CHAVE: Poesia multimídia. Leitura. Literatura digital.

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GÊNEROS TEXTUAIS MULTIMODAIS: DESENVOLVENDO CAPACIDADES LEITORAS POR


MEIO DO LETRAMENTO VISUAL

Francisca das Chagas Bezerra (SEDUC-PI)


Wellington Carvalho de A. Leão (CEAD-UFPI)

Este artigo objetiva identificar as contribuições dos gêneros textuais multimodais para o
desenvolvimento das capacidades leitoras por meio do letramento visual. Partiu-se da
reflexão teórica sobre a compreensão de gêneros textuais, multimodalidade e letramento.
Além disso, foi analisada a presença da multimodalidade no livro didático de Língua
Portuguesa do 1º ano do ensino médio, intitulado “Esferas das linguagens”, com o propósito
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de reunir conceitos que auxiliem na compreensão pedagógica do letramento visual no


processo de formação proficiente do leitor crítico, em que foram selecionados dois recortes
do gênero textual anúncio publicitário, por serem multimodais e estarem bem presentes no
livro didático analisado, compondo, assim, o corpus da pesquisa. Para realização do estudo,
optou-se pela pesquisa bibliográfica e buscou-se embasamento em Bakhtin (1997), Soares
(2014), Marcuschi (2008), Dionísio (2011), Vieira e Silvestre (2015), Kleiman (2005), Lévy
(1999), dentre outros autores que contribuíram com a temática abordada. O estudo mostra
que a multimodalidade ganhou maior representatividade com as crescentes inovações
tecnológicas, influenciando novas formas de significar o ato de ler e escrever. Porém, no
contexto educacional, os gêneros textuais multimodais não têm recebido um trabalho
profícuo nos livros didáticos analisados, impossibilitando a formação leitora do estudante, já
que é necessário um trabalho mais efetivo em atividades de letramento que sejam capazes
de nortear as práticas dos docentes, para que eles as utilizem em suas vivências
comunicativas, em sociedade, na leitura do mundo.

PALAVRAS-CHAVE: Multimodalidade. Capacidades leitoras. Letramento visual.

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A DIDATIZAÇÃO DO GÊNERO TEXTUAL TIRAS EM LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA


PORTUGUESA APROVADO PELO PNLD 2017-2019

Maria do Desterro V. de Araújo (UESPI)


Wellington Carvalho de A. Leão (CEAD-UFPI)

As tiras constituem-se de um conjunto de gêneros ligados às histórias em quadrinhos, com


ampla carga semântica e de leitura agradável, que fazem delas um excelente instrumento
didático, as quais estão presentes em grande quantidade no livro didático de Língua
Portuguesa. Em virtude disso, este trabalho pretende analisar a forma como a
multimodalidade, presente nesse conjunto de gêneros, é trabalhada pelos questionários do
livro didático do 8º ano da coleção “Português: linguagens”, de William Roberto Cereja e
Thereza Cochar Magalhães, aprovado pelo PNLD 2017-2019. A pesquisa é de caráter quali-
quantitativo e exploratório, tendo com respaldo a bibliografia de Marcuschi (2008), (2010) e
(2011), Ramos (2009), Bakhtin (2010), Dionísio (2010), Mendonça (2010), Dionísio et al. (2014),
dentre outros, bem como em orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais e da Base
Nacional Comum Curricular. O corpus de análise é constituído por questionários referentes
ao gênero, para isso foram selecionadas três tiras da série analisada, cujas semioses são
passíveis de um estudo significativa e que atribui sentidos nos alunos, com vistas na
verificação da existência de uma associação entre as múltiplas semioses e os conhecimentos
de mundo deles, de modo que seja promovido o seu desenvolvimento como sujeitos leitores
e críticos, ou se a apreciação desse gênero se dá apenas com o intuito de fazer análises de
cunho normativo. Como resultados, verificou-se que, nas tiras analisadas, há recorrência na
promoção do estudo da multimodalidade, mesmo que de forma velada, por meio de
exercícios disponibilizados, porém a criticidade do aluno ainda não tem sido vislumbrada de
forma específica, tendo em vista que o caráter gramatical ainda se sobressai em detrimento
à construção de sentido e formação reflexiva desse aluno.

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PALAVRAS-CHAVE: Tiras. Didatização. Livro didático.

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O ESTUDO DOS GÊNEROS COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Letícia Rodrigues da Silva (UEMA)


Maria José Nelo (UEMA)

Desde o surgimento da Linguística Textual, diversas têm sido as contribuições para a


compreensão dos fenômenos linguísticos. Teóricos como Van Dijk, Bakhtin, Marcuschi,
Kleiman, Koch e Elias, D’Isolla entre outros têm refletido de diferentes maneiras sobre o
conceito de texto, fato que constitui contribuições para entender o texto não como um
produto acabado, mas como um processo de planejamento, verbalização e construção de
estratégias para incentivar a leitura e a escrita em sala de aula. Assim sendo, delimita-se esta
proposta a tratar do texto e da retextualização como dois aportes basilares que se
entrecruzam na construção teórico-metodológica na prática de ensino e aprendizagem de
leitura e escrita, tendo em vista que um mesmo conteúdo de leitura e escrita pode ser tratado
por diferentes gêneros textuais e por diferentes aspectos gramático-lexicais. Nesse sentido,
os resultados obtidos no curso de Extensão Metodologia do Ensino de Línguas, na
Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), a partir de uma crônica “Classificados através
da história”, de Luís Fernando Veríssimo, são parciais e indicam que: a) o texto-base de leitura
promove incentivo para a escrita de outro gênero textual; b) a retextualização possibilita a
autonomia autoral do criador de um novo texto; e c) a compreensão e o entendimento da
intersecção retextualização no ensino-aprendizagem. Pode-se entender que é necessário
utilizar estratégias para o ensino de leitura e de escrita autoral em diferentes condições de
produção comunicativas do uso.

PALAVRAS-CHAVE: Retextualização. Gêneros textuais. Estudos linguísticos.

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A THEORETICAL OVERVIEW OF SCIENCE FICTION

Israel Alves Correa Noletto (IFPI)

Science fiction has been described as philosophical fiction or the genre of ideas. Being
exceptionally assorted as a genre, it incorporates an eclectic array of narrative styles: there
are stories in the form of crime and detective mysteries, theological and philosophical
extrapolations, futuristic utopias and dystopias; both pacy narrative and lyrical
contemplation; full of plot devices and innovative concepts. There is magical realism, modern
gothic, postmodernism and the absurd, omniscient narration and a psychological stream of
consciousness; the registers of adventure, fantastical journey, experimental narrative,
science, and wit; stories both filled with demotic dialogue and teeming with specialized
jargon; as well as a rich and ever-expanding set of sub-genres across the many media forms.

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As a result, describing and devising a theoretical basis for Science Fiction is particularly
challenging. In view of that, I propose a review of Darko Suvin’s Metamorphoses of Science
Fiction (1979), Istvan Csicsery-Ronay, Jr.’s The Seven Beauties of Science Fiction (2008), Peter
Stockwell’s The Poetics of Science Fiction (2000) and Carl Freedman’s Critical Theory and
Science Fiction (2000), the works that form the main body of theoretical contributions to the
genre today. Such a review, along with exemplifications within the SF’s canon, shall shed a
brighter light on the matter of conceiving a broad definition of the aesthetics and poetics of
Science Fiction.

PALAVRAS-CHAVE: Science Fiction. Theory. Genre. Overview.

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OS QUE BEBEM COMO OS CÃES, DE ASSIS BRASIL: UMA REUNIÃO DE GÊNEROS


LITERÁRIOS

Ederson Dias de Carvalho (UESPI)

Os gêneros literários sofreram o impacto da chegada do pós-modernismo e suas novas


vertentes. Dentre eles, um dos que mais sofreu tal impacto, como também um dos que mais
se adaptou aos novos tempos, foi o gênero Narrativo. Ele possui uma grande capacidade de
mutabilidade, adaptabilidade, com forte viés para agregar propostas das mais arrojadas
sobre a liberdade estética. Além disso, tal gênero constitui-se num terreno fértil para abrigar
o sujeito pós-moderno e todas as suas inquietações. O escritor Assis Brasil, um cânone vivo
da Literatura Piauiense, reconhece bem todas as transformações que o romance vem
sofrendo ao longo do tempo e, de forma eficiente, adapta essas transformações às suas
obras. Assim, o objetivo é mostrar como o romance Os que bebem como os cães, do escritor
Assis Brasil, consegue reunir, de forma bem harmônica, características dos gêneros Lírico,
Épico/Narrativo e Dramático. Para tanto, desenvolveu-se uma pesquisa bibliográfica, de
caráter analítico-qualitativa, com base nos seguintes autores Bakhtin (2011), Lukács (1999),
Marcuschi (2003), dentre outros. Os resultados parciais revelam que o romance em questão
é um legítimo produto do impacto que o pós-modernismo causou nos textos literários. Tais
resultados revelam ainda que a obra Os que bebem como os cães, pertencente ao gênero
Narrativo, consegue unir, numa tessitura textual bem construída, características também dos
gêneros Lírico e Dramático.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros Literários. Romance. Os que bebem como os cães.

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A (RE)CONSTRUÇÃO DO REFERENTE LULA EM NOTÍCIAS DE SITES PIAUIENSES

Valeria Pinho (UESPI)

Este trabalho visa a averiguar os processos referenciais na construção do referente “Lula”,


no gênero textual notícia, a partir da análise de três notícias retiradas de sites piauienses, os

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quais noticiaram as eventualidades ocorridas durante a visita do ex-presidente Luiz Inácio


Lula da Silva ao Estado do Piauí e em especial a solenidade de entrega do título de Doutor
Honoris Causa, concedida pela Universidade Federal do Piauí – UFPI. Objetivamos identificar
e descrever os processos referenciais presente nos textos selecionados, além de analisar os
sentidos construídos por meio destes processos, assim, mostrando as expressões
recategorizadoras que permitem a construção do referente “Lula” nas notícias. Usamos
como arcabouço teórico os conceitos postulados por Koch (2003 e 2005), Marcuschi (2008),
Cavalcante (2013), Koch e Elias (2016) que versam sobre os processos construtivos dos
textos. Também fundamentamos nosso trabalho em Mondada (2001 e 2005), Matos (2005),
Silva (2013), Cavalcante e Lima (2013), Cavalcante (2012, 2013, 2014), Cavalcante, Custódio
Filho e Brito (2014), Esteves (2017), os quais fizeram ponderações a respeito do fenômeno da
referenciação, diferenciando os conceitos de referente e expressões referenciais, além disso,
da classificação dos processos referenciais ((i) introdução referencial; (ii) anáfora; (iii) dêixis).
Enfim, consideramos as definições acerca do processo referencial recategorizador
postuladas por Tavares (2003), Ciulla e Silva (2008), Lima (2003 e 2009), Custódio Filho (2011),
que embasaram suas pesquisas no estudo pioneiro de Denis Apothéloz e Reichler-Béguelin
(1995). Deste modo, adotamos alguns critérios na seleção, leitura e compreensão do corpus,
assim, o subdividindo em três fases: identificação, classificação e análise dos processos
referenciais contidos nas notícias, apresentando como o objeto de discurso “Lula” é
recategorizado em cada contexto, evidenciando, portanto, as possíveis interpretações do
referente que o leitor possa ter durante a leitura dos textos, como a orientação
argumentativa, resultante de tal estratégia textual.

PALAVRAS-CHAVE: Referenciação. Recategorização. Notícia.

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RELATO DE EXPERIÊNCIA: O GÊNERO NOTÍCIA ONLINE COMO OBJETO DE ENSINO

Jonnathan Ferreira de Sousa (UFMA)

O presente trabalho objetiva relatar a experiência vivenciada durante atividades de


intervenção numa escola municipal da rede pública de ensino, no município São Bernardo -
MA, com alunos do 8º e 9º do Ensino Fundamental. As atividades foram organizadas em
forma de oficinas de leitura e produção de textos digitais, dentre eles o gênero notícia online,
objeto de ensino da experiência relatada no presente artigo. O uso das novas tecnologias e
de gêneros digitais tem mudado as formas de comunicação, informação e interação. Este
relato descreve uma experiência sobre o ensino da notícia online, apontando para o
funcionamento desse gênero e para novas formas de leitura. Nesse sentido, trabalhamos
aspectos hipertextuais e multimodais em uma notícia online retirada do portal G1, cuja
manchete é: “Bandidos explodem agências bancárias em São Bernardo-Maranhão”.
Utilizamos como aporte teórico, autores tais como Bakhtin (2003) que faz uma discussão
sobre gêneros discursivos, Marcuschi (2002, 2007) discutindo concepções de gêneros
textuais digitais, Antunes (2002) abordando leitura e escrita numa perspectiva interacional,
Rojo (2015) que fala de multiletramentos e Alves Filho (2011) que trata de gêneros
jornalísticos e ensino. Como resultados da experiência relatada, destacamos o envolvimento
dos alunos com a leitura da notícia online enquanto atividade prazerosa de pesquisa, de
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construção e de reconstrução de sentidos. Percebemos a importância de trabalhar


estratégias de leitura hipertextual com os alunos da educação básica para o desenvolvimento
de habilidades necessárias para a leitura de textos digitais.

PALAVRAS-CHAVE: Notícia Online. Leitura. Ensino.

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PROCESSOS INTERTEXTUAIS NA CONSTRUÇÃO DE SENTIDO NA SOFRÊNCIA MUSICAL

Djanes Lemos Ferreira Gabriel (UESPI)


Elizandra Dias Brandão (UESPI)

Há vários fatores que corroboram para a compreensão dos textos. Um desses fatores é a
intertextualidade, que é a relação entre os textos, quando um texto é elaborado a partir de
outro. Dessa forma, o presente artigo se propõe a analisar os processos intertextuais presentes
nas músicas intituladas “sofrência”, que se caracterizam por apresentar um conteúdo que
retrata sofrimento amoroso, mais conhecido como dor de cotovelo. Objetiva-se com isso
apresentar os processos intertextuais, relacionando-os ao gênero musical para a construção de
sentido. Essas relações de que um texto estabelece com outros enunciados podem ser
concebidas de forma explícita ou de maneira sutil, levando o leitor a construir o sentido do texto
por meio de inferências, recorrendo ao conhecimento de mundo, conhecimento partilhado e ao
seu repertório de leituras. A pesquisa ancora-se nas discussões acerca do assunto feitas por
teóricos como Koch e Elias(2008), Koch(2018), Cavalcante(2018), Mussalim e Bentes(2012). Para
tanto, o corpus da análise se constitui de três músicas: Ausência e Todo mundo vai sofrer, de
Marília Mendonça, e Casalzinho botequeiro, de Maiara e Maraísa. Depreende-se com a análise do
estudo que um texto sempre retoma outro texto ou se reporta a ele, estabelecendo-se, assim,
um diálogo intertextual, orientando o leitor a recorrer ao conhecimento prévio de outros textos
na busca pelo efeito de sentido.

PALAVRAS-CHAVE: Intertextualidade. Música. Sofrência.

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NOTÍCIA ONLINE: A FORMAÇÃO DE UM LEITOR RESPONSIVO

Rafaela Freitas Silva (UFMA)

Este trabalho objetiva refletir sobre estratégias de leitura da notícia online para a formação
de um leitor responsivo. Assim, analisaremos a construção dos sentidos a partir das relações
dialógicas, bem como o efeito de sentido de determinadas escolhas linguísticas. Segundo
Alves Filho (2011), a notícia online é um gênero digital da esfera jornalística que tem como
principal função informar sobre um acontecimento novo e relevante, e é um dos gêneros aos
quais as pessoas têm mais contato diariamente pelo fato de ser difundida em diversos
lugares e suportes. De acordo com Bakhtin (2011), nos comunicamos sempre por meio de
gêneros, que são tipos de enunciados relativamente estáveis, e toda compreensão de um
enunciado, da fala viva é responsiva e traz em si uma resposta, uma apreciação valorativa a
um enunciado, promovendo dessa forma a interação entre os sujeitos, em que estes
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respondem ativamente a um enunciado, concordando ou discordando, de acordo com seus


pontos de vista e conhecimento de mundo. Buscamos também analisar a presença ou a
ausência de vozes sociais na notícia, já que dentro de uma notícia encontramos inserção de
vários atores sociais. Utilizamos como corpus de análise uma notícia online sobre o erro no
Enem 2019. Para essa discussão, trazemos como aporte teórico Bakhtin (2014, 2011), Alves
Filho (2011), Menegassi (2009, 2011), Marcuschi (2003, 2010) entre outros. Como resultados
parciais, destacamos a importância de desenvolver habilidades de leitura que permitam ao
aluno perceber como a forma que as vozes aparecem (ou não) no texto revela estratégias de
argumentação e uma forma de ecoar determinada ideologia.

PALAVRAS-CHAVE: Notícia. Leitor. Responsividade.

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A FLUTUAÇÃO DE USO DO VERBO NO PRESENTE DO SUBJUNTIVO NAS REDAÇÕES DE


ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO

Joelma Pereira Silva (UFMA)

O presente trabalho está voltado para a ocorrência da Flutuação de uso dos modos verbais
nas produções escritas dos estudantes do ensino médio. O termo Flutuação está sendo
empregado para indicar o desvio de uso do verbo no modo indicativo em sentenças que
deveriam ser expressas no modo subjuntivo, por exemplo. Numa sentença do tipo “as provas
estão chegando, embora eu estou estudando, tenho medo de tirar notas ruins”, a expressão
“embora” exige que o verbo da oração destacada seja flexionado no modo subjuntivo e não
no indicativo, como o aluno a empregou. Temos como objetivo descrever a ocorrência da
flutuação dos modos verbais nas produções escritas por estudantes do ensino médio. Os
autores que dão suporte teórico ao trabalho são: Cunha et al (2013), Martelotta (2011), Neves
(2002, 2004), dentre outros que discutem a gramática da língua em situações concretas de
uso. Os procedimentos metodológicos são de base qualitativa, tendo como princípio de
coleta de dados a construção de um corpus, a partir dos textos produzidos por esses
estudantes. Para este trabalho, selecionamos 2 (dois) textos e deles extraímos os seguintes
fragmentos: “Os pais querem que nós estudamos, que nós crescemos, que nós fazemos
nossas tarefas de casa” (Aluno A); “Na verdade, eu quero que os meus pais me respeitam”
(Aluno B). Os resultados indicam a presença da flutuação nos 2 (dois) fragmentos
destacados: “que nós estudamos, que nós crescemos, que fazemos nossas tarefas”; “que
os meus pais me respeitam”. Nesses fragmentos, o verbo deve ser flexionado no subjuntivo.
Esses resultados colocam em questionamento as regras de uso dos modos verbais ensinadas
nas escolas, as quais poderiam ser trabalhadas a partir dos próprios textos dos alunos.

PALAVRAS-CHAVE: Flutuação. Modos Verbais. Produções Escritas.

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CONSTRUÇÃO SOCIAL DO ETHOS DE PRINCESA: UMA ANÁLISE DISCURSIVA DE MÍDIAS


VISUAIS DA EMPRESA O BOTICÁRIO

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Ariane Castro Alencar (UFPI)

O presente trabalho trata-se de uma análise discursiva de mídias visuais da empresa O


Boticário, investigando como se dá o processo de construção social do ethos de princesa, a
partir da Análise do Discurso Francesa. O corpus analisado é um recorte da campanha
“Contos de Fadas” de O Boticário produzida pela agência AlmapBBDO. O motivo da seleção
das referidas mídias deu-se em razão de sua interdiscursividade a uma temática bastante
recorrente nos tempos atuais: o empoderamento feminino, pois coloca a mulher em papel
de destaque, ao tempo em que traz a linguagem literária para o texto publicitário.
Metodologicamente, este estudo é de base bibliográfica e de abordagem qualitativa. A
análise será pautada nas noções de ethos discursivo e suas variações, nas categorias de
interdiscurso, cena englobante, cena genérica e cenografia. E ainda ligadas ao ethos,
abordaremos as noções de fiador, instância subjetiva e adesão, de forma a analisar o
texto/discurso publicitário da empresa O Boticário, pautados em Maingueneau (2008, 2010,
2011, 2013, 2014, 2015), para quem o discurso é entendido como uma encenação cujas cenas
e efeitos de sentidos impactam e persuadem, discursivamente, o coenunciador
(destinatário), que poderá transformar-se em consumidor por força do impacto das imagens
que levam o público a aderir a elas e, possivelmente, a querer consumir o produto que
propagam. A análise revelou-nos um discurso marcado pelo ethos de sensualidade e uma
imagem de enunciador, fiador preocupado em ressaltar a beleza e o empoderamento da
mulher, ao mesmo tempo em que, por meio de estratégias discursivas e com diferentes
cenografias, seguem explorando, portanto, o imaginário feminino.

PALAVRAS-CHAVE: Ethos de princesa. Mídias visuais. Discurso publicitário

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GÊNEROS DIGITAIS E ENSINO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O GÊNERO MEME

Elayne Cristina da Silva (UFMA)

Sabemos que atualmente as informações transbordam nas redes sociais. Dessa maneira, os
gêneros digitais ganham destaque por se adequarem às necessidades de comunicação dos
indivíduos. Dentre os variados gêneros digitais, o gênero meme é um dos mais utilizados,
justamente por abordar os acontecimentos da atualidade de maneira cômica e crítica, e por
propagar informações em massa, possuindo flexibilidade de misturar diferentes tipos de
linguagem no seu processo de produção. No que diz respeito ao ensino, apesar do impulso
dos gêneros digitais, ainda há dificuldades em usá-los enquanto objeto de ensino nas práticas
pedagógicas em sala de aula. Desse modo, o presente trabalho objetiva relatar uma
experiência docente vivenciada em uma oficina sobre o gênero digital meme, realizada na
Universidade Federal do Maranhão (UFMA), campus São Bernardo. Essa oficina foi
direcionada aos alunos do 8º e 9º ano do Ensino Fundamental de uma escola municipal da
rede pública de São Bernardo-MA, a fim de propiciar aos alunos o conhecimento de algumas
ferramentas de produção de memes através do uso do celular e de características próprias
da linguagem e uso social desse gênero. Dentre os conceitos discutidos, temos gêneros
digitais, memes, multiletramentos e hipermodernidade. Como aporte teórico metodológico,

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recorremos a Dawkins (2007), BNCC (2018), Rojo e Barbosa (2015), dentre outros.
Destacamos como principais resultados o engajamento dos alunos nas atividades de leitura
e produção textual e a habilidade revelada no manuseio de aplicativos para produção dos
memes.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Meme. Multiletramentos.

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UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O USO DO GÊNERO VLOG COMO OBJETO DE ENSINO


E APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Márcia Brandão de Almeida (UFMA)

Este trabalho tem como objetivo apresentar as experiências adquiridas com o uso do gênero
vlog, em uma oficina de leitura e produção de texto, com os alunos da educação básica do
município de São Bernardo- MA. A oficina foi intitulada “Varal de Cordel: Aprendendo em
vlog”. Como objetivos elencamos: a) Verificar a importância do uso do gênero vlog no
processo de ensino e aprendizagem; b) Relatar as atividades de construção do vlog, tendo
em vista aspectos tais como, linguagem multissemiótica e multiletramentos; c) Analisar
como o gênero vlog enquanto objeto de ensino, auxilia na construção de um leitor crítico. A
partir disso, questionamos quais os desafios e ganhos no processo de ensino e
aprendizagem, diante do uso do gênero vlog enquanto objeto de ensino? A metodologia
adotada para a realização da pesquisa é de caráter bibliográfica, e de relato de experiências.
Para fundamentar a pesquisa, recorremos aos estudos de Bakhtin (2016[1979]), Filho (2016),
Sousa (2017), Moratto e Passetti (2014). Como resultados parciais, destacamos o desafio do
trabalho com o gênero vlog, visto que, aparentemente, ele é um gênero simples, todavia, é
necessário conhecer sobre como criar um, sobre seu manuseio, aplicativos de edição, criação
de canais (YouTube) ou páginas nas redes sociais (Instagram) para a publicação dos trabalhos.
Foi perceptível o interesse e curiosidade dos alunos durante as atividades, que se
constituíram como práticas de oralidade e leitura prazerosas. Destacamos, ainda, a
percepção da importância do gênero vlog para o letramento digital e compreensão
responsiva dos alunos frente às temáticas discutidas.

PALAVRAS-CHAVE: Gênero. Vlog. Ensino.

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O DIALOGISMO INTERLOCUTIVO E INTERDISCURSIVO NO GÊNERO COMENTÁRIO ONLINE

Maiara Amorim Pereira (UFMA)

O presente artigo tem como objetivo investigar como o dialogismo constrói sentidos no
gênero comentário online. De acordo com Bakhtin (2003), os enunciados dialogam entre si,
uma vez que todo enunciado se origina a partir de outro já existente. Desse modo, os
enunciados são constituídos por relações dialógicas resultantes da interação entre os
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falantes. Segundo Cunha (2013), o dialogismo está no centro da vida, portanto, é inerente ao
ser humano. Diante disso, questionamos: como as relações dialógicas se manifestam
linguisticamente, ou não, no gênero comentário online? Para alcançar nosso objetivo,
discutiremos conceitos tais como, dialogismo, responsividade, heterogeneidade mostrada e
constitutiva. O corpus selecionado é formado por comentários online sobre uma notícia da
esfera político-jornalística divulgada no portal G1, cuja manchete é: Após alta recorde do
dólar, Guedes diz que câmbio a R$ 1,80 permitia a doméstica ir à Disney. Como aporte teórico
utilizamos as concepções de Bakhtin (2003), Bakhtin / Volochínov (2014), Santos (2012, 2018),
Cunha (2011, 2014), Alves Filho (2011), Authier Revuz (2004, 1998), Barros (2005), dentre
outros teóricos. Foi possível verificar que além do dialogismo interlocutivo, temos a
retomada da fala do outro por meio de diferentes recursos, tais como discurso indireto,
aspas, ironia, dentre outros. O gênero comentário online sobre notícia permite a interação
entre os internautas, sendo fortemente marcado pela liberdade de expressão.

PALAVRAS-CHAVE: Comentário online. Dialogismo. Sentido.

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GÊNEROS DOS JORNAIS : UMA ABORDAGEM DIFERENTE DA LÍNGUA PORTUGUESA

Maria Clara da Silva Barbosa (UEMA)


Edite Sampaio Sotero Leal (UEMA)

O presente trabalho é fruto dos resultados parciais de um projeto de extensão da


Universidade Estadual do Maranhão, que é aplicado em uma turma do 7° ano do Ensino
Fundamental da Escola Integral Firmo Pedreira, localizada no município de Timon-MA. Desse
modo, este trabalho tem como objetivo possibilitar aos alunos do ensino fundamental o
conhecimento, a leitura, a interpretação, os gêneros textuais e a produção textual, dando
importância ao modo como a Língua Portuguesa é veiculada nos jornais impressos
diariamente. Diante dessa perspectiva, procuramos embasamento teórico nos estudos de
Marcuschi (2005,2008), Martins (2004), Pavani (2002), levando em consideração que eles
abordam desde a concepção literária até um trabalho com as mídias impressas na
comunidade escolar. O uso do jornal em práticas de aprendizagem incita a leitura sobre a
realidade social da própria comunidade, o que insere a educação em um contexto social
parecido com o do aluno. Constatamos que a utilização da mídia impressa como ferramenta
de aprendizagem proporciona aos alunos conhecimentos de mundo – sociais da sociedade
em que estão inseridos, além de olhar para o aluno como um sujeito – social, e também auxilia
na absorção dos conteúdos e do funcionamento da língua portuguesa.

PALAVRAS-CHAVE: Jornal. Língua Portuguesa. Gêneros textuais.

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ABORDAGENS E ENSINO DE GÊNEROS TEXTUAIS: UMA VISÃO GERAL DOS PCN E DA BNCC

Leonildes Lima Colaço Teixeira de Arêa Leão (UFMA)


Luís Henrique Serra (UFMA)

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Neste trabalho, pretende-se apontar brevemente algumas abordagens teóricas sobre os


gêneros textuais, enfatizando as de maior influência no Brasil, especialmente, as que
embasaram a elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e da Base Nacional
Curricular Comum (BNCC), diretrizes norteadoras do ensino brasileiro. Tomando essas duas
matrizes, o trabalho apresenta, especificamente, uma análise do currículo da Língua
Portuguesa de escolas do ensino fundamental no que diz respeito à abordagem acerca dos
gêneros textuais. Para fundamentação teórica desta pesquisa, serão levados em
consideração os estudos de Bakhtin (1997), Dolz e Schneuwly (1999), Bronckart (1999),
Bazerman (2005, 2006, 2007), Miller (1984, 2008), Bathia (2009), Swales (2009) entre outros.
Ao analisar esses documentos de parametrização, constatou-se que tanto os PCNs quanto a
BNCC, quando tratam dos gêneros textuais, apresentam uma abordagem sociodiscursiva e
interacionista, muito embora não se aprofundem nos conceitos de termos como texto,
gêneros e tipos textuais. Percebeu-se também que a BNCC elenca uma maior quantidade de
gêneros a serem estudados, dando uma ênfase aos gêneros digitais. Essa extensa
quantidade pode ser um ponto negativo, já que as atividades com gêneros demandam tempo
e isso pode levar a um estudo superficial. Considerando esses aspectos, alguns
questionamentos são pertinentes: os gêneros de fato estão sendo usados para viabilizar as
competências e habilidades comunicativas? Como eles vêm sendo abordados pelos
docentes? Diante dessas inquietações, faz-se necessário refletir sobre as metodologias e
práticas pedagógicas que vêm sendo aplicadas e se, de fato, esses documentos têm
favorecido essas práticas para se alcançar um melhor desenvolvimento dessas competências
e habilidades, se contempla o desenvolvimento das capacidades linguístico-discursivas dos
alunos em suas reais práticas de linguagem. Ou ainda pensar se a didatização dos gêneros
textuais não tem sido aplicada de modo estagnado, prendendo-se às formas e funções do
gênero, e não às práticas sociais que o constitui.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros Textuais. BNCC. Ensino de Língua Portuguesa.

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A UTILIZAÇÃO DE QUADRINHOS NO PAES: UMA ANÁLISE DAS PROVAS DE LÍNGUA


ESTRANGEIRA

Denise Maia Pereira Laurindo (UEMA)

Considerando-se o percurso das histórias em quadrinhos (HQs) e sua inserção no contexto


escolar, o presente estudo tem como objetivo verificar quais os gêneros das HQs e como eles
foram usados nas provas de língua estrangeira (Língua Inglesa e Língua Espanhola) do
Processo Seletivo de Acesso à Educação Superior (PAES) da Universidade Estadual do
Maranhão (UEMA). O corpus da pesquisa se constituiu das provas da primeira etapa, prova
objetiva, e da segunda etapa, prova discursiva, do PAES nas edições de 2016, 2017, 2018, 2019
e 2020. Exames de larga escala implicam reflexões críticas sobre suas práticas e podem
fornecer subsídios para monitoramento do sistema educacional (KLEIN, 1995). Esta pesquisa
ancorou-se na definição dos quadrinhos (COSTA, 2008; RAMOS, 2010) à luz dos pressupostos
teóricos de Santos e Vergueiro (2012), Ramos (2006; 2009) além da concepção bakhtiniana
(BAKHTIN, 2011) de gêneros discursivos. A partir da análise empreendida constatou-se que o
hipergênero HQs apareceu doze vezes nas provas analisadas: com a tirinha, a charge e o

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cartum. O gênero que mais se ressaltou foi a tirinha, com aproximadamente 75% das
aparições, seguido do cartum, com aproximadamente 16% e da charge com cerca de 9%. O
maior número de aparições se deu na prova de Língua Espanhola, correspondendo a
sessenta e seis por cento das questões envolvendo o gênero da nona arte. Observou-se que
o foco da maioria das questões era nos textos verbais e não verbais das HQs, outras eram
apenas ilustrativas, podendo ser retiradas sem que houvesse perda da inteligibilidade das
mesmas. Conclui-se que as HQs podem ter um papel importante no contexto de exames de
larga escala se bem empregadas.

PALAVRAS-CHAVE: História em quadrinhos. PAES. Língua estrangeira.

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A COMPETÊNCIA ARGUMENTATIVA DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DA REDE PÚBLICA


ESTADUAL DE BACABAL - MA

Luís Henrique Serra (UFMA)

Este trabalho tem como principal objetivo identificar e analisar os tipos de argumentações
presentes nas produções textuais dissertativas de alunos do ensino médio da rede estadual
de ensino do município de Bacabal, no Maranhão, além de apresentar algumas discussões
sobre as teorias da argumentação na escrita escolar. Para a realização deste trabalho, foram
utilizados textos produzidos nas aulas de produção textual de uma das escolas da rede
estadual de ensino da cidade de Bacabal. Como diz Koch (2018) “argumentar é humano”,
então, a escolha pelo texto dissertativo se dá devido a essa tipologia ter como uma de suas
principais características a argumentação, a defesa de um ponto de vista, podendo assim
possibilitar a identificação, em muitos momentos do texto, das ideologias de seu autor e as
formas argumentativas escolhidas para sua defesa. Analisando tais textos, foi possível
perceber as diferentes formas de argumentação que esses estudantes escolheram, de forma
consciente ou não, na produção de seus textos dissertativos para a comprovação de suas
teses e, consequentemente o convencimento de seu leitor/interlocutor. A partir dessa
análise, pretende-se iniciar uma investigação sobre o ensino de língua portuguesa nas escolas
públicas, com o foco no ensino da argumentação em sala de aula. Portanto, a escolha por
esse objeto de análise se justifica por ser capaz de mostrar a presença de vários tipos
argumentativos em muitos textos produzidos por esses alunos, confirmando a construção
da identidade e das crenças da maioria desses jovens expressas na discussão e defesa das
teses abordadas.

PALAVRAS-CHAVE: Argumentação. Texto dissertativo. Ensino de Língua Portuguesa.

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O GÊNERO COMENTÁRIO ONLINE NA ESCOLA: DESENVOLVENDO HABILIDADES PARA


UMA COMPREENSÃO RESPONSIVA E ÉTICA

Eliane Pereira dos Santos (UFMA)


Maria Francisca da Silva (UFMA)
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O objetivo dessa pesquisa é discutir a importância do gênero comentário online como objeto
de ensino de práticas sociais de leitura e de escrita. Na contemporaneidade, o espaço
jornalístico tem cada vez mais dinamizado as formas de informação e de interação entre os
leitores. As fronteiras entre jornalismo e leitor ficaram mais fluídas, abrindo espaço para a
publicação de comentários e consequentemente maximizando a autoexpressão, o desabafo,
a interação. Diante disso, questionamos: Como o gênero comentário online pode contribuir
para o desenvolvimento de habilidades necessárias para uma compreensão responsiva e
ética na Educação Básica? Partindo desse questionamento, discutiremos conceitos
bakhtinianos, tais como dialogismo, ideologia e compreensão responsiva. O corpus é
constituído por sequências de comentários online sobre noticias relativas à morte do neto do
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, divulgadas em diferentes espaços jornalísticos. O
aporte teórico é constituído por Bakhtin (2003[1979], 2015 [1934-1936]), Bakhtin/Volochinov
(2010[199-1930]), Menegassi (2011), Santos (2018), Rojo (2013), Cunha (2013), dentre outros.
Como resultados parciais, destacamos a importância do comentário online enquanto objeto
de ensino/aprendizagem para reflexão sobre aspectos de civilidade e ética, em sala de aula.
Destacamos, ainda, como resultados, a importância desse gênero para o desenvolvimento
de habilidades de leitura e de escrita para formação de um leitor responsivo, uma vez que
seu estilo é fortemente marcado pelo dialogismo, suscitando do leitor o conhecimento
compartilhado sobre outros discursos anteriores, que se relacionam com o dito atual. Outro
ponto merecedor de destaque, em relação aos dados analisados, é a recorrência de
agressões verbais, insultos, motivados na maioria das vezes, por um posicionamento político-
partidário.

PALAVRAS-CHAVE: Comentário online. Ensino. Compreensão responsiva.

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O PROCESSO DE REFERENCIAÇÃO EM NOTÍCIAS QUE RELATAM OS DISPAROS DE


ESPINGARDAS EFETUADOS POR UMA GAROTA EM MT

Tatiane da Silva Sousa (UESPI)


Josielma Pacheco Vaz (UESPI)

O presente trabalho se desenvolve dentro do campo da Linguística Textual e tem por


objetivo analisar como as expressões referenciais contribuem para o processo de construção
dos sentidos sobre a notícia que relata os disparos de espingarda realizados por uma garota
contra um homem que adentrou em sua propriedade no Mato Grosso. Para tanto, nos
apoiamos nas contribuições de Cavalcante (2018) que afirma que além de simplesmente se
referir a um mesmo objeto, as expressões referenciais desempenham funções diferentes e
que um objeto pode ser recategorizado de acordo com a expressão referencial pela qual foi
retomado. Além disso, selecionamos dois sites jornalísticos (G1 e Folha Uol) que informam o
ocorrido. Embora a notícia seja tomada como gênero imparcial, durante a análise buscou-se,
por meio do enfoque nas expressões referenciais, discutir até que ponto essa imparcialidade
se faz presente e de que modo a recategorização dos referentes revelam os reais sentidos
do que está sendo informado. A princípio, diante da comparação entre as manchetes, a
hipótese levantada seria a de que cada site manteria um posicionamento diferente sobre o

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fato, entretanto análise da maneira como os elementos foram postos do início ao fim da
notícia contribuiu para que se chegasse a um resultado diferente do esperado. Assim, a
escolha de um referente em detrimento de outro serve não só para modificar os sentindo,
mas também para mascará-lo quando se toma apenas uma parte pelo todo.

PALAVRAS-CHAVE: Referenciação. Notícia. Expressões referenciais.

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PRÁTICA DE LEITURA INTERDISCIPLINAR: FORMAÇÃO DO LEITOR PARA/NA


CONTEMPORANEIDADE

Maria Goreth de Sousa Varão (UFPI)

Este texto objetiva trazer uma reflexão sobre a leitura do texto audiovisual nesse contexto
de transformações com o advento das ferramentas digitais. O texto traz múltiplas semioses
e possibilidades de leituras que vão além da decodificação e exigem do leitor um
posicionamento crítico, para refletir sobre temas e valores sociais e/ou culturais que
contextualizam a narrativa; identificam e caracterizam o comportamento das sociedades e
reconhecem formas de desigualdades nesse universo. A BNCC (BRASIL, 2019) surgiu e trouxe
uma atualização das diretrizes curriculares no aspecto da leitura, evidenciando o
desenvolvimento das competências e habilidades de leituras de gêneros digitais. Neste
texto, consideramos que a leitura do texto audiovisual se enquadra nas diretrizes do
documento, por envolver múltiplas linguagens e saberes, por isso, requer um diálogo entre
as áreas de formação escolar, para a construção de conhecimentos interdisciplinares, por
conta dos discursos e contextos que tecem a trama no texto; também provocam a
transgressão de práticas tradicionais e dos limites da sala de aula. Tal posicionamento requer
uma metodologia que mude a forma de produzir conhecimentos, para que os alunos
compreendam e organizem as informações complexas do mundo contemporâneo
veiculadas em textos de múltiplas linguagens. Este estudo é bibliográfico e pretende
destacar a necessidade do diálogo entre escola-aluno-professor nessa transição, para
adotarem metodologias articuladas entre o saber e o fazer que aproximem ideias, conectem
pessoas. Este estudo se fundamenta nos pressupostos da BNCC (BRASIL, 2019) o valor social
da leitura (KLEIMAN; MORAES, 2006); o letramento digital (COSCARELLI, 2005), entre
outros. Nessa trajetória, concluímos inicialmente que teorias e metodologias inovadoras
veem fortalecendo essa mudança na escola, visando ao letramento digital dos alunos, mas o
diálogo entre todos os envolvidos, assim como a troca de conhecimentos é necessária para
estabelecer mudanças e construir propostas que atendam à leitura de textos
digitais/midiáticos.

PALAVRAS-CHAVE: Prática de Leitura.Texto audiovisual. Ensino.

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OS DISCURSOS DOS INFLUENCIADORES DIGITAIS: UMA ANÁLISE VERBO – VISUAL NA


PERSPECTIVA DIALÓGICA

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Jammilly Costa Mourao (UFMA)

Vivemos em um mundo tecnológico de grande volatilidade, onde a cada momento surgem


novas formas de interação e comunicação, o que nos permite participar de diferentes
discursos. Os influenciadores digitais são uma amostra da evolução nesse meio, promovendo
uma interação nova e desconhecida por muitos. Diante de um público, discursam sobre
diversos assuntos, carregados de opinião que geram diversas reações. Ao pensar no discurso
que eles fazem, podemos claramente afirmar que na plataforma estudada, o Instagram, o
visual se torna tão importante quanto o discurso escrito. Sendo assim, a análise de influência
ultrapassa a dimensão verbal. Portanto, objetivamos analisar a interação verbo-visual entre
influenciadores digitais e seguidores no mundo da moda. O corpus é constituído de
publicações da influenciadora digital Rayza Nicácio (@rayzanicacio) e um recorte dos
comentários. Este trabalho tem como aporte teórico Bakhtin (2014), Bauman (2005), (Cunha
2012), Authier-Revuz (2011). Observamos que a relação entre o influenciador digital e seus
seguidores envolve mais do que o texto escrito e isso é expresso por meio de comentários,
uso de hashtags e adesão aos movimentos e campanhas. O visual se faz presente nesse meio
virtual e tem grande poder de influência. Percebemos que há uma construção dialógica da
identidade do influenciador digital a partir da interação verbo-visual entre influenciador e os
seus seguidores.

PALAVRAS-CHAVE: Influenciador digital. Verbo-visual. Discurso.

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CENAS DE ESCRITA NO ENSINO FUNDAMENTAL: O FILME COMO ESTRATÉGIA DIDÁTICA


PARA A PRODUÇÃO DO GÊNERO COMENTÁRIO CRÍTICO

Clênia Maria Oliveira Lima (UESPI)


Shirlei Marly Alves (UESPI)

A escrita tem grande importância na vida social das pessoas, devendo a escola exercer papel
fundamental na formação de sujeitos aptos a escrever em diversos gêneros, de modo a
atender às demandas do dia a dia. Na prática escolar, observamos que vários alunos têm
dificuldades na produção dos textos, já que, para ter sucesso nesse empreendimento, é
necessário dominar os conteúdos típicos, a construção composicional e o estilo do gênero,
como aponta Bakhtin (2003). Nesse sentido, esta pesquisa quanti-qualitativa tem como foco
um trabalho contextualizado em sala de aula com práticas sociais de linguagem que fazem
parte da vida dos alunos, favorecendo uma melhoria na produção textual. Assim, optamos
pelo estudo de um gênero textual do grupo do argumentar, conforme classificação de
Bronckart (1992), uma vez que a capacidade de argumentação é uma habilidade fundamental
não só para as atividades no âmbito escolar, mas também para diversas situações da vida
extraescolar. O estudo diz respeito à produção do gênero argumentativo comentário crítico,
inserindo o filme como material de leitura, análise e reflexão, a partir do qual serão
desenvolvidas atividades de escrita de comentários que serão socializadas em uma rede
social. Os elementos do corpus provindo dos comentários produzidos pelos alunos serão
categorizados com base na proposta de Machado e Cristóvão para o modelo didático de um
gênero, que apresenta como tópicos os conteúdos, a forma de mobilização, a construção

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composicional e o estilo particular do gênero. Este trabalho tem por objetivo verificar em que
aspectos a apreciação de filmes contribui para o aprimoramento das habilidades de escrita
argumentativa no gênero comentário crítico no 7º ano do Ensino Fundamental. Os resultados
parciais mostram que grande parte dos alunos apresenta uma boa receptividade para o filme
ser trabalhado como material didático na escola e possui experiência agradável com o texto
fílmico.

