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Controle de poco (Well Control)

Breves Noções I

ENGºADÃO PEDRO
Indicios de Kick quando se esta a
perfurar
• Aumento da taxa de penetração.
• Aumento do fluxo/vazao de retorno.
• Aumento do volume de lama nos tanques.
• Aumento da velocidade da bomba e
diminuição da pressão de bombeio.
• Corte da lama por líquido ou gás.
• Fluxo com as bombas desligadas

ENGºADÃO PEDRO
Indicio de kick
Aumento da taxa de penetração
• Trata-se de um aumento brusco da taxa de penetração
(drilling break). Isto acontece porque sendo a pressão da
formação (Pp) maior que a pressão no fundo do poço
(BHP), existe um diferencial de pressão negativo, é como se
a formação estivesse explodindo. A descida da coluna é
rápida não se conseguindo o desejado peso sobre a broca.
É considerado um indicador secundário de influxo, pois
alterações na taxa de penetração podem ser obtidas por
variações do peso sobre a broca, da rotação e da vazão e
por mudança na formação cortada pela broca.

ENGºADÃO PEDRO
Indicio de kick
Aumento do fluxo no retorno
• Tendo ocorrido o fluxo da formação para o poço o
reflexo disto é observado pelo excesso de vazão na
calha. Quanto mais permeável for à formação mais
rapidamente isto se observa. Caso a formação seja
muito fechada é provável que a existência do kick seja
constatada por outro indício. É considerado um
indicador primário.

ENGºADÃO PEDRO
Indicio de kick
Aumento do volume de lama nos tanques
• A injeção do fluido no poço feita pela formação
resultará num aumento da vazão do retorno em face do
deslocamento da lama pelo fluido invasor no anular.
Isto se refletirá no aumento do nível de lama nos
tanques. É dos mais positivos indicadores de kick,
considerando-se que não haja adição de lama nos
tanques ativos durante a perfuração. É um indicador
primário de kick

ENGºADÃO PEDRO
Indicio de kick
Aumento da velocidade da bomba e diminuição da
pressão de bombeio

• Inicialmente a entrada do fluido invasor no poço pode


causar floculação da lama e temporariamente um aumento
da pressão de bombeio. Como a circulação é contínua este
efeito logo deixa de ser significativo. O menos denso fluido
da formação torna a hidrostática do anular mais leve que a
do interior da coluna, como trata-se de um tubo em "U" isto
resulta num desbalanceio, aliviando o esforço da bomba.
Outros problemas na perfuração podem igualmente exibir
este sinal, como furo na coluna e queda de jatos da broca
por esta razão é considerado um indicador secundário de
kick.

ENGºADÃO PEDRO
Indicio de kick
Corte da lama por líquido ou gás
Quando o fluido mais leve da formação é injetado no poço a massa
específica do fluido de perfuração é afetada, isto é, a massa
específica decresce. Diz-se então que houve um corte. Sempre que
um kick ocorre isto se verifica, no entanto, nem sempre que se tem
lama cortada por gás na superfície significa obrigatoriamente que um
kick está ocorrendo. Ocorrendo um corte de gás causado pelo gás
contido nos cascalhes gerados pode também indicar que um influxo é
iminente caso as providências já comentadas não sejam tomadas.
Sempre que houver um corte de água e uma conseqüente alteração
na salinidade da lama indicam um kick de água, neste caso é um
indicador primário. Verificando-se na superfície um corte do fluido de
perfuração quer seja por gás, óleo ou água as ações positivas devem
ser imediatamente tomadas.

