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DIREITO E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

1)
A fundamentalidade material dos direitos fundamentais decorre da abertura da
Constituição a outros direitos fundamentais não expressamente constitucionalizados. O
aspecto material dos diretos fundamentais nasce da essência do seu conteúdo substancial
normativo.

2
A democracia direta acontece quando a população participa diretamente de todas as
decisões da esfera política por meio de votações, assembleias ou consultas populares
(referendos ou plebiscitos). Hoje não há nenhum exemplo de democracia direta em vigor.

Já a democracia indireta, ou também conhecida como representativa, é o tipo mais


comum do regime democrático. Acontece quando o povo elege representantes que serão
os responsáveis por decidir em nome da população. São eleitos para mandatos políticos
com validade determinada e, teoricamente, devem agir em prol de seus eleitores.

Na teoria, a democracia semidireta é uma mistura dos dois modelos anteriores.


Acontece por meio de representação de políticos em mandatos, mas também pode contar
com a participação da população em certos momentos. O Brasil é adepto desse tipo de
sistema democrático, apesar de as consultas populares serem muito raras hoje em dia.

Com bases nos princípios do , a democracia liberal prega a não-intervenção do


Estado, seja na economia, seja nos direitos individuais dos cidadãos. Assim, o  e o
princípio da isonomia são importantes conceitos dessa vertente democrática

3
Em razão do que preceitua o princípio da concordância prática, pode-se dizer que, na
ocorrência de conflito entre bens jurídicos garantidos por normas constitucionais, o
intérprete deve priorizar a decisão que melhor os harmonize, de forma a conceder a cada
um dos direitos a maior amplitude possível, sem que um deles acabe por impor a
supressão do outro.

*
Princípio da harmonização (ou concordância prática)

● O princípio da concordância prática diz que, em caso de conflito entre bens jurídicos,
cabe ao intérprete coordená-los e combiná-los, realizando uma redução proporcional do
âmbito de aplicação de cada um deles. Não se deve sacrificar nenhum deles integralmente
para que se aplique o outro, mas, sim, reduzir proporcionalmente o âmbito de
aplicação de cada um, para que ambos sejam aplicados proporcionalmente.

● Esse princípio é semelhante ao princípio da unidade, mas, enquanto o princípio da


unidade deve ser utilizado quando há uma tensão abstrata entre duas normas
constitucionais, a concordância prática se aplica quando há uma colisão de direitos em
um caso concreto.

*OBS: as QUESTÕES cobram essa diferença >> P. da Unidade: colisão de normas


abstratas; P. da harmonização/concordância prática: colisão de direitos

4
Sindicato = Substituto processual = Sem autorização, Sempre;

Associação = Autorização, atuam como REPRESENTANTES.


Exceção: M.S coletivo, onde as associações também não dependerão de autorização e
também atuarão como substitutas. Mas se der branco na hora da prova esse esquema do
"S" já dá uma ajuda e elimina umas duas ao menos

5
DIREITOS POLÍTICOS
1
Observação: A inelegibilidade do art. 14, § 7º, da Constituição NÃO ALCANÇA o cônjuge
supérstite (sobrevivente, viúvo) quando o falecimento tiver ocorrido no primeiro mandato,
com regular sucessão do vice-prefeito, e tendo em conta a construção de novo núcleo
familiar. A Súmula Vinculante 18 do STF não se aplica aos casos de extinção do vínculo
conjugal pela morte de um dos cônjuges. (STF, RE 758.461, Tese RG 678, 2014)

2
A suspensão de direitos políticos em razão de condenação criminal transitada em julgado
incidirá quando a pena aplicada for restritiva de direitos.

3
O STF decidiu na ADI 5081 que o mandato parlamentar conquistado no sistema eleitoral
proporcional pertence ao partido político.

4
NACIONALIDADE:
1
As hipóteses de perda da nacionalidade brasileira previstas na Constituição Federal de
1988 têm natureza taxativa, de modo que nem mesmo convenções ou tratados
internacionais podem ampliá-las.
*
“A perda da nacionalidade, medida extremamente grave e excepcional, por ostentar a
nacionalidade natureza jurídica de direito fundamental, só poderá ocorrer nas hipóteses
taxativamente previstas na Constituição Federal” (QO/HC 83.113/DF, Rel Min. Celso
de Mello).

