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Maria Eduarda Tavares (P3) HAB.

CLÍNICAS/MED FITS - PE

-> antes de tudo, o estudante deve se apresentar:


“Bom dia/boa tarde, meu nome é X e eu sou estudante de medicina, em que posso lhe ajudar hoje?”

Antropometria
O peso corporal é a soma de todos os componentes da composição corporal: água e tecido adiposo, muscular e
ósseo. Sua avaliação é útil para determinar e monitorar o estado nutricional.
PROCEDIMENTO
Para crianças menores de 2 anos ou com até 16KG:

OBS -> A balança deve estar apoiada sobre uma superfície plana, lisa e firme. O prato da balança deve ser forrado
com uma proteção (papel descartável ou fralda) antes da calibragem, para evitar erros na pesagem;
1. Destravar a balança;
2. Verificar se a balança está calibrada (a agulha do braço e o fiel devem estar na mesma linha horizontal).
Caso contrário, calibrá-la, girando totalmente o calibrador, até que a agulha e o
fiel estejam nivelados;
3. Após ter certeza que a balança está calibrada, ela deve ser travada;
4. Deve-se despir a criança com o auxílio da mãe/responsável;
5. Colocar a criança sentada ou deitada no centro do prato, de modo a distribuir
o peso igualmente -> destravar a balança -> manter a criança parada. Deve-se
orientar a mãe/responsável a se manter próximo sem tocar na criança e no
equipamento;
6. Mover o cursor maior sobre a escala numérica para marcar os quilos;
7. Depois mover o cursor menor para marcar as gramas, de modo que a agulha e o fiel fiquem nivelados;
8. Travar a balança;
9. Realizar a leitura de frente para o equipamento;
10. Retirar a criança e retornar os cursores ao zero.

1. Ligar a balança e esperar que fique no zero;


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2. Despir a criança com o auxílio da mãe/responsável;
3. Colocar a criança sentada ou deitada no centro do prato, de modo a distribuir
o peso igualmente -> manter a criança parada. Deve-se orientar a
mãe/responsável a se manter próximo sem tocar na criança e no equipamento;
4. Aguardar que o valor do peso esteja fixado no visor e realizar a leitura;
5. Anotar o peso e retirar a criança.
Para crianças maiores de 2 anos:
-> inicialmente, deve-se observar-se a balança está em uma superfície plana, lisa e firme, além de estar
afastada da parede e travada. Em seguida, será necessário:
1. Destravar a balança;
2. Verificar se a balança está calibrada (caso não esteja, é preciso girar
lentamente o calibrador);
3. Esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados (“tarar” a balança
– pode-se perguntar ao paciente qual o peso da última vez que ele se pesou);
4. Após a calibração, ela deve ser travada e o paciente deverá subir nela;
5. O paciente precisa ficar parado na posição e a pessoa que estiver fazendo o
procedimento deve destravar a balança -> mover o cursor maior sobre a escola
numérica para marcar os quilos -> mover o cursor menor para marcar as gramas;
6. Quando a agulha do braço e o fiel estiverem nivelados, deve-se travar a
balança e realizar a leitura dos quilogramas.

