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Esse tema abrange todas as substâncias e as suas propriedades.

Embora seja
nomeado como “Substâncias moleculares”, os compostos abordados nesta
apostila correspondem às moléculas e as suas relações como um todo.

Dentro desse tema inclui-se: ligações químicas, polaridade, geometria molecular


e interações intermoleculares.

Ligações Químicas
As ligações químicas são a união entre os átomos. Em outras palavras, as
ligações químicas acontecem devido a combinação de diferentes átomos entre
si que originam substâncias diferentes. Essas ligações podem ser de três tipos:
iônica, covalente e metálica e originam três importantes grupos de substâncias:
substâncias iônicas, moleculares e metálicas.

● Substâncias iônicas: conduzem corrente elétrica no estado líquido,


mas não no sólido;
● Substâncias moleculares: não conduzem corrente elétrica no
estado sólido nem no líquido; apresentam pontos de fusão mais
baixos que o das substâncias dos outros grupos;
● Substâncias metálicas: conduzem corrente elétrica em estado
sólido e no líquido.

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A regra do octeto

Para entender as ligações existentes entre os átomos, é importante analisar a


eletrosfera dos gases nobres. Isso porque, os gases nobres em condições
ambientais, apresentam átomos estáveis isolados, ou seja, que não estão unidos
a outros átomos.

Diante dessas observações, William Kossel e Gilbert Newton Lewis no ano de


1916, propuseram uma regra para interpretar como ocorrem as ligações entre os
átomos dos elementos que ficou conhecida como regra de octeto.

A regra do octeto nos diz que um átomo estará estável quando sua última
camada apresenta 8 elétrons (ou 2, se for em uma camada K). Desse modo, os
átomos que não são estáveis individualmente se unem uns aos outros para
adquirir essa configuração de estabilidade dos gases nobres.

Quais são os tipos de ligações químicas?


Há três tipos de ligações químicas: ligação iônica, covalente e metálica. Elas
ocorrem como uma tentativa de alcançar a estabilidade proposta pela regra do
octeto e variam de acordo com os tipos de átomos e a necessidade dos átomos
envolvidos de doar, receber e compartilhar elétrons.

Ligação iônica

A ligação iônica é a atração eletrostática entre dois íons, sendo formada,


geralmente, por um metal e um ametal.

O que acontece em uma ligação iônica é que um dos átomos envolvidos têm a
tendência de doar elétrons (metal), provocando a formação de cátions, enquanto
o outro possui a tendência de receber esses elétrons (ametal) e de formar ânions.

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Exemplo de ligação iônica

Desse modo, pode-se dizer também, que esse tipo de ligação ocorre entre dois
átomos com elevada diferença de eletronegatividade.

Um exemplo de composto iônico é o NaCl. O sódio, por ser um metal, apresenta


uma maior chance de doar os seus elétrons da última camada da eletrosfera e
assim, formar o cátion Na+. Já o Cl por ser um halogênio e portanto, não ser um
metal, recebe esses elétrons, formando um ânion, o Cl–. Por possuírem cargas
opostos, o Na+ e o Cl– se atraem mutuamente, mantendo os íons unidos por meio
da ligação iônica.

Em geral, as substâncias iônicas são encontradas em estado sólido em


condições ambientes e apresentam elevados pontos de fusão e ebulição. Em
água, seus íons são liberados e por isso, são capazes de conduzir corrente
elétrica.

Ligação covalente

Na ligação covalente, os átomos se mantêm unidos porque suas eletrosferas


compartilham alguns elétrons, ou seja, utilizam-se em comunhão da quantidade
de elétrons necessária para que possam ter estabilidade.

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As substâncias formadas por esse tipo de ligação são as substâncias
moleculares.

Exemplo de ligação covalente

Além disso, as ligações covalentes podem ser classificadas como polares ou


apolares. As substâncias moleculares polares são formadas por átomos que
apresentam diferentes valores de eletronegatividade, ao contrário das
substâncias moleculares apolares em que os átomos possuem o mesmo valor de
eletronegatividade.

Ligação covalente dativa

A ligação covalente dativa ou ligação coordenada ocorre quando um dos átomos


envolvidos na união apresentam sua eletrosfera completa com oito elétrons e o
outro átomo, necessita de dois elétrons para atingir sua estabilidade.