OBS: Parte da Doutrina defende que a inovação sobre o tema pode acontecer
via EMENDA CONSTITUCIONAL ou TRATADO INTERNACIONAL DE DIREITOS
HUMANOS, aprovado por 3/5 em cada casa do CN e em dois turnos.

Para a CESPE, esse posicionamento NÃO é válido!

2
O STF já se pronunciou e consoante que se perde como nato volta como nato / se perde
como naturalizado volta como naturalizado

3
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS:
1
Princípio da RESERVA DE JURISDIÇÃO --> é um termo usado para dizer que
determinadas violações a direitos individuais está reservada apenas à jurisdição, ou seja,
para determinados assuntos exige-se uma decisão judicial. Tradicionalmente temos
a inviolabilidade do domicílio, intercepção telefônica e a prisão.

2
Na ação popular, faculta-se a qualquer cidadão se habilitar como litisconsorte ou
assistente do autor.  

3
Lei 4.717/65 (Lei da Ação Popular)

[...]

Art. 6º A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades


referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que
houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por
omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo.

[...]

§ 5º É facultado a qualquer cidadão habilitar-se como litisconsorte ou assistente do


autor da ação popular.

4
Resuminho MASTER

O mandado de injunção : tem como objetivo tornar viável os direitos garantidos


pela Constituição Federal, dando soluções para que esses direitos sejam válidos
mesmo que não existam leis ou normas que os regulamentem.

A falta pode ser total ou parcial de norma regulamentadora.

resuminho master

1. O mandado de injunção individual :  requerido por: PF + PJ


2. um direito constitucional seu está  sendo violado por falta de norma
regularizadora.

obs não é permitido entrar com mandado de injunção em benefício exclusivo de


terceiros.

 vedado : MI >> BENEFÍCIO EXCLUSIVO DE 3 .

O mandado de injunção coletivo só pode ser proposto pelas entidades :

são legitimados do MI coletivo: MIDÊ UM P/ASS/E


 MI - Ministério Público;
 DE- Defensoria Pública;
 P- Partido Politico com representação no CN;
 ASS - Associação + 1 ano de constituição/funcionamento; 
 E - Entidade de classe.

O mandado de segurança: é um instrumento jurídico, cuja finalidade é proteger


direito líquido e certo, ou seja, provado por documentos, que tenha sido violado

  ato ilegal / abusivo de autoridade pública / de agente de pessoa jurídica no


exercício de atribuições do Poder Público.

características gerais para a prova 

1. N amparado por HC ou HD
2. Possui rito sumário especial
3. Possui caráter residual

legitimados : PF + : NACIONAIS E ESTRANGEIROS 

 MP + ORGÃOS 

Prazo Decadencial: 120 : A partir da ciência do Ato. NÃO PRESCRICIONAL;

HIPÓTESES QUE NÃO CABE MS : suspendeu “ fodeu” :

Decisão da qual caiba recurso com efeito suspensivo

Ato adm do qual caiba recurso com efeito suspensivo

 Contra decisão TJ

 Súmula 632 do STF: "É constitucional lei que fixa o prazo de decadência para a
impetração de mandado de segurança."

obs : entendimento do STF, NÃO É QUALQUER PARLAMENTAR que pode


impetrar o Mandado de segurança, mas tão somente o parlamentar da CASA em que
está tramitando a PEC, tendo como objeto da proposição, o seu trancamento por vicio
materiaL

MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO: PEÃO 

Legitimados para impetrar MS coletivo > MP / ORGÃO NÃO PARTICIPA <<<


IMPORTANTE!!

 Partido político com representação no congresso nacional


 Entidade de classe
 Associação constituída há pelo menos um ano
 Organização sindical

É possível que o impetrante desista do mandado de segurança impetrado mesmo


sem a concordância da parte contrária?

SIM. É plenamente possível que o impetrante desista do mandado de segurança


impetrado. Vale ressaltar que, para que haja a desistência do MS, não é necessária a
concordância da parte adversa

5
Admite-se a impetração de habeas corpus como via de impugnação das medidas
cautelares diversas da prisão "na medida em que as medidas cautelares diversas da
prisão, se não cumpridas, podem ser convertidas em segregação provisória da liberdade,
nos termos do art. 282, § 4º, do CPP"

6
O habeas data é a garantia constitucional adequada para a obtenção dos dados
concernentes ao pagamento de tributos do próprio contribuinte constantes dos sistemas
informatizados de apoio à arrecadação dos órgãos da administração fazendária dos entes
estatais. STF. Plenário. RE 673707/MG, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 17/6/2015
(repercussão geral) (Info 790).