A estatura expressa o crescimento linear. ALTURA: medida da base até o topo. COMPRIMENTO: medida de uma
extremidade a outra (maior).
Para crianças menores de 2 anos:
Até os dois anos o comprimento deverá ser medido com a criança na posição deitada,
colocando-se a régua antropométrica em contato com o vértice da cabeça e sobre a sola
dos pés posicionados a um ângulo de 90º;
Utiliza-se a régua antropométrica que possui uma base fixa no zero e um cursor.
1. Deitar a criança no centro do antropômetro, descalça e com a cabeça livre de
adereços;
2. Manter, com a ajuda da mãe/responsável, a cabeça apoiada firmemente contra a parte fixa do
equipamento, com o pescoço reto e o queixo afastado do peito; os ombros/calcanhares e nádegas devem
estar em contato com a superfície de apoio e os braços estendidos ao longo do corpo;
3. Pressionar, cuidadosamente, os joelhos da criança para baixo, com uma das mãos, a fim de que eles fiquem
estendidos;
4. Juntar os pés, fazendo um ângulo reto com as pernas -> levar a parte móvel do equipamento até as plantas
dos pés.
5. Fazer a leitura do comprimento e anotar o valor obtido.
Para crianças maiores de 2 anos:
Quando o paciente pode ficar em posição ortostática (em pé), a altura é aferida em balança com
estadiômetro ou fita métrica inextensível com precisão de 0,1 cm, afixada em superfície lisa, vertical
e sem rodapé.
 Para uma medida precisa é importante que 5 pontos anatômicos estejam próximos à parede
ou ao estadiômetro: calcanhares, panturrilha, glúteos, escapulas e ombros.
 Deve-se retirar adornos da cabeça.
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É um importante variável para avaliar crescimento da cabeça/cérebro de crianças nos dois primeiros anos de vida.
Além desta idade, o perímetro da cabeça cresce tão lentamente que sua medida não reflete alterações no estado
nutricional.
O perímetro adequado é expresso na forma de uma faixa de normalidade que se situa entre os percentis 10 e 90.

1. Fixa-se a cabeça da criança;


2. A fita deve ser colocada firmemente ao redor do osso frontal sobre o sulco
supra orbital, passando-a ao redor da cabeça, no mesmo nível de cada lado, e
colocando-a sobre a proeminência occipital, máxima;
3. A fita deve ser posicionada sobre a proeminência occipital e sobre o arco
das sobrancelhas.

É um parâmetro utilizado para saber se o peso está de acordo com a altura do indivíduo.

O perímetro braquial não se presta para o acompanhamento do crescimento infantil,


uma vez que alterações neste parâmetro são lentas, variando muito pouco com o
aumento da idade, sendo útil apenas para a triagem de prováveis casos de desnutrição
(entre os seis meses e cinco anos de idade o perímetro braquial varia pouco).
 É necessário um treinamento cuidadoso para que a medida tenha a
confiabilidade desejada.

É a medida da distância entre as extremidades dos dedos médios, estando o


indivíduo com os braços posicionados em 90 graus em relação ao tronco, abertos em
completa abdução com os cotovelos estendidos e os antebraços
supinados.

Segmento superior (SS): diferença entre estatura e segmento inferior. Segmento inferior (SI):
da sínfise púbica até o chão/ planta dos pés.

Reflexos primitivos
São chamadas “primitivos” porque não são voluntários ou aprendidos, e estão sob controle de centros subcorticais,
tronco encefálico e medula.
 São transitórios -> a criança passa a ter controle sobre seus movimentos.
 Auxiliam o lactente a aprender a organizar o comportamento motor.

POSIÇÃO: Supina (decúbito dorsal).


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ESTÍMULO: Eleva-se o bebê pelo tronco acima do plano da mesa →
repentinamente o solta, apoiando-o em seguida para que não caia.
RESPOSTA: MMSS ficam em abdução, com os dedos estendidos → cruzam
sobre o tronco em adução → flexão das extremidades superiores, flexão
do pescoço → choro.
 Aos 03 meses ele desaparece em sua forma “típica” ou completa;
 Aos seis meses desaparece definitivamente.

POSIÇÃO: Supina.
ESTÍMULO: O bebê sofre uma rotação da cabeça para um lado por 15 segundos.
RESPOSTA: Extensão das extremidades do lado do queixo e flexão das
extremidades do lado occipital (MMSS e MMII do lado da face se estendem, MMSS
e MMII contralateral se flexionam, coluna vertebral curvada com a convexidade na direção do lado da face).
 Aos 03-04 meses desaparece.

