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ABUSO DE AUTORIDADE

1
1. Todos os crimes previstos na L. 13.869/19 são de ação penal pública incondicionada.

2. Todos os crimes previstos nessa lei são de DETENÇÃO e multa. Não há crime punido
com reclusão.

ATENÇÃO: observação para o artigo 41 que trata do artigo 10 da L. 9296/96.

3. Exige dolo específico. Não há crime de abuso de autoridade na modalidade


culposa.

Exige-se a finalidade específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou


a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal. (art. 1º, § 1º, LAA).

4. É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade qualquer agente público, servidor ou


não.

OBS. Qualquer pessoa que venha a exercer cargo público, o rol do artigo 2º não é
taxativo.

5. Perda do cargo como um dos efeitos da condenação: não é automático;


condicionado à ocorrência de reincidência específica;

2
Pontos importantes sobre a nova Lei de Abuso de Autoridade.

 Ela requer dolo específico → especial fim de agir.


 Particular pode ser sujeito ativo em coautoria ou participação com o agente
público, caso tenha consciência dessa qualidade.
 Todas suas condutas serão punidas com DETENÇÃO.
 Penas: 

- Graves → Detenção de 6 meses a 2 anos

+ Graves → Detenção de 1 a 4 anos

Ambas com MULTA

 Todos os crimes são de ação penal pública INCONDICIONADA. Contudo, será


admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo
legal.
  A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 meses, contado da
data em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.
 Estabelece uma tríplice responsabilidade (civil, penal e administrativa).
 A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não
configura abuso de autoridade.
 Agente público aposentado ou exonerado (sozinho) não comete abuso de
autoridade

A perda do cargo é de efeito auTOmático nos crimes de Tortura e Orcrim

Cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h ou antes das 5h


São efeitos da condenação:

 I- tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o


juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação
dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos;
(ÚNICO AUTOMÁTICO)
 II- a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública,
pelo período de 1 a 5 anos
 III- a perda do cargo, do mandato ou da função pública.
 Os efeitos previstos nos incisos II e III do caput deste artigo são condicionados à
ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade e não são
automáticos, devendo ser declarados motivadamente na sentença

1. Penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade

 prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas;


 suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 a 6
meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens;
 As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou
cumulativamente.

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Novidade Legislativa de 2022 inserida na Nova Lei de Abuso (Lei 14.321/22)

Violência Institucional        

Art. 15-A. Submeter a Vítima de infração penal OU A TESTEMUNHA de CRIMES


VIOLENTOS a Procedimentos Desnecessários, Repetitivos ou Invasivos, que a leve
a reviver, sem estrita necessidade:     

I - a situação de violência; ou      

II - outras situações potencialmente geradoras de sofrimento ou estigmatização:       

Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa.      

§ 1º Se o agente público permitir que TERCEIRO INTIMIDE a Vítima de Crimes


Violentos, gerando indevida revitimização, aplica-se a pena aumentada de 2/3.     

§ 2º Se o AGENTE PÚBLICO INTIMIDAR a Vítima de Crimes Violentos, gerando


indevida revitimização, aplica-se a pena EM DOBRO

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Pontos relevantes sobre a nova Lei de Abuso de Autoridade (13.869/19)

Vejamos,

1. Detenção de 6 meses a 2 anos + multa


2. Detenção de 1 a 4 anos + multa
3. Não existe pena de reclusão e a pena máxima é de 4 anos
4. SEMPRE SERÁ DETENÇÃO + MULTA.
5. Não há crime CULPOSO
6. Sem dolo específico não será abuso de autoridade, portanto atípico
7. Agente público aposentado ou exonerado (sozinho) não comete abuso de
autoridade

5
Cometerá crime previsto na Lei n.º 13.869/2019 (Lei de Abuso de Autoridade) o
funcionário público que iniciar persecução administrativa sem justa causa fundamentada.
*
Art. 30. Dar início ou proceder à persecução penal, civil ou administrativa sem justa
causa fundamentada ou contra quem sabe inocente:      

Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa


DROGAS TÓXICOS
1
STJ. 3ª Seção. EREsp 1856980-SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em
22/09/2021 (Info 710).