PALAVRAS-CHAVE: Produção textual. Comentário crítico. Filme.

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RELAÇÕES DE INTERTEXTUALIDADE: UM RECURSO À PRODUÇÃO DE SENTIDOS NAS TIRAS


“UM SÁBADO QUALQUER”

Mariana Machado de Sousa (UESPI)

A intertextualidade é um fenômeno de grande relevância para a produção de sentidos,


concretizada por diferentes recursos autorizados e resgatados em uma parceria entre
produtor e leitor. Direciona o leitor nessa construção a partir das marcas explícitas ou
implícitas deixadas pelo autor e recuperadas, ou não, através de conhecimentos
compartilhados. Assim, surge este trabalho, fruto da dissertação, que busca responder às
questões: Como a intertextualidade se manifesta nas tiras “Um sábado qualquer”, de Carlos
Ruas Bon”? Como as relações intertextuais colaboram para a construção dos sentidos das
tiras e alcance dos propósitos comunicativos? Objetivou-se investigar as relações
intertextuais presentes na construção de exemplares de tiras “Um Sábado Qualquer”. O
estudo fundamenta-se nas contribuições de Genette ([1982]2010), Piègay-Gros ([1996]2010),
Sant’Anna ([1985] 2003), Koch ([2004] 2009), Koch, Bentes e Cavalcante (2012), Nobre
(2014), dentre outros; E autores que fundamentam eixos sobre gênero, especificamente tira,
propósitos comunicativos e humor como Bakhtin (2011), Marcuschi (2008, 2010, 2011),
Bezerra (2017), Ramos (2018, 2017, 2016, 2014 e 2009), Vergueiro (2012), Capistrano Júnior
(2017), Hemais e Biasi-Rodrigues (2005), Biasi-Rodrigues e Bezerra (2012), e Possenti (2018),
dentre outros. O corpus é constituído por 03 tiras, retirados do blog de “Um sábado
qualquer”, tomando como categorias de análises adaptações do quadro de parâmetros
propostos por Nobre (2014) e das contribuições de Travaglia (2015; 1989) acerca dos estudos
sobre o humor. As análises ratificaram que a intertextualidade é fundamental para a
produção dos sentidos das tiras, considerando-se que essa significação se dá a partir, além
do que está disposto no cotexto e contextos, do atravessamento das relações intertextuais,
alcance dos propósitos comunicativos no uso do gênero tira, socialmente definido como para
a produção do humor, destacando-se a própria constituição do viés humorísticos como
elemento que guarda as posturas diante da funcionalidade das relações intertextuais e da
significação dos exemplares.

PALAVRAS-CHAVE: Relações intertextuais. Produção de sentidos. Tiras. Propósitos


comunicativos.

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A INDICAÇÃO DESESTABILIZADORA DO GÊNERO EM ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA DE JOSÉ


SARAMAGO

Jeymeson de Paula Veloso (IFMA)

O presente trabalho objetiva realizar uma leitura do romance Ensaio sobre a cegueira (1995),
do escritor português José Saramago abordando a mescla genológica entre ensaio e
romance buscando demonstrar a presença do paradigma estético-literário do pós-
modernismo dentro da obra. A mescla genológica é outro índice que contribui sobremaneira
para a fragmentação da narrativa pós-moderna. Ainda na Grécia Antiga, tivemos as
classificações antitéticas de Platão e Aristóteles. O primeiro, condenando o poeta que dá
autonomia às suas personagens e elevando ao primeiro plano o gênero ditirâmbico, por
constar apenas da exposição do poeta. O segundo, afirmando a dignidade do fazer poético
e elevando a um plano superior a “distinta trindade, a tragédia, a comédia e a epopeia”.
Situando a discussão no contexto atual utilizaremos os estudos teóricos de Jean-François
Lyotard, Fredric Jameson, Andreas Huyssen, Stanley Aronowitz, Stuart Hall, dentre outros,
para discutir a pós-modernidade como um novo momento sócio-político-cultural.
Posteriormente, estreitamos o debate nos apoiando nos trabalhos de Linda Hutcheon e Ana
Paula Arnaut, apresentados em contraponto à crítica de Terry Eagleton. Verifica-se que essa
característica, embora abordada separadamente, concorre para a fragmentação da narrativa
e para sua leitura como uma obra pós-modernista. A pesquisa baseou-se, eminentemente,
em pesquisa bibliográfica com interpretação da obra e aplicação dos conceitos que versam
sobre o tema em questão a fim de demonstrar a plausibilidade da leitura do romance pelo
viés do pós-modernismo.

PALAVRAS-CHAVE: Ensaio sobre a cegueira. Gêneros literários. Ensaio.

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UMA ANÁLISE DISCURSIVA DAS ESTRATÉGIAS DE PATEMIZAÇÃO NO CONTO “AQUELES


DOIS” DE CAIO FERNANDO ABREU

Janiele Sousa Coelho (UFPI)

É notório que a violência se faz presente no contexto social desde a antiguidade. Assim, tanto
na cidade quanto no campo é possível perceber as diferentes faces da violência urbana, a
qual afeta a integridade física, moral, mental e espiritual ou até mesmo a morte dos
indivíduos. O presente trabalho tem por objetivo compreender como a violência pode
suscitar emoções através do discurso literário. Dessa forma, buscamos descrever e analisar
as estratégias de patemização no conto “Aqueles dois”, de Caio Fernando Abreu, retirado da
obra Morangos mofados (1982). Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de caráter qualitativo
e interpretativo. A escolha do estudo se justifica pela compreensão de que é através dos
discursos de ódio que a violência se propaga e se materializa em práticas violentas. A análise
se fundamenta na Teoria Semiolinguística (CHARAUDEAU, 2001; 2004; 2010; 2016), utilizando
como categoria o conceito de patemização observando, portanto, as estratégias requeridas

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pelo autor na construção da narrativa a fim de suscitar emoções no leitor. Os “possíveis


interpretativos” indicam que as estratégias de patemização se constroem a partir da
intencionalidade do sujeito falante que busca, por meio de representações de violência e
isolamento social, um reconhecimento do leitor modelo na troca linguageira. Para tanto, o
enunciador sinaliza a tópica da dúvida quanto à relação homossexual dos protagonistas,
tendo em vista que o intuito não é provocar em seus leitores a definição do romance, mas
gerar sentimentos de repulsa a uma sociedade conservadora que se sente legitimada a punir
e repreender, a partir de suposições, aqueles que vão contra o patriarcado.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Literatura. Violência.

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O ASPECTO INTENCIONAL NOS DISCURSOS DA MÍDIA: A ORGANIZAÇÃO DA VISADA DE


CAPTAÇÃO EM REPORTAGENS

Ana Carolina Carneiro de Sousa (UFPI)

O presente trabalho tem como objetivo realizar uma análise do modo como se constitui a
visada de captação nos discursos da revista Mátria (publicação anual da Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE), observado-a como uma finalidade da
relação contratual vigente entre a revista e o público. Para isso, o trabalho se fundamenta na
Teoria Semiolinguística e nos estudos realizados pelo NEPAD/UFPI/CNPq e publicados em
Moura, Batista Júnior e Lopes (2015, 2017 e 2018). Trata-se de uma pesquisa qualitativa e
interpretativa cujo corpus é composto pelas reportagens “Que tiro foi esse?” e “Contra o
racismo, coragem!” presentes na revista Mátria, edição de 2018. Os resultados nos
possibilitaram identificar dramatizações que possibilitam construir a visada de captação nas
reportagens, pois permitiu a observação da intencionalidade de emocionar o público ao
serem utilizados imaginários sociodiscursivos sobre violência, feminicídio e racismo no
intuito de chamar a atenção da sociedade para problemas atuais que estão ligados
diretamente à mulher e ao seu papel na educação. Tais estratégias pretendem sensibilizar o
público, havendo a possibilidade de gerar revolta ou contentamento, apresentando-se fatos
referentes ao universo discursivo predominante na revista que dá destaque a temáticas
femininas.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Revista Mátria. Visada de captação.

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A INTERTEXTUALIDADE COMO CARACTERÍSTICA ESSENCIAL PARA O HUMOR, CRÍTICA


SOCIAL E COMPREENSÃO DAS TIRINHAS DA MAFALDA E ARMANDINHO

Camila Karen Araújo Rodrigues (UFPI)

O artigo investiga a intertextualidade como característica essencial para o humor, crítica


social e compreensão das tirinhas da Mafalda e Armandinho. Para isso, foram elencados

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estudos sobre o gênero Tiras em Quadrinhos, Linguística Textual e Intertextualidade,


buscando localizar as fontes dos textos originais, para análise destes textos inseridos como
intertextos nas tiras. O corpus desta pesquisa é constituído por 10 (dez) tirinhas da Mafalda,
retiradas da obra “Toda Mafalda”, de Joaquín Salvador Lavado, conhecido como Quino, e 10
(dez) tiras do Armandinho, retiradas da página do Instagram que contém as tiras publicadas
pelo cartunista Alexandre Beck. Para a análise, foi adotada a perspectiva da intertextualidade
explícita e implícita, compreensão de textos e construção de sentidos, abordada por Koch
(1994; 2007; 2018) e Elias (2018), e construção do humor pela perspectiva de Ramos (2007).
A partir da análise do corpus, constatou-se que a intertextualidade presente nas tiras é usada
como recurso para causar humor e também realizar uma crítica social. Nessa perspectiva,
com base em Antunes (2017), verificou-se que o intertexto inserido na tira passa pelos
processos de recapitulação, remontagem e reenquadramento, visto que o intertexto retoma
outro texto para buscar nova visão e adequá-la, para construir um novo sentido para o
intertexto e compreensão final da tira. Além disso, o humor e a crítica social são validados se
o leitor tiver conhecimento enciclopédico. Para aprofundamento da pesquisa, os estudos
também se basearam nos argumentos de autores como Frasson (1992), Ramos (2007),
Ferreira (2010), Cavenaghi (2011) e Catto (2012).

PALAVRAS-CHAVE: Intertextualidade. Linguística Textual. Tirinha. Mafalda. Armandinho.

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O PROCESSO DE RETEXTUALIZAÇÃO DE TRADUTORES-INTÉRPRETES DE LIBRAS DA FALA


DE SURDOS E PROFESSORES DO CURSO DE LETRAS LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL
DO PIAUÍ - UFPI

Edney Rodrigo da Cunha Silva (UFPI)

A retextualização é o processo de construir um texto a partir de informações outro,


mantendo o sentido. Isso pode ser visualizado no nosso cotidiano, em que textos são
transformados e recriados adequando-se a intenção comunicativa. Na tradução, isso
também ocorre como parte do mesmo processo, no qual se constrói um texto, tendo por
base outro, entretanto, com signos linguísticos de outra língua. O objetivo deste estudo é
analisar o processo de retextualização realizado por intérpretes a partir de falas em
português de professores ouvintes e, ainda, da sinalização em Libras de alunos surdos em
sala de aula do curso de Letras Libras da Universidade Federal do Piauí - UFPI. Esse trabalho
tem como base teórica Travaglia (2013) que trata sobre retextualização, Marcuschi (2010)
que aborda o processo de retextualização de textos e Vieira & Barbosa (2018) que discorrem
sobre o processo de retextualização de textos em português para a Libras, entre outros.
Metodologicamente, foram feitas análises de vídeos em duas perspectivas: uma em que o
intérprete fazia a retextualização da sinalização de surdos para o português em sua
modalidade oral e outra em que esse profissional fazia a retextualização da fala de
professores para a Libras. Com a análise, percebeu-se que os processos de retextualização
tinham propósitos diferentes em cada perspectiva. A estratégia de eliminação na fala do
surdo foi feita para tornar a sua fala mais natural em português e na fala do professor ouvinte
por situações diversas ocorridas em sala de aula.

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PALAVRAS-CHAVE: Retextualização. Intérprete. Libras.

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AS AÇÕES EXTENSIONISTAS DO PROJETO LPT ACADÊMICO: UM OLHAR CONSTRUTIVO


SOBRE LEITURA E ESCRITA ACADÊMICA

Nevelyn Martins de Carvalho (UFPI)


Maria Lizandra Mendes de Sousa (UFPI)
José Ribamar Lopes Batista Júnior (UFPI)

As dificuldades de produção e divulgação do fazer científico são observadas por dois


âmbitos: primeiro, a academia abrange e exige da/o universitária/o a compreensão e
habilidade de leitura e escrita dos diversos gêneros acadêmicos, bem como sua produção;
segundo, a falta de iniciativas e estruturas nas universidades que promovam a aquisição para
tais habilidades. Nessa perspectiva, o presente trabalho objetiva apresentar as ações
extensionistas, já concluídas e em andamento, do projeto LPT Acadêmico, desenvolvido pelo
Laboratório de Leitura e Produção Textual (LPT/CNPq), no Colégio Técnico de Floriano
(CTF/UFPI). Fundamentamo-nos nas discussões de Vieira e Faraco (2019), Motta-Roth (2010)
e Silva (2019). Algumas das ações do LPT Acadêmico que destacamos: o Curso "Ler e Escrever
na Universidade: introdução aos gêneros acadêmicos", realizado na modalidade EaD, através
da plataforma Google Classroom, oferecido no primeiro e segundo semestres de 2019, com
a finalidade de aprimorar e ampliar o envolvimento no meio científico, por intermédio do
desenvolvimento de habilidades e competências; a realização de Workshops de
Planejamento e Elaboração de Projeto de Pesquisa e Artigo Científico; e, para 2020, cursos
presenciais de curta duração incluindo: Bases de Dados (nacionais e internacionais), Ética na
Pesquisa, Design Visual de Trabalho Acadêmico, Normatização de Trabalhos Acadêmicos e
Relatório de Pesquisa, além da terceira e quarta edição do curso EaD já mencionado. Para
consolidar a produção desse trabalho, usufruímos da pesquisa-ação (THIOLLENT, 1997), de
abordagem quanti-qualitativa (PAIVA, 2019). Realçamos que as atividades promovidas pelo
LPT Acadêmico oferecem aos participantes a oportunidade de aprimorar seus horizontes, no
que se refere aos requisitos da academia, em especial, habilidades técnicas e sociocognitivas,
assim como para o tríplice que norteia a academia: pesquisa, ensino e extensão.

PALAVRAS-CHAVE: Letramento Acadêmico. Ações Extensionistas. Gêneros Acadêmicos.

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REPRESENTAÇÕES DE LÍNGUA/LINGUAGEM EM GÊNEROS TEXTUAIS/DISCURSIVOS À LUZ


DO CÍRCULO DE BAKHTIN

Herman Wagner de Freitas Regis (UNICAP)

Neste trabalho, objetivamos discutir o engendramento de representações sociais a partir dos


efeitos da abordagem de língua/linguagem em gêneros discursivos presente em livros

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didáticos voltadas para o ensino fundamental (2º ano). Como referencial teórico, operamos
com os pressupostos do Círculo de Bakhtin (BAKHTIN, 2008, 2011; VOLOCHINOV, 2017)
entrecruzados com a Teoria das Representações Sociais (MOSCOVICI, 1961; ABRIC, 2001;
JODELET, 1989) e com a Base Nacional Comum Curricular (2017). Defendemos que a
identificação do acervo representacional mobilizado pelos livros didáticos pode colaborar
para repensarmos a prática formativa dos docentes, sobretudo, quanto aos seus
desdobramentos no contexto escolar. Nesse sentido, analisamos os conceitos de
língua/linguagem presentes em dois livros do ensino fundamental (2º ano), a fim de
identificarmos problemas de ordem teórico-metodológica no ensino de Língua Portuguesa à
luz da Teoria Dialógica do Discurso. Os livros didáticos analisados nos demonstraram que a
língua/linguagem ainda é abordada de maneira antidialógica e homogênea. A partir do
mapeamento do acervo representacional concernente à língua/linguagem, acreditamos que
é possível instaurar reflexões sobre a prática formativa, visando garantir um ensino
produtivo, ancorado no dialogismo bakhtiniano.

PALAVRAS-CHAVE: Teoria Dialógica do Discurso. Base Nacional Comum Curricular. Gêneros


textuais/discursivos.

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ESTRATÉGIAS DE REFERENCIAÇÃO: UMA ANÁLISE DOS STICKERS NAS INTERAÇÕES DE


UNIVERSITÁRIOS NO WHATSAPP

Cíntia Maria Barbosa de Sousa (UFPI)

Os sentidos na atividade comunicativa não são pré-estabelecidos, mas sim construídos no


decorrer da interação, a partir de estratégias sociocognitivas, interacionais, discursivas. De
acordo com Cavalcante (2012), é assim que se caracteriza a referenciação, podendo ser
aplicado tanto a textos verbais, não-verbais e multimodais. Sob essa ótica, o referente é
constituído como objeto-de-discurso, o qual vai sendo recategorizado à medida que o
discurso se constrói, com os sujeitos envolvidos. Partindo desse aparato teórico, pretende-
se, nesta pesquisa, perceber de que maneira o gênero textual aqui proposto pode abarcar as
estratégias de referenciação. A metodologia utilizada consiste na análise de 5 conversas de
estudantes universitários de idade entre 18 e 22 anos no aplicativo de mensagem WhatsApp,
os quais fizeram uso das denominadas figurinhas (stickers) no processo de interação.
Utilizou-se como referências bibliográficas autores como Cavalcante (2012), Custódio Filho
(2011), Paulo Ramos (2012), Koch (2008), entre outros. Como resultado parcial, é possível
perceber, nas conversas, que a construção de sentido ocorre quando se relaciona a figurinha
(podendo ser multimodal ou somente visual) ao texto verbal, bem como a estratégias de
leitura. A partir do uso das figurinhas, há a retomada do que foi anteriormente falado, com
uma construção e/ou (re)categorização do objeto de discurso, de modo que, ao inserir esse
recurso, escolhe-se aquela que melhor se adequa ao seu dizer e a sua reação mediante a
mensagem. Ou seja, há a escolha de figurinhas que demonstram felicidade, tristeza, surpresa,
entre outros, a depender da intenção do locutor e da situação de interação. Assim, no meio
analisado, há o processo de construção de sentido por meio da referenciação. Ainda, é
possível observar que essa perspectiva pode ser utilizada na sala de aula como uma
didatização do ensino do assunto em questão.

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PALAVRAS-CHAVE: Referenciação. Multimodalidade. Sticker.

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LETRAMENTOS ACADÊMICOS: UMA EXPERIÊNCIA DE ENSINO DOS GÊNEROS ARTIGO E


PÔSTER EM UMA TURMA DE LETRAS

Amanda Cavalcante de Oliveira Lêdo (UPE)

Atualmente, diversos estudos têm sido desenvolvidos a respeito das práticas de leitura e de
escrita realizadas em contextos específicos, como o acadêmico (MOTTA-ROTH; HENDGES,
2010; BEZERRA, 2015; PEREIRA, 2019). Um aspecto recorrente em grande parte dessas
pesquisas é a percepção das dificuldades que os estudantes ingressantes em cursos de
graduação enfrentam para se familiarizar com os gêneros que medeiam as atividades
acadêmicas, de modo a se engajarem de maneira efetiva nessas práticas. Considerando este
contexto, neste trabalho temos como objetivo relatar uma experiência de ensino que
procurou relacionar os gêneros artigo e pôster acadêmicos em uma turma do curso de
Letras. A partir da perspectiva dos Letramentos Acadêmicos (LEA; STREET; 1998) e de gênero
como forma de ação social e como fenômeno de reconhecimento psicossocial (MILLER, 2012;
BAZERMAN, 2005), elaboramos uma sequência de atividades que contemplou um gênero do
âmbito da escrita e outro da oralidade acadêmica (respectivamente, o artigo e o pôster),
vivenciada durante sete semanas nas aulas de uma disciplina voltada para a leitura e
produção de gêneros acadêmicos oferecida para alunos do primeiro período do referido
curso de graduação. Após a delimitação dos temas dos trabalhos pela docente, os alunos
participaram em grupo de diferentes etapas que envolveram a análise de exemplares de
artigos e de pôster, o ensino explícito sobre aspectos sobressalentes dos gêneros e a
reescrita de diferentes versões. Os artigos se constituíram como a base para a elaboração
dos pôsteres, que foram apresentados em um evento promovido pela Instituição de Ensino
Superior em que as atividades foram desenvolvidas. Os resultados dessa experiência foram
considerados positivos, na medida que contemplaram o trabalho com o texto acadêmico
como processo e não meramente como produto; os estudantes puderam se inserir em
prática real e o trabalho alcançou membros da comunidade, não ficando restrito à avaliação
da professora.

PALAVRAS-CHAVE: Letramentos acadêmicos. Artigo e Pôster acadêmico. Ensino explícito.

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O GÊNERO VERBETE EM LIVROS DIDÁTICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA: REFLEXÕES SOBRE


LEXICOGRAFIA E ENSINO DE LÍNGUA

Rodrigo Alves Silva (UFPI)

Este trabalho tem como objetivo geral analisar o tratamento dado ao gênero verbete em
livros didáticos de língua portuguesa. Além de observar as ocorrências do gênero nos
materiais, objetiva-se analisar também como o livro didático se utiliza de tal gênero para o
ensino da língua e de que modo se faz ou não menção ao uso do dicionário em sala de aula,

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o qual tem um importante papel pedagógico no processo de ensino-aprendizagem das


línguas. Para tanto, optou-se por analisar duas coleções de livros, quais sejam: Conexão e uso,
do 6º ao 9º ano, e Tecendo Linguagens, também do 6º ao 9º ano. A escolha de duas coleções
distintas possibilita, ao fim das análises, uma comparação entre as duas abordagens. Como
aporte teórico, fez-se menção a autores que defendem o uso do gênero verbete e do
dicionário em sala de aula, como Carvalho e Bagno (2011), Antunes (2012), Krieger e Müller
(2018) entre outros. Analisa-se também como a BNCC e os PCN, principais fontes de diretrizes
para elaboração de material didático, orientam a utilização do gênero verbete em sala de
aula. Uma análise preliminar aponta para a necessidade de aprofundamento das noções de
lexicografia e de maior aproveitamento do uso do dicionário nas aulas de língua portuguesa
não apenas para busca de definições, mas também para explorar outros aspectos
linguísticos, como informações de ordem gramatical, por exemplo (CORRÊA, 2011).

PALAVRAS-CHAVE: Verbete. Livro Didático. Ensino de língua.

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DESCRIÇÃO RETÓRICA EM RESUMOS ACADÊMICOS DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E CIÊNCIAS


DA SAÚDE

Cibele Karine de Oliveira Araújo (UESPI)


Bárbara Olímpia Ramos de Melo (UESPI)

A abordagem de gênero textual pode apresentar um equívoco, contemplando apenas a


fórmula textual, ao enquadrar o gênero como uma estrutura padrão e imutável. John Swales
(1990), Biasi-Rodrigues (1998 e 2009), Marcuschi (2005 e 2008) e Bezerra (2012, 2015 e 2017)
realizaram importantes pesquisas para que houvesse uma reformulação no conceito em
questão, contribuindo para a forma como o pensamos, considerando os sujeitos
participantes da situação comunicativa e o seu propósito comunicativo (Swales, 1990). A
partir disso, o autor propôs um modelo de análise de condução das estratégias retóricas
utilizadas, intitulado Modelo CARS (Creat a research space), sendo adaptado ao longo dos
anos seguintes, como, por exemplo, na pesquisa de Biasi-Rodrigues (1998), que orientou
metodologicamente este estudo. Com base na aplicação do modelo citado, objetiva-se com
esta pesquisa comparar e descrever a condução das informações do gênero resumo,
notadamente, os resumos de comunicação da grande área de Ciências Biológicas e Ciências
da Saúde. A pesquisa é de cunho descritivo/quantitativo e o corpus do presente trabalho é
constituído de 20 exemplares de resumos da grande área de Ciências Biológicas e Ciências da
Saúde, sendo (10) de cada grande área, que foram apresentados no XVI Seminário de
Iniciação Científica da Universidade Estadual do Piauí no ano de 2017. Em nossas análises,
priorizamos a divisão do conteúdo informacional, identificação das pistas lexicais e
organização estrutural, observando, no modelo proposto para análise, os
movimentos/passos correspondentes. Os resultados apontam para a preferência dos
autores em apresentar a pesquisa, descrever a metodologia, indicar os resultados. No
entanto, quanto à conclusão das pesquisas, apenas 10% do corpus de Ciências Biológicas
apresentou, ao passo que nos resumos de Ciências da Saúde tal ocorrência foi de 100%.

PALAVRAS-CHAVE: Gênero. Resumo acadêmico. Modelo CARS.


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A RETEXTUALIZAÇÃO PRÁTICA ELUCIDANDO QUESTÕES DE PROCESSOS DE


TRANSCRIÇÃO

Luana Maria Landim de Lucena (UFPI)

A interpretação da LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) para o português em aulas de


graduação como uma prática de retextualização é o objeto de estudo desta pesquisa.
Objetiva-se perceber como é construído o sentido para o professor pelo profissional
intérprete, o qual transforma a sinalização do surdo em português falado. Para isso,
observou-se a fala de sujeitos surdos acadêmicos da UFPI (Universidade Federal do Piauí) a
fim de compará-las à fala dos intérpretes, avaliando o processo de retextualização ocorrente
e identificando as estratégias de retextualização ocorrentes. Identificou-se as estratégias de
retextualização utilizadas conforme cita Marcuschi (2000 apud Vieira-Barbosa, 2015):
acréscimo, eliminação, reordenação e a substituição acrescentando a repetição observada
por Silva (2017). A segunda etapa utilizou-se da gravação de vídeos que capturam momentos
em que as falas em Língua de Sinais Brasileira (LSB) são interpretadas pelos próprios
intérpretes em sala de aula para língua alvo: o português brasileiro. Para produção do corpus
de análise, decidiu-se, portanto, registrar a fala produzida em língua de sinais mediante
transcrição, utilizando uma transcrição própria definida pelos pesquisadores nos quadros
comparativos com a fala sinalizada transcrita em letras maiúsculas e a interpretação
simultânea conforme a metodologia adequada. A partir disso, descobrimos que se trata de
um processo: a própria transcrição e a análise das retextualizações. Percebemos, portanto,
como resultados parciais que, devido à rapidez em que acontece a interpretação simultânea,
é constante o uso de eliminações e substituições e que o conhecimento de mundo dos
tradutores-intérpretes interfere nos acréscimos realizados. Já as reordenações ocorrem
devido às diferenças estruturais sintáticas entre as línguas, principalmente em virtude da
modalidade visual gestual ou visuoespacial possibilitar construções que não são possíveis na
língua oral diante de sua linearidade. Enquanto isso, as repetições são ajustes feitos pelos
intérpretes a fim de manter a coesão textual em português.

PALAVRAS-CHAVE: Língua Brasileira de Sinais. Repetição. Português.

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METAGÊNERO ACADÊMICO NÃO INSTITUCIONALIZADO: O QUE DIZEM OS TUTORIAIS DE


YOUTUBE SOBRE A PRODUÇÃO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO-TCC?

Antonio Artur Silva Cantuário (UFPI)

O estudo sobre Metagêneros é relativamente novo no cenário das pesquisas brasileiras sobre
gênero, o que se comprova pela escassez de trabalhos nessa área. Diante disso, visando a
acrescentar conhecimentos teóricos e metodológicos a essa temática, este trabalho tem por
objetivo analisar como os tutoriais de Youtube relacionados à produção de Trabalho de
Conclusão de Curso, o TCC, concebem esse gênero e como modelizam/prescrevem sua

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composição. O estudo ampara-se nos pressupostos teóricos da sociorretórica, em autores


como Miller (2009), Bazerman (2006) e Devitt (1991; 2004); Swales (1990), sobre as noções
de propósito comunicativo e comunidade discursiva; Giltrow (2002), Nunes (2017) e Nunes e
Silveira (2018), sobre Metagênero; Barros, Pessoa e Diniz (2016), sobre o gênero TCC, bem
como Reis e Romão (2011) e Serrano e Paiva (2008), sobre os tutoriais. A pesquisa tem caráter
quanti-qualitativo, descritivo e interpretativo (KAUARK; MANHÃES; MEDEIROS, 2010), uma
vez que os dados coletados foram contabilizados, descritos e postos à interpretação. O
corpus da pesquisa constituiu-se de 9 tutoriais, coletados em 3 canais de Youtube sobre a
produção de TCC, em que foram selecionados 3 tutoriais de cada canal sobre as três principais
seções que compõem o TCC: Introdução, Metodologia e Considerações finais. Selecionaram-
se os tutoriais analisados não anteriores a 2014 nem produzidos após o segundo semestre de
2019 e cuja temática tratasse sobre orientações relacionadas às seções supramencionadas.
Os dados analisados permitem afirmar o predomínio de uma orientação prescritiva focada
em aspectos estruturais/formais sobre o conteúdo que deve ser inserido nas seções e sobre
o número de páginas e parágrafos. Na seção de Metodologia, constatou-se um
comportamento diferenciado, isto é, uma orientação metametodológica na qual se aborda
exclusivamente a metodologia científica como apoio da orientação sobre a Metodologia
enquanto seção. Assim, os tutoriais comportam-se como metagêneros acadêmicos não-
institucionalizados, concebendo o TCC como gênero amplo.

PALAVRAS-CHAVE: Metagêneros. Trabalho de Conclusão de Curso-TCC. Tutoriais de


Youtube.

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A INTERPRETAÇÃO/TRADUÇÃO PARA LIBRAS/PORTUGUÊS E PARA PORTUGUÊS/LIBRAS


EM AULAS DE GRADUAÇÃO

Paulo Alves de Carvalho (UFPI)

Ao se pensar nas inúmeras capacidades e facetas possíveis do homem como ser social, a
comunicação se apresenta como um dos constituintes principais na construção desse edifício
humano que, naturalmente, reclama por contínuos ajustes, nas inúmeras experiências dos
grupos aos quais se encontra inserida. A Língua Brasileira de Sinais, como parte desse
arcabouço linguístico, representa os indivíduos que, naturalmente, relacionam-se
eficientemente por experiências linguísticas puramente visuais, contrastando das línguas de
uso corrente e mediando a perfeita interação entre os grupos. A partir desse entrosamento,
foi erguida a proposta de compreensão do processo de retextualização de material verbal
produzido em sala de aula pelos professores e sinalizados por intérpretes para estudantes
surdos que, filmados na íntegra, objetiva identificar as estratégias de retextualização
utilizadas por intérpretes de línguas de sinais, na interpretação de textos falados em
português para Libras e explicar a adaptação/transformação de textos falados em português
e textos sinalizados em Libras (retextualizados), com base na estrutura linguística do
português e da Libras. Refazendo os caminhos no processo da retextualização, deparamo-
nos com Vieira Barbosa (2015), Macedo (2017), Barbosa e Sousa (2018) e Macedo (2018),
todos, fortemente amparados pelo entendimento da retextualização e orientados na
perspectiva textual referenciada por Travaglia (2013), bem como na perspectiva aludida por

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Marcuschi (2010) e Matêncio (2003). A posteriori, foi percebido significativos acréscimos nas
informações retextualizadas e o uso da datilologia recorrente, necessidade que se faz
patente como forte mediador entre as línguas analisadas, adquirindo aspecto estratégico no
processo de retextualizar. Caráter relevante é ter em mente a natureza das línguas de sinais
e das línguas orais e considerar suas estruturas morfossintáticas.

PALAVRAS-CHAVE: Retextualização. Português. Línguas de sinais.

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VARIAÇÕES SOCIOLINGUÍSTICAS E A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS

Maria da Luz Oliveira Dias (UFPI)

O presente trabalho visa demonstrar de forma sucinta as variações linguísticas presentes na


Sociolinguística bem como sua importância para a Língua Brasileira de Sinais - Libras,
abordagem baseada nos conceitos e estudos de Bagno (2009), segundo esse autor as
variações constatadas pelas pesquisas da área da Sociolinguística são classificadas em:
diatópica, diastrática, diamésica, diafásica e diacrônica, Leland McCleary (2009) também
trata do tema alegando que que as variações linguísticas não existem e não permanecem por
acaso. Elas têm funções muito importantes para a vida das pessoas na sociedade. Vale
destacar que a linguística atual defende e comprova por meio de pesquisas que uma língua
não é homogenia e deve ser entendida pelo que caracteriza o homem, ou seja, pela
diversidade e a possibilidade de mudanças. Por muito tempo, buscaram-se comparações da
língua de sinais com a língua oral, por ser considerada por muitos estudiosos como mais
completa, a comparação foi necessária, pois para realizar estudos sociolinguísticos de uma
língua é necessário o conhecimento de sua estrutura, porém esse cenário mudou, e a
comparação vem sendo realizada entre as línguas de sinais. Vale enfatizar que a variação
linguística se torna fator preponderante na Língua Brasileira de Sinais, uma vez que a língua
está em constante mudança e varia dependendo de diversos contextos e situações. O
presente artigo se trata de uma pesquisa bibliográfica e se encontra em desenvolvimento,
pois futuramente será realizado uma análise do estudo sociolinguístico do campo semântico
família, baseado na obra, Libras: um estudo lexical das variedades regionais.

PALAVRAS-CHAVE: Variações. Linguística. Libras.

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SABERES GRAMATICAIS E GRAMÁTICA NA ESCOLA: UMA REFLEXÃO LINGUÍSTICA SOBRE


O ENSINO DE GRAMÁTICA

Lafity dos Santos Alves (UFPI/IDB)


Darkyana Francisca Ibiapina (UFPI/IFPI)

A Gramática Tradicional, historicamente, se construiu a partir de vários compromissos de


base, dentre os quais se destaca a centralidade no que hoje se chama de componente

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morfológico de uma dada língua. Sendo um traço de continuidade, essa concepção


estrutural, que ganhará contornos outros ao longo do tempo, orienta o professor na sua
prática cotidiana até os dias atuais. Essa concepção de análise da língua, com o
desenvolvimento das ideias linguísticas no país, passou a ser alvo de diversas críticas,
sobretudo na academia, pois, sustentando-se em critérios científicos, os linguistas puderam
revelar inconsistências teóricas na Gramática Tradicional (MENDONÇA, 2006). Com isso,
nosso intuito, nesta pesquisa, é apontar se houve avanços na forma de se instrumentalizar o
ensino de nossa língua nas propostas elaboradas por alguns linguistas brasileiros. Para isso,
analisamos as abordagens teóricas sobre o ensino de língua presentes nos livros Saberes
Gramaticais: formas, normas e sentidos no espaço escolar (AVELAR, 2017) e Gramáticas na
escola (OLIVEIRA; QUAREZEMIN, 2016). Os livros apresentam uma perspectiva de gramática
bem interessante, pois apontam que nós, professores, precisamos estar, a partir de uma
perspectiva crítica frente ao artificialismo marcado por regras das Gramáticas Tradicionais,
mais atentos à nossa intuição linguística. Nosso intuito é, pois, partir dessas análises mais
pontuais para tecer considerações mais gerais sobre o ensino de língua no Brasil.

PALAVRAS-CHAVE: Gramática Tradicional. Linguística. Ensino.

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A EVOLUÇÃO DOS GÊNEROS: A NARRATIVA TRANSMIDIÁTICA COMO UM PRODUTO PÓS-


MODERNO

Vanessa de Carvalho Santos (UFPI)

Observa-se que, ao longo do tempo, são as transfigurações sociais que refletem no processo
criativo do ser humano, esse que se vê diante de novos cenários e se permite experimentar
novas possibilidades. O pós-modernismo manifesta-se na segunda metade do século XX e
traz consigo novos experimentalismos, especialmente com o uso das tecnologias de escrita
e sua evolução que se desenvolvem de maneira veloz. É na década de 1990 que observou-se
nos estudos acadêmicos uma forma de narrativa, que hoje é nomeada com transmídia. Esse
novo modo de narrar divide uma única história em diversas mídias, fazendo com que o seu
público acesse todas elas para compreender o todo da narrativa diante dele. Posto isso, esse
trabalho visa discutir como a narrativa transmidiática é um produto da evolução dos gêneros
dentro desse novo tempo. Para tal, utilizamos os estudos de Bakhtin (2010), Todorov (1981)
e Bastazin (2006). O estudo acerca da evolução dos artefatos técnicos, que ocorre por meio
de empréstimos, desabrocha como uma maneira de compreender melhor as transformações
de produções engendradas pelo ser humano. Dessa maneira, observamos o nascer da
narrativa transmidiática como resultado das transformações ocorridas dentro dos gêneros
literários, assim como em outros meios, que permitem a edificação dessa forma de narrativa.

PALAVRAS-CHAVE: Narrativa transmidiática. Evolução dos gêneros. Pós-modernismo.

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O LEITOR PRESUMIDO E O PROPÓSITO COMUNICATIVO NAS POESIAS EM LIBRAS: MÃOS


QUE RESISTEM

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Ádila Silva Araújo Marques (UFPI)


Geisymeire Pereira do Nascimento (UFPI)

O presente trabalho faz análise de um corpus constituído de 15 (quinze) poemas em Libras


publicados na rede social Instagram. O artigo visa identificar o Propósito Comunicativo e a
figura do Leitor Presumido do gênero Poema em Libras. A pesquisa prévia aponta uma
carência no que diz respeito a esse tema, principalmente em relação aos critérios citados
anteriormente. Nesse sentido, busca-se a função social a que os gêneros se propõem a partir
de estudos de Bakhtin (1992; 2016), Swales (1990), Bronckart (1999) e Alves Filho (2006, 2015)
sob os critérios Propósito Comunicativo e Leitor Presumido. A pesquisa pretende apresentar
os movimentos retóricos capazes de expor práticas letradas de resistência, como também
requerer, no espaço público de plataforma virtual, o espaço de inclusão social, já que esse
espaço é tido como “democrático”. Nesse sentido as regularidades comprovam que o
Propósito Comunicativo se firma ao promover a identificação do leitor surdo ao resistir às
práticas ouvintistas. Pela análise dos poemas, afirma-se que o Leitor Presumido, para o
conjunto de produções analisadas, é em especial a comunidade surda fluente ou não em
Libras, confirmado pelo uso de marcas não-manuais, classificadores e da performance.
Busca-se, dessa forma, a reflexão acerca do gênero Poema em Libras na construção e
empoderamento da cultura e da identidade surda no universo virtual.

PALAVRAS-CHAVE: Poema em Libras. Leitor Presumido. Propósito Comunicativo.

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ENSINO DA LÍNGUA INGLESA POR MEIO DE GÊNEROS: PRÁTICA ORAL E ESCRITA COM
RESENHAS DE FILMES

Ariane Peronio Maria Fortes (IFRS)

Este trabalho tem por objetivo apresentar um projeto realizado na disciplina de língua inglesa
com o terceiro ano do ensino médio no curso técnico integrado em multimídia no Instituto
Federal do Rio Grande do Sul, campus Vacaria, no ano de 2019. O projeto teve como foco
trabalhar com o gênero resenha de filmes e sua materialização em diferentes suportes e nas
modalidades oral e escrita. O conceito de gêneros é fundamentado conforme Bakhtin (2011),
Marcuschi (2011, 2012, 2015) e Rojo (2013, 2015), que os definem como tipos relativamente
estáveis de enunciados elaborados em cada esfera de trato social. Dessa forma, a primeira
etapa da atividade consistiu no estudo das características variáveis e invariáveis do gênero
presentes na modalidade escrita em três diferentes fontes: o New York Times, o The Guardian
e o site Rotten Tomatoes. Após, o mesmo trabalho foi realizado com duas resenhas em vídeo
desenvolvidas por canais no Youtube. Nas etapas seguintes, os alunos elaboraram suas
próprias resenhas escritas e orais, bem como definiram os filmes que foram resenhados e as
plataformas de publicação (rede social Instagram). O projeto foi constituído de acordo com
a proposta de sequência didática, de Schneuwly e Dolz (2004) e resultou em uma experiência
significativa de aprendizagem, uma vez que proporcionou aos alunos não apenas o estudo
de um gênero com linguagem autêntica, mas também o desenvolvimento das habilidades de
compreensão e produção oral e escrita.

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PALAVRAS-CHAVE: Gêneros discursivos. Ensino de Língua Inglesa. Sequência didática.

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ABORDAGEM DO GÊNERO ANÚNCIO PUBLICITÁRIO EM LIVROS DIDÁTICOS:


REPERCUSSÕES DO PARECER CNE/CEB Nº 15/2000

Nathalee Paloma Souza Vieira (UESPI)


Shirlei Marly Alves (UESPI)

Ao analisarmos a abordagem do gênero anúncio publicitário em cinco coleções de livros


didáticos do Ensino Fundamental com maior nível de aprovação no Programa Nacional do
Livro e do Material Didático (PNLD - 2020), constatamos a quase escassez de anúncios de
venda. Levantamos a hipótese de que tal situação deriva de uma incompreensão dos autores
dos livros didáticos sobre o parecer CNE/CEB nº 15/2000, o qual orienta sobre a pertinência
do uso de imagens comerciais nos livros didáticos. Na abertura das unidades e capítulos dos
LDs, os títulos sugerem o trabalho com anúncios de venda, entretanto as atividades não os
contemplam. Nesse sentido, este trabalho tem por objetivo analisar o parecer CNE/CEB nº
15/2000 no que diz respeito à pertinência do texto publicitário em livros didáticos. Para
justificarmos a pertinência do gênero anúncio publicitário em sala de aula, tomamos por base
os estudos teóricos de Bakhtin (1997), Carvalho (1998), Gomes (2000) e Laurindo (2007).
Trata-se de um estudo quanti-qualitativo, descritivo e documental, com levantamento de
dados no Parecer CNE/CEB nº 15/2000 e em livros didáticos destinados ao Ensino
Fundamental. O resultado sinaliza que os anúncios de vendas de serviços ou produtos estão
ausentes nas coleções supracitadas, o que nos faz pressupor que os alunos, de certo modo,
ficam privados de ter uma melhor orientação sobre como lidar com esse gênero textual nas
diversas práticas sociais.

PALAVRAS-CHAVE: Livros didáticos. Anúncios publicitários. Parecer CNE/CEB nº 15/2000.

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OS CONTOS DE FADA COMO ESTRATÉGIAS DE LEITURA DOS EDUCANDOS NOS ANOS


INICIAIS

Dilmar Rodrigues da Silva Júnior (SEMECT-CAXIAS)

O ensino da leitura é um dos grandes desafios para ser concretizado de forma satisfatória na
escola do ensino fundamental, principalmente porque faz parte de uma das habilidades no
processo de alfabetização e que, geralmente, não é realizado de forma como poderia ser em
decorrência das práticas pedagógicas transformadoras. O ensino da leitura por meio dos
contos de fadas despertam o interesse a motivação para que o educando aprenda melhor,
uma vez que as emoções e as características artísticas da personalidade da criança são
exploradas, fazendo-a com que invente e reinvente o seu modo de aprender e fazer
diferentes ações durante o processo de ensino. O referido artigo em estudo trata-se de uma
pesquisa bibliográfica, com revisão de literatura. Fundamentou-se em estudos de

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Cademartori (2010), Abramovich (2008), Solé (1998), Filho (2009) entre outros. Este trabalho
apresenta como objetivo geral pesquisar acerca dos contos de fadas como alternativas de
aperfeiçoamento da leitura dos educandos no ensino fundamental, mais especificamente,
conhecer como a história da leitura tem se constituído na educação escolar brasileira,
mostrar a influência da literatura visando o aperfeiçoamento das práticas pedagógicas no
ensino escolar e analisar as contribuições do ensino de leitura por meio dos contos de fadas
com vistas à melhoria das habilidades leitoras dos educandos do ensino fundamental. Os
resultados até o momento mostram que os contos de fadas são alternativas valorosas no
ensino escolar e que se destacam pelas suas características diferenciais, mostrando-se
motivadora e instigante para o educando aprender leitura, o que outras práticas não
favorecem esse interesse por serem repetitivas e pouco agradáveis aos educandos no
processo de alfabetização.