POSIÇÃO: Supina.
ESTÍMULO: Colocar o dedo na face palmar do bebê.
RESPOSTA: Flexão dos dedos e fechamento da mão.
 Surge com 27 semanas de idade gestacional.
 Aos 04 meses desaparece.

POSIÇÃO: Supina.
ESTÍMULO: Comprimir o polegar do bebê sobre a face plantar, abaixo dos
dedos.
RESPOSTA: Flexão dos dedos do pé.
 Aos 15 meses desaparece.

POSIÇÃO: Prona, com o tronco apoiado sobre o braço do examinador.


ESTÍMULO: Com o dedo da mão contralateral estimula-se a pele do dorso, fazendo um
movimento linear vertical que parte do ombro até as nádegas a cerca de 2 cm da coluna
(tocar a pele ao longo da coluna vertebral até o quadril)
RESPOSTA: flexão do tronco, com a concavidade virada para o lado estimulado.
 Aos 04 meses desaparece.

POSIÇÃO: Se segura o recém-nascido de pé pelas axilas.


ESTÍMULO: Colocar seus pés apoiados sobre uma superfície.
RESPOSTA: Imediatamente ele retificará o corpo e iniciará a marcha reflexa.
 Aos 02 meses desaparece.
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POSIÇÃO: Supina (suspenso).


ESTÍMULO: Com uma das mãos suspende-se o lactente pela superfície
ventral. Com a outra mão flexiona-se a cabeça rapidamente
RESPOSTA: Todo o corpo entra em flexão.
 Surge aos 03 meses e desaparece ao final do 2º ano.

POSIÇÃO: Supina.
ESTÍMULO: Pressiona-se a mão do lactente.
RESPOSTA: Abertura da boca
 Desaparece do 3º ao 4º mês.

POSIÇÃO: Supina.
ESTÍMULO: Tocar os lábios de um lactente com o cotonete ou tocar a sua
bochecha.
RESPOSTA: Movimentos de sucção, ele irá em busca do toque (movimentos
rítmicos da mandíbula, levantamento e abaixamento da língua; deglutição).
 Entre o 4o e 6o mês desaparece.

É obtido ao se estimular a sola do pé com um objeto de ponta romba, fazendo-se


um risco do calcanhar à base do quinto dedo.
 Até o quarto mês de vida, 100% dos lactentes têm uma resposta de
extensão do hálux com ou sem abertura em leque dos dedos, e isto não deve ser
interpretado como um achado anormal.
 No 12º mês, a resposta passa a ser a flexão dos dedos, e assim permanece por toda a vida.

POSIÇÃO: Supina (suspenso) e segura o lactente pela região ventral.


ESTÍMULO: Segurar o lactente pela região ventral (tronco) e o
aproxima da mesa de exame bruscamente, para dar-lhe a impressão
de que está caindo ou abaixar em direção ao solo, de cabeça para
baixo.
RESPOSTA: Extensão dos braços e abre as mãos na tentativa de se
proteger.
 Surge aos 8-9 meses e permanece por toda a vida.