Isso proporciona a união dos átomos por meio de um compartilhamento de dois


elétrons provenientes de um mesmo átomo.

Importante ressaltar que na universidade, o modelo de ligação dativa não é


empregado, isso porque não é necessário escrever na fórmula eletrônica de que
átomos os elétrons vieram.

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Ligação metálica

Uma vez que os metais são bons condutores elétricos é de se esperar que eles
possuam em sua estrutura elétrons livres. A ligação metálica é então a ligação
que ocorre entre os metais.

Exemplo de ocorrência de ligação metálica

Como os metais possuem a tendência de perder elétrons da sua última camada,


ocorre a liberação desses elétrons livres que formam uma nuvem eletrônica
conhecida como “mar de elétrons”. Assim a presença desse mar de elétrons
mantém os átomos metálicos unidos. Contudo, esses átomos não se encontram
com o seu octeto completo e desse modo, a teoria do octeto não é satisfatória
para explicar esse tipo de ligação.

As substâncias metálicas apresentam como característica geral a boa


condutividade de calor e eletricidade, um brilho característico, altos pontos de
fusão e ebulição, maleabilidade e resistência à tração.

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Porque os átomos estabelecem ligações químicas?
As ligações químicas entre dois átomos ocorrem quando a energia de união
entre eles for suficiente para formar uma substância estável. Como mencionado
anteriormente, isso ocorre quando se há o objetivo de completar a camada de
valência.

Polaridade

A polaridade das moléculas é responsável por determinar como ocorrem as


interações entre uma molécula e outra. Esse fato influencia na solubilidade dos
compostos e também na determinação do ponto de fusão e ebulição das
substâncias.

Mas o que, de fato, quer dizer “polaridade” na Química?

De modo geral, polaridade refere-se às moléculas que apresentam um momento


de dipolo elétrico, ou seja, tem a ver com o fato do composto apresentar áreas
com cargas elétricas diferentes (carga positiva e negativa). Se a molécula
possuir essa diferença de cargas, a molécula será polar, se não, apolar.

Considerando os três tipos de ligações existentes, temos que as ligações iônicas


sempre serão polares, enquanto, as ligações covalentes podem ou não possuir
polaridade, uma vez que depende do átomo envolvido na ligação. Logo, a
determinação da polaridade das ligações refere-se a eletronegatividade dos
átomos envolvidos.

Mas além de entender a eletronegatividade envolvida nas ligações, a polaridade


sofre influência de outros fatores como: geometria molecular e também do vetor
do momento dipolar.

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Geometria molecular

A geometria molecular é a organização espacial dos átomos de uma molécula.


Desse modo, refere-se a posição que os átomos envolvidos em uma ligação
covalente estão organizados espacialmente em torno do átomo central.

Essa organização espacial considera a teoria de repulsão dos pares eletrônicos


(TREPV). Segundo essa teoria, os elétrons presentes em uma nuvem eletrônica
localizada ao redor do átomo central repelem-se e assim, alteram o
posicionamento dos átomos da molécula.

Quando falamos em nuvem eletrônica, estamos nos referindo aos pares de


elétrons envolvidos em uma ligação química e também aos elétrons do átomo
central que não estejam realizando ligações. Sendo assim, a nuvem eletrônica é
a região do espaço ocupada por um par de elétrons, podendo ser um par isolado
ou de uma ligação química.

Em resumo, a geometria molecular é dependente do número de ligações que o


átomo central faz. Existem diferentes geometrias e é importante sempre
relacionar a quantidade de átomos na molécula e o número de nuvens
eletrônicas.
Veja alguns exemplos de geometria:

Geometria linear

A geometria linear pode acontecer em dois casos:

● em moléculas diatômicas (formadas por apenas dois átomos), uma vez


que não possuem um átomo central e assim, a localização dos átomos
está em um ângulo de 180o;
● em moléculas com três átomos mas o átomo central não apresenta pares
de elétrons disponíveis.

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Geometria angular

A geometria angular ocorre em moléculas que apresentam dois átomos ligados


ao átomo central, mas o átomo central apresenta pelo menos um par de elétrons
livres. Assim, os átomos se organizam em um ângulo menor que 120o.