Não se reconhece a incidência excepcional do princípio da insignificância ao crime de


posse ou porte ilegal de munição, quando acompanhado de outros delitos, tais
como o tráfico de drogas.

STF. 1ª Turma. HC 206977 AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 18/12/2021.

Se a pessoa for encontrada com alguns poucos gramas de droga para consumo
próprio, é possível aplicar o princípio da insignificância?

STJ: não é possível aplicar o princípio da insignificância

STF: Há um precedente da 1ª Turma, aplicando o princípio

2
O grau de pureza da droga é irrelevante para fins de dosimetria da pena.

De acordo com a Lei nº 11.343/2006, preponderam apenas a natureza e a


quantidade da droga apreendida para o cálculo da dosimetria da pena.

3
Art. 54. Recebidos em juízo os autos do inquérito policial, de Comissão Parlamentar de
Inquérito ou peças de informação, dar-se-á vista ao Ministério Público para, no prazo de 10
(dez) dias, adotar uma das seguintes providências

4
Informativo: 709 do STJ – Direito Penal

Para que se configure a lesão ao bem jurídico tutelado pelo art. 34 da Lei nº 11.343/2006,
a ação de possuir maquinário e/ou objetos deve ter o especial fim de fabricar, preparar,
produzir ou transformar drogas, visando ao tráfico.

Assim, ainda que o crime previsto no art. 34 da Lei nº 11.343/2006 possa subsistir de
forma autônoma, não é possível que o agente responda pela prática do referido delito
quando a posse dos instrumentos se configura como ato preparatório destinado ao
consumo pessoal de entorpecente.

As condutas previstas no art. 28 da Lei de Drogas recebem tratamento legislativo mais


brando, razão pela qual não há respaldo legal para punir com maior rigor as ações que
antecedem o próprio consumo pessoal do entorpecente.

5
PLANTAÇÃO ≠ DROGA APREENDIDA

As PLANTAÇÕES serão IMEDIATAMENTE destruídas pelo DELEGADO (COM OU


SEM FLAGRANTE) SEM necessidade de autorização ambiental (SISNAMA),
guardando amostra para exame pericial ➜ não exige autorização judicial.

DROGA APREENDIDA:
COM Flagrante ➜ guarda-se amostra da droga para a contraprova e as drogas são
destruídas, pelo DELEGADO na presença do MP e da autoridade sanitária, no prazo
de 15 dias ➜ exige autorização judicial. 

SEM Flagrante ➜ destruição em 30 dias ➜ guarda-se amostra para a contraprova e a


destruição via incineração

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Droga apreendida COM FLAGRANTE: precisa de autorização judicial e a destruição
será feita em 15 dias pelo delegado. (na presença do Ministério Público e da
autoridade sanitária.)

Droga apreendida SEM FLAGRANTE: não precisa de autorização judicial e


a INCINERAÇÃO será feita em 30 dias pelo delegado. (amostra necessária à realização
do laudo definitivo. )

Plantação ilícita: Não precisa de autorização judicial, a destruição será IMEDIATA e


realizada pelo delegado.

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Art. 61

§ 11. Os bens móveis e imóveis devem ser vendidos por meio de hasta pública,


preferencialmente por meio eletrônico, assegurada a venda pelo maior lance, por preço
não inferior a 50% (cinquenta por cento) do valor da avaliação judicial

8
CPP 80%

Lavagem 75%

Drogas 50%

9
) Quando o agente no exercício irregular da medicina prescreve substância caracterizada
como droga, resta configur ado, em tese, o delito do art. 282 do Código Penal, em
concurso for mal com o art. 33, caput, da Lei n. 11.343/2006.

 (HC 9.126/GO, 6ª Turma, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, DJ de 13/08/2001) o concurso


formal entre o art. 282 do Código Penal e o art. 33, caput, da Lei nº 11.343/2006.” (HC
139.667/RJ, j. 17/12/2009)

10
Considere que um visitante tenha tentado entrar no estabelecimento prisional portando, de
forma dissimulada, pequena quantidade de cocaína a ser entregue para um detento, de
forma gratuita. Nessa situação, a conduta do visitante corresponde ao tipo penal do tráfico
de drogas, com pena aumentada de um sexto a dois terços, em razão das circunstâncias
do delito.