PALAVRAS-CHAVE: Estratégias de leitura. Contos de fadas. Alfabetização.

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ORGANIZAÇÃO RETÓRICA DA SEÇÃO DE METODOLOGIA DE PROJETOS DE PESQUISA DE


DOUTORANDOS EM LINGUÍSTICA

José Mateus Abreu Reis (UFPI)


Francisco Alves Filho (UFPI)

O projeto de pesquisa é um gênero que possui grande legitimidade na comunidade


acadêmica, sendo através dele que os candidatos a um programa de pós-graduação
explicitam parte do que almejam fazer como pesquisador. Apesar desta importância, os
projetos de pesquisa ainda têm despertado pouco interesse dos pesquisadores no contexto
nacional da análise de gêneros no Brasil, portanto é uma lacuna para a importância desta
pesquisa que está sendo desenvolvida. O objetivo geral é identificar e descrever os passos
retóricos mais recorrentes na seção de Metodologia dos projetos de pesquisa de
doutorandos em Linguística, separando os projetos que são pesquisas de campo e os demais,
de um corpus da seleção de doutorado em Linguística da Universidade Federal do Piauí
(UFPI), do Programa de Pós-graduação em Letras (PPGEL). Será verificada, especificamente,
a identificação e categorização de eventuais passos retóricos presentes no corpus, mas não
reconhecidos pela literatura, e, ainda, os passos retóricos descritos pela literatura, mas não
presentes no corpus. Para subsidiar os estudos de gêneros hodiernos e a organização
retórica, foram utilizados: Alves Filho (2018), Bazerman (2004), Swales e Askehave (2009),
Miller (2009), Monteiro (2015) e Swales (1990, 2004, 2009). Os projetos de pesquisa
escolhidos têm como área de concentração a Linguística, mas linhas de pesquisas diferentes,
que envolvem: Variação/Diversidade Linguística; Oralidade e Letramentos; Texto, Discurso e
gêneros como práticas sociais; Gramática e Léxico. Como resultados parciais, temos que a
separação das metodologias dos projetos que vão a campo e os que não necessitam foi
essencial para verificação da recorrência dos passos retóricos: as pesquisas etnográficas
possuem maior recorrência do movimento que “Descreve a etapa de coletas de dados”, e os
projetos de pesquisas bibliográficas possuem maior aparecimento dos passos que compõem
o movimento “Apresentando a abordagem teórico-metodológico”.

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PALAVRAS-CHAVE: Metodologia. Organização Retórica. Análise de Gêneros.

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SURDEZ E APRENDIZAGEM: UM ESTUDO DE CASO SOBRE AS PRÁTICAS DE ENSINO DE


SURDOS EM UMA ESCOLA PÚBLICA EM TERESINA-PI

Maria de Lourdes Nascimento Rocha (UFPI)


Iago Ferraz Nunes (UFPI)

Este trabalho versa sobre as dificuldades no processo de aprendizagem de alunos surdos


matriculados em uma escola regular. Para tanto, temos como objetivo geral o de analisar as
dificuldades de aprendizagem dos alunos surdos na escola pública. Nesta linha de
pensamento trabalhamos com os seguintes objetivos específicos: observar as relações
interpessoais entre: alunos surdos e professor; aluno surdo e intérprete; aluno surdo e aluno
ouvinte, bem como identificar a abordagem de ensino adotada pelos professores (caso haja
alguma metodologia específica), demonstrando suas viabilidades bem como da sua
efetividade, assim como suas influências nas relações interpessoais no processo de
aprendizagem do aluno surdo. Dessa forma buscou-se fundamentar este estudo através de
leitura sistemática baseada em pesquisadores referência na temática para assim melhor
compreensão e apropriação do conhecimento teórico embasamento em Bordenave e
Martins (2015); Smith e Stich (2006); Skliar (2016); Lacerda (2014); Quadros (2008) entre
outros. A pesquisa realizada é do tipo de campo e qualitativa que iniciou-se a partir de
observação em sala de aula, seguida de entrevista. Neste sentido, acreditamos que a escola
tendo como papel principal a garantia de “Educação Básica para todos os cidadãos”, mas que
ainda precisa adequar-se para atender a demanda, ainda assim sendo imprescindível que os
profissionais da educação se qualifiquem para a educação voltada aos surdos a fim de que
dessa forma, possa se pensar em uma inclusão real no contexto educacional e social das
crianças com deficiência auditiva.

PALAVRAS-CHAVE: Processo de ensino-aprendizagem. Aluno Surdo. Inclusão Escolar.

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CORPOS E SUJEITOS QUEER: PRODUÇÃO DE SENTIDOS NO/DO DISCURSO DE ATIVISTAS


TRANS

Iago Ferraz Nunes (UFPI)

Esta pesquisa visa compreender a produção de sentidos acerca da comunidade LGBTQ+, com
foco nos indivíduos transgêneros e nas implicações que os corpos em transformações
causam na sociedade e como isso afeta o processo de construção identitária e política destes
indivíduos. Assumimos a perspectiva discursiva de análise, calcada nos postulados de
Pêcheux e Orlandi. Trabalhamos com o documentário intitulado “Meu corpo é Político”, com
direção de Alice Riff. A Análise do Discurso é um campo de pesquisas que não possui uma
metodologia pronta. São o objeto e as perspectivas da pesquisa que vão impondo a teoria,

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pois em AD. Desse modo, as pesquisas nesse viés possuem sempre um caráter qualitativo-
interpretativista. Não há análise quantitativa de dados. Procurando compreender o processo
de constituição de sentidos produzidos pelas enunciações de representantes LGBTQ+,
buscamos as condições de produção desses discursos, visto que os sujeitos estão
simbioticamente relacionados com a situação sócio-histórico e ideológica às quais se
sujeitam, pois na via em que as condições sociais e políticas influenciam a formação discursiva
desses sujeitos, eles, como reflexo, irão se projetar no mundo através do seu discurso. Por
não atenderem aos padrões heteronormativos que compõe a sociedade na qual estão
inseridos, são marginalizados pela mesma. Seus corpos modificados são seus templos, pois
materializam sua subjetividade, tornando-se sua arma de combate ao preconceito e às
fobias.

PALAVRAS-CHAVE: Análise de Discurso. Queer. Político.

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COVID-19 NOS PRONUNCIAMENTOS PRESIDENCIAIS: UMA ANÁLISE SOCIOCOGNITIVA

Vinícius Nicéas do Nascimento (CEP)


Maria Sirleidy de Lima Cordeiro (UFPE)

Este estudo apresenta uma discussão teórico-analítica sobre as categorizações nos


pronunciamentos presidenciais, examinando a construção cognitivo-discursiva e o
posicionamento do governo (e do presidente) do Brasil diante da pandemia da Covid-19, uma
doença recente no cenário mundial e, por isso, com muitas pesquisas em andamento a fim
de diagnosticar tratamentos e cura, o que favorece e impulsiona a observação do processo
de categorização. É importante ressaltar que esse evento oportuniza uma análise sobre o
modo como o governo (e o presidente) compreende e orienta opiniões dos brasileiros sobre
a pandemia, uma vez que a partir das categorizações podemos mapear as ideologias e os
sentidos estabilizados no pronunciamento. Para isso, nossa investigação está fundamentada
sob as bases da Linguística de Texto e da Análise Crítica do Discurso, numa perspectiva
sociocognitiva. A metodologia utilizada possui caráter essencialmente analítico e
interpretativo com base na abordagem qualitativa. O corpus foi formado pelos
pronunciamentos presidenciais, em sua versão on-line escrita, proferidos no mês de março
de 2020. Os resultados das análises mostram-nos que as categorizações são diversas e
distintas, as quais apresentam um embate explícito – com movimentos discursivos e
ideológicos – entre as recomendações mundiais de saúde para salvar vidas e a exigência do
governo brasileiro em manter a normalidade econômica e a manutenção dos empregos da
população.

PALAVRAS-CHAVE: Categorização. Pronunciamentos presidenciais. Pandemia.

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LETRAMENTOS DIGITAIS NO COMBATE A FAKE NEWS NAS AULAS DE INGLÊS DA ESCOLA


PÚBLICA

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Nayara Stefanie Mandarino Silva (UFS)

O desenvolvimento tecnológico tem mudado as maneiras pelas quais acessamos e lidamos


com informações. Nesse contexto, o fenômeno da disseminação de fake news ganha força,
dado que ocorre no ciberespaço e conta com uma velocidade de propagação nunca vista. A
língua, entendida como discurso, que constrói e é construída socialmente (JORDÃO, 2011),
ocupa uma posição de destaque quando se trata de fake news e, considerando o papel da
escola pública de formar cidadãos críticos, trabalhar nas aulas de línguas a partir da
perspectiva dos letramentos digitais se torna uma opção necessária. Este trabalho objetiva
analisar as possibilidades do trabalho com letramentos digitais no combate a fake news em
aulas de língua inglesa, a partir de uma sequência didática desenvolvida em uma turma de 7º
ano de uma escola pública de Sergipe. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho
analítico-interpretativo (LAVILLE; DIONNE, 1999; YIN, 2010) cujos dados foram coletados
através de diário de campo e gravação das aulas, que envolveram a busca e análise de
notícias. Os procedimentos de análise consistiram em nomear, agrupar, encontrar relações e
exibir os dados (FREEMAN, 1998). A fundamentação teórica inclui Lankshear e Knobel (2016),
Santaella (2018) e Selwyn (2014). Finalmente, os resultados apontam que, no uso de
tecnologias digitais, os alunos precisam ir além de habilidades mecânicas, sendo capazes de
refletir sobre o conteúdo com o qual entram em contato e sobre suas próprias interpretações
acerca de informações. Nesse sentido, o trabalho com os letramentos digitais se mostrou
possível e necessário. Além disso, foi possível identificar aspectos que levam os alunos a
entender uma notícia como falsa ou verdadeira e, dessa maneira, problematizar esses itens.

PALAVRAS-CHAVE: Letramentos Digitais. Aulas de Língua Inglesa. Fake News.

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OS ARGUMENTOS QUASE LÓGICOS NO DISCURSO TEOLÓGICO: EM CENA, OS ORADORES


JESUS CRISTO E NICODEMOS

Max Silva da Rocha (UFAL)

A retórica, segundo a concepção aristotélica, é entendida como uma faculdade capaz de


observar e desvelar o que cada discurso comporta de elemento persuasivo. Assim, este
trabalho, inserido nos estudos retóricos da linguagem, tem como principal objetivo analisar
o uso da argumentação quase lógica presente em um trecho da conversa entre os oradores
Jesus Cristo e Nicodemos no discurso teológico e/ou bíblico. Para tanto, toma a retórica
como uma arte e/ou técnica de convencer e persuadir o outro pelo discurso. A partir desse
entendimento, segue-se uma abordagem de linha qualitativa em que os dados são analisados
de maneira processual, descritiva e interpretativista. O estudo embasa-se em autores como:
Abreu (2009), Aristóteles (2011), Ferreira (2015), Meyer (2007), Perelman e Olbrechts-Tyteca
([1958] 2014), Rocha (2020), entre outros. A análise centra-se no discurso teológico e/ou
bíblico, uma vez que o corpus é constituído a partir de um texto retirado do terceiro capítulo
do livro bíblico Evangelho de João. Por meio da conversa entre os oradores Jesus Cristo e
Nicodemos, foi possível verificar como ambos agiram persuasivamente. Os resultados
indicam que os referidos oradores recorreram aos argumentos quase lógicos (transitividade,

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ridículo, definição, regra de justiça, comparação, incompatibilidade e sacrifício) para tentar


convencer e persuadir.

PALAVRAS-CHAVE: Retórica. Argumentos quase lógicos. Discurso teológico.

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O GÊNERO DIÁRIO DE LEITURAS NO CAMPO DA ATIVIDADE ACADÊMICA

Ângela Alves de Araújo Barbosa (UNICAP)

O nosso estudo tem por objetivo compreender o gênero diário de leituras aplicado no campo
da atividade acadêmica. Este gênero do discurso é derivado do diário genérico (MACHADO,
1998) cujas práticas assemelha-se ao funcionamento da escrita de exercício pessoal
integrado à meditação como também registros de impressões e de confissões. A
historicidade do diário apresenta mudança e transformação, com geração de diários de
diferentes naturezas relacionados às práticas de atividades humanas emergentes. As
mudanças históricas e sociais influenciam e determinam as mudanças para a formação e
geração de um novo gênero a partir do primário (genérico), como registrado na prática
diarista, imposta no século XIX e pelas mudanças ocorrida neste século, este tipo de escrito
passou a ser uma prática diarista, em que as pessoas buscavam resolver suas identidades e
construíam histórias de si mesmas. Com o advento da internet, o gênero diário de natureza
intimista transforma-se, tornando público esse intimismo pertinente para a coletividade,
divulgado e exposto às redes da internet, a princípio mais comumente no suporte do blog
(KOMESU, 2005). Duas características limites são apresentadas no diário, (i) o produtor
escreve para si mesmo, por vezes, com objetivos não muito claros para si; (ii) o produtor fala
para outros ausentes/imaginários de maneira dialogada. A segunda característica interessa
ao nosso estudo. O diário de leituras, portanto, tem por característica ser dialógico, tendo
por denominação ser testemunha das leituras e dos diálogos desenvolvidos nas atividades
de leituras. Nossa fundamentação está na teoria/análise dialógica do discurso, aderidos à
definição de gêneros do discurso advindos de Bakhtin (2016), considerando refletir e
aprofundar discussões acerca desse gênero, ampliando a compreensão do seu
funcionamento não restrita à arquitetura textual (tema, forma composicional, estilo), mas
atentos à sua forma arquitetônica (BRAIT; PISTORI, 2012).

PALAVRAS-CHAVE: Diário de leituras. Atividade de leitura acadêmica. Forma arquitetônica.

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CARTA PESSOAL NO ENSINO FUNDAMENTAL PARA ALÉM DA ESTRUTURA: REFLEXÃO A


PARTIR DE PRÁTICA

Rafael Rossi de Sousa (SME-RJ)

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A proposta aqui apresentada deu-se a partir de uma indagação sobre o feriado de carnaval
por um aluno do quarto ano do ensino fundamental. Nisso, trabalhou-se com a turma textos
voltados a história do carnaval, ao apresentar músicas houve grande interação durante as
marchinhas. Então, foi proposto pelo professor regente trabalhar dentro do contexto da
cantora Emilinha Borba, que gravou expressivo número de marchinhas carnavalescas e havia
material disponível para a faixa etária. Além disso, os alunos escreveriam cartas para o fã
clube da artista em momento propício. A proposta visava um trabalho de caráter
interdisciplinar, com linguagens e aspectos históricos, visto que a dimensão explorada era
vasta e necessitante de um aporte teórico-metodológico que a estruturasse, onde a
pesquisa-ação foi contemplada devido, segundo Thiollent (2000), sua caracterização a partir
de uma ação planejada.O trabalho com gêneros textuais estão previstos nos Parâmetros
Curriculares Nacionais (2001) enquanto importante e expressiva ferramenta na construção
de conhecimentos relativo aos usos e manifestação da linguagem, de forma real e aplicável
nas relações sociais. A carta pessoal foi escolhida como produto final do projeto, com aporte
teórico de Antunes (2006), Bakhtin & Volochinov (2004, 2011) e Miller (2003). Houve a
contextualização com as habilidades previstas no bimestre e aos dados de sondagem inicial
em leitura e escrita, a fim de alinhar as expectativas de aprendizagem e torná-las significativas
e propositivas. O plano de trabalho seguiu o modelo de Gasparin (2012), na perspectiva
histórico-crítica. Após todas as etapas previstas, houve o desenvolvimento da carta pessoal,
em duplas, ao fã-clube da artista, perpassando pelas etapas de escrita e reescrita até serem
enviadas ao destinatário, onde a turma também recebeu uma carta de resposta. A proposta
possibilitou a aprendizagem do gênero carta a partir da construção e registro dos
conhecimentos, com sua expressão e manifestação em estrutura e sentido.

PALAVRAS-CHAVE: Carta. Aprendizagem significativa. Ensino Fundamental.

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O SARAU COMO UM HIPERGÊNERO TEXTUAL MULTIMODAL

Marcelo de Castro (UFMG)

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) postula a necessidade de os educadores,


especialmente da área de Linguagens, promoverem práticas letradas nas quais haja o
reconhecimento, a valorização, a fruição e a elaboração de manifestações culturais no campo
artístico-literário; de modo que os alunos atuem com protagonismo não só como
apreciadores, mas também como curadores e criadores. Tendo isso em vista, um sarau foi
planejado e executado por docentes da área de Linguagens junto a discentes do Ensino
Fundamental II e Médio, de uma escola privada de Belo Horizonte (Minas Gerais). Nesta
comunicação, objetiva-se analisar tal produção artístico-cultural como um hipergênero
textual a favor dos multiletramentos. Com embasamento teórico no conceito de gêneros
textuais (BAKHTIN, 1997; ROJO; BARBOSA, 2015), de hipergênero (BONINI, 2011) e de
multiletramentos (COPE; KALANTZIS, 2006; ROJO; MOURA, 2012, 2019), o estudo é de
abordagem qualitativa e tem, como método, a pesquisa-ensino, modalidade em que o
pesquisador é também professor no contexto investigado. Entre os resultados alcançados,
destacam-se: a compreensão do sarau como um hipergênero textual – constituído por

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gêneros organizadores e por gêneros de funcionamento – que integra uma multiplicidade de


linguagens (verbal, visual, musical, corporal) e de culturas; a leitura, a produção e a circulação
real de diversos gêneros textuais multimodais, como canções, poesias, danças, esquetes
teatrais; a conexão entre os objetos escolares e as práticas sociais linguageiras; o
desenvolvimento do senso estético, da criatividade e da criticidade por parte dos educandos,
conforme prevê a BNCC; a integração de componentes curriculares de uma área do
conhecimento em prol de uma intencionalidade pedagógica que visa ao desenvolvimento
dos multiletramentos.

PALAVRAS-CHAVE: Sarau. (Hiper) Gênero textual. Multiletramentos.

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ESTILO INDIVIDUAL E ESTILO DE GÊNERO NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE UMA


RESENHA E DE UM RESUMO: AS FORÇAS GENÉRICAS EM AÇÃO

Anne Carolline Dias Rocha Prado (UESB)


Márcia Helena de Melo Pereira (UESB)

A partir da hipótese aventada pelo teórico russo Mikhail Bakhtin de que estilo e gênero estão
intrinsecamente relacionados, neste trabalho analisaremos dados do processo de
construção de uma resenha e de um resumo escritos por uma estudante universitária, com
vistas a verificar marcas de estilo individual em gêneros aparentemente mais padronizados.
De acordo com Bakhtin (2011), os gêneros são enunciados relativamente estáveis que se
caracterizam pelo conteúdo temático, pela construção composicional e pelo estilo. Esse
estilo é coletivo, visto que os gêneros são construídos socio-historicamente e, ao mesmo
tempo, individual, por ser produzido por indivíduos socialmente organizados que fazem
escolhas individualizadas na dinâmica discursiva. Dessa forma, para o autor, todo enunciado
pode refletir a individualidade do falante, embora existam gêneros mais padronizados e
outros mais suscetíveis a entradas subjetivas. Em geral, os gêneros da esfera acadêmica,
como a resenha e o resumo, requerem certo rigor em suas formas. Sendo assim, tomando as
considerações de Motta-Roth (1995) e Motta-Roth e Hendges (2010) a respeito da resenha,
e as de Machado (2010) a respeito do resumo, observamos se tais gêneros são, de fato, mais
padronizados, ou se eles dão margem para que o sujeito apareça. Nossos dados processuais
foram compostos por áudios, vídeos e transcrições dos momentos de elaboração textual, de
entrevistas, também gravadas em áudio e transcritas, além dos textos prontos. Através da
análise deste corpus, vimos que a estudante fez suas escolhas linguísticas levando em
consideração, sobretudo, os gêneros que estava apreendendo e o estilo de cada um destes
imperou. Todavia, foi possível identificar, na resenha, marcas de um estilo individual, o que
não aconteceu no resumo. Podemos dizer, portanto que a resenha é um gênero mais flexível,
enquanto o resumo é um gênero mais padronizado.

PALAVRAS-CHAVE: Estilo. Resenha. Resumo.

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ANÁLISE RETÓRICA DA SEÇÃO IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA EM


PROJETOS DE PESQUISA DE DOUTORANDOS DE LINGUÍSTICA

Tâmara Ramalho da Silva (UFPI)


Francisco Alves Filho (UFPI)

O projeto de pesquisa é um gênero norteador de pesquisa presente na esfera acadêmica, de


escrita persuasiva, uma vez que geralmente é utilizado como instrumento de avaliação em
seleções para ingresso na pós-graduação e segue acompanhando os pesquisadores
experientes que submetem seus projetos para conseguirem o financiamento de suas
pesquisas. Além disso, trata-se de um gênero ocluso, uma vez que poucos têm acesso. Assim,
o estudo sobre o gênero no contexto brasileiro é relativamente novo, concentrando-se,
sobretudo, na análise da seção de justificativa. Nesse sentido, esta pesquisa, em andamento,
tem por objetivo identificar e descrever os passos retóricos mais recorrentes na seção
“Identificação do Problema de Pesquisa” dos projetos de pesquisa de doutorandos de
Linguística. O corpus é composto por doze projetos de pesquisa, submetidos e aprovados na
seleção de doutorado (para ingresso em 2019) do Programa de Pós-Graduação em Letras
(PPGEL), da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Analisamos a seção “Identificação do
problema de pesquisa”, partindo de passos retóricos descritos por pesquisadores do núcleo
Cataphora para outras seções do gênero projeto de pesquisa, tais como: a seção de
justificativa de projetos de Linguística (ALVES FILHO, 2018); a de metodologia de projetos de
Linguística (MONTEIRO, 2016); e de fundamentação teórica de projetos de História (RIO
LIMA, 2016). Incorporamos também a contribuição de Oliveira (2019) que descreveu o passo
‘levantando hipóteses’ para a seção analisada. Apoiamo-nos teoricamente na abordagem da
sociorretórica para refletirmos sobre a noção de gênero, comunidade discursiva, propósitos
comunicativos, movimentos e passos retóricos (MILLER, 2012[1984]; SWALES 1990, 2016;
BAZERMAN, 2005; ASKHAVE E SWALES 2009 [2001]; HEMAIS; BIASI-RODRIGUES, 2005;
ALVES FILHO, 2011, 2018). Os resultados, até o momento, nos mostram quinze passos
retóricos recorrentes, sendo o passo ‘formulando questões norteadoras da pesquisa’ o mais
recorrente, aparecendo em onze projetos.

PALAVRAS-CHAVE: Projeto de pesquisa. Gêneros acadêmicos. Sociorretórica.

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ESTRATÉGIAS RETÓRICAS DO GÊNERO PROJETO DE PESQUISA NA ÁREA DE LINGUÍSTICA:


RELATANDO PESQUISAS PRÉVIAS E INDICANDO LACUNA DE PESQUISA

Tristan Veras Pedrosa (UFPI)


Francisco Alves Filho (UFPI)

O gênero projeto de pesquisa é relevante na esfera acadêmica, afinal, permeia todos níveis
do ensino superior. Contudo, o acesso a exemplares deste gênero é bastante restrito,
caracterizando-o como gênero ocluso. Ademais, há poucas pesquisas direcionadas para a
análise da organização retórica de exemplares deste gênero. Nesse sentido, o Núcleo de
Pesquisa Cataphora vem investigando o gênero em questão desde 2014, cabendo citar as
seguintes pesquisas: Monteiro (2016), Sousa (2018), Alves Filho (2018), Rio Lima (2019) e
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Oliveira (2019). Levando em consideração, nesta pesquisa em andamento, financiada pelo


PIBIC/Cnpq, apresentaremos a identificação e a descrição das funções retóricas nos passos
retóricos “relatando pesquisas prévias” e “indicando lacuna de pesquisa” em projetos de
doutorado na área Linguística. A nossa problemática é discutir em que circunstâncias são
utilizados os passos retóricos citados nos projetos de doutorado na área de Linguística. O
corpus deste trabalho é composto por doze projetos de pesquisa submetidos e aprovados
na seleção de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGEL), da Universidade
Federal do Piauí (UFPI) – (Edital 03/2018). A investigação, em realização, apoia-se na
abordagem sociorretórica de gêneros, a qual desenvolve os conceitos de: comunidade
discursiva, propósitos comunicativos, passos retóricos e movimentos retóricos. Esses
conceitos são essenciais para a realização da análise em questão. Nesse sentido, utilizamos,
sobretudo, os seguintes autores para a fundamentação desses conceitos: Miller (2012[1984]),
Swales (1990), Bazerman (2005), Askhave e Swales (2009 [2001]) e Alves Filho (2018). Os
resultados preliminares nos revelaram que, em relação ao relato de pesquisas prévias, os
autores priorizaram a indicação do tema e dos objetivos das pesquisas prévias. Quanto ao
passo “indicando lacuna de pesquisa”, notamos, conforme Rio Lima (2019), que há uma
tendência por parte dos autores em indicar apenas uma lacuna a fim de demonstrar
insuficiência de pesquisa na área e, dessa forma, justificar a pesquisa.

PALAVRAS-CHAVE: Projeto de pesquisa. Sociorretórica. Gêneros. Organização retórica.

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ANÁLISE DO DISCURSO E DIALETOLOGIA: UM ESTUDO DOS EFEITOS DA MEMÓRIA A


PARTIR DE DENOMINAÇÕES PARA ASSASSINO PAGO, MARIDO ENGANADO E PROSTITUTA
REGISTRADAS NO ATLAS LINGUÍSTICO DE PERNAMBUCO

Edmilson José de Sá (CESA)

A proposta de trabalho parte do objetivo de fazer uma breve reflexão sobre os resultados
das pesquisas realizadas para o Atlas Linguístico de Pernambuco (ALiPE) (SÁ, 2013; 2016),
usando os pressupostos teóricos da Análise do Discurso. Sabe-se que estudos de natureza
dialetal são documentados através do método da Geolinguística, que registram
diatopicamente variantes linguísticas oriundas da fala espontânea de habitantes de diversas
regiões, seja no âmbito fonético, lexical, morfossintático, pragmático ou prosódico. Porém,
acredita-se que as condições de produção de sua linguagem por meio da relação entre a
língua e os sujeitos que a falam, assim como as situações em que se produzem os falares
podem interferir nas escolhas das denominações para itens pertencentes a determinados
campos semânticos. Nesse sentido, este estudo consiste na análise das atitudes dos sujeitos
entrevistados, face a algumas questões relacionadas ao campo semântico convívio e
comportamento social, no que tange a respostas para assassino pago, marido enganado e
prostituta. O respaldo teórico sobre a Dialetologia e a Geolinguística advém de Nascentes
(1958), Coseriu (1987) e Câmara Jr. (1981), enquanto as elucidações concernentes à Análise
do Discurso ficam a cargo de Santos (2008), Brandão (2011) e Orlandi (2001). Dessa forma, o
estudo permitiu identificar e compreender a produção de sentidos e os efeitos da memória
discursiva que subjazem os elementos textuais-discursivos localizados nas respostas dos

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sujeitos entrevistados, muitas vezes, causadores de tabus e reações adversas à temática da


questão.

PALAVRAS-CHAVE: Análise do discurso. Efeitos de memória. Atlas Linguístico de


Pernambuco.

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COLÔNIA DE GÊNEROS RESUMO EM EVENTO ACADÊMICO: INTER-RELAÇÃO E ANÁLISE


CONTEXTUAL

John Hélio Porangaba de Oliveira (UNICAP)

Infinitos são os gêneros, muitas são as abordagens de estudo. No English for Specific Purposes
– ESP tem surgido o conceito teórico de colônia de gêneros, que amplia e especifica o olhar
para as análises de gêneros hoje. O termo resumo tem sido objeto de estudo em diferentes
pesquisas, cada uma com um distinto foco para o fenômeno da linguagem. O resumo
constitui um termo polissêmico para muitos gêneros e no contexto dos eventos acadêmicos
a atividade de resumir parece algo muito recorrente na produção dos diversos participantes.
Nos questionamos de que modo esses gêneros resumo se inter-relacionam, convergem e
divergem constituindo uma variação terminológica e na forma de auto-organização?
Objetivamos analisar o contexto de um evento acadêmico, considerando o conceito de
colônia de gêneros resumo, verificando na inter-relação, o que converge e diverge na
variação de resumos. A metodologia é de caráter qualitativo exploratória em que tomamos
como referência os estudos de gêneros a abordagem do ESP. Verificamos que os resumos
variam de contexto para contexto, mas dentro de um mesmo contexto a variação ocorre em
função do nível dos participantes, momento e objetivo da produção. Em conclusão, os
gêneros resumo constituem uma expressão de linguagem na forma de síntese que orienta
ou informa e descreve aspectos relevantes de um trabalho em resposta a outros gêneros de
modo inter-relacionado.

PALAVRAS-CHAVE: Colônia de gêneros resumo. Análise de contexto. Evento acadêmico.

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O TRABALHO COM GÊNEROS TEXTUAIS NO ENSINO REMOTO EM TEMPOS PANDÊMICOS:


DESAFIOS E POSSIBILIDADES REAIS EM AULAS VIRTUAIS

Heriberto Francisco Xavier (UFPB)

Os tempos pandêmicos iniciados com o novo Coronavírus vêm se configurando pelas


mudanças incontestes provocadas nas diversas estruturas da sociedade mundo afora. As
estruturas educacionais também têm sido forçadas a mudanças. O ensino remoto através de
plataformas digitais é a mudança mais significativa. O objetivo deste estudo é refletir sobre
o trabalho com gêneros textuais no ensino remoto nesses tempos pandêmicos, destacando
desafios e possibilidades reais desse trabalho em aulas virtuais pelo WhatsApp. Trata-se de

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um estudo qualitativo e exploratório cujo delineamento o caracteriza como Estudo de


Campo. Os dados foram produzidos/colhidos através de observação/ação participante e
sistemática, a partir de abril de 2020, quando foram iniciadas as aulas virtuais pelo WhatsApp
em uma turma do 3º ano do ensino fundamental de uma escola pública municipal localizada
no extremo-oeste do Estado Santa Catarina, Brasil. A teia teórica que envolve as reflexões foi
tecida à luz de: Freire (1996); Bakhtin (1997); Marcuschi (2001); Cavalcante e Marcuschi
(2007); Santos (2011); Leffa e Freire (2013); Fazenda (2015); Kaieski, Grings e Fetter (2015);
Arruda (2020); Barreto e Rocha (2020); Santos Junior e Monteiro (2020). Os desafios
enfrentados tangem a dificuldades de trabalhar os gêneros textuais conforme a BNCC, de
organizar uma rotina dinâmico-síncrona de atividades, de realizar atividades grupais e de
analisar e avaliar adequadamente as produções escritas dos alunos. As possibilidades
encontradas têm sido o desenvolvimento de práticas interdisciplinares e lúdicas, de pesquisa
e de resolução de problemas envolvendo gêneros textuais orais e escritos. Diante do não
vislumbramento de perspectivas de término destes tempos pandêmicos em curto prazo,
enfrentar os desafios latentes e aqueles que poderão emergir a posteriori, bem como
agarrar-se às possibilidades mais adequadas de uso do WhatsApp nas aulas virtuais, se
apresentam como conditio sine qua non para um trabalho mais significativo com os gêneros
textuais.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros textuais. Ensino remoto. Aulas virtuais.

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O DISCURSO CONSTRUÍDO PELOS LIVROS DIDÁTICOS SOBRE OS GÊNEROS TEXTUAIS

Natália Elvira Sperandio (UFSJ)

presente trabalho possui como escopo promover uma breve análise da forma pela qual os
gêneros textuais vêm sendo abordados e trabalhados pelo livro didático de língua
portuguesa. Ou seja, nosso intuito é apresentar de que forma o material didático, adotado
por uma escola estadual de São João Del-Rei, aborda o ensino da língua materna. Será que
esse material ainda trabalha as questões gramaticais pelo viés de fragmentos textuais, frases
descontextualizadas, ou produz um ensino interacionista que tem como objeto de ensino os
mais variados gêneros textuais que se fazem presentes em nossa sociedade? Como forma de
promovermos nossa discussão, tomaremos como arcabouço teórico os principais estudos
sobre gênero textual e alguns trabalhos sobre os livros didáticos de língua portuguesa. Como
resultado, foi possível verificar que o livro analisado apresenta uma variedade relativa de
gêneros textuais na abordagem da parte teórica e prática do ensino de língua portuguesa,
porém não há um trabalho mais aprofundado com esses gêneros, sendo apenas utilizados
como mero pretextos para o ensino gramatical. O que observamos é que o gênero charge
foi o que teve maior incidência e que a unidade que teve um índice maior de gêneros textuais
foi a direcionada às classes de palavra. Destacamos que em nenhum momento houve a
conceitualização dos gêneros empregados, isto é, não são apresentados ao aluno antes de
proporem as atividades, pressupondo que os discentes tenham um conhecimento a priori
desses gêneros. Logo, esse ensino vai de encontro ao postulado por Dolz, Noverraz e
Schneuwly (1998) no ensino das sequências didáticas. Além do mais, as atividades propostas

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não se diferem das encontradas em gramáticas tradicionais, nas quais o que predomina são
atividades de mera classificação.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros textuais. Livro didático. Ensino.

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O SURDO E SUA LÍNGUA ESCRITA: UMA ANÁLISE DOS ELEMENTOS DA TEXTUALIDADE NA


ESCRITA DO SURDO A PARTIR DO GÊNERO COMENTÁRIO

Francilane Lima de Sousa (UFPI)


José Ribamar Lopes Batista Júnior (UFPI)

Para Marcuschi (2012) o texto é uma unidade comunicativa. Poderíamos, então, considerar a
escrita também como linguagem em uso? Tornam-se necessárias análises mais particulares
sobre essa temática em consonância com a Língua Brasileira de Sinais. A escrita de línguas
orais é de certa forma arbitrária tornando-se mais fácil aos seus falantes. Ao contrário do que
acontece com as pessoas surdas onde sua língua escrita difere de sua língua de modalidade
visual- espacial. Nesses termos, despertou-se a curiosidade sobre como acontece o processo
de escrita da pessoa surda. Dessa forma, esse trabalho objetiva de forma geral analisar como
os surdos organizam os elementos da textualidade a partir do gênero comentário, como
também, descrever as ocorrências de possíveis casos de recategorização nos comentários
produzidos por surdos (considerando a língua portuguesa como L2 para os surdos), por fim,
descrever como os surdos constroem os sentidos do texto. A metodologia realizada no
presente estudo iniciou com a coleta do corpus de investigação, em seguida passamos para
análise textual dos dados e, por fim, os resultados da pesquisa. O corpus do trabalho é
composto por 03 trechos do gênero textual comentário, retirado da rede social Facebook.
Deste modo, a presente pesquisa identifica-se com uma pesquisa de natureza qualitativa de
análise descritiva dividida entre revisão bibliográfica e coleta de dados, à luz de autores como
Antunes (2003), Fiorin (2019), Koch (2018) e Lacerda (2019) e outros de grande relevância. Os
resultados encontrados após as análises permitem descrever a construção dos sentidos
efetiva-se sem o uso de conectivos, mas que não deixar de ser compreensível e associada ao
contexto.

PALAVRAS-CHAVE: Textualidade. Comentário. Surdo.

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BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA


ALUNOS SURDOS, USUÁRIOS DA LIBRAS

Tania Maria dos Santos (UNISINOS)


Joaquina Maria Portela Cunha Melo (UNISINOS)
Cátia de Azevedo Fronza (UNISINOS)

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Este trabalho tem como objetivo refletir sobre o ensino de Língua Portuguesa para alunos
surdos a partir das orientações dispostas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), mais
especificamente em relação ao Ensino Médio. Em adição a isso, pretende analisar as
possibilidades de ensino e aprendizagem da língua portuguesa para alunos surdos, por meio
da Análise Linguística, em consonância com a BNCC. O Ensino Médio é uma etapa escolar da
qual faz parte um público variado, com diferentes perspectivas de vida, inclusive alunos
surdos, usuários da Língua Brasileira de Sinais (Libras), que, na maioria das vezes, encontram
obstáculos para aprender a Língua Portuguesa na modalidade escrita. Isso leva a uma
defasagem em relação a este componente curricular e, consequentemente, aos demais
componentes que compõem a BNCC. Este trabalho é resultado de uma reflexão teórica,
fundamentada nos estudos de Fernandes (2006), Mendonça (2006) e Suassuna (2014), os
quais direcionam nosso foco à BNCC (2019). A Análise linguística (AL) viabiliza uma reflexão
sobre a língua a ser aprendida, e, se lhes for oferecido o ensino, de acordo com suas
especificidades, os alunos surdos serão potencialmente favorecidos pelo uso dessa
perspectiva linguística nas aulas de língua portuguesa, uma vez que, na perspectiva da BNCC,
considera a língua em uso, oportuniza ao aprendente situações de interações comunicativas
que viabilizem o aprendizado a partir de vários tipos de linguagem, sejam elas, verbais (oral,
escrita ou sinalizada), sonora, corporal, visual e mais recentemente a digital. É preciso,
contudo, dar atenção às necessidades do aluno surdo, tendo em vista sua história de
escolarização e o fato de que a Libras é a língua em uso para a aprendizagem da língua
portuguesa escrita.

PALAVRAS-CHAVE: Língua Portuguesa. Análise Linguística. Aluno surdo.

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AS MULTIMODALIDADES TEXTUAIS NO CONTEXTO INCLUSIVO COMO FERRAMENTA PARA


O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA SURDOS

Joaquina Maria Portela Cunha Melo (UNISINOS)


Tania Maria dos Santos (UNISINOS)
Cátia Azevedo Fronza (UNISINOS)

O presente estudo tem como tema o uso de recursos multimodais como facilitadores da
aprendizagem de língua portuguesa para o surdo, tendo em vista a BNCC (2018) que traz,
entre suas propostas, o trabalho com multimodalidades textuais, levando para o contexto
escolar o que é vivenciado cotidianamente pelas pessoas com o acesso a diversas formas de
leitura e escrita. Com o objetivo de conhecer o que já foi investigado sobre esse tema,
realizamos um estudo teórico voltado para o ensino de português para surdos com a
utilização de recursos multimodais, identificando os recursos multimodais utilizados como
facilitadores da aprendizagem de língua portuguesa para alunos surdos, além de verificar
possibilidades e potencialidades de recursos multimodais para o ensino de português para
surdos e ouvintes. Tivemos como base trabalhos de pesquisadores da área de educação de
surdos como Fernandes (2006), Gesueli e Moura (2006), Schelp (2009), Mendes e Oliveira
(2016), Lodi, Harrison, Campos (2014). De acordo com os resultados da pesquisa ancorada
nos referidos autores, foi possível perceber que: a) os surdos têm contato com a língua
portuguesa dentro de um contexto de ensino tradicional; e b) os professores desconhecem

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o surdo como um sujeito que se comunica e aprende visualmente. Verificamos ainda a


possibilidade do ensino de língua portuguesa a partir da utilização de recursos visuais, como
imagens, história em quadrinhos, mapas conceituais associados ou não a estruturas textuais
como propulsoras da compreensão da língua portuguesa. Foi possível considerar também,
com base nos estudos em foco, que textos multimodais podem contemplar surdos e
ouvintes incluídos em uma sala de aula.

PALAVRAS-CHAVE: Língua Portuguesa. Aluno surdo. Multimodalidade.

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PROPOSTAS DE ATIVIDADES DE LINGUAGENS COM OS GÊNEROS TEXTUAIS DIGITAIS


MEMES E POST DE FACEBOOK

Evando Luiz e Silva Soares da Rocha (SEME-PI)

As concepções de texto e o ensino de linguagem à luz dos estudos em Linguística evocam


discussões e contribuições para a prática docente. Neste trabalho, objetiva-se discutir
contribuições das definições de textos e gêneros para as atividades de linguagem nos anos
finais do Ensino Fundamental, considerando as manifestações da língua a partir dos textos
que se realizam por meio de determinados gêneros digitais. Orienta-se pela seguinte questão
norteadora: de que maneira se pode abordar aspectos de linguagem contemplando os
gêneros digitais Memes e Post de facebook? Defende-se a hipótese de que os gêneros
textuais digitais em sua conjuntura multissemiótica refletem diferentes linguagens e
dinamizam o ensino. Para tanto, desenvolveu-se uma pesquisa bibliográfica revisitando os
postulados de Beaugrande (2002), Marcuschi (2008; 2010), Rojo (2012), Koch (2013), Prieto
(2016) e Bezerra (2017). Além disso, realizou-se uma investigação de natureza qualitativa,
analisando um corpus composto por exemplares dos gêneros textuais digitais objeto deste
estudo. Destaca-se, também, o olhar lançado sobre a proposta curricular dos PCN - Brasil
(1998) e da BNCC - Brasil (2018). Dessa forma, a pesquisa evidenciou que a imersão dos
gêneros digitais no ensino fomenta os usos de linguagens e práticas sociais dos actantes por
meio do dinamismo e recursividade da comunicação construída nos ambientes virtuais da
tecnologia digital e, assim, concorre para desenvolver as competências e habilidades
preconizadas pela BNCC.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros digitais. Linguagens. Texto. Ensino.

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A CONCEPÇÃO DE ROMANCE NA CRONÍSTICA DE CLARICE LISPECTOR

Octávio Augusto Ferreira Soares (UFG)

Em 1967, Clarice Lispector começa a colaborar como cronista para o Jornal do Brasil,
importante periódico da época. Até então, desconhecida do grande público, Clarice Lispector
ganha o público a partir dos deslimites do gênero crônica. Até 1973, a autora publicou,
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semanalmente, textos que não fogem de seu projeto literário: a busca do it, do outro, de si,
a incansável resposta para os porquês. Sua cronística é permeada por apontamentos
metalinguísticos, ora negando categorias de gênero (como uma forma de justificar-se), ora
apresentando sua percepção da realidade (no choque com o absoluto). Não à toa, em 1984,
suas crônicas foram reunidas no livro intitulado Descoberta do Mundo. Dentre as
ponderações que faz, sobressaem aquelas que dizem respeito aos trabalhos de ficção, já
reconhecidos pela crítica. Ao grande público, a autora, muitas vezes, tida como hermética,
dá sua concepção acerca de sua prosa romanesca. Este trabalho, a partir da análise
sistemática das crônicas localizadas na Descoberta do Mundo, tem como objetivo principal
apresentar a concepção do gênero romance na cronística de Clarice Lispector. O
enquadramento epistemológico reside nas considerações sobre autor e sobre gênero em O
Demônio da Teoria, de Antoine Compagnon; Teoria da literatura: uma introdução, de Terry
Eagleton; e Jacques Rancière, em A palavra muda. Os resultados apontam para uma
importante perspectiva de entendimento da obra da autora, à medida que se constatou que
Clarice Lispector defende que o romance é um gênero por natureza indefinido.

PALAVRAS-CHAVE: Clarice Lispector. Romance. Crônica.