Desenvolvimento
neuropsicomotor
Avaliar o ganho de funções e habilidades nas cinco grandes áreas ou condutas:
1. Conduta adaptativa: reações frente aos estímulos apresentados → dependem da interação da capacidade
motora, sensorial, de coordenação e cognitiva → adequada exploração e aprendizagem.
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2. Conduta motora fina: habilidades cada vez mais precisas e
específicas → uso da mão e dedos → exploração cada vez mais
delicada do objeto.
3. Conduta motora grosseira: habilidades motoras gerais →
sustentar cabeça, tronco, sentar-se, rolar, engatinhar, andar,
pular...
4. Conduta de linguagem: capacidade de compreender e exprimir
sensações e pensamentos. Incluem as reações de comunicação
não verbal (sorriso, riso alto, choro, apontar, expressões faciais)
e verbal (sons guturais, balbulcio, lalação, primeiras palavras,
frases, histórias).
5. Conduta pessoal-social: reações da criança frente às outras
pessoas (mãe, pai, examinador, brincadeiras com outras crianças)
e frente às situações de vida diária (alimentação, sono, higiene, vestimenta, controle esfincteriano).
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AIDPI
A Estratégia de Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (Aidpi Criança) tem por objetivo
diminuir a morbidade e a mortalidade de crianças entre 2 meses a 5 anos de idade, por meio da melhoria da
qualidade da atenção prestada à criança por profissionais de saúde, em especial na Atenção Básica à Saúde.
O AIDPI não tem a pretensão de estabelecer diagnóstico específico de uma determinada doença → identificar
sinais clínicos que permitam a avaliação e a classificação adequada do quadro → triagem rápida para:
 Encaminhamento urgente a um hospital;
 Tratamento ambulatorial;
 Orientação para cuidados e vigilância no domicílio.
VERIFICAR OS SINAIS GERAIS DE PERIGO
 A criança não consegue beber nem mamar no peito;
 A criança vomita tudo o que ingere;
 A criança teve convulsões ou movimentos anormais (< 72h);
 A criança está letárgica ou inconsciente;
 A criança apresenta tempo de enchimento capilar (TEC) > 2 seg;
 A criança apresenta batimento de asa do nariz e/ou gemência.

PERGUNTAR: Há quanto tempo? A criança tem sibilância?


Se a respota for SIM → observar/determinar:
1. Contar a FR em 1 minuto;
2. Se há tiragem subcostal;
3. Se há estridor ou sibiliância.
OBS -> a criança deve estar tranquila!
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PERGUNTAR: Há quanto tempo? Primeira crise? Está


em uso de broncodilatador adequadamente há 24h?
Se a respota for SIM → observar/determinar:
1. Nível de consciência da criança;
2. Se há sibilância;
3. Se há estridor em repouso;
4. Grau de dificuldade para respirar: tiragem
subcostal/universal;
5. FR em minuto (a criança deve estar tranquila);
6. Se possível, a Sat O2.

Avaliar a dor de garganta:


 Se há sinais gerais de perigo.
 Presença de gânglios cervicais.
 Alteração ao exame da
orofaringe.
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PERGUNTAR: Há quanto tempo? Há sangue nas fezes?


Se a respota for SIM → observar/determinar:
 Todas as crianças com diarreia são
1. A condição geral da criança. classificadas quanto ao estado de
Letárgica ou inconsciente? Inquieta ou irritada? hidratação.
2. Se os olhos estão fundos.  Caso a criança tenha tido diarreia
3. Oferecer líquidos a criança. por 14 dias ou mais, classifique
Não consegue beber ou bebe muito mal? Bebe avidamente, com como diarreia persistente.
sede?  Caso a criança apresente sangue
4. Sinal da prega: a pele volta ao estado anterior. nas fezes, classifique como
Muito lentamente (mais d dois segundos)? disenteria.
Lentamente (entre 1 a 2 segundos)?
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AVALIAR A FEBRE
A criança tem o sinal principal (febre) se:
 Tem uma história de febre;
 Está quente ao toque;
 Tem uma temperatura axilar de 37,5°C ou mais.

AVALIAR O PROBLEMA DE OUVIDO


PERGUNTAR: a criança está com algum problema de ouvido? Há secreção no ouvido? Se houver, há quanto
tempo?
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OBSERVAR: se há secreção purulenta no ouvido.
 Palpe e observe para determinar se há tumefação e/ou vermelhidão dolorosa atrás do ouvido.