7
II Segundo o STF, a legitimidade ativa do habeas corpus coletivo deve ser reservada,
por analogia, aos legitimados estabelecidos na Lei do Mandado de Injunção Coletivo.

8
SUPRESSÃO DE VERBA= PRAZO DECADENCIAL DO ART 23 DA LEI 12.016
(120 DIAS), A CONTAR DA DATA DO PRIMEIRO PAGAMENTO QUE HOUVE
SUPRESSÃO.

REDUÇÃO DE VERBA= PRESTAÇÃO DE TRATO SUCESSIVO, GERA


RENOVAÇÃO DE PRAZO DECADENCIAL MÊS A MÊS.

9
A legitimação constitucional conferida à Defensoria Pública para a propositura do
mandado de injunção coletivo está ligada a sua finalidade essencial na tutela de
interesse difusos, coletivos e individuais homogêneos que tenham repercussão em
interesses tutelados, especialmente relevantes para a promoção dos direitos humanos e a
defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, na forma do inciso LXXIV
do art. 5.º da Constituição Federal. 

10
Art. 12. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido: 

(...)

IV - pela Defensoria Pública, quando a tutela requerida for especialmente


relevante para a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais
e coletivos dos necessitados, na forma do . (DPEPE-2018) (DPEBA-2021) (DPERS-
2022)

Parágrafo único. Os direitos, as liberdades e as prerrogativas protegidos por


mandado de injunção coletivo são os pertencentes, indistintamente, a uma
coletividade indeterminada de pessoas ou determinada por grupo, classe ou
categoria. (MPMG-2019) (DPERS-2022)

 11
O Ministério Público é parte legítima para ajuizar ação coletiva de proteção ao
consumidor.

12
O habeas data constitui instrumento que visa efetivar o direito de acesso à informação
no âmbito de qualquer entidade pública, sendo cabível tanto para obtenção de
informações quanto para correção de inexatidões de dados da pessoa impetrante ou
mesmo de seu familiar falecido. 

13
(CESPE 2018) Conforme a CF e a jurisprudência das cortes superiores, o habeas data
pode ser impetrado somente pela pessoa em cujo nome constar o registro, salvo se for
morto, quando, então, o herdeiro legítimo ou cônjuge supérstite poderão impetrá-lo.
(CERTO)

14
O habeas data é remédio constitucional de natureza civil e rito sumário.
 O habeas data poderá ser ajuizado por qualquer pessoa, física ou jurídica,
brasileira ou estrangeira. Trata-se de ação personalíssima, que jamais poderá
ser usada para garantir acesso a informações de terceiros. SALVO salvo se
for morto, quando, então, o herdeiro legítimo ou cônjuge supérstite poderão
impetrá-lo.

 O habeas data, para que seja impetrado, exige a comprovação da negativa da


autoridade administrativa de garantir o acesso aos dados relativos ao impetrante.
Trata-se de uma hipótese de “jurisdição condicionada”, prevista no ordenamento
jurídico nacional. A prova do anterior indeferimento do pedido de
informações de dados pessoais, ou da omissão em atendê-lo, constitui requisito
indispensável à concretização do interesse de agir em sede de “habeas data”.
 A impetração de habeas data não se sujeita a decadência ou prescrição.

 Os processos de “habeas data” terão prioridade sobre todos os atos


judiciais, exceto habeas-corpus e mandado de segurança.

15
A obrigação de identificação do responsável por conduzir o interrogatório do preso está
expressamente prevista na Constituição Federal.

16
É dispensável a autorização expressa dos membros de associação para a impetração de
mandado de injunção coletivo pela entidade associativa.

17
úmula 643-STF: O Ministério Público tem legitimidade para promover ação civil
pública cujo fundamento seja a ilegalidade de reajuste de mensalidades escolares.

18
O Ministério Público tem legitimidade para impetrar mandado de injunção coletivo
quando a tutela requerida for especialmente relevante para a defesa da ordem jurídica,
do regime democrático ou dos interesses sociais ou individuais indisponíveis.