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Terrorismo; Tráfico; Tortura; Hediondos = (3TH)

Racismo; Ação de grupos armados = (RAÇÃO)


Inafiançáveis = TODOS

Insuscetíveis de graça ou anistia = 3TH NÃO TEM GRAÇA

Imprescritíveis = RAÇÃO

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Atenção, pois no Racismo cabe indulto, graça e anistia.

13
Art. 18. Constituem atividades de prevenção do uso indevido de drogas, para efeito desta
Lei, aquelas direcionadas para a redução dos fatores de vulnerabilidade e risco e para a
promoção e o fortalecimento dos fatores de proteção.

Art. 20. Constituem atividades de atenção ao usuário e dependente de drogas e


respectivos familiares, para efeito desta Lei, aquelas que visem à melhoria da qualidade de
vida e à redução dos riscos e dos danos associados ao uso de drogas.

Art. 21. Constituem atividades de reinserção social do usuário ou do dependente de


drogas e respectivos familiares, para efeito desta Lei, aquelas direcionadas para sua
integração ou reintegração em redes sociais

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Apreensão do celular - Independe de autorização judicial

Acesso aos dados do celular - Depende de autorização Judicial

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TORTURA:
1
A Lei de Crimes de Tortura, ao prever sua incidência mesmo sobre crimes que tenham
sido cometidos fora do território nacional, estabelece hipótese de extraterritorialidade
incondicionada.
*
§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:

II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou


maior de 60 (sessenta) anos;

2
§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:

I - se o crime é cometido por agente público;

3
Macete para os casos de AUMENTO DE PENA nos crimes de TORTURA:

"Quando o AGENTE SEQUESTRA o VELHO de 60 DEFICIENTE e


a GRÁVIDA no ACRI, a pena AUMENTA!"

AGENTE --> se o crime é cometido por AGENTE PÚBLICO

SEQUESTRA --> se o crime é cometido mediante SEQUESTRO

VELHO de 60 --> se o crime é cometido contra MAIOR DE 60 ANOS

DEFICIENTE ---> se o crime é cometido contra PORTADOR DE DEFICIÊNCIA

GRÁVIDA --> se o crime é cometido contra GESTANTE

ACRI --> contra Adolescente e CRIança

AUMENTA-->  Aumenta-se a pena de  UM SEXTO ATÉ UM TERÇO

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Aspectos mais cobrados sobre o crime de Tortura:

1 – A lei de tortura admite a EXTRATERRITORIALIDADE: ”Art. 2º O disposto nesta Lei


aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território nacional, sendo
a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira”.

2 – Tortura imprópria/tortura por omissão: não é crime equiparado a hediondo e permite o


pagamento de fiança. O regime da pena inicial não é o fechado. A pena é a metade da
equivalente ao crime de tortura.
3 – A lei de tortura não abrange a tortura por descriminação baseada em orientação
sexual. (somente tortura racial/religiosa).

4 - A tortura de preso custodiado em delegacia praticada por policial (além do crime


de tortura) constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios
da administração pública. STJ. 1ª Seção. REsp 1.177.910-SE, Rel. Ministro Herman
Benjamin, julgado em 26/8/2015 (Info 577).

5 - STF – INFO 730 - "A perda do cargo, função ou emprego público – que configura
efeito extrapenal secundário – constitui consequência necessária que
resulta, automaticamente, de pleno direito, da condenação penal imposta ao agente
público pela prática do crime de tortura" (AI 769.637-ED-ED-AgR/MG, Info 730).

6 - Crime de Tortura e Organização Criminosa -> São os únicos com efeito automático


de perda do cargo, emprego ou função pública que dispensam motivação.

7 – A tortura, em todas suas modalidades, é um crime MATERIAL (admite-se tentativa).