ENGºADÃO PEDRO
Indicio de kick
Fluxo com as bombas desligadas
• Desligando-se as bombas a BHP decresce num valor
correspondente às perdas de carga do anular. Isto
facilitará ainda mais a entrada do fluido invasor no
poço. O contínuo deslocamento da lama pelo fluido da
formação se refletirá na calha. O poço fluindo com as
bombas desligadas é um indicador primário de kick.
Outras possibilidades de ocorrer este sinal, sem ser um
kick, seria quando a lama no interior da coluna é
consideravelmente mais pesada que no anular ou o
deslocamento de um tampão pesado na coluna

ENGºADÃO PEDRO
IMPORTÂNCIA DA RÁPIDA DETECÇÃO DE UM KICK
Detectando-se o mais rápido possível um kick e tomando-se as
providências necessárias será muito mais fácil o seu controle por que:
Minimiza-se:
a) O tamanho do kick
b) As pressões lidas no choke
c) As perdas de tempo nas operações de controle.

Por outro lado a demora na detecção de um kick ou na tomada das


providências requeridas para o seu controle pode resultar em sérias
conseqüências, tais como:
a) Transformação do kick num blowout
b) Liberação de gases venenosos na área
c) Poluição do meio ambiente
d) Incêndio

ENGºADÃO PEDRO
DISTINÇÃO ENTRE INDICADORES DE KICK E
OUTRAS OCORRÊNCIAS
1. Ganho de lama nos tanques
Causas para que isto aconteça:
a) Adições na superfície. Pode ocorrer por fabricação, tratamento ou
transferência de fluido de perfuração.
b) Fluxo da formação - neste caso um kick está ocorrendo.

2. Diminuição do nível de lama nos tanques


As causas para que isto ocorra são:
a) Controle de sólidos. A remoção dos mesmos na superfície resulta no
decréscimo do nível de lama nos tanques.
b) Descarte de lama. A retirada da lama dos tanques, para o dique ou
estação.
c) Perda de circulação. Neste caso perdeu-se lama para a formação.
Tratando-se de uma perda total corre-se o risco de um kick.

ENGºADÃO PEDRO
DISTINÇÃO ENTRE INDICADORES DE KICK E
OUTRAS OCORRÊNCIAS
3. Mudança na taxa de penetração
As razões para que haja uma variação na taxa de
penetração são:
a) Aumento na taxa de penetração como função do
peso sobre a broca, da formação, da rotação da
mesa e na vazão da bomba.
b) Formação de pressão elevada resulta num rápido
incremento da taxa. É um indício de kick.
c) Quando a variação na taxa se deve a uma mudança
na formação isto ocorre gradativamente.

ENGºADÃO PEDRO
A - INSTRUMENTOS DE DETECÇÃO DE KICK
Os instrumentos de monitoramento detectam eletronicamente quando um
kick está acontecendo. Eles são acionados pelos indícios de kick já
comentados. Para que haja segurança na sua operação eles devem ser
corretamente ajustados. Eles detectam:
1. Nível de lama nos tanques
a) Totalizador de volume
Monitora o nível de lama de um até 6 tanques, através de sensores
eletrônicos. Acusa ganho ou perda, numa variação de até 1bbl.
b) Indicador de nível de lama nos tanques
Acusa a variação de volume fora do range de ajuste, mas não indica o
volume ganho ou perdido.
2. O retorno de lama
É ativado por um sinal vindo do sensor instalado na linha de retorno (flow
line) e indica, pela movimentação da pá, a percentagem de retorno de
fluxo. Não mede vazão indica a variação na vazão de retorno. O ajuste é
feito para um valor máximo e mínimoto, em vez

ENGºADÃO PEDRO
A - INSTRUMENTOS DE DETECÇÃO DE KICK

3. Nível de lama no tanque de manobra


O monitoramento de "enchimento" do poço fornece os meios para
acompanhar o comportamento do fluido de perfuração durante as
manobras. Utiliza-se muito, em vez de um medidor eletrônico, uma
escala calibrada para cada 5 seções de drill pipes e a cada seção de
comandos, com o sistema de bóia.
4. A presença de gás sulfídrico (H2S).
A presença do gás no instrumento enegrecerá uma faixa de papel que
é comparada eletronicamente com uma faixa branca e a diferença
em brilho mostrará uma diferença de potencial, que será registrada
em termos de ppm de gás. Este é um sistema utilizado.