AVALIAR O PROBLEMA DE OUVIDO


 A criança pode sofrer emagrecimento acentuado (marasmo).
 A criança pode desenvolver edema (kwashiorkor).
 A criança pode associar o edema com o emagrecimento
acentuado (kwashiorkor-marasmático).
OBSERVAR:
 Se há emagrecimento acentuado visível.
 Existe atrofia muscular nos ombros, braços, nádegas e pernas.
 É possível ver facilmente o contorno das costelas.
 O quadril parece pequeno se comparado ao tórax e ao abdome.
 Há escassez de gordura nas nádegas, com a criança de perfil.
 Presença de palidez palmar.
 Verificar o crescimento.
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Protocolo HEEADSSS
HEEADSS -> Home (casa) - Educação - Eating (alimentação) - Atividades - Drogas - Sexualidade -
Segurança - Suicídio.
É um método indireto excelente para avaliar comportamentos e complementar a anamnese do adolescente, podendo
ser incorporada na prática cotidiana.
 Entrevista é feita apenas com o adolescente, pelo menos uma vez por ano ou sempre que houver indícios
de algum fato estressante recente ou precipitante da consulta.

Estadiamento de Tanner
 O estadiamento da maturação sexual é feito pela avaliação dos genitais e pelos púbicos no sexo masculino. E,
nas meninas, é feito pela avaliação das mamas e pelos púbicos.

G1: Pênis, testículos e escroto de tamanho e proporções


infantis.
G2: Aumento inicial do volume testicular (>4ml). Pele escrotal
muda de textura e torna-se avermelhada. Aumento do pênis
mínimo ou ausente.
G3: Crescimento peniano, principalmente em comprimento. Maior
crescimento dos testículos e escroto.
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G4: Continua crescimento peniano, agora principalmente em diâmetro, e com maior desenvolvimento da glande.
Maior crescimento dos testículos e do escroto, cuja pele se torna mais pigmentada.
G5: Desenvolvimento completo da genitália, que assume tamanho e forma adulta.

M1: Estádio de mamas pré-adolescentes.


M2: Estádio de broto mamário, com pequena elevação de mama e da papila e aumento
do diâmetro da aréola.
M3: Crescimento da mama e da aréola parecendo uma pequena mama adulta. Não há
separação dos contornos da mama e da aréola.
M4: Crescimento e projeção da aréola e da papila formando uma elevação acima do
corpo da mama.
M5: Estádio adulto com projeção apenas da papila, pois a aréola retorna para o
contorno geral da mama.

P1: Ausência de pelos pubianos.


P2: Aparecimento de pelos longos e finos, principalmente na base do pênis (ou ao
longo dos grandes lábios).
P3: Maior quantidade de pelos, agora mais grossos, escuros e encaracolados,
espalhando-se esparsamente pela sínfise púbica.
P4: Pelos do tipo adulto, cobrindo mais densamente a região púbica, mas ainda
sem atingir a face interna das coxas.
P5: Pilosidade pubiana igual à do adulto, em quantidade e distribuição, invadindo
a face interna das coxas.
P6: Extensão dos pelos para cima da região púbica.

Sigilo
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» A AGA é sempre multidimensional, frequentemente interdisciplinar e tem por objetivo determinar as


deficiências e incapacidades apresentadas pelo idoso, objetivando o planejamento do cuidado e de
acompanhamento a longo prazo.
» Ela integra o processo clínico padrão, mas enfatiza a avaliação da capacidade funcional e da qualidade de vida.
Parâmetros objetivos de avaliação, com escalas e questionários padronizados, são muitas vezes empregados
para esse fim.

DOMÍNIO DESCRIÇÃO
Sensorial/suporte social Déficits auditivos ou visuais trazem pior qualidade de vida, isolamento social, prejuízo cognitivo e risco de
depressão. Devem sempre ser questionados, pois estão diretamente relacionados à perda de
funcionalidade do idoso – outro ponto importante é a presença de um acompanhante na consulta.
Déficit auditivo, visual ou Devem ser checados e
uso de próteses dentárias corrigidos sempre que possível.
Estado nutricional Os idosos apresentam maior risco nutricional devido à presença de comorbidades, alterações do sistema
digestivo, perda funcional, risco de baixo suporte social e declínio cognitivo. Observa-se aspectos clínicos e
antropométricos de desnutrição e diário alimentar.
Incontinências É importante perguntar de maneira aberta (episódios de escapes urinários??? em que situação??;
Equilíbrio e marcha Teste get up and go.
Polifarmácia Reduzir medicações fúteis ou que possam trazer risco ao
paciente.
Cognição Capacidade de utilizar as funções cerebrais superiores (executiva, memória, visuoespacial, linguagem, atenção)
de forma adequada e autônoma.
Os déficits cognitivos e as síndromes demenciais são frequentes em pacientes 60 anos.