19
Art. 9º da Lei 4717/65: Se o autor desistir da ação ou der motiva à absolvição da
instância, serão publicados editais nos prazos e condições previstos no art. 7º, inciso II,
ficando assegurado a qualquer cidadão, bem como ao representante do Ministério
Público, dentro do prazo de 90 (noventa) dias da última publicação feita, promover o
prosseguimento da ação.

20
Cumpre ao STF julgar o recurso ordinário de habeas corpus decidido em única
instância pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

21
STF - Julga em recurso ordinário - habeas corpus  , o mandado de segurança, o  habeas
data  e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores,
se denegatória a decisão.

STJ - Julga originalmente - os mandados de segurança e os  habeas data  contra ato de


Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do
próprio Tribunal

22
É so lembrar do 4 x 4 (leia-se quatro por quatro):

Compete ao STF julgar, em ROC (recurso ordinário constitucional) o HC, MS, HD e


MI do STJ, TST, STM e TSE

artigo 102, II, “a”, da CF/88:"Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a


guarda da Constituição, cabendo-lhe julgar, em recurso ordinário (ROC) o habeas
corpus (HC), o mandado de segurança (MS), o habeas data (HD) e o mandado de
injunção (MI) decididos em única instância pelos Tribunais Superiores (STJ, TST,
STM e TSE), se denegatória a decisão"

24
Mandado de segurança contra ato de Ministro de Estado → STJ julga (CF, Art. 105,
I, b)

Habeas data contra ato de Ministro de Estado → STJ julga (CF, Art. 105, I, b)
Habeas corpus quando o Ministro de Estado é coator → STJ julga (CF, Art. 105, I, c)

Habeas corpus quando o Ministro de Estado é paciente → STF julga (CF, Art. 102, I,
d)

25
De acordo com o Supremo Tribunal Federal, não é cabível habeas data para a obtenção
de informações a respeito da identidade de responsáveis por agressões e denúncias feitas
contra o impetrante.
*
O HABEAS DATA é via INADEQUADA para a busca de informações concernente a
TERCEIROS, devendo o impetrante pleitear seu direito por outra via, eis que não se
trata de informação relativo à pessoa do impetrante.

26
O confisco de bem utilizado para o tráfico de drogas pode se dar tanto nas hipóteses
em que houver quanto nas de que não houver habitualidade no uso do bem para a
prática do crime.

27
Segundo o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, é cabível mandado de
segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista
ou empresa pública.

28
Súmula 333 do STJ: Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação
promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública.

 Lei nº 12.016/09 disciplina o Mandado de egurança individual e coletivo,


art. 1º, § 2º: Não cabe mandado de segurança (MS) contra os atos de gestão
comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de
sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público

29
Súmula 41-STJ: O Superior Tribunal de Justiça NÃO TEM competência para
processar e julgar, originariamente, mandado de segurança contra ato de outros
tribunais ou dos respectivos órgãos.

Súmula 105-STJ: Na ação de mandado de segurança NÃO se admite condenação em


honorários advocatícios.

 
Súmula 177-STJ: O Superior Tribunal de Justiça É INCOMPETENTE para
processar e julgar, originariamente, mandado de segurança contra ato de órgão
colegiado presidido por Ministro de Estado

Súmula 202-STJ: A impetração de segurança por terceiro, contra ato judicial, NÃO se
condiciona à interposição de recurso.

Súmula 212-STJ: A compensação de créditos tributários NÃO PODE ser deferida


em ação cautelar ou por medida liminar cautelar ou antecipatória.

Súmula 213-STJ: O mandado de segurança CONSTITUI AÇÃO ADEQUADA para


a declaração do direito à compensação tributária

Súmula 333-STJ: CABE mandado de segurança contra ato praticado em licitação


promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública.

Súmula 376-STJ: Compete à turma recursal processar e julgar o mandado de


segurança contra ato de juizado especial.

Súmula 460-STJ: É INCABÍVEL o mandado de segurança para convalidar a


compensação tributária realizada pelo contribuinte.