8 – Os crimes de Tortura são de ação penal pública INCONDICIONADA;

9 – Lesão Corporal Leve > não é qualificadora do crime de tortura. Tortura qualificada
somente ocorre quando houver:

- Lesão corporal de natureza grave ou gravíssima;

- Tortura com resultado MORTE.

 Obs > o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo.

10 – As causas de aumento de pena também se aplicam aos casos de Omissão dos
crimes de Tortura e Tortura Qualificada.

11 – O cumprimento da pena NÃO necessariamente será o inicialmente fechado, segundo


entendimento consolidado tanto no STJ quanto STF.

12 – STF já decidiu que o condenado por crime de tortura também não pode ser
beneficiado com INDULTO.

 Os crimes de tortura são:

- Inafiançáveis – salvo tortura por omissão;

- insuscetíveis de graça, anistia E indulto.

- admitem liberdade provisória, SEM fiança, assim como os demais crimes hediondos e
equiparados.

13 – Assim como nos demais crimes Hediondos e seus equiparados, o crime de Tortura
admite a Liberdade Provisória incondicionada, ou seja, sem o pagamento de fiança. A
liberdade provisória poderá ser acumulada com outras medidas cautelares

5
ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA (ORCRIM):
1
Art. 14. São direitos do agente:

III - ter seu nome, sua qualificação, sua imagem, sua voz e demais informações pessoais
preservadas durante a investigação e o processo criminal, salvo se houver decisão judicial
em contrário;

2
O delatado possui legitimidade para impugnar o acordo de colaboração premiada?

⇒   Em regra, não. O STF + STJ entende que o delatado não tem legitimidade para


impugnar o acordo de colaboração premiada, por se tratar de negócio
jurídico personalíssimo. O contraditório e a ampla defesa serão exercidos pelo
delatado posteriormente, apenas no processo penal que for instaurado com as provas
produzidas pelo colaborador. ( STF. Plenário. HC 127483)

*Obs: houve apenas dois julgados em 2020,  na segunda turma,  quando formada por
apenas quatro ministros,  em sentido diverso. (posição  amplamente majoritária se
mantém)

 Exceção: quando impugnação está relacionada com regras constitucionais


de prerrogativa de foro. (delator ou delatado tendo foro) (STF. 2ª Turma. HC
151605/PR,

3
C) a concessão dos benefícios premiais previstos no acordo de colaboração premiada está
necessariamente condicionada ao efetivo adimplemento das obrigações que tenham sido
assumidas por referido colaborador e de que advenha um ou mais dos resultados
indicados no art. 4º, incisos I a V, da Lei nº 12.850/2013.

4
Cabe ao órgão julgador da ação penal que vier a ser deflagrada sobre fatos objeto da
colaboração decidir sobre a extensão e a aplicabilidade dos benefícios pactuados no
acordo de colaboração homologado.

5
Art. 3º-B, § 1º A proposta de acordo de colaboração premiada poderá ser sumariamente
indeferida, com a devida justificativa, cientificando-se o interessado

6
Art. 7º, § 3º O acordo de colaboração premiada e os depoimentos do colaborador serão
mantidos em sigilo até o recebimento da denúncia ou da queixa-crime, sendo vedado ao
magistrado decidir por sua publicidade em qualquer hipótese.

7
Em relação ao acordo de colaboração premiada:
2. Matéria novamente suscitada, em menor extensão, pela PGR. Considerada a estrutura
acusatória dada ao processo penal conformado à Constituição Federal, a anuência do
Ministério Público deve ser posta como condição de eficácia do acordo de
colaboração premiada celebrado pela autoridade policial. (...)

8
Mesmo sem ter assinado o acordo de colaboração premiada, o acusado pode colaborar
fornecendo as informações e provas que possuir e, ao final, na sentença, o juiz irá analisar
esse comportamento processual e poderá conceder benefício ao acusado mesmo sem ter
havido a prévia celebração e homologação do acordo de colaboração premiada, ou seja, o
acusado pode receber a sanção premiada mesmo sem a celebração do acordo, caso o
magistrado entenda que sua colaboração tenha sido eficaz. 

