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Breves Noções I
ENGºADÃO PEDRO
Indicios de Kick quando se esta a
perfurar
• Aumento da taxa de penetração.
• Aumento do fluxo/vazao de retorno.
• Aumento do volume de lama nos tanques.
• Aumento da velocidade da bomba e
diminuição da pressão de bombeio.
• Corte da lama por líquido ou gás.
• Fluxo com as bombas desligadas
ENGºADÃO PEDRO
Indicio de kick
Aumento da taxa de penetração
• Trata-se de um aumento brusco da taxa de penetração
(drilling break). Isto acontece porque sendo a pressão da
formação (Pp) maior que a pressão no fundo do poço
(BHP), existe um diferencial de pressão negativo, é como se
a formação estivesse explodindo. A descida da coluna é
rápida não se conseguindo o desejado peso sobre a broca.
É considerado um indicador secundário de influxo, pois
alterações na taxa de penetração podem ser obtidas por
variações do peso sobre a broca, da rotação e da vazão e
por mudança na formação cortada pela broca.
ENGºADÃO PEDRO
Indicio de kick
Aumento do fluxo no retorno
• Tendo ocorrido o fluxo da formação para o poço o
reflexo disto é observado pelo excesso de vazão na
calha. Quanto mais permeável for à formação mais
rapidamente isto se observa. Caso a formação seja
muito fechada é provável que a existência do kick seja
constatada por outro indício. É considerado um
indicador primário.
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Indicio de kick
Aumento do volume de lama nos tanques
• A injeção do fluido no poço feita pela formação
resultará num aumento da vazão do retorno em face do
deslocamento da lama pelo fluido invasor no anular.
Isto se refletirá no aumento do nível de lama nos
tanques. É dos mais positivos indicadores de kick,
considerando-se que não haja adição de lama nos
tanques ativos durante a perfuração. É um indicador
primário de kick
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Indicio de kick
Aumento da velocidade da bomba e diminuição da
pressão de bombeio
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Indicio de kick
Corte da lama por líquido ou gás
Quando o fluido mais leve da formação é injetado no poço a massa
específica do fluido de perfuração é afetada, isto é, a massa
específica decresce. Diz-se então que houve um corte. Sempre que
um kick ocorre isto se verifica, no entanto, nem sempre que se tem
lama cortada por gás na superfície significa obrigatoriamente que um
kick está ocorrendo. Ocorrendo um corte de gás causado pelo gás
contido nos cascalhes gerados pode também indicar que um influxo é
iminente caso as providências já comentadas não sejam tomadas.
Sempre que houver um corte de água e uma conseqüente alteração
na salinidade da lama indicam um kick de água, neste caso é um
indicador primário. Verificando-se na superfície um corte do fluido de
perfuração quer seja por gás, óleo ou água as ações positivas devem
ser imediatamente tomadas.
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Indicio de kick
Fluxo com as bombas desligadas
• Desligando-se as bombas a BHP decresce num valor
correspondente às perdas de carga do anular. Isto
facilitará ainda mais a entrada do fluido invasor no
poço. O contínuo deslocamento da lama pelo fluido da
formação se refletirá na calha. O poço fluindo com as
bombas desligadas é um indicador primário de kick.
Outras possibilidades de ocorrer este sinal, sem ser um
kick, seria quando a lama no interior da coluna é
consideravelmente mais pesada que no anular ou o
deslocamento de um tampão pesado na coluna
ENGºADÃO PEDRO
IMPORTÂNCIA DA RÁPIDA DETECÇÃO DE UM KICK
Detectando-se o mais rápido possível um kick e tomando-se as
providências necessárias será muito mais fácil o seu controle por que:
Minimiza-se:
a) O tamanho do kick
b) As pressões lidas no choke
c) As perdas de tempo nas operações de controle.
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DISTINÇÃO ENTRE INDICADORES DE KICK E
OUTRAS OCORRÊNCIAS
1. Ganho de lama nos tanques
Causas para que isto aconteça:
a) Adições na superfície. Pode ocorrer por fabricação, tratamento ou
transferência de fluido de perfuração.
b) Fluxo da formação - neste caso um kick está ocorrendo.