Trigonal plana

Ocorre quando o átomo central realiza ligações com três outros átomos, mas não
possui par de elétrons livres.

Geometria piramidal

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A geometria piramidal ou piramidal trigonal acontece quando o átomo central
apresenta 4 nuvens eletrônicas, sendo, 3 provenientes de ligações químicas e 1
do par de elétrons livres no átomo central.

Tetraédrica

A geometria tetraédrica é caracterizada pela presença de 4 ligantes no átomo


central, ou seja, há a presença de 4 nuvens eletrônicas. Nessa geometria, não há
nenhum par de elétrons isolado.

Bipiramidal trigonal, gangorra, forma T e linear

Essas geometrias estão relacionadas com a presença de 5 nuvens eletrônicas


em torno do átomo central. Em geral, essas configurações referem-se a átomos
que expandiram a camada de valência, ou seja, que não seguem a regra do
octeto e assim, realizam mais ligações.

● Bipiramidal trigonal: 5 nuvens eletrônica provenientes de ligações


químicas;
● Gangorra: 5 nuvens eletrônicas em que 4 são de ligações químicas e 1 de
um par de elétrons disponível no átomo central;
● Forma em T: 5Bipi nuvens eletrônicas em que 3 são de ligações químicas
e 2 de pares de elétrons disponível no átomo central;
● Linear: 5 nuvens eletrônicas em que 2 são de ligações químicas e 3 são de
pares de elétrons disponíveis no átomo central.

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Octaédrica, pirâmide quadrada e quadrado planar

Nesses casos, são observadas 6 nuvens eletrônicas ao redor do átomo central. O


ângulo envolvido entre cada nuvem é de 90o.

● Octaédrica: há 6 nuvens eletrônicas provenientes de ligações químicas;


● Pirâmide quadrada: nessa geometria 5 nuvens eletrônicas vem de
ligações químicas, enquanto, 1 é de um par de elétrons livres do átomo
central;
● Quadrado planar: nessa geometria 4 nuvens eletrônicas vem de ligações
químicas, enquanto, 2 são de pares de elétrons livres no átomo central.

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Para sintetizar as informações referentes às geometrias moleculares, há uma
tabela liberada pelo Departamento de Química da UFMG para auxiliar na
determinação dessas organizações espaciais.

fonte: http://zeus.qui.ufmg.br/~qgeral/?attachment_id=546

Nessa tabela, tem-se que:


● NCT → é o número de coordenação total e refere-se a soma dos pares de
elétrons não ligantes e ligantes envolvidos no átomo central;
● PL → são os pares de elétrons ligantes, ou seja, quantas ligações estão
sendo realizadas pelo átomo central;
● PNL → refere-se aos pares de elétrons livres no átomo central.

A geometria molecular permite deduzir a polaridade das moléculas. De modo


geral, temos que:

● Se o número de nuvens eletrônicas no átomo central for igual ao número


de ligantes iguais, a molécula será apolar;
● Já se o número de ligantes iguais for diferente do número de nuvens no
átomo central, a molécula será polar.

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Vetor do momento dipolar resultante

Para determinar o vetor do momento dipolar resultante e assim, visualizar


melhor se a molécula é polar ou não, necessita-se conhecer a geometria
molecular do composto analisado.

Por exemplo, uma molécula de geometria piramidal em que os três ligantes são
os mesmos e apresentam eletronegatividade maior que a do átomo central,
possui dois átomos ligantes dispostos diagonalmente e um posicionado na parte
inferior da molécula.

Como os ligantes são mais eletronegativos, os vetores de cada uma das ligações
possui a direção do átomo central → ligante. Assim, existem dois vetores
diagonais e um para baixo.

No entanto, precisa-se decompor os vetores diagonais que resultam em um


único vetor para baixo. Logo, a molécula tem dois vetores para baixo e é polar
pois resulta em um vetor diferente de 0 ao serem somados (por possuírem
mesmo sentido e direção).

Interações intermoleculares

De acordo com as características das moléculas como tipo de ligação e


polaridade, elas interagem com outras moléculas de diferentes maneiras. As
forças intermoleculares mostram como ocorrem essas interações entre as
substâncias (entre moléculas iguais ou moléculas diferentes) e podem ser:
dipolo induzido, dipolo permanente e ligação de hidrogênio.