Súmula 628-STJ: A teoria da encampação é aplicada no mandado de segurança


quando presentes, cumulativamente, os seguintes requisitos:

a) existência de vínculo hierárquico entre a autoridade que prestou informações e a


que ordenou a prática do ato impugnado;

b) manifestação a respeito do mérito nas informações prestadas e;

 
c) ausência de modificação de competência estabelecida na Constituição Federal

30
Pode o STJ, em ação popular, declarar incidentalmente a inconstitucionalidade da
norma atacada, se a controvérsia constitucional for a causa de pedir.
*
O STJ "entende ser possível a declaração incidental de inconstitucionalidade em Ação
Popular, desde que a controvérsia constitucional não figure como pedido, mas sim como
causa de pedir", fundamento ou simples questão prejudicial, indispensável à resolução
do litígio principal, em torno da tutela do interesse público

31
RESUMIDAMENTE,

DESISTÊNCIA DO MANDATO DE SEGURANÇA:

1. deve ser antes do trânsito em julgado;


2. pode ocorrer após a decisão de mérito;
3. é desnecessária a anuência da parte contrária;

Conforme o STF, o impetrante pode desistir do mandado de segurança a qualquer


tempo, mesmo que seja dada decisão favorável, desde que antes do transito em julgado,
independente da opinião do impetrado. 

Complementando o assunto:

(IADES/18)Ao impetrante é lícito desistir da ação de mandado de segurança,


independentemente de aquiescência da autoridade apontada como coatora ou da
entidade estatal interessada. (CERTA)

32
TEORIA DA CONSTITUIÇÃO:
1

é inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que dispõe competir à Assembleia


Legislativa do Estado processar e julgar Defensor Público-Geral do Estado nos crimes de
responsabilidade. 
*
Compete privativamente à União legislar sobre normas de processamento e julgamento de
crimes de responsabilidade 

2
Uma das caracteristicas do Neoconstitucionalismo é ter a Constituição como centro do
ordenamento jurídico, buscando a:

1) Constitucionalização de todos os ramos do direito;

2) a busca pela concretização dos direitos fundamentais tendo como norte a dignidade da
pessoa humana (Irradiação no ordenamento jurídico)

3) uma filtragem constitucional;

4) judicialização da política e das relações sociais;

5) Reaproximação entre o Direito X Moral, Direito X Etica, Direito X Justiça, Direito X


Filosofia.

 3
A primeira Constituição republicana brasileira teve forte influência do
constitucionalismo norte-americano e das ideias liberais, em sua acepção
clássica.  
*
Constituição de 1824 (Imperial): seu texto sofreu influências significativas do
liberalismo clássico, fruto das revoluções ocorridas nos séculos XVII e XVIII.
Adotou o modelo de separação de Poderes, existindo Executivo, Judiciário
Legislativo e o Poder Moderador. Adotou a forma de Estado unitária (províncias no
país), a forma de governo monárquica, foi considerada a única da histórica
semirrígida e a Carta Constitucional que por mais tempo permaneceu em vigor (67
anos).
 Constituição de 1891 (1ª republicana): adotou a forma de governo republicana e
a forma de Estado federativa, passando o país a se chamar Estados Unidos do
Brasil. Estipulou a tripartição de Poderes, extinguindo o Moderador; instituiu um
regime representativo de eleição dos membros do Exec. e Legis.; o sistema de
governo passou a ser o presidencialista; e previu o habeas corpus. --> É a esta
Constituição que a questão faz referência.
 Constituição de 1934: instituiu um constitucionalismo social (promulgada no
governo Vargas), por inspiração da Constituição de Weimar de 1919, sendo a
primeira Carta a disciplinar direitos sociais (2a geração). Marco na transição de
democracia liberal para a social. Instituiu o Ministério Público de o Tribunal de
Contas. Consagrou a ação popular e o mandado de segurança.
 Constituição de 1937 (Polaca): alusão à Constituição Polonesa de 1935, possuiu
caráter autoritário, fixando várias competências ao Chefe do Poder Executivo.
 Constituição de 1946: renovou o modelo constitucional democrático,
reestabelecendo as eleições diretas e assegurando as garantias do Poder
Legislativo e Judiciário suprimidas no modelo constitucional anterior. Como
inovação, previu o direito de greve.
 Constituição de 1967 e Emenda Constitucional de 1969: inspirou-se na Carta
de 1937, foi outorgada e concedeu várias competências ao Executivo, em
detrimentos dos outros dois Poderes. Estabeleceu uma série de medidas restritivas
de direitos.
 Constituição de 1988: atua

4
A interpretação conforme a constituição é aquela utilizada nas hipóteses em que a norma
contém mais de um sentido válido (plurissignificativo). Diante disso (dos vários sentidos),
deve ser adotado o mais consonante com a constituição. Pode se dar:

A) com redução de texto: a norma poderá ser considerada de acordo com a constituição
se for suprimida parte de seu texto, interpretando-se o remanescente. O STF, em diversas
situações, declara a inconstitucionalidade de termos previstos em normas para considerá-
la conforme a constituição.

b) sem redução de texto: aqui não há supressão de texto, mas somente uma


interpretação que seja harmônica com a constituição

5
O objetivo da interpretação conforme a Constituição é o de “preservar a vontade legislativa
quando for possível extrair do dispositivo impugnado interpretação compatível com o
Diploma Maior, ainda que não seja a mais óbvia. Preservam-se, por meio da técnica, o
princípio da separação de poderes – conducente à valorização da manifestação do
legislador democrático – e a efetividade da Constituição da República.” 

6
Princípio da concordância prática (ou harmonização): impõe ao intérprete que, diante
de um conflito concreto de normas constitucionais, cabe ao intérprete coordenas e
combinar os bens jurídicos em tensão, realizando uma redução proporcional de cada um
deles, sem retirar-lhes o cerne. Não se confunde com o princípio da unidade, tendo em
vista que este último é utilizado em conflitos abstratos;

7
 Princípio do efeito integrador: trata-se, na verdade, de "ramificação" do princípio da
unidade. Segundo o efeito integrador, na busca da solução de problemas jurídico-
constitucionais, deve-se dar primazia às soluções que favoreçam a unidade política e
social (estas últimas são palavras-chave do princípio do efeito integrador);

8
Princípio da harmonização (ou concordância prática)

● O princípio da concordância prática diz que, em caso de conflito entre bens jurídicos,
cabe ao intérprete coordená-los e combiná-los, realizando uma redução proporcional do
âmbito de aplicação de cada um deles. Não se deve sacrificar nenhum deles integralmente
para que se aplique o outro, mas, sim, reduzir proporcionalmente o âmbito de
aplicação de cada um, para que ambos sejam aplicados proporcionalmente.

● Esse princípio é semelhante ao princípio da unidade, mas, enquanto o princípio da


unidade deve ser utilizado quando há uma tensão abstrata entre duas normas
constitucionais, a concordância prática se aplica quando há uma colisão de direitos em
um caso concreto.
*OBS: as QUESTÕES cobram essa diferença >>
P. da Unidade: colisão de normas abstratas;
P. da harmonização/concordância prática: colisão de direitos

9
O poder constituinte derivado é inerente às constituições rígidas. 
*
Denomina-se rígida a constituição que determina procedimento especial e solene para a
sua modificação, não admitindo ser alterada da mesma forma que as leis ordinárias.

10
Fácil confundir "origem" com "modo de elaboração". Para não confundir mais: Origem --
> Outorgada/Promulgada – OO

11
A CF/88 se classifica:

- quanto à origem: promulgada

- quanto à forma: escrita

- quanto à extensão: analítica (prolixas, longas ou amplas)

- quanto ao conteúdo: formal

- quanto ao modo de elaboração: dogmática 

- quanto à alterabilidade: rígida

- quanto à sistematica: reduzida

- quanto à dogmática: eclética

- quanto à correspondência com a realidade: normativa

- quanto ao sistema: princiológica

- quanto à classificação de Manoel Gonçalves Ferreira Filho: garantia e dirigente

- quanto à classificação de André Ramos: sociais (dirigentes)

12
O caráter aberto e vago de muitas das disposições constitucionais favorece uma
interpretação atualizadora e evolutiva, capaz de produzir, por vezes, uma mutação
constitucional informal ou não textual(CERTO)

Um exemplo de mutação constitucional é o conceito de "casa", se fossemos levar ao pé da


lei o texto constitucional diz que a "casa" é asilo inviolável do indivíduo. Deveria ser
realmente uma "casa", mas pelo fenômeno da mutação constitucional, entendemos além
do que está escrito ampliando assim a abrangência de tal texto para uma sala de escritório
ou até mesmo uma barraca de camping
13
1) Temporais: estabelece um período durante o qual o seu texto não pode ser modificado.
Há previsão na CF p/ poder revisor.

2) Circunstanciais: veda a modificação em situações excepcionais. Intervenção federal,


estado de defesa ou estado de sítio (art. 60, §1º, CF).