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DISTINÇÃO ENTRE INDICADORES DE KICK E
OUTRAS OCORRÊNCIAS
3. Mudança na taxa de penetração
As razões para que haja uma variação na taxa de
penetração são:
a) Aumento na taxa de penetração como função do
peso sobre a broca, da formação, da rotação da
mesa e na vazão da bomba.
b) Formação de pressão elevada resulta num rápido
incremento da taxa. É um indício de kick.
c) Quando a variação na taxa se deve a uma mudança
na formação isto ocorre gradativamente.
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A - INSTRUMENTOS DE DETECÇÃO DE KICK
Os instrumentos de monitoramento detectam eletronicamente quando um
kick está acontecendo. Eles são acionados pelos indícios de kick já
comentados. Para que haja segurança na sua operação eles devem ser
corretamente ajustados. Eles detectam:
1. Nível de lama nos tanques
a) Totalizador de volume
Monitora o nível de lama de um até 6 tanques, através de sensores
eletrônicos. Acusa ganho ou perda, numa variação de até 1bbl.
b) Indicador de nível de lama nos tanques
Acusa a variação de volume fora do range de ajuste, mas não indica o
volume ganho ou perdido.
2. O retorno de lama
É ativado por um sinal vindo do sensor instalado na linha de retorno (flow
line) e indica, pela movimentação da pá, a percentagem de retorno de
fluxo. Não mede vazão indica a variação na vazão de retorno. O ajuste é
feito para um valor máximo e mínimoto, em vez
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A - INSTRUMENTOS DE DETECÇÃO DE KICK
ENGºADÃO PEDRO
B - INFORMAÇÕES PRÉVIAS
ENGºADÃO PEDRO
B - INFORMAÇÕES PRÉVIAS
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Comentários sobre as informações prévias
1 - Máxima pressão permissível na superfície. Manômetro do Choke:
a) A última pressão de teste do BOP (PTBOP).
b) 80% da resistência à pressão interna do último revestimento descido (Pmax,csg).
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Comentários sobre as informações prévias
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Controle do poço
Vazão reduzida de circulação e a correspondente pressão
(PRC).
A circulação de um kick com a bomba na mesma vazão de
perfuração resultaria em pressões tão elevadas, já que se
circula por uma restrição, que ultrapassariam a pressão
de trabalho da bomba; com risco de fraturamento da
formação mais fraca. Portanto, durante as operações de
controle é necessário que a velocidade da bomba seja
mantida num valor reduzido. Normalmente se utilizam
valores até a metade da velocidade normal de perfuração
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Controle do poço
As razões porque se deve circular o kick com a bomba na
vazão reduzida, são:
1. Evita uma pressão de circulação excessiva
2. Reduz o esforço na bomba
3. Permite mais tempo para se aumentar o peso da lama.
4. Diminui os riscos de fraturamento na formação mais fraca.
5. Facilita o manuseio do choke ajustável para que o mesmo
trabalhe em sua faixa de abertura apropriada.
6. Trabalha em regime laminar ou tampão evitando maior
contaminação do fluido de perfuração pelo fluido invasor
7. Reduz o desgaste dos equipamentos de superfície devido à
abrasividade dos sólidos contidos no gás.
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Controle do poço
Pequenas variações na velocidade da bomba causam mudanças
significativas na pressão de bombeio. A equação para isto é:
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Controle do poço
C - FLOW CHECK
Faz-se o flow check (cheque do fluxo ou vazao) quando se precisa determinar a existência de
alguma anormalidade. Este cheque pode ser feito durante a perfuração e numa operação
de manobra.
1 - Quando perfurando
Perfurando normalmente o volume de fluido que retorna numa unidade de tempo é
menor que a vazão da bomba, isto porque têm-se uma taxa de perda de fluido para
enchimento do poço que é uma função da geração de cascalho.
Esta perda é natural e em face da mesma o Técnico de Fluido sabe quando deve preparar
mais fluido para manter o nível dos tanques de lama de modo a evitar uma entrada de ar
na bomba. A vazão total na calha é a vazão da bomba, pois, o que se perde de fluido para
enchimento do poço, ganha-se de cascalho. Para um observador nas peneiras interessa
esta vazão total. Quando se observa o fluxo no retorno e determina-se sua anormalidade
ou normalidade; está se fazendo um flow check. O flow check com a(s) bomba(s)
ligada(s) não é confiável, visto que pequenas anormalidades não são determinadas.