ENGºADÃO PEDRO
B - INFORMAÇÕES PRÉVIAS

São aquelas informações necessárias para um controle de


kick e que devem ser registradas rotineiramente. São
elas:
1. Máxima pressão permissível no choke, baseada na
pressão do último teste do BOP e na resistência à
pressão interna do revestimento.
2. Máxima pressão permissível no choke baseada na
pressão de absorção da formação mais fraca
estaticamente.
3. Máxima pressão no choke em condição dinâmica
4. Pressão de bombeio máxima na circulação do kick com
o gás acima da sapata

ENGºADÃO PEDRO
B - INFORMAÇÕES PRÉVIAS

5. Capacidades dos tubos, comandos e espaços


anulares;
6. Capacidade de deslocamento e eficiência
volumétrica das bombas de lama;
7. Vazão reduzida de circulação e a
correspondente pressão;
8. Volume total de lama em actividade no
sistema;

ENGºADÃO PEDRO
Comentários sobre as informações prévias
1 - Máxima pressão permissível na superfície. Manômetro do Choke:
a) A última pressão de teste do BOP (PTBOP).
b) 80% da resistência à pressão interna do último revestimento descido (Pmax,csg).

Pmax,csg = 0,80 x Rpi


• Rpi - Resistência à pressão interna do revestimento - tabelado.
Pmax,eq = Min. (PTBOP; Pmax,csg)
• Pmax,eq - pressão máxima de equipamento
• c) Máxima pressão capaz de promover a absorção na formação mais fraca em condição estática.
(Pmax,st,f)
• Considerando a formação mais fraca na posição da sapata, tem-se:
Pmax,st,f = Pabs - Phsap = 0,17 x abs x Dvs - 0,17 x m x Dvs
Pmax,st,t= 0,17 x Dvs x ( abs - m)
• Pabs - pressão de absorção na formação mais fraca (psi)
• abs - massa específica equivalente de absorção (Ib/gal)
• m - massa específica do fluido de perfuração utilizado (Ib/gal)
• Dvs - profundidade vertical da sapata (m)
• d) Pressão máxima em condição dinâmica (Pmax,dn,f)

ENGºADÃO PEDRO
Comentários sobre as informações prévias

Pmax,dn,f = Pmax,st,f - Pan.csg


Pan,csg - perda de carga no revestimento
Para evitar o cálculo desta perda de carga, considera-se 10% da pressão
reduzida de circulação (PRC).
Manômetro do bengala:
e) Pressão máxima de bombeio; um limite para a absorção na formação mais
fraca durante a circulação do kick (Pbmax)
Pbmax = Pmax,st,f + PRC - Pan,csg
Posteriormente, na seção VIII sobre margem de segurança, será feita uma
abordagem detalhada sobre a Pbmax.
Comentários sobre as pressões máximas
Abordando um influxo de gás que é a situação mais crítica; duas situações
precisam ser consideradas quanto à posição do gás:
• Gás abaixo da sapata
• Gás acima da sapat

ENGºADÃO PEDRO
Controle do poço
Vazão reduzida de circulação e a correspondente pressão
(PRC).
A circulação de um kick com a bomba na mesma vazão de
perfuração resultaria em pressões tão elevadas, já que se
circula por uma restrição, que ultrapassariam a pressão
de trabalho da bomba; com risco de fraturamento da
formação mais fraca. Portanto, durante as operações de
controle é necessário que a velocidade da bomba seja
mantida num valor reduzido. Normalmente se utilizam
valores até a metade da velocidade normal de perfuração

ENGºADÃO PEDRO
Controle do poço
As razões porque se deve circular o kick com a bomba na
vazão reduzida, são:
1. Evita uma pressão de circulação excessiva
2. Reduz o esforço na bomba
3. Permite mais tempo para se aumentar o peso da lama.
4. Diminui os riscos de fraturamento na formação mais fraca.
5. Facilita o manuseio do choke ajustável para que o mesmo
trabalhe em sua faixa de abertura apropriada.
6. Trabalha em regime laminar ou tampão evitando maior
contaminação do fluido de perfuração pelo fluido invasor
7. Reduz o desgaste dos equipamentos de superfície devido à
abrasividade dos sólidos contidos no gás.