3) Materiais ou substanciais: enumera certas matérias que não poderão ser abolidas do


seu texto pelo reformador;

3.1) Expressas: forma federativa de Estado; voto direto, secreto, universal e periódico;


separação dos Poderes; direitos e garantias individuais (art. 60, §4º, CF).

3.2) Implícitas: titularidade do poder constituinte originário e derivado; o próprio processo


de modificação (revisão e emenda);

4) Processuais ou formais: exigências no processo legislativo.

4.1) Subjetivas: iniciativa de apresentação de uma proposta de emenda à Constituição (art.


60, I, II e III);

4.2) Objetivas: deliberação para aprovação da proposta (art. 60, § 2.º); promulgação da
emenda (art. 60, § 3.º); vedação de reapreciação de proposta rejeitada ou havida por
prejudicada (art. 60, § 5.º)

14
É inconstitucional norma estadual que tenha criado impositividade da lei
orçamentária antes do advento das Emendas Constitucionais 86/2015 e
100/2019. STF

15
Segundo Karl Loewenstein, quanto ao critério ontológico, a constituição é vista sob três
primas: normativo, nominal e semântico. Vejamos...

 Normativo: São aquelas constituições que têm plena eficácia e efetividade na


realidade social. (ex.: Constituição americana de 1787; a Constituição alemã de
1949; a Constituição francesa de 1958 e a CF/88)
 Nominal: Constituições que são distantes da realidade e efetividade social
(ex.: as Constituições brasileiras de 1934, 1946 e a constituição de Weimar 1919)
 Semântica: São constituições que procuram formalizar o poder político em
benefício dos detentores dos fatores reais de poder. Em regimes autoritários, aqui,
a CF é um instrumento de permanência e legitimação do poder (ex.: constituição
nazista de 1933, constituições brasileiras de 1937 (A polaca de Getúlio Vargas),
1967 e 1969 (do governo militar)

16
I A Constituição Federal de 1988 é oriunda de procedimento de poder constituinte indireto.
*
O poder constituinte pode ocorrer de duas formas:

 Direta - o povo diretamente, sem qualquer intermediário elabora a própria


constituição.
 Indireto - representantes do povo irão elaborar a constituição em seu nome, por
meio de um órgão chamado Assembleia Nacional Constituinte.

17
Eficácia Plena: Autoaplicáveis, não-restringíveis e aplicabilidade direta, imediata e integral

Eficácia Contida: Autoaplicáveis, restringíveis e aplicabilidade direta, imediata e


possivelmente não-integral

Eficácia limitada: Não-autoaplicáveis e aplicabilidade indireta, mediata e reduzida

-> Tipos: Princípios institutivos ou organizativos e Normas programáticas Efeitos negativo


e vinculativo

Todos os remédios constitucionais tem eficácia plena . (Aragonês Fernandes )

18
Efeito integrador: O intérprete deve dar primazia aos critérios ou pontos de vista que
favoreçam a integração política, social e o reforço da unidade política

19
O STF admite o uso da mutação constitucional como fundamento da interpretação judicial
em sede de controle difuso.

20
No conceito político desenvolvido por Carl Schmitt, a Constituição é uma decisão política
fundamental, um conjunto de opções políticas de um Estado. Em sua obra, o jurista
afirmou que o fundamento da Constituição não está em uma norma jurídica precedente e
nem em si mesma, mas na vontade política que a antecede. Dessa feita, a decisão política
tem existência autônoma e não se subordina à Lei organizadora do Estado.

Na classificação de Schmitt, há duas fases para a criação da Constituição, sendo a


primeira a tomada de decisão política de criação de um novo Estado e a segunda a
elaboração de um documento sistematizado

21
Quanto ao objeto das constituições, são exemplos tradicionais o estabelecimento do modo
de aquisição do poder e a forma de seu exercício.
*
O objeto das Constituições é, essencialmente, direitos garantias dos cidadãos, deveres do
Estado, organização político-administrativa do Estado. Nesses termos, o estabelecimento
do modo de aquisição do poder e da forma do seu exercício exemplificam o objeto da
Constituição.

22
O Brasil adota, em tese, a Constituição Dirigente

Constituição Garantia: limita-se a fixar os direitos e garantias. É uma carta declaratória.

Constituição Dirigente: além de fixar direitos e garantias, fixa metas estatais, fixa uma


direção para o Estado, por exemplo, artigo 3º. (Adotada pelo Brasil)
23

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