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Conhecer as diferentes forças intermoleculares permite entender os pontos de
fusão e ebulição das substâncias e também prever os estados físicos.

Dipolo induzido

As forças de dipolo-induzido - dipolo-induzido são conhecidas como forças de


London e são de baixa intensidade. Esse tipo de interação ocorre entre
moléculas apolares, entre átomos de gases nobres ou então, entre moléculas
apolares e polares.

Nesse tipo de interação, há a formação momentânea de um dipolo elétrico, ou


seja, há a deformação da nuvem eletrônica da molécula. Esses dipolos
instantâneos podem provocar a polarização de moléculas próximas e assim,
conseguem interagir por meio de forças atrativas.

Representação da força intermolecular: dipolo-induzido

Dipolo permanente

O dipolo permanente ou dipolo-dipolo são forças intermoleculares que ocorrem


entre moléculas polares.

Nessas moléculas, os elétrons não estão uniformemente distribuídos e assim,


ocorre a formação de dois polos: um positivo e outro negativo. O polo negativo é
formado pela região em que há a maior densidade eletrônica, enquanto o polo
positivo forma-se devido a baixa densidade de elétrons na região.

Desse modo, ocorre a formação de uma força de atração entre polos opostos, ou
seja, o polo positivo interage com o polo negativo das outras moléculas e

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vice-versa. Essa interação é característica das forças intermoleculares
conhecidas como dipolo-dipolo.

Representação da força intermolecular: dipolo-dipolo

Além disso, essas regiões de densidades eletrônicas diferentes são permanentes


nas moléculas polares e por isso, essa interação é mais forte que a de dipolo
induzido.

Ligação de hidrogênio

As ligações de hidrogênio são as interações intermoleculares mais intensas. É


um dipolo permanente, no entanto, o polo positivo sempre é formado por um
átomo de hidrogênio, enquanto o polo negativo é formado por flúor, oxigênio ou
nitrogênio. Como esses átomos (F, O, N) são os mais eletronegativos, eles tendem
a atrair mais fortemente os elétrons para si ficando com uma densidade
eletrônica elevada.

Um exemplo dessa interação é entre as moléculas de água. As ligações de


hidrogênio são estabelecidas entre o átomo de oxigênio de uma molécula e o
átomo de hidrogênio de outra, ou seja, há a atração desses átomos em diferentes
moléculas de água.

Representação da força intermolecular: ligação de hidrogênio

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Em estado líquido, essas interações ocorrem em todos os sentidos e promovem
a formação de uma tensão superficial na água. O que acontece é que as
moléculas de água da superfície em estado líquido interagem por ligações de
hidrogênio apenas com moléculas que se encontram abaixo ou ao lado e não
acima, uma vez que não há moléculas “acima”. Desse modo, há uma intensa
atração para o interior da solução que proporciona a formação de uma película
na superfície.

(b) hidrofilia.

(c) hipocromia.

1. (ENEM 2011) No processo de (d) cromatofilia.


industrialização da mamona, além
do óleo que contém vários ácidos (e) hiperpolarização.
graxos, é obtida uma massa
orgânica, conhecida como torta de
mamona. Esta massa tem potencial
para ser utilizada como fertilizante
2. (ENEM 2011) A pele humana,
para o solo e como complemento em
quando está bem hidratada, adquire
rações animais devido a seu elevado
boa elasticidade e aspecto macio e
valor proteico. No entanto, a torta
suave. Em contrapartida, quando
apresenta compostos tóxicos e
está ressecada, perde sua
alergênicos diferentemente do óleo
elasticidade e se apresenta opaca e
da mamona. Para que a torta possa
áspera. Para evitar o ressecamento
ser utilizada na alimentação animal,
da pele é necessário, sempre que
é necessário um processo de
possível, utilizar hidratantes
descontaminação.
umectantes, feitos geralmente à base
Revista Química Nova na Escola. V.
de glicerina e polietilenoglicol:
32, no 1, 2010 (adaptado).

A característica presente nas


substâncias tóxicas e alergênicas,
que inviabiliza sua solubilização no
óleo de mamona, é a

(a) lipofilia.