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ANÁLISE LINGUÍSTICA, HUMOR E QUADRINHOS OU TIRINHAS NA ‘BNCC’

Geraldo José Rodrigues Liska (UFMG/UFAL)

Durante nossas pesquisas ao longo da vida acadêmica, concluímos que o gênero textual mais
abundante nos livros didáticos são as tiras cômicas (LISKA, 2013; 2018), correspondente a
mais de um quarto (27,6%) dos textos. Por serem geralmente curtas, elas acarretam uma
leitura que não seja cansativa. Assim, tem-se a ideia de que a observação dos aspectos
gramaticais do texto torna-se mais atraente. Na BNCC (BRASIL, 2017), o estudo delas se faz
presente desde a Educação Infantil, com a participação de situações de escuta de textos em
diferentes gêneros textuais (EI01EF08), e, a partir do 1º Ano do Ensino Fundamental, elas
ganham habilidades próprias, como a EF15LP14, em que o aluno deve construir o sentido de
histórias em quadrinhos e tirinhas, relacionando imagens e palavras e interpretando recursos
gráficos (tipos de balões, de letras, onomatopeias). Diante disso, o objetivo deste trabalho é
apresentar uma proposta de abordagem didático-pedagógica apropriada para a Educação
Básica, que vai além do uso de tirinhas para o estudo de aspectos gramaticais, e sim para se
aprofundar sobre o funcionamento da língua, compreender suas diferentes possibilidades de
uso e saber utilizar os diversos recursos de expressão. Em relação à fundamentação teórica,
o trabalho se apoia em Dolz & Schneuwly (2004) e Ramos (2012; 2017), no que diz respeito ao
estudo dos gêneros textuais/discursivos e, especificamente, às tirinhas e quadrinhos; em
Silva (2006) e Ferrarezi Jr. (2008; 2010), para o estudo das semânticas de bases cognitivas e
culturais, respectivamente, e em Ferraz (2006; 2008); Richards (1976); Sandmann (1989;
1991a; 1991b), no que se refere ao desenvolvimento da competência lexical. O corpus utilizado
compõe-se de textos humorísticos que podem ser utilizados para o ensino do português,
selecionados para, além dos conhecimentos linguísticos, aplicar técnicas educativas que

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promovam relações sócio-históricas e culturais entre texto apresentado e seu cenário de


produção.

PALAVRAS-CHAVE: Histórias em quadrinhos. Gêneros Discursivos. BNCC.

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DESCRIÇÃO SOCIORRETÓRICA DAS SEÇÕES DE INTRODUÇÃO E METODOLOGIA NO


ARTIGO ACADÊMICO EMPÍRICO DA CULTURA DISCIPLINAR DA ÁREA DE PSICOLOGIA

Nícollas Oliveira Abreu (UECE)

Considerando que as culturas disciplinares, fundamentadas em suas idiossincrasias, como


seus propósitos comunicativos e suas crenças epistêmicas, constituem os gêneros
acadêmicos de distintas maneiras, aspectos que nos permitem observar a heterogeneidade
da escrita acadêmica, este estudo, vinculado ao Grupo de Pesquisa em Discurso, Identidade
e Letramento Acadêmicos (DILETA/UECE), objetivou descrever as configurações
sociorretóricas das seções de Introdução e de Metodologia do artigo acadêmico empírico da
cultura disciplinar da área de Psicologia. Para isso, analisamos 30 exemplares do gênero
acadêmico em questão, nos embasando no aporte teórico proposto por Swales (1990), no
que tange ao gênero artigo acadêmico; nas discussões desenvolvidas por Hyland (2000), em
relação às variações disciplinares; no modelo CARS (SWALES, 1990), para a análise da
organização sociorretórica da unidade de Introdução; e nas propostas retóricas de Nwogu
(1997), Oliveira (2003) e Costa (2015), quanto à descrição da seção de Metodologia. Ademais,
analisamos as características da referida área que influenciam a produção do artigo
acadêmico. Como resultados desse empreendimento investigativo, apontamos que, na
seção de Introdução, a cultura disciplinar da área de Psicologia reconhece como sendo
fundamental a discussão de pesquisas prévias, bem como a apresentação da temática e dos
objetivos dos estudos. A unidade retórica de Metodologia, por sua vez, na cultura disciplinar
analisada, é caracterizada por descrever dados relacionados à dimensão e ao perfil da
amostra, a informações referentes aos materiais/métodos utilizados, aos procedimentos de
pesquisa, à aprovação de pesquisa por comitê de ética e à análise de dados.

PALAVRAS-CHAVE: Artigo acadêmico. Sociorretórica. Cultura disciplinar da área de


Psicologia.

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QUANDO A PALAVRAS EMPODERA: UMA EXPERIÊNCIA COM O PROJETO "E SE FOSSE


COM VOCÊ?"

Delci Cleonice Bender (E.M.E.F. MAURÍCIO CARDOSO)


Elisete Regina Groff (E.M.E.F. MAURÍCIO CARDOSO)

O presente trabalho se propõe a relatar as experiências pedagógicas vivenciadas através do


projeto “E se fosse com você?”. A referida prática foi realizada com alunos do 9º ano do
ensino fundamental, nas aulas de Língua Portuguesa, na Escola Maurício Cardoso

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(Herveiras/RS), em 2018. A partir da leitura da crônica “Primitivos” (TAJES, 2018), em


atividade alusiva ao dia internacional da mulher, os estudantes levantaram o
questionamento: como podemos contribuir para que os direitos femininos não sejam
lembrados só nesta data? Considerando o contexto de uma escola do campo, abordar a
temática da autonomia da mulher e de seu papel social é bastante pertinente. Dessa forma,
a proposta de criação do projeto partiu dos alunos, com o objetivo de conscientizar a
comunidade sobre a importância do respeito às mulheres e da reflexão sobre as variadas
formas de preconceito, reforçando a relevância da valorização dos direitos humanos. Assim,
a cada mês, a turma do 9º ano preparava e conduzia um encontro (com roda de conversa,
dinâmicas, debates) com os colegas do 8º ano, a partir de temas por eles definidos, entre os
quais: assédio, aborto, automutilação e orientação sexual. Uma das conquistas alcançadas
foi a participação do grupo como apresentadores na programação municipal do Outubro
Rosa. Em termos de práticas de letramento, diversos gêneros textuais foram contemplados
durante os estudos e a programação dos encontros: entrevista, ofício, roteiro, poema, relato,
entre outros. A cultura digital também foi priorizada, pois foi criada uma página em uma rede
social para divulgar todas as etapas do trabalho e compartilhar as vivências com a
comunidade escolar. Essa experiência oportunizou uma prática contextualizada e
significativa, tornando-se interdisciplinar. Assim, o projeto alicerçou o protagonismo
estudantil com foco no empoderamento feminino, por meio de um trabalho embasado no
multiletramento.

PALAVRAS-CHAVE: Empoderamento feminino. Multiletramento. Protagonismo.

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ANÁLISE DISCURSIVA CRÍTICA E MULTIMODAL DE PRÁTICAS SOCIAIS CONTEMPORÂNEAS


DO CAMPO POLÍTICO-ELEITORAL EM CONTEXTO DAS REDES SOCIAIS DIGITAIS

Rafael Seixas de Amoêdo (UEA)

A sociedade contemporânea constitui-se, segundo Castells (2017), em uma estrutura dialética


em torno das redes digitais de comunicação. Essas novas mídias estão sendo utilizadas não
apenas como suporte, mas também como práticas sociopolíticas mais significativas, por
exemplo, nas eleições americanas presidenciais de Barack Obama e Donald Trump, e no
Brasil, em 2018, no pleito que elegeu Jair Bolsonaro. Nesse recorte analítico, parte integrante
de projeto de mestrado, toma-se o contexto dessa última eleição brasileira com objetivo de
verificar o uso das redes sociais enquanto palanques político-eleitorais e discursivos, com
ênfase no contexto local de pesquisa, a eleição para governador do Amazonas, na qual teve
dois candidatos mais eminentes, Amazonino Mendes (PDT) e Wilson Lima (PSC). A análise,
ancorada na abordagem discursiva crítica (FAIRCLOUGH, 2016) e multimodal (KRESS, van
LEEUWEN, 2006), apresenta quatro textos produzidos nesse contexto deliberativo e
veiculados nos perfis da rede social Facebook dos candidatos. De forma preliminar, aponta-
se que ambos os atores sociais fizeram uso dessas ágoras digitais como espaços de
campanha, inclusive tendo Amazonino criado perfil, justamente, nesse período para poder
inserir-se nas novas configurações eleitorais. Enquanto prática textual, percebe-se um jogo
linguístico-semiótico, por exemplo, nas representações de identificação numérica dos
candidatos; o uso das cores da bandeira do estado; a presença de elementos predominantes

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do contexto digital - hashtags, emojis; e analogias com o próprio nome e slogan de campanha.
O layout dos textos ainda remete-se aos famosos "santinhos", amplamente utilizados nas
campanhas analógicas. Enquanto prática sociodiscursiva, aponta-se uma ampliação da escala
de consumo e distribuição, incluindo novas estratégias: “curtir”, “compartilhar” e
“comentar” os textos. Os atores utilizam, intertextualmente e interdiscursivamente,
discursos hegemônicos do próprio contexto e metáforas de “transformação”, “mudança”,
“novo", buscando estabelecer relações de proximidade entre cidadãos e políticos. Com isso,
observa-se ainda um movimento transitório da política analógica para arquiteturas
multimodais e digitais.

PALAVRAS-CHAVE: Sociedade em rede. Análise discursiva crítica e multimodal. Novas


práticas político-eleitorais.

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DA LEITURA À ESCRITA: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ‘PCNs’ E ‘BNCC’

Júlia Vieira Correia (UFF)


Lucas de Souza Mathias (UFF)

Este trabalho objetiva analisar comparativamente os PCNs (1998) e a BNCC (2019) acerca do
eixo de escrita ou produção textual que, naturalmente, é permeado por gêneros – como já
frisava o documento mais antigo. Para isso, tem-se, como metodologia, uma abordagem
mais teórica e, ao mesmo tempo, voltada para a prática, visto que os documentos
direcionam-se para as escolas brasileiras. Parte-se de um estudo minucioso do primeiro
documento, os Parâmetros Curriculares Nacionais, publicados em 1998, abrangendo apenas
o Ensino Fundamental. Na sequência, debruça-se a pesquisa sobre o mesmo eixo da Base
Nacional Comum Curricular, cuja criação e implementação é recente e atual. Serão
destacados pontos de semelhanças e dessemelhanças entre ambos os documentos – bem
como seus pontos positivos e negativos, suas especificidades que se configuram como
viáveis e inviáveis dentro do cenário escolar, principalmente, público – no que tange ao
ensino de gêneros, pensado em uma abordagem de produção textual. Como fundamentação
teórica, além dos referidos documentos nacionais, há estudos teórico-práticos de autores
como Cosson (2018), Pantaleão (2013) e Santos, Riche e Teixeira (2018). Esses materiais são
recentes e mesclam revisões teóricas, análises e exemplificações práticas. Dessa forma, com
base no estudo comparativo entre os dois textos (e comparando-os também à prática
docente do Brasil), observa-se que a educação brasileira ainda pode ser aprimorada e, ao
mesmo tempo, que práticas assertivas já ocorriam, como corroboram os pontos em comum
entre os dois documentos, cuja defasagem é de cerca de vinte anos. Além disso, parece ser
clara a noção de que atividades pré-textuais, como leitura e interpretação, são fundamentais
para o desenvolvimento da capacidade crítica e interpretativa do alunado perante variados
gêneros, bem como da criatividade e das técnicas para produção de uma redação escolar de
distintos gêneros.

PALAVRAS-CHAVE: PCNs. BNCC. Gêneros textuais.

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ANÁLISE DO DISCURSO E LETRAMENTO CRÍTICO NA SALA DE AULA: UMA PROPOSTA DE


LEITURA DO LIVRO DIDÁTICO NO ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA

Luciana Maria Libório Eulálio (UESPI)

A língua pode estar a favor ou não de grupos sociais; beneficiar ou oprimir interesses dos
cidadãos. Portanto, na sociedade do século XXI, é indispensável para a evolução dos sujeitos,
que se façam leituras críticas dos textos que circulam na sociedade. A Análise de Discurso e
o Letramento Crítico podem oferecer aos professores da Educação Básica mecanismos de
compreensão dos modos de funcionamento da língua em prol da formação discente. Para
tanto, deve-se partir do trabalho com os gêneros discursivos focado no discurso. Este artigo
objetiva discutir, pelo viés da Análise de Discurso e do Letramento Crítico, como textos
verbais e imagéticos podem beneficiar ou oprimir grupos sociais diversos, a partir de
diferentes leituras e formações ideológicas. Adota-se como referencial teórico-metodológico
o Letramento Crítico de Carbonieri (2016) e Freire (1989), que tomam o texto como um
objeto simbólico associado às regras ideológicas da comunidade de onde ele vem; e
sobretudo, a Análise de Discurso materialista de Pêcheux (2002) e Orlandi (2003), que
concebem os discursos como efeitos de sentido entre os interlocutores em meio à opacidade
da linguagem, analisados a partir da relação língua - sujeito – história. O material investigado
é constituído por entradas de Unidades Didáticas e ‘tirinhas" dos livros de espanhol Enlaces
(2013), Proyecto Conectados (2014) e Buena Gente (2018), utilizados na Educação Básica da
rede pública e privada. Eles enunciam discursos pedagógicos aliados à diferentes memórias,
revelando nas posições - sujeito encontradas, rupturas e continuidades discursivas ligadas ao
machismo, aos padrões de beleza, às práticas alimentares, às vestimentas e à imagem da
mulher.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Leitura. Letramento.

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PRÁTICAS DE ENSINO DE METODOLOGIA CIENTÍFICA MEDIADAS POR TECNOLOGIAS


DIGITAIS: IMPACTOS E MUDANÇAS DISCURSIVAS

José Wesley Vieira Matos (UFC)


Lucas Rodrigues Memória Ávila (UFC)
Maria das Dores Nogueira Mendes (UFC)

Neste estudo, objetivamos relacionar o uso das ferramentas do Google Docs e do Google
Classroom nas práticas de ensino de leitura e produção voltadas ao contexto do Projeto
Escriba e da disciplina Leitura e produção de textos acadêmicos, ambos executados na
Universidade Federal do Ceará (UFC). Nosso referencial teórico compreende essas
ferramentas como tecnologias discursivas, conceito proposto por Paveau (2012, 2020), para
pensar o caráter constituinte e o uso dessas ferramentas no campo científico. Ademais,
utilizamos as conceituações de Maingueneau (2010, 2013, 2015), tais como cenas de

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enunciação, formas de textualidade e valência genérica, para refletir as caracterizações dos


textos produzidos com auxílio desses recursos. Primeiramente, discorreremos sobre as
práticas de ensino adotadas na disciplina e nos módulos do projeto conduzidos sob uma
perspectiva discursiva auxiliada pelo uso das ferramentas mencionadas. A partir dessa
proposta aplicada em turmas de semestres diferentes da graduação em Letras e de outros
cursos, analisamos, também, as avaliações feitas pelos alunos. Os métodos aplicados foram
avaliados pelos alunos, nos anos de 2018 e 2020, em que foram obtidos 51,61% e 50% de
adesão, respectivamente. Os dados apontam que a experiência de acesso, interação e
produção através do Google Docs teve 87,25% de aprovação, enquanto o Google Classroom
obteve 80,95% de êxito entre os participantes. Destacaram-se recursos que influenciaram
positivamente, tais como responder as atividades e ter acesso aos materiais na própria
plataforma, a possibilidade de escrita simultânea e arquivamento automático. Concluímos
que umas das principais observações discursivo-pedagógicas dessa mediação pelas
ferramentas digitais é a de que a forma de textualidade das produções científicas não
comuta, sendo gerida de forma planejada no ambiente virtual. Assim, as mudanças nas
tecnologias discursivas e a consideração dos impactos do mídium mostram-se um espaço
produtivo de observação da relação entre as mudanças tecno-sociais e as práticas científicas.

PALAVRAS-CHAVE: Tecnologias digitais. Metodologia científica. Perspectiva discursiva.

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REDES DE LEITURA NO MUNICÍPIO DE SERRA TALHADA: GÊNEROS TEXTUAIS,


COMPREENSÃO LEITORA E LETRAMENTO LITERÁRIO NO "PROJETO LITERA SERRA"

Daniela Paula de Lima Nunes Malta (UFPE)

Saber ler e interpretar um texto corretamente é uma habilidade que as crianças precisam
adquirir desde cedo, já que será algo importante tanto para o estudo das outras disciplinas
escolares quanto para as atividades do dia a dia. Dessa forma, o presente trabalho tem como
objetivo propor a leitura e a reflexão sobre diversos gêneros textuais: poemas, fábulas,
notícias e textos científicos. Assim, além de identificar o sentido dos textos e estudar
determinados temas com mais profundidade, elas aprenderam sobre as características
específicas de cada um dos gêneros (SCHNEUWLY; DOLZ, 2011). Para isso, as atividades de
leitura foram vivenciadas por alunos da rede municipal do 5º ano do Ensino Fundamental
(anos iniciais) numa escola situada na periferia, inseridas no cotidiano escolar mediada pela
proposta da secretaria de Educação do município de Serra Talhada – PE através do Projeto
“Litera Serra” , que tem sido ancorado nas propostas dos Programas “Criança Alfabetizada”
e “Educar pra valer”. Logo, faz-se necessário que os educandos sejam desafiados e
convidados a construírem seus conhecimentos, exercitarem a atenção e a imaginação numa
proposta de letramento da letra (SOARES, 1997; 2003; 2016), como também reconhecerem
as particularidades (composição, estilo e estrutura) e especificidades de cada gênero
apresentado (GUIMARÃES; KERSCH, 2012). As atividades trouxeram a reflexão sobre o
caráter dinâmico dos diversos gêneros textuais/discursivos e de como eles circulam nos
meios sociais (BAKHTIN, 2001) compreendendo as relações que a leitura de textos estabelece
com o cotidiano.

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PALAVRAS-CHAVE: Ensino de língua. Práticas de leitura. Linguagem. Projeto didático. Ensino


Fundamental.

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INTERNETÊS: A INFLUÊNCIA NA ESCRITA ESCOLAR

Gabriele da Silva Alves (UFMA)


Isabele de Sousa Lima (UFMA)
Catarina Maria Pereira Carvalho (UFMA)

Com o avanço da tecnologia, a internet proporcionou o surgimento de novas formas de


comunicação e expressão no espaço virtual. Nesse contexto, aparece uma linguagem nova,
chamada de internetês. Grande parte dos jovens é influenciada por essa nova forma de
escrever. Esse tipo de linguagem não se restringe ao espaço virtual, muitas vezes, influencia
a leitura e a escrita escolar. Com base nessas considerações, o presente trabalho tem como
objetivo analisar de que modo a linguagem do internetês influencia a escrita formal na escola.
Partindo da sociolinguística, procuramos esclarecer o internetês como uma variedade
linguística. Para embasamento teórico, fundamentamo-nos nos estudos de Komesu e Tenani
(2018), que explicitam sobre esse neologismo, uma das práticas letradas em língua
portuguesa na qual associa-se frequentemente a jovens usuários da internet; em Mollica e
Braga (2003) por versarem sobre o tratamento da variação, bem como nos estudos de Bagno
(2007), uma vez que este discute os principais conceitos da sociolinguística. Nos apoiamos,
ainda, em Marcuschi (2010) pelo fato de ele apontar a relação entre a oralidade e escrita
apoiada nos gêneros textuais. O corpus é constituído de textos de alunos do 7º ano do ensino
fundamental maior da Escola Municipal Prefeito José Ferreira de Sousa, localizada em
Currais, município de São Bernardo-MA. Diante do material coletado, foi possível perceber
que a presença do uso do internetês exerce influência na escrita dos alunos, sendo frequente
o uso de expressões abreviadas como “vcs”, “tbm”, “bj”, “mto” e etc.

PALAVRAS-CHAVE: Internetês. Escrita virtual. Ensino de Língua Portuguesa.

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"FOI AQUI SEU MOÇO QUE CONSTRUÍMOS NOSSA MALOCA" - ENTRE O FATO E A MÍDIA:
O AVESSO DO SENTIDO DO DISCURSO

Zoroastro Pereira de Araújo Neto (IFAL)


Lídia Fabiana Vasconcelos Cavalcante de Araújo (IFAL)
Maria Francisca Oliveira Santos (UFAL)

Com o objetivo de compreender os efeitos de sentido a partir dos aspectos referenciais e


contextuais organizados nas matérias jornalísticas sobre o afundamento do bairro Pinheiro,
em Maceió-AL, partimos do pressuposto de que o uso de artifícios da linguagem concretiza
propostas de sentido, isto é, nos textos/discursos que lemos ou produzimos, constitui-se um

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conjunto de decisões que vão funcionar como instruções ou sinalizações orientadoras da


construção de sentido. A motivação inicial para o desenvolvimento deste trabalho pauta-se
por eu ser morador do bairro Pinheiro, há mais de 35 anos, e desde 2018, após um tremor de
terra, perceber as mudanças socioeconômicas provocadas pela divulgação do problema na
mídia, explicitando sentidos sobre aquele bairro. Concordando com Marcuschi, “[...] o
sentido é um efeito produzido pelo fato de se dizer de uma ou outra forma esse conteúdo
(2008, p.76), pois o “[...] sentido não está no leitor, nem no texto, nem no autor, mas se dá
como um efeito das relações entre eles e das atividades desenvolvidas” (op. cit., p.242). A
pesquisa é de caráter analítico-hermenêutico, avaliando o objeto de forma qualitativa,
tornando-se a análise crítica e a interpretação os procedimentos metodológicos
empregados. O corpus é constituído por cinco matérias jornalísticas on-line, analisado pela
Análise Crítica do Discurso (ACD), que possibilita, como afirma Fairclough (1995, p. 49), “[...]
elucidar as naturalizações advindas de práticas ideológicas, tornando clara os efeitos que o
discurso causa por serem opacos para os participantes”. Observa-se que a textualidade
apresentada nas matérias analisadas constrói sentidos ora de medo, ora de culpabilidade e
de incertezas para os moradores, como assevera Koch (1993): cada um dos mundos que
podemos atribuir a um texto como interpretação semântica é determinado pelo conjunto
das proposições que são verdadeiras nesse mundo, e pelas inferências que delas se podem
derivar.

PALAVRAS-CHAVE: Enunciado. Artifícios da linguagem. Sentidos.

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UMA ANÁLISE DAS PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA EM AULAS DE LÍNGUA MATERNA NO


ENSINO FUNDAMENTAL AMARGOSENSE: COMO ENSINAR-APRENDER EM INTERFACE
COM TECNOLOGIAS?

Manuela Solange Santos de Jesus (UFBA)

As práticas de ensino de língua portuguesa estão em constante mudança, assim como a


própria língua, variando de acordo com as necessidades sociais de uma determinada época.
Ao debatermos sobre a aula de português, o discurso sobre a necessidade de práticas
pedagógicas que permeiam a interação do indivíduo com o texto sobressai àquelas
constituídas unicamente pelo aprendizado ao conjunto de regras fixas e normativas. Dentro
de uma realidade histórica, social e cultural imersa cada vez mais pelas tecnologias digitais, o
interesse pela língua em uso reforça como o trabalho de leitura e escrita, modalidades
construtivas das práticas de letramento na/para a sociedade, também no ambiente escolar,
carece relacionar-se com a hipermodernidade e os (novos)multiletramentos. O presente
trabalho propõe uma descrição sobre as práticas de ensino de língua materna em classes do
8º ano do ensino fundamental em uma escola pública do município de Amargosa-BA e suas
possíveis relações com as práticas de multiletramentos em interface às tecnologias digitais.
Ao se enquadrar em uma pesquisa qualitativa – interpretativista de cunho etnográfico – e ao
campo da Linguística Aplicada, apresenta registros de ações docentes observadas por meio
de uma pesquisa de campo, bem como os significados apreendidos em tais ações
pedagógicas, paralelos a ponderações capazes de favorecer um contexto de ensino-
aprendizagem mais colaborativo e interacional/funcional. Com a junção de marcos teóricos

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sobre concepções de língua e análise de textos (ANTUNES, 2003, 2010), leitura e escrita
(TFOUNI, 2010), letramentos e multiletramentos (KLEIMAN, 2008; ROJO, 2012; MOURA,
2019), e tecnologias educacionais (COSCARELLI, 2016), busca-se em tal trabalho atentar-se
para as mudanças, manifestações e realidades sociais da língua, permeada por múltiplas
semioses que requerem constantemente novas estratégias de uso, novas leituras e novos
olhares críticos participativos, no intuito de proporcionar ações pedagógicas mais dinâmicas
e uma formação de professores de língua materna contextual e historicamente situada.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Língua materna. Multiletramentos.

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AS TIPOLOGIAS INTERTEXTUAIS NO PORTAL WEB EDUCATIVO “EDUCAÇÃO.PORTUGUÊS”:


ANÁLISE DAS CLASSIFICAÇÕES TIPOLÓGICAS NA ´PERSPECTIVA DA LINGUÍSTICA TEXTUAL
E DA TEORIA DOS GÊNEROS

Mirna Bispo Viana Soares (SEDUC-MA)

A temática intertextualidade consiste em uma abordagem relevante aos processos de


ensino-aprendizagem da disciplina de Língua Portuguesa, por isso, ao se observar alguns
portais web educativos que tratam sobre o ensino desse tema, percebe-se neles um
conteúdo didático possivelmente desvinculado da teoria proposta para a intertextualidade.
Dessa forma, o objetivo geral desta pesquisa consiste em investigar como um portal
educacional explica as tipologias da intertextualidade. Para tanto, segue-se o aporte teórico
da Linguística Textual (KOCH, BENTES E CAVALCANTE, 2010), e da teoria dos gêneros
(BAZERMAN, 2011). O corpus consiste em figuras do portal web educativo
“educação.português”, organizadas em sequências numéricas para fins analíticos. Com base
no método dedutivo, as investigações partem da teoria da intertextualidade para as análises
das tipologias intertextuais expostas nas figuras do respectivo portal. Verifica-se que as
explicações das tipologias da intertextualidade no portal se aproximam das propostas
teóricas da LT e teoria dos gêneros. Constata-se que os exemplares de textos e gêneros
expostos no portal para fins didáticos são predominantemente literários, mas a LT já
fundamenta seus postulados nas análises de textos e gêneros diversificados. As tipologias
intertextuais dispostas no respectivo portal indicam, de modo vago, as classificações de
intertextualidade explícita e intertextualidade implícita da categoria stricto sensu de Koch,
Bentes e Cavalcante (2012); em decorrência disso, amplia-se as análises dos textos e gêneros
expostos nas figuras, relacionando essas tipologias em sentido estrito às propostas
tipológicas de intertextualidade dispostas em Bazerman (2011). Assim, demonstra-se que é
possível as investigações sobre as tipologias da intertextualidade no portal
“educação.português”, aproximando teorias que se auxiliam nos processos de análises das
relações intertextuais.

PALAVRAS-CHAVE: Intertextualidade. Tipologias de intertextualidade. Portal web educativo


“educação.português”.

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PRECES ESPÍRITAS EM SUA VERSÃO "MODERNA E DE FÁCIL LEITURA": UM ESTUDO


SOBRE GÊNEROS DO DISCURSO

Graziella Steigleder Gomes (PUC-RS)

A teoria baseada no dialogismo bakhtiniano dá visibilidade aos chamados gêneros do


discurso, que, resumidamente, podem ser vistos como modos sociais do dizer. Com base
nessa noção, buscamos compreender discursiva e socialmente o funcionamento do gênero
preces, no âmbito da esfera da doutrina espírita, assim como encontradas em O Evangelho
Segundo o Espiritismo, de autoria de Allan Kardec, publicado pela primeira vez em 1864, na
França. O livro apresenta diversas traduções em língua portuguesa, sendo uma das principais
obras que servem de referência para os adeptos dessa doutrina. Trabalhamos com as
traduções do Instituto de Difusão Espírita (IDE), que se pretende “literal”, conforme
informações fornecidas por seu tradutor em nota introdutória, e a edição publicada pela
Besouro Box, que em 2009 lançou uma versão “moderna e de fácil leitura”, de acordo com
dados encontrados em sua capa. No cap. 28, intitulado Coletânea de preces espíritas, essas se
encontram organizadas em eixos temáticos, como os que seguem: “para pedir um
conselho”, “pelas almas sofredoras”, “na previsão da morte próxima”, entre outros. Sendo
nosso foco a obra que traz a versão em leitura “facilitada”, nossa amostra são 3 dentre as 84
preces encontradas nesse capítulo. Para fins de cotejamento, utilizamos a versão do IDE, que
apresenta uma tradução mais tradicional do texto francófono. A partir da análise das
regularidades relativas a estilo, conteúdo temático e construção composicional dessas
preces, em relação à versão mais conservadora com a qual as comparamos, concluímos que
é possível identificá-las, sob a perspectiva da teoria dialógica do discurso, enquanto um
gênero discursivo emergente, dado que cada vez mais adeptos têm a elas recorrido para se
dirigirem à sua instância espiritual superior, por sua sintaxe e léxico simplificados, com os
quais eles facilmente se identificam.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros do discurso. Dialogismo. Preces.

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UM OLHAR SOBRE OS PROPÓSITOS COMUNICATIVOS DO GÊNERO NOTÍCIA NO JORNAL


FOLHA DE SÃO PAULO

Simone Rego Fontinele (UESPI)

Este trabalho é um recorte de uma pesquisa de mestrado, insere-se nos estudos de análise
e gêneros, mais especificamente na perspectiva da sociorretórica. Nesta concepção, o
gênero é visto como ações sociais tipificadas diretamente relacionadas a situações também
tipificadas. O objetivo deste artigo é analisar como a estrutura retórica do gênero notícia é
utilizada para a realização dos propósitos comunicativos. Neste estudo, aplicamos o modelo
apresentado por Swales (1990) que se baseia na identificação dos elementos estruturais de
composição do gênero e análise do contexto. Como aportes teóricos e metodológicos, neste

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trabalho nos ancoramos em Bakhtin (2011), Bazerman (1997, 2011), Miller (2012) Alves Filho
(2011), Biasi-Rodrigues e Bezerra (2012), Hemais e Biasi-Rodrigues (2005), Askehave & Swales
(2009[2001]), Swales (1990, 2004) Sousa (2004) e Van Dijk (2019). O estudo constitui-se de
uma pesquisa bibliográfica de cunho analítico e descritivo a partir da análise de seis notícias
publicadas no Jornal Folha de São Paulo no ano de 2020. Os resultados evidenciaram que o
Jornal Folha de São Paulo insere em suas notícias opiniões que refletem os interesses de seus
colaboradores e que a sua estrutura composicional corrobora para atender os propósitos do
gênero notícia. Verificamos, ainda, que a estrutura das manchetes apresenta as
características mais recorrentes para o gênero notícia, visto que as informações são
apresentadas de forma clara e objetiva a fim de atrair a atenção dos leitores. Assim,
observamos que elas têm como propósito aguçar no leitor a curiosidade sobre os fatos
noticiados por meio de diversos recursos estratégicos.

PALAVRAS-CHAVE: Sociorretórica. Estrutura retórica. Gênero notícia.

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OS EFEITOS DISCURSIVOS PRESENTES EM FAKE NEWS: A MANIPULAÇÃO DE


INFORMAÇÕES SOBRE A COVID-19

Maria de Fátima dos Santos Barros (UESPI)

Em vistas a constante disseminação demasiada de desinformação na sociedade, o fenômeno


da fake news tem levado inúmeros questionamentos, até porque por vezes o desejo da
verdade parece estar mascarado na esfera social, frente a pós-verdade. Com isso este
trabalho tem como objetivo analisar os efeitos de sentido ideológicos discursivos que estão
veiculados nas fake news, que circulam durante a pandemia da Covid-19, bem como discutir
os resultados que estes discursos têm tomado na sociedade. Para tanto, este estudo está
alicerçado nas teorias de Foucalt (1996) que trata de conceitos relativos ao desejo da verdade
e seus desdobramentos; Orlandi (1994) que traz contributos sobre a produção de sentidos
textuais, enquanto o discurso sendo objeto linguístico-histórico; Bakhtin (2006) sobre a
natureza social do signo; bem como Fiorin (1998), que trata da argumentação e da ideologia
presente no ato discursivo. Com isso, identifica-se a presente e constante reverberação
discursiva, que permeia na sociedade e desencadeia efeitos de verdades obtusas, que
permitem a manipulação da informação e também do comportamento social frente às
ideologias compartilhadas, as quais acabam por ignorarem a razão e optarem pela emoção,
atrelando o conceito de pós-verdade a estas conjecturas. Em suma, espera-se que a partir
deste trabalho possam urgir novos questionamentos acerca das desinformações que
circundam as redes sociais e efetivar políticas educativas que promovam a educação
midiática, para conscientizar a sociedade como um todo das consequências discursivas das
fake news em razão da pandemia da Covid-19.

PALAVRAS-CHAVE: Ideologia. Fake news. Covid-19.

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A CONSTRUÇÃO RETÓRICA DA SEÇÃO DE RESULTADOS EM ARTIGOS ORIGINAIS NA


SAÚDE COLETIVA

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Francisca Natália Leite Lopes (UECE)


Jorge Tércio Soares Pacheco (UECE)
Ilgner Fernando de Paula Soares (UECE)

Neste trabalho, apresentamos uma análise retórica da seção de Resultados em artigos


originais da área em Saúde Coletiva. Para isso, descrevemos as unidades de informações mais
recorrentes na referida seção, dialogando com as diretrizes aos autores dos manuscritos de
seis periódicos da área que compuseram nossa amostra. Para fundamentar nossa pesquisa,
apoiamo-nos na perspectiva teórico-metodológica de Swales (1990) que versa sobre análise
de gêneros em contextos acadêmicos e profissionais, além de Hyland (2000; 2009) que
discute sobre a influência de crenças e valores epistêmicos em culturas disciplinares
acadêmicas. Além dessas fontes, recorremos a proposições retóricas de trabalhos que
também analisaram artigos científicos na área da Saúde, tais como Medicina, Nutrição e
Educação Física (COSTA, 2015; PACHECO, 2016; SILVA, 2017). Portanto, este estudo, de
natureza exploratório-descritiva, visa analisar e evidenciar, com base em quinze exemplares
do gênero com estratificação B1 a A2, quais movimentos retóricos são prototípicos na seção
de Resultados do gênero artigo acadêmico em Saúde Coletiva, cujo objetivo central consistiu
em compreender como pesquisadores na referida área constroem tal seção retórica.
Conforme a nossa análise, percebemos que, por vezes, a seção foi apresentada de forma
exclusiva, ou seja, sem uma interpretação nem discussão com a literatura, correspondendo,
sobretudo, a estudos de natureza quantitativa. Na seção de Resultados, quando apresentada
de forma exclusiva, a princípio há uma contextualização sobre os participantes da amostra
para, em seguida, apresentar resultados propriamente. Esses resultados podem ser
evidenciados textualmente, como também podem ser dispostos por meio de recursos
visuais, tais como tabelas, quadros e gráficos, cujos dados não são replicados
detalhadamente no corpo do texto.

PALAVRAS-CHAVE: Análise retórica. Artigo original. Saúde Coletiva.

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O USO DO GÊNERO ROMANCE POLICIAL PARA O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA

Anesio Marreiros Queiroz (UESPI)

No que diz respeito ao ensino de língua inglesa, a BNCC (2017) prioriza o foco da função social
e política do inglês. O trabalho com gêneros verbais e híbridos, possibilita vivenciar diferentes
modos de leitura e possibilidades variadas de contextos de uso das linguagens, com natureza
interdisciplinar. Embora distintos, linguística e literatura deveriam manter relações próximas.
Um literato não pode ignorar os estudos linguísticos, porque a literatura é um fato de
linguagem; assim como, não pode o linguista desconsiderar a literatura, porque ela é o
campo da linguagem em que se trabalha a língua em todas as suas possibilidades (FIORIN,
2008). Além disso, acreditamos que o texto literário pode ter um importante papel no ensino
de língua estrangeira. Nesse sentido, a partir do uso do livro Bury your dead, da autora
canadense Louise Penny, uma obra do gênero romance policial, este trabalho busca destacar
as diferentes contribuições do gênero romance para o ensino de língua inglesa. Para tanto,

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esta pesquisa adota uma abordagem qualitativa descritiva. Assim, a partir da observação das
relações entre ficção/realidade, dos aspectos da história e da cultura canadenses bem como
da maneira como se dá a construção de um romance policial, a obra nos permite trabalhar de
forma contextualizada, os eixos organizadores: oralidade, leitura, escrita, conhecimentos
linguísticos e dimensão intercultural da língua inglesa.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Gênero. Romance Policial.

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ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS: UMA ANÁLISE DA SUA CONTRIBUIÇÃO NA


CONSTRUÇÃO DO TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO

Alexandre Carneiro Costa (UFPI)

Este resumo apresenta o resultado de um trabalho que teve como objetivo analisar o
processo e as estratégias que constroem e sustentam a argumentação em textos
dissertativos, produzidos por alunos do ensino médio. As produções textuais foram
produzidas por alunos do 2º ano do Ensino Médio de uma escola da rede pública de Teresina.
Tais textos são produtos da Oficina de Argumentação, organizada por pibidianos do curso de
Letras Vernáculas da Universidade Federal do Piauí. Para as análises, foram utilizados os
textos da fase de reescrita, última etapa do processo da produção textual. A análise
concentrou-se na observação da incidência de determinadas estratégias argumentativas
para iniciar uma argumentação, bem como se o uso dessas estratégias contribuiu para a
construção de uma argumentação consistente. Para as análises, foram selecionados dez (10)
textos dissertativo-argumentativos produzidos por alunos do 2º Ano do Ensino Médio, a
partir do tema: "A persistência do racismo no Brasil". Esses textos estão identificados de T1
a T10 e acrescidos da letra A, B ou C, por exemplo T1A, T1B, T1C. A letra A significa que o
trecho em análise encontra-se na introdução; a letra B significa que o trecho em análise
encontra-se no desenvolvimento e a letra C mostra que o trecho em análise está na
conclusão. Utilizamos as estratégias apresentadas por Koch e Elias (2017), foram elas:
declaração inicial, definição, lançando perguntas, observando a mudança na linha do tempo,
fazendo uma comparação e apresentando fatos. Como resultados parciais temos que as
estratégias argumentativas encontradas na introdução foram as que apresentam os fatos,
mudança na linha de tempo e declaração como as mais recorrentes. No desenvolvimento
identificamos como estratégias argumentativas mais recorrentes: apresentando fatos, a
declaração e a definição. No que diz respeito à conclusão, a declaração e a definição foram
as estratégias argumentativas mais presentes.

PALAVRAS-CHAVE: Texto dissertativo-argumentativo. Estratégias argumentativas.


Reescrita.

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O BIOMA ECOLÓGICO DA PÓS-MODERNIDADE: UM ESTUDO DO INSTAGRAM À LUZ DOS


FENÔMENOS DE LETRAMENTO DIGITAL

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Klausney Muniz Sampaio (UECE)

Em um mundo cada vez mais conectado e inserido na sociedade em rede (CASTELLS,2000),


as práticas de comunicação reformularam-se e atingiram o patamar do que Lévy (2010)
denomina como Cibercultura. Com o advento das redes sociais, os sujeitos despiram as
vestes de meros consumidores e tornaram-se produtores de conteúdo, que interagem e
potencializam as práticas de letramento digital. Dessa forma, o presente trabalho, de cunho
analítico, visa apropriar-se da metodologia de Paiva (2016) ao investigar os fenômenos de
linguagem ocorridos na rede social Facebook, sob a ótica de que os ambientes digitais são
sistemas ecológicos. Nesta proposta, todavia pretendemos nos debruçar na rede social
Instagram e analisar como o Mutualismo, cujo conceito reflete as práticas sociais
bidirecionais nos ambientes digitais, ocorre nas relações estabelecidas a distância.
Objetivamos coletar duas amostras da classificação escolhida, executadas por sujeitos
diferentes – um professor de língua estrangeira e um influenciador de livros. Por meio do
olhar de Paiva (2016), introduzimos a rede social em questão “como um sistema ecológico,
que também se divide, metaforicamente, em biomas que são as páginas pessoais, nas quais
interagem os amigos e as comunidades profissionais, escolares, institucionais etc.” Em suma,
as análises devem reforçar o vínculo e a crença de que as ações e discursos reproduzidos no
mundo real são projetados nessas comunidades virtuais, em que as estruturas são também
ecos da cultura nômade e letrada em que vivemos.

PALAVRAS-CHAVE: Letramento. Rede social. Mutualismo.

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A LÍNGUA DE SINAIS NA RECONTAÇÃO DE HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS SURDAS

Sanatiana Gomes Alencar (UFPI)


Natália de Almeida Simeão (UFPI)

O presente artigo tem como objetivo analisar as contribuições da recontação de histórias


produzidas em Língua de Sinais (L1) para o desenvolvimento linguístico das crianças
surdas,bem como para a evolução da sua escrita em Língua Portuguesa (L2),a fim de
identificar o que esta produz para o seu aperfeiçoamento comunicativo, e de que forma isso
contribui para a sua escrita em L2.O interesse do tema “A Língua de Sinais na recontação de
histórias para crianças surdas” partiu mediante as experiências vivenciadas em sala de aula
com crianças surdas que estudam no CAS/PI,pois enquanto instrutora neste centro, percebi
nas produções sinalizadas e escritas que existia uma evolução em relação ao
desenvolvimento da Libras em todas as suas nuances, ou seja, corporal, social e
comunicativa, bem como desenvolvimento na escrita da L2, uma vez que as crianças se
sentiam mais seguras e motivadas a sinalizar e escrever aquilo que elas produziram com a
recontação.Os sujeitos escolhidos para a pesquisa foram 3 crianças surdas, entre 8 a 11
anos.O desenvolvimento metodológico se deu através da abordagem qualitativa e descritiva,
sendo a coleta dos dados por meio de uma roda de conversas e também através da
apresentação de algumas histórias em LIBRAS que, a priori,foi realizada pela pesquisadora e
em seguida recontada pelas crianças.Ao final das recontações foi escolhida uma história para

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ser analisada, sendo selecionada a história da Páscoa.Para a referida análise utilizamos


imagens,textos,vídeos que foram sinalizados e escritos pelas crianças.Para alcançar os
resultados propostos pela pesquisa, nos apoiamos em alguns autores, dentre eles podemos
citar: Quadros (1997); Goldfeld (2002); Strobel (2016), Weil e Tompakow (2015).Concluímos
que essa pesquisa foi de grande relevância para o desenvolvimento profissional e pessoal da
pesquisadora, pois interessava saber de que modo a recontação pode ser uma ferramenta
que auxilia no desenvolvimento corporal, social e comunicativo, favorecendo às crianças
surdas potencialidades linguísticas e de escrita na L2.

PALAVRAS-CHAVE: Língua. Recontações de história. Crianças surdas.

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O GÊNERO INFOGRÁFICO EM AULAS DE LEITURA NO 2º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL:


UMA ANÁLISE DE ATIVIDADES MULTIMODAIS EM CONTEXTOS DE ALFABETIZAÇÃO

Gerson Sousa Félix Teixeira (UESPI)

Os gêneros textuais, segundo os documentos que orientam o currículo escolar no Brasil,


BNCC (2018), PCN (1998) e LDB (1996), devem ser trabalhados na escola em toda a Educação
Básica. Dentre esses, destaca-se o infográfico que proporciona informações detalhadas de
um mesmo objeto, unindo linguagem verbal e não-verbal. A partir disso, esse gênero desafia
o leitor a decifrá-lo, o que para isso precisará unir imagem e código verbal. Dessa forma,
crianças que estão em processo de alfabetização conseguem dar sentido a esses textos?
Respondem com êxito aos exercícios propostos? Baseado na perspectiva dialógica da
linguagem, que configura o texto como lugar de interação dos sujeitos e de construção de
sentidos, este trabalho tem por objetivo analisar as atividades de leitura utilizando o gênero
infográfico, propostas pelo livro didático, em uma turma de 2º ano do ensino fundamental da
cidade de Luís Correia (PI). O livro da coleção Campo Aberto pertence ao Programa Nacional
de Livro Didático (PNLD) e foi adotado pela Secretaria de Educação do mesmo município para
o triênio 2018-2019-2020. Metodologicamente, pauta-se neste trabalho por uma pesquisa de
natureza bibliográfica e de campo, por revisar as complexidades da leitura multimodal e por
analisar as atividades respondidas pelos discentes. De perfil quali-quantitativo, esse estudo
apresenta dados contabilizados em gráficos e analisados sob a ótica da ciência linguística. O
referencial teórico pauta-se nos escritos de Bakhtin (2003), Dionísio (2006), Paiva (2009),
Coscarelli (2016), Soares (2004), Leffa (1996), Teixeira (2006) e Furst (2010). Foi percebido
que os discentes identificaram com maior autonomia a temática e a estrutura do gênero, mas
sentiram dificuldades em apontar os meios de circulação, bem como a função deste nas
esferas sociais. Entre as possíveis causas levantadas, o pouco acesso a essas leituras fora do
ambiente escolar pode ter ocasionado o conflito.

PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Alfabetização. Infográfico.

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O LETRAMENTO MULTIMODAL NA COMPREENSÃO DO INFOGRÁFICO EM AULA DE


LÍNGUA PORTUGUESA NO ENSINO MÉDIO

Agnaldo Rodrigues Vieira (UFPI)


Naziozênio Antonio Lacerda (UFPI)

O uso de tecnologias digitais na sociedade contemporânea tem aproximado a escola de um


mundo midiático que vem propiciando mais dinâmica em sala de aula e gerando a
necessidade de desenvolver letramentos multissemióticos para a leitura de gêneros
multimodais com diferentes linguagens ou modos de representação, como é o caso do
infográfico. Assim, o objetivo desta pesquisa é analisar a contribuição do letramento
multimodal na compreensão de um infográfico por alunos do ensino médio em aula de língua
portuguesa. A pesquisa fundamenta-se teoricamente em Kress e Van Leeuwen (2001),
Dionísio (2011), Vieira (2007) e Walsh (2010) sobre multimodalidade e letramento multimodal;
e em Marques (2015), Módolo (2007) e Paiva (2016), a respeito do gênero textual infográfico.
Na metodologia desta pesquisa, adota-se uma abordagem qualitativa e usa-se o método da
pesquisa-ação para leitura e compreensão do infográfico “Quadrinhos no Cinema”,
publicado pela revista Superinteressante (2011). Como instrumento de pesquisa, aplica-se um
roteiro de entrevista estruturado com 15 (quinze) alunos do 3º ano do ensino médico de uma
escola pública da rede estadual de ensino, sediada em Teresina, Piauí. Os resultados mostram
que o letramento multimodal contribui para a compreensão do gênero infográfico pelos
alunos por meio de resumo de textos verbais, síntese visual de imagens, cores e design e de
integração das informações nos gráficos com os respectivos dados. Conclui-se que o
letramento multimodal é imprescindível na leitura e compreensão do infográfico em aula de
língua portuguesa porque este gênero textual é composto pelo texto verbal e visual de
forma indissociável e pela integração desses dois modos comunicacionais para produção de
sentidos.

PALAVRAS-CHAVE: Letramento multimodal. Infográfico. Aula de língua portuguesa.

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O LUGAR DISCURSIVO DAS NOTAS DO TRADUTOR NO PROCESSO TRADUTÓRIO: A


TRADUÇÃO PENSADA PELO VIÉS DA ANÁLISE DE DISCURSO PÊCHEUXIANA

Débora de Castro Barros (UFRJ)

Quando pensamos no trabalho do tradutor, a primeira questão que vem à mente é o trabalho
da tradução em si, ou seja, o de transpor, de uma língua para outra, um texto escrito por
alguém, configurando-se na concepção tradicional de tradução, de que traduzir seria
transpor as ideias de um texto, o original, para outro texto em outra língua, o texto traduzido.
Entretanto, há outro caminho para considerarmos a tradução e, consequentemente, o papel
que o tradutor exerce nela: considerar o ato de traduzir como processo tradutório, ou seja,
como “um processo de produção de discurso”, como “um processo de produção de um

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discurso que se materializa no texto da tradução e que tem como especificidade partir da
leitura de um texto específico anterior, o texto original”. Esta concepção é a adotada pela
análise de discurso (AD) pêcheuxiana. Assim, este trabalho — fruto de minha dissertação de
mestrado, defendida em 2009 — objetiva analisar o discurso do tradutor explicitamente
expresso nas notas do tradutor (N.T.). Foram usadas como corpus de análise as N.T. de duas
traduções brasileiras de O pai Goriot, de Honoré de Balzac. Veremos como um dos resultados
da pesquisa que as traduções podem ser responsáveis pela construção de representações e
imagens: do tradutor, do leitor visto por esse tradutor, da tradução, do país ao qual se dirige
a tradução. Considera-se também que seu discurso está presente em toda a tradução; no
entanto, percebe-se que seu reconhecimento dá-se nos paratextos da tradução: prefácios,
introduções, apresentações e notas de pé de página e de fim de capítulo. É nestes que se
configura uma separação entre o discurso do autor, pretensamente acessado pelo tradutor
e expresso no texto da tradução, e o do tradutor, presente nos paratextos. Assim, as N.T.
também serão analisadas como o lugar privilegiado de visibilidade do tradutor.

PALAVRAS-CHAVE: Processo tradutório. Michel Pêcheux. Discurso.

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O TRABALHO COM TIRINHAS E A CONSTRUÇÃO DE TEXTOS ARGUMENTATIVOS NOS


ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Bruna Agliardi Verastegui (ULBRA-GRAVATAÍ)

Este trabalho tem por objetivo analisar de que forma a utilização do gênero textual tirinha
pode auxiliar na produção de textos com caráter argumentativo nos anos finais do Ensino
Fundamental. Sabe-se que muitas tirinhas como as de Mafalda, Calvin e Armandinho trazem
em seus textos críticas sociais acerca de diversos assuntos que estão sendo debatidos na
contemporaneidade e, por conta disso, configuram-se como espaços de informação e
reflexão. Para realizar a análise, faz-se uso dos pressupostos de Cosson (2016), na obra
Letramento Literário; Marcuschi (2008), na obra Produção textual, análise de gêneros e
compreensão; Orlandi (1987), na obra A linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso;
Kleiman (2005), na obra Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola; e Koch
(1999), na obra Argumentação e Linguagem. Concluiu-se que o trabalho com o gênero textual
tirinha nas aulas de língua portuguesa é de grande relevância, visto que além das tirinha
trazerem questões pertinentes e reflexivas que ajudam na construção do pensamento crítico
dos alunos, também auxiliam na construção de textos argumentativos, fornecendo
autonomia para que os alunos possam tecer suas próprias opiniões acerca de diversos
assuntos através da escrita.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de Língua Portuguesa. Gênero textual tirinha. Ensino


Fundamental.

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A LEITURA DE IMAGENS EM MANGÁS: UMA ANÁLISE DA CONSTRUÇÃO TEXTUAL DENTRO


DAS IMAGENS SEGUNDO ASPECTOS DA GRAMÁTICA DO DESIGN VISUAL

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Ana Karolina De Melo Pessoa Oliveira (UFPI)

A contemporaneidade lida com uma diversidade textual, onde constantemente novos tipos
de textos são produzidos, a exemplo produções nipônicas, populares principalmente entre
o público jovem. O objetivo deste trabalho é, portanto, analisar os movimentos que são
realizados na prática leitora já postulados pela GDV e constatar se os mangás seguem tal
relação, observando aspectos culturais intrínsecos para que a compreensão leitora seja
eficiente. Para o suporte teórico, a pesquisa está embasada nos movimentos propostos para
análise de imagens da Gramática do Design Visual, postulada pelos autores Kress e Van
Leeuwen (2006), bem como a obra de Faria (2007) que estabelece relações entre a imagem
e o mangá na pós-modernidade, assim como reflexões sobre a cultura dentro das imagens
nipônicas em Batistella (2015). O estudo aqui apresentado é de natureza qualitativa, com
abordagem analítica, tendo como amostra as primeiras páginas de cinco obras nipônicas,
sendo estas Naruto, One Piece, Kimetsu no Yaiba e My Hero Academia; com o intuito de
investigar os movimentos realizados na leitura com base nas diretrizes da GDV, observando
que ela estabelece a organização dos elementos na imagem de modo que haja o plano ideal
(superior), o real (inferior), bem como a divisão entre o novo (direito) e o velho (esquerdo),
tais foram postulados com uma visão ocidental da leitura, logo a análise das obras orientais
selecionadas irão estabelecer se esses aspectos que regem o movimento leitor nas imagens
continuam ou sofrem alguma modificação. Os resultados apontam que, por serem obras
orientais, as disposições dos elementos são diferentes do que é proposto pelo GDV, a
exemplo da disposição dos movimentos que se referem ao campo do novo (direito) e o velho
(esquerdo). Desse modo, questões referentes à cultura japonesa precisam ser levadas em
consideração para uma compreensão leitora da semiótica apresentada nas obras em análise.

PALAVRAS-CHAVE: Leitura de imagens. Gramática do Design Visual. Leitura de mangá.

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PERSPECTIVAS SOBRE O ENSINO DE GÊNERO TEXTUAIS-DISCURSIVOS NA EDUCAÇÃO


BÁSICA: EXPERIÊNCIA REALIZADA POR MEIO DO PIBID

Chrisllayne Farias Silva (UEPB)


Thaís Calixto Felipe (UEPB)

Sabe-se que por muitos anos o ensino de língua portuguesa manteve-se ancorado a gêneros
textuais que, por muitas vezes distanciavam-se da realidade social do aluno, além de manter
o privilégio da norma culta em detrimento da linguagem coloquial. Pensando nisso e em
busca de considerar os novos enfoques da BNCC (2019), foi desenvolvido juntamente com
outros bolsistas, o projeto “Versos que Contam” na escola EMEF Antônio Vital do Rêgo,
localizada no Município de Queimadas – Paraíba, por meio do Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). O projeto foi elaborado com o objetivo de ampliar
práticas de letramento, habilidades de leitura e escrita, bem como o trabalho com as
variações linguísticas. Para tanto, a equipe buscou apresentar gêneros e temáticas em
concordância com o contexto social dos alunos, considerando também os pressupostos de
Dolz e Schneuwly (1999) que enfatizam a necessidade dos alunos estarem em verdadeiras
situações de comunicação, nas práticas reais da linguagem, através do uso concreto dos
gêneros. Para isso, utilizamos como objeto de trabalho os folhetos de cordéis. Outros

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gêneros também ganharam espaço nas aulas, como as memórias literárias, poesias, canções,
lendas, entre outros. Também foram utilizados recursos para integração dos alunos a
práticas tecnológicas. Entende-se que a perspectiva dos gêneros textuais como intermédio
para o ensino-aprendizagem torna-se cada vez mais eficaz e necessária. Sendo preciso
observar o modo como a abordagem é realizada, considerando os aspectos que possibilitam
a contribuição do ensino. Bem como o contexto social do aluno, para que este perceba o
sentido de uso atrelado ao gênero utilizado. Para o desenvolvimento do trabalho, tomamos
como referência, as contribuições teóricas de Bakhtin (1997), Dolz e Schneuwly (1996, 1999),
Marcuschi (2004), Marinho e Pinheiro (2012), Pereira (2011), Soares (2001) e Pinheiro (2007).

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros textuais. Ensino-aprendizagem. Função social.

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PROCESSOS REFERENCIAIS EM CONVERSAS NO WHATSAPP: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES


PARA O ESTUDO DO TEXTO

Thaís Ludmila da Silva Ranieri (UFRPE)

Neste trabalho, nos propomos a analisar os processos referenciais construídos em conversas


de um grupo de WhatsApp, observando, com atenção, a performance das elaborações
referenciais, conforme defendem Mondada e Dubois (2003) e Koch (2004), em contextos
multissemióticos. Juntamente com essas discussões, relacionamos esses pressupostos às
novas concepções de texto, embasados nos estudos de Cavalcante e Custódio Filho (2010) e
nas contribuições de Hodge e Kress (1988), Dionísio (2005) e Jewitt (2014) a respeito dos
aspectos multimodais da linguagem. Para isso, analisamos prints de conversas de um grupo
de família no aplicativo WhatsApp. As interações do grupo foram acompanhadas por um
período de aproximadamente 10 dias no mês de março de 2018. Nossos resultados apontam
para uma integração entre os modos semióticos, como o verbal e as imagens, no intuito de
estabelecer a progressão referencial em conversas no aplicativo WhatsApp. Tal integração
corrobora não só com a natureza multissemiótica do texto, mas também nos mostra como
os processos textuais se articulam para além do verbal, apontando para a potencialidade da
integração das demais semioses como um fator importante para a textualidade.

PALAVRAS-CHAVE: Processos referenciais. Multimodalidade. WhatsApp.

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PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA DE GÊNEROS DISCURSIVOS: MAPEANDO PERCEPÇÕES E


PRÁTICAS

Amanda Loyse da Silva Alves (UFAL)


Viviane Caline de Souza Pinheiro (UFAL)

Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa realizada no Programa Institucional


de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) (2019/2020), que investigou às Práticas Curriculares
de leitura e escrita em suas relações com as múltiplas facetas nos/dos processos de

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alfabetização. Baseia-se em uma investigação de natureza qualitativa, do tipo estudo de caso


e objetivou analisar às práticas de leitura e escrita de gêneros discursivos no ensino de Língua
Portuguesa, de duas professoras alfabetizadoras dos anos iniciais do ensino fundamental,
em duas escolas públicas de Maceió-Alagoas. As observações das práticas das professoras
partícipes da investigação foram realizadas no período de setembro a dezembro de 2019, em
duas turmas do 2º ano do ensino fundamental. Referente ao aporte teórico, fundamenta-se
sobre a história da alfabetização (MORTATTI, 2008; 2010); análise das práticas dos
professores alfabetizadores, (MORAIS, 2006), alfabetização e letramento, as facetas da
alfabetização (SOARES, 1985, 2004, 2003, 2016; MARTINS e NICOLAU, 2018; MOREIRA e
SILVA, 2011); os saberes docentes (TARDIF, 2003) e os gêneros do discurso (BAKHTIN, 2003).
Como resultado da investigação, no que diz respeito às práticas de leitura e escrita dos
gêneros discursivos trabalhados em sala, a professora A, ao propor práticas de leitura,
assumiu uma concepção de texto voltada para o trabalho de codificação e decodificação, que
impossibilitou a interação dos alunos com os textos dificultando a construção de sentidos
para a leitura. Com relação às práticas de escrita, não propôs o trabalho com a produção de
gêneros, mas limitou-se a solicitar produção de frases ou comentários sobre os gêneros lidos.
A professora B, apresentou uma multiplicidade de gêneros discursivos durante às práticas de
leitura, demonstrou compreender a leitura como forma de interação autor-texto-leitor; e
tentou propor contextos de escrita mais próximos das práticas sociais. Dessa forma, ambas
evidenciaram a construção dos saberes docentes relacionadas a diferentes concepções de
língua/linguagem.

PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Escrita. Gêneros discursivos.

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AS AÇÕES RETÓRICAS ESPERADAS E OS PASSOS RETÓRICOS ENCONTRADOS NA


IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA EM PROJETOS DE PESQUISA DE
LINGUÍSTICA

Jancen Sérgio Lima de Oliveira (UFPI)

Muitos universitários possuem dificuldades na hora de produzir um projeto de pesquisa, por


isso, muitas vezes, recorrem a manuais de escrita de gêneros acadêmicos para produzir seu
projeto, pois não conseguem acessar projetos reais que foram aprovados em seleções.
Nosso objetivo com esta pesquisa é comparar os passos retóricos recorrentes da seção
Apresentação do problema de pesquisa de projetos de pesquisa de Linguística, já descritos em
Lima de Oliveira e Alexandre (2020), com os elementos previstos em manuais de escrita de
projetos de pesquisa, como Barros (2005), Motta-Roth e Hendges (2010) e Gil (2010). Nosso
corpus é composto por nove passos retóricos descritos em Lima de Oliveira e Alexandre
(2020) analisados em projetos de pesquisa aprovados na seleção para o ingresso no curso de
mestrado em Estudos de Linguagem, da Universidade Federal do Piauí, nos anos de 2016,
2017 e 2018. Baseamo-nos, principalmente, na abordagem sociorretórica de gêneros de
Swales (1990), Miller (2009) e Bazerman (2015). Os elementos (E) esperados são: E1 -
Perguntas de pesquisa; E2- Problema de pesquisa; E3 - Hipóteses; E4 - Objetivos; e E5 -
Delimitação espacial e temporal. Os resultados das análises nos mostraram que dentre estes

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elementos esperados, somente o E5 – Delimitação espacial e temporal não possui passo


retórico equivalente nos projetos analisados.

PALAVRAS-CHAVE: Projeto de pesquisa. Gêneros acadêmicos. Passos retóricos.

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O GÊNERO CIBERPOESIA: REFLEXÕES SOBRE UMA NOVA EXPRESSÃO POÉTICA DO NOSSO


TEMPO

Nayra Rayssa Gomes de Sousa (UFPI)

A presente pesquisa tem como propósito refletir a partir do gênero Ciberpoesia, que
entrelaça características ligadas a literatura na era digital e a participação ativa do leitor
frente as ferramentas que fazem parte de sua estrutura. A poesia sendo uma construção
humana que traduz sentidos, discursos e sentimentos também estará presente nesse
espaço, mas reconfigurada, potencializada. É um estudo em andamento de caráter descritivo
e bibliográfico. O objetivo é promover reflexões sobre os gêneros textuais, especificamente
a Ciberpoesia, que será apresentada como formato de criação poética, proporcionada pelos
recursos do ciberespaço, que possibilitaram um maior alcance, em meio a esse caráter mais
dinâmico e abrangente de fazer poesia, gerando um novo conjunto de características que
não fazem parte da poesia visual impressa por conta das limitações existentes no suporte
que a comportam. Neste estudo, serão abordadas desde as reflexões teóricas de seu
surgimento, até as características que fazem parte da sua composição. Como resultado, é
possível apontar que o gênero sugerido pela BNCC pode contribuir nas práticas de ensino,
embora ainda seja desconhecido por parte dos docentes que se utilizam de estratégias para
aprimorar o desenvolvimento dos alunos, sobretudo, no que tange a disciplina de Literatura,
que precisa utilizar recursos para expandir a interpretação e compreensão dos alunos.
Conclui-se então que embora haja um desconhecimento em relação ao gênero, sua função
viabiliza uma participação maior do leitor e os recursos virtuais utilizados na Ciberpoesia
fazem com que a experiência dele vá além da leitura, passando para o campo da
interpretação, pois pensar em novas formas de expressão humana, é pensar, sobretudo, no
aprimoramento dos novos meios digitais.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura digital. Gênero. Reflexões.

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SEQUENCIAMENTO NARRATIVO PERCEBIDO POR SURDOS NA NOVELA “A FAMÍLIA SILVA”

Mário Augusto Silva Sousa Júnior (UFPI)

Com vistas a contribuir para as investigações sobre leitura de imagens em movimento,


objetiva-se analisar as estratégias de compreensão de sequenciamento narrativo na novela
A Família Silva, uma obra em que todos os personagens usam apenas a língua brasileira de
sinais para desenvolver o enredo da história. A metodologia utilizada para atender a esse

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objetivo é de cunho analítico-descritiva e dividida em 3 eixos: sujeitos de pesquisa,


procedimentos de coleta de dados e procedimentos de análise. Foram pesquisados 6 sujeitos
surdos, 3 homens e 3 mulheres, todos fluentes em Libras, os quais realizaram testes de
leituras sobre sequência de acontecimentos e responderam questionários os quais foram
traduzidas para português e analisados individualmente. Para embasamento teórico utilizou-
se Kleiman (2012) e Santaella (2012) para entender sobre letramento, Banner (2010) e Santos
(2008) para entender leitura de textos literários por surdos e Silveira e Mourão (2012) para
novela e Libras . No processo de leitura, observou-se que os pesquisados ativam
conhecimentos específicos para compreensão da novela, identificam informações
complexas e não evidentes além de conseguir fazer inferências e relacionar cenas que
apresentam relação de causa e consequência. Acredita-se que esse trabalho pode ajudar no
incremento da qualidade de construção de produtos culturais para leitura de novela em
Libras por surdos ou para surdos e principalmente para melhorar as estratégias no ensino de
interpretação textual para surdos. Além disso, a compreensão dos processos de leitura por
surdos pode ajudar a tradutores e intérpretes de Libras a maximizar a qualidade na tradução
e interpretação de materiais literários para língua de sinais brasileira.

PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Novela. Libras.

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A ABORDAGEM DOS GÊNEROS TEXTUAIS NO LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA


DO ENSINO MÉDIO: DESAFIOS E POSSIBILIDADES

Urandi Rosa Novais (UFS)

O Ensino Médio, última etapa da educação básica, assume uma grande responsabilidade no
processo de formação dos estudantes. Como preconiza a Lei de Diretrizes de Bases da
Educação Nacional – LDB 9394/96, essa etapa da educação deve preparar os alunos para a
continuidade dos estudos e para o mercado de trabalho. Diante disso, o presente trabalho
traz algumas discussões acerca de como os gêneros textuais são abordados nos livros de
Língua Portuguesa adotados no Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Sergipe –
CODAP/UFS, especificamente da 2ª série do Ensino Médio. O nosso objetivo foi investigar
quais gêneros textuais estão presentes na obra analisada e quais contribuições eles trazem
ao cumprimento dos objetivos propostos pelos documentos oficiais (LDB, 1996; BNCC, 2018;
PCNEM, 1999; OCNEM, 2006). A metodologia utilizada é de abordagem qualitativa,
descritiva, bibliográfica e interpretativa, identificando quais gêneros textuais são abordados
no livro didático e quais propostas de atividade são sugeridas para trabalhar com cada gênero
textual. Os dados coletados foram analisados a partir de uma abordagem teórica,
relacionando-a aos preceitos dos documentos oficiais. Embasamo-nos teoricamente no
conceito de gênero textual proposto por Bakhtin (1997), Bronckart (1999), Marcuschi (2005,
2008), Koch (2013), entre outros que subsidiaram o desenvolvimento dessa pesquisa. O
desenvolvimento desse trabalho nos possibilitou afirmar que a variedade de gêneros
textuais, quando articulada a uma prática de ensino pautada na formação de sujeitos
proficientes em leitura e produção de textos, tem muito a contribuir no desenvolvimento de
habilidades e competências comunicativas orais e escritas dos alunos, pois, conforme os
documentos oficiais citados anteriormente, o trabalho com os gêneros textuais deve

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possibilitar aos alunos conhecer as especificidades dos gêneros em estudo e também


exercitar a prática da produção e da recepção textual, capacitando-os para os desafios no
prosseguimento dos estudos e no mundo do mercado de trabalho.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino Médio. Gêneros textuais. Livro didático.

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MITOS DO INDIVIDUALISMO MODERNO: O (SUPOSTO) PACTO FÁUSTICO EM ATÉ VOCÊ


SABER QUEM É, DE DIOGO ROSAS G.

Cindy Conceição Oliveira Costa (UFPI)


Margareth Torres de Alencar Costa (UFPI/UESPI)

O gênero literário mito, como caracterizado por André Jolles (1976), é uma forma simples
que surgiu da oralidade e passou a ser usada para justificar fatos e fenômenos da
humanidade, precedendo o que se conhece hoje como ciência ou filosofia, até chegar ao seu
caráter literário. Na obra analisada, o protagonista Daniel é um escritor em busca de sucesso
e conhecimento, que cria uma obsessão pelo demônio após reler Grande Sertão: Veredas, de
Guimarães Rosa. Assim, ele resolve escrever uma obra que retrate a figura do diabo de um
modo que considera mais satisfatório, e entre os acontecimentos de sua vida, depois de 24
anos de sucesso, ocorre uma tragédia que coloca em pauta a questão dele ter feito ou não
um pacto. Desse modo, a presente pesquisa tem como objetivo geral: investigar o (suposto)
pacto fáustico em Até você saber quem é (2016), de Diogo Rosas G; e como objetivos
específicos: apresentar os aspectos que caracterizam o gênero literário mito, bem como a
história que deu origem ao mito de Fausto, tendo por base a definição de mitos do
individualismo moderno; e analisar a suposta ocorrência do mito do mal na obra, fazendo um
paralelo comparativo com sua incidência nos Faustos de Goethe e de Marlowe. O trabalho,
metodologicamente, designa-se por uma pesquisa bibliográfica de caráter qualitativo e, para
tanto, foram utilizados como aporte teórico autores como: Watt (1997), Jolles (1976), Goethe
(2016), Marlowe (2007), Costa (2013), entre outros. Portanto, os resultados parciais obtidos
demonstram que a presença do mal é constante no livro e na vida do protagonista, mesmo
que Daniel não seja pactário, mas o seu destino em muito se assemelha com o de Fausto

PALAVRAS-CHAVE: Mito. Pacto fáustico. Individualismo moderno.

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O GÊNERO MEME NO ENSINO DE CIÊNCIAS: SIGNIFICADOS E EFEITOS DO CORONAVÍRUS

Lyvia Barreto Santos (UFAL)


Paula Roberta Galvão Simplício (FRM)
Adriana Cavalcanti dos Santos (UFAL)

O gênero meme está ligado à disseminação rápida de informação por meio do uso das
Tecnologias Digitais. Sendo um gênero digital utilizado e compartilhado, sobretudo, por meio

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de aplicativos (Whastsapp, Instagram, Twitter) para comunicação e expressão social. Após


discussão sobre a importância do uso das tecnologias digitais na disciplina de ciências,
dedicamo-nos em analisar memes disponibilizados na Web que abordam temáticas sobre o
coronavírus, vírus que provoca a doença covid-19, responsável por causar uma pandemia no
ano de 2020. A metodologia se deu em separar os memes em categorias que abordaram:
morfologia do coronavírus, disseminação, sintomas e relação com outras doenças, higiene
pessoal, isolamento social e grupo de risco. Indicamos, ao longo das discussões, como tais
abordagens em memes, selecionados das redes sociais, podem ser exploradas nas aulas de
ciências durante o estudo sobre os microrganismos, de modo que desenvolva nos alunos a
capacidade “ler em ciências”, uma vez que trata-se da análise de textos, imagens, vídeos,
entre outros recursos para se construir conhecimento científico. Observou-se que dentro das
categorias analisadas, é destacada a forma de coroa do vírus; seu modo de transmissão aéreo
e por meio de gotículas de saliva; e a respeito das medidas preventivas que servem também
para serem tomadas na prevenção de outras doenças causadas por microrganismos. Deste
modo, os resultados demonstram que a leitura do gênero meme nas aulas de ciências, tendo
em conta os significados e sentidos que produz, constitui um importante recurso pedagógico
que pode ser cada vez mais utilizado nas aulas, pois as tornam mais prazerosas, atrativas e
inovadoras; além de fortalecer o uso das tecnologias digitais no contexto educacional.

PALAVRAS-CHAVE: Gênero. Memes. Coronavírus.

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O ‘PNAIC’ E A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES ALFABETIZADORES: ALGUMAS


CONSIDERAÇÕES

Kerleiane de Sousa Oliveira (UFPI)


José Ribamar Lopes Batista Júnior (UFPI)

O presente trabalho consiste em um recorte da minha pesquisa de mestrado, que busca


analisar criticamente a formação continuada de professores alfabetizadores de classes
multisseriadas, sobretudo o programa Pacto nacional pela Alfabetização na Idade Certa,
procura identificar a materialização das múltiplas facetas das políticas de formação
continuada no Brasil, como os professores avaliam o processo formativo e as relações de
poder existentes nesse processo. A escolha pela abordagem Crítica de Análise de Discurso se
deu por permitir desvelar na constituição das políticas formativas do país, como a formação
de professores no Brasil é voltada para o fracasso e manutenção da desigualdade social,
destacando que a relação política-educacional-legal acontece por meio da linguagem,
promovendo, de um lado, a criação de um marco legal que ‘oportuniza’ o acesso à formação
continuada, teoricamente transformadora e, engendra, de outro lado, ‘distanciamentos’ de
uma prática crítica/ construtivista, por meio de trabalho de reprodução acrítico de modelos
e de estruturas prontas, trazendo em seu bojo, dessa maneira, um potencial poder de
regulação e controle das práticas dos professores, destituindo-os, muitas vezes, da
autonomia de ensino. É neste espaço de discussão que situamos nossas reflexões, nos
pautando sobretudo nos estudos de Fairclough (2001; 2003; 2010), Wodak e Meyer (2001),
Magalhães (2017) e Batista Jr, Sato e Melo (2018). Metodologicamente realizamos coleta de

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dados em documentos públicos e fizemos pesquisa de campo, por meio de entrevistas e


visitas às localidades rurais.

PALAVRAS-CHAVE: Análise de Discurso Crítica. Programa Pacto Nacional pela Alfabetização


na Idade Certa. Formação de professores.

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A COMPREENSÃO LEITORA: UM ESTUDO SOBRE O USO DO PROCESSO INFERENCIAL NA


COMPREENSÃO DE TIRINHAS DA MAFALDA

Denise Maria de Oliveira Torres (UFPI)

Este estudo tem como objetivo analisar as inferências estabelecidas no processo de


compreensão da leitura de quatro tirinhas da Mafalda verificando-se possíveis sentidos
construídos na articulação dos aspectos verbais e visuais no gênero. As análises permitem
explanar sentidos textuais e contextuais que o leitor é capaz de estabelecer dentro do
horizonte de possibilidades que é o texto a partir do uso do processo inferencial. A pesquisa
é situada no quadro teórico da Linguística Cognitiva, Linguística do Texto e do Discurso,
sendo assim, fundamenta-se nos estudos: da Leitura e Cognição de Dell’Isola (1988, 2017),
Kleiman (1989), Kato (1995), Coscarelli (2002), Machado (2010) e Silveira e Oliveira (2015); do
Texto de Koch e Travaglia (1990), Mussalim e Bentes (2005), Rodrigues, Silva e Filho (2009)
e, Marcuschi (2008, 2012); e da Multimodalidade de Dionísio e Vasconcelos (2013) e Vieira e
Silvestre (2015). Desse modo, a metodologia desse trabalho caracteriza-se em um estudo
bibliográfico, qualitativo e interpretativo, pois essa pesquisa tem como base empírica os
dados retirados das análises de inferências realizadas na compreensão leitora de quatro
tirinhas da Mafalda. E os resultados são que: o uso do processo inferencial na leitura das
tirinhas possibilita ao leitor ampliar o entendimento da mera informação presente na
superfície do texto, adicionando informações novas provenientes do seu conhecimento
prévio e/ou do contexto sociocultural que está inserido; e os tipos de inferências mais
realizadas na leitura das tiras são as de base textual, aquelas que conectam duas ou mais
informações no interior do texto com a finalidade de manter a coerência textual, e as de base
contextual, aquelas que conectam a informação dada no texto fonte com o conhecimento
prévio do leitor, conhecimento do contexto e da situação de comunicação as quais não estão
dadas no texto fonte.

PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Inferência. Multimodalidade.

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ABORDAGEM DOS PRESSUPOSTOS E SUBENTENDIDOS, NAS QUESTÕES DO GÊNERO


POEMA, NA PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO ENEM - 2019

Márcia Barbosa de Moura (UFPI)


Damarys Alves da Silva Barbosa (UFPI)

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O artigo possui como temática a compreensão das inferências, nas questões do gênero
poema, na prova do ENEM. Este estudo tem como questão norteadora a análise das questões
de língua portuguesa do ENEM – 2019, pretendendo reconhecer como as inferências
pressupostos e subentendidos são exploradas no exame. Questiona-se, portanto, como
pode-se explorar pressupostos e subentendidos nos enunciados das questões do ENEM-
2019, na prova de Língua Portuguesa, que possuem o gênero poema? O presente trabalho
tem como objetivo geral analisar de que maneira as inferências pressupostos e
subentendidos presentes nos enunciados das questões, do gênero poema, são empregadas
na prova do ENEM. Enquanto os objetivos específicos são verificar a relação dos enunciados
com o contexto social; identificar pistas linguísticas que conduzam a compreensão dos
pressupostos; descrever pressupostos e subentendidos nos enunciados das questões do
gênero poema; identificar a relação das inferências pragmáticas: pressupostos e
subentendidos nos enunciados das questões do gênero poema com as alternativas. A
pesquisa é de natureza bibliográfica e caracteriza-se como descritiva, pois analisa as questões
do gênero poema na prova do ENEM-2019, fundamenta-se nos seguintes teóricos: Koch
(2011), Grice (1982), Ducrot (1987), Marcushi (2010), Bakhtin (2003). Obteve-se como
resultados que as inferências têm um papel importante na construção do texto no gênero
poema, pois há informações que não precisam ser ditas ou explicadas, porque espera-se que
o leitor saiba identificá-las por meio de seu conhecimento de mundo ou cognitivo. A prova
requer que o aluno possua habilidades de leitura, visto que os enunciados são apresentados
sempre de maneira contextualizada. Ressalta-se que para a compreensão das questões do
gênero poema, os discentes devam compreender os processos de inferências que regem as
habilidades de leitura deste gênero.

PALAVRAS-CHAVE: Inferências. Compreensão. Poema.

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LINGUAGENS, GÊNEROS E NÃO HUMANOS: UMA TENTATIVA DE HUMANIZAR OS


HUMANOS

Ângela Dionísio (UFCG/UFPE)

No Brasil, cerca de 30 milhões de animais (20 milhões de cães e 10 milhões de gatos) estão
abandonados nas ruas do país e a cada 10 destes animais 8 já tiveram lar. Animais nas ruas
estão sujeitos a maus tratos, doenças, abandono e sofrem pela ausência dos seus tutores
que os abandonaram. Os noticiários na Paraíba e em Pernambuco, constantemente, trazem
relatos de maus tratos de animais. Por isso, em 2019, iniciamos o projeto Amor em 4 em patas:
atividades de linguagens, visando criar ações para esclarecer sobre os cuidados com
alimentação, saúde e proteção dos animais domésticos e refletir sobre as causas do alto
índice de animais nas ruas. O não ao abandono e o sim à adoção e ao apadrinhamento
resultam da sensibilização dos humanos. Tomando por base os multiletramentos (ROJO;
MOURA, 2019); como manifestação da multimodalidade (van LEEUWEN, 2004; JEWITT,
2009) em gêneros textuais diversos (MARCUSCHI, 2008; BAZERMAN, 2006; BEZERRA, 2018;
LIMA-LOPES; BUZATO; 2018), apresentamos nesta comunicação algumas reflexões sobre as
produções textuais (escrita e digital) de participantes de seis oficinas, realizadas em 2019 e
2020 com professores (80) e alunos (123) do ensino básico. Em decorrência da natureza da

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participação voluntária dos envolvidos não se prioriza uma análise quantitativa. No entanto,
busca-se observar como os discursos dos humanos se transformam e passam a perceber a
necessidade de respeito os animais não humanos. Tais marcas se manifestam na criação de
campanhas de adoção de fêmeas prenhas, na escrita de cartinhas a tutores, nas gravações
vídeos com seus gatos e cães adotados ao longo das oficinas etc. Percebeu-se que, nestas
situações, mais que a sofisticação das construções multimodais, os relatos via as imagens dos
próprios animais se configuram com argumentos mais consistentes.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros Textuais. Multimodalidade. Animais humanos e não humanos.

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REPRESENTAÇÕES SOBRE A ESCRITA CIENTÍFICA NO UNIVERSO DIGITAL: UMA ANÁLISE


DE VÍDEOS DO YOUTUBE

Nara Karolina de Oliveira Silva (UERN/CAPF)


José Cezinaldo Rocha Bessa (UERN)

Considerando a manifestação de uma pluralidade de enunciados e de uma rede de sentidos


nas mais diversas plataformas do universo digital a respeito das práticas de leitura e escrita
exigidas na universidade, este artigo objetiva analisar representações sobre a escrita
científica expressas em vídeos do YouTube. Fundamentado em ideias de pensadores do
Círculo de Bakhtin (BAKHTIN, 2015, 2016, 2017; MEDVIÉDEV, 2012; VOLOCHINOV, 2017) e de
comentadores desse Círculo (SOBRAL, 2009; BRAIT, MELO, 2010; MIOTELLO, 2012) sobre o
funcionamento dialógico e ideológico da linguagem, e em trabalhos de estudiosos que
abordam a escrita científica em perspectiva enunciativa e/ou sociorretórica (SWALES, 1990;
HYLAND, 2004; BAZERMAN, 2014) o trabalho contempla o exame de vídeos do canal do
YouTube TCC Sem Drama destinados a apresentar dicas e/ou orientações a respeito de como
escrever/produzir artigos científicos. Os dois vídeos que constituem o corpus de análise do
trabalho são analisados seguindo um olhar interpretativo e uma abordagem qualitativa de
pesquisa. A análise empreendida aponta que a escrita científica é significada, nesses vídeos,
como um produto que apresenta uma estrutura fixa, homogênea ou generalizável a ser
apreendida/dominada por um conjunto de técnicas concebidas para cumprir, dentro de um
reduzido espaço de tempo, uma tarefa meramente escolar/acadêmica. Como conclusão, o
trabalho alerta que as “orientações” apresentadas nos vídeos analisados não podem ser
tomadas como (única) fonte de consulta por aqueles que se preocupam com uma escrita de
textos científicos de qualidade, realizada dentro de situações autênticas de interação e
comprometida com o fazer científico e a construção de conhecimentos.

PALAVRAS-CHAVE: Escrita científica. Artigo científico. Canal do YouTube.

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A INTERDISCIPLINARIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA: AS CONTRIBUIÇÕES DOS GÊNEROS


CARTA PESSOAL E BIOGRAFIA PARA AS AULAS DE HISTÓRIA E LÍNGUA PORTUGUESA

Renata Monteiro do Espírito Santo (CIEP 369- Jornalista Sandro Moreyra)

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Considerando a escrita como mecanismo de interação linguístico, esse trabalho apresenta


uma prática de ensino que se propôs a orientar alunos de uma turma de 9º ano a produzirem
uma carta pessoal. A fim de executar tal proposta, baseamo-nos em Koch (2015) e sua
concepção dialógica da língua. A partir da constatação em situações de sala de aula de que
os estudantes têm pouco acesso à cultura devido à falta de hábito de leitura, à pouca
frequência à biblioteca da escola e à ausência de centros culturais em sua comunidade, o que
contribui para a limitação de seu repertório cultural e, consequentemente, dificuldade da
prática escrita, considerou-se a interdisciplinaridade como auxiliar à aquisição de
informações para o aumento do repertório cultural. Buscou-se em Ribeiro et alii (2019)
suporte teórico para que as aulas de Produção textual dialogassem com a disciplina História
e em Volponi (sem data) uma proposta de sequência didática interdisciplinar para o gênero
carta a fim de elaborar uma prática pedagógica a partir dos personagens João Cândido e
Carlos Lamarca. Assim,desenvolveu-se um projeto, no qual, primeiramente, os alunos
tiveram contato com o gênero carta pessoal. Depois, conheceram os aspectos de um texto
desse gênero. Por fim, propôs-se que produzissem uma carta pessoal para João Cândido.
Após isso, lhes foi apresentada uma breve biografia de Carlos Lamarca, uma vez que, em
seguida, teriam de ler uma carta do guerrilheiro endereçada a seus filhos. Após isso, solicitou-
se que respondessem à carta como se fossem um desses filhos. Apesar de terem
demonstrado certa dificuldade, redigiram os textos que foram solicitados: uma carta de um
cidadão para o líder revolucionário João Cândido e outra de um filho para Carlos Lamarca. O
projeto foi realizado com uma proposta na qual o professor se manteve como um orientador,
dando oportunidade ao aluno de aprender de forma ativa.

PALAVRAS-CHAVE: Interdisciplinaridade. Sequência Didática. Ensino de Produção Textual.

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OS GÊNEROS DISCURSIVOS E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA


(LE) ORALMENTE COMPETENTES: EM BUSCA DA COMPETÊNCIA LINGUÍSTICO-
COMUNICATIVA

Thays Costa Lisboa de Sá (UFMA)

Usar a língua estrangeira (LE) é um dos requisitos exigidos para o exercício da profissão
professor, no entanto, não é incomum encontrar professores em pré-serviço e/ou em serviço
que apresentam precária ou nenhuma proficiência linguística na língua-alvo, conforme nos
indica Teixeira da Silva (2008, 2018). De acordo com Almeida Filho (2002), são cinco as
competências que configuram esta profissão, dentre as quais, a linguístico-comunicativa,
considerada a mais elementar, é foco de pesquisas na área da Linguística Aplicada (LA). Esta
competência é a responsável pela produção de sentido na língua-alvo para a qual o professor
está habilitado; de posse dela, o professor consegue transitar por inúmeros contextos ao
atuar usando a LE. Para Consolo (1996), ter o domínio da LE possibilita ao professor servir de
modelo linguístico, além de contribuir para o desenvolvimento da habilidade oral dos
aprendizes. Rocha e Silva (2007) defendem que a presença dos gêneros discursivos na
formação de professores torna o processo de ensino e aprendizagem de LE mais
significativo, tendo em vista o aspecto enunciativo da linguagem e sua concepção de prática
social. Segundo Marcuschi (2008), o uso da língua é inerente às atividades humanas e sua

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efetivação se dá por meio de enunciados, sejam eles orais ou escritos. Para ele, toda
comunicação acontece através dos gêneros, os quais apresentam padrões
sociocomunicativos com composições funcionais, estilos e objetivos enunciativos. Desta
forma, entendemos que, através dos gêneros discursivos, professores de LE podem adquirir
a competência linguístico-comunicativa. Quanto à abordagem, este trabalho é uma pesquisa
qualitativa, do tipo bibliográfica, na qual buscamos compreender fenômenos sociais a partir
da literatura especializada (PAIVA, 2019). Neste sentido, pretendemos discutir de que
maneira o estudo dos gêneros pode contribuir para a formação de professores oralmente
competentes na LE, considerando o caráter interativo da linguagem e o exercício da
profissão uma prática social.

PALAVRAS-CHAVE: Formação de professores de LE. Gêneros discursivos. Competência


linguístico-comunicativa.

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PLANEJAMENTO DE SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS NO CONTEXTO DO PIBID: CONSTRUINDO


ESPAÇOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO ALUNO-PROFESSOR DE LÍNGUA INGLESA

Priscila Azevedo da Fonseca Lanferdini ((Colégio Estadual Liane Marta da Costa -EFM)
Vera Lúcia Lopes Cristovão (UEL)

O planejamento do ensino é uma das tarefas docentes fundamentais por ser mediadora das
ações realizadas em sala de aula. Todavia, muitas vezes ele tem sido pouco valorizado, se
constituindo como uma parte invisível do trabalho do professor. Tendo como foco principal
o planejamento do professor de Língua Inglesa (LI), esta comunicação visa apresentar os
resultados alcançados por uma pesquisa de doutorado cujo objetivo principal foi investigar
os espaços de desenvolvimento profissional do aluno-professor de LI participante do
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), construídos por meio do
planejamento, produção e implementação de sequências didáticas (SD) e da reflexividade
sobre esses processos. A pesquisa foi fundamentada nos referenciais teóricos e
metodológicos do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD) (BRONCKART, 2013, 2009[1999],
2006; SCHNEUWLY; DOLZ et al., 2004; STUTZ, 2012; CRISTOVÃO, 2010, 2005, 2002), em
estudos provenientes da ergonomia da atividade (AMIGUES, 2004; SAUJAT, 2004) e da
psicologia do trabalho (CLOT, 2007[2006], 2017; FAITA, 2004), bem como nos conceitos de
planejamento docente e tomada de decisões de Woods (1996) e em estudos sobre
planificação realizados Franck (2017). A pesquisa teve como participantes protagonistas 4
alunos-professores integrantes do subprojeto Letras Inglês do PIBID, desenvolvido por uma
universidade pública da região centro-sul do Paraná, em parceria com duas escolas públicas
da Educação Básica. Os dados de pesquisa incluíram: a) transcrições de reuniões de
planejamento e produção de SD; b) transcrições de sessões de socialização de diários; c)
transcrições de entrevistas autoconfrontação; d) 2 SD. Os resultados alcançados
possibilitaram a identificação de decisões tomadas pelos participantes da pesquisa, bem
como de seus possíveis fatores constituintes. As análises dos dados indicaram a emergência
de sete dimensões do planejamento de SD:social/interacional, prefigurativa, transpessoal,
conflituosa, cognitiva, de reflexividade e afetiva. O percurso de pesquisa trilhado apontou
indícios desenvolvimentais dos alunos-professores.