ENGºADÃO PEDRO
Controle do poço
• Quando se constata uma variação na vazão de retorno,
desde que o sondador não tenha alterado a velocidade
da bomba, algo anormal aconteceu. Se estiver
ocorrendo uma perda parcial de circulação e a mesma
não for muito acentuada sua verificação só ocorrerá
com o abaixamento do nível de lama nos tanques além
do esperado. Quando o retorno é nulo trata-se de uma
perda total, o que é uma causa de kick.
• Quando ocorre um aumento é um indício de que um
kick ocorreu; conseqüentemente o nível de fluido nos
tanques sobe.
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Controle do poço
• Quando ocorre a perda de ECD, devido o desligamento
da bomba, pode ser o suficiente para a ocorrência de
um kick se a BHP, em circulação, estiver margeando a
pressão da formação, Pp. Caso o kick já tenha ocorrido
à perda de ECD facilita a entrada de fluido invasor no
poço.
• O flow check confiável é o feito com as bombas
desligadas. Neste caso a perfuração tem que ser
interrompida. Se o poço estiver fluindo é um indício de
kick e o poço deve ser fechado sem perda de tempo.
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Controle do poço
2 - Quando manobrando (entrada ou retirada da coluna de perfuracao/completacao)
a) O poço está hidrostaticamente balanceado sem (ECD)
• A ausência de fluxo, antes de iniciar a manobra, é indicativo de que o poço está
estaticamente balanceado. Neste caso, o desligamento da bomba ou bombas, não
resultou numa (BHP) inferior à pressão de poros. Isto, porém, não é um indicador
absoluto de que a ameaça de um kick não é iminente. Caso a (BHP) seja igual à pressão
da formação (BHP = Pp), não haverá fluxo, entretanto, um pequeno pistoneio será o
suficiente para provocá-lo.
b) Controle do volume de abastecimento
• A ausência de fluxo também não é tida como indicador absoluto quando se analisa sob
outro aspecto. Durante o início da retirada da coluna, poderá não se ter fluxo nenhum,
mas um kick já pode ter ocorrido. O controle rigoroso do volume de abastecimento é
que constatará a existência do mesmo. As providências imediatas devem ser tomadas,
independentes da presença de fluxo. A grande vantagem disto é que pode-se controlar
o kick enquanto o ganho ainda é pequeno. É evidente que se os procedimentos
corretos não forem adotados; o fluxo surgirá e com o risco de descontrole. O controle
do volume de abastecimento, que é o indicador principal, deve ser feito através de um
tanque de manobra e do preenchimento de uma planilha.
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D) COMPORTAMENTO DO FLUIDO INVASOR
ENGºADÃO PEDRO
O poço é mantido fechado
ENGºADÃO PEDRO
O poço é mantido fechado
• A lama utilizada tem massa específica de 10lb/gal, mas na
situação n° 1 a massa específica equivalente na sapata do
revestimento é de 10,8lb/gal. Quando o gás atinge a sapata
este valor já sobe para 14,1lb/gal, alcançando 24,1lb/gal
quando o gás chega na superfície com a pressão da formação
de 5400psi. Dificilmente as formações expostas resistiriam tão
elevadas pressões.
• Do exposto a conclusão é óbvia: ocorrendo um kick o poço
não pode ser deixado aberto e nem deixado indefinidamente
fechado. Terá que ser aberto pelo choke; com isto permite-se
que o gás chegue na superfície com expansão controlada.
Seguindo-se os procedimentos corretos, não haverá um
blowout e nem fraturamento na formação mais fraca durante
a condução do gás à superfície. Os métodos de controle
tratam dos procedimentos corretos envolvidos.
ENGºADÃO PEDRO
E - FECHAMENTO DO POÇO
Após se observar um indício de kick deve-se fechar o poço de uma maneira rápida
e eficiente de modo a minimizar o fluxo. As recomendações contidas no API RP
59, mencionam dois procedimentos de fechamento: o soft e o hard.