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A retenção de água na superfície da Esse arranjo característico se deve
pele promovida pelos hidratantes é ao fato de os fosfolipídios
consequência da interação dos apresentarem uma natureza
grupos hidroxila dos agentes
umectantes com a umidade contida (a) polar, ou seja, serem inteiramente
no ambiente por meio de solúveis em água.

(a) ligações iônicas. (b) apolar, ou seja, não serem


solúveis em solução aquosa.
(b) forças de London.
(c) anfotérica, ou seja, podem
(c) ligações covalentes. comportar-se como ácidos e bases.

(d) forças dipolo-dipolo. (d) insaturada, ou seja, possuírem


duplas ligações em sua estrutura.
(e) ligações de hidrogênio.
(e) anfifílica, ou seja, possuírem uma
parte hidrofílica e outra hidrofóbica.

3. (ENEM 2012) Quando colocados


em água, os fosfolipídeos tendem a
formar lipossomos, estruturas 4. (ENEM 2013) As fraldas
formadas por uma bicamada descartáveis que contêm o polímero
lipídica, conforme mostrado na poliacrilato de sódio (1) são mais
figura. Quando rompida, essa eficientes na retenção de água que as
estrutura tende a se reorganizar em fraldas de pano convencionais,
um novo lipossomo. constituídas de fibras de celulose (2).

A maior eficiência dessas fraldas


descartáveis, em relação às de pano,
deve-se às

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(a) interações dipolo-dipolo mais contendo um grupo não planar é
fortes entre o poliacrilato e a água, biologicamente ativa, enquanto
em relação às ligações de hidrogênio moléculas contendo substituintes
entre a celulose e as moléculas de planares são inativas.
água O grupo responsável pela
bioatividade desse fármaco é
(b) interações íon-íon mais fortes
entre o poliacrilato e as moléculas de
água, em relação às ligações de
hidrogênio entre a celulose e as
moléculas de água

(c) ligações de hidrogênio mais


fortes entre o poliacrilato e a água,
em relação às interações íon-dipolo
entre a celulose e as moléculas de
água

(d) ligações de hidrogênio mais


fortes entre o poliacrilato e as
moléculas de água, em relação às
interações dipolo induzido-dipolo
induzido entre a celulose e as
moléculas de água.

(e) interações íon-dipolo mais fortes


entre o poliacrilato e as moléculas de
água, em relação às ligações de
hidrogênio entre a celulose e as
moléculas de água.

5. (ENEM 2014) A forma das 6. (ENEM 2015) Pesticidas são


moléculas, como representadas no substâncias utilizadas para
papel, nem sempre é planar. Em um promover o controle de pragas. No
determinado fármaco, a molécula entanto, após sua aplicação em

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ambientes abertos, alguns pesticidas Esse arranjo é representado
organoclorados são arrastados pela esquematicamente por:
água até lagos e rios e, ao passar
pelas guelras dos peixes, podem
difundir-se para seus tecidos
lipídicos e lá se acumularem.
A característica desses compostos,
responsável pelo processo descrito
no texto, é o(a) 8. (ENEM 2016) A lipofilia é um dos
fatores fundamentais para o
(a) baixa polaridade. planejamento de um fármaco. Ela
mede o grau de afinidade que a
(b) baixa massa molecular. substância tem com ambientes
apolares, podendo ser avaliada por
seu coeficiente de partição.
(c) ocorrência de halogênios.

(d) tamanho pequeno das moléculas.

(e) presença de hidroxilas nas


cadeias.

Em relação ao coeficiente de
partição da testosterona, as lipofilias
dos compostos 1 e 2 são,
7. (ENEM 2016) Os tensoativos são
respectivamente,
compostos capazes de interagir com
substâncias polares e apolares. A
parte iônica dos tensoativos interage (a) menor e menor que a lipofilia da
com substâncias polares, e a parte testosterona.
lipofílica interage com as apolares. A
estrutura orgânica de um tensoativo (b) menor e maior que a lipofilia da
pode ser representada por: testosterona.

(c) maior e menor que a lipofilia da


testosterona.

