Essa foi minha primeira experiência com a técnica de Pó de Grafite. O ponto de
partida foi em desenho que fiz na parede, em 2019, baseado em algumas pesquisas na internet. A ideia para esse desenho foi unir luta política e arte. Quando fiz, estava envolvido em movimentos estudantis, sobretudo relacionados à graduação e pós-graduação, e pensando muito em transportar o discurso dos movimentos para as artes. Nesse sentido, trouxe o lápis e o pincel como possibilidades de disputa de narrativas históricas visuais e literárias, e a flecha em referência a Oxossi. Esse primeiro desenho foi feito com canetinha. Para o estudo com o Pó de Grafite, decalquei esse desenho no papel vegetal e o transpus na folha de papel Canson 140g/m³.
Decalque com papel vegetal
Em seguida, fiz as marcações com a agulha no papel Canson. Raspei o grafite
de um lápis 4B com tesoura e executei a técnica com o algodão. Em algumas partes precisei reforçar o vinco com a agulha pois estavam muito rasos. Também fui acrescentando detalhes até chegar nesse resultado
Resultado – Parte 1 – Técnica de Pó de Grafite
A ideia para o estêncil veio da mesma pesquisa de imagens na internet. Foram
feitos vários ajustes até ficar próximo do que desejava. Esse estêncil foi pensado para ser utilizado com tinta spray. Para a confecção dele utilizei lápis, estilete, papel paraná e durex. Esse estêncil faz parte de uma produção consecutiva de estêncils voltados para o artivismo, crítica social e também de símbolos de movimentos culturais/sociais. Já o utilizei com tinta spray em paredes e o resultado foi mais fiel ao que imaginava do que com a utilização de tinta PVA, abaixo.
O estêncil foi gravado também em papel paraná. Para o resultado final, dei algumas pinceladas livres. Resultado - Parte 2 - Estêncil