ENGºADÃO PEDRO
Controle do poço
Pequenas variações na velocidade da bomba causam mudanças
significativas na pressão de bombeio. A equação para isto é:

P1 - pressão na situação 1 (conhecida)


P2 - pressão na situação 2
VB1 - velocidade da bomba na situação 1
VB2 - velocidade da bomba na situação 2.
Exemplo:
• Durante a perfuração a pressão de bombeio era de 2200psi a
100spm. O sondador não registrou a reduzida a 40spm. Qual o
valor estimado desta pressão?

ENGºADÃO PEDRO
Controle do poço
C - FLOW CHECK
Faz-se o flow check (cheque do fluxo ou vazao) quando se precisa determinar a existência de
alguma anormalidade. Este cheque pode ser feito durante a perfuração e numa operação
de manobra.
1 - Quando perfurando
Perfurando normalmente o volume de fluido que retorna numa unidade de tempo é
menor que a vazão da bomba, isto porque têm-se uma taxa de perda de fluido para
enchimento do poço que é uma função da geração de cascalho.
Esta perda é natural e em face da mesma o Técnico de Fluido sabe quando deve preparar
mais fluido para manter o nível dos tanques de lama de modo a evitar uma entrada de ar
na bomba. A vazão total na calha é a vazão da bomba, pois, o que se perde de fluido para
enchimento do poço, ganha-se de cascalho. Para um observador nas peneiras interessa
esta vazão total. Quando se observa o fluxo no retorno e determina-se sua anormalidade
ou normalidade; está se fazendo um flow check. O flow check com a(s) bomba(s)
ligada(s) não é confiável, visto que pequenas anormalidades não são determinadas.

ENGºADÃO PEDRO
Controle do poço
• Quando se constata uma variação na vazão de retorno,
desde que o sondador não tenha alterado a velocidade
da bomba, algo anormal aconteceu. Se estiver
ocorrendo uma perda parcial de circulação e a mesma
não for muito acentuada sua verificação só ocorrerá
com o abaixamento do nível de lama nos tanques além
do esperado. Quando o retorno é nulo trata-se de uma
perda total, o que é uma causa de kick.
• Quando ocorre um aumento é um indício de que um
kick ocorreu; conseqüentemente o nível de fluido nos
tanques sobe.

ENGºADÃO PEDRO
Controle do poço
• Quando ocorre a perda de ECD, devido o desligamento
da bomba, pode ser o suficiente para a ocorrência de
um kick se a BHP, em circulação, estiver margeando a
pressão da formação, Pp. Caso o kick já tenha ocorrido
à perda de ECD facilita a entrada de fluido invasor no
poço.
• O flow check confiável é o feito com as bombas
desligadas. Neste caso a perfuração tem que ser
interrompida. Se o poço estiver fluindo é um indício de
kick e o poço deve ser fechado sem perda de tempo.

ENGºADÃO PEDRO
Controle do poço
2 - Quando manobrando (entrada ou retirada da coluna de perfuracao/completacao)
a) O poço está hidrostaticamente balanceado sem (ECD)
• A ausência de fluxo, antes de iniciar a manobra, é indicativo de que o poço está
estaticamente balanceado. Neste caso, o desligamento da bomba ou bombas, não
resultou numa (BHP) inferior à pressão de poros. Isto, porém, não é um indicador
absoluto de que a ameaça de um kick não é iminente. Caso a (BHP) seja igual à pressão
da formação (BHP = Pp), não haverá fluxo, entretanto, um pequeno pistoneio será o
suficiente para provocá-lo.
b) Controle do volume de abastecimento
• A ausência de fluxo também não é tida como indicador absoluto quando se analisa sob
outro aspecto. Durante o início da retirada da coluna, poderá não se ter fluxo nenhum,
mas um kick já pode ter ocorrido. O controle rigoroso do volume de abastecimento é
que constatará a existência do mesmo. As providências imediatas devem ser tomadas,
independentes da presença de fluxo. A grande vantagem disto é que pode-se controlar
o kick enquanto o ganho ainda é pequeno. É evidente que se os procedimentos
corretos não forem adotados; o fluxo surgirá e com o risco de descontrole. O controle
do volume de abastecimento, que é o indicador principal, deve ser feito através de um
tanque de manobra e do preenchimento de uma planilha.