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(d) maior e maior que a lipofilia da
testosterona.
10. (ENEM 2017) Partículas
(e) menor e igual que a lipofilia da microscópicas existentes na
testosterona. atmosfera funcionam como núcleos
de condensação de vapor de água
que, sob condições adequadas de
temperatura e pressão, propiciam a
formação das nuvens e
9. (ENEM 2016) O carvão ativado é
consequentemente das chuvas. No
um material que possui elevado teor
ar atmosférico, tais partículas são
de carbono, sendo muito utilizado
formadas pela reação de ácidos (HX)
para a remoção de compostos
com a base NH3, de forma natural ou
orgânicos voláteis do meio, como o
antropogênica, dando origem a sais
benzeno. Para a remoção desses
de amônio (NH4X), de acordo com a
compostos, utiliza-se a adsorção.
equação química genérica:
Esse fenômeno ocorre por meio de
HX(g) + NH3(g) → NH4X(s)
interações do tipo intermoleculares
entre a superfície do carvão
FELIX, E. P.; CARDOSO, A. A. Fatores
(adsorvente) e o benzeno (adsorvato,
ambientais que afetam a
substância adsorvida).
precipitação úmida. Química Nova
No caso apresentado, entre o
na Escola, n. 21, maio 2005
adsorvente e a substância adsorvida
(adaptado).
ocorre a formação de:

A fixação de moléculas de vapor de


(a) Ligações dissulfeto.
água pelos núcleos de condensação
ocorre por
(b) Ligações covalentes.

(a) ligações iônicas.


(c) Ligações de hidrogênio.

(b) interações dipolo-dipolo.


(d) Interações dipolo induzido –
dipolo induzido.
(c) interações dipolo-dipolo induzido.

(e) Interações dipolo permanente –


(d) interações íon-dipolo.
dipolo permanente.

(e) ligações covalentes.

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(a) ionização.

11. (ENEM 2018) Alguns materiais (b) dilatação.


sólidos são compostos por átomos
que interagem entre si formando
(c) dissociação.
ligações que podem ser covalentes,
iônicas ou metálicas. A figura
(d) quebra de ligações covalentes.
apresenta a energia de potencial de
ligação em função da distância
interatômica em um sólido (e) formação de ligações metálicas.
cristalino. Analisando essa figura,
observa-se que, na temperatura de
zero kelvin, a distância de equilíbrio
da ligação entre os átomos (R0) 12. (ENEM 2019) Por terem camada
corresponde ao valor mínimo de de valência completa, alta energia de
energia potencial. Acima dessa ionização e afinidade eletrônica
temperatura, a energia térmica praticamente nula, considerou-se
fornecida aos átomos aumenta sua por muito tempo que os gases nobres
energia cinética e faz com que eles não formariam compostos químicos.
oscilem em torno de uma posição de Porém, em 1962, foi realizada com
equilíbrio média (círculos cheios), sucesso a reação entre o xenônio
que é diferente para cada (camada de valência 5s25p6) e o
temperatura. A distância de ligação hexafluoreto de platina e, desde
pode variar sobre toda a extensão então, mais compostos novos de
das linhas horizontais, identificadas gases nobres vêm sendo
com o valor da temperatura, de T1 a sintetizados. Tais compostos
T4 (temperaturas crescentes). demonstram que não se pode aceitar
acriticamente a regra do octeto, na
qual se considera que, numa ligação
química, os átomos tendem a
adquirir estabilidade assumindo a
configuração eletrônica de gás
nobre. Dentre os compostos
conhecidos, um dos mais estáveis é
o difluoreto de xenônio, no qual dois
O deslocamento observado na átomos do halogênio flúor (camada
distância média revela o fenômeno de valência 2s22p5) se ligam
da covalentemente ao átomo de gás

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nobre para ficarem com oito elétrons (d) Extração.
de valência.
Ao se escrever a fórmula de Lewis (e) Destilação.
do composto de xenônio citado,
quantos elétrons na camada de
valência haverá no átomo do gás
nobre?
1. De acordo com o texto, o óleo de
mamona é composto por diferentes
(a) 6.
ácidos graxos. Sendo assim, é um
líquido apolar.
(b) 8.

Já as substâncias tóxicas e
(c) 10.
alergênicas não estão presentes no
óleo de mamona, tratando-se então
(d) 12. de substâncias polares e por isso,
acabam não sendo solubilizadas no
(e) 14. óleo.

Desse modo, a característica


presente nessas substâncias é a
13. (ENEM 2020) A obtenção de óleos hidrofilia que corresponde ao fato de
vegetais, de maneira geral, passa que substâncias polares não se
pelas etapas descritas no quadro. solubilizam em substâncias
apolares.