9
Atenção: a resposta trata do Acordo de Imunidade (benefício máximo), e não do perdão
judicial.

Art. 4º

§ 4º. Nas mesmas hipóteses do caput deste artigo, o MINISTÉRIO PÚBLICO PODERÁ


DEIXAR DE OFERECER DENÚNCIA SE a proposta de acordo de colaboração referir-se a
infração de cuja existência não tenha prévio conhecimento e o colaborador: (Lei
13.964/19)

I. não for o líder da organização criminosa;

II. for o 1º a prestar efetiva colaboração nos termos deste artigo.

§ 2º. Considerando a relevância da colaboração prestada, o Ministério Público, a qualquer


tempo, e o delegado de polícia, nos autos do inquérito policial, com a manifestação do
Ministério Público, poderão requerer ou representar ao juiz pela concessão de perdão
judicial ao colaborador, ainda que esse benefício não tenha sido previsto na proposta
inicial, aplicando-se, no que couber, o art. 28 do CPP.

Requisitos

 Identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e das


infrações penais por eles praticadas;
 Revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização
criminosa;
 Prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização
criminosa;
 Recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais
praticadas pela organização criminosa;
 Localização de eventual vítima com a sua integridade física preservada

Benefícios

 Perdão judicial
 Redução da pena em até 2/3

Substituição da pena privativa de liberdade (PPL) por restritiva de direitos (PRD)

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A ação controlada será previamente comunicada, com distribuição sigilosa, ao juiz
competente, que estabelecerá os limites e comunicará ao Ministério Público.
*
§ 1º O retardamento da intervenção policial ou administrativa será previamente
comunicado ao juiz competente que, se for o caso, estabelecerá os seus limites e
comunicará ao Ministério Público.

11
>Associação para o tráfico: 2 ou mais, dispensa estrutura organizada e reiteração
criminosa.

>Associação criminosa: 3 ou mais, dispensa estrutura ordenada e divisão de tarefas,


finalidade de cometer crimes (não importa a pena).

>Organização criminosa: 4 ou mais, estrutura ordenada, divisão de tarefas (ainda que


informal), crimes com penas máximas superiores a 4 anos ou de caráter transnacional

12
RACISMO
1
 Em 2012, o Plenário do Supremo Tribunal Federal entendeu inconstitucional a
obrigatoriedade do início do cumprimento da pena em regime fechado, no caso de
condenação por crimes hediondos ou equiparados. 

2
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia,
religião ou procedência nacional

(...)

§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput é cometido por intermédio dos meios de
comunicação social ou publicação de qualquer natureza: 

Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa

3
A ÚNICA causa de aumento prevista na lei 7716 (erroneamente chamada de agravante) é
a do artigo 6º, parágrafo único:

Se o crime for praticado contra menor de dezoito anos a pena é agravada de 1/3 (um
terço).

O resto é tudo qualificadora

Art. 6º Recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso de aluno em estabelecimento de


ensino público ou privado de qualquer grau.

Parágrafo único. Se o crime for praticado contra menor de dezoito anos a pena é agravada
de 1/3 (um terço)

4
 o mantra é raça, cor, etnia, religião e procedencia nacional

repita repita repita

5
Além dos índios, os negros são protegidos pela Lei n.º 7.716, de 1989, que dispõe sobre
crimes resultantes de preconceito racial ou de cor.
*
Os crimes tipificado na lei 7.716 Envolvem o

pode não crer .

raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. 

E até que haja lei nesse sentido, Segundo o STF , a HOMOFOBIA E A TRANSFOBIA
( (ADO) 26, (MI) 4733 ).

Embora os indígenas contem com outros dispositivos de proteção : Declaração Universal


dos povos indígenas .....
Em relação aos crimes cometidos contra os indígenas, além das leis penais e
extravagantes, aplicam-se a estes crimes as disposições da Lei (Lei 7.716/89), que pune a
discriminação ou preconceito por etnia, bem como o artigo 58 do Estatuto do Índio (...)

6
MARIA DA PENHA
1
Segue um resumo feito por mim sobre MPU - ART. 24-A - DESCUMPRIR DECISÃO
JUDICIAL QUE DEFERE MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA.