ENGºADÃO PEDRO
D) COMPORTAMENTO DO FLUIDO INVASOR

1. Mantendo o poço aberto.


• Quando o kick é de gás, devido à propriedade de expansão
do mesmo e à grande diferença entre as massas específicas
do gás e do fluído de perfuração; o controle torna-se mais
difícil em relação a um kick de água ou óleo. Caso o poço
seja mantido aberto, após uma invasão de gás; a pressão
sobre a bolha vai reduzindo e conseqüentemente aumenta
a expansão do mesmo à medida que se aproxima da
superfície. A expansão do gás. pode ser avaliada pela lei dos
gases reais como mostra a seguinte equação:

ENGºADÃO PEDRO
O poço é mantido fechado

O poço é mantido fechado.


• Neste caso não é permitida a expansão do gás, mas o
mesmo migrará pelo efeito da segregação
gravitacional. Estudos têm mostrado que a velocidade
de migração da bolha está na ordem de 200 a 300
metros por hora. Conforme a equação acima, não
havendo variação na massa de gás e no volume, a
pressão da bolha é mantida. O gás sobe com a pressão
de poros da formação, o que causa um aumento de
pressão em todos os pontos do poço. A pressão na
formação mais fraca pode atingir níveis superiores à
sua resistência a fratura ou na superfície à pressão de
trabalho do equipamento de segurança.
ENGºADÃO PEDRO
Como exemplo é mostrado à mesma situação anterior,
agora o poço mantido fechado

ENGºADÃO PEDRO
O poço é mantido fechado
• A lama utilizada tem massa específica de 10lb/gal, mas na
situação n° 1 a massa específica equivalente na sapata do
revestimento é de 10,8lb/gal. Quando o gás atinge a sapata
este valor já sobe para 14,1lb/gal, alcançando 24,1lb/gal
quando o gás chega na superfície com a pressão da formação
de 5400psi. Dificilmente as formações expostas resistiriam tão
elevadas pressões.
• Do exposto a conclusão é óbvia: ocorrendo um kick o poço
não pode ser deixado aberto e nem deixado indefinidamente
fechado. Terá que ser aberto pelo choke; com isto permite-se
que o gás chegue na superfície com expansão controlada.
Seguindo-se os procedimentos corretos, não haverá um
blowout e nem fraturamento na formação mais fraca durante
a condução do gás à superfície. Os métodos de controle
tratam dos procedimentos corretos envolvidos.
ENGºADÃO PEDRO
E - FECHAMENTO DO POÇO
Após se observar um indício de kick deve-se fechar o poço de uma maneira rápida
e eficiente de modo a minimizar o fluxo. As recomendações contidas no API RP
59, mencionam dois procedimentos de fechamento: o soft e o hard.
1. Procedimento Soft de fechamento de poço.
• Para se adotar este procedimento, um choke ajustável é deixado
permanentemente aberto. As válvulas da linha do choke e as do ramo do
choke manifold que passa por este choke ajustável são deixadas abertas exceto
uma das duas válvulas próxima ao BOP, a que fica mais afastada do mesmo. No
fechamento do poço:
• i) A válvula da linha do choke é aberta
• j) O BOP é fechado
• k) O choke é fechado para leitura das pressões

Este procedimento permite que o choke seja fechado de modo a se monitorar as


pressões no mesmo. Isto é especialmente importante se a pressão de
absorção na superfície; Pmax,st,f correr o risco de ser atingida, logo
inicialmente.