Humor Os idosos possuem maior frequência de sintomas somáticos, o que dificulta o diagnóstico.

» Objetivo: avaliar independência funcional das pessoas idosas no desempenho das


Atividades de Vida Diária.
» Avaliação dos resultados: as pessoas idosas são classificadas como independentes
ou dependentes no desempenho de seis funções
» São elas:
 BANHO: uso do chuveiro ou banheira e ao ato de esfregar-se. (não inclui: região
dorsal ou uma das extremidades);
 VESTIR: ato de pegar a roupa no armário e vestir (não inclui: calçados);
 BANHEIRO: ato de ir ao banheiro para excreções, higienizar-se e arrumar as
próprias roupas;
 TRANSFERÊNCIA: movimento desempenhado pelo idoso para sair da cama e
sentar-se na cadeira e vice-versa (mobilidade funcional);
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 CONTINÊNCIA: ato inteiramente autocontrolado de urinar e defecar;
 ALIMENTAÇÃO: ato de dirigir a comida do prato à boca (não inclui: cortar os alimentos ou prepará-los).

» Objetivo: avaliar o desempenho funcional da pessoa idosa em termos de atividades instrumentais.


» Avaliação dos resultados: as pessoas idosas são classificadas como
independentes ou dependentes no desempenho de nove funções.

 Orientação temporal;
 Orientação espacial;
 Memória de fixação;
 Atenção e Cálculo;
 Memória de evocação;
 Linguagem: nomeação, repetição, comando verbal, leitura de comando escrito, escrita;
 Praxia construtiva.
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\ Avaliação cognitiva progressiva: memória semântica (significados e conceitos), função executiva


(planejamento), linguagem (compreensão do comando), praxia, função visuo-espacial.
\ Comando: desenhar um relógio analógico, com ponteiros na hora dita pelo examinador.
\ Avaliação qualitativa: diferença no tamanho dos ponteiros e a correta marcação espacial das horas ao redor
do círculo.

\ Solicita-se que o paciente cite, ao longo de 1 minuto, todas as palavras relacionadas a um determinado tema.
 Exemplo: animais, itens de cozinha...
-> normal: lembrança de 15 itens.

Com o indivíduo em pé, olhos abertos e pés juntos, realiza força leve e constante na região do esterno;
 A interpretação depende do número de passos dados para trás, na tentativa de compensar o
desequilíbrio, menos de 2 passos são esperados como normal.
 Avalia a estabilidade postural.

Pede-se para o paciente levantar da cadeira, caminhar por 3 metros, dê meia volta, retornar e se sentar
novamente na cadeira.
 < 20s é o esperado.
 > 40s = risco para quedas e dependência funcional.

Mede a capacidade do indivíduo em se manter de pé com um único membro inferior apoiado.

Pede ao paciente para que permaneça em ortostatismo, com os pés juntos e olhos fechados.
 Quando há perda do equilíbrio e tendência à queda, o sinal de Romberg está presente.
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OBS -> a ITU é bastante comum nos idosos e um dos exames físicos utilizados para identifica-la é a manobra
de Giordano:
O paciente deve estar sentado e inclinado para a frente -> o examinador faz uma súbita punho-percussão, com
a borda ulnar da mão, na região da fossa lombar do paciente, mais especificamente, na altura da loja renal
(flancos) -> caso o paciente refira dor aguda, o sinal de Giordano é positivo, o que indica grande probabilidade
pielonefrite aguda.

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