- DETENÇÃO 3 meses a 2 anos.

- Apenas o Juiz poderá conceder fiança.

- Lembre-se que o descumprimento de MPU também é CAUSA DE AUMENTO DE


PENA do FEMINICÍDIO. (1/3 até a metade)

- Só é punido a título de DOLO(direto/eventual), tanto por AÇÃO (ex: desrespeito ao


distanciamento), quanto por OMISSÃO (ex: deixa de pagar os alimentos arbitrados
pelo juiz).

- O art. 24-A não se aplica a fatos anteriores à lei que o incluiu (inclusão em
03/04/2018).

- Antes de ser previsto como crime, em 2018, o descumprimento de MPU tinha como
possíveis consequências a aplicação de multa e a decretação de prisão preventiva, MAS
JAMAIS CONFIGUROU CRIME DE DESOBEDIÊNCIA.

- A configuração do crime independe da competência civil ou criminal do juiz que


deferiu as medidas.

- O juízo de tipicidade demanda o descumprimento de uma decisão judicial que tenha


deferido medida protetiva de urgência. Assim, na eventualidade de o agressor descumprir
uma decisão policial que tenha determinado seu afastamento do lar (art. 12-C), a
conduta não terá o condão de tipificar o crime do art. 24-A. (Renato Brasileiro)

 2
§ 1º O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da mulher em situação de
violência doméstica e familiar no cadastro de programas assistenciais do governo
federal, estadual e municipal.

3
NÃO CABE transação penal na Lei Maria da Penha.

Súmula 536, STJ: A suspensão condicional do processo e a transação penal NÃO SE


APLICAM na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.

Súmula 589, STJ: É INAPLICÁVEL o princípio da insignificância nos crimes ou


contravenções penais praticadas contra a mulher no âmbito das relações doméstica.

Súmula 588, STJ: A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com
violência ou grave ameaça no ambiente doméstico IMPOSSIBILITA a substituição da pena
privativa de liberdade por restritiva de direitos.

Art. 41 da Lei Maria da Penha. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar
contra a mulher, independentemente da pena prevista, NÃO SE APLICA a Lei nº 9.099, de
26 de setembro de 1995.

SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA = é possível.


Mnemônico: Lei Maria da PENA.

4
Diferenças entre Transação Penal x Suspensão Condicional do Processo

Transação Penal:

 Acordo firmado entre MP e acusado para antecipar a aplicação de pena ( multa


ou restrição de direitos) e processo ser arquivado.
 Cabimento – acusações de crimes com pena de até 2 anos.
 Prevista no artigo 76 da Lei 9.099/96 (Lei dos Juizados Especiais).
 O réu não admite culpa e continua primário e sem antecedentes criminais. Não há
condenação. 
 Requisitos - ser primário, ter bons antecedentes, possuir boa conduta na
sociedade.
 Momento – geralmente, na audiência preliminar, antes do oferecimento
da denúncia.
 Cumpriu a pena, o processo é extinto.
 Não se aplica na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.

Suspensão Condicional do Processo:

 Possibilidade de benefício oferecido pelo MP, no qual o acusado aceita e cumpre


as condições impostas pelo juiz e a punibilidade é extinta.
 Cabimento – para acusações de crimes com pena igual ou inferior a 1 ano.
 Prevista no artigo 89 da Lei 9.099/96 (Lei dos Juizados Especiais)
 O réu não admite culpa e continua primário e sem antecedentes criminais. Não há
condenação.
 Requisitos – não responder a outro processo ou não ter sido condenado, e
preencher os requisitos da suspensão condicional da pena ( artigo 77 do CP - não
ser reincidente em crime doloso, bons antecedentes e conduta social e não caber
a substituição por pena alternativa.
 Momento – em regra, junto como o oferecimento da denúncia, mas também
pode ser depois.
 Decorrido o prazo de suspensão e cumpridas as condições é declarada a extinção
da punibilidade.
 Não se aplica na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.

5
A violação dos direitos da mulher pela prática da pornografia da revanche é
uma violência de gênero e psicológica.

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