ENGºADÃO PEDRO
E - FECHAMENTO DO POÇO

2. Procedimento Hard de fechamento de poço.


• Neste procedimento os chokes ajustáveis permanecem
fechado. Uma válvula da linha do choke permanece aberta e a
outra fechada, conforme explicado no procedimento Soft. As
válvulas do ramo do choke manifold, que passa por este choke
ajustável, são deixadas abertas. O poço é fechado logo após o
desligamento da bomba.
• Se a pressão no revestimento não puder ser lida na cabeça do
poço, a válvula da linha do choke deve ser aberta para que a
leitura seja feita no choke manifold, o que geralmente
acontece. Este procedimento permite que o poço seja fechado
no menor tempo possível, minimizando a quantidade adicional
de influxo para o poço.

ENGºADÃO PEDRO
E - FECHAMENTO DO POÇO

3. Procedimento Soft de fechamento versus Hard.


• O procedimento Soft permite o monitoramento das pressões e um
controle mais sensível da pressão no choke em relação ao Hard. Se
a pressão inicial de fechamento é provável exceder a máxima
pressão permissível no anular, o procedimento Soft permite adotar-
se um procedimento alternativo antes da Pmax,st,f ser atingida no
choke. Numa situação assim este procedimento tem uma grande
vantagem em relação ao Hard. Uma grande desvantagem, no
entanto, é que o tempo adicional envolvido na abertura da válvula
da linha do choke e o fechamento do mesmo permitirão um
adicional influxo para o poço. Isto resultará em um kick maior e
potencialmente numa maior pressão no choke, enquanto
circulando o kick, do que se tivesse sido adotado o procedimento
Hard.

ENGºADÃO PEDRO
E - FECHAMENTO DO POÇO

4, Fechamento Soft conforme a operação. Perfurando:


a) Parar a mesa rotativa
b) Elevar a coluna na posição correcta
c) Parar a bomba
d) Abrir a válvula da linha do choke, manual ou HCR
e) Fechar o BOP anular
f) Fechar o choke ajustável vagarosamente, atentando
para a máxima pressão permissível.
g) Registrar as pressões no bengala e choke de minuto em
minuto determinando a SIDPP e SICP.

ENGºADÃO PEDRO
E - FECHAMENTO DO POÇO
Manobrando tubos de perfuração:
a) Posicionar o tool joint na mesa rotativa de modo a permitir a conexão da válvula
de segurança (kelly cock).
b) Abrir a válvula da linha do choke
c) Instalar a válvula de segurança da coluna (kelly cock)
d) Retirar as cunhas e posicionar o corpo do tubo corretamente nos preventores
e) Fechar a kelly cock
f) Fechar o BOP anular
g) Fechar o choke ajustável vagarosamente atentando para a máxima pressão
permissível.
h) Registrar as pressões no bengala e choke de minuto em minuto determinando a
SIDPP e SICP.

Manobrando comandos:
• Proceder como descrito no item anterior, instalando a válvula de segurança da
coluna no comando. Deve-se ter os subs de redução que permita a colocação
da válvula de segurança de coluna em qualquer comando. O comando deve ser
ancorado de maneira a evitar o seu possível movimento ascendente
ENGºADÃO PEDRO
E - FECHAMENTO DO POÇO
Sem coluna no poço:
a) Abrir a válvula da linha do choke
b) Fechar a gaveta cega ou cega cisalhante
c) Fechar o choke ajustável vagarosamente atentando para a máxima pressão
permissível
d) Registrar as pressões no bengala e "choke de minuto em minuto determinando
a SIDPP e SICP
Descendo revestimento:
a) Posicionar a conexão do revestimento próximo à mesa.
b) Abrir a válvula da linha do choke
c) Fechar o BOP anular no revestimento
d) Fechar o choke ajustável vagarosamente atentando para a máxima pressão
permissível
e) Registrar as pressões no bengala e choke de minuto em minuto determinando a
SIDPP e SICP
f) Completar o revestimento com lama
g) Conectar a cabeça de circulação no revestimento