1. Procedimento Soft de fechamento de poço.
• Para se adotar este procedimento, um choke ajustável é deixado
permanentemente aberto. As válvulas da linha do choke e as do ramo do
choke manifold que passa por este choke ajustável são deixadas abertas exceto
uma das duas válvulas próxima ao BOP, a que fica mais afastada do mesmo. No
fechamento do poço:
• i) A válvula da linha do choke é aberta
• j) O BOP é fechado
• k) O choke é fechado para leitura das pressões
ENGºADÃO PEDRO
E - FECHAMENTO DO POÇO
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E - FECHAMENTO DO POÇO
ENGºADÃO PEDRO
E - FECHAMENTO DO POÇO
ENGºADÃO PEDRO
E - FECHAMENTO DO POÇO
Manobrando tubos de perfuração:
a) Posicionar o tool joint na mesa rotativa de modo a permitir a conexão da válvula
de segurança (kelly cock).
b) Abrir a válvula da linha do choke
c) Instalar a válvula de segurança da coluna (kelly cock)
d) Retirar as cunhas e posicionar o corpo do tubo corretamente nos preventores
e) Fechar a kelly cock
f) Fechar o BOP anular
g) Fechar o choke ajustável vagarosamente atentando para a máxima pressão
permissível.
h) Registrar as pressões no bengala e choke de minuto em minuto determinando a
SIDPP e SICP.
Manobrando comandos:
• Proceder como descrito no item anterior, instalando a válvula de segurança da
coluna no comando. Deve-se ter os subs de redução que permita a colocação
da válvula de segurança de coluna em qualquer comando. O comando deve ser
ancorado de maneira a evitar o seu possível movimento ascendente
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E - FECHAMENTO DO POÇO
Sem coluna no poço:
a) Abrir a válvula da linha do choke
b) Fechar a gaveta cega ou cega cisalhante
c) Fechar o choke ajustável vagarosamente atentando para a máxima pressão
permissível
d) Registrar as pressões no bengala e "choke de minuto em minuto determinando
a SIDPP e SICP
Descendo revestimento:
a) Posicionar a conexão do revestimento próximo à mesa.
b) Abrir a válvula da linha do choke
c) Fechar o BOP anular no revestimento
d) Fechar o choke ajustável vagarosamente atentando para a máxima pressão
permissível
e) Registrar as pressões no bengala e choke de minuto em minuto determinando a
SIDPP e SICP
f) Completar o revestimento com lama
g) Conectar a cabeça de circulação no revestimento
ENGºADÃO PEDRO
E - FECHAMENTO DO POÇO
Obs, Considerando que na coluna de revestimento deve ter um
elemento flutuante ou diferencial e que a pressão de fechamento do
BOP anular foi ajustada, conforme a recomendação do fabricante.
Enquanto cimentando:
a) Posicionar o revestimento corretamente
b) Parar a bomba
c) Abrir a válvula da linha do choke
d) Fechar o BOP anular no revestimento
e) Ler e registrar a pressão
Em perfilagem ou canhoneio:
a) Abrir a válvula da linha do choke
b) Fechar o preventor de cabo
c) Fechar o choke ajustável vagarosamente
d) Ler e registrar a pressão após a estabilização
ENGºADÃO PEDRO
E - FECHAMENTO DO POÇO
ENGºADÃO PEDRO
E - FECHAMENTO DO POÇO
Manobrando comandos:
• Proceder como descrito no item anterior. A válvula de coluna será posicionada
no comando e o mesmo deve ser ancorado. As mesmas considerações feitas
para o procedimento Soft, são igualmente aplicáveis.
Sem coluna no poço:
a) Fechar a gaveta cega ou cega cisalhante
b) Abrir a válvula da linha do choke
c) Monitorar e registrar as pressões
d) Após se estabilizarem.
Descendo revestimento:
a) Posicionar a conexão do revestimento próximo à mesa.
b) Fechar o BOP anular no revestimento
c) Abrir a válvula da linha do choke
• d) Registrar as pressões no bengala e choke de minuto em minuto
determinando a SIDPP e SICP
• e) Completar o revestimento com lama
• f) Conectar a cabeça de circulação no revestimento
ENGºADÃO PEDRO
E - FECHAMENTO DO POÇO
Enquanto cimentando:
a) Posicionar o revestimento correctamente
b) Parar a bomba
c) Fechar o BOP anular no revestimento
d) Ler e registar a pressão
Em perfilagem ou canhoneio:
a) Fechar o preventor de cabo
b) Abrir a válvula da linha do choke
c) Registrar as pressões no bengala e choke de minuto em minuto determinando a
SIDPP e SICP
Na coluna de perfuração:
a) Válvula de alívio da bomba
b) Manifold do tubo bengala (stand pipe manifold)
Na cabeça do poço:
a) Válvulas no revestimento (casing valve)
b) No antepoço
No choke manifold:
a) No choke ajustável
b) Nos ramos do choke manifold
ENGºADÃO PEDRO