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PALAVRAS-CHAVE: Planejamento. Sequência didática. PIBID.

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ANÁLISE CRÍTICA DO GÊNERO DISCURSIVO HISTÓRIA EM QUADRINHOS DA REVISTA ZÉ


CARIOCA

Margareth Valdivino da Luz Carvalho (SEDUC-PI)


Jacqueline Wanderley Marques Dantas (SEDUC-PI)

Considerando a concepção interacional da língua que vê a linguagem como forma ou


processo de interação social, este trabalho de cunho analítico-reflexivo situa-se dentro dos
estudos linguísticos e tem como propósito analisar os conceitos de Texto, Discurso e Sentido
numa perspectiva reflexiva e crítica. O presente trabalho ainda propõe fazer uma leitura das
possibilidades de sentidos oferecidos em um episódio da história em quadrinho de uma
revista do Zé Carioca fundamentando-se para este propósito em autores que abordam sobre
a Análise do Discurso como: Fairclough (1989), Foucault (2014), Orlandi (2012), entre outros.

PALAVRAS-CHAVE: Texto. Discurso. Sentido. Análise Crítica do Discurso.

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PRÁTICAS DE LETRAMENTO POR MEIO DE NARRATIVAS MULTIMODAIS DE


APRENDIZAGEM: CRENÇAS SOBRE ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS EM MEIO
DIGITAL

Luciana Kinoshita (Unifesspa)

O tema em investigação é a influência de crenças no ensino-aprendizagem de línguas em uma


licenciatura em Letras Inglês por meio da produção textual de narrativas multimodais em
ambiente digital. Nosso objetivo é compreender as crenças que perpassam o processo de
ensino-aprendizagem de inglês como língua estrangeira em um contexto de formação inicial
de professores de idiomas utilizando a leitura e a produção de textos escritos digitais. Para
dar conta disso, desenvolvemos pesquisa bibliográfica e de campo. Na primeira, baseamo-
nos em autores como Hall (2018), Kalaja et al (2015), Kerry-Moran e Aerila (2019), Kosnik et al
(2016), Majchrzak (2018), Savage e Barnett (2015), entre outros. Enquanto, na segunda,
realizamos uma investigação qualitativa que incluiu o oferecimento de oficinas de letramento
digital, quando graduandos de diferentes níveis do curso referido produziram suas narrativas
multimodais de aprendizagem que foram analisadas usando análise de conteúdo. Resultados
apontam que, independentemente do estágio em que estejam no curso, as crenças dos
alunos são parecidas e que é possível classificá-las de modo temporal como crenças sobre o
presente, passado ou futuro do processo de ensino-aprendizagem da língua alvo.

PALAVRAS-CHAVE: Letramento digital. Narrativas multimodais de aprendizagem. Crenças.

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ETHOS, ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS E IMAGEM FOTOGRÁFICA: O PROCESSO DE


CONSTRUÇÃO DOS EFEITOS DE SENTIDO

Lucineide Matos Lopes (SME-Fortaleza)


Maria Margarete Fernandes de Sousa (UFC)

A presente pesquisa tem como objetivo analisar o ethos masculino de credibilidade e


identificação projetado e os efeitos imagéticos produzidos pela imagem do corpo, em
anúncios publicitários de perfume. Para o desenvolvimento desta pesquisa, apoiamos nosso
estudo nos pressupostos teóricos da Análise de Discurso Semiolinguística de Patrick
Charaudeau (2010a), teoria com viés discursivo e social que tem como base apresentar uma
perspectiva de reflexão sobre o processo de sujeitos aderirem ao discurso. Por isso tem como
ponto de partida o sujeito linguageiro, ser feito de discurso e ser social (CHARAUDEAU,
2010a). Para tratar do conceito de ethos, pautamo-nos em Charaudeau (2013b); para tratar
do discurso publicitário, utilizamos os conceitos aportados por Charaudeau (2009a; 2009b;
2010b). Quanto ao ponto de vista metodológico, realizamos uma pesquisa indutiva, do tipo
analítico-discursiva para analisar quatro anúncios publicitários de perfume. Para a análise, de
início, utilizamos as categorias de ethos de credibilidade e ethos de identificação
(CHARAUDEAU, 2013a; 2013b) para caracterizar o conjunto de ethé projetado nos anúncios.
Em seguida, as categorias de efeitos visados e efeitos produzidos (CHARAUDEAU, 2013c)
para investigar os efeitos imagéticos. Como resultados, constatamos que o ethos de
credibilidade e o ethos de identificação auxiliam na composição do conjunto de ethé
masculino. Donde concluímos que há uma relação entre os efeitos visados e produzidos e o
conjunto de ethé projetado nos anúncios com a finalidade de reforçar o poder de sedução e
persuasão dos anúncios publicitários.

PALAVRAS-CHAVE: Ethos. Efeitos imagéticos. Anúncios publicitários de perfume.

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O FENÔMENO DA INTERGENERICIDADE NA CONSTRUÇÃO DO SENTIDO DO GÊNERO


ANÚNCIO

Caroline Bezerra Lima (UESPI)

No âmbito da Linguística Textual, a intergenericidade é um fenômeno que se constitui como


um tema significativo a ser estudado, uma vez que a hibridização entre gêneros influi na
produção de sentidos, bem como mobiliza do leitor uma competência metagenérica para
entendê-lo. É importante frisar que este trabalho circunscreve uma pesquisa de mestrado em
desenvolvimento, à vista disso traça-se como objetivo apresentar a proposta de análise do
fenômeno da intertextualidade intergenérica na construção de sentido do gênero anúncio
publicitário. Justifica-se a relevância dessa investigação, pois nota-se que diversos gêneros
apresentam a mescla de gêneros em sua estrutura composicional, portanto, consoante com
reflexões teóricas de Cavalcante, Nobre e Lima-Neto (2011), defende-se que é fundamental
compreendê-la indo além da perspectiva forma/função, abarcando também a natureza desse
fenômeno sob outros prismas de sua constituição em textos multimodais no meio virtual.

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Para tanto, esse estudo é bibliográfico, de cunho qualitativo, alinhado as concepções dos
seguintes pesquisadores: Piègay-Gros (1996), Koch (2018), Cavalcante (2018), Koch, Bentes e
Cavalcante (2012), Lima-Neto (2009), dentre outros. Seleciona-se na ambiência virtual
exemplares de anúncios coletados de redes sociais. Concluímos que essa proposta de
pesquisa irá corroborar a pressuposição de que a intertextualidade intergenérica no gênero
anúncio rompe com a expectativa dos leitores/consumidores no que se refere a composição
dos anúncios, o que contribui para a construção de sentidos, de modo significativo, evocando
efeitos, por vezes, associado ao humor - emoção que potencializa a dimensão persuasiva dos
anúncios.

PALAVRAS-CHAVE: Linguística Textual. Intertextualidade. Intergenericidade. Gênero


anúncio.

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LÍNGUA PORTUGUESA NA BNCC: UMA LEITURA A PARTIR DO IDEÁRIO DO CÍRCULO DE


BAKHTIN

Tamiris Machado Gonçalves (PNPD/CAPES/UFFS)


Angela Derlise Stübe (PPGEL-UFFS)

Esta comunicação socializa parte das reflexões de uma investigação de pós-doutorado,


documental, qualitativa e de caráter interpretativo, que analisou a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC), a fim de verificar que sentidos são reverberados para linguagem. Os
objetivos específicos foram: entender quais vozes teóricas perpassam o documento e em
que medida ele próprio é base teórica para o discurso que projeta. O gesto interpretativo,
amparado pelas ideias do Círculo de Bakhtin, indicou que o texto deve ser pilar para o ensino-
aprendizagem de Língua Portuguesa, que visa à formação de sujeitos críticos, que saibam
reconhecer e analisar efeitos de sentido decorrentes de determinados usos linguísticos e não
linguísticos, em contexto, bem como empregar conhecimentos na análise e reflexão da
língua em uso, tanto na produção quanto na recepção de textos orais e escritos. Para tanto,
linguagem é entendida, de modo geral, a partir de um viés de linguagem em uso, levada a
cabo pela noção de gênero do discurso. Porém, há flutuação terminológica e certa
incongruência entre a visão adotada e as perspectivas de trabalho nas indicações dos
conteúdos, competências e habilidades. A conclusão a que se chega é que o grau de
abstração das discussões no documento não se efetiva apenas com a explanação
desenvolvida nele. Assim, para atuar segundo o que é propalado, é necessário já ter formação
enunciativo-discursiva para observar os fenômenos da língua(agem), o que dificulta que a
própria BNCC sirva de aporte teórico para o fazer docente. O maior problema parece estar
na tensão entre promover os saberes exigidos em cada etapa escolar e a prática de análise
de textos, porque romper com a visão tradicional de usar o texto como pretexto para ensinar
gramática requer visão epistemológica do que é compreender a linguagem desde um
panorama enunciativo-discursivo.

PALAVRAS-CHAVE: Documentos oficiais. Ensino de Língua Portuguesa. Linguagem.

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GÊNEROS TEXTUAIS JORNALÍSTICOS NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA EM UMA


ESCOLA MUNICIPAL TIMONENSE

Edite Sampaio Sotero Leal (UEMA)


Francisca Cardoso da Silva (UEMA)

Ainda é muito comum as aulas de Língua Portuguesa em escolas públicas, sobretudo,


tomarem por base somente os gêneros textuais do livro didático para o ensino da língua
materna. Com base nesse pressuposto, o presente trabalho é fruto dos resultados de um
projeto de Extensão Universitária da UEMA, campus de Timon, intitulado “O jornal na Escola:
uma proposta para o ensino de Língua Portuguesa”, aplicado durante o ano de 2019, na
escola municipal timonense Nazaré Rodrigues. O objetivo foi inserir nas aulas de Língua
Portuguesa o estudo dos gêneros textuais de jornais impressos aproximando os alunos de
textos contextualizados e de vivência social, para, ao final, culminar com produções textuais
a serem publicadas num jornal escolar. Para atingir tal propósito, a metodologia foi pautada
em 4 etapas: 1 – a história do jornal e seus objetivos; 2 – estudo dos textos que circulam nos
jornais; 3 – produção de textos similares aos do jornal impresso; 4 – publicação dos textos
produzidos num jornal a ser exposto no mural da escola. Para tanto, procuramos
embasamento teórico em Bakhtin (1997), Antunes (2003), Marcuschi (2008), Koch (2011) e
Alves Filho (2011), pois sabemos que estes autores entendem o texto como prática social e
lugar de interação. Assim, não podemos desvincular o ensino dos gêneros textuais de sua
importância sociointeracionista. Como resultados deste trabalho, apontamos: alunos
interessados em textos jornalísticos; alunos lendo textos cotidianos; alunos produzindo
textos similares a textos de jornais e alunos com suas produções publicadas no jornal escolar.
Acreditamos que os resultados refletem positivamente nos ideais para os estudos dos
gêneros textuais jornalísticos no contexto escolar.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros textuais. Língua Portuguesa. Jornal escolar.

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DIZER COM IMAGENS E PALAVRAS: UM OLHAR SOBRE A LEITURA DE FIGURINHAS NO


WHATSAPP E AS ESTRATÉGIAS DE COMPREENSÃO LEITORA PARA A GERAÇÃO DE
SENTIDOS

Roberta Shirleyjany de Araújo (UFPI)


Larissa Vitória Oliveira Melo (UFPI)
Maria Angélica Freire de Carvalho (UFPI)

A leitura de texto, em tela, tem exigido conhecimentos que vão além das fronteiras do
impresso. Entender como os signos são combinados para a geração de sentidos é um dos
focos da Semiótica Social que, juntamente, com pressupostos da Linguística Textual
sustentam o aporte teórico do presente estudo cujo objetivo consiste em apresentar um
olhar sobre a leitura de Figurinhas no WhatsApp e as estratégias de compreensão leitora
presentes no processo de construção de sentidos delas e o seus contextos de circulação.
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Para tanto, três grupos existentes na citada rede social formam o espaço de coleta e análise
dos dados. Aspectos como a velocidade das interações, a variedade de assuntos, a
quantidade de pessoas, a idade, o grau de escolaridade e outros foram levados em
consideração para a delimitação dos três perfis como ambientes de pesquisa. De natureza
qualitativa e abordagem explicativa e descritiva, a investigação aqui realizada conta com as
contribuições de Halliday (1978) acerca das metafunções que o texto desenvolve; Van
Leeuwen (2005) com os apontamentos iniciais sobre a Semiótica Social; Kress e Van Leeuwen
(2006) com seus pressupostos analíticos na Gramática do Design Visual; Koch (2009) e
Marcuschi (2005) quanto à mobilização dos recursos cognitivos necessários para a produção
e compreensão de textos. Resultados prévios apontam que a multissemiose existente nas
Figurinhas tem solicitado do leitor movimentos estratégicos, interativos, referenciais e
inferenciais diversos para compreensão dos conteúdos informativos expressos de forma
verbal e não verbal nas também denominadas stickers, dentre outros resultados. O recorte
aqui proposto é uma contribuição em andamento acerca do supracitado objeto de análise e
um convite à abertura de mais discussões em torno dele.

PALAVRAS-CHAVE: Leitura de Figurinhas do WhatsApp. Multissemioses. Construção de


sentidos.

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LINGUÍSTICA TEXTUAL, REDAÇÃO ENEM E ENSINO: A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO


TEÓRICO-PRÁTICA PARA GRADUANDOS EM LETRAS

Jefferson Gomes Fernandes (UFC)

Como afirma Marcuschi (2008), hoje é um consenso entre linguistas que o ensino de
língua deve dar-se através de textos. Nesse contexto, no presente trabalho, buscamos
suscitar algumas reflexões sobre a relevância da aplicação de um minicurso de avaliação
textual para graduandos em Letras no âmbito da monitoria da disciplina de Língua
Portuguesa: Texto e Discurso, ofertada ao curso de Letras da Universidade Federal do
Ceará, dada a expressiva demanda do mercado educacional por profissionais de Letras
para atividades de ensino e de correção de redações do ENEM e de vestibulares. Frente
a essa realidade, planejamos um minicurso, intitulado de “Aspectos da Produção e da
Avaliação de Textos Dissertativo-argumentativos”, cuja ementa abordou as cinco
competências da Redação do ENEM sob três olhares: o primeiro, da Linguística Textual
(Marcuschi, 2008; Cavalcante, 2012; Oliveira, 2016; Pauliukonis e Cavalcante, 2018), como
concepção teórica; o segundo, do aluno (egresso) do ensino médio (Brasil, 2019),
enquanto produtor; e o terceiro, do graduando em Letras e professor (Garcez e Corrêa,
2017), enquanto avaliador. Quanto à metodologia, esta consistiu em uma articulação
entre encontros presenciais dialógicos e teóricos e atividades virtuais individuais e
práticas, unindo as duas faces do processo formativo. Durante a aplicação, os cursistas
manifestaram dúvidas quanto ao ensino de produção textual e à avaliação de textos e
compartilharam experiências pessoais positivas e negativas sobre situações de correção
de redações, presencial e/ou virtualmente. Observamos, portanto, que as discussões
traçadas no minicurso contribuíram com a formação docente do monitor e dos cursistas,
possibilitando avanços qualitativos em sua preparação para as atuais oportunidades da
área.

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PALAVRAS-CHAVE: Linguística Textual. Textos Dissertativo-Argumentativos. Ensino de


Língua Portuguesa.

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FAKE NEWS E LINGUAGEM: ANALISANDO OS FATORES DE TEXTUALIDADE PRESENTES


NAS FALSAS NOTÍCIAS SOBRE O CORONAVÍRUS.

Juliana da Silva (IFPB)

O presente estudo pretende analisar o gênero textual Fake News e a influência dos fatores
de textualidade no processo de construção dos textos. Partimos dos pressupostos teóricos
da Linguística Textual (KOCH, BENTES, MARCUSCHI, CAVALCANTE, 2008) para embasar
nossas discussões. A Linguística Textual surgiu na Alemanha por volta de 1960. Entre os
importantes nomes desta teoria, destacamos: Ducrot, Halliday, Dresler, Benveniste e
Pêcheux. A Linguística Textual tem como objeto de estudo o texto e suas diferentes
materialidades. Trata-se de uma área interdisciplinar que dialoga com outras áreas de estudo
como a cognição, o jornalismo e análise do discurso. No que se refere à perspectiva
metodológica, realizamos uma revisão de literatura sobre o tema, uma seleção das Fakes
News divulgadas nas mídias sociais, referentes à temática do coronavírus e, por último,
realizamos uma análise dos dados. A propagação das Fakes News (notícias falsas) tem
evidenciado graves problemas, principalmente na pandemia do coronavírus. Nesse sentido,
acreditamos que nosso trabalho contribua para identificação destes textos. Verificou-se que
as falsas notícias são ancoradas por uma falta de coerência e por uma intencionalidade velada
na construção dos argumentos do texto. Com isso, concluímos que as Fake News são
construídas com aspectos linguísticos ambíguos para condicionar a manipulação do leitor,
valendo-se dos aspectos multimodais para a modulação da verdade.

PALAVRAS-CHAVE: Fake News. Fatores da Textualidade. Coronavírus.

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AS MÚLTIPLAS SEMIOSES NO LIVRO DIDÁTICO DE PORTUGUÊS

Maria Cilânia de Sousa Caldas (UFC)


Maria Margarete Fernandes de Sousa (UFC)

A partir da ideia de que as múltiplas semioses distribuídas na extensão dos capítulos de um


livro didático impresso podem favorecer as questões de ensino e aprendizagem, esta
pesquisa examina, à luz da semiótica social, textos multimodais veiculados no livro didático
de português do Ensino Médio Português: Contexto, Interlocução e Sentido (MARIA LUIZA M.
ABAURRE, MARIA BERNADETE M. ABAURRE e MARCELA PONTARA), com o objetivo de
analisar práticas de linguagem em diferentes discursos nos gêneros textuais multimodais.
Para isso, recorremos à Teoria da Multimodalidade (HODGE; KRESS, 1988), pesquisando sobre
a identificação, interação e análise entre os códigos semióticos verbais e não verbais que
circulam nos textos; e às ideias da Gramática de Design Visual (KRESS; VAN LEEUWEN, 2006),
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mais especificamente, na metafunção interacional – cujas estratégias envolvem o contato, a


distância social e o ângulo, e na metafunção composicional, que diz respeito aos modos de
organização do texto, quanto ao seu valor informacional. Para a análise do corpus,
selecionamos 30 amostras de textos multimodais nos três volumes que compõem a coleção
de Português do Ensino Médio adotada para o triênio 2018-2020, no Colégio da Polícia Militar.
Os textos selecionados possibilitaram uma análise descritiva, de viés interpretativo, dos
elementos verbais e não verbais em meio ao contexto discursivo que os mobilizaram. Os
resultados obtidos demonstraram a relevância da função social dos elementos não verbais
em consonância com os elementos verbais na construção do sentido do texto. Com isso,
concluímos que é necessário otimizar a abordagem discursivas sobre as multissemioses no
livro didático, levando o aluno a compreender e interpretar valores e pontos de vista gerados
nos gêneros discursivos por meio das múltiplas linguagens.

PALAVRAS-CHAVE: Múltiplas semioses. Livro didático. Metafunções.

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REFLEXÕES SOBRE O AMOR NA CONTEMPORANEIDADE A PARTIR DA PRESENÇA DOS


MITOS ‘ECO-NARCISO’ E ‘APOLO-DAFNE’ NO CONTO “POMBA ENAMORADA OU UMA
HISTÓRIA DE AMOR”, DE LYGIA FAGUNDES TELLES

Maria Iara Zilda Návea da Silva Mourão (UFPI)


Margareth Torres de Alencar Costa (UFPI/UESPI)

O amor na literatura se apresenta sob variadas formas indo da extrema exaltação, como no
amor cortês medieval, até o total desengano, como na obra de muitos escritores
contemporâneos. Entre os autores que procuram mostrar aspectos nem tão agradáveis do
amor, destaca-se, para esse trabalho, Lygia Fagundes Telles, em especial seu conto “Pomba
Enamorada ou Uma História de Amor”, do livro Seminário dos Ratos (1977). Nesse texto, uma
moça que adota o pseudônimo de Pomba Enamorada (PE) dedica-se a conquistar um amor
não correspondido. Esse conto permite problematizar o amor hoje, levantando questões que
ganharam novos contornos atualmente, mas já estavam presentes em muitos mitos da
Antiguidade Clássica, como a dificuldade de comunicação efetiva entre as pessoas. Tendo
isso em vista, este trabalho pretende estabelecer relações entre esse conto e mitos que
versam sobre o amor não correspondido, principalmente, Narciso-Eco e Apolo-Dafne.
Procuraremos identificar elementos desses mitos que aparecem nesse conto, entender sua
contribuição para a estruturação da narrativa e, finalmente, estabelecer paralelos entre os
mitos citados, o texto de Lygia Fagundes Telles e o amor na contemporaneidade. Para tanto,
buscou-se aporte teórico em trabalhos que definem o mito e o relacionam com a realidade,
como Durand (1985, 2002), Eliade (1972), Jolles (1976), mas também estudos sobre o amor
na atualidade, como Krysteva (1987) e Bauman (2004).

PALAVRAS-CHAVE: Mito. Amor. Lygia Fagundes Telles.

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MARCAS DA HUMILHAÇÃO EM VIDAS SECAS, DE GRACILIANO RAMOS: UM ESTUDO


SOBRE O PENSAMENTO FABIANO

Thiago de Sousa Amorim (UFPI)

Este trabalho trata sobre o tema "humilhação", refletido em um texto narrativo da literatura
brasileira. Muitas são as formas de violar as virtudes de um indivíduo, rebaixando-o, como,
por exemplo, insultos, difamação, agressão física, agressão psicológica. Essas práticas de
injustiça estão muito presentes na sociedade brasileira, as quais são materializadas entre
sujeitos que pertencem a diferentes classes sociais, de modo que é possível inferir que há
dois lados nessa história: os que gozam de privilégios sociais e reconhecimentos, por meio
de sua condição social, profissão, escolaridade, até mesmo por meio do gênero; e os que
gozam de desprestígios, que são estigmatizados, na maioria das vezes por serem pobres e
sem escolarização. Vidas secas, do escritor Graciliano Ramos, é uma obra formada por um
conjunto de 13 capítulos, publicada em meados dos anos de 1938, que relata um drama ainda
comum na sociedade brasileira, vivido por uma família nordestina de retirantes, cujo
patriarca é o personagem Fabiano, objeto de análise deste artigo, que tem como finalidade
refletir sobre as marcas da humilhação nele, cujos traços podem ser atribuídos a muitos
brasileiros, dadas as marcas de humilhação que aproximam a obra ficcional às marcas de
nossa história. Para cumprir tal desiderato, recorremos a autores que pesquisam sobre a
humilhação, a saber: Christina Lopreato (2005), Pierre Ansart (2005) e Claudine Haroche
(2005). Do ponto de vista metodológico, a pesquisa é caracterizada como bibliográfica e
qualitativa. Os resultados apontam que as marcas da humilhação mais presentes no
personagem Fabiano são a subalternidade, passividade e o silenciamento. Isto posto, pode-
se concluir que tais qualidades são evidentemente decorrentes de suas condições
econômicas e socioculturais, tais como analfabetismo e condição profissional.

PALAVRAS-CHAVE: Vidas Secas. Fabiano. Humilhação.

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NARRATIVAS DE VIDA E ANÁLISE DO DISCURSO

Adriana Rodrigues de Sousa (UFPI)


João Benvindo de Moura (UFPI)

O estudo da condição feminina através da linguagem, a construção de seus modos de vida e


de sua identidade, a partir de sua experiência pessoal e social torna-se um eixo de referência
para a compreensão dos discursos acerca de mulheres que vivem em condição de
vulnerabilidade social, construídos através de suas próprias vivências. As narrativas
construídas através de entrevistas de cunho etnográfico possuem uma função social
bastante significativa, pois dialogam com as observações do pesquisador, possibilitando uma
maior compreensão do espaço, bem como do sujeito pesquisado e de sua trajetória de vida.
Nesta pesquisa, objetivamos analisar o ethos e os imaginários sociodiscursivos em
entrevistas realizadas com três mulheres adictas em recuperação, internas da Casa das
Samaritanas, um espaço de acolhimento feminino, na cidade de Parnaíba-PI. A partir das

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observações e análises, o estudo visa expressar, através de um contexto discursivo particular


vivido por cada sujeito entrevistado, uma visão de mundo singular que se manifesta e
materializa na linguagem presente nas narrativas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, por
considerar aspectos subjetivos, por abordar representações sociais, crenças e opiniões
relacionadas a um meio social. Por se tratar também de uma pesquisa de campo, que
estabelece relações com pessoas, faremos uso da etnografia. Nos ancoramos na Teoria
Semiolinguística, de Charaudeau (2016; 2018), utilizando como categorias de análise, os
Imaginários Sociodiscursivos e o Modo de Organização do Discurso Narrativo. Lançamos
mão, ainda, das contribuições teóricas de Machado (2018) e Amossy (2016) e Minayo (2012).
Os resultados parciais apontam para uma avaliação mais profícua do discurso acerca das
crenças, hábitos e valores, entre outros aspectos, de mulheres que vivem na condição de
vulnerabilidade social.

PALAVRAS-CHAVE: Narrativas. Discurso. Semiolinguística.

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RETEXTUALIZAÇÃO NO ENSINO DE ORTOGRAFIA NO SEXTO ANO DO ENSINO


FUNDAMENTAL

Lucirene da Silva Carvalho (UESPI)

Atividades de retextualização empregadas para a preservação do morfema de infinitivo na


escrita de alunos do sexto ano do Ensino Fundamental. Estudou-se e aplicou-se a
retextualização (MARCUSCHI, 2007, 2008; ANDRADE, MACHADO, SILVA, 2006) como
estratégia para a conscientização do aluno a respeito das particularidades de textualização
entre o oral e o escrito, e o caso estudado, o da supressão do R em final do verbo, guarda
relação com a influência do código oral sobre o escrito. O estudo da relação entre fala e
escrita pode ser feito a partir de textos pertencentes ao gênero História em Quadrinhos
(PESSOA e MAIA, 2012). A retextualização de narrativa de Chico Bento (Sousa, 2014)
contribuiu para a reflexão sobre as idiossincrasias do oral e do escrito: ao transformar o
discurso direto em indireto, a realidade sonora do infinitivo verbal (vocábulo oxítono) não
sofre alteração nas locuções, mas sua forma gráfica deve ser mudada, para a correta leitura
do infinitivo. A atividade de retextualização da HQ “O mistério” (Sousa, 2014) foi realizada,
totalizando trinta redações, em que os discentes transformaram um texto multimodal com
marcas dialetais como o cancelamento do rótico (sabê/ saber; contá/ contar) em narrativa
escrita. Os alunos deveriam operar alterações nas falas, com vistas a passá-las para o discurso
indireto, uma dessas mudanças dizia respeito à utilização de verbos no infinitivo. Após
exercícios sistemáticos de retextualização, houve redução do índice de supressão do R nos
verbos nas produções textuais dos alunos, motivo pelo qual esse tipo de exercício ocupou
posição central, quando se pensou em uma proposta de intervenção para a escrita
ortográfica do alunado.

PALAVRAS-CHAVE: História em quadrinhos. Ortografia. Retextualização.

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SEÇÃO DE METODOLOGIA EM MONOGRAFIAS DE LETRAS: UMA ANÁLISE


SOCIORRETÓRICA

Ana Jackelline Pinheiro Porto (UFPI)


Amanda Gabriella Lima Leal (UFPI)
O meio acadêmico é permeado por uma múltipla variedade de gêneros, que medeiam as
ações comunicativas que nele ocorrem. Na presente pesquisa, trouxemos enfoque para um
gênero acadêmico em especial, a monografia que em muitos cursos funciona como um pré-
requisito para a formação do profissional. Diante deste objeto de estudo, objetivamos
analisar a organização dos passos retóricos presentes na seção de Metodologia em
monografias do curso de Letras, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), identificar as suas
recorrências nas seções e relacionar esses dados com o comportamento linguístico desta
cultura disciplinar. Para amparar teoricamente este estudo, nos embasamos na pesquisa de
Swales (1990), trazendo o conceito de gênero, propósito comunicativo e comunidade
discursiva; Biasi-Rodrigues, Araújo, Sousa (2009), discutindo a teoria de Swales; Alves Filho
(2018), abordando os conceitos de movimentos e passos retóricos; Pereira (2016), fazendo
discussões sobre trabalhos de conclusão de curso; Sousa (2018), analisando a mesma seção
e gênero na área de Enfermagem, entre outros autores. Nosso corpus é composto por doze
monografias do curso de Letras da UFPI, inseridas na área da Linguística, produzidas nos anos
de 2015 e 2016 e coletadas no site da Coordenação de Letras Vernáculas da instituição. Como
resultados, verificamos que alguns passos retóricos são recorrentes na maioria das
monografias, como os passos: Caracterizando abordagem metodológica da pesquisa,
Delimitando o corpus e Descrevendo procedimentos de análise. No entanto, verificamos
também que as diferentes linhas de pesquisas possuem certas preferências retóricas, como
é o caso da recorrência do passo retórico Indicando filiação teórica da pesquisa em
monografias da Análise do Discurso, enquanto não há a presença desse passo em
monografias de Sociolinguística, Análise de Gênero e Letramento, por exemplo.

PALAVRAS-CHAVE: Organização retórica. Gênero monografia. Seção de metodologia.

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ORALIDADE E GÊNEROS DISCURSIVOS: PRÁTICAS EM SALA DE AULA

Maria Francisca Oliveira Santos (UFAL)

Este trabalho tem por objetivo desenvolver nos alunos a capacidade discursiva e
argumentativa, através dos gêneros orais e escritos, por meio de sequências didáticas,
quando da execução do subprojeto intitulado Entre os saberes dos licenciandos do Curso de
Letras e os saberes das escolas básicas: Repensando o ensino de língua e literatura, integrado
ao Programa de Iniciação à Docência (PIBID), na Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL),
no percurso de 2018-2019. Esse trabalho seguiu uma linha qualitativa, com um olhar
descritivista-interpretativista, observando os dados processualmente, com base nos
referenciais teóricos de Carvalho, Ferrarezi (2018), Cajueiro (2013), Marcuschi (2001, 2008),
Schneuwly, Dolz (2004), na BNCC (2017), entre outros. Assim, procedeu-se à seleção dos
gêneros orais, cuja escolha recaiu no debate regrado e no reconto de histórias; após, houve
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a elaboração das sequências didáticas e, enfim, com a obtenção do texto transcrito do aluno,
com as normas de Marcuschi (2001) e Preti (1993), houve o estudo dos recursos linguísticos
para compreensão dos efeitos de sentido dos gêneros estudados. Os resultados apontaram,
principalmente, para maior integração entre o ensino superior e a educação básica (PIBID)
para melhor desempenho acadêmico (docentes/discentes) nas manifestações linguísticas
por meio do estudo de gêneros orais e escritos e, enfim, para ênfase das práticas da oralidade
ligadas aos aspectos da textualidade, além de outras práticas. A relevância do trabalho se dá
por significar mais um aporte teórico para o ensino da oralidade por meio de gêneros orais e
escritos com ênfase nos aspectos linguísticos (verbais e não verbais) e discursivos,
incentivando, também, a proficiência em leitura e produção argumentativa dos alunos
universitários e também os da escola pública, campo de aplicação do projeto.

PALAVRAS-CHAVE: Sequências didáticas. Gêneros discursivos. Oralidade.

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PRODUÇÃO COLETIVA DE CONTO DE INVESTIGAÇÃO NO 4º ANO DO ENSINO


FUNDAMENTAL – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Marina Oliveira Lélis Viana (IDB)


Skarllethe Jardannya Batista Cavalcante (UESPI)

Sabemos que a Base Nacional Comum Curricular tem como objetivo definir um conjunto de
aprendizagens essenciais e indispensáveis aos estudantes do Brasil. Diante disso, na
produção textual, os alunos devem, com autonomia e/ou com o auxílio do professor, planejar
textos considerando: situação comunicativa, interlocutores, propósito comunicativo,
circulação, suporte, linguagem, forma do texto e seu tema. Nesse sentido, neste trabalho,
objetivamos, por meio de relato de experiência, realizar reflexões sobre a escrita coletiva do
gênero narrativo Conto de Investigação no 4º Ano do Ensino Fundamental em uma escola da
rede privada de Teresina. Essa produção coletiva foi realizada em oito turmas da mesma
série, com o intuito de, ao final, montar uma coletânea de contos de investigação que
pudesse circular por todas as turmas. Com relação à metodologia, este trabalho foi dividido
em cinco momentos: primeiramente, os alunos foram expostos a vários textos, vídeos e um
livro acerca do gênero Conto de Investigação; no segundo momento, discutimos sobre as
características composicionais e estruturais desse gênero narrativo; no terceiro momento,
os alunos, com o auxílio da professora, realizaram o planejamento do texto; no quarto
momento, cada grupo de aluno escreveu uma etapa da narrativa, conforme sorteio; no
último momento, após a revisão textual, a professora e os alunos organizaram o texto,
seguindo as etapas da narrativa. Como suporte teórico, baseamo-nos em Dolz; Schneuwly
(2004), Marcuschi (2008), Citelli (2012), Ferrarezi (2015), Base Nacional Comum Curricular –
BNCC (2017). Nos resultados, observamos que os estudantes se apropriaram mais da escrita
do gênero em estudo, uma vez que a produção coletiva propiciou uma maior autonomia para
a produção individual, que se deu posteriormente. Além disso, os alunos atentaram-se à
importância do planejamento textual, pois observaram que, quando as etapas escritas por
cada grupo foram organizadas formando um texto, o resultado ficou coerente.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros narrativos. Escrita coletiva. Planejamento textual.

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ANÁLISE INTERCULTURAL DE MÚSICAS HISPÂNICAS EM TEMPOS DE PANDEMIA

Gustavo Costa Sabry de Oliveira (UFMA)

Este trabalho foi desenvolvido no grupo de estudo e pesquisa ‘Memórias do espanhol em


terras maranhenses: traçando fios, tecendo histórias’. A proposta contempla investigar
como a interculturalidade afeta a percepção e a produção de textos que tratam sobre o
momento atual do surto do Covid-19. Diante desse contexto, são analisados textos
pertencentes ao gênero letra de música – bem como - analisar, de uma perspectiva musical,
traços que revelam a interculturalidade na estrutura das próprias canções. A pesquisa
justifica-se pela necessidade de se perceber o papel fundamental que a interculturalidade
tem na compreensão de Língua Espanhola, visto que diferentes grupos sociais que possuem
o Espanhol como língua materna possuem diferentes formas de utilizá-la e percebê-la. Diante
disso, temos como objetivo geral: Estabelecer uma percepção a respeito das músicas como
um todo, analisando as letras presentes nas canções e procurando entender o que a
interculturalidade proporciona ao alcance que essas músicas têm. A metodologia tem caráter
documental, com análise de três músicas: “Resistiré 2020”, interpretada por vários artistas
da Warner Music Spain, “Volveremos a brindar”, interpretada por Lucia Gil, e “Color
esperanza 2020”, interpretada por vários artistas da Sony Music Latin. Como embasamento
teórico, utilizamos os estudos da Análise do Discurso a partir de Bakhtin (1929), Brandão
(2006), assim como de interculturalidade (ROMERO, 2010; BRANCO, 2011; MOTA, 2009).
Como resultados da pesquisa, podemos inferir que o trabalho apresentado mostra a
necessidade de se considerar o fator intercultural dos gêneros textuais na Língua
Estrangeira, em específico, na Língua Espanhola, visto que sua compreensão permite maior
entendimento da língua por meio de aspectos culturais que dialogam diretamente com os
textos.

PALAVRAS-CHAVE: Interculturalidade. Cultura. Letra de Música. Pandemia. Língua


Estrangeira. Língua Espanhola.

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O GÊNERO HORÓSCOPO E SUA ESTRUTURA TEXTUAL E DISCURSIVA NA PÁGINA


ASTROLOUCAMENTE DO INSTAGRAM

Leudson da Silva Coelho (UFMA)

Esta pesquisa tem como objetivo principal investigar como o gênero horóscopo digital é
construído em sua estrutura linguístico-discursiva. Buscamos também descrever as
especificidades do horóscopo digital, distante do antigo horóscopo publicado em jornais e
revistas, para analisar as estratégias linguísticas utilizadas para conduzir o interlocutor a agir
em determinada direção, caracterizando o horóscopo como um discurso de incitação à ação.
Para fundamentar nosso estudo, recorremos à discussão teórica de gêneros
discursivos/textuais com base em Bakhtin (2011), Marcuschi (2008); Amossy (2018) sobre

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argumentação e Adam (2019) em relação ao discurso de incitação à ação, pois embora essas
práticas sociodiscursivas desses textos sejam diferentes, mas elas apresentam regularidades
linguísticas comuns, por isso daí um "ar de família". Em relação à metodologia é uma pesquisa
explicativa, qualitativa e de método indutivo. (Lakatos e Marconi, 2017). O corpus para análise
é coletado, aleatoriamente, na página astroloucamente da rede social Instagram entre os
anos de 2019 e 2020. Esperamos encontrar como resultado ações linguageiras
(características enunciativas, contrato de verdade e premissa de sucesso, léxico
especializado, representação de ações e força ilocutória, marcas de conexão e
macrossegmentação tipográfica) realizadas pelo discurso de incitação à ação em sua
dimensão argumentativa, pois todo texto tem como propósito (explícito ou não) agir sobre
valores e crenças dos interlocutores.

PALAVRAS-CHAVE: Discurso. Horóscopo. Dimensão argumentativa.

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FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DOCENTE PARA A FORMAÇÃO DOS MULTILETRAMENTOS NO


ENSINO MÉDIO

Adriana Paula da Silva Amorim (SEDUC-CE)

O contexto comunicativo atual é marcado pelas práticas de linguagem que exigem dos
indivíduos o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita cada vez mais ligadas aos
multiletramentos, os quais referem-se não somente às novas formas de utilizar a linguagem
(visual, sonora, verbal e corporal), mas também às múltiplas culturas em que os textos
circulam, em linha com Ribeiro (2016), Rojo (2012), Rojo e Moura (2019). Os Parâmetros
Curriculares Nacionais (2008) já apontavam questões dessa natureza, e a publicação da Base
Nacional Comum Curricular (2017) ratificou a necessidade de que a escola prepare os jovens
para esses novos usos da linguagem, nos diversos contextos sociais, de forma crítica.
Emerge, portanto, que o professor da educação básica esteja apto a trabalhar essas
habilidades na sala de aula, amparando-se em sua formação inicial e/ou continuada, lançando
mão das teorias e das estratégias de ensino eficientes para seu público-alvo. A fim de verificar
a abordagem dos multiletramentos nas salas de aula do Ensino Médio do estado do Ceará,
realizou-se um questionário eletrônico com professores da rede pública e particular,
identificando seu nível de preparação – na formação inicial e/ou continuada – e a atuação
docente desses profissionais em relação à formação dos multiletramentos para os jovens. A
partir da análise preliminar dos resultados, é possível afirmar que, do ponto de vista do
professor, ainda há muito o que avançar na formação docente para o trabalho com
multiletramentos nas salas de aula do Ensino Médio. Espera-se, portanto, que estudos como
este fomentem a promoção de novas oportunidades de formação desses profissionais,
preparando-os e instrumentalizando-os eficazmente.

PALAVRAS-CHAVE: Multiletramentos. Formação docente. BNCC.

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MEMES COMO FACILITADORES NA CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS EM SALA DE AULA

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Hellen dos Santos Lira (UERJ)

Este trabalho visa discutir a partir da temática norteadora o meme como facilitador na
construção de sentidos na aulas de Língua Portuguesa. Numa abordagem sócio-discursiva,
os gêneros são considerados por Bakhtin (1992) como entidades empíricas com propósitos
definidos discursivamente. Igualmente, Marcuschi (2008) aponta os gêneros textuais como
eventos comunicativos de cunho altamente participativo e de controle social. A pesquisa
pretende promover o uso dos memes como gênero textual, portanto discursivo no ensino
da língua materna. Irandé Antunes em "Aulas de português: encontro e interação" propõe
aos educadores uma aula mais significativa , a fim de atender não só a demanda dos
conteúdos, mas também e principalmente a construção do letramento e visão crítica dos
alunos. Nesse sentido, o trabalho definirá o uso dos gêneros midiáticos como necessário
apesar de desafiador. Com o intuito de tornar as aulas mais participativas, usaremos como
corpus inicial alguns memes publicados nas plataformas digitais, tais como : facebook,
instagram e whatsapp. Depois disso, esse material midiático será usado em sala de aula
explorando o contexto e a interdiscursividade que foi criado. A fim de fundamentar tal
dinâmica, o trabalho assume as posições teóricas de Bakhtin (1997), Marcuschi (2010) tal
como Maingueneau (2008). Neste primeiro momento, verificou-se que os educandos têm
mais interesse em analisar a composição discursiva do meme.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros. Memes. Interdiscurso.

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O ENSINO DE GÊNEROS TEXTUAIS DO CAMPO JORNALÍSTICO MIDIÁTICO NA SALA DE


AULA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NO ENSINO FUNDAMENTAL II

Alexandre Antonio de Amorim Filho (UFPE)

O presente trabalho é resultado da experiência como professor estagiário de Língua


Portuguesa (LP) em uma escola pública do município de Recife (PE). Com foco
principalmente no ensino-aprendizagem do gênero notícia e do cartaz publicitário,
realizamos uma proposta didática que, sob a luz da Base Nacional Comum Curricular (BNCC),
promovesse atividades de leitura, produção e compartilhamento desses gêneros midiáticos
pelos alunos de uma turma do 7º ano do Ensino Fundamental II. Tendo como fio condutor a
temática “A responsabilidade social diante das questões ambientais: uma conscientização
cidadã a partir das aulas de Língua Portuguesa”, o trabalho visava apresentar gêneros e
situações que contribuíssem para a formação dos jovens como produtores e consumidores
de bens culturais e novas mídias. A partir do diálogo entre autores como Marcuschi (2008),
Baptista (2012) e Baltar (2010), propusemos um trabalho de letramento crítico que atendesse
tanto às demandas da contemporaneidade quanto às habilidades exigidas pelo campo
jornalístico midiático. Para isso, buscamos ampliar o olhar dos alunos para além da notícia
impressa (presentes em jornais) e dos sites jornalísticos, de tal forma que eles pudessem
compreender os diferentes meios de comunicação de veiculação e, consequentemente, a
sua interferência para a produção e leitura dessas notícias. Isso demandou tanto de uma
leitura diferenciada nos diferentes espaços, seja impresso ou no digital, quanto o

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entendimento e desvelamento dessas estratégias para informar e convencer o leitor sobre o


fato narrado. Além disso, destacamos também a produção e o compartilhamento de cartazes
publicitários de conscientização feitos pelos alunos, a partir das notícias sobre as tragédias
ambientais brasileiras em Brumadinho (MG) e na Amazônia (AM), de tal forma que se
pudessem trabalhar aspectos multimodais e semióticos na sala de aula.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de Gêneros. Gêneros midiáticos. Jornalismo. Publicidade.