ENGºADÃO PEDRO
E - FECHAMENTO DO POÇO
Obs, Considerando que na coluna de revestimento deve ter um
elemento flutuante ou diferencial e que a pressão de fechamento do
BOP anular foi ajustada, conforme a recomendação do fabricante.
Enquanto cimentando:
a) Posicionar o revestimento corretamente
b) Parar a bomba
c) Abrir a válvula da linha do choke
d) Fechar o BOP anular no revestimento
e) Ler e registrar a pressão

Em perfilagem ou canhoneio:
a) Abrir a válvula da linha do choke
b) Fechar o preventor de cabo
c) Fechar o choke ajustável vagarosamente
d) Ler e registrar a pressão após a estabilização
ENGºADÃO PEDRO
E - FECHAMENTO DO POÇO

Obs. Considerando a utilização de um tubo extensor "Riser" de 7" 5. Procedimentos de fechamento


Hard conforme as operações. Perfurando:
a) Parar a mesa rotativa
b) Elevar a coluna na posição correia
c) Parar a bomba
d) Abrir a válvula da linha do choke (HCR)
e) Fechar o preventor anular
f) Registrar as pressões no bengala e choke de minuto em minuto determinando a SIDPP e SICP

Manobrando tubos de perfuração:


a) Posicionar o conector na mesa rotativa de modo a permitir a conexão da válvula de segurança da
coluna.
b) Instalar a válvula de segurança da coluna (kelly cock)
c) Retirar as cunhas e posicionar o corpo do tubo nos preventores de gavetas.
d) Fechar a kelly cock
e) Fechar o BOP anular
f) Abrir a válvula da linha do choke
g) Registrar as pressões no bengala e choke de minuto em minuto determinando a SIDPP e SICP.

ENGºADÃO PEDRO
E - FECHAMENTO DO POÇO
Manobrando comandos:
• Proceder como descrito no item anterior. A válvula de coluna será posicionada
no comando e o mesmo deve ser ancorado. As mesmas considerações feitas
para o procedimento Soft, são igualmente aplicáveis.
Sem coluna no poço:
a) Fechar a gaveta cega ou cega cisalhante
b) Abrir a válvula da linha do choke
c) Monitorar e registrar as pressões
d) Após se estabilizarem.

Descendo revestimento:
a) Posicionar a conexão do revestimento próximo à mesa.
b) Fechar o BOP anular no revestimento
c) Abrir a válvula da linha do choke
• d) Registrar as pressões no bengala e choke de minuto em minuto
determinando a SIDPP e SICP
• e) Completar o revestimento com lama
• f) Conectar a cabeça de circulação no revestimento
ENGºADÃO PEDRO
E - FECHAMENTO DO POÇO
Enquanto cimentando:
a) Posicionar o revestimento correctamente
b) Parar a bomba
c) Fechar o BOP anular no revestimento
d) Ler e registar a pressão
Em perfilagem ou canhoneio:
a) Fechar o preventor de cabo
b) Abrir a válvula da linha do choke
c) Registrar as pressões no bengala e choke de minuto em minuto determinando a
SIDPP e SICP

As observações para a situação soft são igualmente aplicáveis.


6. Verificação do fechamento
Após o fechamento verificar a estanqueidade nas localizações de possível fluxo:
Anular:
a) Através do preventor
b) Na flow line
ENGºADÃO PEDRO
E - FECHAMENTO DO POÇO

Na coluna de perfuração:
a) Válvula de alívio da bomba
b) Manifold do tubo bengala (stand pipe manifold)
Na cabeça do poço:
a) Válvulas no revestimento (casing valve)
b) No antepoço
No choke manifold:
a) No choke ajustável
b) Nos ramos do choke manifold

ENGºADÃO PEDRO

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