Resposta: B

Qual das subetapas do processo é


2. A água é uma molécula polar que
realizada em função apenas da
realiza ligações de hidrogênio entre
polaridade das substâncias?
suas moléculas e moléculas que
apresentam átomos eletronegativos.
(a) Trituração.

Analisando a estrutura da glicerina e


(b) Cozimento. do polietilenoglicol verifica-se a
presença de átomos de OH que
(c) Prensagem.

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estabelecem ligações de hidrogênio
com as moléculas de água.

Resposta: E

3. Por meio da representação Resposta: E


mostrada pela imagem no
enunciado, temos que os
5. Todas as moléculas são derivadas
fosfolipídios apresentam duas
do metano (CH4) em que um dos
partes. Uma das partes, representada
átomos de H foi substituído por um
por um círculo, está em contato com
outro substituinte. Analisando cada
o meio aquoso, ou seja, é uma parte
um dos casos, nas alternativas b, c, d
hidrofílica da molécula (parte polar).
e e, os substituintes são planares.

Já a parte representada pelas linhas


A molécula do metil-ciclohexano
corresponde a parte hidrofóbica da
não assume naturalmente uma
molécula (parte apolar).
conformação planar devido às
tensões angulares presentes no anel.
Desse modo, os fosfolípidios são Desse modo, deverá possuir
moléculas anfifílicas (parte polar e conformação em cadeira para
apolar). minimizar essas tensões, não sendo
uma molécula plana e
Resposta: E biologicamente ativa.

4. O que promove a maior eficiência Resposta: A


das fraldas descartáveis em relação
às fraldas de pano é a interação por 6. A questão aborda o acúmulo de
íon-dipolo mais forte entre o compostos organoclorados nos
poliacrilato e a água do que às tecidos lipídicos dos peixes. Para que
ligações de hidrogênio que ocorrem isso aconteça, esses compostos
nas fraldas de pano entre a celulose devem possuir baixa polaridade,
e a água. uma vez que se dissolvem nos
tecidos lipídicos (baixa polaridade).

Resposta: A

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7. Os tensoativos apresentam uma A fixação das moléculas de água
parte apolar e outra polar. Logo, a ocorre devido a interações
parte polar irá interagir com a água, íon-dipolo. Esse fato se dá uma
mas a cadeia carbônica que é apolar, vez que a molécula de água
não, resultando no esquema
apresenta momento dipolo por ser
mostrado em C.
uma molécula polar e interage
com os íons NH4+ e X–.
Resposta: C

Resposta: D
8. Como a lipofilia mede a afinidade
por compostos apolares, quando X
11. Os íons encontram-se em
for H ou CH3 terá caráter apolar
constante agitação, sendo
maior que quando X for OH, uma vez
proporcional à temperatura. Ao ser
que, a molécula será polar.
elevada, a temperatura proporciona
o aumento da distância de equilíbrio
Como na testosterona, o grupo X é
da ligação entre os átomos (R0),
um grupo OH e nos compostos 1 e 2,
relacionada com a amplitude da
os grupos X são, H e CH3,
oscilação.
respectivamente, a lipofilia desses
compostos é maior que a lipofilia da
Ou seja, há uma variação no
testosterona.
comprimento da ligação com o
aumento da temperatura,
Resposta: D
caracterizando uma dilatação.

9. Tanto o benzeno (C6H6) quanto o


Resposta: B
carvão ativado (C), não apresentam
grupos polares em suas estruturas,
12. O difluoreto de xenônio apresenta
sendo portanto, compostos apolares.
a fórmula: XeF2.
Logo, para a adsorção é necessário a
formação de interações dipolo
induzido-dipolo induzido. De acordo com a notação de Lewis:

Respostas: D

10. A reação apresentada mostra a


formação de um composto iônico. Logo, para o difluoreto de xenônio, o
flúor deverá apresentar oito elétrons

23
na camada de valência, enquanto o
xenônio dez.

Resposta: C

13. O óleo bruto é apolar e portanto,


se dissolve em líquidos apolares,
como é o caso do hexano. Assim, o
processo de extração é o que envolve
o conceito de polaridade das
substâncias.

Resposta: D

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