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LITERATURA SURDA: PRODUÇÕES POÉTICAS SINALIZADAS POR SURDOS DO/NO ESPAÇO


ACADÊMICO

Heron Ferreira da Silva (UFPI)

O presente trabalho justifica-se pela necessidade e importância de se compreender a


Literatura Surda, mais precisamente as produções poéticas sinalizadas por sujeitos surdos no
espaço acadêmico da Universidade Federal do Piauí - UFPI. Além de interpretar como esses
textos têm sido significados dentro da comunidade surda, tendo em vista que essa corpórea
textual está cada vez mais inserida, divulgada e compartilhada socialmente. A Literatura
Surda possui vastas possibilidades de análise, pois são poucas as pesquisas realizadas
adotando essa perspectiva teórico-cultural, tornando-se assim um rico e intrigante material
para nossas análises. O presente trabalho destina-se a compreender o funcionamento das
produções poéticas sinalizadas por sujeitos surdos. Partindo desse objetivo geral podemos
elencar nossos específicos que são: Analisar as produções poéticas sinalizadas de estudantes
surdos, identificar os elementos formadores da poesia sinalizada e refletir sobre a
importância das produções poéticas sinalizadas no espaço acadêmico. Para a constituição
desta pesquisa tomamos como base nos Estudos Culturais e Estudos Surdos dos autores
Quadros (2019), Strobel (2009), Sutton-Spence (2007), Karnopp (2010) e Mourão (2012). Esse
trabalho tem caráter descritivo analítico de dados, e uma abordagem qualitativa. Nosso
percurso metodológico se desenvolve por meio de gravações dos poemas sinalizados por
estudantes surdos, para analisar as produções utilizamos equipamentos de gravação e
programas de edição multimídia. A partir desse estudo foi possível compreender que a poesia
sinalizada por sujeitos surdo no espaço acadêmico produzem sentidos e se encaixam nos
elementos formadores das poesias surda, suas produções marcam sua identidade e cultura
em meio à maioria ouvinte.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura Surda. Sujeito surdo. Poesia sinalizada.

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COVID-19: IMAGEM INTERNACIONAL DO BRASIL EM NOTÍCIAS ON-LINE

Pricila Santos Silva Lima (UFMA)

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O presente trabalho almeja trazer uma reflexão sobre a atual imagem do Brasil no exterior,
considerando o corrente cenário da pandemia de Covid-19, no qual o Brasil se configura como
epicentro aqui na América Latina. Tal situação reverbera nas mídias digitais, de modo mais
visível, nos jornais on-line, que emitem diferentes perspectivas através de discursos.
Entendemos que a Análise do Discurso possibilita categorias para responder: qual a imagem
do Brasil é veiculada e qual posicionamento as notícias sobre o Brasil geram nos seus
espectadores que por conseguinte vão gerar uma imagem tal qual pode refletir em vários
âmbitos interacionais durante/pós-pandemia, tudo impulsionado pelo poder do discurso que
pode tanto engrandecer uma notícia boa quanto piorar muito uma informação ruim. A
metodologia é qualitativa, documental e com categorias da Análise do Discurso. A partir de
uma perspectiva bakhtiniana de gêneros discursivos, linguagem e concepção de imagem,
analisaremos o gênero temático em questão: a notícia on-line, com ênfase em algumas
questões base como estilo, construção, estrutura e o efeito que a notícia foi contada impacta
os telespectadores cujas opiniões ficam registradas nos comentários on-line. Diante das
análises, entendemos que os discursos sobre o Brasil sinalizam principalmente para o tema
da política, implicando os governantes e suas ações.

PALAVRAS-CHAVE: Notícias on-line. Análise do Discurso. Imagem do Brasil.

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LEITURA E ESCRITA: UM OLHAR SOBRE AS CONCEPÇÕES DE ALFABETIZAÇÃO E DE


LETRAMENTO

Jaqueline dos Santos Pereira (UFAL)


Yana Liss Soares Gomes (UFAL)

Este texto discute os processos de alfabetização/letramento a partir da análise das propostas


de leitura/escrita de um livro didático (LD) de Língua Portuguesa. Trata-se de uma pesquisa
Pibic/UFAL (em andamento) fundamentada pelos seguintes estudos: Marcuschi (1997, 2001,
2003, 2010), Geraldi (1996, 1997), Travaglia (1986, 2005, 2011), Soares (2004, 2011, 2016), etc.
Dentre os objetivos da pesquisa destaca-se a descrição das atividades de
leitura/compreensão propostas pelo livro, assim como a abordagem dos gêneros textuais. O
livro analisado é o de Língua Portuguesa indicado para o 1º ano do Ensino Fundamental, esse
material faz parte da coleção Ápis adotada pelas escolas públicas de Maceió-AL. As análises
preliminares indicam que o livro didático aborda o processo de leitura associado ao processo
de escrita, com foco nas práticas de alfabetização/letramento. Em relação ao ensino de língua
materna, o ponto de partida é o estudo de uma variedade de gêneros textuais, por meio dos
quais são propostas as atividades de leitura e escrita. Pode-se observar que no LD analisado,
o foco das atividades de leitura é simplesmente o processamento da decodificação, com
raras atividades que promovam a compreensão leitora. Assim, as atividades de leitura pouco
favorecem a reflexão e o desenvolvimento do pensamento crítico na fase inicial dos alunos
em processo de alfabetização/letramento e de aquisição da língua materna.

PALAVRAS-CHAVE: Círculos de envolvimento. Leitura e escrita. Discurso lúdico. Empatia.


Escuta.

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ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO RETÓRICA DE RESUMOS DE PROJETOS DE INICIAÇÃO


CIENTÍFICA

Nayra Cristina Lima Araújo (UESPI)

Esta pesquisa está associada às discussões teóricas do “Projeto Universal” que envolve
pesquisadores da UESPI e externos. Investigamos como os alunos apreendem as orientações
dos Editais de inscrição de eventos acadêmicos para elaboração do resumo, e de que forma
tal apreensão manifesta-se materialmente na construção dos exemplares dos resumos. A
escolha pelo tema justifica-se pela possibilidade de aprofundamento e atualização dos
nossos conhecimentos sobre o gênero textual Resumo Acadêmico, além da possibilidade de
colaborar com a divulgação de práticas acadêmicas reconhecidas como de difícil acesso à
comunidade em geral. Este trabalho é de natureza descritiva, qualitativa e quantitativa. Para
compor o corpus, selecionamos 30 exemplares de resumos das áreas de Ciências Agrárias,
Ciências Exatas e da Terra, e Multidisciplinar apresentados no XVI Seminário de Iniciação
Científica da UESPI. A seleção dos resumos deu-se de forma aleatória, preservando o
anonimato dos autores. Temos como objetivos específicos descrever a condução das
informações em resumos de IC; Analisar a relação entre a descrição da organização retórica
dos exemplares analisados e a aprendizagem dos autores dos resumos em relação às
orientações contidas no edital do evento motivador dos resumos. A definição das categorias
de análise está baseada na teoria fonte de Swales (1990) e nas pesquisas de Biasi- Rodrigues
(1998 e 2009) e Araújo (1999. A descrição da organização retórica dos exemplares de
resumos ainda está em andamento. Até o momento observamos os níveis de conduções
retóricas das informações nos 30 resumos e neles encontramos todas as unidades, porém
nem todas as subunidades estão presentes ou aparecem num único resumo. Além disso,
percebemos a ausência da Unidade 1 subunidade 2: apresentando hipóteses. Verificamos
também que a maioria dos resumos não apresentam conclusões, nem resultados, entretanto
a apresentação da pesquisa aparece em 93,66% dos dados.

PALAVRAS-CHAVE: Resumos acadêmicos. Organização retórica. Linguística textual.

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ELOGIO E CRÍTICA EM PEDAGOGIA, DIREITO E ENFERMAGEM: COMO ESCREVEM OS


ESTUDANTES?

Maria Ladjane dos Santos Pereira (UNICAP)


Silvânia Maria da Silva Amorim Cruz (FVP)

Pesquisas sobre o ensino e a aprendizagem de gêneros acadêmicos em diferentes culturas


disciplinares, apesar de recorrentes, ainda nos parece um terreno passível de muitas
discussões. Em nosso trabalho, partimos do pressuposto de que diferentes ‘culturas
disciplinares’ (HYLAND, 2010) apresentam formas distintas de manifestação linguística nas
produções textuais dos seus respectivos espaços. Dessa forma, nosso principal objetivo é
analisar como estudantes recém ingressados nos cursos de Pedagogia, Direito e Enfermagem

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marcam, linguisticamente, a crítica à obra resenhada, mediante orientações pautadas no


ensino explícito desenvolvido pelo mesmo docente. Para tanto, nos amparamos nas
contribuições de Bezerra (2009) no que diz respeito ao modelo de análise do gênero resenha
produzida por estudantes e especialistas, sobretudo, com ênfase à Unidade 3 (criticar a
obra); assim como no trabalho de Motta-Roth (1997; 2010) em que analisa termos de elogio
e crítica em resenhas de três áreas distintas. Ainda sobre a presença do elogio e crítica em
resenhas, as discussões empreendidas em Hyland (2010) contribuem para atender aos
propósitos empreendidos nesse estudo. O corpus da pesquisa constitui-se de exemplares de
resenhas produzidos nos respectivos cursos, resultado de uma metodologia de ensino
explícito de gênero. A discussão dos dados se apoia nas escolhas linguísticas feitas pelos
estudantes, a fim de tecer suas avaliações sobre as obras em destaque. Os resultados, ainda
parciais, apontam para pontos de conversão entre as três áreas, entretanto, parecem
sinalizar para aspectos mais pontuais representativos de cada cultura.

PALAVRAS-CHAVE: Elogio e Crítica. Culturas Disciplinares. Ensino Explícito de Gêneros.

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DO VISUAL AO ESCRITO: O PROCESSO DE RETEXTUALIZAÇÃO COM GÊNEROS DA ESFERA


JORNALÍSTICA NO CONTEXTO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Pérola de Sousa Santos (SEMEC-TERESINA)

Este trabalho apresenta e discute os resultados de uma pesquisa em Ensino de Língua


Portuguesa, realizada com alunos do 7° ano do ensino fundamental de uma escola Pública
Municipal de Teresina. Focalizamos o processo de retextualização que se dá a partir de
gêneros da esfera jornalística, partindo do gênero cartum para a simulação de uma notícia.
Tivemos como objetivo investigar as contribuições do processo de retextualização, do visual
ao escrito, para o trabalho com os gêneros em sala de aula. O referencial teórico é baseado
nos estudos de Bakhtin (1997), Marcuschi (2008; 2011), Bazerman (2006), Bronckart (2001
apud MACHADO, 2005), entre outros pesquisadores que tratam de questões específicas
acerca dos gêneros. Para subsidiar nossa análise da multimodalidade e retextualização, nos
baseamos em Dionísio (2011) e Marcuschi (2010b), respectivamente. Metodologicamente,
este trabalho é caracterizado como qualitativo, com postura descritivo-interpretativa, pelo
fato de se tratar de uma comparação entre a imagem e o texto produzido pelos alunos. Os
resultados demonstraram que o processo de retextualização pode ocorrer entre outras
modalidades da língua, do não-verbal ao verbal, ou seja, na configuração de textos
multimodais e escritos, e que atividades dessa natureza contribuem sobremaneira para o
desenvolvimento de competências relacionadas à leitura e à produção textual, além de
facilitar o trabalho com os gêneros da esfera jornalística em sala de aula.

PALAVRAS-CHAVE: Retextualização. Gêneros. Ensino Fundamental.

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PROCESSOS DE RETEXTUALIZAÇÃO E REFERENCIAÇÃO EM TEXTOS DISSERTATIVO-


ARGUMENTATIVOS

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Isabel Maria Santos (UFS)

Este artigo trata de estratégias textual-discursivas presentes nas atividades de


retextualização e referenciação de textos dissertativo-argumentativos de estudantes do 3º
ano do Ensino médio, a fim de construir um texto autônomo e criativo, bem como uma
estruturação de natureza argumentativa. Objetivamos verificar de que modo as práticas de
produção textual estão sendo orientadas no último ano do Ensino médio no Colégio Estadual
Jackson de Figueiredo (Aracaju/Se), bem como analisar processos referenciais e operações
de retextualização que possibilitem ao aluno criar um texto inovador, revelando um caráter
reflexivo, evidenciando, assim, os seus pontos de vista e intenções comunicativas a partir da
temática abordada. Para isso, aplicamos um questionário e propomos uma atividade de
retextualização. Esse trabalho é fundamentado nos pressupostos teórico-analíticos da
Linguística Textual (L.T): Koch e Elias (2017); Koch (2018); Cavalcante, Custódio Filho e Brito
(2014); Cavalcante (2017); Coelho (2013); Marcuschi (2007); Matos (2008); Lima e Santana
(2015); Lima e Matos (2015); Lima et al (2017); Perelman e Olbrechts-Tyteca (1996) entre
outros. Os resultados obtidos mostram a utilização frequente de determinadas estratégias
de retextualização, tais como: apagamento de item lexical, reorganização da sequência
argumentativa e substituição, evidenciando mudanças nos planos textual e discursivo. Assim,
resulta-se no estabelecimento de um direcionamento argumentativo por meio das escolhas
lexicais.

PALAVRAS-CHAVE: Retextualização. Processos referenciais. Produção textual.

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O QUE SURDOS E OUVINTES APRENDEM JUNTOS?: O ENTRELAÇAR DE LÍNGUAS NO


ENSINO SUPERIOR

Natália de Almeida Simeão (UFPI)

Esta pesquisa busca discutir sobre o que surdos e ouvintes aprendem juntos no ensino
superior, pois o espaço acadêmico, após os processos de políticas de inclusão, vivencia
constantemente momentos de renovação nas formas de aprender. Assim, interessou
também saber o que o entrelaçar das línguas de sinais e portuguesa, além da comunicação,
provoca nestes sujeitos. O estudo tem por tema os modos de aprender entre surdos e
ouvintes no ensino superior e apresenta como objetivo analisar de que forma ocorre a
aprendizagem entre surdos e ouvintes e o que esta proporciona para estes sujeitos no ensino
superior. Do ponto de vista téorico-metodológico, a pesquisa encontra-se ancorada nas
concepções de abordagem sociopoética dialogando com os seguintes teóricos: Skliar (2003),
Gauthier (2012), Adad (2014), Ferro e Paixão (2017), dentre outros. A investigação foi
desenvolvida por meio de uma oficina de produção com cinco alunos do curso de Letras-
LIBRAS da Universidade Federal do Piauí, onde foram elaborados confetos (conceito+afeto)
sobre o aprender juntos entre estudantes surdos e ouvintes do curso em questão. A análise
dos resultados indica que a universidade se configura como um espaço de encontro e nessa
convivência coletiva surdos e ouvintes podem aprender juntos e, assim, conhecer e conviver
melhor com as suas diferenças linguísticas.

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PALAVRAS-CHAVE: Ensino Superior. Línguas. Surdos. Ouvintes.

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“SEU TRABALHO FOI ACEITO’’: UMA ANÁLISE SOCIORRETÓRICA DE INTRODUÇÕES DE


ARTIGOS ORIGINAIS EM DIFERENTES CULTURAS DISCIPLINARES

Renata Freitas de Oliveira (IFPI)

Este trabalho pretende fazer uma análise sociorretórica de introduções de artigos originais
das culturas disciplinares de Linguística e Educação. Como objetivos específicos, buscou-se
identificar e descrever os movimentos e passos retóricos mais recorrentes em cada uma das
áreas, considerando as práticas discursivas realizadas em cada cultura disciplinar. O estudo
evidenciou, de modo particular, a seção de Introdução, haja vista que esta cumpre um papel
fundamental na construção do texto, constituindo-se como um espaço de argumentação
onde o pesquisador faz um “esforço retórico” (HYLAND, 2009) para demonstrar a
importância da pesquisa, visando garantir o interesse do leitor no tópico em destaque. Tal
seção tende a ser determinante para o convencimento dos pares de uma dada comunidade
disciplinar, no tocante à aceitação ou não de um artigo. O corpus analisado é composto por
dezesseis exemplares, sendo oito de cada área, selecionados em periódicos Qualis A1, entre
os anos de 2018 a 2019. Para tanto, adotamos como ferramenta teórico-metodológica o
modelo CARS de Swales (1990) e suas contribuições sobre gêneros textuais e comunidades
discursivas (1990, 2004), os aportes teóricos de Aranha (1996), Bernardino (2007), Motta-
Roth e Hendges (2010) e Costa (2015) referente ao artigo original e a seção de introdução,
bem como, os pressupostos teóricos de abordagem sociorretórica, considerada aqui como a
combinação dos Estudos de Inglês para Fins Específicos (SWALES, 1990; BATHIA, 2004) e dos
Estudos Retóricos de Gênero (MILLER, 2012 [1984]; BAZERMAN, 2011) e a noção de
comunidade e cultura disciplinar (HYLAND, 2000, 2009). Os resultados preliminares da
análise comparativa realizada sugerem indícios de flexibilidade na organização sociorretórica
das introduções, abalizando que há aspectos similares em ambas as culturas disciplinares,
contudo estas diferem no modo como elaboram o conhecimento disciplinar dentro de um
mesmo gênero, pois cada cultura disciplinar possui suas práticas discursivas disciplinares,
crenças epistêmicas, valores e convenções específicas.

PALAVRAS-CHAVE: Artigo original. Análise Sociorretórica. Culturas disciplinares.

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AS RELAÇÕES ENTRE MEMÓRIA DISCURSIVA E TRANSFOBIA NO GÊNERO NOTÍCIA

Edivaldo Gomes Barbosa (UFPI)


Maraisa Lopes (UFPI)

O objetivo deste trabalho é analisar as relações de memória discursiva sobre o sujeito


travesti em textos do gênero notícia reconstituindo ,assim, as relações e a memória

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discursiva sobre a transfobia no Brasil. A pesquisa tem como aporte teórico a Análise de
Discurso com as contribuições de Orlandi (2007) e também os estudos sobre as técnicas de
punição e castigo desenvolvidas por Foucault (2014) e para a análise, foi estruturado um
arquivo selecionando notícias sobre crimes praticados contra travestis ocorridos em diversos
estados do país no período entre os anos de 2017 e 2018, retiradas do portal de notícia
G1.com. O arquivo foi analisado segundo a significação discursiva do crime transfóbico
permitindo evidenciar algumas características pertinentes à cerimonialização do crime, ao
tratamento dado à vítima, à apresentação do agressor bem como estabelecer relações de
tais constituintes com a memória discursiva sobre transfobia e o crime transfóbico no Brasil.
Como resultado, percebe-se que o crime transfóbico guarda relações de memória com as
inquisições coloniais promovidas pela Igreja, no Brasil, e suas penalizações com torturas
proclamadas nos autos de fé. Em termos de memória, o crime transfóbico também significa
em sua arquitetura e cerimonial o dispositivo penalizador descrito por Foucault (2014); o
suplício considerando como exemplos a cabeça das vítimas como região mais atingida pelas
agressões bem como a espetacularização dos crimes. Tomando por base a memória
discursiva da transfobia no Brasil consideramos que esta pena-crime é fortemente
condicionada por uma relação de poder expressada discursivamente por uma memória que
retoma discursos e práticas contra o corpo e existência do sujeito transexual, memória esta
que remete-se e se identifica com discursos que retratam a culpabilidade presumida do
sujeito transexual nos crimes, que ressaltam o sadismo da aplicação das penas e que
retomam o discurso médico e patologizante sobre a transexualidade.

PALAVRAS-CHAVE: Memória discursiva. Notícia. Transfobia.

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A REFERENCIAÇÃO E A CONSTRUÇÃO DA PERSONAGEM FEMININA POR MEIO DOS


PROCESSOS REFERENCIAIS NO CONTO “A MISSA DO GALO”, DE MACHADO DE ASSIS

Francisco Eduardo Mendes dos Santos (UESPI)

A Linguística Textual é uma área responsável pela ampliação das investigações linguísticas,
no que concerne aos estudos de texto. Compreender o processo de Referenciação,
fenômeno focalizado neste trabalho, é um dos vieses basilares para a construção de sentido
e a produção de diversos gêneros textuais. O objetivo deste trabalho é analisar a construção
da personagem feminina “Conceição”, do conto a “Missa do Galo”, de Machado de Assis,
por meio das escolhas lexicais do autor e como essas escolhas linguísticas contribuem para a
construção da dubiedade da personagem, já comprovado dentro da literatura. Para isso,
recorremos aos processos referenciais para identificar como esse referente é construído e
quais as expressões referenciais retomam a esse referente. Umas das hipóteses levantadas,
motivadoras da pesquisa ainda em construção, é que as anáforas diretas predominam
durante o conto com o fito de manutenção da construção desse referente instaurado dentro
da narrativa. Dessa forma, é válido destacar que não descartamos as possibilidades dos
demais processos referenciais. Independente das suas recorrências, todos serão marcados
no texto. Tendo em vista o intuito elencado, esta pesquisa será desenvolvida a partir das
seguintes discussões teóricas: Beaugrande (1997), para definirmos a concepção de texto
enquanto evento comunicativo; Marcuschi (2008), para tratarmos do conto enquanto
gênero do discurso; Mondada e Dubois (2003), sobre a referenciação como um processo

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dinâmico e o ato de referir; Cavalcante (2014), em que há uma abordagem recente dos
processos referenciais; Ciulla e Silva (2008), para justificar a escolha do texto literário como
passível de uma maior identificação os processos referenciais por finalidade estética; e Pesso
(2017), a figura feminina apresentada como objeto secundário dentro dos contextos
machadianos. A pesquisa em questão é quali-quantitativa, ou seja, foi realizado um
levantamento bibliográfico e, em seguida, será feita a quantificação da recorrência de cada
processo referencial identificado dentro do conto.

PALAVRAS-CHAVE: Texto. Referenciação. Processos referenciais.

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A RECATEGORIZAÇÃO EM MEMES VERBO-IMAGÉTICOS

Marcos Helam Alves da Silva (UESPI)


Héberton Mendes Cassiano (SEDUC-CE)

Na agenda atual dos estudos na área da Linguística de Texto (doravante LT) de base
sociocognitiva, tem sido frequentemente discutido questões relativas à investigação de
textos multimodais. Nessa vertente, o texto é visto como um construto de natureza dinâmica
que extrapola a materialidade linguística, podendo entrar em cena outros modos semióticos
igualmente importantes na sua constituição. Nesse ínterim, o foco deste estudo reside na
investigação das estratégias de referenciação utilizadas na construção de referentes em
textos verbo-imagéticos, mais especificamente, enfocaremos no fenômeno da
recategorização. Parte-se da premissa de que o arcabouço teórico da Linguística de Texto
(doravante LT) pode ser utilizado para análise de textos verbo-imagéticos. Nesse contexto
particular, assume-se a hipótese da homologação e evocação de referentes via semiose
imagética. Os fundamentos teóricos que dão corpo à proposta deste estudo estão em Lima
(2009; 2016), Cavalcante e Custódio Filho (2010), Custódio Filho (2011), Cavalcante (2012),
Lima e Cavalcante (2015), dentre outros. Para tanto, analisamos um corpus constituído por
alguns exemplares de textos verbo-imagéticos selecionados na rede social facebook. Os
resultados da análise qualitativa dos exemplares são sugestivos para a validação da hipótese
assumida, constatando-se que o processo referencial da recategorização é uma estratégia
bastante produtiva para a construção de referentes em textos verbo-imagéticos,
desencadeando diversos efeitos de sentidos, dentre eles, o cômico/irônico.

PALAVRAS-CHAVE: Referenciação. Recategorização. Multimodalidade.

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ESCRITA DE SINAIS: ELEMENTO ESSENCIAL NA AMPLIAÇÃO DA COMUNICAÇÃO E


EXPRESSÃO DO SURDO NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE LIBRAS?

Maria do Socorro de Sousa Pereira Oliveira (UFPI)


Maria Gabriela de Sousa Oliveira (UFPI)

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A Linguagem está em constante evolução devida à necessidade de uma comunicação


significativa que ingresse o homem em uma sociedade. Um dos maiores avanços foi a criação
da escrita, que proporciona até hoje aos usuários se expressarem espontaneamente. Em
relação ao povo surdo usuário de uma língua de sinais, vários pesquisadores criaram sistemas
de notação de sinais que oportunizaram aos surdos a possibilidade de ter uma fluência no
que é considerado sua língua natural. A pesquisa visou analisar a contribuição da escrita de
sinais e seus reflexos no ensino e aprendizagem do surdo. Para a concretização deste estudo,
realizou-se análise em livros e artigos de autores renomados como Barreto (2015), Stumpf
(2005), Wanderley (2015) dentre outros. Quanto à abordagem, a pesquisa é de natureza
qualitativa de cunho bibliográfico. Com base nos aspectos observados, é imprescindível que
todos os envolvidos na educação dos surdos se conscientizem sobre a importância da
aquisição da escrita de sinais para formação cognitiva, que pode ocorrer simultaneamente à
aquisição da língua de sinais, uma completando a outra. Abordarmos esse tema para
despertarmos na sociedade a existência e a importância da escrita de sinais para a valorização
e o reconhecimento de uma língua, pois a escrita funciona como suporte na comunicação,
sendo facilitador no processo de ensino-aprendizagem.

PALAVRAS-CHAVE: Escrita de sinais. Aprendizagem. Surdo.

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ATELIÊ DA ESCRITA: PRÁTICAS DE PRODUÇÃO TEXTUAL E ORIENTAÇÃO DE PROFESSORES

Isis Gabrielle Silva da Penha (UFS)

Este trabalho tem como objetivo refletir sobre o modo como as práticas de produção de
texto escrito são realizadas no interior do Colégio Estadual Dom Luciano José Cabral Duarte,
situado em Aracaju/SE e como os professores são orientados pra desenvolver essas
atividades, através de entrevista realizada com o professor das turmas de 2° ano da referida
escola. Para esta análise, calcada numa visão interacionista e sociocognitiva que subjaz os
estudos atuais da linguística de texto, apostamos na articulação teórico-metodológica entre
perspectivas sociocognitiva de contexto (DIJK, 2020) e da nova retórica (PERELMAN;
OLBRECHTS-TYTECA, 1996) a fim de observar as “relações de sentido que se estabelecem de
várias maneiras” (MARCUSCHI, 2008, p. 121). As análises realizadas apontam, por um lado, os
modelos mentais de contexto que o professor estabelece e adapta ao longo da entrevista
que o leva a se assegurar nos documentos que regem o ensino como à Base Nacional Comum
Curricular (BNCC), e por outro, que as práticas de produção de texto escrito no interior da
escola são realizadas por um processo individual, ou seja, não há um projeto mais restrito do
que a BNCC no interior da escola que integre as práticas de produção textual e os
procedimentos metodológicos dos professores que atuam na escola, tais práticas muitas
vezes não exploram uma postura atuante e reflexiva do aluno.

PALAVRAS-CHAVE: Produção textual. Ensino. Coerência.

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DISCURSOS SOBRE A PANDEMIA: POSSIBILIDADES NO ENSINO DO GÊNERO CHARGE

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Paulo Henrique Carvalho dos Santos (UFMA)

Este trabalho foi desenvolvido a partir do projeto PIBIC- MEMÓRIAS DO ESPANHOL EM


TERRAS MARANHENSES: TRAÇANDO FIOS, TECENDO HISTÓRIAS. O objetivo desta
apresentação é analisar os discursos da esfera do humor como resultado desse momento da
pandemia, apoiado na Análise do Discurso a partir do gênero charge. Partimos do
pressuposto de que, pelo discurso, os professores de Língua Espanhola ampliam sua atuação
entendendo e fazendo com que os alunos percebam como outros países estão lidando com
esse momento de distanciamento social, permitindo a compreensão desses contextos e
como eles dialogam uns com os outros. Propomos para a abordagem deste gênero, em sala
de aula, o uso de Sequência Didática (doravante SD), considerando aspectos de semiótica e
de discursos presentes nestas charges. O corpus foi constituído pelas notícias on-line dos
jornais de países hispânicos. O corpus foi analisado pela metodologia qualitativa, documental
e com categorias da Análise do Discurso, assim como elaboração de Sequência Didática. A
partir disso, utilizamos como aporte teórico autores tais como: Bakhtin (1895-1975), Brandão
(2006), Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004), entre outros.: Diante das análises, percebemos
que o recurso didático das charges possibilita múltiplas atividades e significados no contexto
da educação básica, ampliando a aprendizagem da língua estrangeira. Ao propormos
atividade com o uso da charge, percebemos que são discursos inscritos histórica e
socialmente. Desse modo, sinaliza para o interlocutor a realização de inferências e a
construção de analogias (relações dialógicas), elementos sem os quais a compreensão
discursiva ficaria comprometida.

PALAVRAS-CHAVE: Análise do Discurso. Pandemia. Charges.

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MÉTODOS E ABORDAGENS NO ENSINO DE LÍNGUA EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE PICOS –


PI

Tatiele Francisca Meneses (UFPI)

O objetivo deste trabalho é apresentar os métodos e as abordagens de ensino de língua


inglesa usados em uma escola pública da cidade de Picos – PI. Fundamentamos esta pesquisa
nos estudos desenvolvidos por Leffa (1988), Pedreiro (2013), Jalil e Procailo (2009), entre
outros. Fizemos uma pesquisa de natureza qualitativa, de campo. Com base nos aspectos
observados, podemos perceber que o uso dos métodos predominantes foram Método
Silencioso e Método Gramatical, e a abordagem de forma tradicional em relação ao ensino.
Os resultados apontam para a necessidade de implantação de novos métodos que
despertem a participação ativa dos alunos nas aulas de língua inglesa.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino-aprendizagem. Abordagens. Métodos de ensino.

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COMO MANUAIS DE METODOLOGIA DESTINADOS A UMA ÚNICA ÁREA DO


CONHECIMENTO EVIDENCIAM SUA CULTURA DISCIPLINAR?

Joelma da Costa Barbosa Oliveira (UFPI)

Os manuais que orientam a metodologia da pesquisa e/ou a escrita acadêmica são


considerados como um metagênero por orientarem a produção de outros gêneros
(GILTROW, 2002). Alguns desses manuais vêm sendo produzidos para atender a um único
curso de graduação, em teoria, adotando uma perspectiva disciplinar e não generalista no
ensino de gêneros. Considerando o aumento na produção desse tipo de manual, este estudo
teve por objetivo analisar como manuais destinados a uma única área do conhecimento
evidenciam sua cultura disciplinar. Para tanto, foram selecionados cinco manuais vinculados
aos seguintes cursos: Química, Engenharia Civil, Educação Física, Direito e Educação. Trata-se
de uma pesquisa qualitativa, descritiva e interpretativista, recortada de recente pesquisa de
dissertação (OLIVEIRA, 2020) e fundamentada no conceito de cultura disciplinar (HYLAND,
2004). A análise evidenciou que os manuais selecionados demonstram sua vinculação à
cultura disciplinar por meio de diferentes modos: a) menção explícita à área do
conhecimento (presente em todos os manuais); b) apresentação de exemplos retirados de
trabalhos acadêmicos realizados na própria área (presente em quatro manuais); c)
abordagem de conteúdos e métodos específicos da área (presente em três manuais). Os
manuais analisados variaram entre si quanto aos modos escolhidos, mas todos recorreram a
apenas dois dos três modos identificados. Entretanto, não mencionam a existência de
diferenças entre sua área e as demais, o que justificaria a sua produção. Os resultados
demonstram que três manuais (Química, Educação Física e Direito) particularizam seu
público-alvo e apresentam exemplos e conteúdos que reforçam essa restrição, o que os
diferencia em relação a manuais sem vínculo com uma área específica. No entanto, dois
manuais (Engenharia Civil e Educação), apesar de também evidenciarem seu vínculo à área,
ressaltam que suas orientações podem ser utilizadas por alunos de qualquer curso,
contrariando a noção de cultura disciplinar de Hyland (2004).

PALAVRAS-CHAVE: Cultura disciplinar. Metagênero. Manuais de metodologia.

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UMA ABORDAGEM DIALÓGICA PARA O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA NA EJA: OS


GÊNEROS DISCURSIVOS COMO ALTERNATIVA À LACUNA DA BNCC

Carolina Gonçalves da Silva (IFSP)

O objetivo deste trabalho é compartilhar experiências e estimular reflexões acerca do uso de


gêneros discursivos no ensino de língua portuguesa e literatura no contexto da EJA
(educação de jovens e adultos), como forma de dar notoriedade às especificidades desses
sujeitos, não contempladas pela BNCC (2019). A partir do olhar de uma docente do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) e de seu diálogo com uma
turma do curso técnico integrado ao médio na modalidade PROEJA, são discutidas possíveis
abordagens para o ensino de língua materna, fundamentadas nos estudos dialógicos do

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discurso e focadas, desde o planejamento didático, nas concepções bakhtinianas de diálogo


e de gêneros discursivos. As teorias Círculo de Bakhtin, alinhadas às habilidades e
competências descritas na BNNC do ensino médio regular, inspiram, por fim, uma sequência
de atividades de leitura e produção de texto centradas no gênero diário, que buscam
contemplar as necessidades linguísticas, individuais e sociais dos estudantes. Apontam-se,
ainda, caminhos alternativos adaptados à nova realidade do ensino remoto, que torna ainda
mais desafiadoras as condições de ensino-aprendizagem na EJA.

PALAVRAS-CHAVE: Língua Portuguesa. Literatura. Gênero Diário. EJA.

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PLÁGIO NO GÊNERO PUBLICITÁRIO: ENTENDENDO OS LIMITES DA IMITAÇÃO

Maria Gabriela de Sousa Oliveira (UFPI)

Este trabalho aborda a questão do plágio no gênero publicitário dentro da perspectiva da


Análise do Discurso de linha francesa e tem como finalidade a análise de logomarcas dos
anúncios publicitários que supostamente foram plagiados, buscando dentro dos mesmos
encontrar marcas de plágio através da presença do discurso do outro nas logomarcas (re)
inventadas. Fundamentamos nosso trabalho nos estudos desenvolvidos por Pêcheux (1997),
Carvalho (2003) e Brandão (2004) entre outros que ajudaram na construção deste trabalho.
A metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica, onde foram comparadas logomarcas
de anúncios publicitários das empresas: Rede Globo de Telecomunicações, por meio do
Projeto Criança Esperança, logomarca comemorativa dos 30 anos, em comparação com a
logo da Children´s Museum, a logomarca da Polimix versus a dos Correios e do Téatre de Liege
versus a de Tokyo 2020. Os resultados apontam para indícios de plágio dentro das imagens
analisadas, por fazerem apenas uma releitura das logomarcas já existentes.

PALAVRAS-CHAVE: Análise do discurso. Plágio. Autoria. Logomarcas.

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BOOKTUBER: PROPOSTA DE LEITURA E DISCUSSÃO DE GÊNEROS NARRATIVOS EM


PLATAFORMAS DIGITAIS DE LEITURA À LUZ DA BNCC

Karla Dayane Silva Monteiro (UFPI)

Este trabalho se debruça sobre um tema de grande relevância: as discussões sobre ensino de
leitura e sua relação com a utilização de ferramentas digitais. O objetivo principal apresentar
uma proposta de ensino de leitura de gêneros narrativos através da utilização de
plataformas digitais de leitura. Fundamentados nos pressupostos bakhtinianos (2011; 2014)
que envolvem a perspectiva dialógica da linguagem. Analisamos, especificamente, uma
proposta de leitura realizada a partir da plataforma digital Árvore de Livros que atende alunos
de uma instituição da rede particular de ensino na cidade de Parnaíba. A análise levou em
consideração as orientações da BNCC (2018), que preconiza práticas de leitura a partir de

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propostas que possibilitem a formação do pensamento crítico, bem como a utilização de


ferramentas digitais para leitura, produção e publicação de textos. Para tanto, observamos
os passos realizados para o desenvolvimento das atividades de leitura. O primeiro passo
refere-se à escolha e leitura de livros na plataforma digital de leitura. A segunda etapa
corresponde à produção de vídeos, pelos alunos, que analisaram as obras literárias nos
seguintes aspectos: relato de suas impressões e a relação das discussões apresentadas nas
obras com as mais diversas temáticas que circulam na sociedade. A proposta analisada faz
parte do projeto de leitura intitulado "Eu booktuber". O arcabouço teórico envolve o
conceito de leitura discutido por kleiman (2011) , Kock (2011; 2012) e Solé (1998). Para as
discussões sobre ferramentas digitais, apresentamos as reflexões de Coscarelli (2016) e
Ribeiro (2016). Os resultados parciais demonstram que a proposta tem estimulado
significativamente a leitura não só em ambiente virtual como também a leitura de livros
físicos, redirecionando a utilização de mídias digitais no cotidiano discente.

PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Plataformas digitais. BNCC.

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MEMORIAIS EM CONFLITO, MEMORIAIS ACADÊMICOS E MEMORIAIS DE CANDIDATURA


A REITOR E VICE-REITOR DE UMA IESP: UM ESTUDO SOCIORRETÓRICO COMPARATIVO

Antonio Lailton Moraes Duarte (UFC)


Arnaldo César Almeida de Oliveira (APEOC)

Tomando o modelo sociorretórico apresentado por Oliveira (2005) para memoriais


acadêmicos (MA) submetidos a processos seletivos para docência (audiência restrita:
limitada a docentes) em Instituição de Ensino Superior Pública (IESP), composto por 10
unidades retóricas com possibilidade de preenchimento de 10 subunidades de informação, o
trabalho objetiva, em um primeiro momento, aplicar este modelo a um corpus composto por
seis memoriais submetidos, agora, ao processo seletivo de candidatura/eleição a Reitor e
Vice-Reitor (audiência ampla: docentes, discentes e servidores técnico-administrativos
ligados à universidade assim como demais interessados/sociedade) querendo saber se tais
memorais (memoriais ‘de candidatura’, MdC) refletem mais ou menos a organização retórica
dos MA. A análise aponta que, apesar de estarem submetidos a situações de escrita ou
letramento acadêmico totalmente diferentes (candidatura/eleição mais
amplitude/diversidade da audiência que poderá lê-los), MAs e MdCs fariam parte de uma
mesma colônia de gêneros (BHATIA, 2004), embora, registre-se, os MdCs do corpus tenham
apresentado uma organização retórica significativamente descentrada.

PALAVRAS-CHAVE: Descrição sociorretórica. Memorial Acadêmico. Memorial de


Candidatura.

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SURDOS NO ENSINO SUPERIOR: DO “SILÊNCIO” À RESISTÊNCIA.

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Valdeny Costa de Aragão (UFPI)

Pela perspectiva discursiva, o gênero notícia apresenta-se como um espaço de constituição


de sujeitos e de sentidos, cuja análise busca alcançar os efeitos de sentidos produzidos no
que está posto no texto, mas também no que lhe é silenciado. Esta análise traz uma discussão
sobre o funcionamento discursivo do silêncio e da resistência em notícias sobre a inclusão no
ensino superior de sujeito surdos, estes, que historicamente foram excluídos do direito de
estudar, de exercer cidadania e/ou mesmo de falar em sua própria língua, a língua de sinais.
A pesquisa utiliza como aparato teórico-metodológico a Análise de Discurso trabalhada por
Michel Pêcheux e tem como corpus discursivo 13 notícias veiculadas pelo Jornal Meio Norte
nos anos de 2015 e 2016. Neste recorte, foram movimentados os conceitos de silêncio e
resistência trabalhados Pêcheux (1990) e Orlandi (2007, 2016) e, sobre inclusão, recorremos
à Lage (2001) e Skliar (2013). Como resultado da análise, identificamos relações de forças,
estabelecidas pela linguagem, constituindo o lugar reservado ao sujeito surdo em sociedade.
Ao trabalharmos o conceito de silêncio, vimos que, ao noticiarem o ingresso de surdos na
universidade, o texto é marcado por efeitos de emoção, de surpresa, algo que não se espera.
Constatamos, ainda, que, por meio da teoria do discurso, é possível reconstruir espaços de
memória que são acionados pelo sujeito jornalista e que põem em jogo diferentes sentidos
sobre o acesso de sujeitos surdos ao ensino superior. Um discurso que permanece numa zona
de conflito ideológico, entre o lugar que o sujeito surdo ocupa, mas que não deveria ocupar,
espaço onde estes sujeitos, por vezes, silenciados, participam utilizando a sua própria língua,
espaço conquistado e materializado na linguagem por um movimento de resistência.

PALAVRAS-CHAVE: Notícia de jornal. Surdos no Ensino Superior. Resistência.

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A CONSTRUÇÃO DA SEQUÊNCIA INJUNTIVA EM TEXTO DE PROPAGANDA

Meyssa Maria Bezerra Cavalcante do Santos (UFC)

Este trabalho tem por objetivo mostrar a presença da composição prototípica da sequência
injuntiva na produção de texto de propaganda por alunos do 9º ano, do Ensino Fundamental
II, de uma escola pública, de Fortaleza. Com a finalidade de desenvolver o nosso trabalho,
nos embasamos teoricamente na Linguística de Texto, adotando a abordagem de sequência
textual de Adam (2008), Koch e Fávero (1987), Travaglia (1991), Bronckart (1999) e Moreira
(2009). Metodologicamente, nos guiamos pela aplicação de uma sequência didática (SD),
embasada em Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004), a partir da qual coletamos os dados para
uma análise qualitativa das produções textuais, iniciais e finais, dos alunos, participantes
desta pesquisa. Os resultados deste trabalho nos permitiram concluir que os referidos
participantes, após serem submetidos à Sequência Didática, foram capazes de produzir
textos de propaganda, planificados pela sequência injuntiva. Constatamos também que,
quanto mais os produtores dos textos se apropriavam das ações de linguagem próprias do
gênero propaganda, bem como da sequência textual injuntiva, mais familiarizados com a
atividade de produção de textos planificados por essa sequência eles ficaram. Destaque-se
que a Sequência Didática, que possibilitou a coleta de dados desta pesquisa, orientou uma
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prática docente, do planejamento à realização de cada módulo constituinte da SD, visando o


uso efetivo do gênero estudado, a fim de fazer sentido para os discentes, participantes da
pesquisa.

PALAVRAS-CHAVE: Sequência textual injuntiva. Texto de propaganda. Sequência didática.

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ARTICULAÇÃO DA SOCIORRETÓRICA E SOCIOSSEMIÓTICA: UMA ANÁLISE DOS


PROPÓSITOS COMUNICATIVOS DO RÓTULO DE EMBALAGENS DE PRODUTOS CAPILARES

Maria Eliana Ferreira Fernandes (UESPI)

Os rótulos de embalagens de produtos capilares produzidos na atualidade apresentam


significativas alterações em seu design e em sua linguagem. Observa-se na constituição
textual desse gênero multimodal a presença de uma linguagem informal associada à
linguagem técnica e o uso de variados recursos multimodais associados à linguagem verbal
com diferentes propósitos comunicativos. O objetivo deste estudo é apresentar os
resultados da análise dos propósitos comunicativos dos rótulos de embalagens de produtos
capilares, sob o viés das abordagens sociorretórica e sociossemiótica. Swales (1990, 2004),
Askehave e Swales (2001), Alves Filho (2018), Kress e van Leeuwen (2006 [1996]), Dionísio
(2011, 2014), Elias (2016) e Souza (2008) subsidiam nossa análise. Esta pesquisa segue a
adaptação do modelo CARS para a análise de gêneros (SWALES, 1990) proposta por Alves
Filho (2018), e caracteriza-se metodologicamente como qualitativa e quantitativa, com
postura interpretativista de análise de dados. O corpus do trabalho se constitui de dezesseis
rótulos de embalagens de produtos capilares de diferentes marcas e tipos de produtos. A
análise revelou que esse gênero apresenta quatro propósitos comunicativos bastante
estáveis, revelados por elementos verbais e visuais: apresentar o produto, informar sobre ele
e a fabricante, instruir sobre seu uso e promovê-lo. Esses propósitos existem por força da lei
que regulamenta a rotulagem (RDC, nº 7, de 10/02/15, da ANVISA) e da lei do mercado, que
permite a fabricante selecionar algumas informações para expor nos rótulos, conforme o
contexto social, histórico e cultural. Concluímos que a combinação entre as abordagens
sociorretórica e sociossemiótica permite uma compreensão mais abrangente dos rótulos de
embalagens de produtos capilares, que levada para o contexto de ensino, por meio de uma
leitura crítica, atenta e reflexiva, pode revelar que o propósito promocional é marcante neles,
visando estimular ainda mais o consumismo, ao transmitir uma imagem positiva do produto.

PALAVRAS-CHAVE: Propósitos comunicativos. Modelo CARS. Gênero multimodal.

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PRÁTICAS SOCIAIS DA ORALIDADE NO AMBIENTE ESCOLAR

Maria Caroline da Luz Sousa (UESPI)

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O ensino da língua, em sua modalidade oral, prepara o aluno para as múltiplas práticas sociais
da oralidade? Essa foi a questão que norteou o presente trabalho, que teve por objetivo
investigar a funcionalidade das práticas linguísticas orais ensinadas na escola para a
ampliação da competência linguística do indivíduo. Compreendemos a necessidade de haver
um rigoroso trabalho em torno dessa esfera do ensino de língua, visto ser a esfera em que
mais produzimos textos dos mais diversos gêneros. Enquanto abordagem bibliográfica, esse
trabalho teve por base: Elias (2014), Fávero (2012), Koch (2010, 2012) Marcuschi (2003, 2008,
2010), Schneuwly e Dolz (2004), entre outros. Aliamos, à abordagem bibliográfica, uma
pesquisa de campo em que, por meio da coleta de dados em questionários fechados,
identificamos práticas de oralidade desenvolvidas nas escolas e comparamos práticas
linguísticas orais intra e extraescolares. O intuito era o de analisar a aplicabilidade das práticas
linguísticas orais trabalhadas na escola para o uso da língua com segurança e bom
desempenho em situações diversas do cotidiano. Constatamos que, quando ocorre trabalho
com a oralidade, ele ainda se apresenta de forma incipiente, assistemática e sem uma
abordagem que contemple a diversidade, a estruturação e a funcionalidade dos gêneros
orais, o que inviabiliza o preparo do aluno para as diversas práticas sociais da oralidade.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros orais. Ensino. Práticas sociais.

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AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA LEITURA ELABORADAS POR ESTUDANTES DO ENSINO


MÉDIO

Raimunda Gomes de Carvalho Belini (IFPI/UFPI)

Ler é muito mais do que desenvolver e empregar habilidades que permitem ao indivíduo a
decodificação, compreensão e interpretação dos diversos textos. Ler são ações que
possibilitam a construção de sentidos e produzem a interação social do indivíduo, colocando-
o em ação por meio da linguagem. Com base nesse pressuposto, analisamos as
representações da leitura elaboradas por jovens estudantes do Ensino Médio de uma escola
da rede federal de ensino, no estado do Piauí. Para darmos suporte e embasamento a esta
pesquisa, ensejamos a interdisciplinaridade expressa na relação dos conceitos e dos
fundamentos da Linguística e da Teoria das Representações Sociais, com base em Moscovici
(2009), Goffman (2009), Freire (2009), Carvalho (2010), dentre outros. Para tanto,
desenvolvemos uma pesquisa descritiva e interpretativa, com abordagem qualitativa da
exploração e análise das representações dos estudantes, a partir dos indutores: “leitura é...;
leitor é...; quando eu leio...; eu leio…”. As análises interpretativas evidenciaram
convergências e dissonâncias das representações sociais elaboradas pelos participantes.
Com base nesta pesquisa, evidenciamos o quanto é importante compreendermos as
representações dos estudantes sobre a leitura para que possamos viabilizar novos métodos
e práticas de ensino da leitura e, sobretudo, buscarmos condicionar esses métodos à
formação de professores das diversas áreas do conhecimento. Este estudo nos possibilitou
observar que as investigações científicas sobre leitura apresentam um olhar, muitas vezes,
voltado para o professor e suas práticas, em sala de aula, e desconsideram as experiências e
as representações elaboradas pelos estudantes fora do contexto escolar. Além disso, são
focalizadas, em geral, as “deficiências” da prática docente e as “lacunas” dos materiais
didáticos, exigindo que as investigações sobre esse fenômeno possam ser redirecionadas

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para a busca da compreensão da leitura em toda sua complexidade e dimensão social,


envolto às representações e vivências dos indivíduos.

PALAVRAS-CHAVE: Representações Sociais. Ensino Médio. Leitura.

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A MULTIFUNCIONALIDADE DO MODO SUBJUNTIVO: UM FENÔMENO A SER REFLETIDO NA


MODALIDADE ORAL E ESCRITA

Vânia Raquel Santos Amorim (UESB)


Valéria Viana Sousa (UESB)

Neste trabalho, investigamos a multifuncionalidade do modo subjuntivo em orações


parentéticas e em orações completivas, respectivamente, iniciadas por que e introduzidas
pelo complementizador que na língua falada na cidade de Vitória da Conquista-BA. A pesquisa
conjuga pressupostos teóricos do Funcionalismo e da Gramática de Construções, tomando
como referência, sobretudo, Traugott (2008); Goldberg (2013); Traugott e Trousdale (2013);
Lacerda (2016); Rosário e Oliveira (2016); Oliveira (2018), dentre outros. Ancorados nas
teorias supramencionadas, pretendemos analisar construções gramaticais com o verbo no
subjuntivo, na língua oral, no Corpus do Português Popular de Vitória da Conquista - BA
(PPVC). Para a análise da construcionalização do subjuntivo, utilizamos o método misto que,
de acordo com Lacerda (2016), pode ser compreendido como a agregação entre as
metodologias qualitativa e quantitativa. Em termos gerais, no resultado desta pesquisa,
constatamos que o uso do modo subjuntivo, além de apresentar o valor de incerteza como
ditado pelos compêndios gramaticais, apresenta, também, os valores de obrigação,
permissão, avaliação e descomprometimento. Diante do papel da escola como reflexo ativo
e com a função de desenvolver no aluno a competência discursiva para que esteja apto a usar
a variedade adequada a cada contexto de interlocução, apresentamos a análise da
multifuncionalidade do modo subjuntivo nos usos linguísticos como uma maneira de refletir
a variação e a mudança linguística nos materiais escolares seja na modalidade oral ou escrita
de uma maneira mais contextualizada com a realidade linguística contemporânea.

PALAVRAS-CHAVE: Subjuntivo. Funcionalismo. Gramática de Construções.

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ORGANIZAÇÃO RETÓRICA E SEQUÊNCIAS TEXTUAIS NO GÊNERO NOTA DE


ESCLARECIMENTO

Eduardo de Souza Moreira (PUC-SP)

Este trabalho tem como tema o propósito comunicativo do gênero textual ‘Nota de
esclarecimento’. Considerando que os gêneros textuais possuem a capacidade de organizar
as formas de interação e comunicação, e carregam consigo um propósito comunicativo, que
lhes confere uma dimensão social, a pesquisa se justifica pela disseminação de notas de

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esclarecimento nos tempos atuais; justifica-se também pela escassez de estudos sobre esse
gênero. O aporte teórico que embasa esta pesquisa é composto, sobretudo, pelos
pressupostos da sociorretórica (BIASI-RODRIGUES, 1998; SWALES, 1990; BIASI-RODRIGUES;
HEMAIS, 2005; BEZERRA (2006, 2017); MILLER, 2012; BAZERMAN, 2006), da Linguística
Textual (PASSEGGI et al., 2010; ADAM, 2011; SILVA, 2012)). Além disso, buscamos nos orientar,
pelas sequências textuais explicativas tal como as desenvolve Adam (2011), e, especialmente,
na relação entre propósitos comunicativos e movimentos retóricos investigados por Bezerra
(2017). A título de exemplificação, analisamos uma nota de esclarecimento. Os resultados
demonstram que, embora o gênero textual nota de esclarecimento esteja configurado
dentro de movimentos retóricos explicativos, ele apresenta uma intenção argumentativa,
pois o enunciador atua retoricamente, com o propósito argumentativo de salvaguardar sua
imagem.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros textuais. Nota de esclarecimento. Propósito comunicativo.

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"RAPUNZEL SURDA": A MULTIMODALIDADE EM UM TEXTO TRILINGUE.

Priscila Mendes Fontenele Mesquita Guimarães (UESPI)


Claudilene Sousa Alves (UESPI)
Francisco Eduardo Mendes dos Santos (UESPI)

O texto, enquanto objeto de estudo da Linguística de texto, vem passando por diversas
definições por esse ser, como caracteriza Beaugrande (1997), um evento dinâmico em que
convergem não somente ações linguísticas, mas sociais, culturais e cognitivas. Com base
nesse enfoque, percebe-se uma modificação, além de conceitual, na forma como esse texto
se apresenta para as suas práticas sociais. Inserir os mais diversos tipos de leitores, de
contextos distintos e específico, é um desafio ainda enfrentado por professores em salas de
aula. A Libras (Língua Brasileira de Sinais), amparada pela lei 10.436/2002, resguarda aos
surdos o direito do acesso à educação, mas também permanência e inclusão em contextos
tidos como convencionais. O presente trabalho apresenta uma proposta de análise de um
texto trilíngue, ou seja, há recorrência do texto na modalidade escrita da língua portuguesa,
verbo-imagético (com representação dos fatos narrados) e SignWriting (representação da
escrita de sinais). O texto a ser analisado será “Rapunzel surda” (uma alusão a obra dos
irmãos Grimm). A base teórica utilizada para analisar o presente texto é composta por Kress
(2012), em que há concepção do texto como algo sempre visual, Kress e Van Leeuwen (2001),
postulando que todo texto é multimodal, não só os que apresentam imagens e palavras.
Stokie (2002), sobre a habilidade de ler, interpretar e entender a informação apresentada em
imagens. A pesquisa realizada é de cunho qualitativo, foi realizado um levantamento
bibliográfico acerca dos autores que abordam teorias sobre texto, multimodalidade e
práticas de letramentos. A partir da pesquisa, obtivemos os seguintes resultados: existe a
possibilidade dos surdos que não tem o domínio do código escrito da Língua portuguesa
exercerem práticas de Leitura por meio de textos verbo-imagéticos e por meio da sua Língua
materna, a Libras; os textos verbo-imagéticos são fundamentais para construção de sentidos
em outras culturas.
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PALAVRAS-CHAVE: Multimodalidade. Verbo-imagético. Libras.

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O INTERACIONISMO SOCIODISCURSIVO NA CONSTRUÇÃO CONJUNTA DA NARRATIVA


ORAL POR JOVENS COM SÍNDROME DE DOWN

Emanuelle de Souza Silva Almeida (UESB)


Marian Oliveira (UESB)
Rayana Thyara de Lima Rêgo Ladeia (UESB)

A comunicação é inerente ao ser humano e a narrativa oral é um dos gêneros mais utilizados
na comunicação. Sendo assim, este trabalho objetiva descrever a construção conjunta de
narrativa oral por jovens com Síndrome de Down, observando a dependência temporal entre
eventos, a dependência entre os enunciados e emprego de verbos que indicam ação e a
utilização do tempo verbal perfeito, como também evidencia que o desenvolvimento da
linguagem ocorre nas relações sociais em consonância com a Neurolinguística Discursiva e
com a Teoria Histórico-Cultural. Os participantes da pesquisa são jovens com SD que
frequentam o Laboratório de Pesquisa e Estudos em Neurolinguística - LAPEN/UESB e se
reúnem semanalmente para a realização de atividades que contribuem no desenvolvimento
da linguagem oral. A produção da narrativa oral ocorreu em um contexto interlocutivo, de
modo que as mediadoras interagiram com os jovens frequentadores do Lapen, a fim de que
eles assumissem o papel de locutor e construíssem a narrativa. Os sujeitos conseguiram
desenvolver o discurso narrativo e, a partir dos operadores inseridos pela mediadora, fizeram
um encadeamento de ideias que resultaram em uma narrativa oral com relatos ficcionais e
não ficcionais. Além disso, evidenciamos que a pessoa com SD também possui um grande
potencial de desenvolvimento da linguagem, contudo, desenvolve-se por caminhos
diferentes, precisando o quanto antes das mais variadas vivências sociais, conforme os
postulados da Teoria de Vygotsky e da Neurolinguística Discursiva.

PALAVRAS-CHAVE: Interacionismo sociodiscursivo. Narrativa oral. Síndrome de Down.

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A COERÊNCIA TEXTUAL NA PRODUÇÃO ESCRITA DE JOVENS COM SÍNDROME DE DOWN

Rayana Thyara de Lima Rêgo Ladeia (UESB)


Andréia de Melo Costa Ferraz (UESB)
Carla Salati Almeida Ghirello-Pires (UESB)

A escrita não corresponde ao registro aleatório da fala, tendo em vista que seu surgimento
está relacionado às necessidades comunicativas e intelectuais do homem. No caso das
pessoas com Síndrome de Down, é necessário um acompanhamento formal para que
possam se expressar melhor, como também produzir textos com a apresentação organizada
de recursos linguísticos e semânticos que garantam a coerência. Sendo assim, este trabalho
objetiva analisar a coerência textual na produção escrita de jovens com Síndrome de Down

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(SD), observando a progressão e a articulação. A pesquisa foi realizada com duas jovens que
frequentam o Laboratório de Pesquisa e Estudos em Neurolinguística - LAPEN/UESB e
participam do Grupo de Pesquisa Fala Down. A produção textual ocorreu durante o encontro
do grupo que se reúne semanalmente e consistiu em duas etapas: organização de gravuras
e escrita do texto. A análise da coerência narrativa se deu a partir dos estudos de Koch (2007)
e Costa Val (1996; 2006), observando se houve uma sequência lógica na organização das
gravuras, bem como na escrita do texto. Os resultados evidenciam que as jovens
identificaram os fatores situacionais e organizaram o texto de forma coerente priorizando a
progressão e a articulação. Para elaborar um texto escrito, o autor recorre aos
procedimentos de produção textual e de leitura, observando as características formais e
funcionais específicas. Ressaltamos uma carência de elementos linguísticos na organização
das frases, contudo, não houve comprometimento do sentido geral da produção textual.

PALAVRAS-CHAVE: Coerência textual. Produção escrita. Síndrome de Down.

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DISCUTINDO ESCRITA CIENTÍFICA NA CULTURA DISCIPLINAR DA ENGENHARIA ELÉTRICA

Valfrido da Silva Nunes (IFPE)

Este trabalho tem como finalidade apresentar o desenvolvimento de uma pesquisa cujo
objetivo central é investigar de que modo o gênero resumo acadêmico (abstract) funciona
discursivamente em Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) da cultura disciplinar (HYLAND,
2004; 2009) da área de Engenharia Elétrica, levando-se em consideração aspectos
contextuais e textuais de sua construção. O gênero está sendo analisado em dois níveis: (i)
quanto à sua organização retórica e (ii) quanto às suas características linguístico-discursivas
mais proeminentes. A pesquisa realiza-se principalmente à luz dos estudos de gêneros,
especialmente com base nas perspectivas sociorretóricas do Inglês para Fins Específicos
(SWALES, 1990; 2004) e dos Estudos Retóricos de Gêneros (MILLER, 2009 [1984];
BAZERMAN, 2009 [2004]). Além disso, no contexto brasileiro, recorre-se a estudos
realizados sobre esse gênero em outras culturas disciplinares, a exemplo dos trabalhos de
Biasi-Rodrigues (1999), Araújo (1999) e Motta-Roth & Hendges (1998). Do ponto de vista
metodológico, trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, respaldada por dados
quantitativos no que diz respeito às recorrências, cuja operacionalização realiza-se por meio
da análise documental de um corpus (CHIZZOTI, 2014; LÜDKE; ANDRÉ, 2015; TRIVIÑOS, 2015).
O referido corpus é formado por 25 (vinte e cinco) exemplares de resumos acadêmicos de
Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) produzidos por estudantes de graduação da área de
Engenharia Elétrica, os quais foram coletados em repositórios institucionais virtuais de 5
(cinco) entidades educacionais públicas. Assim, coletaram-se, aleatoriamente, 5 (cinco)
exemplares de TCC de cada uma destas instituições: USP, UFSC, UFCG, IFMG e IFBA. Aventa-
se, por fim, que o retorno social da pesquisa tem uma relação direta com a potencial melhoria
do letramento acadêmico dos estudantes de Engenharia Elétrica, uma vez que, ao término
do curso, são desafiados a produzir um TCC, a partir de uma pesquisa realizada em sua área.

PALAVRAS-CHAVE: Gênero acadêmico. Resumo de TCC de graduação. Cultura disciplinar da


Engenharia Elétrica.

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ANÁLISE SOCIORRETÓRICA DA SEÇÃO DE RESULTADOS E DISCUSSÃO DO RELATÓRIO


FINAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA ÁREA DE LINGUÍSTICA

Camila Rayssa Barbosa da Silva (UFPI)

O presente trabalho teve como objetivo analisar e descrever a organização retórica da seção
de resultados e discussão do relatório final de iniciação científica da área de Linguística do
Curso de Letras da Universidade Federal do Piauí. Esse objetivo surgiu, como parte da
dissertação intitulada “Análise sociorretórica do gênero relatório final de iniciação científica
da área de Linguística”, com o intuito de compreender como os pesquisadores iniciantes,
inseridos nas subáreas de Análise do Discurso, Análise de Gêneros, Linguagem e Tecnologia
e Sociolinguística, constroem a seção de resultados e discussão de seus relatórios de IC e
como os valores dessas subáreas estão refletidos em sua escrita. Para realização desse
estudo, nos pautamos em pesquisas que discutiram a seção em questão (HOPKINGS E
DUDLEY-EVANS, 1988; BRETT, 1994; YANG E ALLISON, 2003; SILVA, 1999; COSTA, 2015) e nas
perspectivas dos Estudos Retóricos de Gêneros (ERG) e do Inglês para Fins Específicos (ESP).
Das análises, numa visão macro, resultaram cinco passos retóricos recorrentes na área de
Linguística – “apresentando resultado”; indicando dados (a serem) discutidos;
“interpretando resultados”; “(re)apresentando informações metodológicas/técnicas” e
“apresentando objetivos”. No entanto, numa visão micro, as subáreas apresentaram
particularidades, as quais não representaram tendências da área de Linguística. Isso
evidencia o fato de que, em uma mesma área do conhecimento, podem existir divergências
entre as subáreas que a compõem, as quais possuem seu próprio modo de escrita, que reflete
seus valores e suas necessidades.

PALAVRAS-CHAVE: Relatório Final de IC. Resultados e Discussão. Sociorretórica.

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PROPOSTAS DE ESCRITA COLABORATIVA: O QUE DIZ A BNCC E COMO SÃO ABORDADAS


NO LIVRO DIDÁTICO

Beatrice Nascimento Monteiro (UESPI)


Francisca Verônica Araújo Oliveira (IDB)

Partindo dos novos parâmetros trazidos pela BNCC, propomos, neste trabalho, tecer
discussões acerca do processo de escrita, mais especificamente a escrita colaborativa. Com
isso, esta pesquisa objetiva analisar como a BNCC propõe que seja realizado o processo de
escrita colaborativa e analisar, também, de que maneira esse processo se apresenta no livro
didático. O corpus é constituído pelo próprio texto da Base Nacional Curricular Comum, como
também o livro didático “Aprender Junto” do 3º ano do ensino fundamental, o qual foi
selecionado por se tratar de um material atualizado de acordo com a BNCC e adotado por
diversas instituições de ensino. O referencial teórico foi constituído pelas formulações de
Bazerman (2005) e Miller (2009) sobre o gênero e sua relação com a situação retórica
tipificada, assim como Alves Filho (2010) acerca do ensino de gêneros. Considerando que a

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pesquisa ainda se apresenta em andamento, os resultados parciais obtidos até então


evidenciam que a das propostas de produção de texto apresentadas no livro didático
analisado versam propõem uma escrita individual. Outro ponto observado está relacionado
ao fato da interação/colaboração ocorrer, na maioria das vezes, durante a revisão dos textos
e não durante o processo de planejamento e produção do texto. Além disso, uma vez que o
livro propõe, em diversos momentos, que seja realizada uma troca dos textos produzidos
entre os alunos, a colaboração acaba ocorrendo sem que ocorra um diálogo direto entre os
pares no momento de revisão do texto, por exemplo. Em síntese, foi perceptível que embora
o material apresente propostas que contemplam a escrita colaborativa, esse tipo de
produção ocorre com menor frequência e de forma ainda incompleta.

PALAVRAS-CHAVE: BNCC. Livro didático. Escrita colaborativa.

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A APROPRIAÇÃO DA NOÇÃO DE GÊNEROS DO DISCURSO BAKHTINIANA EM PRODUÇÕES


CIENTÍFICAS NACIONAIS

Jakelyne Santos Apolônio (UERN)

Considerando que se tem acentuado uma proliferação de produções científicas que


assumem o conceito ou a noção de gêneros do discurso, sobretudo dentro de uma
abordagem bakhtiniana nos estudos da área no Brasil, objetivamos, neste trabalho, analisar
se e de que maneira a definição e a caracterização de gêneros do discurso apresentadas nas
produções científicas sobre o ensino de língua materna encontram-se em consonância com
a abordagem de gêneros do discurso bakhtiniana que elas declaram assumir. Nossa pesquisa
assume um caráter interpretativo e uma abordagem qualitativa como direcionamentos
metodológicos. O corpus se constitui de dez artigos científicos, publicados entre os anos de
1999 a 2009, coletados na Portal de Periódicos da Capes. A ancoragem teórica conta com
estudos sobre a abordagem de gêneros discursivos (BAKHTIN, 2011; MEDVIÉDEV, 2012;
FARACO, 2009; SOBRAL, 2009, dentre outros), assim como trabalhos que tratam do ensino
de língua materna (GERALDI, 2002, 2010; BRANDÃO, 2005; ROJO, 2005, dentre outros). Para
dar conta de nossos objetivos, elencamos algumas categorias para a análise: i) “Menção à
concepção de enunciado”, ii) “os três elementos do gênero”, iii) “os gêneros primários e
secundários”, iv) “relatividade do gênero”, v) “caráter socio-histórico do gênero” e vi)
“concepção dialógica da linguagem”. Como resultados, essas categorias nos evidenciam que
as produções científicas analisadas mostram mais profundidade nas noções de relatividade e
caráter sócio-histórico dos gêneros. Nas demais categorias, por conseguinte, observamos
que as definições e caracterizações de gêneros são mais tênues e brandas quanto aos
pressupostos de gênero da teoria bakhtiniana. Essas considerações nos levam, portanto, a
pensar que, em razões de recortes e objetivos de pesquisa, os pesquisadores investigados
deixam de contemplar certas categorias ou aspectos-chave da noção de gêneros
bakhtiniana, deixando flácidas as discussões/definições de gêneros nos artigos analisados.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros do discurso. Teoria bakhtiniana. Artigos Científicos.

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EDUARDO E MÔNICA: DA MÚSICA AO RELATO, UMA PROPOSTA DE RETEXTUALIZAÇÃO E


ANÁLISE LINGUÍSTICA

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Jine Kácia de Lucena Monteiro Calado (UPE)


Martinha Mari de Souza (UPE)

Este trabalho tem como base para estudo de texto, produção e análise linguística a música
“Eduardo e Mônica” de Legião Urbana, com ênfase na retextualização do gênero canção
para o relato dialogando com o emprego de elementos coesivos necessários para a
construção e linearidade do texto. A partir da visão sociointeracionista da língua, apoiada em
Koch e Elias (2007, p.10), do trabalho com a gramática na perspectiva interacionista,
amparado por Antunes (2007), também de Figueiredo e Tavares (2007), no que tange ao
estudo do texto e elementos discursivos, na perspectiva de Marcuschi (2010), quanto à
retextualização entre textos escritos, buscou-se desenvolver um trabalho em que o mesmo
texto pode se apresentar em gêneros distintos, dependendo da finalidade comunicativa e da
situação discursiva pretendida pelo autor; referencia-se, ainda, a BNCC (2017), quando
apresenta o eixo Produção de Textos, afirmando que não se deve conceber que as
habilidades de produção textual de maneira descontextualizada. O objetivo é oferecer
condições para que os alunos, além de produzir textos, possam refletir acerca dos
mecanismos linguísticos que estabelecem coesão em uma narrativa, além de empregar
corretamente os elementos responsáveis pela sequência de ações no gênero Relato Pessoal.
A metodologia deu-se através de sequência de atividades, com os seguintes passos: i.
motivação: construção de painel; ii. audição da canção em vídeo; iii. Produção de mural
caracterizando as personagens; iv. retextualização: escrita do texto no Gênero Relato
Pessoal; v. leitura compartilhada dos textos produzidos. Assim, postulamos que a sequência
de atividades elencadas concorre para que haja o estímulo à produção textual nas aulas de
Língua Portuguesa, sob a perspectiva da análise e reflexão linguística. Dessa forma, trata-se
de uma proposta que pode contribuir para a ampliação do conhecimento dos elementos
linguísticos responsáveis pela sequenciação em um texto narrativo, além de estimular a
análise e reflexão linguística.

PALAVRAS-CHAVE: Análise linguística. Produção textual. Retextualização.

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FEMINISMO E ANÁLISE DO DISCURSO: A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO NA OBRA O


SEGUNDO SEXO DE SIMONE DE BEAUVOIR

Mayara Oliveira Feitosa (SEDUC-SE)

Os estudos feministas são extremamente importantes para a compreensão da constituição


discursiva da mulher, ao longo da história, pois, no contexto atual, é possível observar
necessidade em discutir problemas como a violência doméstica contra a mulher, bem como
a desigualdade econômica entre os gêneros. Este artigo tem como objetivo analisar a
constituição discursiva no pensamento de Simone de Beauvoir, filósofa francesa considerada
uma das maiores teóricas do feminismo moderno, sobre o gênero em O Segundo Sexo. A obra
Beauvoir revela uma fenomenologia da experiência e da condição das mulheres, em que se
efetiva tanto a interlocução entre o Eu e o Outro, a corporeidade e a sexualidade, acerca da
desconstrução identitária de uma conjectura de sujeito feminino. Serão apresentados e
analisados alguns pensamentos de Beauvoir (2009), tais como a defesa de uma distinção
entre sexo e gênero. Ademais, para a construção dos processos analíticos, serão utilizados
pressupostos teórico-metodológicos da Análise do Discurso de linha francesa, tais como
Pêcheux (1997), Orlandi (2000), especialmente sobre as categorias memória, interdiscurso e
constituição do sujeito. Dessa forma, observa-se que, ao longo da história, cada cultura

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construiu os padrões de atos e comportamentos de um determinado gênero, ou seja, este é


considerado como algo não apenas biológico, mas cultural, fatores essenciais para a análise
discursiva da constituição do sujeito, na referida obra. Assim, pretende-se contribuir para o
aumento dos estudos feministas e a Análise do Discurso.

PALAVRAS-CHAVE: Análise do Discurso. Feminismo. Sujeito.

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ÍNDICE REMISSIVO

Cátia Azevedo Fronza · 37, 38, 103, 104, 105


A Chrisllayne Farias Silva · 42, 123, 124
Cibele Karine de Oliveira Araújo · 31, 85
Cindy Conceição Oliveira Costa · 47, 128
Alcione Correa Alves.10
Ádila Silva Araújo Marques · 39, 90 Cíntia Maria Barbosa de Sousa · 35, 83, 84
Adriana Cavalcanti dos Santos · 44, 128, 129 Claudilene Sousa Alves · 43, 166, 167
Adriana Paula da Silva Amorim · 37, 147 Clênia Maria Oliveira Lima · 28, 77, 78
Adriana Rodrigues de Sousa · 33, 142,143
Agnaldo Rodrigues Vieira · 41, 121
Alcenir de Sousa Luz · 42, 48 D
Alexandre Antonio de Amorim Filho · 38, 148, 149
Alexandre Carneiro Costa · 42, 118 Damarys Alves da Silva Barbosa · 28, 130, 131
Amanda Cavalcante de Oliveira Lêdo · 29, 84 Daniela Paula de Lima Nunes Malta · 30, 111, 112
Amanda Gabriella Lima Leal · 31, 144 Darkyana Francisca Ibiapina · 40, 88, 89
Amanda Loyse da Silva Alves · 42, 124,125 Darlene Ribeiro da Silva Andrade · 38, 59, 60
Ana Carolina Carneiro de Sousa · 32, 80 Dawton Lima Valentim . 18,19
Ana Caroline de Carvalho Paiva · 33, 55, 56 Débora de Castro Barros · 46, 121, 122
Ana Jackelline Pinheiro Porto · 31, 144 Delci Cleonice Bender · 42, 107, 108
Denise Maia Pereira Laurindo · 30, 73, 74
Ana Karolina De Melo Pessoa Oliveira · 43, 123
Denise Maria de Oliveira Torres · 27, 130
Andréia de Melo Costa Ferraz · 45, 167, 168
Désirée Motta-Roth . 12, 15, 16
Anesio Marreiros Queiroz · 30, 117, 118
Dilmar Rodrigues da Silva Júnior · 29, 91, 92
Ângela Alves de Araújo Barbosa · 32, 96
Djanes Lemos Ferreira Gabriel · 34, 68
Angela Derlise Stübe · 38, 137
Angela Dionisio · 28, 131, 132
Anne Carolline Dias Rocha Prado · 36, 98
E
Antônio Aílton Ferreira de Cerqueira . 26
Antonio Artur Silva Cantuário · 36, 86, 87
Antonio Lailton Moraes Duarte · 31, 161 Ederson Dias de Carvalho · 47, 66
Ariane Castro Alencar · 32, 70 Edite Sampaio Sotero Leal · 42, 45, 72, 138
Ariane Peronio Maria Fortes · 30, 90 Edivaldo Gomes Barbosa · 33, 154, 155
Arnaldo César Almeida de Oliveira · 31, 161 Edmilson José de Sá · 46, 100
Ayrla Victória Gomes da Silva · 43, 53, 54 Edney Rodrigo da Cunha Silva · 39, 81
Eduardo de Souza Moreira · 29, 165, 166
Elayne Cristina da Silva · 44, 70, 71
B Eliane Pereira dos Santos · 25, 45, 74, 75
Eliete de Nazaré Barbosa Santos · 42, 54
Elisabeth Silva de Almeida Amorim · 44, 51
Bárbara Olímpia Ramos de Melo · 17, 18, 31, 36, 61,
Elisete Regina Groff · 42, 107, 108
85
Beatrice Nascimento Monteiro . 21, 38, 169, 170 Elizandra Dias Brandão · 34, 68
Benedito Gomes Bezerra . 9, 14, 15 Emanoel Barbosa de Sousa · 20, 21
Bruna Agliardi Verastegui · 28, 122 Emanuelle de Souza Silva Almeida · 170
Evando Luiz e Silva Soares da Rocha · 27, 105

C
F
Camila Karen Araújo Rodrigues · 35, 80, 81
Camila Rayssa Barbosa da Silva · 24, 31, 169 Fátima Ingrid Bezerra Bonfim · 32, 50, 51
Carla Viana Coscarelli . 13, 16 Federico Navarro . 14, 16, 17
Carla Salati Almeida Ghirello-Pires · 45, 167, 168 Francilane Lima de Sousa · 39, 103
Carolina Aurea Cunha Rio Lima . 20, 21 Francisca Cardoso da Silva · 42, 138
Carolina Gonçalves da Silva · 37, 159, 160 Francisca das Chagas Bezerra · 28, 63, 64
Caroline Bezerra Lima · 34, 136, 137 Francisca das Chagas Natália Castro Reis · 33, 57
Catarina Maria Pereira Carvalho · 45, 112 Francisca Jaqueline Ferreira de Oliveira · 44, 63

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Francisca Natália Leite Lopes · 31, 116, 117 John Hélio Porangaba de Oliveira · 18, 30, 101
Francisca Verônica Araújo Oliveira . 21, 38, 169 Jonnathan Ferreira de Sousa · 45, 67
Francisco Alves Filho · 12, 15, 16, 32, 36, 42, 48, 92, Jorge Tércio Soares Pacheco · 31, 116, 117
98, 99, 100 José Cezinaldo Rocha Bessa · 41, 59, 132
Francisco das Chagas Gonçalves Oliveira · 45, 51, 52 José Mateus Abreu Reis · 32, 92
Francisco Eduardo Mendes dos Santos · 34, 43, 155, José Ribamar Lopes Batista Júnior · 32, 36, 38, 46,
166 50, 81, 82, 103, 129
Francisco Pereira da Silva Fontinele · 44, 62 José Wesley Vieira Matos · 41, 110, 111
Francisco Renato Lima · 38, 61, 62 Josielma Pacheco Vaz · 34, 75
Júlia Vieira Correia · 38, 109
Juliana da Silva · 44, 139, 140
G
Gabriele da Silva Alves · 45, 111, 112 K
Geisymeire Pereira do Nascimento · 39, 89, 90
Geraldo José Rodrigues Liska · 38, 106 Karla Dayane Silva Monteiro · 43, 160
Gerson Sousa Félix Teixeira · 37, 120 Kerleiane de Sousa Oliveira · 46, 129
Graziella Steigleder Gomes · 33, 114, 115 Klausney Muniz Sampaio · 41, 118, 119
Gustavo Costa Sabry de Oliveira · 33, 144, 145

L
H
Lafity dos Santos Alves · 24, 40, 88, 89
Héberton Mendes Cassiano · 20, 35, 155, 156 Larissa Vitória Oliveira Melo · 43, 138, 139
Hellen dos Santos Lira · 29, 147, 148 Lays Christine Santos de Andrade · 29, 57
Heriberto Francisco Xavier · 42, 101, 102 Leila Rachel Barbosa Alexandre . 13, 16, 23
Herman Wagner de Freitas Regis · 38, 82, 83 Leonildes Lima Colaço Teixeira de Arêa Leão · 37,
Heron Ferreira da Silva · 39, 148, 149 72, 73
Letícia Rodrigues da Silva · 44, 64, 65
Leudson da Silva Coelho · 35, 146
I Lícia Maria Bahia Hein · 34, 49, 50
Lídia Fabiana Vasconcelos Cavalcante de Araújo ·
Iago Ferraz Nunes · 33, 39, 93, 94 47, 112, 113
Ilgner Fernando de Paula Soares · 31, 116, 117 Luana Maria Landim de Lucena · 39, 85, 86
Isabel Maria Santos · 35, 152, 153 Lucas de Souza Mathias · 38, 109
Isabele de Sousa Lima · 45, 111, 112 Lucas Rodrigues Memória Ávila · 41, 110, 111
Isis Gabrielle Silva da Penha · 35, 157 Luciana Kinoshita · 41, 135
Israel Alves Correa Noletto · 10, 15, 16, 47, 65, 66 Luciana Maria Libório Eulálio · 26, 46, 109, 110
Izabella Pimentel Franco · 33, 54, 55 Lucineide Matos Lopes · 46, 135, 136
Lucirene da Silva Carvalho · 29, 143
Luís Felipe da Silva Castelo Branco · 33, 60
J Luís Henrique Serra · 36, 37, 52, 72, 73, 74
Luizir Oliveira . 10, 26, 27
Jacqueline Wanderley Marques Dantas · 32, 134, 135 Lyvia Barreto Santos · 44, 128, 129
Jakelyne Santos Apolônio . 30, 169, 170
Jammilly Costa Mourao · 33, 76, 77
Jancen Sérgio Lima de Oliveira · 31, 125
M
Janiele Sousa Coelho · 33, 79
Jaqueline dos Santos Pereira · 43, 150 Maiara Amorim Pereira · 34, 71, 72
Jaqueline Salviano de Sousa · 33, 58, 59 Manuela Solange Santos de Jesus · 44, 113
Jefferson Gomes Fernandes · 35, 139 Maraisa Lopes · 19, 20, 33, 154, 155
Jeymeson de Paula Veloso · 47, 78, 79 Marcelo de Castro · 29, 97,98
Jhusyenna Reis de Oliveira · 45, 51, 52 Márcia Barbosa de Moura · 27, 130, 131
Jine Kácia de Lucena Monteiro Calado . 28, 170, 171 Márcia Brandão de Almeida · 29, 71
João Benvindo de Moura · 19, 20, 33, 142 Márcia Helena de Melo Pereira · 36, 98
Joaquina Maria Portela Cunha Melo · 37, 103, 104 Marcos Helam Alves da Silva · 20, 35, 155, 156
Joelma da Costa Barbosa Oliveira · 36, 158, 159 Marcos Vitor Nascimento de Sousa ·
Joelma Pereira Silva · 40, 69 Margareth Torres de Alencar Costa · 10, 15, 26, 27,
47, 127, 128, 141
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Margareth Valdivino da Luz Carvalho · 32, 134, 135


O
Maria Angélica Freire de Carvalho · 24, 25, 43, 138,
139
Octávio Augusto Ferreira Soares · 47, 105, 106
Maria Cândida de Lima Bento · 30, 49
Maria Caroline da Luz Sousa · 28, 163
Maria Cilânia de Sousa Caldas · 44, 140, 141
Maria Clara da Silva Barbosa · 45, 72
P
Maria da Luz Oliveira Dias · 39, 88
Maria das Dores Nogueira Mendes · 41, 110, 111 Paula Roberta Galvão Simplício · 44, 128, 129
Maria de Fátima dos Santos Barros · 34, 116 Paulo Alves de Carvalho · 39, 87
Maria de Jesus Torres Medeiros . 22, 23 Paulo Henrique Carvalho dos Santos · 30, 157, 158
Maria de Lourdes Nascimento Rocha · 39, 92, 93 Pérola de Sousa Santos · 28, 152
Maria do Desterro Vieira de Araújo · 27, 64 Pricila Santos Silva Lima · 33, 149, 150
Maria do Socorro de Sousa Pereira Oliveira · 39, Priscila Azevedo da Fonseca Lanferdini · 28, 134
156, 157 Priscila Mendes Fontenele Mesquita Guimarães ·
Maria Eliana Ferreira Fernandes · 29, 162, 163 43, 165, 166
Maria Francisca da Silva · 32, 45, 74, 75
Maria Francisca Oliveira Santos · 42, 47, 112, 113, 144
Maria Gabriela de Sousa Oliveira · 39, 156, 157, 159, R
160
Maria Goreth de Sousa Varão · 38, 76 Rafael Rossi de Sousa · 42, 96, 97
Maria Iara Zilda Návea da Silva Mourão · 47, 141 Rafael Seixas de Amoêdo · 46, 108
Maria José Nelo · 44, 64, 65 Rafaela Freitas Silva · 45, 68, 69
Maria Ladjane dos Santos Pereira · 18, 30, 151 Raimunda da Conceição Silva · 22, 23, 40, 57, 58
Maria Lizandra Mendes de Sousa · 36, 81, 82 Raimunda Gomes de Carvalho Belini · 24, 25, 44,
Maria Lourdilene Vieira Barbosa . 22 164
Maria Margarete Fernandes de Sousa · 44, 46, 135, Rayana Thyara de Lima Rêgo Ladeia · 27, 44, 166,
136, 140, 141 167
Maria Renilda Rodrigues Leal Ramos · 42, 48 Renata Cristina da Cunha · 29, 57
Maria Sirleidy de Lima Cordeiro · 47, 94 Renata Freitas de Oliveira · 31, 153, 154
Marian Oliveira · 27, 166, 167 Renata Monteiro do Espírito Santo · 42, 132, 133
Mariana Machado de Sousa · 35, 78 Roberta Shirleyjany de Araújo · 44, 138, 139
Marina Oliveira Lélis Viana · 37, 145 Rodrigo Alves Silva · 40, 84, 85
Mário Augusto Silva Sousa Júnior · 39, 126, 127
Martinha Mari de Souza . 28, 170, 171
Max Silva da Rocha · 35, 95 S
Mayara Oliveira Feitosa . 46, 171
Meryane Sousa Oliveira · 22, 23, 40, 57, 58 Sanatiana Gomes Alencar · 39, 119
Meyssa Maria Bezerra Cavalcante do Santos · 28, Shirlei Marly Alves · 17, 18, 28, 29, 77, 78, 90, 91
162 Silvânia Maria da Silva Amorim Cruz · 30, 151
Micilane Nascimento dos Santos · 30, 48, 49 Silvestre José Pinto · 30, 48, 49
Mirna Bispo Viana Soares · 35, 114 Simone Rego Fontinele · 45, 115, 116
Skarllethe Jardannya Batista Cavalcante · 37, 145
Stela Maria Viana Lima Brito · 42, 54
N
Nara Karolina de Oliveira Silva · 41, 131, 132 T
Natália de Almeida Simeão · 39, 119, 153
Natália Elvira Sperandio · 29, 102 Taila Jesus da Silva Oliveira · 34, 49, 50
Nathalee Paloma Souza Vieira · 29, 90, 91 Tâmara Lyz Milhomem de Oliveira . 13, 16, 23
Nayara Stefanie Mandarino Silva · 41, 94, 95 Tâmara Ramalho da Silva · 36, 98, 99
Nayra Cristina Lima Araújo · 36, 150, 151 Tamiris Machado Gonçalves · 38, 137
Nayra Rayssa Gomes de Sousa · 45, 125, 126 Tania Maria dos Santos · 37, 103, 104
Nazarete Andrade Mariano · 44, 51 Tatiane da Silva Sousa · 34, 75
Naziozênio Antonio Lacerda · 41, 120, 121 Tatiele Francisca Meneses · 30, 158
Nevelyn Martins de Carvalho · 36, 81, 82 Teônia Mikaelly Pereira de Sousa · 34, 56, 57
Nícollas Oliveira Abreu · 18, 19, 32, 106, 107 Thaís Calixto Felipe · 42, 123
Thaís Ludmila da Silva Ranieri · 34, 124
Thays Costa Lisboa de Sá · 30, 133

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Thiago de Sousa Amorim · 41, 47, 57, 58, 141, 142 Vera Lúcia Lopes Cristovão · 28, 134
Tristan Veras Pedrosa · Vinícius Nicéas do Nascimento · 46, 94
Viviane Caline de Souza Pinheiro · 42, 124, 125

U
W
Urandi Rosa Novais · 42, 127
Wellington Carvalho de Arêa Leão · 27, 28, 63, 64

V
Y
Valdeny Costa de Aragão · 22, 39, 161, 162
Valdulce Ribeiro Cruz. 25 Yana Liss Soares Gomes · 43, 150
Valeria Pinho · 34, 66, 67
Valéria Viana Sousa · 40, 164, 165
Valfrido da Silva Nunes · 32, 168 Z
Vanessa de Carvalho Santos · 48, 89
Vanessa Raquel Soares Borges · 34, 52, 53 Zoroastro Pereira de Araújo Neto · 47, 112, 113
Vânia Raquel Santos Amorim · 40, 164, 165

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REALIZAÇÃO

Núcleo de Pesquisa em Texto, Gênero e Discurso – CATAPHORA


Cataphora.com.br / cataphora@ufpi.edu.br/ @NucleoCataphora

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